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Informações com essas, perpassam por muitas vezes pela visão utópica que
é veiculada em nossa sociedade, de que deve haver uma busca constante por uma
felicidade plena, e que esta está associada a procura incessante pelo sucesso
pessoal, levando assim aos indivíduos muitas vezes a incapacidade de absorção
das frustrações a ponto de não querer tê-las, e a não aceitação de que nós ser
humano temos o direito de errar, de recomeçar, e que isto não significa a falta de
competência ou ineficiência, mas sim um fator comum no nosso percurso de vida.
Outro dado que alerta mais ainda para a correlação entre o aumento no
número de suicido entre os jovens e as pressões sociais, é o fato de que as federais
paulistas, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Universidade Federal do
ABC (UFABC) registraram, juntas, cinco suicídios de estudantes de 2012 para cá, e
ainda informa que 11% de seus alunos trancaram a matrícula em 2016 por
problemas psicológicos. Dessa forma, mostrando como os jovens brasileiros estão
cada vez mais doentes, sobrecarregados e pressionados na conjuntura da
sociedade atual e que o ambiente educacional é o principal âmbito social de
pensamentos suicidas.
Arguindo que a ideia do suicídio, não parte apenas do alivio da dor interna
que afligem todos nós, seres pensantes, mas perpassa sobretudo pela atenuação
dos paradigmas sociais e de um coletivo que lhe impõe metas a serem alcançadas.
Portanto, o aumento de suicídios entre juventude brasileira não deve ser visto
como algo individual, onde o sofrimento interno é tão grande que o único sentimento
que o assola é o de tirar sua vida, mas sim como um problema da coletividade.