A Bioquímica é a ciência que estuda as biomoléculas, isto é, moléculas
envolvidas com a formação e viabilidade da menor unidade viva – a célula. Neste contexto, aspectos estruturais e funcionais são importantes para entendermos com estas estruturas estão envolvidas com os mecanismos de transformação ou metabolismo, permitindo a adaptação da célula (SANTOS. et al. 2013). Os carboidratos são as biomoléculas mais abundantes na Terra. Alguns carboidratos (açúcar e amido) são os principais elementos da dieta em muitas partes do mundo, e sua oxidação é a principal via de produção de energia na maioria das células não fotossintéticas (NELSON; COX, 2014). O termo carboidrato denota hidratos de carbono, designação oriunda da formula geral (CH2O)n, sendo uma substância orgânica constituída por carbono, hidrogênio e oxigênio. Esses dois últimos elementos, na maioria dos casos, estão presentes nos carboidratos na mesma proporção que na água (SANTOS. et al. 2013). Os polímeros de carboidratos agem como elementos estruturais e protetores nas paredes celulares bacterianas e vegetais e também nos tecidos conectivos animais, outros lubrificam as articulações e auxiliam o reconhecimento e a adesão intercelular. Polímeros de carboidratos complexos covalentemente ligados a proteínas ou lipídeos atuam como sinais que determinam a localização intracelular ou o destino metabólico dessas moléculas híbridas, chamadas de glicoconjugados (NELSON; COX, 2014). Quimicamente os carboidratos são representados como poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas ou substâncias que liberam tais grupos por hidrólise. Estes grupos conferem aos carboidratos a capacidade de participar de várias reações como oxidação, redução, esterificação, isomerização e capacidade de formar ligações glicosídicas. Algumas dessas reações envolvem a formação de complexos corados, e a especificidade da identificação depende da estrutura dos carboidratos (VERAS. et al. 2013). Os monossacarídeos (açúcares simples) podem ser classificados de acordo com o número de átomos de carbono que contêm. Os carboidratos com um aldeído com o seu grupo funcional mais oxidado são denominados aldoses, enquanto aqueles com um grupo cetona com o seu grupo funcional mais oxidado são chamados cetoses. Por exemplo, o gliceraldeído é uma aldose, enquanto a di-hidroxiacetona é uma cetose. Os carboidratos que apresentam um grupo carbonila livre recebem o sufixo "-ase" (HARVEY; FERRIER, 2012). Um grupo hidroxila de um monossacarídeo pode ser adicionado ao carbono anomérico de um segundo monossacarídeo, formando um acetal chamado de glicosídeo. Nesse dissacarídeo, a ligação glicosídica protege o carbono anomérico de oxidação, tornando-o um açúcar não redutor. Oligossacarídeos são polímeros curtos, com alguns monossacarídeos unidos por ligações glicosídicas (NELSON; COX, 2014). Os polissacarídeos servem para o armazenamento de combustível e como componentes estruturais da parede celular e da matriz extracelular. Os homopolissacarídeos amido e glicogênio armazenam combustível em células vegetais, animais e bacterianas. São constituídos por D-glicose com ligações (a1S4), e ambos contêm algumas ramificações. As paredes celulares de algas e bactérias são fortalecidas por heteropolissacarídeos – peptidoglicano em bactérias, ágar em algas. O dissacarídeo que se repete no peptidoglicano é GlcNAc(b1S4)Mur2Ac; no ágar, é D-Gal(b1S4)3,6-anidro-L-Gal (NELSON; COX, 2014). Existem alguns tipos de experimentos que identificam a presença de carboidratos em uma solução como por exemplo o teste de Molisch que caracteriza a reação geral dos carboidratos, no qual os monossacarídeos mais importantes são formados por cinco ou seis átomos de carbono que podem ser facilmente desidratados por ação de ácidos fortes concentrados como, o ácido sulfúrico (H2SO4); A reação de Seliwanoff caracteriza a distinção entre aldoses e cetoses sob ação de ácidos fortes, no qual são transformadas em derivados de furfural que se condensam com o resorcinol, presente no reativo de seliwanoff formando um produto vermelho de composição incerta. A reação com cetoses é rápida e mais intensa pela maior facilidade de formação do derivado furfural; A reação de Benedict identifica açúcares redutores, onde os íons cúpricos são reduzidos pela carbolina dos carboidratos a íons cuprosos formando óxido cuproso que tem cor vermelho tijolo; A reação do Lugol faz a identificação de Polissacarídeos, em que o iodo metálico presente no lugol forma complexos com a cadeia de alfaamilose do amido que é um polissacarídeo formado um composto de cor roxo a azulado (SANTOS. et al. 2013). 2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
∙ Identificar e caracterizar a presença de carboidratos em soluções.
2.2 Objetivo Específico
∙ Identificar a presença de carboidratos redutores nas soluções;
∙ Analisar a diferença entre um carboidrato aldose e cetose; ∙ Identificar a presença de polissacarídeos nas soluções.