---------------Resumos para consulta rápida---------------

Jusnaturalismo: “Direito Natural”, é a teoria que tem como características:

- Existência de uma lei universal que é superior a todas as outras
- Diz que a lei dos homens é falha, por isso é necessário que todos se adaptarem e
aceitarem uma lei natural, que não terá nenhum tipo de mudança

Juspositivismo: É a teoria que restringe o direito às normas, e separa ele de todas as outras
ciências, caracterizando o direito como asséptico e apolítico. E a principal característica do
juspositivismo é:
- Advocacia pelo monismo jurídico - O direito possui monopólio da produção
normativa, ou seja, ele precisa atender ao requisito formalidade.

Realismo: Surgiu nos Estados Unidos, tendo como principal característica:

- O direito lida com problemas reais, não podendo ter unicamente como requisito a
validade, sendo necessário também a eficácia
- Se fundamenta em estudos de casos, rejeitando a formalidade normativa;

Sociologismo: reunião de teorias que observam o direito sob a ótica dos fatos sociais.
Diferente das outras, não enxerga o direito como norma ou simplesmente leis, mas sim
como um fato social. Sendo assim, as principais características do sociologismo jurídico
são:
- Definição do direito como fenômeno social, negando sua vinculação ao Estado,
afirmando sua origem nos fatores sociais, que de forma natural e espontânea se
manifestam no costume, para em seguida adquirirem formas estruturadas por
intermédio de leis e códigos.

Historicismo: O direito é peculiar e se manifesta de formas diferentes em cada povo, assim

como a cultura. Ou seja, o Direito ele não provém dos Estados, ou das leis ou das normas.
Ele advém do povo.
- Os fenômenos humanos são históricos, eram dotados de valor, por isso o Direito,
segundo o historicismo, é um fruto da evolução histórica de um povo;
- “se o direito é semelhante ao idioma, não tem nenhum sentido sua
codificação, é imprescindível a evolução histórica para o verdadeiro
conhecimento do direito” - comparação de idioma e direito,feito por
historicistas

Marxismo: Para a teoria marxista, as pessoas não são o objeto de estudo mas sim as
relações jurídicas. As características principais são:
- As relações jurídicas não podem ser estudadas pelas normas, pois as relações são
superiores a elas
- Direito é fundamentado na proteção da propriedade privada;
- O Estado cria leis e normas para defender a propriedade burguesa;
- A essência do estado de Direito burguês é a luta de classes, uma vez que a
dominação se da através da violência gerada pela proteção em excesso da
 mercadoria - relações jurídicas. Nesse caso, o Direito atua para proteger e
institucionalizar essas relações

Tridimensionalidade do Direito:

O direito é visto como “a integração normativa de fatos e valores”. Isso quer dizer que o
Direito sempre incide sobre um fato, que em dado momento ganha alta valoração, devendo
ser normatizado por uma necessidade social. Assim, tanto o aspecto histórico-sociológico
(fato), o aspecto axiológico (valor, sobretudo o valor Justiça) e o aspecto formal (norma)
formam a totalidade do Direito, onde fato e valor se interrelacionam dialeticamente, cuja
integração sintética é a norma.

Fato, valor e norma

Direito é a realização ordenada e garantida do bem comum numa estrutura tridimensional

bilateral atributiva, ou, de uma forma analítica: Direito é a ordenação heterônoma, coercitiva
e bilateral atributiva das relações de convivência, segundo uma integração normativa de
fatos e valores.

-------------------Explicação detalhada-----------------

Direito Natural - Jusnaturalismo

Corrente de jusfilósofos e juristas que davam primazia aos princípios anteriores ao

homem, os princípios e regras ditos naturais, justas, como o princípio da dignidade humana
e o princípio do direito à vida.

Essa escola foi fundada no pressuposto de que existe uma lei natural, eterna e
imutável; uma ordem preexistente, de origem divina ou decorrente da natureza, ou, ainda,
da natureza social do ser humano. Para os jusnaturalistas “A lei natural é imutável em seus
primeiros princípios”.
- O direito natural emana da natureza humana, independe do legislador
humano, e as normas elaboradas e construídas pelos legisladores são
aplicações dos primeiros princípios naturais às contingências da vida, ou
seja, não são naturais, derivam do direito natural.

O jusnaturalismo tem três estágios na história (três vertentes):

- A) Vertente teológica (Idade Antiga e Idade Média) - influenciada pelas crenças
religiosas (vontade divina), tendo Deus como legislador;
- B) Vertente humana (Segunda Metade da Idade Média - Escola Tomista (São Tomás
de Aquino) onde divide normas naturais em divinas e dos homens (razão);
- C) Vertente racionalista (de Hugo Grócio), onde se entende o direito natural como
fruto da razão – concepção laica (sem interferência da religião) de direito natural. É a
universalização do direito natural descolada da religião ou de Deus.
 Nos dias de hoje o jusnaturalismo vislumbra o direito natural apenas como um
conjunto de princípios que orientam o legislador na elaboração das leis positivas, um
conjunto de princípios que não podem ser preteridos, sob pena de injustiça na ordem
jurídica.
Os direitos naturais compreendem: os direitos fundamentais como o direito à vida, o
direito à liberdade, o direito à igualdade, o direito ao mínimo existencial, tendo como
características ser imutável, eterno e universal.

Direito Positivo - Juspositivismo

O positivismo jurídico é a doutrina do positivismo de Auguste Comte aplicada no

Direito, onde se contrapõe ao direito natural por entender que este é anticientífico.

O objeto de investigação do Direito para os juspositivistas são apenas as normas

jurídicas estatais (provenientes do Estado), excluindo os juízos de valor do Direito. Para o
juspositivista importa à legislação elaborada pelo poder Legislativo, independente de
comportar fundamento ou conteúdo na letra da lei.

É positivo porque suas regras são reais.

É o direito vigente em determinada sociedade, mutável e reflexo do poder estatal.

Para os juspositivistas o Direito deve estar restrito às normas impostas pelo Estado e
escritas.

O juspositivismo é criticado pelos jusnaturalistas, por estes considerarem o Direito

Positivo um conjunto de normas que não satisfazem o anseio por justiça. As leis positivas
só garantem a segurança, mas excluem a justiça e os valores inerentes ao ser humano.

O Direito Positivo é válido simplesmente por ser vigente, sem precisar abarcar
valores de significação social.

Obs: o direito positivo justificaria as atitudes arbitrárias por quem se encontrar no

poder = Ex: Adolf Hitler justificou suas atrocidades durante a Segunda Guerra Mundial, por
se basear no direito estatal.

O positivismo jurídico possui três escolas:

A) escola da exegese;
B) o normativismo jurídico;
C) sociologismo jurídico.