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BELÉM-PA
2021
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BELÉM-PA
2021
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ATIVISMO JUDICIAL, JUDICIALIZAÇÃO E OS LIMITES DEMOCRÁTICOS
RESUMO
ABSTRACT
The present study analyzes the theme of judicial activism, judicialization and
democratic limits. This theme comes like an interest area after an intense
observation about the institutional routine of the judiciary power and its current
leading role in decisive questions that go beyond its typical functions, causing,
somehow, reactions in society. The research was done in a qualitative way,
through bibliographic analyses about the topic, as well as: books, articles, thesis,
and essays about the theme, focusing on case studies, conceptualizations, and
historical reflections. This article intends to be an introductory study about the
topic, it aims to base succeeding studies that will be developed, considering the
multiplicity of approaches that the theme requires duo to its complexity and social
outspread that causes practical effects on citizens, politicians, and magistrates’
lives.
1. INTRODUÇÃO
Portanto, este artigo visa ser um estudo de caráter introdutório, que poderá
contribuir para futuras reflexões sobre o assunto. Assim, foi considerada a
multiplicidade de abordagens e enfoques que ele requer por sua complexidade e
desdobramentos sociais, bem como os efeitos práticos na vida dos cidadãos,
políticos e magistrados.
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2. JUDICIALIZAÇÃO
O seio social é repleto das mais diversas formas de discussão, uma grande
parte delas diz respeito aos acontecimentos que são comumente publicados nos
jornais, despertando, por muitas vezes as paixões da sociedade e o seu
engajamento.
A politização da justiça, como o todo tratado até aqui, está intimamente ligada
a ampliação dos limites jurisdicionais e da fortificação do Poder Judiciário nas grandes
democracias da contemporaneidade, nesse sentido, afirma Carolina Gattolin:
3. ATIVISMO JUDICIAL
No que diz respeito às origens do ativismo judicial, é preciso fazer uma reflexão
histórica que remonta a Suprema Corte norte americana no século XIX, que em
primeiro momento, era favorável a práticas políticas que reforçavam a compreensão
ideológica americana dominante a época, que apontavam para movimentos de
segregação racial. Dessa forma, tem-se a título de exemplo, o caso Dred Scott v.
Sanford, que em decisão ativista, estabeleceu que pessoas de ascendência africana,
importadas e mantidas em regime de escravidão, bem como seus descendentes
(escravos ou não) não seriam cidadãos, logo não poderiam ser considerados sujeitos
de direito. Isso implicaria em não estarem sobre a proteção da Constituição dos
Estados Unidos e impossibilitados de realizarem a aquisição de cidadania. Também,
no referido caso, a decisão impediu que o Congresso Americano legislasse sobre a
abolição da escravidão nos territórios da União.
Isso nos mostra que o movimento ativista não é um fenômeno de cunho regional
isolado, mas um fenômeno global que é fruto do amadurecimento democrático e das
opções constitucionais dos legisladores.
A presente ação, usada como exemplo, foi ajuizada pela Associação dos
Magistrados Brasileiros – AMB, tendo como fundamento a interpretação constitucional
do art. 14, §9 da Constituição da República de 88, que prevê o estabelecimento dos
casos de inelegibilidade por Lei Complementar.
4. OS LIMITES DEMOCRÁTICOS
Sob uma determinada ótica, o Supremo Tribunal Federal atua, por muitas
vezes, como um coparticipante do processo legislativo, partindo da perspectiva do
“dar sentido” a termos vagos.
Para que esse estudo seja compreendido com mais clareza, apresenta-se
como exemplo os constantes casos em matérias de saúde pública, onde vê-se
decisões “almáticas” sobre temas relacionados com a concessão de medicamentos e
terapias, que são causas de uma desordem no curso normal da administração pública.
No que diz respeito à alocação de recursos, o professor Luís Roberto Barroso afirma: