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Objetivos: Manifestações clinicas da DAC

A) acumulo da LDL oxidada, que possui atividade citotóxica,


 Estudar a etiofisiopatologia da DAC; inflamatória (participa da atração de monócitos), Pode apresentar em diferentes formas.
 Entender o tratamento e prevenção da DAC; intensifica a disfunção endotelial e diminui a interação do
 Aprender sobre ECG e marcadores cardiovasculares laboratoriais; macrófago com a HDL Na forma crônica, a angina estável se constitui na principal
 Compreender as manifestações clinicas da DAC (dor precordial) B) Morte dos fagócitos; Fagocitos mortos por apoptose ou manifestação clinica da doença – sendo quadro inicial em 50% dos
necrose resultam em acumulo extracelular de lipides, que pacientes.
Doença arterial coronária (DAC) contribui para a formação, desenvolvimento e progressão da
placa aterosclerótica. Entretanto, a DAc pode estar presente na ausência de angina, assim,
C) Liberação de metaloproteases: enzimas proteolíticas que as manifestações comuns serão isquemia silenciosa e a cardiopatia
Pode ser definida como condição caracterizada por anormalidades degradam componentes da capa fibrosa, contribuindo para o isquêmica.
funcionais ou estruturais das artérias coronárias, resultando em estabelecimento da capa fibrosa fina. – Podem degradar a
diminuição da oferta de oxigênio para o miocárdio. adventícia e media, causando dilatação da parede do vaso – As informações obtidas permitirão ao medico classificar a dor torácica
remodelação excêntrica. Contribui para a instabilidade da como angina típica, atípica ou como dor de origem não-cardiaca.
CAUSAS: O principal mecanismo patogenético da DAC, ocorrendo em placa aterosclerótica.
90% dos casos, é a obstrução arterial causada por placa aterosclerótica. D) Estimulo para a morte das células musculares. O processo As características mais importantes da dor a serem investigadas são:
Outras menos frequentes: anormalidades congênitas das coronárias, de reparação fica então comprometido pela diminuição da padrão (aperto, queimação, desconforto, pontada), fatores
arterite coronária, espasmo de uma arteria, disfunção endotelial síntese de colágeno, bem como afilamento da capa fibrosa; desencadeantes (Esforço físico, estresse emocional, alimentação,
(não se dilata em resposta à necessidade de maior fluxo de sangue – E) Aumento dos níveis do fator tissular: contribui para o posição, aparecimento espontâneo), duração (minutos, horas, dias),
como durante o exercício). estabelecimento de condição trombótica. localização (tórax, mandíbula, epigasto, ombro, dorso, mmss,
articulações), fatores acompanhantes (sudorese, náusea, dispneia,
A lesão aterosclerótica inicia-se com determinada agressão ao Inicialmente acreditava-se que as lesões apresentavam crescimento hemoptise, tosse, perda da consciência) e fatores de alivio (repouso,
endotélio constante e linear, assim, so atingiriam sintomatologia quando tiveram nitrato, posição, outros medicamentos, alimentação). Assim, dores em
70% de obstrução da luz do vaso. pontada, agulhada ou faca não são caract de angina.
-Hemodinamica (HAS)
Recentemente, houve um reconhecimento que as lesões Dores localizadas em ponto único, pequena extensão (uma polpa
-Bio-humoral (dislipidemia) progridem em crises, por complicações de placas vulneráveis. digital), raramente representam DAC.

-Acúmulo de produtos finais da glicação não enzimática (DM) Placas vulneraveis: grande núcleo lipídico, pelo grande numero de
celular inflamatórias, alto grau de remodelação excêntrica e capa fibrosa
Prevenção da DAC
-Irritantes químicos (tabagismo) fina. – Pode ocorre ruptura ou erosão, com subsequente formção de
trombo; Modificando os fatores de risco da aterosclerose pode ajudar a
-Aminas vasoativas (casos de estresse)
prevenir a DAC.
Assim, a instabilidade da placa aterosclerótica é o mecanismo
-Fatores genéticos e agentes infeciosos. responsável pela progressão da lesão aterosclerótica em casos da Tabagismo: parar de fumar. Pessoas que param de fumar diminuem o
doença coronária crônica – assim justifica, o aparecimento das risco de desenvolver DAC pela metade em comparação com os que
Secundário a essa agressão, ocorre disfunção endotelial, que pode
síndromes coronárias agudas e morte súbita continuam.
resultar na liberação de subst. aterogênicas (proteína quimiotatica para
monócitos 1 e o fator nuclear de transcrição KAPPA B). A ruptura expõe colágeno e outro material trombogênico, o que ativa Dieta: evitar gorduras trans, mais fibras, mais frutas e vegetais,
plaquetas e a cascata de coagulação, resultando em trombose aguda que consumo de álcool moderado, carboidrato menos simples, comer
Em resposta a essas substancias liberadas pelo endotélio disfuncional,
interrompe o fluxo sanguíneo coronariano e causa certo grau de menos gordura saturada.
pode ocorrer o estimulo na expressão de diversas moléculas de adesão.
isquemia do miocárdio. As consequências da isquemia aguda,
denominada em conjunto de síndrome coronariana aguda (SCA), Dieta com baixo teor de gordura também ajuda a diminuir os níveis
Assim, em consequência ocorre aumento da adesão dos monócitos com
dependem da localização e do grau da obstrução, variando desde a elevados de colesterol total e LDL, outro fator de risco para doença
posterior acumulo de macrófagos ativados na intima do vaso.
angina instável e do infarto do miocárdio sem elevação do segmento ST arterial coronariana. Recomenda-se comer com frequência comidas
(IMSST) ao infarto do miocárdio com elevação do segmento ST (IMCST). rica em ômega 3.
-Acumulo de macrófagos resulta em várias consequências:

Paola Camargos – Med44


Sedentarismo: Exercício físico ou de força muscular, ajudam a prevenir contrátil da actina e miosina mediado pelo cálcio no músculo estriado. A
a DAC
Exames alterados TnI e a TnT, que estão presentes no músculo cardíaco, começam a
aumentar dentro de 3 h após o início do infarto do miocárdio e podem
Obesidade/ redução do consumo de sal Síndrome coronariana aguda permanecer elevadas por 7 a 10 dias. Isso é especialmente vantajoso no
diagnóstico tardio do infarto do miocárdio.
Níveis altos de colesterol: os níveis elevados de colesterol total e de LDL. A SCA inclui a AI, o infarto do miocárdio sem elevação do segmento (sem
onda Q) e o infarto do miocárdio com elevação do segmento ST (com A creatinoquinase é uma enzima intracelular encontrada nas células
O aumento da concentração de colesterol HDL (o colesterol bom)
musculares. Existem três isoenzimas da CK, com a isoenzima MB sendo
também ajuda a reduzir o risco de doença arterial coronariana. onda Q).
altamente específica para a lesão do tecido miocárdico. Os níveis séricos
de CK-MB excedem as variações normais dentro de 4 a 8 h após a lesão
Hipertensão arterial: a redução da pressão reduz o risco de DAC Em pessoas sem elevação do segmento ST ao ECG, a oclusão
do miocárdio e declinam ao valor normal dentro de 2 a 3 dias.
coronariana trombótica não é total ou é intermitente, enquanto
Diabetes Mellitus aquelas com elevação do segmento ST normalmente apresentam Quando comparamos a troponina e a CK-MB, o nível de troponina
oclusão coronária completa à angiografia. identifica a necrose nos músculos cardíacos mais precocemente do que
a CK-MB.
Tratamento Alterações ao eletrocardiograma: as alterações clássicas ao ECG
envolvem inversão da onda T, elevação do segmento ST e Quem examina os biomarcadores cardíacos devem enfocar os níveis de
desenvolvimento de uma onda Q anormal. troponina, em vez dos níveis de Ck-MB para diagnostico.
O tratamento é projetado para aliviar angustia, interromper trombose,
reverter isquemia, limitar tamanho do infarto, reduzir carga de trabalho
cardíaco. As alterações que ocorrem podem não estar presentes imediatamente
após o inicio dos sintomas e variam consideravelmente, dependendo da
O tratamento é por revascularização (com intervenção coronária duração do evento, extensão e localização.
percutânea, cirurgia de revascularização do miocárdio ou fibrinólise) e
farmacológico para tratar a síndrome coronariana aguda e a doença A fase de repolarização do potencial de ação (onda T e segmento ST
coronariana subjacente. ao ECG) normalmente é a primeira a apresentar envolvimento
Os fármacos usados dependem do tipo da SCA e incluem durante a isquemia e a lesão do endocárdio. A medida que a área
envolvida se torna isquêmica, a repolarização do miocárdio sofre
• Ácido acetilsalicílico, clopidogrel ou ambos (prasugrel ou alteração, causando mudança na onda T.
ticagrelor é uma alternativa ao clopidogrel se a terapia
fibrinolítica não foi administrada) -Comumente representado pela inversão da onda T, embora possa
• Betabloqueador ocorrer uma elevação hiperaguda da onda T como o sinal mais
• Considerar um inibidor da glicoproteína IIb/IIIa para certos precoce do infarto
pacientes submetidos à intervenção coronariana percutânea (
ICP) e lesões de alto risco (p. ex., carga trombótica alta, sem No segmento ST do ECG é quase isoelétrico uma vez que todas as células
refluxo) miocárdicas rígidas alcançam o mesmo potencial durante a
• Heparina (não fracionada ou de baixo peso molecular) ou repolarização inicial. A isquemia aguda grave reduz o potencial de
bivalirudina (particularmente no infarto do miocárdio com repouso da membrana e abrevia a duração do potencial de ação na
elevação dos segmentos ST [IMCST] com alto risco de área isquêmica.
sangramento)
As correntes de lesão são as correntes representadas ao ECG de
• Nitroglicerina IV (a não ser em caso de infarto do miocárdio de superfície como um desvio do segmento ST.
baixo risco e sem complicação)
• Fibrinolíticos para pacientes selecionados com IMCST, quando Biomarcadores séricos:
não é possível realizar ICP em tempo
• Inibidor da enzima conversora da angiotensina (ECA) (o mais Os biomarcadores incluem a Troponina I (TnI) e a troponina T (TnT)
rápido possível) especificas cardíacas, e a creatinoquinase MB (CK-MB). Na medida que
• Estatinas as células do miocárdio se necrosam, seu conteúdo intracelular começa
a se difundir pelo interstício em seguida, pelo sangue.
Utilizam-se rotineiramente, fármacos antiplaquetários e
antitrombóticas, que interrompem a formação do coágulo. Geralmente, As análises de troponina apresentam uma alta especificidade para o
acrescentar anti-isquêmicos (p. ex., betabloqueadores e nitroglicerina tecido miocárdico e se tornaram os exames com biomarcadores
IV), sobretudo em caso de precordialgia ou hipertensão arterial primários para o diagnóstico do infarto do miocárdio. O complexo de
sistêmica. troponina, que é parte do filamento de actina, é composto por três
subunidades (i. e., troponina C [TnC], TnT e TnI), que regulam o processo

Paola Camargos – Med44

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