Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A igreja não foi amada e libertada para nada. A obra da redenção abrange mais que isso: culpa
nossa – clemência Dele! Ela continua: aptos para o serviço! O amor recebido e aclamado não
pode ser privatizado. Está em jogo o serviço a Deus. A expressão precisa mais uma vez ser
contraposta ao Egito, à dominação do pecado ao qual se prestava se prestava serviço de escravo
no passado. Agora o povo resgatado está livre para o seu novo e, apesar disso, legítimo
proprietário, para Deus. Servir-lhe não é trabalho escravo, pois, afinal, Ele é “seu Pai”, o Pai de
nosso Senhor Jesus Cristo, cujo sangue é enaltecido. Não pode ser diferente: essa redenção cria
um povo sacerdotal.
De acordo com esse versículo, quem é o POVO DE SACERDOTES da Terra? São as sete igrejas na
Ásia e todas as comunidades com as quais João se une ao dizer: a nós, a nós, a nós! Com isso
atingimos o processo fundamental do Segundo Testamento: Israel foi representado unicamente
ainda por Jesus. Um título de Israel após o outro deposita-se sobre essa única fronte: Ele é o
Filho amado, Ele é o Servo obediente, a Testemunha fiel, o Profeta. Contudo, dentro deste
verdadeiro Israel na figura do Cristo crucificado e ressuscitado nascem pessoas, a saber, judeus
e gentios. Em seu corpo eles se tornam um só corpo (Ef 2.16), um só templo, um só POVO DE
SACERDOTES. Fora desse Jesus não existe POVO de Deus, mas NELE cada um faz parte DELE. Não
que os gentios convertidos assumissem o lugar de Israel, mas EM CRISTO eles agora pertencem
ao verdadeiro ISRAEL. Também o Evangelho de João traz consistentemente o motivo dos que
crêem em Cristo como sendo o verdadeiro Israel.
Também queremos indicar já agora o outro lado do serviço sacerdotal: a Igreja é porta voz de
Deus perante as pessoas. Ela está colocada ao lado das pessoas como testemunha e profetisa.
Também essa linha perpassa o Apocalipse: não negar, mas apegar-se ao nome de Jesus, vencer
pela palavra do testemunho! Grande é sua tentação de silenciar, de deturpar a verdade e até de
amaldiçoar em vez de falar sacerdotalmente como porta voz de Deus, até mesmo no caso
extremo (Ap 2.10b). Assim como a Igreja tem de permanecer diante de Deus com sua oração,
assim ela também tem de permanecer diante das pessoas com o seu testemunho, se quiser
continuar sendo Igreja. Ela somente será invencível se não se subtrair à ambas as tarefas.
Foi, portanto, para isso que o REI DOS REIS constituiu a Igreja: a saber, para ser sacerdotisa.