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Índice:

• Dreamcast Vive
• Cry Wolf (Coluna do Kevin Amorin, Lobo Pala): Zelda
Ocarina of Time, Um Marco Histórico
• Gamer de Celular: É possível se divertir só jogando
mobile?
• Pau Quebrou Xandão (Coluna do Xandão Cunha do
canal XANDÃO JOGA NADA): Opinião sobre o sistema
de conquistas
• Entrevista com Ronister, líder da Ronik Games Group
• Wii U dos Multes: Jogos multiplataforma presentes
no Wii U
DREAMCAST VIVE: KOF XI CHEGA AO DREAMCAST GRAÇAS
AOS FÃS DO CONSOLE (Texto: Lohan D. Souza)
O Dreamcast é sem dúvidas um Dreamcast
fracasso comercial comparado ao seu
principal concorrente, o Playstation
2. São 155 milhões de unidades
vendidas aproximadamente para o
console da Sony contra
aproximadamente 9 milhões de
unidades do console da Sega,
embora, alguns estimam os números
do Dream para mais, ou para menos.
Placa Atomiswave
Mesmo vendendo relativamente pouco, o
Dreamcast foi um console que, ao longo do tempo,
conquistou uma legião cada vez maior de fãs com o
passar dos anos, levando aos mesmos a, de criar
uma rede online alternativa para o console
permitindo que jogatinas online dos seus jogos
ainda sejam possíveis com servidores paralelos,
funcionando até mesmo conectado a alguns
emuladores do console, até mesmo a programar
jogos para o nosso querido “Arcade Caseiro”. A brincadeira tem ficado cada vez
mais séria ao longo desses mais de vinte anos do console. Recentemente, fãs do
Dreamcast entenderam como funciona a placa Atomiswave, placa praticamente
derivada do Dreamcast, e descobriram que seria possível sim portar os jogos da
placa para o console da Sega.
The King of Fighters XI, carinhosamente chamado de “KOF XI”, é
o Segundo capítulo da saga “Tales of Ash”, ou como é traduzido
a grosso modo, “Contos de Ash”. A saga trouxe um protagonista
bem controverso, e o jogo que começou a saga talvez seja o
segundo jogo mais odiado da franquia, The King of Fighters 2003. Ash
Crimson não é nenhum exemplo de herói, devido as suas atitudes
questionáveis ao longo da saga, não é nenhum pouco espantoso dizer que
ele é um dos vilões da história. Some tudo isso a uma personalidade
debochada e irritante, e teremos o herói mais odiado da saga... Ou não.
Devido a ter sido lançado em uma época
em que os jogos de luta estavam
perdendo força, ser uma sequencia direta
de um jogo controverso e por ter como
protagonista um personagem nada
heróico (até então), e principalmente por
ser um jogo de uma placa mais cara que
a popular MVS, KOF XI infelizmente
passou despercebido por muitos gamers
da época aqui no Brasil, pois a
Atomiswave era fora da realidade
financeira dos nossos botecos do coração.
Até que nos fliperamas de shopping esse
jogo deu as caras, mas naquela época
ninguém da classe povão estava disposto
a pagar 3 reais em uma ficha de KOF XI versões de Atomiswave e Playstation 2 respectivamente
Únicas versões oficiais do game até então
fliperama em pleno 2005.
KOF XI talvez tenha sido mais jogado pelos brasileiros no Playstation 2, único
console a receber um port oficial até hoje do game, e claro, muito mais acessível
para nós brasileiros, visto que ter um Play 2 na época apesar de caro, haviam
muitas condições de pagamento a prazo, o que ajudou a classe proletária a adquirir
o console. As opções que tínhamos na época era pagar 3 reais em uma ficha
de fliperama, ou, pagar 10 reais no DVD “alternativo” para
o Play 2 e ter muito mais conteúdo que a versão do caro
Arcade.
Agora que você compreende como era a situação da
época, consegue perceber como esse excelente
jogo passou batido até mesmo para alguns fãs
da franquia. Sim, era uma época muito
diferente de hoje em dia onde que podemos
baixar um emulador e baixar os jogos que quisermos,
ou acessar qualquer loja online e comprar qualquer jogo
muitas das vezes por preços bem modestos, isso sem
contar com excelentes serviços de assinatura de jogos
como o Xbox GamePass da Microsoft. Hoje em dia a
facilidade de acesso para esse tipo de conteúdo
é muito grande, nunca tivemos tantos jogos
disponíveis mesmo que de forma oficial como
temos hoje. Passando batido ou não, KOF XI apesar de tantos fatores contrários
para o seu sucesso, ainda juntou uma legião de fãs significativa, e parece que
alguns deles gostam também do Dreamcast.
KOF XI está programado para uma placa que contém uma programação
bem parecida com a do Dreamcast, isso fez com que o mesmo fosse
convertido com relativa facilidade em uma ROM que é possível
executar nativamente no hardware do console da Sega. Para
isso, você irá precisar de um GDEMU, uma espécie de
“EVERDRIVE” para o Dreamcast. O que é everdrive?
Everdrive é um dispositivo que através de um cartão de
memória com as ROMs dos jogos de determinado
console consegue reproduzir as mesmas com toda a
qualidade do hardware original no qual elas foram
programadas. Claro que essa não é a explicação mais
técnica do mundo, mas é a mais simplificada possível para melhor
entendimento.
Será que está rodando bem no Dreamcast? Se você fez essa
pergunta até aqui, a resposta é sim. O jogo está bem fluído,
poucos picos de lentidão podem ser percebidos, mas não são
muito freqüentes, raramente você perceberá, na versão de
emulador essas quedas são mais frequentes dependendo do
computador.
Os sprites
de vez em
quando parecem um pouco
borrados, mas nada muito
perceptível, a menos que você
tenha uma visão de águia. A
qualidade sonora está muito boa,
realmente, parece que a SNK fez
um porte oficial para o console,
geralmente nesse tipo de
conversão é comum ver uma
queda na qualidade sonora, mas
aqui no Dreamcast está muito
boa. O conteúdo do jogo é totalmente igual a da versão de arcade, visto que é uma
conversão diretamente da mesma, muito parecido com o que fazem com jogos de
Neo Geo MVS, uma placa de arcade, para o Neo-Geo AES, um console caseiro.
Prepare-se, se você jogou a versão de Play
2, não espere encontrar um jogo fácil. Como
é a versão convertida direta de arcade, este
está bem mais difícil. O que foi? Não sabia
que os jogos nos arcades eram mais
difíceis? Você tinha que comprar fichas
para jogar neles... Faça as contas. A
dificuldade do primeiro trio é bem
facilitada, talvez para dar certa ilusão de
que vai ser moleza fechar o jogo, mas a
dificuldade se eleva já no segundo trio. No
terceiro trio você percebe que quando o
filho chora e a mãe não vê, a dor é muito
maior. No meio da campanha você
enfrentará Adelheid Bernstein, um dos
chefes de KOF 2003 que felizmente não está
tão roubado quanto sua versão no jogo anterior, mas continua bem desafiador.
Shion, o subchefe de KOF XI apresenta um desafio bem significativo, com certeza um
jogador de KOF mesmo que experiente, vai ter trabalho contra este, ou esta
subchefe. Magaki... Bom... A dificuldade dele é tipo... Boa sorte ao enfrentá-lo.
KOF XI é um jogo que envelheceu bem, mesmo em 2021 continua sendo uma ótima
pedida para aproveitar com os amigos, ou mesmo sozinho, como você preferir.
Divertido, desafiador, empolgante, belo, são adjetivos apropriados para este game
que ganhou uma nova vida no Dreamcast, ao mesmo tempo em que participa
também da sobrevida do console mais Cult da Sega.
Cry Wolf: Coluna de Kevin Amorim, Lobo Pala
Zelda Ocarina of Time, um marco histórico.
Salve galera, Lobo Pala (Kevin) na área e dessa vez falando sobre jogos
clássicos aqui pela revista Boletim Gamer.
Lançado em 21 de novembro de 1998 no Japão, essa obra de arte veio ao mundo pra
revolucionar nossa visão sobre aventura. Com gráficos em 3D, Zelda contém
excelente movimentação de personagens, NPC's com falas únicas, ambientes bonitos
e nos trazendo uma sensação mágica a cada passo dado.
A idéia do jogo é fazer você salvar a princesa, passando por inúmeros desafios e
masmorras (meio clichê falando assim, né?). Tudo começa com você sendo o único
garoto da floresta mágica de Kokiri o qual não tem uma fada (Espera lá, como assim
né?!). Um belo dia, quando você completa uma determinada idade, o grande espírito
ancião da árvore Deku envia uma
fada a você chamada Navi. Ela
lhe acorda após você ter tido
mais um pesadelo com um
homem saindo a cavalo do
Castelo de Hyrule atrás da
princesa; e gera um diálogo
engraçado. Você vai até lá e
descobre que precisa de uma
espada e escudo pelo menos, aí
sua aventura começa. Cada
personagem ali tem um diálogo e
também funciona como tutorial.
Mas afinal, por que esse jogo é tão necessário de ser jogado e
conhecido? Porque nele você aprende inúmeras coisas que são usadas
em jogos até hoje, mecânica de ataques, rolamentos, sistema de
combate em tempo real...
É uma obra de arte feita, escrita e produzida pelo grandíssimo
Shigeru Miyamoto com direção de Toru Osawa, maravilhosa trilha
sonora também. Definitivamente uma jornada cheia de mistérios e
que faz com que a pessoa deseje saber sempre mais do que está por
vir.
GAMER DE CELULAR: É POSSÍVEL SE DIVERTIR APENAS COM
MOBILE? (Texto: Lohan D. Souza)
Não é de hoje que o mundo joga
em celulares. Logo no inicio dos
anos 2000, o Brasil acabara de
privatizar a famigerada Telebrás,
e “abriu” o mercado para redes
privadas de telefonia. Embora o
mercado de telefonia no Brasil não
seja de fato 100% aberto, tal
manobra feita pelo governo em
1998 melhorou muito a situação Manifestantes contra a privatização da Telebrás. Alegavam que a
de acessibilidade do povo privatização iria “calar o Brasil”, mas após ela a classe trabalhadora pobre
finalmente teve um acesso maior à telefonia.
brasileiro às linhas telefônicas.
Antes da privatização da Telebrás, uma linha telefônica devia ser declarada para a
Receita Federal, era herança de família, presente de casamento, resumindo, era um
patrimônio. Muito diferente do que vemos hoje em dia onde enquanto nós andamos
nos centros de nossas cidades e tem sempre um cidadão te parando na calçada
oferecendo um chip para celular. Imagina hoje dar de herança um chip de celular
para um ente querido... Sim, ele vai te matar novamente. Mas, por que estamos
falando disso? Bom, não querendo dar uma aula sobre os benefícios da privatização
e desestatização, mas já dando, tenho que levar a você caro leitor a uma viagem no
tempo para entender como era raro alguém ter um telefone fixo em casa, que dirá
um celular.
O ano é 1999, mesmo depois da
privatização o Brasil ainda passa por
uma transição em sua rede de
telefonia, ter um telefone fixo em sua
residência ainda é um sinônimo de
status social. Celulares ainda são
artigos de luxo para a classe mais
alta como políticos e donos de
Super Mega Drive 3 da Tec Toy com 10 jogos na memória. empresas amigos de políticos, mas no
Obsoleto no ano 2000, mas ainda sim um artigo de luxo para
poucos no Brasil.
ano 2000 isso já ganhara uma grande
mudança. Lembro que meu avô, o
saudoso Sr Sérgio, quando morava comigo em Juiz de Fora MG, em uma casa
simples no alto de um morro chamado Vila Bejani em um bairro chamado Jóquei
Clube (acho que era esse o nome do bairro, ou seria o nome do morro), enfim... Era
um lugar de classe baixa, gente comum, proletária, não havia importantes políticos
ou grandes empresários morando ali, muito pelo contrário. Imagina a reação do
pessoal lá quando eu disse para um colega da escola que morava ali perto que eu
tinha recebido uma ligação do meu pai de Petrópolis RJ. Sim, até hoje acho que
minha casa era a única a ter um telefone. Na verdade, minha casa já era a única a
ter um vídeo-game em toda a rua, um incrível e avançado Super Mega Drive 3 com
10 jogos na memória da TecToy, na época segundo o dono da única venda da rua, o
Sr “Coteca” (não entendo esse apelido até hoje). Compreende agora jovem como era
uma época totalmente discrepante a sua de hoje? Eu era considera um “playboy’ por
ter um Mega Drive, mesmo já estando no ano 2000.
Partimos para o ano de 2001, que minha avó paterna, a
Dona Eva, comprou um celular da ATL. Nossa... Todo
mundo na família ficara impressionado com aquele
aparelho da Ericsson com
uma simples tela pixelada
verde onde podíamos ver o
número que estávamos Algar Telecom Leste (ATL)

digitando. Era impressionante, ligação podia ser feita de


O avançado Ericsson do início do
século XXI
um aparelho sem nenhum fio, jurava que imaginava que
não poderia existir algo mais avançado. Pois bem, em 2003 celulares muito mais
avançados começaram a aparecer, e dessa vez começaram a vir com joginhos. Pode
parecer bobo um joguinho da cobrinha hoje em dia, mas na época um aparelho que
fazia ligação e que ainda era possível jogar um game nele era muito
impressionante, como se um Game Boy
também recebesse a função de fazer
ligações. Minha avó não me deixava
jogar muito, mas de vez em quando eu
jogava. Tudo isso par explicar como era
raro alguém ter um celular nesse país
naquela época, e quando se popularizou
graças a privatização da Telebrás vieram
também as primeiras experiências gamer Cartão pré-pago da ATL, onde você raspava e usava um
de celular do brasileiro. código para inserir créditos literalmente no celular que
tinha uma linha interna, chips com a linha vieram pouco
depois.
Pode parecer ridículo falar isso para você
que nasceu a partir de 2005, mas em pleno 2003, muita gente sequer tinha um
vídeo-game aqui no Brasil. Claro, em algumas cidades era mais acessível, um
famiclone traumatizante que tem um slot de cartucho ao invés de um leitor de CD era
o vídeo-game do povo brasileiro, eu mesmo fui ter o meu primeiro Playstation 1
apenas em 2005. Xbox? Play 2? Dreamcast? GameCube? Game Boy Advanced? Isso
só via com parentes, amigos ou locadoras, mas era raro alguém ter. Para se ter uma
idéia, na rua onde eu morava, nós
ainda estávamos no Mega Drive e
Super Nintendo.
Agora que você compreende como
era uma época difícil, podemos
falar finalmente sobre a
possibilidade de se divertir tendo o
móbile como plataforma principal

de jogos. Snake, o popular jogo da cobrinha, muito jogado pelo brasileiro no


início dos anos 2000.
Não é exagero dizer que muitos
brasileiros tiveram seu primeiro contato com jogos eletrônicos através do móbile
naquela época. Lembro de conversarmos sobre nossos recordes no Snake, ou como
também é conhecido, Jogo da Cobrinha. O jogo da Navinha, literalmente um jogo de
navinha que tinha no celular Nokia da minha avó (sim, ela em 2003 já tinha outro
celular mais avançado, santificada seja a privatização, amém). Não lembro o nome
do jogo até hoje, e nem faço questão de
me lembrar, pois eu sei que vou
continuar chamando de jogo da navinha.
Era um jogo bacana, nível de console,
tinha até um chefão em cada fase, era
mágico ver aquilo rodando em um
celular. Em 2004 meu pai, tinha um
“celular de abre e fecha” (eu sei que
chamam de flip) com tela colorida e um
jogo de moto que era muito legal,
colorido e bem animado, muito parecido
com o Super Hang On que eu jogava no
Mega. Já em 2008, auge dos jogos Java,
eu já jogava Guitar Hero 3 em meu Sony
Ericsson, aquele que balançava e mudava
a música. Bons tempos que não voltam
Guitar Hero 3 para celulares programado em Java. mais. Como pode ver em meu relato, eu
me diverti muito jogando em celulares, mesmo tendo videogames. Eu jogava o jogo
de moto no celular do meu pai tendo um Mega Drive e jogando também o Super
Hang On, tinha o Play 2 e adorava jogar o Guitar Hero 3 de Java no celular.
E nos dias de hoje? Em Pleno 2021, onde um Play 2 custa
em média 200 reais, preço acessível para qualquer
cidadão com o mais modesto salário, e com acesso pleno
aos maiores jogos da sexta geração como Gran Turismo 4,
GTA Vice City, San Andreas, NFSU 2, Most Wanted, Carbon
e tantos outros grandes títulos disponíveis nesse console e
até mesmo outros aí, parece impossível se divertir com um
celular como plataforma principal de jogos, não é mesmo?
Negativo. Eu passei os últimos 3 meses jogando
praticamente apenas no celular. Meu aparelho é um Moto
G5 S, bem modesto para 2021, tem jogos que nem
instalam nele mais, e mesmo assim continuo me
divertindo, mas não se engane, não é um mar de rosas, e

vou explicar o motivo. Playstation 2 anunciado em aplicativo de


vendas por 250 reais. O popular console da
Sony hoje é barato e acessível ao trabalhador
Infelizmente, os jogos móbile hoje em dia em sua maioria assalariado.
são jogos free to play, literalmente gratuitos para jogar.
O problema grande nesse modelo, é que os jogos precisam se monetizar, precisam
se pagar, pois os desenvolvedores que trabalharam nesses jogos precisam colocar o
arroz e feijão na mesa, não concorda? Pois bem, isso faz com que muitos jogos
fiquem muito mais difíceis do que deveriam ser normalmente. Vou explicar... É o
mesmo conceito das antigas máquinas de Arcade, onde o jogo é programado para
ser tão difícil que você sempre vai fracassar nele e assim, vai ter que pagar mais
uma ficha para continuar de onde parou, isso antes do tempo de “continue”, ou seja,
os jogos móbile hoje são verdadeiros “Arcade Centers” dentro de nossos bolsos, e
acredite, essa estratégia é bem lucrativa.
Isso quer dizer que os jogos têm uma jogabilidade justa? Sim e não... Depende...
Vamos lá, sim, há muitos jogos com jogabilidade justa, ainda que infelizmente para
se alcançar um nível mais
elevado ou mesmo o 100% você
tenha que jogar 60 vezes que
aquele que comprou os
diamantes, moedinhas,
estrelinhas ou seja lá qual for a
tranquiera que libera mais
escudo, arma e até mesmo Diamantes do Free Fire, são usados como moeda interna do jogo.
Usados para compra de itens cosméticos, nada que dê vantagem no
regeneração de vida (sim, tem popular game mobile.
jogos que para regenerar a vida
tem que pagar), contudo, há jogos que te fazem perder de propósito. Absurdo? Que
nada, o jogo tem todo o direito de cair o frame rate justamente quando você vai
pular o buraco para não cair e morrer e ser obrigado a gastar dinheiro para voltar
de onde parou, ou, assistir um vídeo de propaganda super engraçado do aplicativo
chinês que está lá rodando um programa espião em seu aparelho. Sério, não vejo
problema nenhum em monetizar jogos que estão lá gratuitos para você jogar, afinal
eu já disse aqui, os desenvolvedores do jogo precisam colocar seu arroz e feijão na
mesa.
É ridículo, para não dizer nefasto, o esquema de
monetização que determinados jogos fazem, e o
melhor exemplo disso é o jogo Sonic Dash da Sega.
Não me leve a mal, eu realmente adoro esse jogo,
tanto que tenho no mínimo ali mais de 100 horas
tranquilamente, jogo o game desde 2015 embora a
primeira conquista no Google Play Games, a
plataforma gamer da Google para dispositivos
Android, seja de 2018, mas o jogo tem muito disso.
Sonic Dash é uma espécie de Temple Run, o clássico
game para celulares, só que com o Sonic, e eu
realmente gosto muito dele, mas quando você tem
que pular algum buraco ou saltar sobre um
obstáculo, desviar de um pilar ou qualquer coisa
que faça você parar a corrida, às vezes de forma
marota o frame rate cai, eu erro a ação e tenho que
gastar as estrelas vermelhas, moeda interna do
jogo, ou assistir um vídeo de aplicativo chinês; é Sonic Dash, suas opções quando cai em um
buraco são usar as estrelas vermelhas ou
frustrante demais, mesmo eu adorando o jogo. Não assistir um vídeo de propaganda de
venha dizer que é culpa do meu celular, pois um aplicativo chinês.
amigo passa pelo mesmo problema, e o celular dele é um Samsung que ele comprou
em dezembro de 2020 ultimo modelo.
Todos os jogos são assim? Claro que não, existem muitos jogos que, mesmo
gratuitos, tem uma jogabilidade justa, que me permite progredir tranquilamente,
mesmo que leve mais tempo que aquele que gastou no jogo, o que é normal e
aceitável dada às circunstâncias, e o melhor exemplo disso vem da empresa que
menos esperamos... Konami. Sim, um jogo grátis da Konami (não acredito que vou
escrever isso, mas é sério), é um exemplo de boas práticas de monetização de jogos
mobile gratuitos e dá uma aula de respeito ao consumidor sem práticas abusivas de
monetização. Eu sei, nem eu acredito que estou tendo que escrever isso, mas é a
realidade. O jogo que estou aqui falando é a versão
mobile do baralho do diabo, sim, falo do Yu-Gi-Oh!
Duel Links. Quando joguei o game em 2018 pela
primeira vez eu pensei que seria um “pay to win”
desgraçado onde quem gasta vai ter o deck mais
poderoso e sempre estará no top, e é verdade.
Mesmo assim o jogo não faz de tudo para me travar e
permite minha progressão, me dá cartas raras
sempre que completo algum objetivo de fase ou fase,
me dá diamantes por esses objetivos cumpridos
também e me permite comprar mesmo decks
estrutura, mesmo que eu só possa comprar um desses
decks com os diamantes. Sim, por incrível que pareça
Yu-Gi-Oh! Duel Links é um jogo que respeita aquele
que não está a fim de gastar nenhum centavo no
Missões dão diamantes, principal moeda
jogo, eu mesmo nunca botei dinheiro ali e tenho um
do jogo Yu-Gi-Oh! Duel Links.
deck relativamente bom, e consigo vencer partidas
online contra jogadores que claramente gastaram grana ali. É impressionante que
esse jogo seja de uma empresa que estava cobrando se não me engano 10 dólares
por um espaço de salvamento extre de jogo no Metal Gear Survive. Konami está de
parabéns com Yu-Gi-Oh! Duel Links.
Então quer dizer que todos os jogos de móbile
são assim? Gratuitos e com praticas de
monetização questionáveis? Não. Existem ports
de jogos famosos e até mesmo jogos originais
mobile que você paga , sim, literalmente compra
o jogo completo, sem anúncios, sem práticas
abusivas, os jogos estarão lá para você jogar
como fazemos quando compramos jogos no
Steam, na PSN, eShop da Nintendo ou Xbox Live.
Também tem aqueles jogos que só pedem para
ver um vídeo quando vai salvar o progresso,
como acontece que alguns jogos de Mega Drive
disponíveis para o Android na Play Store com o
GTA San Andreas, o clássico da sexta geração está
selo Sega Forever com a trilogia Sonic do Mega disponível completo para celulares, única
plataforma que pode ser jogado de maneira
Drive toda disponível e mais jogos como Golden portátil até então.
Axe, Comix Zone e até de Dreamcast como Crazy
Taxi.
Minecraft, popular game da década de 2010.

O jogo mais vendido do mundo também está


disponível na plataforma, Minecraft. Sim, por
incrível que pareça, em pleno 2021, ainda
tem pessoas que não sabem que o jogo mais
vendido de todos os tempos está disponível no
celular. O jogo é popular, por um tempo foi o
mais jogado do mundo, está disponível em
quase todos os consoles de sétima geração
pra cima, um verdadeiro fenômeno gamer da
década de 2010.
Também existem aqueles jogos independentes que desenvolvedores desconhecidos
fazem que nos surpreende como Horizon Chase, premiado game de corrida indie
para celulares. Horizon tem a estratégia “free to start”, literalmente gratuito para
começar a jogar. É
possível jogar o game
até as pistas do
Brasil gratuitamente,
país de origem do
game. Muito
premiado, Horizon
Chase é sem dúvidas
uma das melhores
Horizon Chase 2015, premiado game mobile. experiências mobile,
um jogo de nível tão alto que fora lançado para os consoles posteriormente. O
cenário independente no mobile é forte, muitos desenvolvedores brasileiros fazem
forte presença na plataforma, literalmente ser um gamer de celular é também
fomentar uma parcela significativa dos games independentes nacionais.
E-Sports? Tem no mobile? Sim. Free Fire, o famigerado game que viralizou nos
últimos anos está presente nos celulares smart mais simples do mercado. O jogo é
simples, você cai em um mapa com outros
99 jogadores e precisa ser o último a
sobreviver, nada muito complicado,
basicamente uma versão de P.U.B.G. para
celulares. Falando no P.U.B.G., o mesmo
também está disponível para celular,
obviamente não é igual as versões de
console 100%, mas é um port muito
competente, se você é um gamer de celular
Free Fire, o game viralizou nos últimos anos e se tornou em um dos
mais prestigiados E-Sports.
deve experimentar. Fortnite
também está na plataforma,
também em uma versão mais
modesta dependendo do
aparelho, mas mesmo assim,
um dos jogos mais jogados e
populares do mundo está
disponível na palma de sua

Fortnite, um dos games mais jogados jogados da atualidade. mão.


Então? É possível realmente usar mobile como plataforma principal? Sim. Se o seu
aparelho for um modelo de 2019 pra cima, o que acredito que seja a situação da
maioria das pessoas que usam celular no mundo, principalmente no Brasil onde o
povo tem o costume de sempre ter um aparelho atualizado, é completamente
possível. Vou passar algumas características aqui que são interessantes de se levar
em consideração em ter um celular como sua principal ou única plataforma de jogos.
1. Jogos gratuitos de qualidade: Sim, apesar de muitos terem práticas um pouco
abusivas, têm muitos também que podem ser jogados de boa, sem muita
chatice de propaganda, como Yu-Gi-Oh! Duel Links ou os jogos do selo Sega
Forever.

2. Jogos originais de qualidade para a plataforma: Há jogos como Oceanhorn,


uma espécie de “Zelda” muito divertido e competente para os dispositivos
mobile, e muitos outros jogos interessantes que valem apena pagar por eles.

3. Jogos de consoles estão pintando no


celular: Jogos como GTA Liberty City
Stories, San Andreas, Vice City,
Chinatown Wars receberam versões
mobile, Bully também recebeu uma
versão bem competente,
Castlevania Sinfonia da Noite
também está muito bem adaptado.
Garou Mark of The Wolves também
está sensacional.

4. Emulação boa: Queira ou não, a


emulação faz parte do mundo
gamer, e ela é sim uma realidade
Controle para celular. Esse tipo de controle funciona tanto para
jogos pensados para mobile quanto para emuladores,
transformando o aparelho em um portátil interessante.
nos celulares também. É possível emular praticamente todos os principais
consoles da era 8 e 16 bits, Playstation 1 e Nintendo 64 também tem
emuladores bem competentes, até mesmo o Dreamcast tem alguns
emuladores bacanas, inclusive em um deles eu cheguei a fazer 100% no jogo
Soul Calibur.

5. Portabilidade: Nem preciso explicar que você joga onde você quiser, preciso?
Espero que agora você compreenda que sim, é possível ser um gamer de celular nos
dias de hoje, mesmo com tantos consoles a disposição por aí atualmente. Tenho
amigos que abandonaram completamente os consoles e partiram para o universo
mobile de vez e não se sentem nem um pouco lesados ou incomodados, pois os
mesmos estão fartos de tantos jogos para jogar que nem percebem os grandes
lançamentos dos consoles do mercado atual. Até mesmo a limitação de jogar com
controles com a tela tátil é driblada com controles específicos para celular, onde você
literalmente tem uma Manet (chamamos controles assim aqui em Petrópolis RJ) e a
experiência, principalmente nos jogos emulados é muito mais interessante. Vale
lembrar que até então, jogar GTA San Andreas em modo portátil, só no mobile.
Jogar no celular não faz ninguém menos gamer, e você não é mais gamer só por ter
o console mais poderoso da atualidade. Sim, aquele que se diverte com o jogo da
frutinha no celular é tão gamer quanto eu e você. Não acredita em mim, faça um
teste, fique ao menos 3 meses só com o celular, talvez você perceba o que eu percebi.
PAU QUEBROU XANDÃO: COLUNA DO XANDÃO
CUNHA DO CANAL XANDÃO JOGA NADA
Sistemas de conquistas.

Salve galera, estou aqui para dar minha opinião sobre o


sistema de conquistas. Então pessoal, até então eu me
envolver em grupos de whatss app eu não tinha nem
ciência do que eram troféus ou conquistas. Sempre via lá
pipocanco nos consoles, mas não tinha ainda dado
a devida atenção até aquele momento. Então me
envolvi nos grupos de Waths app, comecei ali a
pegar informação do que se tratava e acabei
pegando gosto pela coisa. Para mim, o sistema de
conquista e de troféu ele só veio a agregar ao jogo,
dar uma sobrevida ao jogo. Até então eu só pegava ali,
zerava o jogo e passava para o próximo. Ná época meu
Playstation 3 era desbloqueado, e assim que eu
bloqueei ele e comecei a comprar mídia física eu comecei a ter
noção do que é troféu, foi aí que acabei percebendo que o sentido do troféus e da
conquista está mais para uma interação social. As vezes você quer comprar o jogo e
vê na Gamertag ou ID do seu amigo e vê se ele zerou o jogo, se ele miletou ou
platinou, se ele gostou do jogo, troca mensagem com ele... Eu tenho consciência de
que Gamertag e ID foi feito mais para interação social e dar sobrevida ao jogo.
Infelizmente hoje em dia não está
sendo usado para o propósito
original, está sendo muito usado no
flamewar (guerra de consoles com
ataques pessoais que ignora totalmente a realidade dependendo da pessoa ou
comunidade). O que era para ser uma interação social, lógico que não são todos,
hoje está mais servindo para denegrir a imagem do colega do que para ter uma
interação com ele. Fazer chacota em vídeos no YouTube ou grupos de zap, a
Gamertag e ID são usados mais para uma batalha do que para uma interação.
Minha opinião: para mim é muito satisfatório ter feito esse sistema, eu mesmo
peguei gosto pela coisa, mesmo com os “ratalaika” que não tem muito valor para a
comunidade, a galera que gosta de farmar troféu não tenho nada contra. Foi
benéfico para a comunidade gamer, mas está sendo usado como uma “trolha
reversa”, usado muito para malefício hoje em dia do que benefício.
ENTREVISTA COM O RONISTER DA RONIK GAMES GROUP
Ronister, um homem comum, como eu; como você,
proletário, e segundo ele mesmo começou a
estudar tarde demais. Será mesmo que foi
tão tarde assim? Ronister hoje é um
desenvolvedor independente, com
mais de quatro jogos em seu portfólio,
dentre eles os jogos para Atari 2600
Ronister at Haunted House, Ronister in
Space, Beast (um porte muito competente
do clássico 16 bits para o Atari 2600)
e o seu mais recente game
lançamento, Ronister Adventure
disponível para a Steam, Mobile
Android e agora... Nintendo
Switch. Sim meus caros apóstolos,
o nosso querido Switão da massa
acaba de receber um jogo do
nosso querido Ronister.
Realmente, é tarde para começar a se dedicar a algo? Seus jogos são apreciados por
retrogamers de todo o Brasil, e até mesmo nos EUA e Alemanha há jogadores que
amam esse games. Ronister é um dos maiores exemplos de que nunca é tarde para
corrermos atrás de nossos sonhos. E você, seu Zé Ruela,
que pensa em desistir de seus objetivos, que o Ronister
possa ser um exemplo para você.
(Lohan) Ronister, é um prazer muito grande começar
essa revista com você como convidado. Ficamos
honrados com você aqui fazendo parte disso.
(Ronister) Salve galera, muito obrigado aí, eu que
agradeço a oportunidade.
(Lohan) Ronister, qual seu vídeo-game preferido e por
quê?
(Ronister) Meu vídeo-game predileto é o NES 8 bits, seria por ter sido o meu
primeiro console, o Hi Top Game da Milmar (Famiclone). Amo o NES e estou
trabalhando em jogos para o NES também.
(Lohan) E qual seria seu jogo preferido? Qual o maior jogo de todos os tempos para
o Ronister?
(Ronister) Meu jogo predileto é Mighty Final Fight do NES 8 bits, e o que seria o
melhor jogo de todos os tempos eu fico entre Battletoads e o Super Mario Bros 3, os
dois são jogos que ganharam gerações.

Ronister e seu jogo Ronister at Haunted House para Atari 2600, o jogo é muito apreciado pela comunidade retrogamer
de Atari no exterior, com vendas em países como a Alemanha e EUA .

(Lohan) Quando despertou o interesse em desenvolver jogos? O que te deu essa


vontade de programar seus games?
(Ronister) O que deu interesse foi que eu já
estudava programação há muito tempo, o basic,
e vi muita coisa ruim sendo lançada e fui
juntando amigos que já programavam,
trocamos figurinhas, aprendemos mais um
pouco, estudando ao dia a dia e isso se tornou
mais que um hobby, se tornou algo profissional.
(Lohan) Acha que é tarde demais para seguir
seus objetivos? Qual sua mensagem para Ronister entrega a cópia física de seu jogo Ronister at
Haunted House para um fã retrogamer.
aqueles que estão desistindo de seus planos tão
cedo?
(Ronister) Não, nunca desistir, pois eu comecei a estudar programação de verdade de
3 anos pra cá, estou com 40 anos e nunca é tarde. Hoje eu vejo uma garotada nova
ai que hoje tem tecnologia, tem cursos online gratuitos, com preço acessível e a
galera quer jogar Free Fire, ver coisas indevidas... Acho que se cada um gamer, a
molecada curtisse e programasse, iria sair muita coisa boa mesmo. Nunca desistam,
independente se for programação ou em qualquer área, estudem que é o caminho do
sucesso.
(Lohan) O que acha dos jogos da atualidade? Estão muito fáceis?
(Ronister) Sim, os jogos da atualidade estão muito fáceis tipo
The Last of Us 2, eu tenho ele e curti, mas curti mais o
primeiro. Detroit Become Human, ô joguinho fácil, Free Fire,
esses negócios, estão tudo leite com pêra. Os atuais que eu
indico são os indies ou estilo metroidvania, esses sim
remetem à jogabilidades anteriores, muito mais difícil.
(Lohan) Videogame é coisa do demônio? Qual sua opinião sobre
colocarem a culpa de algumas tragédias em jogos de videogame?
(Ronister) Cara, tudo é culpa do demônio, as pessoas botam sempre a
culpa, choveu muito e transbordaram rios a culpa é dele. Videogame
não é do demônio. Deus criou a inteligência que criou o vídeo-game.
As pessoas que distorcem a mente e fazem as coisas erradas.
Exemplo, se eu cortar um pão de manha, pegar a faca e esfaquear
alguém a culpa será do pãozinho que estava quente ou do padeiro?
Negativo.
(Lohan) De acordo com alguns “psicólogos”, se eu jogar jogos de tiro
posso virar um assassino e cometer um massacre; então, se eu jogar
Ronister in Space, eu viro astronauta?
(Ronister) Eu jogava na minha infância o X-Man do Atari, e não virei nenhum tarado.
(risos) Isso vai de pessoas de cabeça fraca e mente fraca, e psicólogos não jogam
videogame. Se fosse assim eu seria um astronauta ou estaria em uma casa
assombrada em um pesadelo, e estaria em aventuras com 13 anos de idade... Não,
realmente, são pessoas fracas e mentes poluídas.
(Lohan) Vamos falar de seu trabalho. O que
você faz além de desenvolver jogos?
(Ronister) Com muito orgulho, sou despachante
rodoviário, e todos sabem na empresa que sou
desenvolvedor, curtem também, inclusive
segunda feira fiquei de folga para entregar
alguns jogos pelos correios, mas minha

Ronister em seu emprego de despachante rodoviário. (Foto


Alexandre Brum Agência O Dia)
pretensão é viver só de games futuramente. Hoje com uma publisher também espero
que a gente tenha uma renda muito maior, agora lançando games para o Nintendo
Switch.
(Lohan) Hoje você está na Ronik Games Group. Fale sobre a galera que trabalha com
você e sobre a Ronik também.
(Ronister) A Ronik Games Group veio para me
motivar, porque a Nomad Gamedev com o
Natanael, ele desistiu de trabalhar comigo e foi
trabalhar com uma empresa que deu certo. O
Deric me chamou para trabalhar com ele e deu
certo, ele na programação gráfica, eu na trilha
sonora, ambos trabalhando com enguines,
pessoas nos ajudaram tipo o Clayton, o Robson
com a parte de desenho, o Fernando Floriano com
a narrativa em português, um outro amigo com a
narrativa em inglês, e por ai. A Ronik Game
Group é hoje uma marca associada à Gramik games, e somos também publisher, e
pessoas vem, como o Bombeiro Mascarado, vai querer um jogo dele tanto para PC
quanto para NES 8 bits... Já para NES os cartuchos físicos é com a Ronister Games,
eu que irei produzir.
(Lohan) Antes da Ronik, havia a Nomad, desenvolvedora independente que você fez
os jogos para o Atari 2600. Fale sobre a Nomad e a galera de lá. Algum deles está
hoje na Ronik?
(Ronister) Isso aí, a Nomad graças a Deus não tem ninguém
dela conosco. Hoje o Natanael está em outra empresa, a Era
Games, fazendo seus jogos para Atari, Ricardo Pim está
na Games Select, continuaram bem na mesma, eu evoluí.
Jogos de Atari tem até canais gringos que fazem vídeos até
hoje. É independente, NE? Eu gostei porque foi um passo pro
meu nome, aquilo que o Ronister faz tem um toque especial e a
galera tem um pouco de confiabilidade, isso é muito satisfatório.
(Lohan) Agora falemos de seu mais recente lançamento, Ronister Adventure. De onde
veio à inspiração para a história do jogo? O level design é incrível, fale do artista
que a fez.
(Ronister) O nosso Ronister Adventure veio do Derik da Derik DF que
queria fazer um jogo em minha homenagem. Ele me viu em uma
entrevista na WarpZone e ficou feliz. Nisso ele fez uma demo,
uma fase, com os assets, achei legal, perguntei se ele fazia uma
fase com duas ou três fases, trabalhei a trilha sonora, por ser
também técnico em trilha sonora, a demo foi muito bem aceita
pelo itch.io um site de jogos independentes, fomos criando e
fazendo parcerias depois. Ronister Adventure é uma influência
de vários jogos como Mario, Sonic, Alex Kid, Panic Restaurant
que o personagem Staley tem bigode, não ésó o Mario, ele é
mais simpático que o Mario, sendo Panic Restaurant o nome americano, a versão
japonesa é diferente e vários jogos que remetem os 8 bits, minha paixão.
(Lohan) Seu jogo é muito tóxico? Fale sobre essa treta.
(Ronister) Eu fui em um canal retro, tinha 2 mil inscritos, vi um dia só tava jogando
Minecraft e Free Fire e jogos asssim. Quando vi ele jogando Final Fantasy VII
Remake, ele tava com mais de 12 mil inscritos. Falei com ele lá no chat e o youtuber
falou “não pertenço mais a comunidade tóxica retrogamer”. No chat, só mulecada
de 10 ou 12anos falando pra eu jogar esses jogos. Se for para eu ter uma toxidade
de crianças, para ganhar 600 reais para fazer aquilo o que não gosto... Prefiro ficar
com aminha toxidade.
(Lohan) Como é ser reconhecido por colecionadores
e retrogamers em outros países como EUA e
Alemanha? Qual a sensação de ter seu trabalho
apreciado até mesmo no exterior?
(Ronister) A sensação é excelente. As pessoas aqui
no Brasil não dão tão valor, mas lá fora, os
homebrews pela Era Games, pela Mother Work,
pela antiga Nomad Gamedev, para a Atari, a
Gamer Select, jogos de Atari, são muito bem
aceitos, colecionadores e as pessoas nos recebem
de braços abertos e gastam. Aqui no Brasil um
jogo de Atari eu ganho 40 reais de lucro. Lá fora
um jogo, com postagem internacional cara, eu
ganho 189 reais, 2 jogos 500 reais e 3 jogos na
mesma postagem eu ganho 850 reais e dando desconto ainda, gringo gosta de off-
price. É muito bom ser reconhecido não só pelo ganho, mas pelo nome. Tem canais
como Retro Dad e sites que fazem analises de jogos de Atari e agradecem a obra que
fazemos, Isso é muito gratificante. Espero que um dia o Brasil supere essa de que o
que o brasileiro não presta, isso é muito chato.
(Lohan) E para terminar, você tem um recado para os leitores? Fique a vontade, você
está em casa, fale do que quiser, aqui não tem censura.
(Ronister) Um recado para todos vocês é, muito obrigado antes de tudo, conheçam o
meu trabalho. Não sou youtuber, meu canal é flopado, é o Ronister Oficial, e faço
umas gameplays porque também jogo vídeo-game, não vou mais para eventos
devido a pandemia, é difícil de fã meu mandar alguma coisa, mas mandam de vez
em quando. E sou muito grato pela amizade do Lohan por ter essa oportunidade
aqui. Sigam-me no instagram @ronister_oficial e @ronikgames e @gramikgames, é
muito satisfatório que conheçam meu trabalho, mas que conheçam também o
trabalho de outros. Dêem por favor, oportunidade ao cenário indie nacional, não é
só por dinheiro, é por amor. O jogo indie não é um bolo feito com pessoas usando
máquinas, é um bolo feito à mão, ou seja, botando a mão na massa. Um grande
abraço galera, e vejo vocês em breve.
WII U DOS MULTES: MULTEPLATAFORMAS DISPONÍVEIS NO
NINTENDO WII U
(Texto: Lohan D. Souza)

O maior fracasso da Nintendo depois do


Virtual Boy é o Nintendo Wii U e isso é
indiscutível, mesmo aqueles que tem um
apreço pelo controverso console da Big N
não negam isso. O Nintendo Wii U sofreu
com a péssima apresentação que não
deixou claro que ele era um novo console,
confundindo muitos como mais um acessório do Nintendo Wii, seu antecessor.
Durante a apresentação, Satoru Iwata infelizmente focou muito no Gamepad
(controle do Wii U) e suas funcionalidades em seu nostálgico vídeo de
unboxing; não obstante a isso, o próprio vídeo de apresentação da
Nintendo focou demais também no Gamepad. Tal estratégia errônea de
apresentação do console e seu conceito fez com que muitos pensem
que o Nintendo Wii U até hoje seja apenas o Gamepad, mais um
acessório revolucionário para o Nintendo Wii que é caro demais e
não vale a compra. Sim, em pleno 2021 ainda é possível
encontrar pessoas que acham que o Wii U é apenas o
Gamepad. O design do Wii U, embora seja bonito, é
muito parecido com o último modelo do Nintendo
Wii, e no vídeo de apresentação ele ainda fora
apresentado na cor branca, o que contribuiu para
confundir o consumidor final prejudicando as vendas do
console. Some tudo isso a pirataria desenfreada e pronto,
temos um console que não vende, e por consequência disso,
não vende jogos.
Difícil lançar jogos em um vídeo-game que não vende, não é
mesmo? Isso comprometeu ports de muitos jogos famosos da oitava
geração para o Wii U, exemplos são Naruto Ultimate Ninja Storm 4, Project
Cars e Fifa 15, que recebera port para o Nintendo Wii e o Wii U ficou de fora.
Rumores apontam que Assassin’s Creed Rouge, The Crew, Mad Max, Shadow of
Mordor e até mesmo Dragon Age Inquisition teriam versões para o Nintendo Wii U,
mas a baixa venda de jogos fez com que esses ports fossem descartados, mas tudo
não passa de rumor infundado. Poucas unidades vendidas e pirataria muito presente
fez com que o Wii U não recebesse jogos nem mesmo da Nintendo, que
resolveu migrar algumas produções para o seu sucessor, o Nintendo
Switch.
Mesmo com tanto fracasso, o Nintendo Wii U recebeu sim alguns jogos
multiplataforma, jogos esses que muitos que possuem um Wii U não
sabem que foram lançados, e a seguir você verá uma lista com 10
jogos multes que com certeza darão certa sobrevida a seu Wii U, ou
caso esteja planejando comprar um, aqui vai umas dicas de jogos
além dos exclusivos da Nintendo para você aproveitar no querido e fracassado
Nintendo Wii U.

• Assassin’s Creed III - Ambientado na Revolução Americana, evento histórico


que desencadeou a Independência Americana, ACIII traz um ambiente muito
bem construído e imersivo. Os gráficos eram um
deleite para os olhos na época, e o mundo aberto
(ou semi-aberto de acordo com os padrões atuais)
traz uma exploração gostosa e satisfatória, com
missões secundárias construídas de acordo com a
intenção de promover tal exploração. Disponível
para Xbox 360 e Playstation 3 na época, recebeu
um port para Wii U em 18 de novembro de 2012 e
está legendado em português brasileiro, mas o
mesmo sofre com algumas quedas de FPS, devido
apouca familiaridade com o kit de
desenvolvimento do console na época.

• Assassin’s Creed IV: Black Flag – Dessa vez estamos nos mares do Caribe,
com direito até mesmo a dar umas voltinhas em Havana. Mapa aberto
interessante e bonito, batalhas navais entre
navios de madeira, recrutamento de piratas para
seu bando, caça de tesouros, contrabando,
pilhagem de navios, tudo isso somado a um
personagem falastrão, trapaceiro, mentiroso, um
pouco arrogante e cheio de autoconfiança... Parece
que estou falando de um jogo da franquia Piratas
do Caribe, não é mesmo? Não, falo de Assassin’s
Creed IV, que desta vez não controlamos um
assassino comum, na verdade ele nem era um
assassino no início da história, e vamos embarcar
na caça ao tesouro mais emocionante dos games... Ou não. Lançado 29 de
outubro de 2013 para Wii U com uma dublagem muito legal em português
brasileiro, Playstation 3 e Xbox 360, Assassin’s Creed IV até hoje em 2021 é
um jogo divertido que nos prende horas e horas na frente da Tv.

• Watch Dogs – Você quis dizer GTA do Wii U? Google sobre Watch Dogs.
Brincadeiras a parte, Watch Dogs é mais conhecido pelo seu downgrade que
por sua qualidade, infelizmente, mas com certeza é um excelente jogo para
você dar uma chance, seja no Wii U ou qualquer outra plataforma que ele
esteja disponível. Com uma história envolvente sobre vingança, Aiden Pearce,
o protagonista do game, faz o melhor estilo “bandido bom é bandido morto”
que todos nós gostamos, personalidade essa que fica mais evidente nas
missões secundárias de esconderijo de bandidos. Falando em missões
secundárias, esse jogo é um prato cheio. São
missões de investigação de um serial killer,
tráfico de humanos e outras coisas bem leves
como assassinato de políticos corruptos, pois o
“bandido bom é bandido morto” de Aiden Pearce
não faz acepção de tipos de bandido... Ele irá
atrás de todos. Watch Dogs foi lançado para
Nintendo Wii U em 20 de novembro de 2014,
está muito bem dublado em português brasileiro,
sua DLC está disponível na eShop americana do
Wii U e mesmo com o downgrade, é um jogo
bonito no Wii U, é bacana, merece uma chance de
todos nós.

• Tom Clancy’s Splinter Cell: Blacklist - Parece que só tem jogo da Ubisoft aqui.
Sim, o melhor Splinter Cell de acordo com alguns fãs da franquia está também
disponível para o Nintendo Wii U, dublado em
português brasileiro e com um gráfico muito
competente para o Wii U. Com uma mecânica
nova onde você pode matar inimigos enquanto
se movimento, a jogabilidade fica mais fluída,
tornando o gameplay mais dinâmico. A
inteligência artificial também ganhou também a
capacidade de fazer o inimigo perceber quando
algum companheiro não está no seu posto,
literalmente agora eles sentem falta de membros
de sua equipe, fazendo com que a segurança aumente e torna a locomoção
mais difícil. A última aventura de Sam Fisher até então foi lançada em 20 de
agosto de 2013 para Wii U e demais plataformas, um bom jogo que mesmo
quem não é muito ligado na franquia Splinter Cell pode aproveitar bem.

• Call of Duty: Black Ops II – Finalmente um jogo que não é da Ubisoft na lista.
Black Ops II é tido como o melhor Black Ops da franquia poruma significativa
parcela de fãs, apesar de não ser uma unanimidade. A versão do Nintendo
Wii U é muito competente,nãoficando em quase
nada atrás das versões de Xbox 360 e
Playstation 3, mesmo ele sendo portado em uma
época em que a familiaridade com o kit de
desenvolvimento do Wii U era baixa por parte
das desenvolvedoras. O jogo se passa no final da
Guerra fria e na “fictícia” Segunda Guerra Fria,
implementou também armas futuristas, mas nem
tão futuristas assim como vimos em futuros jogos
da franquia. COD Black Ops II foi lançado para
Wii U em 13 de novembro de 2012. A versão que
joguei não possuía dublagem ou legenda.

• Call of Duty: Ghosts – Já ouviu falar na Pátria Grande, a união dos países da
América do Sul e Central em um só território aos moldes da União Soviética?
Então... Tem isso no jogo. Mais ou menos na verdade. Ghosts se passa em
uma realidade alternativa onde um desastre nuclear afetou o oriente médio e
causou uma crise mundial de petróleo, a união da Pátria Grande foi uma
resposta a essa crise. Claro, não se chama Pátria Grande, o nome é
Federação, mas fica aqui a referência à
famigerada U.R.S.A.L. denunciada pelo candidato
Cabo Daciolo em um debate nas eleições
presidências de 2018. No jogo é possível até
controlar um cachorro durante as missões que
são bem desenvolvidas e trazem uma
ambientação muito convincente com belos
gráficos. COD Ghosts foi lançado em 5 de
novembro de 2013 para o Wii U, e até hoje é um
bom COD para jogar. A versão que joguei no Wii
U também não apresentava dublagem ou
legendas em nosso idioma.
• Injustice: Gods Among Us – Injustiça: Deuses Entre Nós, um excelente nome
para um excelente game de luta. O que aconteceria se o Superman, nosso
maior símbolo de esperança de salvação do mundo na cultura pop, clara
referência ao nosso único Senhor e Salvador Jesus Cristo, se voltasse contra a
humanidade e se tornasse um ditador fascista? Essa pergunta fora
parcialmente respondida no episódio de duas partes “Um Mundo Mlehor” do
desenho Liga da Justiça, onde vemos os Lords da Justiça, uma versão bem
mais sombria da liga, que assumiu o controle do planeta em seu universo. O
Superman desse episódio é implacável, mas não tão implacável quanto o
Superman de Injustice. Mais uma vez, o Batman é o único a ter capacidade
para contrapor o totalitarismo do “Esse Tê Éfe
humana” que usa sua super-audição para
retrucar com violência todos aqueles que emitem
opiniões contrárias ao seu regime. O jogo segue a
linha vista em Mortal Kombat 9, claro, muito
menos sanguinário, até porque, pega mal para
super-heróis mutilarem corpos em um jogo.
Lançado em 16 de abril de 2013, Injustice: Gods
Among Us está muito bem fluído e com belos
gráficos para a época. O jogo se encontra
dublado, com os dubladores que acompanham
desde o desenho da Liga da Justiça e Jovens Titãs
que víamos na hora do almoço na SBT.

• Batman: Arkham City Armored Edition – Claro que aquele que é considera o
melhor jogo já feito por muitos dos fãs daquele que é o único capaz de
espancar o Superman estaria no Wii U, mas
poucos sabem que ele fora lançado nele. Batman:
Arkham City Armored Edition é um jogo que
dispensa apresentações e se encontra no Nintendo
Wii U com dublagem brasileira muito competente.
O jogo é praticamente o mesmo que vemos no
Xbox 360 e Playstation 3, porém, com algumas
melhorias em jogabilidade, leves, mas estão lá, e
uma adição bacana, o uso do Gamepad do Wii U.
É sensacional usar o controle com tela tátil do Wii
U nas mecânicas dojogo, o que dá uma nova cara
para aqueles que já jogaram o game em outras
plataformas conhecerem a versão do Nintendo Wii U. Ojogo foi lançado em 18
de novembro de 2012 para o Wii U, com uma dublagem que já disse, é
sensacional.

• Batman: Arkham Origins – O jogo que funciona como uma prequela para toda
a saga Arkham. Com um... “mundo aberto”, nós andamos em uma cidade
coberta pela neve, pois já é natal em Gotham.
Vemos uma espécie de “Batman Ano 1”, onde o
nosso querido cavaleiro das trevas ainda está em
um relativo início de carreira. A jogabilidade é
praticamente copiada de Arkham City, com leves
alterações devido ao estúdio ser diferente do jogo
citado. Usar o Gamepad do Wii U para fazer as
investigações é muito divertido, sem dúvidas,
uma experiência única no console da Big N.
Batman: Arkhan Origins foi lançado para
Nintendo Wii U em 25 de outubro de 2013. A
versão que joguei não possuía legendas ou
dublagem, infelizmente.

• Tekken Tag Tournament 2 Wii U Edition – Embora eu tenha jogado todos os


jogos da franquia Tekken sem nenhuma exceção, Tekken Tag Tournament 2 é
para mim de longe o melhor de todos, e, vejam só, ele está também
disponível no Nintendo Wii U, e com alguns conteúdos exclusivos como a
roupa do Mário para alguns personagens. Nunca fui muito fã da história de
Tekken, na verdade eu nem gosto dela, curto apenas o jogo, então jogos que
não são tão focados na história acabam me agradando mais. Na verdade a
história desse jogo é quase nula, não faz a
menor falta. Falando mais do conteúdo exclusivo
do Wii U, temos o retorno de Tekken Ball, uma
espécie de “fight-voley”, que tinha em Tekken 3.
Roupas de personagens da Nintendo para
customização dos lutadores também estão
presentes no game. Há também um modo de luta
onde se pode usar os Power-ups da série Mario
Bros. O jogo conta com 59 personagens... Sim,
era uma época que os jogos de luta vinham mais
completos... Bons tempos. Tekken Tag
Tournament 2 Wii U Edition foi lançado em 18 de
novembro de 2012, a versão que joguei infelizmente não tinha legenda ou
dublagem.

Então, você sabia que o Wii U tinha esses jogos disponíveis em sua biblioteca? Você
que é dono de um Wii U e não sabia, aconselho a comprar logo, pois esses jogos um
dia podem sair da eShop ou a mesma ser desligada no Wii U, e se optar por tentar
arrumar a mídia física, boa sorte na disputa contra os colecionadores que compram
jogos para não jogar. Espero ter ajudado a você, dono de um Wii U a dar uma
sobrevida para o seu console, e se você não tem um, mas planeja ter, agora você tem
alguns jogos a levar em consideração sua aquisição.

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