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por
i
M528a Melo, Dácio da Silva.
Aplicação de sincrofasores para aferição de parâmetros elétricos
de linhas de transmissão / Dácio da Silva Melo. - Recife: O Autor,
2008.
xii, 104 folhas, il : tabs. Grafs.
UFPE 621.3
BCTG/ 2009-070
ii
DEDICATÓRIA
Dedico a:
iii
AGRADECIMENTOS
iv
Resumo da Dissertação apresentada à UFPE como parte dos requisitos necessários
para a obtenção do grau de Mestre em Engenharia Elétrica
RESUMO: Este trabalho apresenta uma metodologia que permite medir os parâmetros
elétricos de linha, baseado na oscilografia dos registradores digitais de perturbação, e em
seguida permite avaliar a precisão da metodologia desenvolvida em relação aos métodos de
cálculo convencionalmente utilizados. A partir da metodologia proposta, foram
desenvolvidas rotinas computacionais, utilizando-se o software MATLAB, que
possibilitam aferir os parâmetros das linhas de transmissão, tendo como entrada de dados
os registros de oscilografia dos registradores digitais de perturbação, desde que estes
possuam suas medições e conversões analógico-digitais sincronizadas através de sistema
de posicionamento global. A validação da metodologia utilizada e das rotinas
computacionais desenvolvidas foi realizada através de simulações preliminares no software
ATP. A partir de tais simulações, foi possível a geração de registros de oscilografia em
dois terminais de uma linha de transmissão utilizada como teste. De posse desses registros,
foram utilizadas rotinas computacionais desenvolvidas no MATLAB para aferição dos
parâmetros. Em testes realizados em laboratório, foi validada a possibilidade de obtenção
de fasores com erros inferiores a 0,1 graus elétricos em seus argumentos. Tal precisão
representa a condição necessária para se obter os parâmetros elétricos de uma linha de
transmissão com um erro inferior a três por cento. Como estudos de caso em campo, foram
realizadas aferições dos parâmetros elétricos da LT da CHESF Messias-Recife II, de 500
kV.
v
Abstract of Dissertation presented to UFPE as a partial fulfillment of the
Requirements for the degree of Master in Electrical Engineering
ABSTRACT: This paper presents a methodology that allows measuring the line
electrical parameters, based on the oscillography of digital registers of disturbance, and
then evaluates the accuracy of the developed methodology in comparison to the calculation
methods traditionally used. According to the the proposed methodology, computational
routines were developed using the MATLAB, that enables the measurements of the
transmission lines parameters having as input data the oscillography’s report from digital
registers of disturbance, as long as these ones have their measurements and digital
analogical conversions synchronized by a global positioning system. The validation of the
used methodology and the developed routines was performed by preliminary simulations at
the ATP. Through such simulations it was possible to generate oscillography registers in
two transmission line terminals used as test. From theses registers, computational routines
were developed in MATLAB to obtain electrical parameters. In tests accomplished in
laboratory it was confirmed the possibility of obtaining phasors with errors inferior to 0.1
electrical degrees in their arguments. Such precision represents the necessary condition to
calculate the electric parameters of a transmission line with an error inferior to three
percent. As study cases in field it was measured the electric parameters of 500 kV
CHESF’s transmission line Messias-Recife II.
vi
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA...................................................................................................................iii
AGRADECIMENTOS ......................................................................................................... iv
RESUMO .............................................................................................................................. v
ABSTRACT ......................................................................................................................... vi
LISTA DE FIGURAS .......................................................................................................... ix
LISTA DE TABELAS .......................................................................................................... x
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS .................................................................... xi
1 Considerações iniciais....................................................................................................... 1
1.1 Introdução .................................................................................................................. 1
1.2 Motivação .................................................................................................................. 3
1.3 Revisão bibliográfica ................................................................................................. 4
1.4 Os objetivos deste trabalho ........................................................................................ 8
1.5 Divisão dos Capítulos ................................................................................................ 8
2 Cálculo e medição convencional de parâmetros de linhas de transmissão ..................... 10
2.1 Metodologia de cálculo de parâmetros elétricos de linhas de transmissão.............. 11
2.1.1 Indutância .......................................................................................................... 11
2.1.2 Capacitância....................................................................................................... 14
2.1.3 A Resistência e Condutância em Paralelo ......................................................... 19
2.2 Considerações sobre uma LT real............................................................................ 20
2.2.1 Altura média do condutor .................................................................................. 21
2.2.2 Método de Carson.............................................................................................. 22
2.2.3 Reatância e Susceptância de seqüência das LTs ............................................... 23
2.2.4 Dificuldades práticas de implementação do cálculo convencional: .................. 25
2.2.5 Análise da sensibilidade da metodologia convencional .................................... 25
2.3 Medição convencional de parâmetros de LTs ......................................................... 28
2.3.1 Metodologia tradicional de medição direta de parâmetros de LT. .................... 30
2.3.2 Aplicação da metodologia de medição direta de parâmetros elétricos de LTs . 32
2.3.3 Dificuldades práticas de implementação da medição direta.............................. 34
2.4 Comparação entre valores calculados e medidos..................................................... 34
3 Modelo para aferição de parâmetros de linhas a partir das grandezas fasoriais em seus
terminais.......................................................................................................................... 37
3.1 Cálculo de parâmetros de linha em sistema sem indutância mútua e sistema
perfeitamente equilibrado a partir dos fasores sincronizados.................................. 38
3.2 Decomposição de sistemas desequilibrados em componentes simétricas ............... 39
3.2.1 Expressões das tensões ou intensidades de um sistema trifásico em função das
componentes simétricas..................................................................................... 41
3.2.2 Expressões das componentes simétricas em função das tensões ou intensidade
de corrente de um sistema trifásico. .................................................................. 41
3.3 Extração dos fasores, a partir dos registros de oscilografia de um equipamento
qualquer. .................................................................................................................. 42
4 Validação do modelo a partir do ATP ............................................................................ 46
4.1 Obtenção dos parâmetros da LT a partir dos fasores............................................... 46
4.1.1 Calcular o Modelo PI equivalente através da medição indireta de parâmetros de
LT. ..................................................................................................................... 46
4.1.2 Calcular os parâmetros ABCD de Sequência Positiva e Zero desta LT............ 47
vii
4.1.3 Arbitrar fasores desequilibrados de corrente e tensão nos terminais da mesma e
calcular os fasores na entrada desta LT ............................................................. 49
4.1.4 Recalcular os parâmetros da LT ........................................................................ 51
4.2 Obtenção dos parâmetros da LT a partir de simulações no ATP............................. 52
4.2.1 Modelagem no ATP da LT................................................................................ 52
4.2.2 Geração de oscilografias nos dois terminais de LT........................................... 53
4.2.3 Conversão do formato dos arquivos gerados..................................................... 54
4.2.4 Re-cálculo dos parâmetros da LT...................................................................... 54
5 Validação do modelo a partir de aferições laboratoriais e de campo.............................. 56
5.1 Características da LT escolhida para aplicação da metodologia ............................. 56
5.2 Realização de testes em laboratório......................................................................... 58
5.2.1 Montagem de uma plataforma em laboratório .................................................. 58
5.2.2 Cálculo de fasores nos secundários dos transformadores de instrumentos ....... 60
5.2.3 Aferição e parametrização dos equipamentos para a simulação. ...................... 60
5.2.4 Simulação dos fasores da LT............................................................................. 61
5.2.5 Ratificação da resolução do equipamento ......................................................... 62
5.2.6 Aferição dos parâmetros a partir da oscilografia gerada. .................................. 62
5.3 Validação do modelo em uma LT do sistema de transmissão................................. 63
5.3.1 Instalação dos equipamentos nos terminais da LT ............................................ 63
5.3.2 Análise dos registros.......................................................................................... 67
5.3.3 Análise das causas da divergência de parâmetros ............................................. 71
5.3.4 Avaliação da aderência do novo modelo ao Sistema de Potência..................... 72
5.4 Avaliação dos erros de processamento de sinal....................................................... 73
6 Conclusões e perspectivas............................................................................................... 76
ANEXOS ............................................................................................................................. 78
Anexo A - Programas de Modelagem da 05L7 ................................................................... 78
Anexo B - Programas para Cálculo de Parâmetros ............................................................. 81
Anexo C – Roteiros de Testes em Laboratório ................................................................... 94
Anexo D – Modelagem no ATP da LT Messias Recife II ............................................... 101
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 102
viii
LISTA DE FIGURAS
Figura 3.1 - Decomposição de um sistema desequilibrado ............................................. 39
Figura 3.2 - Componentes Simétricas ............................................................................. 40
Figura 3.3 - Discretização de um sinal com 8 amostras por ciclo................................... 43
Figura 4.1 - Diagrama Fasorial dos terminais da LT 05L7 MSI/RCD............................ 51
Figura 4.2 - Modelagem no ATP da LT 05L7 MSI/RCD ............................................... 53
Figura 4.3 - Oscilografia do Terminal de MSI................................................................ 53
Figura 4.4 - Oscilografia do Terminal de RCD............................................................... 54
Figura 4.5 - Fasores calculados usando-se os arquivos CSV .......................................... 55
Figura 5.1 - Diagrama unifilar da 05L7 no terminal de RCD ......................................... 57
Figura 5.2 - Diagrama unifilar da 05L7 no terminal de MSI .......................................... 57
Figura 5.3 - Diagrama de Montagem em Laboratório..................................................... 58
Figura 5.4 - Instalação da antenas receptoras GPS em Laboratório................................ 59
Figura 5.5 - Equipamentos usados em Laboratório......................................................... 59
Figura 5.6 - Oscilografia após aferição dos RDPs .......................................................... 61
Figura 5.7 - Simulação de Fasores em laboratório.......................................................... 61
Figura 5.8 - Precisão de um microssegundo entre equipamentos ................................... 62
Figura 5.9 - Diagrama de montagem de RDPs na instalação de MSI............................. 64
Figura 5.10 - RDP instalado no terminal de MSI.............................................................. 65
Figura 5.11 - Antena receptora instalada no terminal de MSI .......................................... 65
Figura 5.12 - RDP instalado no terminal de RCD............................................................. 66
Figura 5.13 - Antena receptora instalada no terminal de RCD ......................................... 66
Figura 5.14 - Comportamento térmico dos condutores da LT 05L7................................. 68
Figura 5.15 - Comportamento diário da resistência .......................................................... 69
Figura 5.16 - Comportamento diário da reatância............................................................. 69
Figura 5.17 - Comportamento diário da suscepitância...................................................... 70
Figura 5.18 - Comportamento diário da capacitância ....................................................... 70
Figura 5.19 - Digrama de Ishikawa – Divergência entre parâmetros................................ 71
Figura 5.20 - Previsão diária de consumo da LT 05L7 ..................................................... 72
Figura 5.21 - Fases do processo de transformação do sinal .............................................. 73
Figura 5.22 - Relacionamento entre erro de fase e os parâmetros de seqüência zero ....... 74
Figura 5.23 - Relacionamento entre erro de fase e os parâmetros de seqüência positiva . 74
Figura B.1 - Interconexão entre os Programas................................................................. 81
Figura C.1 - Diagrama de interligação para a aferição dos equipamentos ...................... 95
Figura C.2 - Parametrização do RDP para calibração ..................................................... 96
Figura C.3 - Erros entre disparos menor ou igual a 1 microssegundo ............................. 97
Figura C.4 - Sobreposição das seis fase de tensão e seis de correntes............................. 97
Figura C.5 - Diagrama de interligação entre os equipamentos ........................................ 98
Figura C.6 - Registro oscilografico gerado em laboratório ............................................. 99
Figura D.1 - Modelagem no ATP da LT 05L7 MSI/RCD ............................................. 101
ix
LISTA DE TABELAS
x
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
ABREVIATURAS
xi
SÍMBOLOS
xii
1
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1.1 Introdução
1.2 Motivação
• atuação de proteção de sobretensão quando houve manobras das LTs FEX nos
trechos Paulo Afonso - Milagres e Banabuiu-Fortaleza, com tensões de partida de
acordo com os valores definidos pelos estudos elétricos. Para uma mesma tensão de
partida observou-se que em algumas manobras ocorria a atuação de proteção de
sobrecorrente e em outras não, dando aparentemente, certo caráter aleatório ao
fenômeno;
• o histórico operacional mostrou que, mesmo antes das implantações das técnicas de
4
• Luiz Gonzaga-Milagres-Quixadá-Fortaleza;
defasado de 90°, cos(ϕ .t ) , permite uma excelente filtragem de ruído e uma medida das
interpolação.
As metodologias mencionadas nos parágrafos anteriores, além dos riscos contra a
segurança física para os técnicos envolvidos na medição, têm imprecisões devido ao fato
de trabalhar com sinais fora da faixa nominal de operação da LT (tensão e freqüência
diferentes da nominal). Além dos problemas mencionados, é importante enfatizar que para
realização dos testes é necessário indispor a LT, bem como as LTs paralelas a mesma.
Uma proposta de medição de parâmetros de LT sem necessidade de desligar a
mesma é feita por Castillo (2006). Na metodologia proposta, que se baseia nas equações
normais, o vetor de estado convencional é aumentado para inclusão dos parâmetros a
serem estimados. Este vetor de estado “aumentado” é então estimado através de uma
grande quantidade de medidas, obtidas em diversas amostras durante um intervalo de
tempo em que as variáveis de estado do sistema não tenham sofrido alterações
significativas de valor. Esta situação ocorre tipicamente à noite, fora do horário de pico. A
partir das conclusões do autor é possível inferir que a metodologia poderá estimar os
parâmetros de LT no horário da noite o que já garantiria uma melhor aproximação do que
os valores calculados a partir da geometria da LT, porém, para eficiência da mesma, é
necessário garantir informações corretas do sistema de supervisão (estados das
seccionadoras e disjuntores de todo o sistema, bem como exatidão nas medições
analógicas) as quais, na prática, nem sempre são verdadeiras.
Com o surgimento da tecnologia de Sistemas de Medição Fasorial Sincronizada
(SMFS), cujas aplicações ainda não foram plenamente definidas (EHRENSPERGER,
2003) embora já se saiba que terá grande impacto sobre o gerenciamento do Sistema
Elétrico de Potencia (SEP), começa a surgir uma série de aplicações sobre a mesma. Essas
aplicações terão impacto imediato em:
a) TIANSHU BI (2008) mostra, para uma LT monofásica, que a partir dos fasores
de entrada e saída de LT é possível calcular os parâmetros do modelo PI
equivalente, e se o modelo de parâmetros distribuído for desejado, este poderá ser
determinado através das relações hiperbólicas entre o modelo PI de parâmetros
concentrado e parâmetros distribuídos em LTs de transmissões aéreas;
Vale ressaltar que, nesses trabalhos, uma vez que são trabalhos teóricos, nos quais
as simulações foram realizadas utilizando-se ferramentas como o ATP, não é considerado
os erros provocados por TI e instrumentos de medição de fasores.
2 CÁLCULO E MEDIÇÃO
CONVENCIONAL DE
PARÂMETROS DE LINHAS
DE TRANSMISSÃO
Objetivando um melhor entendimento dos capítulos seguintes deste trabalho,
fazemos a seguir uma revisão de alguns conceitos básicos de cálculo e medição
convencionais de parâmetros de LT.
De uma forma geral, as características de desempenho elétrico de uma LT (como elo
de um sistema de potência) podem ser expressas em função de quatro parâmetros:
indutância (L), em H/m; capacitância (C) em paralelo, em F/m; resistência (R), em Ω/m; e
condutância (G) em paralelo, em S/m.
São esses parâmetros que permitem construir o modelo elétrico de uma LT, de tal
forma a inseri-la em um contexto associado a toda uma rede elétrica e, por conseguinte,
avaliar e simular o comportamento das tensões, correntes e fluxo de carga em todo o
sistema de potência.
Como será visto, esses parâmetros são calculados em função dos tipos de condutores
utilizados, a sua quantidade por fase e a geometria que caracteriza o seu arranjo associados
às estruturas suportes e cadeias de isoladores que os mantêm suspensos. É de se esperar
que a concepção de uma LT passe, portanto, por uma etapa de estudos em que os seus
parâmetros elétricos sejam os mais adequados possíveis ao sistema de transmissão ao qual
será conectado, buscando-se, logicamente, consolidar o atendimento às cargas elétricas
supridas pelo sistema e a qualidade da energia disponibilizada aos diversos consumidores,
através de uma análise criteriosa de custo e benefício de cada alternativa levantada.
Os modelos de cálculo disponíveis na literatura incorporam algumas simplificações
no intuito de viabilizar as suas concepções e implementações práticas. Algumas dessas
simplificações implicam em imprecisões que merecem ser devidamente avaliadas no
sentido de não incorporarem distorções no desempenho das novas instalações elétricas
11
2.1.1 Indutância
condutor, pode ser mostrado que o fluxo total resultante é dado por (FUCHS, 1979):
d
φ = 2 ⋅10 −7 I ⋅ Ln [V ⋅ s m], (2.1)
r′
onde:
1 1
Ln Ln
φa −7 ra ' d AB I a
φ = 2 ⋅10
1 I b
[V .s / m] , (2.2)
b Ln 1 Ln
d AB rb '
Portanto:
1 1
Ln Ln
La −7 ra ' d AB
L = 2 ⋅10 [ H / m] , (2.5)
b Ln 1 Ln
1
d AB rb '
2ha D AB D AC D AN
Ln r ' Ln Ln L Ln
d AB d AC d AN
a
D
Ln AB 2h D DBN
Ln b Ln BC L Ln
d AB r 'b d BC d BN
[L] = K Ln DAC D
Ln BC
2h
Ln c
D
L Ln CN
[ H / m] , (2.6)
d AC d BC r 'c d CN
M M M M
D DBN DCN 2h
Ln AN Ln Ln L Ln n
d AN d BN d CN r ' n
A matriz acima é valida para o cálculo das reatâncias indutivas exceto pela constante
k , cujo valor muda para: k´= 12,5664. f .10 −4 [ohm/km]. Desta forma a reatância indutiva
2hi
f ii = k ⋅ Ln [H km] , (2.7)
ri′
14
Dij
fij = k ⋅ Ln [H km] , (2.8)
dij
f aa f ab f ac L f an
f f bb f bc L f bn
ab
[F ] = f ac f bc f cc L f cn . (2.9)
M M M M M
f an f bn f cn L f nn
2.1.2 Capacitância
q πε
Cab = [ F / m] , (2.10)
U ab Ln(D / r )
15
+q -q
a b
D/2 D/2
Cab
Ca0 Cb0
q q q D
U b0 = = ⇒ U b0 = Ln [V ] . (2.12)
C a 0 2C ab 2πε r
Por outro lado, o solo terrestre deve ser considerado condutor de eletricidade. Os
condutores das LTs aéreas encontram-se suspensos a uma altura h do solo. Nestas
condições, o condutor comporta-se como um capacitor composto de um eletrodo cilíndrico
longo, paralelo a um eletrodo plano. Assim, para uma carga + q [coulomb/m] existente na
superfície do condutor, existirá uma carga − q distribuída no solo de tal forma que o
comportamento do campo elétrico é semelhante ao comportamento de dois condutores
separados de uma distância 2.h com cargas opostas. Usando a equação (2.11) pode-se
concluir que a diferença de potencial entre o condutor e o solo será:
q 2⋅h
U a0 = Ln [V ] , (2.13)
2πε r
No caso de dois condutores esta equação toma a seguinte forma,
2ha Dab
Ln Ln
U a 1 ra d ab qa
U = 2πε D
2hb qb
[V ] (2.14)
b Ln ab Ln
d ab rb
,
Pode ser observado que a matriz é simétrica em torno da diagonal. Onde Dab
Q&
C& = ⇒ Q& = C& .U& ⇒ Q& = C& U&
U&
[ ] [ ][ ] [coulomb] (2.21)
[C& ] = [A& ]
−1
[ farad ] (2.22)
condutor i com relação ao solo, as cargas em cada um dos condutores poderão ser
determinadas em função das capacitâncias parciais e das tensões. Desta forma, para o
18
[F/km],
−1
Considerando a matriz [ A] como definida na Equação (2.26).
pcondução
r= , (2.28)
I2
pdispersão
g= , (2.29)
V2
Desta forma, dado o modelo PI equivalente da LT, as perdas totais podem ser
calculadas como:
p = pcodução + pdispersão ⇒ P = r ⋅ I 2 + g ⋅ V 2 , (2.30)
A potência ativa nos terminais da LT, é medida através de equipamentos com boa
exatidão (classe de exatidão 0,3%) logo a exatidão dos parâmetros r e g pode ser obtida
através de comparação entre estas medidas.
As fórmulas mencionadas anteriormente são úteis para avaliação do modelo PI da LT
após sua construção e energização, porém, como já mencionado, é necessária a definição
destes parâmetros no momento da concepção do projeto. Desta forma, os parâmetros r e
g podem ser calculados como detalhado a seguir.
20
contínua. E para uma dada temperatura t1 , pode ser calculada pela seguinte fórmula:
l
rcc = ρ ⋅ [ohm], (2.32)
S
conseguir dados que representem a características das LTs em estudo, torna-se necessário,
um perfeito levantamento da situação do campo, objetivando determinar características
topográficas, paralelismos entre LTs etc. Critérios estatísticos racionais se fazem
necessários a fim de considerar um valor que represente uma massa de dados relativamente
grande, tais como: altura da estrutura, resistividade do solo, altura condutor/solo e
condutor/pára-raios; onde nem sempre o valor médio é o mais representativo, já que
existem picos que desviam estes valores. A seguir são citados alguns critérios adotados
para determinação destas características que deverão representar, da forma mais aderente
possível à realidade, as características da LT em estudo. Para um estudo mais detalhado
sobre o assunto recomenda-se consultar a bibliografia citada no final deste trabalho.
No que tange a compensação da variação da altura dos condutores, por exemplo, tem
sido utilizado, tanto para o cálculo das indutâncias como das capacitâncias a seguinte
expressão.
Onde:
.i = condutores a, b, c e p da LT;
H i [m] = Altura do condutor i sobre o solo, no ponto de sua suspensão, junto à
estrutura;
hi [m] = Altura média do condutor i;
f i [m] = Flexa do condutor i estimada para um vão médio da linha sob condições
de temperatura média.
22
658,368 ρ / f
z& i = rci + 9,88.10 − 4 f + j 28,935325.10 − 4. f . log [ohm/km] (2.35)
Dsi
23
658,368 ρ / f
z&ij = 9,88.10 −4 f + j 28,935325.10 − 4. f . log [ohm/km] (2.36)
d ji
Onde:
z&i [Ω/Km] = Elementos da diagonal da matriz de impedância com laço formado pelo
condutor i e a terra;
rci [Ω/Km] = Resistência do condutor;
Onde:
∆U& F = Fasor diferença de potencial/km para cada fase;
Logo:
[∆U& ] = jw([F ] − [F ][F ] [F ])[I& ]
F FF FR RR
−1
RF F [V/km] (2.39)
[FFF Eqv ] = (
jw [FFF ] − [FFR ][FRR ] [FRF ]
−1
) [ohm/km] (2.40)
Este sistema que é visto pelas fontes geradoras de energia como um sistema
desequilibrado pode ser transformado em três sistemas equilibrados, conforme equação
(2.41), cujo efeito superposto é idêntico ao sistema desequilibrado, porém com melhor
facilidade de analise.
25
[Z& ] = [A] [F
S
−1
FF Eqv ][ A] [V/km] (2.41)
Onde:
[Z& ]= matriz de impedância seqüencial;
S
1 3 0
α& = − + j = l j120 = operador.
2 2
De forma análoga pode ser calculada as suceptâncias capacitivas de seqüência
positiva e nula das LTs.
A seguir, são mostrados alguns dados que caracterizam a sensibilidade dos cálculos
dos parâmetros em função de erros na variação da altura e da condutividade do solo. Na
Tabela 2.1, considerando-se uma possível variação da altura média da LT de mais ou
menos 6 metros em torno de sua altura (20,12 m). Através de programa de cálculo
26
∆H R1 X1 C1 R0 X0 C0
-6,0 0,0246 0,3219 13,7463 0,3767 1,4105 9,0967
-3,0 0,0246 0,3219 13,6505 0,3765 1,4109 8,5843
0,0 0,0246 0,3219 13,5915 0,3764 1,4113 8,2003
3,0 0,0246 0,3219 13,5525 0,3762 1,4116 7,9009
6,0 0,0246 0,3219 13,5255 0,3761 1,4120 7,6602
Onde:
∆H R1 X1 C1 R0 X0 C0
-6,0 0,0000 0,0000 -1,1389 -0,0797 0,0567 -10,9313
-3,0 0,0000 0,0000 -0,4341 -0,0266 0,0283 -4,6828
0,0 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
3,0 0,0000 0,0000 0,2869 0,0531 -0,0213 3,6511
6,0 0,0000 0,0000 0,4856 0,0797 -0,0496 6,5863
Essas avaliações podem ser verificadas, também, nas Figuras 2.4 e 2.5. Verifica-se,
portanto, que os parâmetros de seqüência positiva são pouco sensíveis aos erros de altura
27
média dos condutores o que não se observa com os parâmetros de seqüência zero.
0,6
Variação de Parâmetro (%)
0,4
0,2
0,0
-0,2 -6,0 -3,0 0,0 3,0 6,0
-0,4
-0,6
-0,8
-1,0
-1,2
-1,4
Variação de Altura (m)
R1 X1 C1
8,0
Variação de Parâmetro (%)
6,0
4,0
2,0
0,0
-2,0 -6,0 -3,0 0,0 3,0 6,0
-4,0
-6,0
-8,0
-10,0
-12,0
Variação de Altura (m)
R0 X0 C0
ohm %
ρ(Ω.m) R0 X0 R0 X0
250 0,3211 1,2526 14,9854 11,1946
750 0,3550 1,3499 6,0101 4,2963
1250 0,3716 1,3946 1,6150 1,1273
1500 0,3777 1,4105 0,0000 0,0000
2000 0,3874 1,4354 -2,5682 -1,7653
2500 0,3950 1,4546 -4,5804 -3,1266
3000 0,4014 1,4703 -6,2748 -4,2396
20,0
Variação de Parâmetro (%)
15,0
10,0
5,0
0,0
250 750 1250 1500 2000 2500 3000
-5,0
-10,0
Variação de Condutividade (Ω.m)
R0 X0
U& 1 = A& U& 2 + B& I&2 U& 2 = D& U& 1 − B& I&1
ou (2.42)
I& = C& U& + D& I&
1 2 2 I& = −C& U& + A& I&
2 1 1
I1 YL I2
U1 Ys Ys U2
medidas, a impedância de circuito aberto ( Z11O ) pode ser calculada como demonstrado a
seguir (FUCHS, 1979):
corrente ( I1CC ) de entrada podem ser medidas novamente e a partir desses valores a
Considerando que:
32
1 C& 1 1 C& 1 r Z 22 o
= ⇒ ( Z 11 o − Z 11 cc ). = & = 2 ⇒ D=
Z 22 o D& Z 22 o C D& D& D& ( Z 11 o − Z 11 cc ) (2.48)
B&
A& = D& ⇒ Z 11 cc = &
A
A& B& A& 2 − B& C& 1
Z 11 o − Z 11 cc = & − & = & & = & & (2.49)
C A AC AC
A& 1 1
Z 11 o ( Z 11 o − Z 11 cc ) = & × & & = & 2 ∴ C& = Z 11 o ( Z 11 o − Z 11 cc )
C AC C
Desvios Encontrados
PARÃMETRO MIN (%) MAX (%)
R1 1,6 5,6
X1 0,7 4,2
C1 1,3 4,3
R0 14,5 32,0
X0 1,8 20,7
C0 4,6 14,4
37
Conforme pode ser observado, a partir das matrizes de fasores sincronizados U& [ ] e
[I&] , a matriz de admitância do quadripolo pode ser calculada através da equação (3.4).
Embora a equação (3.4) sirva para demonstrar, de forma simples, a possibilidade de
resolver a equação (3.2), na prática, a inversão da matriz U& [ ] conduziria a uma imprecisão
na solução do problema. Pelo motivo exposto anteriormente, no programa para cálculo
destes parâmetros, ANEXO B, utilizou-se o operador “\” do MATLAB (MATSUMOTO,
2004), o qual utiliza a eliminação Gausiana com pivotemento parcial objetivando evitar a
inversão da matriz e conseqüentemente garantir melhor precisão na solução do problema.
39
É importante enfatizar que, na análise anterior, foi considerado que o sistema estava
perfeitamente equilibrado, o que por um lado é benéfico, pois possibilita representar as três
fases de forma independente entre si, e por outro lado é ruim, pois não permitirá calcular as
impedâncias de seqüência negativa e nula.
Na prática, nas LTs sempre existe um desequilíbrio entre as fases, sendo estes
causados pelo desequilíbrio entre as cargas do sistema. A decomposição de um sistema
desequilibrado em três sistemas equilibrados e independentes entre si possibilita utilizar
esta mesma função em um sistema desequilibrado como detalhado a seguir.
I+c
I -c
Ia
Ic
I0c
I0a
I-a
I+a
I0b Ib
I+b
I -b
I0a
+ I -a
I a
O sistema desequilibrado pode agora ser representado por estes três sistemas
equilibrados o que simplifica a resolução dos problemas.
Se for considerado o operador α& (alfa) correspondente a uma rotação de 120º no
sentido direto, pode-se escrever:
1 3 1 3
α& = − + j Logo: α& 2 = − − j
2 2 2 2 (3.5)
U&a 1 1 1 U&d
& 2
Ub = α& α& 1 U&i (3.7)
U&c α& α& 2 1 U&o
137
87
Voltagem (V)
37
-13
0 1 2 3 4 5 6 7 8
-63
-113
-163
Amostra
N −1
1
F& (n) =
N
∑ f (k ).e
K =0
− j 2πnk / N
(3.10)
N −1
f (k ) = ∑ F& (n).e j 2πnk / N (3.11)
n =0
Uma analise da equação (3.10) revela que o espectro de freqüência será composto
44
N −1 N −1
1 2 2 2 *π 2 *π
F& =
2 N
∑
K =0
f (k ).e − j 2π 1k / N =
N
∑ f (k ). COS ( K
K =0 N
) − jSEN ( K )
N
(3.12)
Desta forma, podemos afirmar que o modulo do fasor F, que representa o valor
eficaz do mesmo, poderá ser definido pela equação 3.14, e o ângulo de fase pela equação
3.15.
2 N −1 2 *π 2 *π
F& = a + bj = ∑
N K =0
f (k ). COS ( K
N
) − jSEN ( K )
N
(3.13)
F = a2 + b2 (3.14)
b
θ = tan −1 (3.15)
a
onde:
a b c d e f
2 *π 2 * π X COS(K 2 * π ) 2 *π
K Xk COS ( K ) SEN ( K ) k X k SEN ( K )
N N N N
Na tabela 3.1, pode ser observado na coluna “a” a itemização das k-ésimas
amostras, na coluna “b” o valor de cada amostra e nas colunas “e” e “f” os valores parciais
da equação (3.13) aplicados a cada k-ésima amostra, de modo a se obter o valor total
mostrado na equação (3.16).
2
V& = (a + jb) = (0,0000 − j 650,5382) (3.16)
8
A partir das amostras discretas de oscilografia das três fases de corrente e tensão
nos dois extremos da LT, calcular os fasores correspondentes.
Como normalmente os sistemas estão, na prática, ligeiramente desequilibrados, é
possível, de posse destes fasores, calcular os fasores de seqüência positiva, negativa e nula.
A partir dos fasores de seqüência, calcular os parâmetros de seqüência da LT.
Portanto, se pode concluir que, a partir de um sistema de potência desequilibrado, é
possível calcular as componentes de seqüência e a partir dessas calcular os parâmetros
elétricos de seqüência de uma LT.
46
4 VALIDAÇÃO DO MODELO A
PARTIR DO ATP
Neste Capítulo, são feitos estudos de casos objetivando ratificar a viabilidade de
utilização da metodologia proposta no Capítulo anterior.
Com este objetivo, foi realizado um primeiro estudo de caso, onde se determinou o
modelo PI da LT da CHESF, Messias – Recife II, de 500 kV com dados dos parâmetros da
mesma, baseado na sua geometria. Em seguida arbitrou-se fasores de tensão e corrente
compatíveis com uma carga desequilibrada no terminal de Recife II. A partir destes fasores
em Recife II e do modelo PI da LT, calculou-se os fasores no terminal de Messias. Em
seguida, de posse dos fasores, utilizando-se os programas desenvolvidos, foram re-
calculados os parâmetros da LT.
Com o objetivo de ratificar o perfeito funcionamento do módulo do programa que,
através de processamento digital de sinal, extrai os fasores da amostra do sinal de
oscilografia, modelou-se no ATP (LEC, 1987) a LT, gerou-se os arquivos de oscilografia
nos dois terminais da mesma, em seguida executou-se o programa desenvolvido, incluindo
o módulo de extração de fasores, chegando-se mais uma vez, aos parâmetros da mesma.
As análises foram realizadas sobre a LT Messias – Recife II, 500 kV, com 180 km
de extensão, e a partir de suas características geométricas.
Tomando como base os dados estatísticos desta LT, levantados em campo, e dados
de projeto da mesma, chegou ao seguinte resultado, mostrado na Tabela 4.1.
47
Com base nos dados da tabela 4.1 e no programa CalPar (Cálculo de Parâmetros)
apresentado no Anexo A.1, pode-se concluir que o modelo PI equivalente da referida LT
em consonância com a Figura 2.7 possui os parâmetros apresentados na Tabela 4.2.
A partir deste modelo, pode ser concluído que a LT possui os parâmetros ABCD
conforme apresentado a seguir. Alternativamente poder-se-ia, a partir dos dados da tabela
4.1 e utilizando-se o programa CalABCD (Cálculo de Parâmetros ABCD) descrito no
Anexo A.2 calcular os parâmetros ABCD.
0
B& 0 = Z& ⇒ B& 0 = 36,14 + 184,42i = 187,9277 78,9098 (4.6)
U& 1In U& 2 In A&1 B&1 U& 1Out U& 2Out (4.13)
& & C&
= *
I
1In I 2 In 1 D& 1 I&1Out I&2Out
U& 1In U& 2In 0,9736 0,1207 56,2979 85,5866 0,04 + 0,16i
0 0
294,18 − 0,00i
& = * (4.14)
0,9736 0,1207 − 2,64 + 1,68i − 373,45 + 40,07i
& 0 0
I1In I 2In 0,0009 90,0396
& = *
0,9511 0,5827 − 6,03 + 1,79i (4.17)
0 0
I 0 In 0,0005 90,1891
U& 0 In U& 1In U& 2 In 1,12 114,20 0,33 63,93 291,06 4,210
0 0
(4.19)
& =
& & 0 0
0,433 32,92 0
I 0 In I1In I 2 In 0,006 14,83 0,002 − 32,67
Nesta etapa, foram feitas simulações no ATP no sentido de gerar oscilografias nos
terminais da LT e recalcular os parâmetros a partir da oscilografia gerada, utilizando-se a
LT Messias – Recife II, de 500 kV, com 180 km de extensão.
Nas Figuras 4.3 e 4.4 estão registradas as oscilografias obtidas nos terminais
Messias e Recife II. Observa-se a utilização de um fator de escala igual a 500 para as
correntes e as seguintes legendas:
MSSVA, B e C – tensão no terminal de Messias nas fases A, B e C,
respectivamente;
MSSVA– MSSIA, B e C – correntes de saída do terminal de Messias referentes às
fases A, B e C, respectivamente;
RCDVA, B e C – tensão no terminal de Recife II nas fases A, B e C,
respectivamente;
RCDVA– RCDIA, B e C – correntes de saída do terminal de Recife II referentes às
fases A, B e C, respectivamente;
250
125
-125
-250
-375
-500
0 4 8 12 16 [ms] 20
(file LT05L7_MSS_RCD_T5.pl4; x-var t) v:MSSV A v:MSSVB v:MSSVC c:MSSVA -MSSIA
factors: 1 1 1 1 500
offsets: 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00
c:MSSVB -MSSIB c:MSSV C -MSSIC
500 500
0,00E+00 0,00E+00
250
125
-125
-250
-375
-500
0 4 8 12 16 [ms] 20
(file LT05L7_MSS_RCD_T5.pl4; x-var t) v:RCDVA v:RCDVB v:RCDVC c:RCDVA -RCDIA
factors: 1 1 1 1 500
offsets: 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00
c:RCDVB -RCDIB c:RCDVC -RCDIC
500 500
0,00E+00 0,00E+00
Conforme pode ser observado os valores da simulação são praticamente iguais aos
valores dos parâmetros do modelo PI calculados com base no modelo tradicional,
validando mais uma vez o modelo utilizado para aferição dos parâmetros elétricos de LT.
Observa-se, ainda, que os valores da condutância não foram registrados uma vez que foram
desprezados na montagem do modelo através do ATP.
Embora os resultados apresentados anteriormente validem o processo proposto, os
testes foram realizados sem considerar a influência dos erros dos circuitos condicionadores
de sinal internos aos equipamentos e dos erros provocados pelos transformadores
instrumentais.
A seguir será relatado um experimento laboratorial realizado no sentido de avaliar a
influência de erros associados aos condicionamentos de sinais internos, aos equipamentos e
outros erros encontrados na prática.
56
5 VALIDAÇÃO DO MODELO A
PARTIR DE AFERIÇÕES
LABORATORIAIS E DE
CAMPO
Com o objetivo de avaliar os erros provocados por sincronismo de tempo através de
receptores GPS, os erros provocados por processamento digital de sinal interno aos RDPs,
os erros devidos aos circuitos condicionadores de sinais e erros de transformadores de
instrumentos, realizaram-se experimentos laboratoriais e, em seguida, em uma LT real do
sistema.
Em tais experimentos, a metodologia foi testada em uma LT na qual os efeitos de
indutância mútua não existissem de tal forma a simplificar a comparação entre os valores
medidos com os calculados.
Vale ressaltar que, da mesma forma que no Capítulo 4 buscou-se quantificar os
erros causados por processamento numérico do sinal nos algoritmos desenvolvidos, os
testes realizados em laboratório buscam quantificar os erros introduzidos pelos circuitos
condicionadores de sinal e processamento do mesmo, internos aos equipamentos
registradores de perturbação, de forma a possibilitar avaliar se estes erros não
comprometem a precisão dos cálculos de parâmetros. Desta forma, os testes de campo só
poderiam ser realizados após a plena confirmação dos testes de laboratório. Caso essas
aferições não fossem realizadas, ao detectarmos um desequilíbrio entre as fases, ficaríamos
em duvida se haveria realmente um desequilíbrio ou se este seria fruto do erro introduzido
durante a aquisição e processamento de sinal.
Para realização dos testes de laboratório e de campo, optou-se por realizar sobre a
LT da CHESF, 05L7 Messias - Recife II de 500 kV, tendo em vista que a mesma possuía
características que minimizam a expectativa de divergência entre os parâmetros medidos e
57
• Esta LT não possui linhas paralelas, portanto os efeitos de erros de cálculos dos
parâmetros que são correlacionados com a imprecisão destes dados não se
manifestaram neste cálculo.
• Conforme pode ser observado na figura 5.1, esta LT possui um reator de 100 MVA no
terminal de Recife II, porém nas simulações de laboratório e teste de campo,
consideraremos o instante de operação em que estes reatores não estão energizados,
objetivando desta forma minimizar a complexidade do objeto de estudo.
Nesta etapa, foram feitas simulações da LT Messias – Recife II, com o objetivo de
ratificar a possibilidade de aquisição de sinais de oscilografia, com resolução de 1 (um)
microssegundo e cálculo de parâmetros a partir desses registros oscilográficos,
considerando os erros provocados pelos equipamentos de aquisição e processamento de
dados.
Na figura 5.3, podem ser observadas as antenas, responsáveis por capturar os sinais
de sincronismo dos satélites geoestacionários e os receptores GPS (REASON, 2008a),
59
responsáveis por: decodificar os sinais provenientes da antena, para o padrão IRIG-B (Inter
Range Instrumentation Group Time Code), e transmitir para os RDPs, garantindo, desta
forma, a sincronização dos relógios de tempo real dos RDPs (REASON, 2008b), com
resolução de 1 (um) microssegundo. Podem ser observados, ainda, dois registradores
digitais de perturbação, responsáveis pelos registros das oscilografias e o HUB
(equipamento utilizado para comunicação entre o computador e os RDPs). Pode ser
observado ainda, dois outros computadores, e duas malas de testes (OMICRON, 2004),
responsáveis pela simulação das correntes e tensão da LT.
As Figuras 5.4 e 5.5 mostram a instalação das antenas, dos receptores GPS e
demais equipamentos no laboratório, os quais foram apresentados na Figura 5.3.
Além de sincronismo entre equipamentos, para garantir uma resolução de 0,1 graus
elétricos entre os fasores adquiridos pelo RDP, foi necessário fazer a aferição dos
equipamentos para corrigir os erros devido aos filtros condicionadores de sinal. Para
realizar esta aferição, procedeu-se como detalhado no anexo C.
Após essa aferição, foram abertos os arquivos no formato COMTRADE,
correspondente a Figura 5.6, gerado pelos registradores, e usando-se o software de análise,
foi verificado, que os erros de fase, eram inferiores a 0,1 graus elétricos, ratificando desta
forma o sincronismo entre fasores.
61
Tabela 5.3 sintetiza os resultados dos cálculos de parâmetros obtidos para referida
LT no período de zero a vinte e três horas do dia 08/09/08.
Tabela 5.3 - Parâmetros calculados da LT a partir dos fasores.
Esses dados possibilitam construir os gráficos ilustrados nas Figuras 5.14 a 5.18. A
Figura 5.14 mostra o comportamento da temperatura ambiente e da corrente de carga. Uma
análise deste gráfico nos leva a esperar que o condutor atinja a temperatura mínima no
período de 0 a 8 horas, máxima no período de 9 a 16 horas e média no período de 17 a 23
horas em função dos efeitos sobrepostos da temperatura ambiente, insolação presente e
corrente de carga.
68
420
40
400
Temperatura
Corrente (A)
35
(Graus)
380
360 30
340
25
320
300 20
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
Tempo (Hora)
Temper Corrente
mencionado anteriormente.
4,5
4,0 4,33
Resistência (ohm)
3,5
3,44
3,43
3,0
3,37
3,35
3,33
3,18
3,12
3,06
2,94
2,5
2,85
2,82
2,79
2,73
2,70
2,66
2,64
2,54
2,53
2,0
2,30
2,19
2,08
2,07
2,05
2,03
1,96
1,5
1,0
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
Hora
Medido Calculado
56,5
56,0 56,13
Reatância (ohm)
55,5
55,54
55,53
55,43
55,42
55,40
55,0
55,34
55,28
55,20
55,01
54,98
54,98
54,90
54,92
54,5
54,88
54,88
54,88
54,67
54,61
54,60
54,60
54,60
54,55
54,49
54,47
54,0
54,32
53,5
53,0
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
Tempo (Hora)
Medido Calculado
ser observado que os parâmetros medidos são muito próximos dos calculados.
466,20
466,12
466,04
466,01
465,99
465,91
465,89
465,81
465,81
468
465,76
465,70
465,54
465,58
465,59
465,53
465,49
465,46
465,38
465,37
465,25
465,24
465,28
465,23
465,06
465,03
467
466
465
464
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
Tempo (Hora)
Medido Calculado
10
Condutância (µ mho)
5,08
4,73
4,44
4,26
4,26
3,63
3,49
3,56
3,35
3,14
3,05
3,06
2,97
2,85
2,78
2,65
2,47
2,46
2,41
2,43
2,33
2,30
1
1,61
1,57
1,60
0,16
0
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
Tempo (Hora)
Medido Calculado
dos fasores, porém, para se ter certeza de que estes parâmetros são os mais precisos,
algumas ações são necessárias:
140
120
Energia (MWh)
100
80
60
40
20
0
0:00
2:00
4:00
6:00
8:00
10:00
12:00
14:00
16:00
18:00
20:00
22:00
0:00
Tempo (Horas)
Prev.Geometr. Prev.Proposta Medidos SCS Medidos RDP
• Uma curva na cor azul claro, que representa a expectativa de consumo de energia ativa,
fundamentado nas tensões e correntes medidas pelo SCS, nos dois terminais de LT e
nos parâmetros da referida LT calculados a partir da geometria da mesma.
• Uma curva na cor azul escuro, que representa o consumo de energia ativa, a partir das
medições de potência ativa do SCS nos dois terminais de LT, as quais, conforme
podemos observar, são bastante divergentes dos valores previstos.
• Uma curva na cor verde claro, que representa a expectativa de consumo de energia
ativa, fundamentada nas tensões e correntes medidas pelo Registrador de Perturbação
nos dois terminais de LT e nos parâmetros da referida LT, calculada a partir dos
fasores.
• Uma curva na cor vermelha, que representa o consumo de energia ativa, a partir das
medições de potência ativa do Registrador de Perturbação nos dois terminais de LT, as
quais, conforme podemos observar, quase se sobrepõem à curva de previsão dos
valores de consumo.
Alguns RDPs, como por exemplo o SIMEA R fabricado pela SIEMENS AG, ou o
RPV fabricado pela REASON, garantem precisão de ±1µs (um microssegundo), o que nos
conduz a um erro de fase de:
(±1µS ).360°
Erro = = ±0,0216° (5.1)
(1 / 60 Hz )
76
6 CONCLUSÕES E
PERSPECTIVAS
Os resultados apresentados nos capítulos anteriores ratificam que, a partir da
metodologia proposta, é viável a medição de parâmetros de LT sem a necessidade de
indispor a mesma.
Toda a metodologia foi desenvolvida utilizando como entrada de dados os arquivos
em formato COMTRADE, logo, poderá ser aplicada à todos os IEDs que tem registros de
oscilografia compatível com este padrão.
Caso existam registros de oscilografias com desequilíbrio entre fases superior a 3%,
em regime permanente ou transitório, será possível medir também os parâmetros de
seqüência zero do sistema.
Para uma melhor exatidão dos resultados, é importante a realização de aferições
dos transformadores de instrumentos e RDPs em campo. Os erros eventualmente
encontrados durante a aferição poderão ser compensados, pelo próprio RDP ou através dos
programas descritos em anexo.
Dentre os diversos IEDs existentes no sistema, o Registrador Digital de Perturbação
RPV, em conjunto com o receptor de sincronismo RT420 formam um sistema que,
conforme testes realizados, conseguem medir estes fasores com resolução melhor ou igual
a 0,1 graus elétricos.
ANEXOS
%----------------------------------------------------------
% CalABCD - desenvolvido por Dácio em 01/10/2007
% Calcular parametros ABCD de um quandripolo.
% Desenvolvido fundamentado na Teoria do Fuchs pg 124 e 128
% onde R = Resistencia em ohm/km/Fase
% X = Reatancia em ohm/km/Fase
% C = Suceptancia em nF/km/Fase
% l = Comprimento da Linha em Km
% Q = Matriz do Quadripolo com os Parametros ABCD
% na forma polar Q = | A B angA angB |
% | C D AngC angD |
% onde AngA = Angulo de A em Graus
function [Q]= CalABCD(R,X,C,l)
format short
f=60;w=2*pi()*f;
z=R+j*X;
y=j*w*C;
Zc=sqrt(z/y);
yl=l*sqrt(z*y);
chyl=cosh(yl);
shyl=sinh(yl);
A=cosh(yl);
B=Zc*sinh(yl);
C=(1/Zc)*sinh(yl);
D=A;
Q1=[A B;C D];
Q2=angle(Q1)*180/pi()
Q=[abs(Q1) Q2]
end
%-----------------------------------------------------------
79
ANEXO A.2
%----------------------------------------------------------
% CalPar - desenvolvido por Dácio em 05/10/2007
% calcular parametros de linha para criação do Modelo PI
% Desenvolvido fundamentado na Teoria do Fuchs pg 116 e 124
% onde R = Resistencia em ohm/km/Fase R1=0.0490
% X = Reatancia em ohm/km/Fase X1=0.3535
% C = Suceptancia em nF/km/Fase C1=12.4212e-9
% l = Comprimento da Linha em Km l=22.613
% P = Matriz com parametros do modelo PI
% P = | Z Y/2 |
%
function [P]= CalPar(R,X,C,l)
format long
f=60;w=2*pi()*f;
z=R+j*X;
y=j*w*C;
Zc=sqrt(z/y);
yl=l*sqrt(z*y);
chyl=cosh(yl);
shyl=sinh(yl);
Z=z*l*shyl/(l*sqrt(z*y));
MeioY=(1/Zc)*(chyl-1)/shyl
P=[Z MeioY];
end
%-----------------------------------------------------------
80
ANEXO A.3
%------------------------------------------------------------
% Fasor05L7_T3 - Desenvolvido por Dacio em 15/11/08
% Arbitra fasores de saida de uma linha, com uma carga
desequilibrada
% e valcula os fasores de entrada da linha
function [F]=Fasor05L7_T3()
op=1 % conj(1.96390452139118 +
0.00940929170831i);Corrigir erro de TI
op=op/abs(op);
%----------------
R1=0.0245;X1=0.3146;C1=13.8256e-9;L1=180;
[Q1]= CalABCD(R1,X1,C1,L1)
Y1Meio=(Q1(1,1)-1)/Q1(1,2)
R0=0.2076;X0=1.0409;C0=7.7567e-9;L0=180;
[Q0]= CalABCD(R0,X0,C0,L0)
Y0Meio=(Q0(1,1)-1)/Q0(1,2)
%----------------
Uo = [415.57*exp(j*0*pi/180);416.66*exp(-
j*120.07*pi/180);415.89*exp(j*120.07*pi/180)]*1/sqrt(2);
Io =
[0.54339*exp(+j*174.03*pi/180);0.52050*exp(+j*54.20*pi/180);0
.52970*exp(-j*66.60*pi/180)]*1/sqrt(2);
[Uos] = CalcularSequencia(Uo)
[Ios] = CalcularSequencia(-Io)
[Fis]=Q1*[conj(Uos)';conj(Ios)'] % sabado 17;11;07
[Fis(:,1)]=Q0*[conj(Uos(1))';conj(Ios(1))'];
[Uis]=conj(Fis(1,:))';
[Iis]=conj(Fis(2,:))'; % inverter referencia da entrada
[Ui] = Seq2ABC(Uis);
[Ii] = Seq2ABC(Iis);
F=[Ui Ii Uo Io];
S1=abs(F)
S2=angle(F)*180/pi()
Pi=abs(Uis).*abs(Iis).*cos(angle(Iis./Uis))
Po=abs(Uos).*abs(Ios).*cos(angle(Ios./Uos))
end
%-----------------------------------------------------------
81
ANEXO B.1
%-----------------------------------------------------------
% AnalErroSinc - Desenvolvido por Dacio em 15/11/07
% introduziremos erro de fase de -2:0.1:2 graus
% objetivando analisar relacao entre erro de angulo
% e erro de parametros medidos gravando os dados
% no arquivo 'ErroSincro.csv'
% onde Amostra = |UaIn UbIn UcIn IaIn IbIn IcIn UaOut UbOut UcOut IaOut IbOut
IcOut|
% |UaIn UbIn UcIn IaIn IbIn IcIn UaOut UbOut UcOut IaOut IbOut IcOut|
% |UaIn UbIn UcIn IaIn IbIn IcIn UaOut UbOut UcOut IaOut IbOut IcOut|
% | . . . . . . . . . . .
%
%
% | UaIn IaIn UaOut IaOut |
% Fasores = | UbIn IbIn UbOut IbOut | (Fasores de Entrada e Saida
% | UcIn IcIn UcOut IcOut |
%
%-------------------Translada U1
clear;clc;
format long;
Tab=[]
for ErroA = -0.2:0.01:0.2
OPErro=1*exp(j*ErroA*pi/180)
[A] = CalcularZ(OPErro)
[T]=[ErroA real(A(2,1)) imag(A(2,1)) real(A(2,2)) imag(A(2,2))]
Tab=[Tab;T]
end
csvwrite('ErroSincro.csv',Tab)
Tab2=Tab(1:40,:)
Tab3=[Tab2(:,1)./1 Tab2(:,2)./Tab2(21,2) Tab2(:,3)./Tab2(21,3)
Tab2(:,4)./Tab2(21,4) ...
Tab2(:,5)./Tab2(21,5)]
Tab3(:,4)=1
Tab3(:,2:5)=(Tab3(:,2:5)-ones(size(Tab3(:,2:5))))*100
plot(Tab3(:,1),Tab3(:,2:5))
%-----------------------------------------------------------
83
ANEXO B.2
%--------------------------------------------------------------------
% CalcularZ - Desenvolvido por Dacio em 01/11/07
% extrae fasores de dois arquivo no formato COMTRADE
% calcula os fasores, e a partir dos mesmos,
% Calcula as impedancias de sequencia (zero, positiva e negativa
% com base nos sincrofasores dos terminasi da Linha de Transmissão
%
% onde | UaIn IaIn UaOut IaOut |
% F = | UbIn IbIn UbOut IbOut | (Fasores de Entrada e
% | UcIn IcIn UcOut IcOut | Saida da LT)
%
% | Z0 MeioYs0 |
% ZsMeioYs = | Z1 MeioYs1 | (Parametros de Sequencia)
% | Z2 MeioYs2 |
%----------------------------------------------------------------------
% CalcularZ = calcular impedancias de sequencia
% com base nos SicroFasores dos terminais de LT
% Dácio em 01;11;07
function [ZsMeioYs] = CalcularZ(OPErro)
clc
%
% Teste2 VPath = '\IEEE\191207' e Arq = '191207'
% COMTRADE de uma falta real do dia 191207
% Teste1 VPath = '\IEEE\05L7T5' e Arq = '05L7T5'
% COMTRADE gerado apartir do CSV de um sistema
% desequilibrado da O5l7
VPath=[cd '\IEEE\05L7T5']
[Amostra] = LerAmostra(VPath,'05L7T5',9) % 9 = Posicao
% da binaria de disparo
ANEXO B.3
%-------------------------------------------------------------------
% LerAmostra - Desenvolvido por Dacio em 15/11/08
% Ler um arquivo no formato COMTRADE em uma pasta definida
% onde Vpath = pasta onde oarquivo se encontra
% Arq = nome do arquivo
% bin = Posição da binaria usada para inicio da amostra
% Ex. 4 Tensoes, 4 Corrente e 1 Binaria -> bin=9
%-------------------------------------------------------------------
function [Amostra] = LerAmostra(Vpath,Arq,bin)
VArq=Arq %left(Vpath)
VPath1=[Vpath '.001'];
[A1] = Com2Asc(VPath1,VArq,bin+2);
VPath2=[Vpath '.002'];
[A2] = Com2Asc(VPath2,VArq,bin+2);
Amostra = [A1 A2];
end
%----------------------------------------------------------------------
% Com2Asc Converte Arquivo COMTRADE para ASCII
% ArcIn = Nome do arquivo COMTRADE
% Bin = Coluna da binaria de trigger, Va= Coluna de Va, Vb= idem...
% KTen = KV/bit KAmp=A/bit
function [Amostra] = Com2Asc(Vpath,ArqIn,Bin)
[Pcfg]=LerComtradeCfg(Vpath,ArqIn);
Pcfg(:,1)=Pcfg(:,1)+ 2;
Va=Pcfg(1,1);Vb=Pcfg(2,1);Vc=Pcfg(3,1);KTen=Pcfg(1,2);
Ia=Pcfg(5,1);Ib=Pcfg(6,1);Ic=Pcfg(7,1);KAmp=Pcfg(5,2);
%----------------------------
VpathOld=cd
cd(Vpath);
V1=csvread([ArqIn '.dat']);
n=0;
while 1
n=n+1;
if V1(n,Bin)==1;
V2=[V1(n,Va) V1(n,Vb) V1(n,Vc) V1(n,Ia) V1(n,Ib) V1(n,Ic)];
for l=1:256
x=n+l;
V2=[V2;V1(x,Va) V1(x,Vb) V1(x,Vc) V1(x,Ia) V1(x,Ib) V1(x,Ic)];
end
break
end
end
cd(VpathOld)
Amostra=[KTen*V2(:,1:3) KAmp*V2(:,4:6)];
end
%----------------------------------------------------------------------
85
ANEXO B.4
%-------------------------------------------------------------------
% LerComtradeCfg - Desenvolvido por Dacio em 15/12/08
% Ler um arquivo do padão CONTRADE no formato cfg
% onde Vpath = pasta onde o arquivo se encontra
% Arq = nome do arquivo
% e retorna a coluna de cada canal e a relacao entre fundo de escala
% e a quantização de bits (kV/bit e kA /bit )
%-------------------------------------------------------------------
function [Amostra]=LerComtradeCfg(Vpath,Arq)
VPathOld=cd;
cd(Vpath);
format long
Can=['VA';'VB';'VC';'VN';'IA';'IB';'IC';'IN']; % Canais
CanS=[];
fid = fopen([Arq '.cfg'])
while ~feof(fid)
tline = fgets(fid,40);
for x=1:8
p=findstr(tline,Can(x,:));
if p == 3;
CanS=[CanS;tline];
break;
end;
end
end
fclose(fid);
VirgS=[];
NCanal=[];
for x=1:8;
Virg=findstr(CanS(x,:),',');
K=str2num(CanS(x,(Virg(5)+1):(Virg(6)-1)));
VirgS=[VirgS;K];
K2=str2num(CanS(x,1:(Virg(1)-1)));
NCanal=[NCanal;K2];
end
cd(VPathOld);
Amostra=[NCanal VirgS] % posicao do canal e constante de mutiplicacao
end
%-------------------------------------------------------------------
86
ANEXO B.5
%--------------------------------------------------------------------
% CalcularFasores - Desenvolvido por Dacio em 15/11/08
% Calcular os fasores baseado em uma 256 amostras em um periodo
% onde a variavel Amostra é uma matriz 256 x 12 como a seguir
% onde Amostra =...
% |UaIn UbIn UcIn IaIn IbIn IcIn UaOut UbOut UcOut IaOut IbOut IcOut|
% |UaIn UbIn UcIn IaIn IbIn IcIn UaOut UbOut UcOut IaOut IbOut IcOut|
% |UaIn UbIn UcIn IaIn IbIn IcIn UaOut UbOut UcOut IaOut IbOut IcOut|
% | . . . . . . . . . . . . |
%
% | UaIn IaIn UaOut IaOut |
% Fasores = | UbIn IbIn UbOut IbOut | (Fasores de Entrada e Saida
% | UcIn IcIn UcOut IcOut |
%
%---------------------------------------------------------------------
function [Fasores] = CalcularFasores(Amostra)
F=0;
for x=1:256
wk=x*2*pi()/256;
F=F+ Amostra(x,:)*(cos(wk)-j*sin(wk));
end
F2=F*sqrt(2)/256;
F3=[conj(F2(1:3))' conj(F2(4:6))' conj(F2(7:9))' conj(F2(10:12))'];
Op=F3(1,3)/abs(F3(1,3)) % tomar Uoa como referencia
Fasores=F3./Op
end
%---------------------------------------------------------------------
87
ANEXO B.6
%-------------------------------------------------------------------
% CorrigirErroTI_R3 - Desenvolvido por Dacio em 15/12/08
% Corrige erros de TRansformadores de instrumentos
% desde que estes sejam previamente medidos e modelados neste
% modulo de programa
%-------------------------------------------------------------------
function [F]=CorrigirErroTI_R3(F)
Fin=[ 0.99676650698921 + 0.01479235611450i 0.98475324910207 +
0.02151414807894i;
0.99903884613381 + 0.01403302299716i 1.01483456962351 +
0.00959173937873i;
0.99272200994033 + 0.01163815463952i 1.00478473935963 +
0.02307807595693i];
FC=[Fin Fout];
F=FC.*F;
end
%-------------------------------------------------------------------
88
ANEXO B.7
%----------------------------------------------------------
% CalParPI - desenvolvido por Dácio em 19/08/2008
% A partir dos fasores de entrada e saida da LT,
% calcula os parametros do modelo PI equivalente.
%
% onde | UaIn IaIn UaOut IaOut |
% FLinha = | UbIn IbIn UbOut IbOut | (Fasores de Entrada e
% | UcIn IcIn UcOut IcOut | Saida da LT)
%
% | Adm0/2 Imp0 | (Adm0/2 = Metade da Admitancia
% ImpPI = | Adm1/2 Imp1 | de Seq Zero.
% | Adm2/2 Imp2 | Imp0 = Impedancia de Seq Zero
%----------------------------------------------------------
function [ImpPI] = CalParPI(FLinha)
format long
%[S] = DiagramaFasorial(FLinha)
[FSeq] = CalcularSequencia(FLinha)
[ImpPI] = CalParSeq(FSeq);
end
%----------------------------------------------------------
% CalcualarSequencia - desenvolvido por Dácio em 12/11/07
% Calcular Fasores de sequnecia para os sistema trifasico
%
% | U0In I0In U0Out I0Out |
% FSeq = | U1In I1In U1Out I1Out | (Fasores de
% | U2In I2In U2Out I2Out | Sequencia da LT)
%
%----------------------------------------------------------
function [FSeq] = CalcularSequencia(FLinha)
a=-1/2 + j*sqrt(3)/2;
A=(1/3)*[1 1 1;1 a^2 a;1 a a^2];
FSeq=A*FLinha;
End
%----------------------------------------
89
ANEXO B.8
%----------------------------------------------------------
% CalParSeq - desenvolvido por Dácio em 24/08/08
% Calcular os parametros Z e Ys/2 do modelo Pi
% para cada sequencia com base nos sincrofasores
% de entrada e saida do quadripolo
%
% | Adm0/2 Imp0 | (Adm0/2 = Metade da Admitancia
% ImpPI = | Imp0 Imp1 | de Seq Zero.
% | Adm2/2 Imp2 | Imp0 = Impedancia de Seq Zero
%----------------------------------------------------------
function [ImpPI] = CalParSeq(FSeq)
for n=1:3
Ua = [FSeq(n,1) (FSeq(n,1)-FSeq(n,3));...
FSeq(n,3) (FSeq(n,3)-FSeq(n,1))];
Ia = [FSeq(n,2);FSeq(n,4)];
Ya(:,n) = Ua\Ia;
end
ImpPI = []
for n=1:3
ImpPI=[ImpPI; Ya(1,n) 1./Ya(2,n)]
end
fprintf(1,' (R) (XL) G B\n')
fprintf(1,'Parametros %2.8f %2.8f %2.8f %2.8f %2.8f %2.8f\n',ImpPI)
end
%---------------------------------------------------------
ANEXO B.9
%----------------------------------------------------------
% MonitorarCalculos - desenvolvido por Dácio em 13/10/07
% Plota um diagrama fasorial dos fasores F
%
% onde | UaIn IaIn UaOut IaOut |
% F = | UbIn IbIn UbOut IbOut | (Fasores de Entrada e
% | UcIn IcIn UcOut IcOut | Saida da LT)
%
%----------------------------------------------------------
function [S] = MonitorarCalculos(F)
Teta=angle(F)*180/pi();
ModV=abs(F);
S=[ModV' Teta']
compass(F(1,1),'-.r') % UaIn
hold on
compass(F(2,1),'-.g') % UbIn
compass(F(3,1),'-.b') % UcIn
compass(F(1,3),'r') % UaOut
compass(F(2,3),'g') % UbOut
compass(F(3,3),'b') % UcOut
compass(F(1,2)*500,'-.r') % IiA
compass(F(2,2)*500,'-.g') % IiB
compass(F(3,2)*500,'-.b') % IiC
compass(F(1,4)*500,'r') % IoA
compass(F(2,4)*500,'g') % IoB
compass(F(3,4)*500,'b') % IoC
hold off
end
%----------------------------------------------------------
91
ANEXO B.10
%-------------------------------------------------------------------
% LerCSV - Desenvolvido por Dacio em 15/11/08
% Ler um arquivo CSV cujo as colunas não estam necessariamente
% na ordem correta, gera uma matriz Amostra 256 x 12 na ordem correta
% e calcula os parametros da LT
%
%-------------------------------------------------------------------
function LerCSV()
Vcd=[cd '\IEEE\05L7']
[Amostra] = csv2fasor(Vcd,'LT05L7_T5.csv',1,3,5,2,4,6,7,9,11,8,10,12);
size(Amostra)
[F] = CalcularFasores(Amostra) % Extrair fasores sincronizados da amostra
F = CalParPI(F) % Calcular os Parametros de Linha
DispParam(F)
end
%-------------------------------------------------------------------
function [Amostra] = csv2fasor(Vpath,ArqIn,Vai,Vbi,Vci,Iai,Ibi,Ici,...
Vao,Vbo,Vco,Iao,Ibo,Ico)
VpathOld=cd
cd(Vpath);
V1=csvread(ArqIn, 1, 1, [1,1,257,12]);
V2=[V1(1,Vai) V1(1,Vbi) V1(1,Vci) V1(1,Iai) V1(1,Ibi) V1(1,Ici) ...
V1(1,Vao) V1(1,Vbo) V1(1,Vco) V1(1,Iao) V1(1,Ibo) V1(1,Ico)];
for x=1:257
V2=[V2;V1(x,Vai) V1(x,Vbi) V1(x,Vci) V1(x,Iai) V1(x,Ibi) V1(x,Ici) ...
V1(x,Vao) V1(x,Vbo) V1(x,Vco) V1(x,Iao) V1(x,Ibo) V1(x,Ico)];
end
A1=V2(:,1:6);
A2=V2(:,7:12);
[Amostra] = [A1 A2];
cd(VpathOld)
end
%-------------------------------------------------------------------
92
ANEXO B.11
%------------------------------------------------
% csv2fasor Converte Arquivo COMTRADE para ASCII
% ArcIn = Nome do arquivo COMTRADE
% Bin = Coluna da binaria de trigger, Va= Coluna de Va, Vb= idem...
% KTeni = KV/bit KAmpi=A/bit KTeno = KV/bit KAmpo=A/bit
function [Amostra] = csv2fasor(Vpath,ArqIn,Vai,Vbi,Vci,Iai,Ibi,Ici,...
Vao,Vbo,Vco,Iao,Ibo,Ico)
VpathOld=cd
cd(Vpath);
V1=csvread(ArqIn, 1, 1, [1,1,257,12]);
V2=[V1(1,Vai) V1(1,Vbi) V1(1,Vci) V1(1,Iai) V1(1,Ibi) V1(1,Ici) ...
V1(1,Vao) V1(1,Vbo) V1(1,Vco) V1(1,Iao) V1(1,Ibo) V1(1,Ico)];
for x=1:257
V2=[V2;V1(x,Vai) V1(x,Vbi) V1(x,Vci) V1(x,Iai) V1(x,Ibi) V1(x,Ici) ...
V1(x,Vao) V1(x,Vbo) V1(x,Vco) V1(x,Iao) V1(x,Ibo) V1(x,Ico)];
end
A1=V2(:,1:6);
A2=V2(:,7:12);
ANEXO B.12
%--------------------------------------------------------------------
% Fasor05L7_T3 - Desenvolvido por Dacio em 15/11/08
% Arbitra fasores de saida de uma linha, com uma carga desequilibrada
% e valcula os fasores de entrada da linha
function [F]=Fasor05L7_T3()
format long
op=1 % conj(1.96390452139118 + 0.00940929170831i); Corrigir erro de TI
op=op/abs(op);
%----------------
R1=0.0245;X1=0.3146;C1=13.8256e-9;L1=180;
[Q1]= CalABCD(R1,X1,C1,L1)
Y1Meio=(Q1(1,1)-1)/Q1(1,2)
R0=0.2076;X0=1.0409;C0=7.7567e-9;L0=180;
[Q0]= CalABCD(R0,X0,C0,L0)
Y0Meio=(Q0(1,1)-1)/Q0(1,2)
%----------------
Uo = [415.57*exp(j*0*pi/180);416.66*exp(-
j*120.07*pi/180);415.89*exp(j*120.07*pi/180)]*1/sqrt(2);
Io =
[0.54339*exp(+j*174.03*pi/180);0.52050*exp(+j*54.20*pi/180);0.52970*exp(-
j*66.60*pi/180)]*1/sqrt(2);
[Uos] = CalcularSequencia(Uo)
[Ios] = CalcularSequencia(-Io)
[Fis]=Q1*[conj(Uos)';conj(Ios)'] % sabado 17;11;07
[Fis(:,1)]=Q0*[conj(Uos(1))';conj(Ios(1))'];
[Uis]=conj(Fis(1,:))';
[Iis]=conj(Fis(2,:))'; % inverter referencia da entrada
[Ui] = Seq2ABC(Uis);
[Ii] = Seq2ABC(Iis);
F=[Ui Ii Uo Io];
S1=abs(F)
S2=angle(F)*180/pi()
Pi=abs(Uis).*abs(Iis).*cos(angle(Iis./Uis))
Po=abs(Uos).*abs(Ios).*cos(angle(Ios./Uos))
end
%---------------------------------------------
94
Neste Anexo C, é mostrado o roteiro para testar a capacidade de medição dos RDPs
(Registradores Digitais de Perturbação), no que diz respeito a 0,1 graus e capacidade de
medição dos parâmetros de LT.
Antes dos inícios dos testes deverá se verificada a data de aferição da maleta de
teste e demais instrumentos utilizados para o mesmo.
1.a) Atualização de Firmware do RDP .
1.b) Download dos arquivos nos links abaixo:
http://ias.reason.com.br/suporte/fut-software.install-03A00.zip
http://ias.reason.com.br/suporte/rpv310-firmware.install-10B00.zip
http://ias.reason.com.br/suporte/rpv310-firmware.install-18B02.zip
rpv310-firmware.install-10B00.fw
Digitar o IP 192.168.0.199
Senha:12345
Responder ‘y’ nas perguntas subseqüentes.
Obs: caso a versão anterior de firmware for muito antiga é necessário
responder ‘n’ para pergunta de reboot e logo em seguida repetir a
execução desse programa.
rpv310-firmware.install-18B02.fw
Digitar o IP 192.168.0.199
Senha:12345
Responder ‘y’ nas perguntas subseqüentes.
95
/etc/init.d/instrument stop
Calibratior –v –V115 –I5 F1-F4,E1-E4
/etc/init.d/instrument start
Onde:
-v é utilizado para mostrar as mensagens durante o processo de calibração.
-V115 indica o valor do sinal de tensão aplicado aos terminais do
equipamento, neste caso 115V.
-I5 indica o valor do sinal de corrente aplicado aos terminais do equipamento,
neste caso 5ª.
96
.
1.h) parametrizar a mala de teste como detalhado a seguir
-parametrizar a saída de tensão para gerar 115 Vca e a de corrnete para gerar 5 A
97
2) Teste de Sincronismo
2.a) forçar o disparo das entradas digitais para gerar uma oscilografia
Na figura acima pode ser observado que as seis fase de tensão estão sobreposta, e as seis
de corrente também. Confirmando o perfeito sincronismo entre os equipamentos
TIME DOMAIN
POWER FREQUENCY
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHESF, 1982. Relatório de Medição dos Parâmetros elétricos das LTs PRI-SBD-
U1 e LTs SBD-FTZ-U1, Recife.
IEEE 1344, 1995. Standard for Sysnchrophasors for Power Systems. The Institute
of Electrical and Eletronics Engineers, Inc, New York.
LEC - LEUVEN EMTP CENTER; 1987. Alternative Transient Program: ATP Rule
Book. Belgium: Herverlee.
OMICRON; 2004. Test Universe, User Manual, Version 2.0, Omicron Eletronics.
REASON; 2008. RT420 GPS – Based Time Reference. Relógio Sincronizado por
Satélite GPS. Manual de Referencia, Florianópolis.
TIANSHU BI, Jinmeng Chen; Jingtao Wu; Qixun Yang; 2008. Synchronized
Phasor based On-line Parameter Identification of Overhead Transmission Line. In: . (
April 2008 Nanjing China).