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194 Paleontologia

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Um icnofó<sil ~ u resulrado da atividade de um cnquan10 os fósseis corporais tem suas csuururas de
organismo, que pode vir a ser prcsc"•ado cm um sedi- detalhe dcstruldas.
mento, rocha ou corpo fóssil. Seu estudo en11uadra·se Os icnofósseis abr.tngcm diferentes !ip-0$ de cs·
no ambi10 da !enologia. A Plllcoicnologio é a parte uuturas que sllo classificadas como bioturbaç6cs,
inrcgramc da icnologia que estuda o rcsul!3do das ati- biocro$C'lcs, copróli1os, ovos e nidiftcoçõcs.
vidades de organismos que viveram cm épocas passa-
das, ou seja, os ienofósscis. São imponantcs J>OLS:
• possibilitam o regist.ro da presença de 1.ni- B ioturbações
mais de corpo moJc que normaJmcnlc não Oi versos: organismos, tanto marinhos como con·
se preservam; tincntais, produzem uma ampla variedade de pistu.
• mosimm ~diversidade de comportamento dllS escavações e cúncis nos scdi1ncntos, que poden1 ser
QSsemhlcias fossilffcras; inierprerndos como 111ivid•dc de alimcn!3çi!O, rcptaç4o.
• dcmonsrramograu derctrabalhamenrodossc- bobirn~o c(ou dc~nso e que rcsulrom, muitas vc-tcs.
dimcncos pc)us Qrganismos: na dcsuuiçlo das estruturas sedimentares prcvi:amcncc
• auxiliam nas interpretações paleo3mbicnmis e existentes.
palcoccol6glcas;
• indicam topo e base de camada. A. Invertebrados
Os icnofósscls revelam algurníl! vantagens so-
bre o• fósseis corporak Primeiro, por serem rcprcsen· Enrrc os invcncbrados. praticamcn1c rodos os
ulntcS diretos dcunla bioccnosc.já quc()CC)rrcm ;,,, ;'"· mos possuem individuo~ potencialmente prodtuorcs de
enquanto os fósseis corporais compõem mais frcquen· icni1os ou i<:nofósscis (l''cmandes, 1993; Ca.rvolho &
cernente as canacoccooscs. En1 segundo lugar, por se. F'e mandes, 2007). Anelldcos, moluscos e amópodcs são
rcm regisuados com maii frequ ~cia cm determinados os gnJpos <1uc po$Sucm maior J'H1n1ero de espécies rcs·
iipos de roch•s (como sihi10$ e areni1os). cm que os ponsávci.s pelo produçllo de pis111s e cscavaç&s cm se·
fóssci$corporois slo menos cosnunsc muitas VC'7..CS nlal dimenros inoonrolidados (figura 12.1). Fernandes tialii
prcscMJdos. E, cm 1crcciro lugar, pela rcndência da (2002) opresentam um guia de idcn1ificaçilo dos princi-
diagênesc cm aumcnrar a visibilidade dos icnofósscis, pais icnogencros encontrados no Brasil.
196 Paleontologia Capítulo 12 - lcnofósseis 197

O 1 cm
L...J anflblo ( Lablrintodonto ) réptil mamaliforme ( Terapsída )

A
O 1 cm
L...J

Figura 12.1 Tipos de lcnttos (plslas, suloos, escavações e túneis) produ:rídos por lnvsrtebrados: (A) Latvas de
artrópodes. (B) Gastrópodes. (C) Crustáceos (Frey, 1975).
•.
•\
réptil ( Terópode Camosauro)

B. Vertebrados uma ação predatória como ss perfurações íci1a; por


~ 01 cm
u

gasrrópodcs naticldcos e muricldcos cm conchos de réptil ( Terópode Celurossauro ) ave mamlfero


Apesar de as pcp:das e piscas serem os icnilos biv;Uvi0$ (figura lZ.4).
mais comuns entre os vcnebrados. existem outrOS ripos Figura 12.2 Representação esquemállca das pegadas e pistas origlnadas po< anllblos, répteis. avss e maml·
feros (Currie, 1981; Leooardi, 1980, 1983, 1987).
de csmnuras produiídas por eles. Algumas cspá:ics de As perfurações produi:idas por ouriços·do-
peixes dipnoieos, por exemplo, são forrnn.s que cSC-•· mar cm rochas de regiões Jícorincas como as prc ..
va_m ndvumcnte; suu esctl\":lÇÕCS wbulurc:s 530 reco-
scnld cm Aracruz. no Esplriio &nto. permitem
nhecidas com ccrm frequência no rcgimo fossilífero avalí21 antigos nfveis do mar. A uç-lo pcrfunadora
(Fernandes & Carvalho. 2002). Além disso. as fe>.cs de
dos ouriços ocorre csscncialmcncc na regi~o de
vertebrados (coprolitos) são também comuns no rcgis· inrcrrnaré•. Aquelas perfu~ situadas acima ou
uo sedimentar (figuras 12.2 e IZ.3).
abaixo do nível a rual de íluruação das marés indi·
ca.m as variações do olvcl do mar durante o
C. Vegetais Holoccno (Cunha ti alíi. 1982).
Os icniros produ•idos por vcgerais s3o principal· O 5 cm
~
mente moldes de núus (pcdotúbulos) e rizoooncreçõcs
(ecnccnuação de sais ao redor dilS rnfl.cs). A. Coprólitos
Os copróliro.• slo dcfinidO!I como excremcn1os Figure 12.3 Dois tipos diferentes de lcnltos de
Bioerosões fossiliza.dos de anim•is. incluindo-se cambém sob esta vertebrados: (A) Aa pegadas de um dinossauro lerópode,
designaçílo pequenas pclotas focais (micrO<X>prólitos) e (B) as pistas senoiclais produzidas pelas nadadelras
As csuucuros de biocrosllo são definidas como do um peixe actlnopterlglo (Carvalho, 1989).
aquelas rcsulrantcs da t$CavaçUo mccdnic-• ou bioqul· (figura 12.SA).
mica por um organismo cm unl substrato rígido. como Os copr61itO$ podem apresentar formas e rama ..
os oriflci0$ ou tubos originários da ação de organism0$ oh0$ diferentes, de.pendendo basicamcn1c do tipo de
ra.sp;adote$, perfuradote.<e ou rocdore$. Encrecstas estru· organismo gcnador e. att certo ponto, dn dcposiçio.
curas, dcstacunl·sc as períur.ações em oonctu.s, ossM ou diagencsc e de seu csmdo de prcscrvaç:lo (figura 12.6).
cm oucms panes duras de invcncbmdos ou vencbra· O fosforo de cálcio, na maioria dos casos. to seu com·
dos, além de perfurações cm rochas (scdimcnrarcs ou poncnte principal, mas diversos OU[ros composcos
nilo) ou cm madcir-.>. Em alguns c:l.SOs, LOtna-sc dit'lcil inorgilnicos. como carbonato e sOica, podem ser encon·
dcrermln:u o organismo gerador da períuraç!o e, ínclu· 11ados. Os coproliios auxili•m nu inierprcwçio do h'bi·
$iVc, se o mcs:moscria um nnimaJ ou vcgc[aJ. B.m geral, w 2limcntar de onim2is extintos e suos relnç&s ecoló-
as perfurações sno csm1rurat de habitação (Fcm•ndcs gicas (HiintzSchell. et olii, t968; Souro, 2002; Souto'' o 5 cm
~
&Carvalho, 2001), embora iambém possam resultar de olii, 2001 ). B
198 Paleontologia Capítulo 12 - lcnofósseis 199

bolo fecal

'
Figura 12.-4 PorluraçAo em blvAlvlo: (A) Valva esquorda de Protothoce antiqua (Holocono) com porfuraçllo do
ga51rópoclo. (B) A icnoespécie Oichnus simplex (Senra. 2007).
B

b e

B o 6 cm
A
o 5 cm
O
1-J
5 cm L-....J
e e
d

fill!!!ll 1~., E~ c;!O ~º <!e ~n~ Qm: (1\) CQ<le 191!gÍ1l!Qinlll l!O !rl!lo fi~ c;!O in!~ Q!'0$$9
contendo o bolo fecal em processo de compactação. (B) Modelos geométricos produzidos pelo mecanismo de
compaclaçAo. (CJ Formas finais: a - cõnlca; b - ovoides; e - elllndrlcas; d - domo; e - espiralado (Souto, 2007).

o
Figura 12. 5 Exemplos de evidências de atividaoes doa organismos: (A) Coprólito de crocodilo. (B) Ovo
de dinossauro. (C) Podolúbulo. (D) Ninhos do papagaios (Frey, 1975; Leonarc;li & Opono, 1983; Price. 1951 ;
Sawyer, 1981).
200 Paleontologia Capítulo 12 - lcnofósseis 201

Como eJ.emplos d• imponânci• de seu es· PARÂMETROS DAS PEGADAS dados refcrcnces ao subsaaro e a o uuos par;l.mecros pa·
lcoceológicos. A classiíicaçlo filogenécica é de
rudo, destacam·se;
5 aplicabilidade mais limitllda, pois as idcntificaç6c• re-
1. A idcntificaçilo de ovos de parasicas cm
CQprólitos humanos pcrmiriu que fossem inferidas ,----
1 ferentes à cnonomia do possíveis apenas cm alguns
poucos casos.
as rotaS de migração do homem primiÚ\'OC sua che·
A seguir, scrí dado ênfase il clo..ificaç-lo crológicl.
gado na América do Sul (Ferreira~/ olii, 1988).
a q1111l é de uso mais frequente na literatura icnológica.
2. Em CQprólitos lllllÍS •ntigos enconmdos
oa Formação Tremcmbt (;\lioeeno. Baci.u de 4
' làubatt), as djfcrcnics proporções de elementos 11 C. Classificação Etológica
químicos vi•bilizorom a idcnúficaç~o de coprólitos
de rtpcei>. oves e onclídcos (Castro d olii, 1988; O comportamento dos organismos é agrupado
Fcmande•, Polivanov & Carvolho, 1987). cm cinco categorias básicas na classificação etológica,
Figura 12 .7 Ovo fosSillzado de croeodiJomO<fo a qual é apresentada sob a forma de diagrama circular,
(UFRJ·OG 2981c.Y) do Cretáceo Superior (Formação subdividido em cinco cacegorias de icnoíósscis.1 com as
Outros Tipos de lcnofósseis Marilla). Bacia Bauru (Ribeiro. 2007). incer· relações enue si e os (6ssci! corporais (figura
12.10). A cW..ificaç.'!o etológica baseia·sc na interpreta·
i\l~m dos coprólicos, os ninhos e os ovos de in- SOCA 993
çlo dooo1nporta1nenlo dos orgartls1nos que produziranl
vcm:brados ou vertebrados (figura 12.7) contribuem o 10cm os icnoíóuc:is.
p:ira o estudo do desc:nvolviment<> e re·gistr0 de diver- Em grat1itos de lru ($30 Paulo), a eroslo e o
sos orgianjsmos, c:xtinws ou não. inccmpcrismo bioquímico provocado por fungos e 1 - Eixo do dedo li
líquens originam cavidades semelhantes a impres- 2 - Eixo do dedo Ili lcnitos de locomoção ( Rcpichnfo)
No Brasil, CJ<i.tcm o»os de dinossauros{Prioc, sões de p.!s humanos e de pegadas de dinOS$'1ur0>. 3- Eixo do dedo IV
4 - Comprimento da pegada (CP) Incluem os uaços prodirLidos pelo dcslocamenco
1951;Mllgalhncs Ribeiro, 2001; 2002) e quelllnios
5 - Largura da pegada (LP) com o auxtlio de apêndices loco1nocores e pjscas resulcan·
(Azcvcdodo/ii. 2000) no Grupo Bauru (Crc11lccodo
B. Classificação 6- Dlverg. entre os dedos li e Ili (OD li - Ili) tcs de conuac;õcs musculares do corpo. Correspondem a
Escodo de Minas Gerais). O CStUdo de seu interior 7 - Dlverg. entre os dedos Ili e IV (DO 111- IV) sequencias de pegad.. ou sulcos condnuos, omorncnm·
armvts do uso da wmogafi• computadorizada pode Os icnofósscis rêm três aspectos sii:nificativos 8 - Dlverg. entre os dedos li e IV (DO 11- IV) dos ou nlo. podendo ser lineares ou sinuosos e, algumas
revelar a cxisc~ncia de embriões fósseis. Alguns que se inter-relacionam, e nos quais baseiam-se as di- g - Compr. da p0<ção falangeal li (CPF li) vC'l.CS, ramificados. Ex.: icnogCnero f);p/íd1nitt1, além de
microfósseis do Aptiano da Bacia do Ceara, obser· versu classificações: são estrururas sedimentares. evi- 10- Compr. do dedo livre li (CDL li) pcg:odas c pistllS de vencbrodos (figura 12.11).
\'Odos cm preparações palinológicas, seriam po..í. dencias da atividade e produros de determinados orga- 11 - Compr. da porção falangeal Ili (CPF llJ)
veis ovos de iosctos (Rcgali & 5'.arjcont, 1986). nismos. As prindp:iis claS$ilicações encontradas s:lo: 12 - Compr. do dedo livre Ili (COL Ili)
Mais raros ao os ninhos fossiliwdos de oi· 13- Compr. da porçAo lalangeallV (CPF IV) Na Bacia de So0$'1 (Crcllicco do E><lldo da
guns invcrtebnaôos, como• 0<.·cmencia de um ninho 14 - Compr. do dedo livre IV (CDL IV) Pamfba) ocorrem pisw parolclos de dinossauros
D escritiva (ou morfológica) 15- Ànguto da cruz (AC)
fossilizado de uma grum caldrio de Minu Ccnús. saurópodcs que evidenciam a fomu1çilo de manadas
Tra111-se de um ninho camctcrl>tico de ''C:Spas sociais Basca<l• .,.. feições morfológicas <1ue apresen- (hábiro gregário) entre esses animais. Eiologicllmcn·
Figura 12.8 Parâmetros utilizados nos estudoe de
cuja excelente prcscrvaçilo rel'Clou a pre5enço de tam os icnof(>SSeis (figuna 12.8). obedece"-' dirctriics pegadas de dinossauros bípedes (Carvalho, 1989; te, essas pistas são classificad.. como Repichnia
ovos e larv2S rco6m·eclodidas (Rodrigues d 11/ii, dos prooedinlcntc>S da sistemática linnC3na. Leonardi, 1987). (Can.11lho, t 989: 2000-.i: 2000b).
1987).
Prcscrvm;ionlll (ou cstmrinômign) Filol(enéticn lcnitos de huhitaçllo (Oomichnia)
A. P seudoicnofósseis Consitlcrn os icnofósscis como cscrutura..'l scdi· Baseada na ide midade do organismo que produ· Incluem escavações e perfurações habicadas por
Oi\·crsos processos ftslcos e químicos durante e n1cntare!l1 sendo d!«:ncialmentc rclacion:lda à forma úu o icnito. segue a cfa:>:1ificaçilo na rural dasistcm4tica organisn1os. tvluitos alimcnram ..sc de material em sus·
após• sedimcntllç-Jo podem originar estruturns que ns· de preservação (figuro 12.9). biológico. pcns~o (no caso dos invcm:brodos). 530 estruturas pre·
semelham-se às produzidas pelas atividades de animais As lnformoçllcs fornecidas pel"5 cl2ssificaçõcs dominantcmentecillndricas, tendo as porcdcs aglutinádas
e vegcrnis. As marcas de onda, grecas de conmaç~o, Etológjcn (ou ecológica) descritiva e [lrCServncional sllo limitlldas, nOo inf<>rm!ln• por secreções quitinofosffticas ou reforçadllS por pattf·
marcas de objetos. cscapc de gases e moldes de sais do sobre as carocterfsúcas da scdimentaçfo e quando e cuias detrfóeas selecionadas e cimcnmdas. Formas co-
podem produzir fornus scn1clhantcs a pistas, tubos. cs.. 7i'ata os icnofMseis como resulcado de uma rcs· onde a fossili1.<1ção teve lugar. A classif1CUçilo ecológica muns deste ripo incluem cscava\"ÕCS cm "U" sem csrru·
cavações e perfurações de origem animal ou vcgclal posc:a a u1na função biológica., camcceri7..andoo compor· é geralmente a maiHpropriada pela possibilidade de cura mcniscoide e pcrfunições. ExcmpJo: icnogêneros
(Hãntzschcll. 1975). tamento do organismo (figufll 12.10). indicar. auavés do c.omportamenco dos organismos. Amrico/ius e SJoliJ/tos.
202 Paleontologia Capítulo 12 - lcnofósseis

RELEVO COMPl.ETO SEMIRRELEVO

Figura 12.1 1 Pegadas teromorlol-


des do Triássloo Superior (Fonnação San-
ta Mana, Bacia do Parané) e reconstituição

~'-•:~•o do animal produtor da pista (DlcynodontJ.


pus profhetloides). llustraçlo do Aonata
"U~O .. llOIM(HI' Cunha (Silva et alif, 2008). ,,.
Figura 12.9 A classlllcação
osttatin6mdce o as formas de praseNa·
ção dos iaiotósseis (Osgood, 1970).

lcnitos de descanso (Cubichniu)


Nos riunitos de ltu (Pcrmocarbon!fero. l.ls-
Silo imprcssôe$ causadas por uma intcrrupç«o tlldo de Silo Paulo) são cncontrodos dois tipos de
tempor.iria nodi!Slocamomo do •oi mal durante su• pro- pisms auibulda. à atividade de crus1:lccos no1os-
cuni por descanso ou refúgio. Feições cm relevo bem crãccos: o primeiro tipo. l!qpoóld11,,1.1, corresponde
definidas podem refletir a morfologia laccrovenual dos a suloos bilobados oom esrriu rran.wersais resul-
organismos. Algumas formas são transicionais para tantes do rastejamento do animal à procura do al.i--
Repichnia e Domichnin.. Exemplo: icnogêneros mcnto, classificados como icnitos de pastagem
11.ru,;uàta e Rusop/IJOIS. (PR8Ciehnin); o segundo tipo, Diplid11rilt.1, compre-
ende fileiras duplas de pc~dus que rcíletem o dea-
lcnitos de nlimentnçllo (Fodinichnia) locamcn10 do anim:il sobtc o sedimento fino. e é
classificado como icni10 de locomoçio (Rcpichnia).
Consistem cm escavações. tubos, pi.s!Os e pcrfu· Esre exemplo dcmonsm como um mesmo or1:2-
rações do organismo qu2ndo da procur.i de nlimentó, nismo. em decorrc!ncia de componamenros difc-
podendo pos.~uir un1 padrlo conlplcxo de componamen· rc.ntes, pode originar mais de um dpo de icnito
to. No caso dos icnitos produzidos por invertebrados (Fernandes, Carvalho & Netto, 1987).
1>re<lominam os padn'ks mdiahi. más podem ocorreres--
cava~'ÕC• sob a forma de "U". Exemplo: icnogencros
C~ont!rites e RÁÍMJromlfirtm. Exisrc uma Intima rcl•ção lonitos de escape (Pugiohnio)
desta categoria com os Pascichnio e os Domichnia.
Sllo feitos principlllmcntc por molus<:os biválvios
As perfurações feiras através das conchas por prcdad°"'
e ouu'OS org:nnismos que se alin\cncam de m11ccrial cm
Figura 12.10 A classlficaçl!o res tsmb-6m pcrtenc.."Cm a est2 categoria.
etológlca dos lcnofõssels (Osgood, suspensão. Normalmente não têm a parede da escava-
1970). çi!O reforçada. A estrutura ocorre pelo dcslocamcmo rá·
Jcnilos de pasttl,!lem (Pascichnia) pido do organismo após o apoJtC de sedimento, devido
à erosão da superfkic.
Silo pisw de alimcniaçilo construidas por organi&-
m0$ ~gcis que rcrit1lm seu alimcnro m•vés da ingcsf.'io
de sedimentos superficiais. Tais csrrun1ras, enroladas ou D . Nomenclatura
meandriformcs. reílctcm uma procuf1l de alimento. Exis-
te unugrundc inter-rclaç:!o com os Fodlnichnin. que in- ~ imorcssante saber dinlnguirclassificaç~o e no-
cluem org;anismos que explonm sedimentos abaixo cb menclatur.i. usu11lmcn1c muito confundidas. Classifo<.'ll·
supcrfTcic de scdimcnmçi!O, e com os Rcpichnin. pois ç-lo 6 umn ordcnaçio sistcmdtica de coisas e conceitos, e
muitos icnitos de "pastagem• são 1Umbém icniros de lo- seu propósito~ facili(:iro entendimento de como se inc:er·
comoção. Exemplo: icnogêncru Cnnin1J11. relacionam. A nomcnolatuf1l é um sistema de regras e
204 Paleontologia Capítulo 12 - lcnofósseis 205

convenções para regisuar os elen1cncos da classificação Principio V


e seu propósiro é faciliiru a comunicação. A nomenclatum do tá•on é baseada na priorida-
="la nomenclut-ura dos icnoí6sseis é rcconhec-ido de de publicação.
um nfvel wc.onôm.ioo principal: o icnogêncro, que com..
porta um• ou mais icnocspécics. Se for n~ssllrio di· Principio V 1
fcrencfor entre cotcgori3' subordinadu a icnoe•pécieo,
o termo variedade pode ser utiliudo. Nenhuma outro Gad:a táxon, com um certo nível e caraaori1.aç:ão o 10 ,,.,, o S mm o 10 mm
categoria acima de icnogõnero é rcconhecid•. apesar morfológica. tem somente um nomecocrcro(nQ<malmcntc
de poder ser aplicada informalmente. o nome publicado primelro, de acordo com as ccgras). Arenicolites Asteriacites Au/ichnites
Coso seja possível c.~!llbeleccr • que organismo
pcncncc cc:rto icn ico~ o nome desce não de\•e ser igual Principio V li
:ao do organismo. O mesrnc>.se aplica caso o icnico ror Nomes científicos de um clxon são meados c m
dcscrit0 primeiro e po.sccriormcncc sct descobeno o latim, desconsiderando sua derivaçtlo.
org,rnismo a ele associado.
Os principios fundamentais d~ nomcncla1un1 Prin cípio Vlfl
icnológica. de acordo com o Código pana Nomencluu- o 50 mm o 10 mm o 100 mm
A aplicação das regras de nomenclatura~ reema·
rn de lcnofósseis sllo os seguintes:
tiVa. a não ser que <=:xprC$$3mCnlC limitada. Cruziana
Chondrites Cochlichnus
Prinlllpio 1 Princípio lX
fcnofóssil é definido como a indicação de ativi· A nomencl•tuni dos icnofósseis é independente
dadc de um vcgetil ou animal p rcsen 'lldO cm rocha. da nomenclatura zoológica e botânica.
sedimento ou fóssil c:orporul.
Icnofácies e Icnocenoses
Princípio li
O conjunco dos componentes de uma icnofoun•
A nomenclarnra dos icnofósseis é b:iseada total· (icnofósscis produ~idos poronimais) e de uma icnoflora o 20 nwn O SOmm o so mm

mente nos can1ctcrlsticas da eSLruturn deixada pela ati· (icnofósseis produzidos por vegetais) e suas rclaçiies na
distribuição ambicncaJ são considerados com.o rc:prc· Dldymaullchnus Dfpllchnftes Dlp/ocralerlon
vidade do org:inismo. É reconhecido que membros de
ca1cgorias =onômicas distintM podem prodtr1Jr estru· senr.ativos de un1a ienocenose. A icnocenosc é urn ter·
tu1'2!i biogÇnicu $Írnilarcs, ç uma mesma espÇcie ou mo po.leoecol6gieo que signilica um• comunidade
indivíduo pode dar origem• CStrlHUr.tS diferentes. Por- (cenose) de icnitos (icnia). Representa ossirn uma asso-
tamo, • aplicaç~o de um nome especilico nno impliei cittção mrtural de icnofósseis (figum IZ. 12) que reílc·
ten1 as atividades bcntônicas dos membros de uma bio-.
ncccu:1riamcntc que eJtc tenha sido form.ado por um
ccno sc. O registro preservado, ou o ..aspcct·o lítico" da
certo or,'11nismo.
icnocenose. ! denominado de icnofácies.
Os lmofósscis refletem resJlOStaS comporta.mentais o.._..
20 mm O 100 nm o 100 nwn
Principio III da biora. O controle on origem e na divcr.;idade doo k:nitoo
dependo dus cont.Hçõc:s cncrg~licas d11 inreríacc: Gordla Gyrollthes He/mfnlholda
Apesarde a non1enc.lan1r.i dos icnofósseis ser in-
dcposicional. tipo de subscmo. viabilidade tlimcnmr, pro-
dependente da nomenclatura 7.00lógica ou bodniea, é fundid<lde da ilgua. nível de encrgja e gnanulomctria do (continuo)
aconsclhdvcl (para cvimrconfusão) que os nomes esco- scdimcnco. l"acc àsensibilidade dos organismos às condi·
lhidos n!lo correspondam a nomes cxislcntes c n1 //Jxtt çõcs fl>'.ic~quími= do meio, as escavações. pisms e pcr-
unimai.s ou vcgcl2iS. fur.içõcs por eles produzidos são extremamente irnpotmn·
tcs como indicadOtcS ambientais. .-\ s variações nos con·
l'rinc!pio l V junros de icnofósscis (ou icnoccnoscs) podem ser u1iJi.zu.
das enfio"""' inferir mudanças norcgimedcsedimcnm·
A aplieição dos nomes dos Mxo é determinada ção. tornando-se incercssante.'í para as rcconinn1çõcs
acravés de tipos nome nclarurais. palc:ogeogt.íficas e pa.leoc:<iológicas (figum 12.13).
206 Paleontologia Capítulo 12 - lcnofósseis 207

o SOmm o 20mm o 10mm


r ,e
R renicolltes
ri, Macanopsls

Helminthops/s Neonereltes Nerelres Arenico/ites

Pala

Taen/dium

;::_~
o SOmm O 50mm O JOmm

Paleodictyon Phycodes Plano/ites

o SOmm o SOmm o 20mm

Rhizocorallium Rusophycus Sko/ilhos


Arenlcolltes

~01
Phycosiphon

i:/
--- ~a/aeophycus
,____,
~:~aenldlum
O 100 mm O SOmm O 20mm

Taphrllelminthopsis Teichichnus Zoophycos _/


(continuaçllo) Rhlzocoralllum

Figura 12.12 Representação esquemática dos lcnolósseis de Invertebrados mais comuns (Crimes, 1987).
Arenicolites
B

Figura 12.13 Utilização dos lcnofóssels para a reconsti1ulçAo das condições paJeoamblentais. (A) lcnofósseis
de Invertebrados da Formação Adamantina (Cretáceo Superior), Bacia Bauru. segundo Fernandes & CaMllho (2006)
e seus espaços ecológicos. (8) Reconstituição paleoamblenlal para uma sucessão turbldítlca da Formação Hope Bay
(Triásslco) da Antáttida, de acordo com Carvalho er ai// (2005) e a dístribulção ambiental dos icnofóssels.
208 Paleontologia Capílulo 12 - lcoofósseis 209

Baseando-se na ovali~<> cuidlld05a dll di•cribui· Corilimnrn. C1lindrit:Aniu, 1lltui1ropsis, P11/atopliya11,


Ç'lO csuatlgrdlicu e ctológica das aS!OCl•çôcs dM divcr· Plottolius, Sn!Hllorifa, Stolido, Skolit,oJ e SiMNJita)
sos icnoíósscls cm rochos de v4rius idade>, e de dlstin· ctam coruiderados como can1c1crlnico1 ou c:xclu•I·
1n1 implicações lllllbicnlllls, j4 fo111m definidas 11 lcno- vos de rochas de origem marinha. Porém sobc so uu- 0

_
ídcics principais: almcmc que também ocorrem n0$ ambientes contl·
nonrois (íigura 12. 14). A partir da obscrvoçlo cm dc 0
01
a - Str1JLnia g - SJolitJOJ f·

b - Ttrrwi1kAn111
e - 1lft'f'1tli11
h - Cn1JÜ01111
p6$iros holocênicos, rém •ido •prescnu dil$ •lgumas
propostas pam o c:srabclccimcnto de um zoneamento ...., _
.. o

... Duna

biogeogrdfico dos d.lversos organismos putenciallnea· r.,._,,._


d P1iloni<Anus j
e - 7'?pnnitet k 1mdo/itn te produtores de icnitos. 1\is estudos sllo dcscnvol·
vldos fundamcntalrnentc cm regi6cs pr6ximu o rio>
.. ª" =
r Gl=ifa•gitt:S
ou IDgos, locaiJ onde hd uma maior possibilidade de
Altm dessas. existem indicaçõe$ de icnoíilcics preservação das csm111119s biogenieas.
lig;idu aos vcrtcbmdo• (p. ex. Bro11tu/x1tlitl111us) e ou· Podemos cstobclcccr quouo ombicnrcs conti·

_ __
rras com base c:m cxcrcm~ncos fósseis. as ncntais com registros consideráveis de ativid::1dc.
00
..coprof4c:ics Entrctanlo, cssu icnof4cics o.li.o têm

biogênica: ,_

.._
conotaç~o scdimcntológica, motivo pelo qual cxiJ-
tem propostas de nDo serem ulilizadu como ..
t~·· T·-
... M t
...,,__ ;loiMllcJ ....
_..""""'
icnoccno1es ou usociaç6cs.
A repe1içlo temporal dcu•s icnoí4cics ~ rcsul·
Lniio" eíl!meros
A cxistCnci• de l•gos 1.cmporários cm climas
.....
r·-
,_ ...~r r;t'Q)a.i1

u1ntc dia con\'crge:nci-:a do compon11mcnco, eo ndicio na~ qucn1c:1 ou frios pcm1itlrtt uma a:l!IOCi:içao icnofossilrfc:tc•,
da p<:los modos de vida e requisito• ambicn111is. Como n11 qual enconmar--se-4o piyta~ e nufcat de rcpuuso pro--
ois icnofósscis são o rc:gisuo do compomtmento e da.s du1idas 1><>r crust4ccM (anóstnkco" concho<1r.lceos e
fun\-'Õcs fisiológicas. rcfle.tcm e> wndicion:imcnto dos notost~) e por vã rios gmpos de •'Crtehrado. (figu111
organismos • situsçõcs ccológu:a; cspccllicos. Dcsm 12.15). Nas regiões de clima rcmpcrado • frio. os
fonnn, ss 11$$<1Cilaç6csdc icnof6s!ICis u:ndcrn •ser C<UllC· artrópodes malacostr.lccos silo os mais prováveis pro-
ccrfs1itás de dctcm1in«r.lo5 regimes 1mbicnwis. F.sw durorcs de pisw. originando icnofósseis tai• como
associ•çi!cs de icnorósscil s5o rccorrcnces através do lsopodk/ln111 e Diplitll111'tts.
tempo e do espaço, sempre que oconu um dctc:nninRdO
conjunto de condiÇÕÇ$ ambicnmis (Mille.e 111, Z007;
Scil•cher, Z007). Planícies de inunduçiio e margens de canal
As associações de ionofósscis devem ser vism 'o~ sedim.,ntos de planlcic de lnunJ•çtio"'
como \ierdadciros modelos de: icnof,cies. Deccrminu· cstruturos bioganica• silo hnlmcntc muito abundan-

__ -· ·-.....
dos L'Onjuntos de paJilrueuus cco16gíccn e gcológiccn t cs e dlvcrl'as, o rigi nadas princ ipalmente por
podem nDo se rcpctít com pcrfel1a lidclidsdc. Apesar aNe:nídeo' e insetos. De incnor lmport4n<iia. .silo as
de as wocioç&s serem denominadas por icnogeneros de c.ru.stdcco.$, :incUdoos. ncmatódcos e moluscos~
tlpicos. csu:s nao prccisllJll ncccssori1mcnte c:xiJár cm Pelo m"nos oito ordens e 31 Í•mlliu de in>ctos po$· ,.,...........
todo a ocorr&•ciu du lcmof6ci.... 1\J C1J11ctcrlnk:u •U1'm op&ies que ctCllvam no• •1'dlmcnto• de pi•· 1 ,..._,,.,....
............ ,. M•-lrl.ll ,.._
mab ![Grlil d• tQllOGGROtc, som1d111 b Çf(IUIU~} nlcic tlc inundJçilo, aind' qtte nenhum dm maços prc>o a.~ ''"
•>•1--
••l• ..;-·~·=·t'f:il=~·
··-
..l)..#"t:
,., tr.
l ••

e.. '. ·, .....


scdh11c:Juiuco IIsicue il llwl~ll. silo comidc:nwclmcntc du:úJo. ualuwho deste tlfl~ de ambiente. /lo
mJili lmpornuucs p11ta a nxunsLtUÇOOumbictlllll do que hu\gl> d"' m111genf de rio• e lai;os t frcc1ucncc um•
um W.1.lco k:not6'.sll bollldo. 1uoel•çlo de piHu pro.tu,ld•• por in•cw• Figura 12.14 Ambleotes sedmernares e lcnofaunu Uplcas dos ambientes (A) eólico em dunas e lntaldUnas,
colcdruer0<, •1uc Incluem tulKK l•n<•h, ""'"'""çlle.> (B) llLN14l em canal " planlde de lnundaçAõ • (C) lllet.mlte costelm e marglrial (ugundo Femltnd~ 2007).
A. Jcnofácies Contin...-ntnis pura 1llnlenraçlu e f"'"
luahit:1çm. '11tmhc!m pbru de
inJcCO) o rcóptcros~ e11c11,açõc\ de .: ruttJccai
A.o. dhcD•• •mici•çl!c:J kn11fcmillfcru que rc· dcdroclcs e pogídllS de "cncbn1dut podem pcncn-
11~n111ri•m 1mblentc> dcpo:<loion•k conrincn111b ccro e>rn üfoc:luçlo icnológic• (Oiur11> IZ. 16, l?.17
1!10 •indr1 pciuco conltcC!ida11. ,\ maiorii1 dot: e 1Z. 18). Dcntn: O> lcnof6s>el, de invencbr.da. dct-
i~noi;~cnc:ru> prDJl<alOS na icnolngl• Cil•r~nrÁ•tU, UlL'1l-SC o icnogi!ncro Slofiljas.
210 Paleontologia capítulo 12 - lcnofósseis 211

-. • T1 e
Flgu,. 12. 15 Rec:onstl·
llJlçto hlpoe411ca da l a - .
de Soou (PB) toe~

T
produloree doa 1cn1oe (CaMlho.
1989).

A e
o Sem o Sem

Figura 12.11 Escav89Õ08 produZldaa por lneetoe (A) OOleópteroe, (B) hemlpteroe e (C) aracnldeoe aio oomuns
em ambientes de planlcles de Inundação (Ratctiffe & Fagoratrom, 1980).

Fi gura 12. 18 Oe
amblentee 1edlmentarH
que abrangem 11 ptanl·
eles de Inundação de rloe
meandrant" • margens
de tagoe ruoe aproMn·
tam ume grande quanll·
dade de pegadas t6s·
. .... !AIS como.,-·
uadu em rochu do
Cretllceo de Pa1Ugem
das Pedru (A.8,C) o Fa·
Undl Calçera·P•U (0)
na Formoçlo Souu, Ba·
ela de Souu (Catvalho.
2007).

Figura 12.18 AD u dlllocarem fumo u maroena doa rtoe. dlnoelauroe nu1dpodee • tttópodes deixavam
suas pistas, oomo as de Sousa. PaJBlba (CaMllllo, 1989)

e D =....
212 Paleontologia Capítulo 12 - lcnofósseis 213

Além d• diversidade de pisms originadas por nas áreas de barl1vcnto e sot:avcnto das dun:ts f6s..
invertebrados. é Cc>mum ocorrerem cstn1curas seis. A e;cplicação para ral faro é a ala coesão dos
bioganicas produzidas pela aávidadc de vencbra- sedimcnros arenosos devido à umidade rcsulantc:
dos como pisms de peixes, pegadas de anflbios, rép- de um elevado nlvcl do lençol (reático prc<érito
teis (Locldcy, 1991; Thulborn, 1990). aves e mamr- (Lconardi & Oliveira, 1990). Também no Grupo
ícrM. Algumas ranhuras cm um substrllto argiloso J\rcudo (Sacia Sanírsnciseana, Crcdcco Inferior do
mmbtm jll. foram inicrprctadatcomo resulmucs do Estado de Minas Gerais) ocorrem pegadas fósseis
arrito das unhas de répteis cm naração, informando de dinoosauros, portm num contc:xrode inrerdunas
sobre a espessura da limina d'água, A ocon6ncia (Carvalho & Karrah, 1998).
de escavações de peixes dipnoicos e a abundincia
de pegada.• de tectipodes favorecem a inrerprcca- lcnofácies Sropia
ção de ambientes de planície de inundação e
lacusues. Sio tambtm comuns as estruturas de há· tl; a associação icnofossillícl".i encontrada crn se-
bi~o, repouso e alimen~o de vcncbnldos que, dimentos contincncai.s, sendo gcralment·c considcntdB
llSlOCiadas b iníormaçõcs pcovc:nicnccs da análise cbs oomo • asrocioçõo de icnofóssc:is que: abrange todas os 1. Scoyen/a
estruturas sedimcnaarcs primlrias e dos icnoíósscis icnoespécics exisrc.nrcs cm ambientes nilo nlarinho~. 2. Ancorichnus
3. Cruzlana
produzidos por invertebrados, poderio conduzir a Porém em regiões con1inenaais • v•ried•de de condi-
B 4. Sltolllhos
um rcfin.amenro na intctprctaç.lo palcoambiental e ções ecológicas e dcposicionais conduzcn\ a uma di~
a um melhor conhecimento da variedade de gru· versidadc fio grande de icnofi\cies quanto as já defini· lcnofácies Scoyenia
pos zoológicos existentes em determinado tempo das p11m us regiões rn•rinhas (figum 12. 19).
geológico (Cal\'lllho, 1989). Esaa icncf.1cics foi redefinida por Buatois & Man· Figura 12.19 (A) Reconstituição hipotdlica de uma planície de inundação com escavações de insetos e cresci·
mento de vegetais, cuja ação elas raízes originam os pedotllbulos (carvalho, 1989). (B) Representação esquemática
gane ( 1996) como a cransiçlo do ambiente subaércc """' da icnclâciés Scoyenla e os ícnítos de lnvenebrados mais C81llcterlstioos (Pemberton, 1991).
o subaquático com pegadas de ,·cnc:brados, além do•
L agos perrnanentes icnogêneroo Scqymio, Brnamius, Um/olozia e 1ámidiv111.
Nos ambicnccs lacust.rcs h:I uma ampla varicda· B. Icnofácies Ma rinhas lenhosos (madeiras) que aprcscn1:1m monologia "claw-
de de o-rgani$n1os que bioturbam os scdimcnros: lcnoíácies Termitirlmus da" orientada perpcndiclJlattnente em rcloçioaosubstraro,
Ao conU11rio das associações icnoíossillíeras con·
ancJfdcos, placelmintes, ãsópodes, ostracodcs, ninfas de com o.bcrturo circubr em sec;OO tranSvcrsal. A forma da
Compn:cndc os dcpósiros ripicamcn<e rc.rrcsucs, 1inenu1is, ss icnoc:cnoses m1rinho.s silo bem mais co-.
inscros, bi,•álvios e gasuópodcs. Os indivfduos que se pcrfu~o pode ser cm íunçâo da imetfcrencia ou proxi·
com os ic11ogênc:ms 1innitidmvs e CLlfrforma, entre ourro•. nhccidas. Isto deve.se ao grande número decsrudos 5°"
alimentam de detriios silo &c:quentcs nas pattes mais pro- midade de: ourras pcrl'un~ O diQmetro cm geral au·
brc osambicnres marinhos, procur-.ando-seas:sociar mui·
íundas dos lagos, c:nquan10 as formas que se alimentam mcnm jp'lldunlmenrc acé um máximo junto à tcrmin~o
tos dos parâmc.tros \.'Ontroludores cJ3 abundância edis·
de moterial cm su•pcns~o são úpicas de: 4guas rasa;. lcnofócics Altrmín di•cal hemisférica ou ciHndrica. Auupc:rticic:s dos moldes
tribuiÇio dos organismos produtores de icni1os (como
das perfurações são fortemente om:imentadas por uma sé·
Esta icnofácies representa os sub.s tratos tcmpcrnruru. suprin1cnto de nutricnccs e o aporte de rie de cristas e sulcos subparalclos cuja origem pode ser
Ow111s eólicas e áreas intcrdunus lacuminosesuboqudtieos, com os icnogêncros Jlltf>llin, scdímcnros) in mudanças progrcssivu quc ocorrem com
resulrante da 1nicroesr.n.uura dosubsrr.110.
Hdmilulroptis, Codliclt11w, l'k111olüa, lodtia e Gorrlio. ooumcncoda profundidode(Frcy& Pembcrton, 1985).
Nas regiões áridas. scmiáridas e: lirorlncas. encon· 1sro resultou no csmbclc:cimcnto de icnof:kiC$
cramos a maior pane da ação cólica. Ncste.11 ambientes o bem definid•~ onde o tipo de substrato e as condições lcnofAcics 1'rypt111iln
sedimento mostro-se quase sempre pouco coeso, dificul· lcnoíácics Psi/011idt11us
de energia do meio estão inlimamentc relacionados Estruturas de h•biação cndolíticas, com formas
lalldo a prcscrvaçilodas estruturas biogênicru; portmto. os Ca111ctcriza-sc por cscav~ções predomioãnr.c - com a profundidade. En.uctanto~ o modelo batiméuico cilíndricas.. globulares. cm .. U.... ou irregulares. orienta·
icoor&.sds senlo encontrados nas 4rc:as onde: haP, mai0< mcntc vertÍCIÚs, algumas com ctlulas basais bulbosas n5o devo ser aplicado indiscrimin11d•mc:ntc. mos, sim. das pcrpendiculanncn1c à supcrlTcie do •ubsuoco. ' llirn·
umidade. ou seja. nas regiões in1crdunas. AI s3ocnconcm· ou esuuurras de habltaÇllode invertebrados com formas cm um contexto mais amplo. udliiando·sc as dcmnis bém inclui sisic:mas de pc:ríuraçlo ramificadO!I, estrias e:
das piscas e escavações de: ancHrlcos. •mópodcs. peixes, cm "U", "J" ou "Y". rambém podendo ocorrer pisms cvidêncios paleoncolõgic:as e c:s111tigrificas em que ranhuras (produzidas por <><gnnismos que se alimentllm
rép1eis e mamíferos, bem como cvidênci•s de mí:tcs. de vertebrados e coprólicos. Ocorre cm areias bem estão os icnofósscis. de algat). São cscavaÇ(lcs produzidas principalmente
•clc:cionodas com laminação planc>-paralela a cruz•d:i, OivcrÃS icnoficics marinhas já foram definidas por orpnismos suspcnstvoros e carnívoros. ~iosm uma
A Fonnação Socucaru (Sacia do Paraná, Es<ado ou em sedimentos arenosos ou arcnoargi1osos mal sc,.. (figura 12.•20): baixa diversidade, apesar <bs perfurações ou ranhuras po-
de São Paulo}, cujos dcpósi<os llJo a evidencia de lecionados biorurbados por csca\'açõcs ou ral1.c.s. Fre· derem ser abundantes. tl; uma icnof,cics tlpica de
um grande d=rro do Ju~sico-Creclcco, possui quente c1n 11nbicntcs cosreiros. ti.J>Í<.'ltl"lcnte rcpn:scntn- lcnoflicies 1drúnlitn •ubstmms dum> cm zona litoral a subliwral: supc:rllcies
muitas pistaS de invertebrados, dinossauros comi· dO<I por scdimc:nros 1>6s·ptaia, dunas, rmAttrKr/hlll e SU· costciw, recifes ou outl()te $Ul>Sttnl05 otg!lnicus t'OmO oon...
voros e do mamíferos primitivos, as qunis ocorrem pcrflcics supr.una~ A ienoflicics Psi'4nirli1tUJ represcnm lcnoíácics dcfinicb p:im pctfun>QÕCS produtid:is por chas e ossos (figura 12.2 1). Rinrcr~radacion•l P'lm • ic-
um:a miscura de condições marinhas e não marinhas. biválvios marinhos do gênero 1êndo cm substratos noffcics Glossifungitcs.
214 Paleontologia Capítulo 12 - lcnofósseis 215

1. Thalasslnoides
2. Perfurações de blvâlvio
3. Escavação de poliquela
4. Rhizocorallium
5. Psilonichnus

A lcnofàcies Glosslfungites

~- : -
' .,"'"'
,
1. Rastros de equinoides
2. Perfurações de moluscos
3. Perfurações de esponjas
4. Perfuração de poliqueta
5. Perfuraç.ã o de bivàlvio
6. Perfuração de slpunculldeo
7. Perfurações de poliquetas
1. Perfurações de Po/ydora
2. Entobia
3. Perfurações de equinóides e lcnofâcies Trypan/tes
4. Trypanltes Figura 12.21 (A) Representação esquemática da ictlOfáeies Trypanit8$ e seus ialofósseis mais cataelerlsticos.
5, 6. Escavações de foladldeos (B) Representação esquemática da Jcnol""9s Glossifungitss e seus Jcnolósseis mais caracter!sticos (Pembertm, 1991).
7. D/p /ocraterlon
8. Escavações de crustâceos
9. Skolithos lcnofi\cics Gf0Jsif11np1ts diçõcs varitvcis de sedimenmçllo, com erosil.o ou sedi-
1 o. Dlplocraterion mentaçllo abrupta. Caracteri1.a.m·na escavações cilindri·
11 . Thalasslnoldes t:sta. icnoBcies amcretita 1.onas lic()rt\nc:u de ~verticais ou cm forma de ..U ... com ou sem meniscos
12. Arenlco/ites baixa ou olm energia onde o substrato 6 coeso e csdvcl. (spM1e11). Em geral, essa icnof~cies mostra baixa diver·
13. Oph/omorpha Predominam cscavnçõcs pouco lllmific•d•s, verticais ou sidadc de ~avaçõc$, ainda que algumas formas sejam
14. Phycodes cm form" de ·u·. Os orgiinismos que C()nstrocm essas abundantes (6guta l2.22A).
15. Rhizocorallium escavações são formas bcntõnicas, s6sscis ou v~gcis (fi.
16. Teichichnus AUlll IZ.21).
17. Crossopodia Jcno(áciC$ Cnu.innn
18. Asteriacites Em ambicnccs marinhos licorâneos tam~m
CalllCtcriza uma região abaixo do nlvel de ação
19. Zoophycos podem ser cncontr.1dos associações icnofossitrfclllS
das ondas. As condições ambientais são manquilas, com
20. Lorenz/nla relacionadas aos tetripode!. Ná Bacia do Paranli
energia n1odcrada a baixa. Os icnitos de rcpr.ação cpi e
21 . Zoophyc os (Formação Corumbatal, Permiano Supcrior-
incracstratais são comuns, al~m de ocorrerem escava·
22. Paleodlctyon Trirnico Inferior) e na Bacia de Sio (, u(s (Forma-
çôcs hori1.ontais e inclinadas., irregularmente distribut~
23. T1phrll1/minthopsls çiO Alcãnma, Crccicco Superior) aão on1Xlnaud2s das no substrato. Os org;rnismos que produzem estes
24. Helminthoida pegadas e pinas de répteis originadas cm ambien-
ienofósscis podem ser sedimentófogos ou carnlvoros.
25. Spirorhaphe tes de extensas planlcics de maré (Andrcis & Qu.
Apresenta diversidade e abundineia clevodos (figuro
26. Cosmorhaphe valho, 2001; Carvalho, 2001).
12.ZZB).
Figura 12.20 Diagrama llustrandc as lcnoféclH marinhas e a relação dos lcnogêneros com a profundidada
(Fray & Pemberton, t!laS). lcnoflicics SlolilAlis lcnofücics Z0t>p/tyoos

Apesar de ocorrer frcquencemcncc cn\ 7.0nas li~ A icnocenosc desm ienofácies esal presente cm
tor.l.ncas rasas de alca energia, pode rambém caraeteri~ zonas cxun bàixa ca.xa de sedimentação~ cm águas cal-
zar depósitos conlincntais. Esta icnofácics denota c:on- mas. Os icnof6sseis podem ser fonnas simplc.-ç ou oom-
216 Paleontologia Capítulo 12 - lcnofósseis 217

1. Ophiomorpha
2. Dlplacrat•rlon
3. Slcollrhos
4. Monocraterion

,.
1. Splrorhaph•
2. Uroholminthold.t
3. Lorenzinía
4. Mogagrapta
5. P1l.,,dlctyon
6. Ner.;ru
', /
7. Cosmorl>aphe
lcnofâcies Skolílhos /~ ; - - - - 1. Asteriacites
A
"' 1 2. Cruziana
3. Rhlzocoral/lum
4. Aullchnites •
5. Tha/assinoldes
6. Chondrites lcnofâcles Zoophycos lcnotâcles Nereiles
7. Te/ch/chnus
8. Aren/cofltes Figure 12.23 (A) Zoophycos é o principal lcnofóssll desta lcnofácles. (B) Representação esquemática da
9. Rosselia lcnofácies Nereltes e seus k:nofósseis mais c:aiacterlstieos (Pemberton, 1991).
1O. Planolites
B lcnorãcies Cruzlana

Figura 12.22 (A) ReP':esent~o ~emál~ da lcnofácies Sl<olithos e seus lcnofóssels mais cantcterlstloos. Os icnofósscis rcOctem componomcntos dos
(B) Representação esquemátiea da ocnofáCl&S Cru21ana e seus icnofóssejs mais caracterfslioos (Pemberton, 1991). Um exemplo de aplicação desse modelo em
organismos que s5o controlados por cond ições
rochas scdimcnl3rc:s brasileiras foi utilizado pam a
c:nergéricas, ripo de substrato. disponibilidade olimcn·
Formaçlo Alto Garças (Ordoviciano, Bacia do
tar, profundidodc da ilgua e granulometri• do sedimen-
pleXJIS, distribuídas hori1.onmlmentc sobre OS planos de Enuc os mt1odos propostos para a uv-Jliaçllo da Paran4) na Chapada dos Guimulcs (M'l1. A ieno-
to. A sensibilidade de muitos organismos :l.s condições
acamomcnco. Silo 1>roduzldos csscnciolmcntc por ani· biomrbaçao nos scdimc:ntos. destacam._... os diagramlls ftcics SlolitAos caractc:ri1,a a citada formação na rc·
an1bicntais significa que podem ser mais importantes
mais sedimeniófagos (figura 12.2.iA). q ue estabelecem seis lndiocs de icnotramas. Estes ba- gião wrn um índice de icoocramas variando princi· como indicadores anlbicntais do que as csuucuras scdi..
seiam-se no grau pelo qual as c:strururas sedimenlllrcs palmc:nre de ii4 a ii5 (Borghi d olii, 1997). mcnrnres inorgãnícas. Assim, vaóaçilcs nas icnofounns
foram afeC3das pelo rccrabalhamenco hiogênico, desde podem ser utiliiadns par.a inferir mudançu.s lrueru.is e:
lcnof.lcies Ntrrita
• ausência de biowrbaçllo (ii 1) ar6 o rerrabalhamenco vcnicait de f:ieies~ romnndo--as inccrcs.unres p2ra rc·
Ocorre tipicamente em 4guas muico calmas. p<r rntal (ii6). Os lndices de icnouamas (ii) sao cntao deli· Aplicações corlS!ruçõcs palcogcognlfü:as.
dcndo indicat a região batiaJ ou abissaL Os icnofõs_~is nidos do seguinte modo: Sendo os icnofooscis amplamente distribuídos
silo compleXJIS estruturas de escavoçilo superficial do ii l - sem registro de biorurbaçlo, co1n todas as csuu· Ounantc mui10 tempo os icnofósscis foram wn·
no cspaÇ() e n.o tempo. OG'Orrendo in si111 e rcíleàndo o
sedimento, sinuosas ou me30dr.u1tcs. O.organismos que curas sedimcn1ares originais preservadas; siderados como simples c:vidCncias indiretos de antiAUS componamcnto animal em resposta :ios (atores doam-
as produzem slloscdimcntófagos. A diversidade e abun· ii2 - corn poucos icnofósseis i10lados, e 316 1096 de formas de vida ou estruturassedimcntares scxund,ri11s.
bicntc, 1omam·sc excelentes indic.1dores de condiQ!k:s
dilncia local silo baixas, mas maiores do que: na icnofá· pcrrurb>Ção dn cscrucu111 original; Arualmcntc demonsuam extrema import~ncia n:a. in· ambicnrais. Podem fornecer indjcaQ!k:s sobre:
tcrpretação do comportamenco de v:trios: organismos
cics Zoo~s (figura 12.238). ii3 - com 1p10J<.imad•mcn1c de 10 • 40% de pcnurbí1· • Diversidade de uma anóg;a associação biótica.
fósseis e das condições sedimcntológicas de diversos
çio <b csm1rura origina~ os icnofó,..,is enoontrJm- • Densidade relati"" da nora e d• fauna: neste
ambientes (Bromley, 1996).
sc geralmente separados. mas podendo ocorrer caso, é necessário 1er.se o cuidado ao •valinr
Q uantificação e Utilização su1>erp0$ição entre eles; Os icnofooeis devem ser estudados dentro de
seu ~'Ofltci<to geológieó, n!o sendo possível anali5'·1os a abundinçia dn~ organismos auavts dos
nas Icnofácies ii4 - com aproximadamenie 40 a 60% de ienicos. p0is uma a1~u:b altamente biorurbada
sem enquadnl-los convcnicntemc:ntc junco a outras fei-
Re<:en1emen1e tem havido uma grande: preo- rctrabalharnen10 da camada, ainda podem ser ob- pode apenas ser o resulmdo de uma baixa
ções biológicas, ftsicas e qulmicas eontid"5 no mesmo
cupação com • quantificação da biocurbaçilo dos se- SC!Vlldoo vc:stfgios da estrutura original; as csca\'ll· tu• de deposição.
substr.no. para a interpretação polcoc:<-ológica.
dimentos nas scquê.ncias CStl"Jtigr4.ficas. !'>ste fato le- QÕCS sobrepõc:m-sc e nem sempre cnco111nam-se • Diversidade 1r6íícs: a distribuição de orga-
bem definidas: A força de qualquer rcconmuçào ambienl31 é
vou ao conceito de icnofóbrica ou icnotrama, a qual determinada pelo número de evid!ncias complemen- nismos berblvoros, c.unlvocos, suspcnslvoros
reprcscn1a n tOtu.lidadc das estruturas de bio1urbaçllo iiS - a csrracificnção cncontra·se tota lmente e •cdirnendvoros pode informar sobre recur·
ca1es usada~ na reconstrução. A nulÍor vantagem cm se
cm umn rocha sedimentar. Diferentes cip<>s cJc ce11abalhada, ims as cscov~ ainda podem ser sos alimentares. taxas de scdimenrnçi·o,
utilW.r os icnofóssc:is na paleoeoologia deve-se uo seu
bioturb:tçõos (Jodcm levar a diferentes icnotramus cm idcnrifiadas em alguns locais; rurbidcz da jgua e estabilidade do subsrrato.
v•lor complcmcnar, ao bdo de inform•Qlk:s provindas
dccorrêncie dos elementos horitontais e vcrtic:.is da$ ii6 - sem representação nos diagramas. Neste caso, o dos fósseis, de c:nrururas sedimcncncs e du.s relações Os icnofósscis mOSttam·se poiencialmcnte im-
estruturas de bioturbaçilo. sedimento encontr.1.-sc totalmente homogêneo. es1rarigróficas. ponanccs cm diversas .treas da Geologia. r:iis como:
218 Paleontologia Capítulo 12 - lcnofósseis 219

• Paleontologia A. Paleontologia
no registro fossillfcro de anima.is de c:orpo
Os icnoÍÓS$CiS podem acrcsccnmr muito 110 co--
m<>lcj
nhccimcnro do regisrro paleontológico, pois, olém de
como evidência da aàvidadc fi.sio16gica de serem uma evidência da morfologia dos organismos,
organi.sn'IO! precériros; podem dcmonstr:ir padrões de oomp01tune-ntO.- como
- na di\icrsidade de assembleias fossifüadas; modos de alimcntnç!o, locomoçllo. proteção (fogu12
na cvoluç-.Jo dos mctazoirios e do seu com· 12.24) al~rn das relações e•·olu1ivu (principolmente nos
ponamcnro. mctnt.o4rios durunte o Pré-Oambriano Superior).

• Sedimentologia e Estrotigmllo No csrudo de animai< de corpo mole (sem Jl'U'•


- n<l produção de sedimentos por orgunism0$ tcs resistentes (l<ISS!vcis de fos.1ili7.a~o) os icnofósscii
perfunidorcs: prov~m um• porcncial documcnll!Çllo no regi.iro
nn alccraç!o dos gr!los por •nim•u <1uc ing.,,. l'ossilífcro de muitos grupos (figuras 12.25 e 1Z.Z6).
rcm sedimentos: Exisrem exemplos de c:omo o C$<\•do dos ienof6sscis
enriqueceu o conhecimento da <liveisidade &unfsrica
- no rerrobalhamcnto dos scdimcncos. por dos-
não representada por fósseis eorporois, como no caso
uuiçõo e criaç3o de texturas e cscrurums se..
das fauoas pré-ambrianas, onde •P'•tceem icnitos
dimcnt:trcs;
O•'Oidcs ou sinuosos de cstrutu111 seriada e com Jl<I·
no c:onsolid•çilo dos scdimenros: driles meandrantes. Outro exemplo inceremntc silo
nas interpretações paleoambicntais e pa· ., imprCS5ÕCS dos "dedos" (cxm:mi<lndcs dos apen.
leoecológicas: dices locomororcs) de uilobiras, que nlosc fossili7.am.
- na dccerminnçllo das idades. fornecendo detalhes sobre a morfologi• deste grupo
(Crimes, 1~; Frcy, 1975).
Numa sucessão de rochas considera.dllS como
do Silurodevoniano na Bacia do Anuipe (Formaç:lo
Carírl) fomm identificadas pegadas de dinossauros. Mas 6 bem provh•cl que a maior conuibuiç-lo
Tal rcgisuo icnológlc:o possibilitou a atribuiçllo de dos ienof6sscis li paleontologia seja fornecer uma evi- D
uma noYll i<bde paru formação. scndoenlllo referi-
da •o Crccãcco (Carvalho tt ofii, 1995).
dencia dircro a respeito do c:omporramcnco de formas
extinc.as.
....

....•.......
.' .. •

..
.' '
____ :;....__....
. .-
.......'
Figura 12.25 lcnofóssels.: (A) Al8nicolites i sp.. lormações Rio Bonito/Palarmo. MES-047. (B) ArthrophyctJs
al/eghanlensis. Grupo Trombetas, MN 7366-1. (C) Asteriacites isp., Formação tnajâ, DG·CTG·UFPE 2692. (0) Bifungites
c1tJCllorm/s, Formação Longâ, OG·CTG·UFPE 2662 (holólipo). (E) 8/fung/tes parenaensis. Formação Ponta Grossa,
MN 5S2().I (holótipo). (F) Cruzlone lsp., Formação Pimenteira, OOM 6199-1. (G) Gyrolithes lsp., Formaçio Pirabas, MN
Figura 12.24 O conhecimento da dlversldado da launa dlnossauriana do Sousa (PB) somonle foi possfvel com
o estudo de sua ienocenose. demonstrando que os saurópodes deSlocavam·se em manaelas (Carvalho, 1989). 5443-1. (OOM - Museu de Ciências ela TerTa/ONPM: OG-CTG·UFPE -Oeparlamento de Geoiogla/\JFPE; MES -Museu
de Estruturas Sedimentams/UNISINOS; MN - Museu Nacional/UFRJ).
220 Paleontologia Capítulo 12 - lcnofósseis 221

B. Sedimentologia e Estratigrafia lndicndore.'! de corrente

Os proc:c5'l05 g.:mis de deposição. cl0&1o, e1r:•<:Cc· Alguns icnoíósscis podem ser uriliiado» como
rísticas de com:ntc:s e consiscê-.nci:i de 5ubscraro são dados indicadores relativo~ da dirc:ção e forç:a de <:orrcntc$.
<luc podem ser inícridos a panir dos icnoíósscis. As infor· Es01 rcla~-ão ~ demonstrada pela evidência direta de
rn3ÇQe$ wim obtidas me)Stram·SC de extrema imponin- ic11it0s em forma de crescente e/ou por evidencias in-
cfa para a rcc::onstruÇ\10 d0$ ambicnt•-S de posicionai$. dirc01s onde pistos e traços mostram intcrtUpçllo ou
deílcxilo do animal. ou quando hi o preenchimento de
A biorurbação escavações abandonadas por grãos de 111111unho m:lior
do que o do scdimenro onde a cscowção se dc.scnvol·
/\ partir do momcnro em que o sedimento é de- veu. A presença de cscaY11ções de orgimismos foltr:mtes
positado. na maioria dos casos esci sujeit0 a um rermlxl- indica algum tipo de movimcnco da água, pois é ne·
lhamcnro biogCnico. Dependendo do eonrcxro gcol<>- cessãrio suprir estes organismos c-0m nutrientes.
gieo, o registro irá consistir principalmente e m csuuru·
r11s $tdin1cnmres O'.sicas e/ou biugênic:lS do acordo com
"-'respostas rcouópicis dc cem,. <><g;1nismos bcn·
tônicos podem produzir um alinhamento de escavações
•energia Rsica. t1lX• de scdimcntllÇilO, dcnsidodc, ad11p-
ou aberturas de rubos.. sifõcs e uaços superficiais.
laçõcs e variedade dos organismos.

Condições deposicionais Consistência do substrato

Numo dcposiçilo contínuo com baixo mxa de No estudo das sequencias sedimentares, pode·
scdioncniaç3o há um eomplero re1111bolhamcnto dos sc- se cscinulr n consistência rcl3tivs dos sedimentos no
dimcnros. com o dcstrnição do ccxrura e de cscrururas t.cmpo em que os or~anismos viviam. através dii obscr·
primárias. O grau de biotutb2çilo rel>ciona·sc bem mais vaçilo da diversidade e condições de prcserv11ção dos
com o tempo viável para a atividttde biogênica por uni- icnofóSscis.
dade acumulada de sedimento, do que com a dcnsida· C.Omo funÇãO do tamanho dos grdos. conteúdo or-
de de organismos (figurJ 12.27). gAnico dos scdimcm~ compactação do fundo e mxa

Figure 12.28 lcnolóssels. (A) Lockela lsp., FormaçAo Ponla Grossa. UFRJ·OG 003-lc. (8) Lophocteníum lsp.,
FonnaçAo lnajá, OG.CTG·UFPE 2551. (C) N80$ko/itho$ p/co58<1Sls, Formação Pimontelra, OGM 4923-1 (holótlpo). (O)
Palaeophycus lubularis, Formação Pinl"'1teira, OG.CTG·UFPE 5667. (E) Planolites beverleyensis, Formação Pimen·
telra, OG·CTG-UFPE 5662. (F) Rusophyeus lsp., Fonnação Ponta Grossa, UFRJ-OG 039-lc. (G) Scolicla lsp., Fonnação
Pimenteira, OG·CTG.UFPE 5661 . (H) Spirophyton isp.• Grupo Trombelas, MN 221·Pb. (OG·CTG·UFPE - Oep!lltamen·
to de Geologia/UFPE; OGM - Museu de Cl6ncia$ da Terra/ONPM; MN - Museu NacionaUUFRJ; UFRJ-OG - Departa- Figura 12.27 A ação bioturbadora dos organismos pode conduzir à destruição das estruturas sedimentares
mento de Geologia/UFRJ). primá.rias (Meto. 1985).
222 Paleontologia Capílulo 12- lcoofósseis 223

de sedimentação, a discribuiçilodos organismos bcntõniais


é fonemcntc ronaolada pelo natureza do substrato.
A durcza dossedirncntosdo fundo(mcdida romo
cocs3o ou concc:údo d'água) pode v:lrlar desde o mote-
rial já litificado u1é lama ric• cm matéria organíca. Ar-
gilas nilo com.pacrndas são focilmcme suspensas por
correntes ac1uosas. sendo c:srcs fundos insmvcis ocupa:~
dos por infauna scdiment6faga. Pode-se inferir <1ue as
csaava9l)cs foram feiras em argilas compa<..tadas. quan·
do ocorre a preservação de estruturas delicadas, pois é
nccess:ãria cena con.si.scência do sub.su·ato.
O estado inicial de s:acuração cm água dos sedi..
mcmos tarnbc!m pode ser apreciado por estrurnr.. de
deformação associadH (figura 12.28). Organismos m<>-
vcnd<>-sc acravés de um sedimento nilo compactlldo, A
com alta quantidade d'água (> 50%) produz primaria·
mente uma csrrumra de deformação g111nde oo redor
dns escavações (figura 12.29). Em contraposição. um
organismo escavando num fundo firme, com baixo oon· Figura 12.29 SObstralo pouco coeso sendo bloturbado por um lriloblla, gerando revoMmenlo de uma ampla
teúdo d'dgua (< 50%), deforma plasucamente o fundo, tlrea de sedimento ao SéU radot (Melo, 1985).
deixando cada cscivaç~o circundada por uma pequena
zona de dcforrnaçno. Em sedimentos muico duros ou
e Concentração de oxigênio rurbidlrica) e Ntrtius (Mna cw bidltica). Assim," oc:or-
litilicodos, ororrc a pcrfurnção, que pode se processar
Hlncia de membrM camctcrlsti<'OS da comunidade pode
qufnliea ou mccunicamcnrc. FlgW'll 12.28 O eslado de presorvação das pega· A ooneemnt~io de oxigenio dissolvido na 4gua ser utilizada puu Inferir o nlvel paleobatlmétrieo. /\J
das fósseis depende da oonsistêncla Inicial do aubstlalo 1cndeadiminuircomoaumemodcprofundidade. Atual- c:uJ.sas deste zoneamento b:1tim~uico csmriam a.ssociu""
Na fo• do Rio Amazonas, onde a """' de se- onde o animal caminhava, deformando o sedimento. (A) mente os invcncbmdos que po.ssucrn oondU1Scnoonrram-
das aos recursos olinlcncares diiiponfvcis. à csrrabilida-.
dimcntaçlo ~ muito c lcv.ida. ocorrem sedimenws Autcpódio de 1111 te<ópode_ (B) Pegada produzida e a de- sc cm 4g1>1.< COOltciras bem uxi{,"""'da!<, onde o nfvcl de do fisica do substr:1to e à conocnmçio de oxigênio.
argilosos Ouídl)S e plllstWos. Naqueles rom um alto formação do SUbStralO (Catvallo, 1989). oxigênioexccdc 1ml..IL. ComollUmcotodu proíundida·
conteúdo de água as atividades dos organismos nlo de. quando o nlvcl de oxigênio é abaixo de 1 ml./I. , hJ
uma sensível modificiçãCl no hcnco: diminuem os Bs1ratigrafin de sequl!ncius
sJo prestrvadas e, nos plbiicos, onde M maior
cocslo do sedimento. preservam-se t ubos de Ouira forma na qual os organismos podem ínn,rrcbradns fl'll'S\lidores de oonchM e hS n prcdomlnio Scgurulo Pcrc:lr" tt ofii (2007). • malorfo dos cr
ser responsáveis por conccncraçõcs de um tama· Jc c:lidtlfourUI oeílrrrn:n!ÓÍlli;ll- Q... ndo• 001Ktl1"11Ç"lo IJc: cudot que: cnvol\·cm um11 can!llitc ln tep.radli cnuc ct
poliqucras, cscaVllçflc$ de biválvios, cl'llstllecos e
nho particu lar de sedimento ou composição, é quan- OJO~~infcnoroO.I mlJI~ • maioria doo mC1a1.odnot 1cnologi.sa e :a cs1wig.mfi11. de .scqu!ncia.s uulilaJC. dos
alcvinos de peixes. O enterramento desses orga-
do cons troem suas escavações com partfculas L1.,..1»rca:. Pmlc->e cml4o tonW' dte m1"1cln plll• 1e- icnoÍÓSSClJ nn idcntilicoçSo das JUJ1CrflctcS es1.ou1grfli-
nismos no substrato é uma forma de proteção às
selecionadas e/ou ;ncorpo1am detritos exóticos ao ll.ÍOO Mtr.im " profundu dos man:>. cu que ou111cu:n~tn e 1.Wivid111liu1n unu.t Jcqui!noiu
ÍOl'!C$ ooctentcs e às variações de salinidade do meio
sedimento. O rcgiotro rcsultontc deste hábito alí- Exr.stc ""mb6m uma tc:n~nci1 de hl\'\1' unu di· dcJIOilicmnal nu no tlc .. lllllmcnto f~c:10MglC<1. f1C1r meio
(Cruvalho & Fernandes, 1991).
mcnrar podem ser conccnm1çilcs loeajs de diferen- m1nuiçi\o no comprimento e largun do!f icn1to, d• an«Juc icnof.iciol~ica.
tes tipos de partícu las. vcnnííotmC1Otnno1111,n:cntu J~ prorunJidadc:. v Que: Ot lcooíónc:is tombem podem ter u<ili>,adoJ
Seleção do sedimento pode ser in1c:rp""'1do oomo urno rcloção dirctll com • """'º bon. c!cmon<OS n1> rownl1camc.nto de Ju;>Crllcícs
qWlntldi!dc de wdplo dls:toMdo Dll igua.. csttatlglllficas, -u qu•is s.\o (uodamentals po111 o eslll~
A atividade de csc:tvaçilo dos organismos pode Snlinidodc e tcmpcrnturo lcc:lmcn111tk llmit<:S de >cquenolrt>, cm dpccM b du~
ser rcsponsá\rel poruma seleção dos grilos. Animais que
Dotl1Mtria 1i11Q1 1e Z, e de Jl311U""JUencia.. ()j limha de >cquenci•
ingerem sedimentos para. rc-cirada da matéria orglnica, As respostas c.~mportamentais dos organismos
gcralmcme rcflctctn • CXJ1<1'ilçllo ~ulia.!rCD d1111nte o
ao passá·lo.s por seu sistema digcs:âvo, transponam e escavadores sio simil:.ircs para os gradientes de Um pequeno n6mcro de IWOC!llç&s de icnofó,_ troto de ltW' bolXll, rctmbilbadas pomuiormcntc pot
redepositam gr-;nde quanúdade de material. Apesar de salinidade e temperatura. Em zonas intcrrnarés, lagoas <CIL C::UULttrbtltW de dctcrmln•d"-' pro1'11ndld:ul01 re• s.upcrRc:l~ c:cotiw1 dunuttc t'l tmnJ.g.rtil!(ll e cntlo
esses orgaoismos nilo selecionarem o marcrial que in· nisas, estu,ríos e plataformas deltoicas, ocom:m varia· oor1em mnav& do l' lll'lerowíc:u. Euu c:umunidid~ süu bioiurbadu. J• nos limites de pamscquAnciJls, • iw1-
gerem. h:i uma limiroçilo cm rclaçto ao rarnanho dos çõcs extremas de tcmpe,Jiura e salinidade. A infauna é n=cadai por um 1cnMclssil cat11c1c1lsuco em ordem onwm jCJlllJÓpCD Clt4 condit:t0nado A COC~ll elo nlCU),
gtios, sendo forçados a rejcimem •• partículas mui<O muito comum ncs-tcs tipos de 2_mbicntcs. pois a cscavn· crescente do aumcnro de profundlll•dc: Glwif•ngltl e cnmo l o o•o de cvc:nu)'I de tc:mp~llldc que cnndu·
grandes. Ocorre cnlâo uma gradação no acamamento, ção constitui um refúgio p:ID a alta variabilidade tisica Sltllitit111 (1;0111 limnal), r.r.-u;,,,,, (wn• limr•l l ~on• 1<1m a uma posterior OC1IJ10çlo oporrunim du esp~cics
em geral localmente. e química da supc:rficiesedimcnrar. ncri1íca). 7.liop/;J<os (.tOllll nc:rllico AWllll de dcJlOJiçãO que Cl!Qp;am do 110tc:rromcmo ( ctto, 2001 ).
224 Paleontologia Capítulo 12 - lcnofósseis 225

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:. ..
..,.
~

:
,..... • C Ht / l l)A •
- .....n;...
;,~nOJll\l~11C)
,,,,,.r1-fti,..
CrcrnooouJ. Aliais do Arodt111ia Bmsiltiro d1 Cilll<ios,
72(2): 187-193.
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+
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