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Documento 1
1851 1911
Países População População População População
total urbana (%) total urbana (%)
Reino Unido 27 900 000 52 45 000 000 78,1
França 35 700 000 25,5 41 100 000 44,2
Rússia 55 000 000 7,8 141 000 000 19,6
Estados Unidos 17 000 000 10,8 150 600 000 45,7
1. Indique, na folha de respostas, qual a alínea com a afirmação mais correta em relação aos
fatores que estiveram na origem do rápido crescimento urbano:
2. Exponha dois motivos que estiveram na origem da emigração europeia para os Estados
Unidos da América a partir da segunda metade do século XIX.
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Documento 3 – Andrew Carnegie (1835-1919), um self-made man
Andrew Carnegie nasceu em Dumferline na Escócia, veio para os Estados Unidos num
barco de emigrantes, foi empregado na bobinagem de uma fiação e nas caldeiras, foi
carregador de despachos em Filadélfia, aprendeu o código Morse, tornou-se telegrafista
militar durante a Guerra Civil e foi sempre amealhando o seu pé de meia; desde que tivesse
um dólar punha-o a render. Andrew Carnegie comprou ações da Adams Express e da Pullman
quando estavam baratas. Tinha confiança nos caminhos de ferro, nas comunicações, nos
transportes, no ferro. […] Apostava no petróleo, apostava no aço. Economizou sempre; assim
que atingia um milhão de dólares, punha-o a render.
(John dos Passos, escritor norte-americano, (1896-1970), Paralelo 42.º, 1930)
A sua resposta deve abordar, pela ordem que entender, dois aspetos de cada um dos
seguintes tópicos:
A condição burguesa: valores e comportamentos.
O incremento das classes médias.
A condição operária: salários e modos de vida.
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4. Associe cada uma das expressões da coluna A às frases correspondentes que constam na
coluna B. Escreva, na folha de respostas, apenas as letras e os números correspondentes.
Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
(A) Associativismo. (1) Corrente ideológica que defende reformas económicas e sociais, rejeitando
o uso da violência, a criação de cooperativas de produção e de consumo e a
(B) Sindicatos. entrega dos assuntos do Estado a uma elite esclarecida, que governaria de
forma a proporcionar uma maior justiça social.
(C) Cooperativas.
(2) Associação de trabalhadores para defesa dos seus interesses profissionais,
lutando por melhores salários e condições de trabalho, recorrendo, se
necessário, à greve para pressionar a entidade patronal.
Documento 7
A História de toda a sociedade até aos nossos dias não é mais do que a História da luta
de classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor e servo, mestre de corporação e
companheiro, numa palavra, opressores e oprimidos, em constante oposição, têm vivido numa
guerra ininterrupta. […] A sociedade burguesa moderna divide-se em duas classes
diametralmente opostas: a burguesia e o proletariado […].
À medida que a burguesia, isto é, o capital, cresce, desenvolve-se também o
proletariado, a classe dos operários modernos […]. Estes operários são obrigados a venderem-
se em cada dia que passa tal como uma mercadoria e, como qualquer outro artigo de
comércio, estão, consequentemente, expostos a todas as vicissitudes da concorrência, a todas
as flutuações do mercado. […]
Os proletários nada têm de próprio, nada têm a perder, e a sua missão é a de destruir
todas as anteriores garantias de propriedade privada […]. O proletariado servir-se-á da
supremacia política para retirar a pouco e pouco todo o capital à burguesia, para centralizar
todos os instrumentos de produção nas mãos do Estado, quer dizer, no proletariado
organizado em classe dominante […]. [Os comunistas] proclamam abertamente que os seus
fins só poderão ser atingidos pela transformação violenta de toda a ordem social […]. Que as
classes dirigentes tremam à ideia de uma revolução comunista. Os proletários não têm nada a
perder, senão as cadeias. Têm um mundo a ganhar. Proletários de todos os países, uni-vos.
(Karl Marx e Friedrich Engels, Manifesto do Partido Comunista, 1848)
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Documento 8
Tenho a honra de submeter respeitosamente à votação desta assembleia uma petição
assinada por 3.315.752 pessoas das classes trabalhadoras deste país. Os cidadãos do Reino
Unido abaixo assinados, exigem:
- Um governo estabelecido para benefício e proteção de todos e ao qual todos têm o
dever de obedecer e apoiar, pelo que se conclui que todos deveriam aí ser representados […].
Até aqui a nossa venerável assembleia não tem sido eleita pelo povo, representando apenas
pequenos grupos agindo em benefício de uma minoria sem ter em conta as misérias, injustiças
e reclamações da maioria […]. A população da Grã-Bretanha e da Irlanda conta hoje cerca de
26 milhões de habitantes, e deste número apenas um pouco mais de 900.000 teve direito de
voto na última eleição de deputados […].
(Thomas Duncombe, Petição à Câmara dos Comuns, 1842)
Documento 9
Pelo facto de se pagar imposto, tem-se o direito de participar no estabelecimento do
imposto. Sendo tributável, deve ser-se eleitor. Os direitos, as funções largamente
recompensadas pertencem apenas aos homens. A mulher encontra-se ainda
discricionariamente sujeita ao imposto e à corveia, uma vez que, participando no ónus
ordinário, não é consultada para as disposições comuns. Recusais o voto às mulheres sob o
pretexto de que elas votariam pelos padres e jesuítas – o que não está demonstrado – e não
temeis que os padres e os jesuítas possam votar. Então não imaginais que os padres e os
jesuítas votam neles próprios?
Republicanos, que vos julgais radicais, socialistas, que negais o direito político da
mulher; vós sois autocratas, vós negais a liberdade, vós negais a igualdade. Pensais poder
estabelecer seriamente um governo republicano conservando escravas que tornarão a França
um país continuamente em estado de fermentação?
(Hubertine Auclert (1848-1914), militante feminista francesa, 1878)
7. Partindo do documento 9, exponha dois motivos que levavam as forças políticas, tanto as
mais tradicionalistas como as mais progressistas, a negar o direito de voto às mulheres.
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Documento 10
Os eslavos da Bósnia e os da Sérvia, que lutam ao mesmo tempo e pela mesma causa
contra a vontade de domínio de Viena [de Áustria], tomaram consciência, mais do que nunca,
da sua solidariedade. A ideia de uma união dos povos jugoslavos [ou eslavos do Sul] fez
progressos nos espíritos.
[…] Os eslavos da Bósnia não pretendem ter escapado ao domínio dos Turcos para cair
sob o dos Austríacos. Eles reivindicam o seu direito à liberdade.
(Artigo publicado em Revue des Deux Mondes, 1906)
8. O documento 10 refere-se…
Documento 11
As colónias representam, para os países ricos, um investimento vantajoso de capitais.
Mas, Senhores, há um outro lado mais importante nesta questão, que domina aquilo em que
acabo de falar. A questão colonial é, para países dependentes da exportação colonial, como o
nosso, uma questão de mercados. […] No tempo em que estamos e na crise que atravessam
todas as indústrias europeias, a fundação de uma colónia é a criação de um mercado. […]
Senhores, há um segundo ponto, que eu devo igualmente abordar: é o lado humanitário e
civilizador da questão. […] É preciso dizer abertamente que as raças superiores têm […] o dever
de civilizar as raças inferiores.
(Jules Ferry, político republicano francês, Discurso na Câmara dos Deputados, em 28 de julho
de 1885)
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Documento 12 – A Conferência de Berlim, 1884-1885 (cartoon)
Cotações
Questão Cotação Questão Cotação
1. 6 6. 6
2. 30 7. 30
3. 50 8. 6
4. 6 9. 30
5. 30 10. 6
Total 200