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Tecnologia da Construção Civil - I

Fundações

Roberto dos Santos Monteiro


 Esses elementos tem por finalidade
distribuir os esforços estruturais para o
terreno (solo), dando assim estabilidade a
obra.
 A NBR 6122 fixa as condições básicas a
serem observadas no projeto e execução
de fundações de edifícios, pontes e
demais estruturas.

Fundações
Roberto dos Santos Monteiro
 As fundações podem ser classificadas em
dois grupos:
◦ Fundações superficiais;
◦ Fundações profundas.

Fundações
Roberto dos Santos Monteiro
 Segundo a NBR 6122 define fundações
superficiais como elementos de fundação em
que a carga é transmitida ao terreno,
predominantemente pelas pressões
distribuídas sob a base da fundação, e em
que a profundidade de assentamento em
relação ao terreno adjacente é inferior a duas
vezes a menor dimensão da fundação.
 Incluem-se neste tipo de fundação as
sapatas, os blocos, os radier, as sapatas
associadas, as vigas de fundação e as
sapatas corridas.

Fundações superficiais
Roberto dos Santos Monteiro
Fundações superficiais
Roberto dos Santos Monteiro
 Elemento de fundação superficial de
concreto armado, dimensionado de modo
que as tensões de tração nele produzidas
não sejam resistidas pelo concreto, mas
sim pelo emprego da armadura. Pode
possuir espessura constante ou variável,
sendo sua base em planta normalmente
quadrada, retangular ou trapezoidal.
 Devemos sempre obedecer os projetos
previamente calculados por especialistas.

Sapatas isoladas
Roberto dos Santos Monteiro
 As sapatas isoladas.

Sapatas isoladas
Roberto dos Santos Monteiro
 As sapatas isoladas.

Sapatas isoladas
Roberto dos Santos Monteiro
 São sapata sujeita à ação de uma carga
distribuída linearmente.
 Devemos sempre obedecer os projetos
previamente calculados por especialistas.

Sapata corrida
Roberto dos Santos Monteiro
 Elemento de fundação superficial de
concreto, dimensionado de modo que as
tensões de tração nele produzidas possam
ser resistidas pelo concreto, sem necessidade
de armadura.
 Podem possuir suas faces verticais, inclinadas
ou escalonadas e apresentar normalmente
em planta seção quadrada ou retangular.
 Esses elementos são utilizados em
construção de muros e sob pilares de
pequenas dimensões.

Blocos
Roberto dos Santos Monteiro
Blocos
Roberto dos Santos Monteiro
 Diferente do que muita gente conhece o radier
nada mais é do que uma laje sobre o solo com a
finalidade de receber todos os pilares de uma
obra ou os carregamentos da edificação, em
terrenos com pouca resistência de suporte.
 Muito utilizado em construção de tanques, silos,
casas populares de pequenos esforços, depósitos
e etc...
 Essas lajes possuem armaduras duplas nas duas
direções e os pilares são distribuídos de forma
que todos os esforços sejam distribuídos
uniformemente.

Radier
Roberto dos Santos Monteiro
Radier
Roberto dos Santos Monteiro
Radier
Roberto dos Santos Monteiro
Radier
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 São vigas com formato retangular,
trapezoidal, quadrado, nas quais são
assentados num mesmo alinhamento os
pilares da estrutura.
 Essas vigas normalmente são assentadas
sobre estacas de concreto ou
simplesmente apoiadas no solo de acordo
com o carregamento e/ou tipo de solo.
 Recebem armaduras de acordo com a
necessidade.

Vigas de fundação ou Baldrame


Roberto dos Santos Monteiro
Vigas de fundação ou Baldrame
Roberto dos Santos Monteiro
Vigas de fundação ou Baldrame
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 As fundações simples são bem aceitas e é
usual em obras de pequeno porte,
principalmente as residenciais populares com
pouco carregamento e muros de pequenas
alturas, e para solos bem resistentes.
 A fundação direta é constituída de viga
baldrame de pequena altura, normalmente
varia de 20 a 30 cm, com uma armação
simples dotada de estribos, sobre a qual é
assentada uma alvenaria de embasamento.

Fundação simples
Roberto dos Santos Monteiro
Fundação simples
Roberto dos Santos Monteiro
 Como o próprio nome sugere, essas
fundações vão buscar apoio em solos
profundos, também chamadas de fundações
indiretas.
 Elemento de fundação que transmite a carga
ao terreno pela base (resistência de ponta),
por sua superfície lateral (resistência de
fuste) ou por uma combinação das duas, e
que está assente em profundidade superior
ao dobro de sua menor dimensão em planta,
e no mínimo 3 m, salvo justificativa.

Fundações profundas
Roberto dos Santos Monteiro
 Neste tipo de fundação incluem-se as
estacas, os tubulões e os caixões.
 São utilizadas em obras consideradas
muitas vezes especiais, pois requerem
meios de execução específicos e ensaios
de solos muito rígido.

Fundações profundas
Roberto dos Santos Monteiro
 São utilizadas em obras consideradas muitas
vezes especiais, pois requerem meios de
execução específicos e ensaios de solos muito
rígido.
 Neste tipo de fundação incluem-se:
◦ Estacas de concreto pré-moldadas;
◦ Estacas – concreto, metal e madeira;
◦ Estacas do tipo Franki;
◦ Estacas do tipo Strauss;
◦ Estaca "hélice contínua";
◦ Tubulão.

Fundações profundas
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 São elementos estruturais pré-moldados em
formato de “pilares”, cravados no solo por
meio de percursão, através de equipamentos
chamados de bate-estacas.
 Os elementos estruturais pré-moldados em
formatos de pilares normalmente possuem
seção quadrada variando de 25 a 40 cm e
comprimento de até 15m.
 Esse processo consiste em um martelamento
da estaca por intermédio de um peso, até
atingir a profundidade projetada pelo
calculista. É um dos tipos mais utilizados.

Estacas pré-moldadas
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 Quando o terreno é muito duro, são
utilizados pontas metálicas para facilitar a
penetração no solo e proteger a estaca,
em terrenos pouco consistente, essa
ponta metálica é dispensada.
 Durante a cravação da estaca, a cabeça é
devidamente protegida contra o
“esmigalhamento” ou rompimento. Caso
aconteça, é necessário refazê-la.

Estacas pré-moldadas
Roberto dos Santos Monteiro
Estacas pré-moldadas
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 São utilizadas em obras de pouca solicitação e
em regiões onde possuem abundância de
madeira de lei.
 A extração dessas madeiras de lei devem está
em conformidade com a legislação ambiental.
 O processo de cravamento das estacas de
madeira é de modo semelhante ao de concreto,
onde devemos observar certos aspectos, como o
diâmetro mínimo da ponta e do topo que são
15cm e 25 cm respectivamente, o comprimento
pode atingir a 8m e o topo da estaca deve estar
devidamente protegido durante a escavação.

Estacas de Madeira
Roberto dos Santos Monteiro
Estacas de Madeira
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 Estacas semelhante a de concreto, por isso
recebem o mesmo procedimento de cravação no
solo, com a vantagem de atingirem grandes
profundidades pelo simples fato de as emendas
poderem ser executadas de maneira segura.
 São utilizados normalmente os perfis I ou trilhos,
protegidos com pinturas especiais ou
encamisamento de concreto em terrenos
agressivos quimicamente.
 As emendas são realizadas através de soldas ou
parafusos, onde a solda deve ser compatível com
o aço.

Estacas Metálicas
Roberto dos Santos Monteiro
Estacas Metálicas
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 A estaca Strauss é executada utilizando
equipamento mecanizado composto por um
tripé, guincho, soquete (pilão) e a sonda (balde).
 O processo iniciar-se com a abertura do solo
através do soquete, que logo após é colocado um
tubo de molde do mesmo diâmetro da estaca,
onde o soquete é substituído por uma sonda com
porta e janela a fim de remover o solo em estado
de lama até atingir a profundidade desejável e
preenche de concreto em trechos de 0,5 a 1,0 m
que é socado pelo pilão à medida que se vai
extraindo o molde formando o bulbo.

Estacas Strauss
Roberto dos Santos Monteiro
Estacas Strauss
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 A estaca Franki é colocada posicionando um tubo
de aço (molde), tendo no seu interior junto à
ponta, um tampão de concreto seco, esse
tampão é socado por meio de um soquete de até
4t, onde ele vai abrindo caminho no terreno
devido ao forte atrito entre o concreto seco e o
tubo e o mesmo é arrastado para dentro do solo.
 Após essa operação desce-se a armadura e
concreta-se a estaca em pequenos trechos sendo
os mesmos fortemente, apiloados ao mesmo
tempo em que se retira o tubo de molde.

Estacas Franki
Roberto dos Santos Monteiro
Estacas Franki
Roberto dos Santos Monteiro
 Fundação profunda que consiste na simples
escavação de um “poço”, por meio mecânico ou
manual, com diâmetros que podem variar a
partir de 60 cm e profundidade que podem ser
superiores a 10m.
 Atingida a cota de projeto e/ou solo resistente, e
ainda em função da necessidade de maior
distribuição de cargas no solo, a escavação pode
ter sua base alargada.
 Uma técnica cada vez mais utilizada inclui
perfuratrizes acopladas em veículos especiais,
evitando a utilização de mão de obra para a
abertura do fuste.

Tubulão
Roberto dos Santos Monteiro
 Quanto a escavação, com relação ao solo,
devemos executar ou não o encamisamento do
fuste, dependendo se o mesmo é coesivo ou não.
 O ecamisamento consiste em colocação de
tubulações de concreto ou de aço que descem na
escavação á medida que os trabalhos avançam.
 Conferir o prumo do fuste durante a escavação,
não executar a escavação em dias de chuvas,
interromper as escavação imediatamente ao sinal
de alguma suspeita de desmoronamento.

Tubulões a céu aberto


Roberto dos Santos Monteiro
 Consiste num sistema composto de
campânula e injeção de ar na escavação para
expulsar a água presente no solos.
 Essa técnica é muito perigosa para a saúde
do trabalhador por estar sujeito a variação de
pressão, por isso deve ser executada com
muito rigor e segurança.
 Todo esse trabalho deve ser executado
somente por profissionais habilitados e
treinados.
 Trabalho esse regulamentado pela RN nº 15
do Ministério do Trabalho.

Tubulões a ar comprimido
Roberto dos Santos Monteiro
Tubulões a ar comprimido
Roberto dos Santos Monteiro
Obrigado
Roberto dos Santos Monteiro
“Seja o melhor que puder,
trabalhe duro e com
dignidade, seja diferente
ao fazer pequenas coisas”

Roberto dos Santos Monteiro

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