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Curso de Pós-Graduação

Especialização em Administração em Segurança Pública Ênfase na Atividade Bombeiro Militar


Disciplina: Panorama e Tendências na Administração Pública
Professora: Paula Chies Schommer
Aluno: Capitão BM Diogo Vieira Fernandes

Atividade

Descreva um exemplo/cena/situação no seu cotidiano de trabalho que expresse as


capacidades e competências requeridas para que o servidor público responda aos desafios
contemporâneos.

Para contextualizar e facilitar a compreensão da questão, irei discorrer sobre a adoção


do Sistema de Gestão de Processos Eletrônicos – SGPe junto ao Gabinete do Comando-Geral do
CBMSC, onde a partir do ano de 2019 passei a atuar como gestor da implementação integral do
referido sistema na Corporação.
Apesar de ter sua adoção junto ao Governo do Estado de SC por volta do ano de 2010,
sua obrigatoriedade foi instituída no ano de 2019. Como forma de possibilitar maior transparência e
celeridade dos processos públicos, o SGPe possibilitou à Administração Pública um melhor serviço
prestado à população. Além do já citado, o sistema se mostrou como ferramenta importantíssima no
período de Pandemia, pois possibilitou que processos fossem tramitados sem que houvesse
necessidade de interação física dos participantes, mantendo o isolamento social e permitiu também
uma melhor e maior fiscalização dos agentes públicos durante período de dúvidas e incertezas.
Junto ao Gabinete do Comando-Geral da Corporação, a adoção do SGPe foi
fundamental na implementação de melhores práticas e em um melhor controle e gerenciamento de
processos internos. Além disso, o sistema veio ao encontro das políticas de comando, onde uma das
metas era dar uniformidade a certas rotinas de trabalho, através dos procedimentos administrativos
padronizados.
A transparência nos serviços públicos sempre foi questão de muitos debates, pois num
passado recente, onde processos impressos eram levados de um setor para outro, sendo tramitados
em meio físico, estavam muito suscetíveis a ações obscuras ou mal intencionados de agentes, que
por vezes agiam protegidos por uma falsa sensação de onipotência, no intuito de emperrar
processos, ou agindo de forma desonesta com objetivo de alcançar interesses pessoais, pois as
formas de controle externo eram arcaicas e, por vezes, até inexistentes.
Apesar das muitas vantagens obtidas com este novo sistema de controle de processos,
surgiram também novos desafios, alguns deles de ordem técnica, como por exemplo a necessidade
de capacitar todo um efetivo, que não estava acostumado a estar completamente dependente do
digital, a abandonar de forma abrupta e definitiva o meio físico para realização de diversos
procedimentos, mas também desafios de ordem ética e moral, onde questões que até então eram de
conhecimento somente do público interno e estavam restritas aos limites da instituição, passaram a
ser de domínio de toda sociedade.
Ante o exposto, podemos perceber que cada vez mais o serviço público deve estar
voltado para a coletividade e que garantir que todos os atos públicos possam ser conhecidos,
auditados e verificados é de fundamental importância para obtenção de uma sociedade mais justa.
Onde não só a adoção de novas tecnologias se faz necessária mas também a necessidade de
constante capacitação técnica e profissional de seus agentes. Pois espera-se cada vez mais do
serviço público, um vez que a sociedade não tolera mais arcar com um elevada carga tributária e em
troca receber um serviço público de má qualidade.

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