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1. Introdução
O intuito do trabalho é separar chapas metálicas de acordo com seu material e da sua condição
aparente. Então foi elaborado um sistema que faça essa triagem utilizando quatro esteiras respon-
sáveis por deslocar a placas pela fabrica, um sensor que identifica o material da chapa, três sensores
ópticos, responsáveis por avaliar o material e a condição das chapas, e de cinco desempilhadeiras,
responsáveis por mover as chapas entre as esteiras.
3. Detalhamento
3.1. Desempilhadeira Giratória
A desempilhadeira giratória tem como finalidade pegar as placas a serem analisadas, inseri-las e
posicioná-las sobre a esteira principal (1). A Figura 2 ilustra sua funcionalidade:
Analisando a Figura 2, notamos que são necessários dois trios de ventosas que coletam alter-
nadamente as chapas metálicas. Desta forma, enquanto um conjunto de ventosas pega a chapa da
pilha a ser analisada o outro conjunto de ventosas solta a chapa previamente coletada na esteira
(1). Além disso, é necessário um cilindro de dupla ação para movimentar verticalmente as chapas,
além de um atuador de semi-rotação para fazer a rotação axial da chapa. Agora, representando a
Figura 2 como um esquemático do software Fluidsim, temos a seguinte Figura 3:
Notemos na Figura 3 que o cilindro sobe e desce no percurso entre a chave CH1 e CH2 em um
período fixo já que a massa erguida permanece contante. Então medindo com um cronômetro o
período (Tc) para o cilindro subir e descer, encontramos:
T c = 6s (1)
Determinado Tc, utilizaremos válvulas com Timer na parte de controle das ventosas e do atuador
de semi-rotação para sincronizar tanto o período de rotação (Tr) quanto o período de sucção das
chapas (Tv) pelas ventosas. Para determinar Tr e Tv, temos:
T r = T v = T c · 2 = 12s (2)
Assim, cada um dos quatro timers deve ser configurado para ser ativado depois de 6 segundos.
Desta maneira, o projeto terá a seguinte rotina de operação entre a desempilhadeira e as chapas:
pega com o primeiro trio de ventosas e solta com o segundo trio de ventosas; sobe; gira; desce;
solta com o primeiro trio de ventosas e pega com o segundo trio de ventosas; sobe; gira; desce;
solta com o segundo trio de ventosas e pega com o primeiro trio de ventosas.
Analisando a Figura 4, notamos que são necessários: um trio de ventosas para fixar a chapa; um
cilindro de dupla ação para movimentar verticalmente as chapas; e um conjunto de cilindros de
dupla ação acoplados para deslocar a chapa.
No momento em que o cilindro (7) encosta na chave S1, o sensor óptico envia o sinal binário
B1B2B3 para as válvulas que controlam o deslocamento do conjunto de três cilindros acoplados.
Caso o material identificado seja do tipo A, o sinal valerá B1B2B3=100, movimentando apenas o
primeiro pistão até a esteira (2) destinada ao material A. Caso o material identificado seja do tipo
B, o sinal valerá B1B2B3=110, movimentando dois pistões até atingir a esteira (3) destinada ao
material B. Caso o material identificado seja do tipo C, o sinal valerá B1B2B3=111, movimentando
todos os pistões até atingir a esteira (4) destinada ao material C. Com a chapa posicionada sobre
a esteira desejada mas ainda presa às ventosas, um pulso elétrico B4 é novamente enviado até o
cilindro que, ao descer até seu fim de curso, desativará o sinal B5, soltando a chapa das ventosas
na posição desejada. Com o cilindro novamente na posição da chave S1, o sinal binário valerá
B1B2B3=000, retornando o conjunto de ventosas novamente para a posição sobre a esteira (1).
4. Resultados
Imagens do passo a passo da operação das desempilhadeiras:
Fig. 7. Posição 1
Fig. 8. Posição 2
Fig. 9. Posição 3
• Quando o cilindro retorna à posição inicial, os pistões acoplados são acionados para levar a
chapa até a esteira 3
• Quando o o cilindro encosta em S2, B5 é desativado fazendo com que as ventosas soltem a
chapa
• Quando o cilindro retorna para S1, os pistões acoplados retornam para suas posições originais
• Quando o cilindro retorna à posição inicial, os pistões acoplados são acionados para levar a
chapa até a pilha defeituosa
• Quando o o cilindro encosta em S4, B5 é desativado fazendo com que as ventosas soltem a
chapa
• Quando o cilindro retorna para S3, os pistões acoplados retornam para suas posições originais
5. Conclusão
Com o propósito de resolver alguns problemas de automação de uma empresa de chapas metálicas,
como a separação de placas em bom estado das em mau estado e a separação das chapas de
acordo com o material, foram implementadas - além de soluções elétricas, como esteiras e sensores
ópticos -, também soluções pneumáticas. Dentre essas soluções pneumáticas, podemos identificar
cinco desempilhadeiras sendo uma delas com funcionamento giratório, responsável por distribuir
as chapas da pilha inicial para a primeira esteira, e quatro com funcionamento através de pistões
acoplados. Das quatro desempilhadeiras do último grupo uma possui três pistões acoplados pois
ela é a responsável por distribuir as chapas entre as esteiras de acordo com seu material indicado
pelo sensor óptico- - o número de pistões acoplados é igual a quantidade de materiais possíveis
para as chapas. Já as outras três desempilhadeiras do último grupo possuem apenas dois pistões
acoplados pois elas são responsáveis por levar as placas que estão em bom estado para uma pilha
e as que estão em mau estado para outra pilha diferente, separando assim as pilhas de acordo com
a condição de cada -, o número de pistões acoplados é igual a quantidade de pilhas de placas em
bom e mau estado. Desta forma, as placas são separadas no final de todo o processo de acordo
com seus materiais e de acordo com sua condição, resultando em seis pilhas diferentes de placas,
atingindo assim o resultado esperado de solucionar e otimizar o problema de separação de chapas
metálicas ao final da linha de montagem por meio de soluções pneumáticas.