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CT Cepac Vi 2016 10
CT Cepac Vi 2016 10
CURITIBA
2017
THALITA CRISTINA DI MASIRONI ANDRADE
CURITIBA
2017
THALITA CRISTINA DI MASIRONI ANDRADE
Orientador:
_____________________________________________
Prof. Dra. Giceli Portela Cunico de Oliveira
Departamento Acadêmico de Arquitetura e Urbanismo, UTFPR – Câmpus Curitiba.
Banca:
_____________________________________________
Prof. Dr. José Alberto Cerri
Departamento Acadêmico de Construção Civil, UTFPR – Câmpus Curitiba
_____________________________________________
Prof. Dr. Luís Salvador Petrucci Gnoato
Arquitetura e Urbanismo, PUCPR – Câmpus Curitiba
CURITIBA
2017
A Folha de Aprovação assinada encontra-se na Coordenação do Curso
AGRADECIMENTOS
This work presents a case study of a restoration and enlargement done at the Justice
Palace of Paraná between 2014 and 2016, located in Curitiba city. Presents the most
significant points in order to understand the historic context of the edification and
introduces the main subjects that involve the case study, focusing on Restoration
correlated to the Constructions Pathology. Finally shows the performed activities and
the closure for each one of them, emphasizing how open can be the hall of possible
solutions.
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 16
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................ 16
1.2 OBJETIVOS ...................................................................................................... 17
1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................ 17
1.2.2 Objetivo Específico ......................................................................................... 17
1.3 JUSTIFICATIVAS .............................................................................................. 17
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 19
2.1 O PATRIMÔNIO CULTURAL ............................................................................ 19
2.1.1 Patrimônios de Curitiba .................................................................................. 20
2.2 O PRINCÍPIO DA ARQUITETURA EM CURITIBA ........................................... 21
2.3 O PALÁCIO DA JUSTIÇA DO PARANÁ ........................................................... 29
2.3.1 História ........................................................................................................... 29
2.3.2 Inscrição no Livro Tombo ............................................................................... 34
2.4 PATOLOGIAS E OUTRAS DEFINIÇÕES ......................................................... 36
2.4.1 Sustentabilidade ............................................................................................. 36
2.4.2 Nanotecnologia .............................................................................................. 37
2.4.3 Mapa de Danos .............................................................................................. 37
2.4.4 Manual de Manutenção .................................................................................. 38
3 METODOLOGIA .................................................................................................. 39
3.1 COLETA DE DADOS ........................................................................................ 39
3.2 O RESTAURO .................................................................................................. 39
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................ 44
4.1 REVESTIMENTOS EXTERNOS ....................................................................... 44
4.1.1 Fachadas com Pastilhas ................................................................................ 45
4.1.2 Fachadas “Cegas” .......................................................................................... 67
4.1.3 Mármore Branco “Paraná” dos Pilotis ............................................................ 69
4.2 REVESTIMENTOS INTERNOS ........................................................................ 73
4.2.1 Mármore Branco “Paraná” dos Pisos e Paredes ............................................ 73
4.2.2 Revestimentos dos Banheiros ........................................................................ 82
4.2.3 Tacos de Madeira dos Pisos .......................................................................... 89
4.3 INSTALAÇÕES PREDIAIS ............................................................................... 94
4.3.1 Elevadores: Estrutura e Acabamentos ........................................................... 94
4.3.2 Pavimento Técnico: Instalações e Acabamentos ......................................... 101
4.4 MISCELÂNEAS METÁLICAS ......................................................................... 104
4.4.1 Esquadrias ................................................................................................... 104
4.4.2 Guarda-corpos ............................................................................................. 106
4.5 FECHAMENTOS ............................................................................................. 110
4.5.1 Divisões Internas .......................................................................................... 110
4.5.2 Vidros das Fachadas .................................................................................... 112
4.6 A ESTRUTURA ............................................................................................... 115
4.6.1 Pisos e Contrapisos ..................................................................................... 115
4.6.2 Passarelas Metálicas ................................................................................... 118
4.7 OUTROS ......................................................................................................... 119
4.7.1 A Capela ....................................................................................................... 119
4.7.2 Lustres .......................................................................................................... 124
4.7.3 O Subsolo ..................................................................................................... 128
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 129
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 131
1 INTRODUÇÃO
1.2 OBJETIVOS
1.3 JUSTIFICATIVAS
As edificações envelhecem com o tempo e uso, sendo que muitas delas não
são valorizadas por seu conteúdo histórico até o momento em que são destruídas.
No caso das construções mais novas, nomeadamente modernistas e pós-
modernistas, a valorização como patrimônio histórico é mais difícil por ainda não
1
GNOATO, Luís Salvador Petrucci. Projeto de Restauro e Ampliação: Palácio da Justiça: Centro
Cívico de Curitiba: Memorial Justificativo. Curitiba, PR, 2014. 2p. Documento fornecido à autora
pelo Tribunal de Justiça do Paraná.
18
representarem com clareza a definição de um marco ou movimento de uma época
mais recente. Também por esse motivo, as obras do Movimento Moderno, ainda não
foram restauradas em larga escala, faltando ciência aos profissionais de restauro
sobre as patologias que acometem esse tipo de construção e seus materiais; e
técnica para corrigi-las sem agredir a edificação como bem cultural.
No caso específico do Palácio da Justiça do Paraná, em que a inscrição no
Livro Tombo, como patrimônio histórico do Estado do Paraná, foi feita apenas em
2012 (aproximadamente cinco décadas depois de sua construção), foi possível
observar as marcas de reformas anteriores ao restauro de 2014, feitas sem dar a
devida atenção à preservação de um legado histórico.
19
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2
Rodrigo Melo Franco de Andrade ( 1898-1969) era advogado, tendo trabalhado como
jornalista. Tinha grande influência modernista e foi Presidente do Serviço do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (SPHAN) – atual IPHAN - entre 1937 e 1967 (IPHAN, 2014).
3
Mário de Andrade (1893-1945) foi um escritor brasileiro que teve grande influência modernista e que
fez vários trabalhos de epistolografia do folclore brasileiro (LEBENSZTAYN, 2008). Foi nomeado
assistente técnico da regional do SPHAN em São Paulo em 1937 (IPHAN, 2014).
21
A Lei Municipal no 14794 de 2016, que trata da proteção e outros termos
relativos ao Patrimônio Cultural no Município de Curitiba, apresenta a listagem de
todos os bens tombados no âmbito da cidade e estão apresentados no ANEXO A.
Segundo o que consta no site da Secretaria de Estado da Cultura (SEEC),
Curitiba possui atualmente 70 bens tombados pelo Estado do Paraná, mediante
aprovação da Curadoria do Patrimônio Histórico e Artístico. O ANEXO B relaciona
todos esses bens, com suas respectivas datas de tombamento ou, quando não
especificadas, suas datas de inscrição no Livro Tombo.
O Município de Curitiba possui, até o momento, apenas três bens tombados
no âmbito nacional. O ANEXO C mostra estes e outros bens de Curitiba que
passaram por avaliação do IPHAN para inclusão no Livro do Tombo.
O conjunto arquitetônico estudado neste trabalho pode ser visto no ANEXO
B de tombamentos do Estado do Paraná, referenciado como “Centro Cívico”.
a)
b)
Na década de 1920, o engenheiro civil Moreira Garcez, foi prefeito por duas
vezes de Curitiba e promoveu a expansão da região sul da cidade e a abertura e
pavimentação de avenidas, de modo a organizar o crescimento. Sua principal
benfeitoria foi a pavimentação e alargamento da rua XV de Novembro, além da
construção em 1930 do Edifício Garcez na esquina com a rua Voluntários da Pátria,
em estilo art-déco (BACOCCINI, 2011), como mostrado na Fotografia 6.
01
02 03
03
02
04
c) CENTRO CÍVICO
Plano Agache 1943
05 06 05
01 Palácio do Governo
02 Poder Legislativo
03 Poder Judiciário
04 Praça
05 Secretarias
06 Avenida Cândido de
Implantação Abreu
2.3.1 História
Fachadas norte
01 02
03 05 01 10 09
07
04 Fachadas
Fachadas oeste
Fachadas leste
11 06 oeste
12 05 03 04 01 02
08
13
03 Fachadas leste
05
09
01 07 06 08 09 10
01 Palácio Iguaçu
02 Residência do governador
03 Palácio da Justiça
04 Tribunal eleitoral
Implantação 05 Tribunal do Júri
06 Plenário da Assembleia Legislativa
07 Secretaria da Assembleia Legislativa
Fachadas norte 08 Comissões da Assembleia Legislativa
09 Secretarias de estado
10 Pagadoria e recebedoria
11 Monumento ao Centenário
12 Espelho d’água
13 Praça
Figura 4 – Proposta para o Centro Cívico em 1953, onde: a) mostra a implantação dos
edifício na praça; b) mostra as fachadas do edifício da cada faceta da praça.
Fonte: Castro, 2011.
4
Ildefonso Clemente Puppi foi um renomado professor do curso de graduação de Engenharia Civil da
Universidade Federal do Paraná, voltado às cadeiras de Saneamento e Traçado das Cidades
(GOVERNO..., 1953, p.61).
31
proeminentes seriam os gabinetes de cada secretário, além de contar com um
jardim no terraço, restaurante e sala de exposições (DUARTE; OLIVEIRA, 2017)7. A
Fotografia 8 mostra a perspectiva da maquete construída na década de 1950, com o
Palácio da Justiça em primeiro plano.
2.4.1 Sustentabilidade
5
MAZER, Wellington. Patologia, Recuperação e Reforço de Estruturas de Concreto. 161f. Notas
de Aula do Curso de Graduação de Engenharia Civil, Universidade Tecnológica Federal do Paraná,
Departamento Acadêmico de Construção Civil. Curitiba, PR, 2008.
6
Em tradução livre: Nosso Futuro Comum.
37
gerações futuras de atender suas próprias necessidades” (TORRESI; PARDINI;
FERREIRA, 2010).
Com isso em mente, uma das premissas da obra de restauro do Palácio da
Justiça foi fazer tudo quanto fosse possível de maneira sustentável, com produtos
que visam a sustentabilidade e com gestão de resíduos de modo a ter o menor
índice de desperdício possível.
Nesse projeto de restauro em especial, priorizou-se a restauração ou
reaproveitamento de todos os itens removidos. Em casos em que isso não foi
possível, os materiais foram enviados para comercialização com retorno financeiro
para a obra de restauro.
2.4.2 Nanotecnologia
3 METODOLOGIA
A coleta de dados para o estudo de caso, por se tratar de uma obra que a
autora do trabalho não participou ativamente, foi por meio de diversas fontes, sejam
bibliográficas (teorias e técnicas, histórico da edificação) ou em discussões com os
profissionais que atuaram, em algum momento, na restauração.
Por ser uma obra recente (a entrega se deu em novembro de 2016), foi
possível alcançar com êxito os profissionais envolvidos e ter contato com o resultado
final por meio de visita guiada pela arquiteta da Construtora Sial responsável pela
obra, Thereza Christina Costa Duarte e posterior entrevista com o engenheiro da
Construtora Sial Egberto Acyr Pereira Hilú. O acesso ao local e a documentos sobre
o restauro também foi possível com o apoio e autorização do Departamento de
Engenharia e Arquitetura do Tribunal de Justiça do Paraná, nomeadamente por
intermédio do arquiteto José Luiz Leite da Silva Filho. Além disso, o contato com
pessoas das empresas que prestaram consultoria para essa obra foi de grande valia
e enriquecimento para o trabalho, donde podem ser citados: engenheiro Paulo
Sérgio da Silva (da empresa Planville, que prestou consultoria técnica acerca das
fachadas frontal e posterior) e arquiteto Salvador Gnoato (da empresa SOBE, autor
do projeto de restauro).
Como resultado final tem-se a costura de todos os elementos acima
mencionados, de modo a abranger ao máximo as etapas pelas quais a edificação
passou.
3.2 O RESTAURO
7
DUARTE, Thereza C hristina Costa; OLIVEIRA, Tadeu de Souza. Nanotecnologia empregada
no restauro de fachadas tombadas com superfícies de porcelana – estudo de caso: Palácio da
Justiça do Paraná. Trata-se de relato por escrito fornecido pela arquiteta Thereza Duarte à autora da
pesquisa e que foi usado como referência em diversos trechos do trabalho.
41
a) A sequência de execução da parte interna da edificação deveria ser dos
pavimentos superiores para os inferiores, do centro para as bordas;
b) Nos primeiros dois meses de obra seriam utilizados os elevadores
internos para movimentação de materiais;
c) Após os dois meses iniciais, seriam instalados 4 elevadores
cremalheiras (duas torres com cabines duplas) nas fachadas;
d) A sequência de instalação e reconstrução seria: ar-condicionado,
elétrica, divisórias, instalações verticais, forros, pisos, pinturas e
acabamentos;
e) Mensalmente seriam alugados equipamentos de força bruta (guindastes,
retroescavadeiras, etc) para auxílio em montagens, movimentações,
entre outros.
Partindo do princípio de que todas as exigências de projeto deveriam ser
atendidas, dever-se-ia também ter em consideração as bases teóricas que regem o
restauro, donde se tira que esse tipo de obra não deve ser uma versão falsa da
original, mas sim a manutenção de forma clara e evidente de suas alterações ao
longo do tempo. Conforme afirma Camillo Boito8, em sua teoria geral de restauração
arquitetônica:
o
1 É necessário fazer o impossível, é necessário fazer milagres para
conservar o monumento e seu velho aspecto artístico e pitoresco;
o
2 É necessário que os completamentos, se indispensáveis, e as adições,
se não podem ser evitadas, demonstrem não ser obras antigas, mas obras
de hoje. (BOITO, 2008)
8
Camillo Boito (1836-1914) foi um arquiteto, restaurador, crítico, historiador, professor, teórico e
literato italiano. Dedicou-se a estudos sobre artes e restauração no século XIX, tendo notoriedade a
partir de 1880, quando elaborou diretrizes de restauro que circularam por toda a Itália naquele
período. (BOITO, 2008)
42
dos demais pavimentos, foi considerado, nessa obra de restauro, como um
pavimento novo, sendo possível sua diferenciação em relação aos outros por
simples percepção visual.
A Figura 6 mostra um croquis com a área em que o restauro foi
preponderante.
RESTAURO (m2 )
PAVIMENTO AMPLIAÇÃO (m 2 ) TOTAL (m 2 )
EDIFÍCIO TOMBADO
SUBSOLO - 337,85 337,85
TÉRREO 1.567,91 - 1.567,91
MEZANINO 911,48 89,90 1.001,38
1o PAVIMENTO 1.501,95 - 1.501,95
2o PAVIMENTO 1.767,48 - 1.767,48
3o PAVIMENTO 1.761,10 31,00 1.792,10
PAVIMENTO TIPO (x2) 1.747,99 31,00 1.778,99 (x2)
PAVIMENTO TIPO (x5) 1.734,49 31,00 1.765,49 (x5)
PAVIMENTO TÉCNICO 205,62 - 205,62
TOTAL 19.883,97 675,75 20.559,72
Quadro 1 – Áreas restauradas e ampliadas do Palácio da Justiça.
Fonte: (SOBE...;TRIBUNAL..., 2014, p.7)
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
9
SILVA, Paulo Sérgio da. Relatório Técnico sobre as Fachadas. Curitiba, PR, 2017. 52p. Trata-se
de relato por escrito fornecido pelo engenheiro Paulo Sérgio à autora da pesquisa e que foi usado
como referência em diversos trechos do trabalho.
46
mistura de cores de pastilhas, para diversos trechos da fachada, que demonstrou a
predominância de cada cor para cada trecho. As tipificações identificadas foram:
• Predominância de pastilhas azuis: fachada posterior da edificação;
• Predominância de pastilhas amarelas: detalhes das sacadas frontais e
trecho horizontal abaixo das vergas superiores das janelas frontais;
• Predominância de pastilhas verdes: peitoris e fachada frontal.
A Fotografia 12 até a Fotografia 15 apresentam as miscelâneas típicas
conforme anteriormente explanado.
Miscelâneas verdes
Miscelâneas amarelas
Brancas, molduras
geral
PARECER TÉCNICO
PARECER TÉCNICO
TESTES NO LOCAL
TREINAMENTOS
APRESENTAÇÃO DOS
PROCEDIMENTOS TECNICOS A TODOS
OS ENVOLVIDOS
LIMPAR PASTILHAS
REMOVEDOR PASTOSO FECHADO COM LIMPEZA ULTRA
DESPLACADAS
STREAP TEASE DA MONTANA CRYSTALCOR
INJEÇÃO DE HARD FIX VINIL PRO INSTALAR TELA DE AÇO APLICAR GTR ECO, DEIXAR AGIR 5
UNIDADE COM 300ML ZINCADA A FOGO NO TRECHO MIN -RASPAR 1,5MM DO REJUNTE
ASSENTAR TELAS DE
PASTILHAS COM USO DE
ARGAMASA AC3 BRANCA
APÓS 72 HORAS
OBRA DOCUMENTAÇÃO
4ª ETAPA - CONCLUSÃO
ELABORAÇÃO DE PROJETO
ASBUILT DA FACHADA APONTANDO ELABORAÇÃO DE MANUAL DE
REVISAO GERAL DOS TODAS AS ÁREAS DE INTERVENÇÃO USO, OPERAÇÃO E
SELANTES DAS ESQUADRIAS INCLUSIVE AS APONTADAS PROGRAMAÇÃO DE REVISÕES
DURANTE O PROCESSO DE FACHADA PELOS USUARIOS
EXECUÇÃO DOPROJETO ORIGINAL
Alguns trecho das fachadas foram pintados com tinta esmalte (ver Fotografia
18), tendo sido necessária a remoção da pintura de maneira a não danificar as
pastilhas. O processo de remoção da tinta foi definido, após diversos testes in loco
de variadas soluções apresentadas pelo mercado, com produtos 90%
biodegradáveis e sem componentes corrosivos.
A remoção da tinta sobre as pastilhas das fachadas frontal e posterior,
totalizando uma área de 273 m2, foi feita com material removedor biodegradável
para o caso de pequena espessura de tinta de cobertura; e com material removedor
54
em pasta à base de componentes não corrosivos, para o caso de grande espessura
de tinta de cobertura, conforme mostra a Fotografia 19.
a) b) c)
a) b)
c) d)
e) f)
a)
b)
a)
(som oco)
a) b)
c) d)
4.1.1.7 Finalização
Finalizada a cura do rejunte (mínimo de 72 horas), foi feita uma limpeza por
hidrojateamento e aplicação por aspersão de produto para proteção hidro e óleo
repelentes, ideal para superfícies porosas por impedir a entrada de fluidos e permitir
a saída deles.
Todos os trechos das fachadas foram recompostos, com resultado visível da
Fotografia 36 até a Fotografia 38.
Fotografia 43 – Aspecto final dos pilotis da fachada frontal. Obs: A imagem pode
apresentar distorções por conta do tipo de foto.
Fonte: Arquivo pessoal, maio de 2017. Fotógrafo: Wilson Roberto de Oliveira.
73
10 Tozzeto é a palavra italiana designada a pequenas peças cerâmicas. Normalmente as peças são
menores que 12,5 cm, quadradas, desenhadas ou não, de mármore, granito ou outro material que
compõem, junto com outras peças, um desenho de pisos ou paredes.
75
Originalmente não havia rodapé de mármore, que foi adicionado para dar
um melhor acabamento (ver Fotografia 49), assim como pequenas soleiras nos
cantos com as paredes e no piso junto aos guarda-corpos do mezanino, servindo
também como proteção da própria pedra contra quebra ou sujidade.
a) b)
No 10o andar não existiam os banheiros, então foram feitos novos. Eles
foram refeitos com tijolos da época (mais grossos, com paredes duplas),
recuperados da própria obra.
Finalizada a colocação das peças cerâmicas, foi feita uma limpeza, refeito o
rejuntamento e passado um produto impermeabilizante.
A Fotografia 71 apresenta o aspecto final típico dos banheiros laterais (ou
públicos) dos pavimentos tipo, com piso cerâmico hexagonal restaurado e azulejos
das paredes novos. Nessa imagem nota-se, em escala exagerada por conta das
distorções do tipo de lente fotográfica utilizada, a curvatura da parede dos banheiros
laterais.
Na Fotografia 72 nota-se o piso de porcelanato e os azulejos das paredes
novos.
88
Fotografia 76– Reinstalação dos tacos de madeira no hall próximo à fachada frontal
Fonte: Construtora Sial, dez. 2015.
4.4.1 Esquadrias
4.4.2 Guarda-corpos
4.5 FECHAMENTOS
No pavimento térreo havia uma sala advinda de uma reforma anterior, onde
o piso era simplesmente cimentado, sem revestimento. Decidiu-se por manter essa
sala, conectando-a ao contexto desse pavimento através do piso de mármore, com
112
peças restauradas e peças novas obtidas da mesma jazida que aquelas da década
de 1950. Pode-se observar o cuidado e até preciosismo em relação aos materiais
empregados e à harmonização do todo arquitetônico.
A Fotografia 106 mostra o aspecto final do pavimento térreo, sem as
divisórias do posto de saúde e da agência de banco anteriormente existentes. Ao
fundo, atrás dos pilotis, pode-se ver a parede citada anteriormente.
Fotografia 106 – Pavimento térreo com a parede mantida ao fundo. Obs: A imagem
pode apresentar distorções por conta do tipo de foto.
Fonte: Arquivo pessoal, maio de 2017. Fotógrafo: Wilson Roberto de Oliveira.
Fotografia 108 – Limpeza dos vidros da fachada frontal do Palácio, com uma mistura
de detergente líquido e talco formando uma pasta.
9
Fonte: Silva (2017) .
A Fotografia 110 mostra o aspecto final dos vidros após a limpeza, aonde
nota-se como a proteção aplicada é imperceptível aos olhos.
4.6 A ESTRUTURA
11
JCE Projetos Estruturais S/S Ltda. Laudo técnico: Palácio da Justiça. Curitiba, PR, 2015, 15p.
Fornecido à autora pelo Tribunal de Justiça do Paraná.
117
Os dois laudos aos quais a autora teve acesso concluíram que, para os
pisos a serem revestidos em mármore que segundo a NBR 6120 (ASSOCIAÇÃO...,
1980), têm peso específico de 28kN/m3, não seria possível a execução dos novos
contrapisos com espessuras acima de 1,5 cm, revestimentos e forro sem remoção
dos contrapisos até então existentes. Enquanto que para os trechos a serem
revestidos com laminado ou porcelanato (que possuem pesos específicos mais
baixos) seria possível a adição de uma pequena camada de argamassa de
regularização ao contrapiso existente e colocação do novo revestimento ou ainda
utilização de argamassa leve (mistura com esferas de isopor) como contrapiso.
A solução final adotada foi: fazer novo contrapiso com argamassa leve no
trecho do corredor e, no trecho das salas, manter o contrapiso existente (que
apresentava fissuras e partes ocas) e complementá-lo com uma camada de
argamassa autonivelante, manta asfáltica para permitir a contração e retração sem
danos ao revestimento e, mais acima, manta Bidim® para servir de base ao
revestimento. A Figura 16 mostra essa solução esquematicamente para melhor
entendimento.
12
Extintores de água conhecidos como “chuveiros automáticos” (SECRETARIA DE INSPEÇÃO...,
2011)
119
Fotografia 110 – Vista de uma das passarelas metálicas de ligação entre o Palácio e
Anexo I. Obs: A imagem pode apresentar distorções por conta do tipo de foto.
Fonte: Arquivo pessoal, maio de 2017. Fotógrafo: Wilson Roberto de Oliveira.
4.7 OUTROS
4.7.1 A Capela
Fotografia 114 – Vista geral da capela após o restauro. Obs: A imagem pode
apresentar distorções por conta do tipo de foto.
Fonte: Arquivo pessoal, maio de 2017. Fotógrafo: Wilson Roberto de Oliveira.
Fotografia 116 – Painel externo da capela após o restauro. Obs: A imagem pode
apresentar distorções por conta do tipo de foto.
Fonte: Arquivo pessoal, maio de 2017. Fotógrafo: Wilson Roberto de Oliveira.
4.7.2 Lustres
Fotografia 122 – Aspecto final dos lustres do pavimento térreo com as lâmpadas
apagadas. Obs: A imagem pode apresentar distorções por conta do tipo de foto.
Fonte: Arquivo pessoal, maio de 2017. Fotógrafo: Wilson Roberto de Oliveira.
Fotografia 123 – Aspecto final dos lustres do pavimento térreo com as lâmpadas
acesas
Fonte: Construtora Sial, nov. 2016
128
4.7.3 O Subsolo
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
_____. NBR 14037: Diretrizes para elaboração para manuais de uso, operação e
manutenção das edificações – Requisitos para elaboração e apresentação dos
conteúdos. Rio de Janeiro, 2011.
SANTOS, Leandro Luiz dos. ANTONELLI, Diego. Ferrovia 130 anos: Paranaguá –
Curitiba: Estação de Curitiba: Parte 3. Gazeta do Povo. Curitiba, fev. 2015.
Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-
cidadania/especiais/ferrovia-130-anos/estacao-de-curitiba.jpp>. Acesso em: 18 mai.
2017.
133
SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA. Coordenação do Patrimônio Cultural.
Endereço eletrônico oficial. Disponível em :
<http://www.patrimoniocultural.pr.gov.br>. Acesso em: 16 abr. 2017.
SEITO, Alexandre Itiu, et al. A Segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo:
Projeto Editora, 2008.
(continua)
(continua)
(continua)
(continua)
Bens Tombados em Curitiba pelo Estado do Paraná (Ordem Data de
Alfabética) Tombamento
Acervo da Discoteca da E-Paraná 2013
Antigo Grupo Escolar Cruz Machado 2011
Antigo Grupo Escolar D.Pedro II 2011
Antigo Grupo Escolar Dr. Xavier da Silva 2011
Antigo Palácio Wolff 1981
Árvore Angico Branco 1974
Árvore Ceboleira 1988
Árvore Corticeira 1974
Árvore Paineira 1974
Árvore Tipuana 1974
Árvores 4 Tipuana 1977
Capão da Imbuia 1983
Casa Barão do Serro Azul 1977
Casa Emílio Romani 1977
Casa Kirchgassner 1988
Casa onde morou Cristiano Osternack - Casa das Mercês 1979
Casa Sita à Rua Comendador Araújo, 268 (antiga sede da Univ. Fed.
do Paraná)
1975
Casarão dos Parolin 1991
Castelo do Batel 1975
Centro Cívico 2012
Coleção do Museu Cel. David Carneiro 1972
Coleção Etnográficas, Arqueológicas e Artísticas do Museu
Paranaense
1972
Colégio Estadual do Paraná 1993
Colégio Estadual Lysímaco Ferreira da Costa 2013
Conjunto das obras de João Turin 2013
Conjunto de Edifícios da Reitoria - Edifício D.Pedro I e D. Pedro II da
UFPR. 1999
Conjunto Urbano da Rua Comendador Araujo 2004
Depósito de Locomotivas de Curitiba 2007
Edifício da Biblioteca Pública do Paraná 2003
Edifício do Ministério Público Sub-Sede da Avenida Marechal Floriano 2003
Edifício Oswaldo Pacheco de Lacerda 2009
Estação da Estrada de Ferro de Curitiba e Viaduto João Negrão 1976
Gimnásio Paranaense 1977
Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas 1965
Igreja Luterana 2013
Imóvel Denominado 'Burro Brabo' 1992
Imóvel Situado no Largo Cel. Enéias, Nº 30 (conhecida como "Casa
Romário Martins")
1971
144
(conclusão)
Bens Tombados em Curitiba pelo Estado do Paraná (Ordem Data de
Alfabética) Tombamento
Instituto de Educação do Paraná 2004
Instituto Neo Pitagórico 1968
Jockey Club do Paraná 2002
Manuscritos de Antonio Vieira dos Santos 2007
Museu de Arte Contemporânea 1978
Museu Escola Alfredo Andersen 1971
Obras de Poty Lazarotto - Painéis e Murais - em Curitiba 2014
Painel em Azulejos - Arthur Nísio - Maternidade Nossa Senhora de
1990
Fátima
Paisagem Urbana da Rua XV de Novembro 1974
Palacete do Batel 1975
Palacete Leão Junior 2003
Palácio Garibaldi 1987
Palácio São Francisco 1987
Panteon do Cemitério de Sta. Felicidade 1977
Parque Estadual João Paulo II 1990
Passeio Público 1999
Portão do Passeio Público 1972
Praça Doutor João Cândido 1966
Praça Eufrásio Correia 1986
Prédio do Palácio da Liberdade - Antigo Palácio do Governo (atual Museu
1977
da Imagem e do Som)
Prefeitura Municipal (Atual Paço da Liberdade) 1966
Reservatório do Alto São Francisco 1990
Residência e Bosque na Av. Batel - Casa Gomm 1989
Residência João Luís Bettega 2003
Secretaria das Finanças do Estado do Paraná (antiga sede – atual Casa
1978
Andrade Muricy)
Sede da Câmara Municipal de Curitiba 1978
Sede do Centro Acadêmico Hugo Simas 1990
Sobrado Sito à Rua Barão do Rio Branco, 763 1985
Sobrado Sito à Rua Barão do Rio Branco, 773 1985
Sobrado Sito à Rua Barão do Rio Branco, 805 1985
Sobrado Sito à Rua Barão do Rio Branco, 823 1985
Teatro 13 de Maio (atual Teatro José Maria Santos) 1987
Teatro Guaíra 2003
Fonte: SECRETARIA..., 2017.
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