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KASPAROV 4:2 DEEP BLUE

O campeão supera a máquina

Na Philadelphia, Kasparov levou à lona o supercomputador


Deep Blue, da IBM.

Mais:
Kasparov no Brasil – Gausdal – Reggio Emilia
Hastings – Memorial Keres
Mate de Peão 26

ÍNDICE EDITORIAL

Editorial ............................................ 02 Um início de ano movimentado. Isso


Movimentação em P&B ................ 03 é o mínimo que se pode dizer sobre 96
Seção de partidas ........................... 08 para o xadrez. Kasparov perdeu a lide-
Kasparov no Brasil ......................... 12 rança no rating Fide, esteve no Brasil e
Novidades Fide & PCA ................. 15 derrotou o IBM Deep Blue em um match.
Rating PCA ...................................... 16 Em Wijk aan Zee um torneio espetacu-
Hastings, Reggio Emilia lar foi jogado. Na Estônia, iniciou-se a
e Gausdal ...................................... 17 série de eventos que comemora o “ano
Memorial Paul Keres ..................... 22 Paul Keres”. Um ano que promete, ain-
10º Campeonato Brasileiro ........... 26 da que o Magistral de Linares provavel-
Kasparov derrota Deep Blue ....... 29 mente esteja cancelado.
O sucessor de Stamma .................. 37 Nessa edição não trazemos a cober-
Essências da estratégia superior: tura de Wijk aan Zee por falta de espa-
ataque ao roque grande ............ 41 ço: a qualidade e brilhantismo das parti-
Soluções dos desafios .................... 43 das merecem maiores análises. Em mar-
Desafios ............................................ 44 ço a MP27 trará Wijk aan Zee e o Mun-
dial feminino entre Zsuzsa Polgar e Xie
Jun.
Nº 26 – FEVEREIRO 1996
MATE DE PEÃO¨ É UMA PUBLICAÇÃO MEN-
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Mate de Peão 26

MOVIMENTAÇÃO EM
BRANCO & PRETO

Memorial Raul Herman Charlier


O Clube de Xadrez São Paulo realizou esse torneio, um aberto em 7
rodadas suíço, em janeiro. Eduardo Limp manteve a boa fase e venceu iso-
lado. O favorito Herman Claudius dividiu a 3ª colcação. O elevado rating
médio do torneio compensou o pequeno contingente de jogadores.
MEMORIAL RAUL HERMAN CHARLIER
SÃO PAULO, I 1996
1 EDUARDO LIMP 2325 +20 +04 =02 +05 +07 +08 =03 6
2 EDSON TSUBOI f 2345 +14 +27 =01 +16 =03 +04 =05 5½
3 H. VAN RIEMSDIJK m 2405 +23 +06 =05 =07 =02 +18 =01 5
4 JEFFERSON PELIKIAN 2365 +13 –01 +25 +22 +16 –02 +10 5
5 SÍLVIO PEREIRA 2210 +25 +08 =03 –01 +22 +09 =2 5
6 LUIZ RÜPPEL 2270 +21 –03 +27 –08 +17 =07 +18 4½
7 ADRIANO RODRIGUES 2270 =24 +17 +10 =03 –01 =06 =08 4
8 WELLINGTON ROCHA 2305 =16 –05 +20 +6 +10 –01 =07 4
9 IVAN NOGUEIRA 2245 =10 =18 =15 =17 +23 –05 +20 4
10 ADRIANO SOUZA 2335 =09 +12 –07 +13 –08 +16 –04 3½

III Torneio do Clube Naval


Jogado entre 3 e 10 de fevereiro, esse forte suíço teve 7 rodadas e foi
vencido por Eduardo Limp. É a terceira vitória consecutiva de Limp, que
desenvolve fase ascendente. Fiel às tradições do Clube Naval, o torneio foi
bem organizado e teve arbitragem do AI Alfred Salomon. O gaúcho Fabia-
no Prates começou mal mas terminou dividindo a 2ª colocação.

Excelsior Cup na Suécia


O MI alemão Hans Stern foi o vitorioso em mais um torneio de in-
verno. O sueco Hultin alcançou norma de MI. Classificação: 1º H. Stern (m,
2435) 6; 2º Fries-Nielsen (2415) 6; 3º Hultin (2285) 6; 4º Ziegler (f, 2335) 5½;
Svensson (2390) 5½.

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Mate de Peão 26

III TORNEIO DO CLUBE NAVAL


RIO DE JANEIRO, II 1996
1 E. LIMP 2320 +27 =18 +25 =02 +09 =08 +05 5½
2 A. RODRIGUES 2270 +14 =03 +11 =01 =05 +06 =08 5
3 A. ALVIM 2175 +15 =02 =08 =07 +18 =09 +13 5
4 F. PRATES 2240 =17 –25 +28 +26 =07 +18 +09 5
5 L. LOUREIRO 2370 =25 +17 +18 =09 =02 +10 –01 4½
6 W. GUIMARÃES 2270 +16 +12 –09 =10 +25 –02 +15 4½
7 S. DUMONT 2305 +20 =11 =10 =03 =04 =13 +14 4½
8 H. RIOS 2345 –10 +28 =03 +20 +13 =01 =02 4½
9 M. METELLO 2205 +23 +13 +06 =05 –01 =03 –04 4
10 E. TEIXEIRA — +08 =19 =07 =06 +12 –05 =11 4

Nova Park Open em Zürich


319 jogadores participaram do Open Nova Park, na Suíça. O ucraniano
Vladimir Tukmakov venceu isoladamente o grupo A, entre 83 enxadristas,
com 6 pontos em 7 rodadas. Outros sete jogadores dividiram o segundo
posto, com 5½: Cvitan (g, 2510), Siegel (m, 2480), Rogers, (g, 2600), Glek (g,
2580), Bhend (m, 2310), Domont (f, 2340) e Ekstroem (m, 2435).

Boeblinger Open
Jogado na época do natal de 95, esse aberto reuniu 326 jogadores e
foi vencido por Valentim Arbakov. O torneio teve duas deficiências incomuns
para os padrões europeus: não houve boletim e um dos dias teve dupla
rodada. Classificação: 1º V. Arbakov (g, 2455) 8; 2º Y. Piskov (g, 2535) 7½; 3º
F. Zeller (2400) 7½; 4º D. Zagorskis (m, 2520) 7½.

Short–Adianto em Jakarta
Nigel Short passou fácil pelo indonésio Utut Adianto poucos dias an-
tes do natal passado. Adianto conta com bom apoio local, mas depois das
fragorosas derrotas diante de Seirawan e Short deve ter ficado mais difícil
convencer seus patrocinadores a promover novos matches.
JAKARTA, XII 1995
1 2 3 4 5 6
1 SHORT, NIGEL g ENG 2645 1 1 = = 1 = 4½
2 ADIANTO, UTUT g INA 2590 0 0 = = 0 = 1½

Festival de Pamplona
Julio Granda continua em boa forma e venceu igualado com o espa-
nhol Jorge Magem este torneio, jogado em janeiro na cidade espanhola de
Pamplona. Ljubojevic mostrou pouco e o atual campeão mundial juvenil,
Roman Slobodjan, ficou devendo.

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Mate de Peão 26

TORNEIO DE PAMPLONA Campeonato da


PAMPLONA, I 1996 África do Sul
1 J. GRANDA G PER 2605 5½ O MI David Gluckman tor-
2 J. MAGEM G ESP 2560 5½
nou-se o primeiro campeão sul-afri-
3 M. ILLESCAS G ESP 2620 5
cano após a queda do aparthaid. Os
4 L. LJUBOJEVIC G JUG 2600 4½
5 V. ZVJAGINSEV G RUS 2600
principais jogadores do país partici-

6 SAN SEGUNDO M ESP 2520param do campeonato, que também

7 J. DE LA VILLA M ESP 2500foi jogado por enxadristas da Ango-
4
8 R. SLOBODJAN M GER 2500 4
la e Zimbabwe. O torneio, um suíço
9 F. IZETA G ESP 2495 4
em 11 rodadas, também definiu a
10 Y. SHULMAN M BLR 2540 3½
primeira equipe olímpica sul-africa-
na desde que a FIDE impôs um embargo ao país nos anos 80. Classificação:
1º D. Gluckman (m, 2370) 7½; 2º G. Michelakis (m, 2410) 7; 3º M. Levitt
(2290) 7.

Campeonato Australiano ‘96


Com periodicidade bienal, o campeonato australiano é jogado em 11
rodadas em formato suíço. A edição 96, jogada em Melbourne no mês de
janeiro, apontou o MI Guy West (2410) como campeão (8 pontos). Com 7½
dividiram o segundo lugar Darryl Johansen (g, 2510), Mikhail Gluzman (m,
2425) e John Wallace (2370).

Schwaebisch Gmuend
Mais de 300 jogadores participaram de outro aberto de inverno, esse
na Suécia. Arbakov estava com 7 pontos depois de 7 rodadas, mas perdeu
as duas últimas partidas. Os vitoriosos foram Martinovic (g, JUG), Miezis
(m, LAT) e Chuchelov (g, BEL), com 7½.

Calcuta Open
Um suíço com 72 jogadores, em 11 rodadas, foi disputado em Calcuta,
Índia. O evento teve patrocínio da Companhia de chá Goodrich e foi venci-
do num triplo empate por Speelman, Nenashev e Novikov (com 8 pontos).

Ubeda Open
Ubeda, cidade espanhola próxima a Linares, reuniu 32 GMs e 40 MIs
no seu aberto anual. No total, 135 jogadores participaram das 11 rodadas.
Os armênios vieram como favoritos e ocuparam os dois primeiros postos.
Uma atração à parte foi a participação do veterano David Bronstein. Classi-
ficação: 1º S. Lputian (g, 2580) 8; 2º A. Anastasian (g, 2520) 7½; 3º D. Barua
(g, 2520); 4º G. Giorgadze (g, 2590) 7½.

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Mate de Peão 26

XLVI Villa Ballester Open


A empresa argentina Siembra patrocinou um grande torneio aberto,
o XLVI Villa Ballester International Open. Reunindo 3 GMs, 11 MIs e mui-
tos MFs, o Villa Ballester totalizou 160 jogadores e foi vencido de maneira
categórica pelo MI uruguaio Andrés Rodríguez. O russo Maxim Sorokin,
em mais uma incursão pela Argentina, foi vice-campeão. O veterano Oscar
Panno abrilhantou a competição e finalizou 10º.
XLVI VILLA BALLESTER OPEN
BUENOS AIRES, II 1996
1 ANDRÉS RODRÍGUEZ URU m + + + + + = + + = 8
2 MAXIM SOROKIN RUS g + + = + = + = + + 7½
3 FABIAN FIORITO ARG m + + + = + – + + = 7
4 ALEJANDRO HOFFMAN ARG m + = + + = = + = + 7
5 ANTONIO ANELLI ARG f + + + – = + + = + 7
6 CLAUDIA AMURA ARG m + = + = – + + + + 7
7 ARIEL SORIN ARG g + + – + + + – + = 6½
8 JORGE SZMETAN ARG m + + + – + + = = = 6½
9 ENRIQUE SCARELLA ARG f + + + = = + + – = 6½
10 OSCAR PANNO ARG g + + = + = + – = + 6½

Genebra Open
Genebra teve mais uma edição de seu open anual no final de janeiro.
As 9 rodadas do evento enriquecem o inverno da mais internacional cidade
suíça e nesse ano foram vencidas pelo israelense Igor Khenkin, que termi-
nou isolado com ½ sobre o grupo de 7 jogadores que dividiram o 2º posto.
Classificação: 1º I. Khenkin (g, 2575) 7; 2º–8º J. Chabanon (m, 2425); M. Cebalo
(g, 2490); J. Klovans (m, 2520); J. Barle (m, 2430); N. Lelecevic (m, 2480); U.
Hobuss (2360); A. Hauchard (m, 2460).

Gulko batido pelo computador


O ICC (Internet Chess Club) deu seqüência à série de eventos Man
versus Machine confrontando o GM Boris Gulko com o programa Ferret. Gulko
perdeu as duas partidas de xadrez rápido, o que surpreendeu um pouco
pois Gulko vinha de um bom resultado contra computadores no Harvard
Cup (MP25).

“Vier Jahreszeiten” Open


O aberto “Vier Jahreszeiten”(quatro estações) reuniu 128 jogadores
em 7 rodadas suíço. Dos 14 GMs participantes, nada menos que 6 termina-
ram empatados em 1º com 5½ pontos. Para que isso acontecesse os vence-
dores empataram entre si depois de vencerem as rodadas iniciais contra

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Mate de Peão 26

amadores. Classificação: 1º–6º Wojtkiewicz, Lanka, Schlosser, Kveinys,


Kachiani-Gersinska, Inkiov 5½.

Lazne Bohdanec 1996


O jovem polonês Marcin Kaminski e o ascendente georgiano Sergei
Movsesian terminaram igualados em 1º no grupo A da Copa Ekorex. A ci-
dade tcheca de Lazne Bohdanec viu ainda o eslovaco Mikulas Manik ven-
cer o grupo B do evento. Movsesian obteve norma de GM.
EKOREX CUP – GRUPO A
LAZNE BOHDANEC, I 1996
1 KAMINSKI, MARCIN m POL 2525 · = 0 1 1 1 1 0 1 = = 1 7½ 2626
2 MOVSESIAN, SERGEI GEO 2580 = · 1 = 1 0 = = 1 = 1 1 7½ 2621
3 BABULA, VLASTIMIL m CZE 2540 1 0 · = 1 1 0 = = 1 = 1 7 2593
4 NEVEROV, VALERIY g UKR 2515 0 = = · = 1 0 = 1 1 1 = 6½ 2559
5 KEITLINGHAUS, L. m GER 2475 0 0 0 = · 1 = = = 1 1 1 6 2533
6 BLATNY, PAVEL g CZE 2515 0 1 0 0 0 · 1 = 1 1 1 0 5½ 2494
7 JIROVSKY, MILOS m CZE 2420 0 = 1 1 = 0 · 1 0 = 0 1 5½ 2502
8 MEDUNA, EDUARD g CZE 2435 1 = = = = = 0 · = = 0 0 4½ 2436
9 STOCEK, JIRI m CZE 2465 0 0 = 0 = 0 1 = · = = 1 4½ 2433
10 VOKAC, MAREK m CZE 2455 = = 0 0 0 0 = = = · 1 1 4½ 2434
11 VOTAVA, JAN m CZE 2540 = 0 = 0 0 0 1 1 = 0 · = 4 2389
12 KOGAN, ARTUR m ISR 2485 0 0 0 = 0 1 0 1 0 0 = · 3 2321

EKOREX CUP – GRUPO B


LAZNE BOHDANEC, I 1996
1 MANIK, MIKULAS SVK 2345 · 0 = 1 = = = 1 1 1 1 1 8 2517
2 JAKUBIEC, ARTUR POL 2425 1 · = = 1 1 0 0 1 = 1 1 7½ 2468
3 PRIBYL, JOSEF m CZE 2415 = = · = = = 1 = = 1 1 1 7½ 2469
4 BLEHM, PAWEL POL 2435 0 = = · = = 1 = = 1 = = 6 2370
5 PRIBYL, MARTIN f CZE 2325 = 0 = = · 0 = 1 = 1 1 = 6 2380
6 VOLOSHIN, LEONID m RUS 2420 = 0 = = 1 · = 1 = 0 = 1 6 2371
7 KRUPKOVA, PETRA m CZE 2300 = 1 0 0 = = · = = 0 = 1 5 2310
8 POKORNY, TOMAS CZE 2285 0 1 = = 0 0 = · = 1 = = 5 2312
9 TRICHKOV, VASIL m BUL 2415 0 0 = = = = = = · 0 1 1 5 2300
10 MOJZIS, JAROSLAV f CZE 2220 0 = 0 0 0 1 1 0 1 · = 0 4 2252
11 HLAVNICKA, JIRI CZE 2210 0 0 0 = 0 = = = 0 = · = 3 2180
12 VALENTA, VIT CZE 2320 0 0 0 = = 0 0 = 0 1 = · 3 2170

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Mate de Peão 26

SEÇÃO DE PARTIDAS

Sergei Movsesian [B81] 12.£e2 ¤bd7 13.g4 ¦fc8 14.£b5 £c7


Vlastiml Babula 15.g5 ¤g4 16.¥d4 d5 17.h3 ¤f2
Ekorex Cup, Lazne Bohdanec 1996 18.¥f2 £f4 19.¢b1 £f2 20.£d7 ¥g5
1.e4 c5 2.¤f3 e6 3.¤c3 d6 4.d4 cd4 21.¥b5 ¦d8 22.£b7 ¦ab8 23.£c6
5.¤d4 ¤f6 6.g4 ¤c6 7.g5 ¤d7 8.¥e3 ¦bc8 24.¦hf1 £h2 25.£a6 ¦c7
¥e7 9.h4 0-0 10.£h5 a6 11.0-0-0 ¤d4 26.¥a4 £e5 27.¤b5 ¥f6 28.c3 ¦b8
12.¥d4 b5 13.¥d3 b4 29.¥b3 ¦b6 30.£a4 ¦c5 31.¤d4 a5
XIIIIIIIIY 32.¤c2 h5 33.¦d4 e3 34.¦e1 e2
9r+lÓ-Ôk+0 35.£d7 ¦d6 36.£a7 ¦dc6 37.¦d2 ¦c3
38.¦de2 £g3 39.¦e8 ¢h7 40.£f7 1:0
9+-+nÕp×p0
9p+-×p+-+0 Martin Pribyl
[D51]
9+-+-+-zQ0 Tomas Pokorny
9-×-vP+-z0 Ekorex Cup B, Lazne Bohdanec 1996
9+-sL+-+-0 1.d4 d5 2.c4 e6 3.¤c3 ¤f6 4.¥g5
¤bd7 5.¤f3 ¥b4 6.e3 c5 7.¥d3 £a5
9PzP+-z-+0 8.0-0 cd4 9.ed4 dc4 10.¥c4 0-0
9+-mR+-+R0 11.£d3 ¥c3 12.bc3 b6 13.¦fe1 ¥b7
xiiiiiiiiy 14.¤e5 ¦ac8 15.¥d2 ¤e5 16.¦e5 £a3
14.¥g7 ¤c5 15.£h6 ¦e8 16.¤e2 e5 17.¥b3 ¦fd8 18.¦ae1 ¥a6 19.£g3
17.¤g3 ¥g4 18.¥c4 ¤e6 19.¥e6 fe6 £b2 20.¥h6 ¤e8 21.¥e6 fe6 22.¦e6
20.g6 1:0 ¦c7 23.¦e8 ¦e8 24.¦e8 ¢f7 25.¦e1
1:0
Marcin Kaminski
[B82]
Jiri Stocek Artur Jakubiec
[B22]
Ekorex Cup, Lazne Bohdanec 1996 Mikulas Manik
1.e4 c5 2.¤f3 d6 3.d4 cd4 4.¤d4 ¤f6 Ekorex Cup B, Lazne Bohdanec 1996
5.¤c3 e6 6.f4 ¥e7 7.¥e3 0-0 8.£f3 e5 1.e4 c5 2.c3 d6 3.d4 ¤f6 4.¥d3 cd4
9.¤f5 ¥f5 10.ef5 £a5 11.0-0-0 e4 5.cd4 g6 6.¤c3 ¥g7 7.h3 0-0 8.¤f3 a6

8
Mate de Peão 26

9.0-0 b5 10.e5 ¤e8 11.¦e1 ¤c6 18.¤c1 ¤a4 19.¤b3 a5 20.g6 £c7
12.¥g5 de5 13.de5 ¥b7 14.¥e4 f6 21.¥h3 £d7 22.£g2 fg6 23.hg6 hg6
15.£b3 ¢h8 16.¦ad1 £b8 17.¥f4 fe5 XIIIIIIIIY
18.¥g3 ¤d6 19.¥c6 ¥c6 20.¤e5 ¥e8 9-Ô-+-Ôk+0
21.¤d5 £b7 22.¤g6 ¥g6 23.¦e7 £c6
24.¦g7 ¢g7 25.¥e5 ¢f7 26.¥d6 ¥c2
9+-+qÕ-×-0
27.£f3 ¢e6 28.£e3 1:0 9-+-×l+p+0
9×-+-×-+-0
Fabian Fiorito
[B82] 9n×-+P+-+0
Sergio Giardelli 9+N+-vP+L0
Villa Ballester 1996
1.e4 c5 2.¤f3 e6 3.d4 cd4 4.¤d4 ¤f6
9PzP+-+Q+0
5.¤c3 d6 6.f4 a6 7.£f3 £c7 8.¥e3 9+K+R+-+R0
¤c6 9.0-0-0 ¥e7 10.¦g1 ¤d4 11.¥d4 xiiiiiiiiy
b5 12.e5 ¥b7 13.£g3 de5 14.¥e5 £c6 24.£g6 ¥h3 25.¦dg1 ¥f6 26.¦g3
15.£g7 ¦g8 16.£h6 b4 £f7 27.£h6 ¦fc8 28.£h3 £c4 29.¦g2
XIIIIIIIIY XIIIIIIIIY
9r+-+k+r+0 9-Ôr+-+k+0
9+l+-Õp+p0 9+-+-+-×-0
9p+q+pÖ-w0 9-+-×-Õ-+0
9+-+-v-+-0 9×-+-×-+-0
9-×-+-z-+0 9n×q+P+-+0
9+-s-+-+-0 9+N+-vP+Q0
9PzP+-+Pz0 9PzP+-+R+0
9+-mR+Lt-0 9+K+-+-+R0
xiiiiiiiiy xiiiiiiiiy
17.¥d3 bc3 18.¥f6 ¥f6 19.£f6 cb2 29...¤c3 30.bc3 a4 31.£f5 ab3 32.ab3
20.¢b1 ¦g2 21.f5 ¦g1 22.¦g1 ef5 bc3 33.£f6 ¦b3 34.¢c1 1:0
23.¦e1 1:0
Roberto Garbarino
[C00]
Andrés Rodrigues Andrés Rodrigues
[B80]
Pablo Ricardi Villa Ballester 1996
Villa Ballester 1996 1.e4 e6 2.£e2 c5 3.¤f3 ¤c6 4.g3 g6
1.e4 c5 2.¤f3 e6 3.d4 cd4 4.¤d4 ¤f6 5.¥g2 ¥g7 6.c3 ¤ge7 7.h4 h6 8.0-0
5.¤c3 d6 6.¥e3 ¤c6 7.f3 a6 8.£d2 d5 9.d3 b6 10.¤a3 ¥a6 11.¦b1 0-0
¤d4 9.£d4 ¥e7 10.0-0-0 0-0 11.g4 b5 12.e5 b5 13.¤c2 £b6 14.b4 cb4 15.cb4
12.g5 ¤d7 13.h4 ¦b8 14.¢b1 b4 d4 16.£e4 ¥b7 17.£g4 h5 18.£g5
15.¤e2 ¤c5 16.h5 e5 17.£d2 ¥e6 ¤f5 19.¦e1 ¥h6 20.£f6 ¥g7 21.£g5

9
Mate de Peão 26

¦fd8 22.g4 ¥h6 23.£f6 ¥g7 24.£g5 0 ¥g6 9.d3 ¥d6 10.¥d2 £c7 11.a3
¥h6 25.£f6 hg4 26.¤g5 ¦f8 27.¤e4 ¤bd7 12.¢h1 0-0 13.f4 ¦ad8 14.g4 h6
¥g7 28.£g5 ¤e5 29.¤f6 ¥f6 30.£f6 15.¤g3 ¤d5 16.£f3 f5 17.¦ae1 fg4
¤d7 31.£g5 ¥g2 32.h5 ¥b7 33.hg6 18.£g4 ¥f7 19.¤d5 cd5 20.¥c3 g6
fg6 34.£g6 ¤g7 35.¥h6 ¦f7 36.¦bc1 XIIIIIIIIY
e5 0:1 9-+-Ô-Ôk+0
Andrés Rodrigues
9×pÓn+l+-0
[C54] 9-+-Õp+p×0
Ariel Sorin
Villa Ballester 1996 9+-+p+-+-0
1.e4 e5 2.¤f3 ¤c6 3.¥c4 ¥c5 4.0-0 9-+-+-zQ+0
¤f6 5.d3 d6 6.c3 a6 7.¥b3 ¥a7 8.h3 9z-vP+-sP0
h6 9.¦e1 g5 10.¤h2 g4 11.hg4 ¦g8
12.£f3 ¤a5 13.¥d5 c6
9-zP+-+L+0
XIIIIIIIIY 9+-+-tR+K0
9r+lÓk+r+0 xiiiiiiiiy
21.¦e6 ¢h7 22.f5 g5 23.¦d6 £d6
9Õp+-+p+-0 24.¥b4 £f6 25.¥f8 ¦f8 26.£b4 £e5
9p+p×-Ö-×0 27.¢h2 ¦e8 28.£b7 ¦e7 29.d4 £f6
9Ö-+L×-+-0 30.¥d5 £d6 31.¥f7 ¦e2 32.¢h1 £g3
9-+-+P+P+0 33.¥g6 ¢g8 34.£c8 ¤f8 35.£c4 ¢h8
9+-zP+Q+-0 36.£e2 £h3 37.¢g1 1:0
9Pz-+-zPs0 Utut Adianto
9tNv-t-m-0 [D17]
Nigel Short
xiiiiiiiiy Jakarta (m2) 1996
14.¥f7 ¢f7 15.b4 ¥g4 16.¤g4 ¦g4 1.d4 d5 2.¤f3 ¤f6 3.c4 c6 4.¤c3 dc4
17.¥e3 b5 18.ba5 £a5 19.¥a7 ¦a7 5.a4 ¥f5 6.¤e5 ¤bd7 7.¤c4 ¤b6
20.d4 ¦e7 21.de5 ¦e5 22.¤d2 £c7 8.¤e5 a5 9.f3 ¤fd7 10.¤d7 ¤d7 11.e4
23.a4 ¦eg5 24.g3 £e7 25.ab5 ab5 ¥g6 12.¥e3 e6 13.¥e2 ¥b4 14.0-0 0-
26.£e3 ¢g6 27.¢f1 ¦h5 28.¦a7 ¦h1 0 15.£b3 £c7 16.¦ac1 ¦fe8 17.¥c4
29.¢e2 ¦e1 30.¢e1 £e8 31.f4 ¢h5 ¦ac8 18.¤e2 ¥d6 19.g4 ¥h2 20.¢g2
32.£f3 ¢g6 33.£d3 ¢h5 34.£e2 ¤d7 ¥d6 21.e5 ¥f8 22.¤g3 £b6 23.f4
35.¤f1 ¤f6 36.£h2 ¢g6 37.f5 1:0 £b3 24.¥b3 f6 25.¥d2 fe5 26.de5
¤c5 27.¦c5 ¥c5 28.f5 ¥f7 29.¤e4 b6
Gus Celis 30.¤g5 ¦cd8 31.¥c3 ¦d5 32.¥d5 cd5
[B01]
Marcelo Tempone 33.fe6 ¥g6 34.¦d1 h6 35.¤f3 ¥e4
Villa Ballester 1996 36.¢g3 ¦e6 37.¤h4 g6 38.¤f3 ¦e8
1.e4 d5 2.ed5 £d5 3.¤c3 £a5 4.g3 39.¤d4 ¦f8 40.¦d2 ¦f1 41.¦e2 ¢f7
¤f6 5.¥g2 c6 6.h3 ¥f5 7.¤ge2 e6 8.0- 42.¤b3 ¦f3 43.¢h2 ¥e3 44.¤d2 ¥f4

10
Mate de Peão 26

45.¢g1 ¦g3 46.¢f2 ¥d3 47.e6 ¢e8 ¤e5 19.¤e5 ¢f6 20.£f3 ¢e7 21.£f7
48.¦e1 ¦g4 49.¢f3 h5 50.e7 d4 0:1 ¢d8 22.¤e6 ¦e6 23.£f8 ¦e8 24.¥g5
¤f6 25.¥f6 gf6 26.¦ad1 1:0
Edson Tsuboi
[B07]
Jefferson Pelikian Adriano Rodrigues
[B35]
Memorial Charlier, São Paulo 1996 Wagner Guimarães
1.e4 d6 2.d4 ¤f6 3.¤c3 c6 4.f4 £a5 III Clube Naval, Rio de Janeiro 1996
5.¥d3 ¥g4 6.¤f3 e5 7.¥e3 ¤bd7 1.e4 c5 2.¤f3 d6 3.d4 cd4 4.¤d4 ¤f6
8.£d2 ¥e7 9.0-0 ¥f3 10.¦f3 ¤g4 5.¤c3 g6 6.¥e3 ¥g7 7.h3 0-0 8.¥c4
11.¤e2 £b6 12.c3 ¤e3 13.¦e3 ¥f6 ¤c6 9.0-0 ¥d7 10.¥b3 £a5 11.f4
14.¥c4 0-0 15.¢h1 ¦ad8 16.¦d3 £c7 ¦ac8 12.¤f3 £h5 13.£e2 a6 14.¦ad1
17.¦d1 ¤b6 18.¥b3 ef4 19.£f4 £e7 ¥e6 15.¥e6 fe6 16.£c4 d5 17.ed5
20.¦f1 ¥g5 21.£g4 ¥h6 22.¤g3 g6 ¤e5 18.£e2 ¤f3 19.¦f3 ¤d5 20.¤d5
23.¤f5 £g5 24.£e2 gf5 25.¦g3 £g3 ed5 21.¥d4 ¥d4 22.¦d4 £f5 23.c3
26.hg3 fe4 27.£e4 d5 28.£f5 ¦d6 ¦f7 24.¦e3 £b1 25.¢h2 £a2 26.¦e7
29.¥c2 ¦g6 30.£h5 ¢g7 31.¥g6 hg6 ¦c6 27.£e5 ¢f8 28.¦e8 1:0
32.£e2 ¤c4 33.¦f3 ¤d2 34.£e7 ¤c4
35.g4 ¢g8 36.g5 ¥g7 37.£b7 1:0 A Alvim
[B76]
W Souza
Eduardo Limp III Clube Naval, Rio de Janeiro 1996
[A47]
Jefferson Pelikian 1.e4 c5 2.¤f3 d6 3.d4 cd4 4.¤d4 ¤f6
Memorial Charlier, São Paulo 1996 5.¤c3 g6 6.¥e3 ¥g7 7.f3 ¤c6 8.£d2
1.¤f3 c5 2.e3 ¤f6 3.d4 e6 4.c3 b6 0-0 9.0-0-0 ¥d7 10.g4 ¦c8 11.¢b1
5.¤bd2 ¥b7 6.¥d3 ¥e7 7.0-0 0-0 £a5 12.¤c6 ¥c6 13.¤d5 £d8 14.¤f6
8.£e2 ¤c6 9.a3 £c7 10.e4 d6 11.¦e1 ¥f6 15.g5 ¥g7 16.h4 f5 17.¥c4 ¢h8
cd4 12.cd4 ¦fe8 13.b4 ¥f8 14.e5 de5 18.h5 £e8 19.¥e6 f4 20.¥d4 ¥e5
15.de5 ¤d5 21.¥c8 £c8 22.hg6 ¢g7 23.¥e5 de5
XIIIIIIIIY 24.¦h7 ¢g6 25.£h2 1:0
9r+-+rÕk+0
Luís Loureiro
9×lÓ-+p×p0 Eduardo Limp
[B89]
9-×n+p+-+0 III Clube Naval, Rio de Janeiro 1996
9+-+nz-+-0 1.e4 c5 2.¤f3 d6 3.d4 cd4 4.¤d4 ¤f6
9-z-+-+-+0 5.¤c3 ¤c6 6.¥c4 e6 7.¥e3 ¥e7
9z-+L+N+-0 8.£e2 0-0 9.0-0-0 ¥d7 10.¦hg1 ¦c8
11.¥b3 ¤a5 12.f3 ¤b3 13.ab3 £a5
9-+-sQzPz0 14.¢b1 e5 15.¤db5 ¦c6 16.¥c1 a6
9t-v-t-m-0 17.¤a3 b5 18.¤d5 ¤d5 19.ed5 ¦cc8
xiiiiiiiiy 20.g4 f5 21.h3 f4 22.¥d2 £c7 23.¥c3
16.¥h7 ¢h7 17.¤g5 ¢g6 18.¤df3 ¥e8 24.£d2 ¥d8 25.¦h1 ¥g6

11
Mate de Peão 26

26.¦de1 ¥h4 27.¦ef1 e4 28.fe4 ¥e4 32.¦g4 ¥g4 33.£g4 £e7 0:1
29.¦hg1 f3 30.g5 ¥f5 31.£d4 f2

KASPAROV NO BRASIL

Marcelo Chapper
E finalmente aconteceu: o jogador de xadrez mais forte da atualidade
e possivelmente de todos os tempos veio ao Brasil. O russo Garry Kimovich
Kasparov desembarcou no Rio de Janeiro no dia 25 do mês de janeiro para
jogar uma simultânea contra alguns dos melhores jogadores brasileiros (GM
Gilberto Milos, MI Darcy Lima, MI Giovanni Vescovi) e contra a nata
enxadrística carioca (MI Christian Toth, Carlos Gouveia e Márcio Miranda).
A simultânea foi na boate Le Turf, localizada no jóquei. Sob uma tem-
peratura de 40º espremiam-se os aficcionados à espera do “gênio de Baku”.
Por volta das 4:00 chegou o atual campeão mundial da PCA, Garry Kasparov.
Extremamente concentrado, ele dirigiu-se ao “campo de batalha”. Excetu-
ando-se o rápido empate com Darcy Lima (empate sobre o qual corriam
boatos de ter sido preparado por Darcy no dia anterior) as outras partidas
foram muito disputadas.
Gostaria de chamar a atenção de todos para a partida contra Gilberto
Milos, pois este jogou muito bem conseguindo um convincente empate de
negras contra Kasparov jogando a defesa Siciliana (especialidade do cam-
peão). Na partida contra Giovanni, Kasparov não encontrou maiores difi-
culdades. Assim também contra Gouevia. A partida contra Miranda foi a
que mais emocionou os aficcionados pois Kasparov sacrificou um bispo (pou-
co para quem sacrificou uma torre contra Anand!!) para ganhar por ataque.
Depois recusou o empate proposto por Christian Toth ganhando um inte-
ressante final.
Kasparov, quando perguntado sobre a simultânea, respondeu: “–Não
estive inferior em nenhuma das partidas. Contra Christian não aceitei em-
pate para dar-lhe a chance de errar (risos). Todos os meus adversários joga-
ram sempre pelo empate. Já joguei simultâneas bem mais difíceis do que
esta.”
Andrew Page (manager de Kasparov) me disse, logo após a simultâ-

12
Mate de Peão 26

nea, que a estratégia da equipe brasileira foi errônea. Segundo ele, os joga-
dores deveriam ter tentado jogar mais rapidamente e pela vitória pois nes-
sas condições Kasparov poderia cometer erros. Eu o retruquei dizendo que
erros não são coisas muito comuns para Kasparov e ele disse rindo: “–It’s
really true. He’s the World Chess Champion!!!”
SIMULTÂNEA KASPAROV–EQUIPE OLÍMPICA BRASILEIRA
RIO DE JANEIRO, I 1996
1 KASPAROV, GARRY g 2775 ½ ½ 1 1 1 1 5
2 EQUIPE BRASILEIRA – — ½ ½ 0 0 0 0 1

Garry Kasparov [B31] ¤b6 24.¥c2 ¤c4 25.£d3


Carlos Gouveia XIIIIIIIIY
Rio de Janeiro (s) 1996 9-+r+-Ôk+0
1.e4 c5 2.¤f3 ¤c6 3.¥b5 g6 4.¥c6
dc6 5.h3 ¤f6 6.d3 ¥g7 7.¤c3 0-0
9+l+-+p×-0
8.¥e3 c4 9.0-0 cd3 10.cd3 £a5 11.d4 9p+-Õp+-×0
¥e6 12.£c2 h6 13.a3 ¦fd8 14.b4 £h5 9Ó-+p+-+-0
15.¤e2 £b5 16.¤f4 £c4 17.£b1 £b3 9P×nz-+-z0
18.e5 ¤e8 19.¤e6 £e6 20.b5 ¦ac8 9+-+QzNz-0
21.bc6 £c6 22.£b4 £d7 23.¦fd1 b6
24.d5 ¤c7 25.d6 ed6 26.¦d6 £e8
9-zLs-z-+0
27.¦ad1 ¤e6 28.£h4 £f8 29.a4 ¦d6 9+-t-t-m-0
30.ed6 ¦d8 31.d7 g5 32.£e4 £e7 xiiiiiiiiy
33.£b7 ¤f8 34.£a7 ¦d7 35.¦d7 £d7 25...f5 26.¦b1 £c7 27.¦ec1 ¥g3
36.£d7 ¤d7 37.¤d2 ¥e5 38.¤c4 ¥c7 28.fg3 £g3 29.¢f1 f4 30.£h7 ¢f7
39.g4 f6 40.¢g2 ¢f7 41.¢f3 ¢e6 31.¤g5 hg5 32.¤c4 fe3 33.¤e3 £e3
42.¢e4 h5 43.gh5 f5 44.¢d3 f4 34.¢g2 £d4 35.£g6 ¢e7 36.£g5 0:1
45.¥d4 ¢f5 46.f3 1:0
Christian Toth
[D35]
Márcio Miranda Garry Kasparov
[A46]
Garry Kasparov Rio de Janeiro (s) 1996
Rio de Janeiro (s) 1996 1.¤f3 d5 2.d4 ¤f6 3.c4 e6 4.¤c3 c6
1.d4 ¤f6 2.¤f3 e6 3.g3 b5 4.¥g2 ¥b7 5.cd5 ed5 6.¥g5 ¥f5 7.e3 ¤bd7
5.0-0 c5 6.c3 ¤a6 7.¥g5 ¥e7 8.¤bd2 8.¥d3 ¥d3 9.£d3 ¥e7 10.0-0 0-0
0-0 9.a3 ¦c8 10.¦e1 cd4 11.cd4 h6 11.¤d2 ¦e8 12.¦ab1 a5 13.£c2 ¥d6
12.¥f6 ¥f6 13.e3 d6 14.£b1 £b6 14.¥h4 £b8 15.¥g3 ¥g3 16.hg3 £d6
15.£d3 ¤b8 16.¦ac1 ¤d7 17.h4 ¥e7 17.¦fe1 ¦e6 18.a3 ¦ae8 19.¤a4 h5
18.¤h2 d5 19.¥f1 b4 20.a4 a6 20.¤c5 ¤c5 21.dc5 £d8 22.b4 d4
21.¤hf3 ¥d6 22.£b3 £a5 23.¥d3 23.e4 d3 24.£c4 ¤g4 25.£c3 h4 26.f3

13
Mate de Peão 26

¤e5 27.g4 h3 28.¤c4 ¤c4 29.£c4 hg2 21.¥f2 ¤g3 22.¦g1 b5 23.¥d3 £b8
30.¦ed1 ¦h6 31.¢g2 ab4 32.ab4 £c7 24.¤e2 ¤h5 25.b4 a5 26.a3 a4 27.¦c1
33.¦h1 ¦h1 34.¦h1 ¦d8 35.¦d1 d2 ¥f6 28.¤f1 ¥d8 29.£d2 ¤f7 30.¤c3
36.£c3 £f4 37.¢f2 g6 38.¢e2 £h2 £b7 31.¦c2 ¦b8 32.¤h2 ¤g3 33.¢d1
39.¢e3 ¢g7 34.¢c1 ¥b6 35.¥b6 £b6 36.£f2
XIIIIIIIIY £d4 37.£d4 ed4 38.¤e2 ¤e5 39.¦d1
9-+-Ô-+k+0 ¤d3 40.¦d3 ¤e2 41.¦e2 ¦bc8 42.¦c2
¦c2 43.¢c2 ¦c8 44.¢b2 ¦c4 45.¤f1
9+p+-+p+-0 ¢f6 46.¤d2 ¢e5 47.¤c4 bc4 48.¦d1
9-+p+-+p+0 ¥b5 1:0
9+-z-+-+-0
9-z-+P+P+0 Garry Kasparov
[B48]
9+-w-mP+-0 Gilberto Milos
Rio de Janeiro (s) 1996
9-+-×-+-Ó0 1.e4 c5 2.¤f3 e6 3.d4 cd4 4.¤d4 ¤c6
9+-+R+-+-0 5.¤c3 £c7 6.¥e3 a6 7.¥d3 ¤f6 8.0-
xiiiiiiiiy 0 ¤e5 9.h3 ¥c5 10.¢h1 d6 11.f4 ¤g6
39...f5 40.gf5 gf5 41.e5 f4 42.¢e4 £e2 12.£e1 0-0 13.f5 ¤e5 14.£h4 ¥d7
43.¢f5 ¦f8 0:1 15.g4 £b6 16.g5
XIIIIIIIIY
Darcy Lima 9r+-+-Ôk+0
[E94]
Garry Kasparov
Rio de Janeiro (s) 1996
9+p+l+p×p0
1.d4 ¤f6 2.c4 g6 3.¤c3 ¥g7 4.e4 d6 9pÓ-×pÖ-+0
5.¥e2 0-0 6.¥e3 e5 7.¤f3 c6 8.0-0 ed4 9+-Õ-ÖPz-0
9.¤d4 ¦e8 10.f3 d5 11.cd5 ¤d5 9-+-sP+-w0
12.¤d5 cd5 13.£b3 ¤c6 14.¦ad1 9+-s-v-+P0
¤d4 15.¥d4 ¥d4 16.¦d4 £f6
17.£d5 ¥e6 18.e5 ¥d5 19.ef6 ¦e2
9PzP+-+-+0
20.¦d5 ¦b2 ½:½ 9t-+-+R+K0
xiiiiiiiiy
Garry Kasparov 16...¤h5 17.£h5 ¥d4 18.¥d4 £d4
[E93]
Giovanni Vescovi 19.f6 ¥c6 20.fg7 ¢g7 21.£h6 ¢g8
Rio de Janeiro (s) 1996 22.£f6 £e3 23.¢h2 ¤d7 24.£h6 ¤e5
1.¤f3 ¤f6 2.c4 g6 3.¤c3 ¥g7 4.e4 d6 25.£f6 ¤d7 26.£h6 ¤e5 27.£f6 ½:½
5.d4 0-0 6.¥e2 e5 7.d5 ¤bd7 8.¥e3
¤g4 9.¥g5 f6 10.¥h4 h5 11.h3 ¤h6
12.¤d2 g5 13.¥g3 f5 14.¥h5 f4 MP27: Brasileiro feminino
15.¥h2 ¤f6 16.¥f3 c6 17.¥g1 cd5 e de veteranos
18.cd5 ¥d7 19.¥e2 a6 20.f3 ¤h5

14
Mate de Peão 26

NOVIDADES NA FIDE E NA PCA

Igor Freiberger
A Intel não renovou o contrato de patrocínio com a Professional Chess
Association. A notícia é uma surpresa já que a expectativa era de uma fácil (e
novamente milionária) renovação.
Consta que a empresa ficou satisfeita com a repercussão do match
entre Kasparov e Anand. Além disso, a subsidiária inglesa patrocinou o en-
contro de duas partidas entre o campeão e o programa Fritz4. Apesar disso,
a matriz americana opinou contra a manutenção do patrocínio (enquanto o
lado europeu da empresa manteve-se favorável).
Especula-se que Kasparov perdeu seu patrocinador ao aceitar o match
contra o supercomputador Deep Blue, da IBM. As empresas são rivais no
campo da informática. O motivo, contudo, não explica completamente a sú-
bita desistência da Intel. Muito provavelmente, os problemas políticos e a
falta de garantia de que o título seja reunificado afetaram o entusiasmo da
empresa com o xadrez. Além disso, se o motivo foram os US$ 400,000 que
Kasparov ganhou para vencer Deep Blue, o negócio foi péssimo: o patrocí-
nio da Intel deveria chegar a US$ 7,000,000. Será que o campeão tem outro
patrocinador escondido na manga?
Com ou sem a ajuda da Intel, porém, a PCA anunciou que tem 4 tor-
neios de xadrez rápido planejados para o ano (mantendo o Grand Prix de
94 e 95). O título mundial volta a ser disputado em 97, permanecendo bienal
e no formato de 10 jogadores que disputam matches eliminatórios. Os 5
vencedores reúnem-se a Kamsky. Nova rodada e os 3 vencedores reúnem-
se a Anand. O vencdor do Qualifiers (o Torneio de Candidatos da PCA) en-
frenta Kasparov em 97. Presume-se que a escolha dos 10 qualificados
contuará a ser com um Interzonal.
Por fim, a PCA divulgou em fevereiro sua nova lista de rating.
Kasparov continua líder, mas o empate técnico entre ele, Karpov e Kramnik é
patente.

15
Mate de Peão 26

A Fide e o novo Campeonato Mundial


O presidente da Fide Kirsan Iljumzhinov anunciou, em Moscow, que
pretende adotar um formato nocaute para o Campeonato Mundial. Algo
como um torneio de tênis, iniciando com 100 jogadores (!) que defrontam-
se em minimatches de duas partidas.
A idéia teve péssima recepção entre os jogadores. O caráter minimalista
do formato torna um tanto aleatória a disputa. Karpov repetiu que xadrez
não é tênis e atacou: “é uma proposta estúpida”. Kasparov também reagiu
dizendo que é o campeão legítimo e que ninguém vai usurpar seu trono.
Lembrou que há 110 anos a coroa do xadrez é decidida em longos matches,
o que não deveria ser mudado.
Talvez mais superficial ainda seja a idéia (sonho?) de realizar o mun-
dial anualmente e com uma bolsa de 5 milhões de dólares. Iljumzhinov confia
que o novo formato será atraente para a mídia, especialmente para a TV. E,
em conseqüência, seria possível obter uma bolsa desse quilate. É bom lem-
brar que o match Kasparov–Karpov mais bem pago juntou apenas 3 mi-
lhões de dólares e somente o retorno de Fischer contra Spassky em 92 atin-
giu os astronômicos 5 milhões.
RATING PCA
RESULTADOS ATÉ 31.12.1995
Dados:nome, país, rating, variação. A variação significa estabilidade (númeors baixos)
ou instabilidade (números altos). A média para o nível 2600+ é 180.
1 KASPAROV, GARRY RUS 2780 157 25 SPEELMAN,JONATHAN ENG 2627 157
2 KRAMNIK, VLADIMIR RUS 2775 147 26 KRASENKOV, MIKHAIL RUS 2627 187
3 KARPOV, ANATOLY RUS 2770 147 27 KHARLOV, ANDREI RUS 2626 158
4 ANAND,VISWANATHAN IND 2766 160 28 RUBLEVSKY, SERGEI RUS 2623 171
5 KAMSKY, GATA USA 2754 166 29 SEIRAWAN, YASSER USA 2623 188
6 IVANCHUK, VASSILY UKR 2740 158 30 LEKO, PETER HUN 2621 150
7 TOPALOV, VESELIN BUL 2700 186 31 AKOPIAN, VLADIMIR ARM 2621 151
8 POLGAR, JUDIT HUN 2694 194 32 DREEV, ALEXEY RUS 2617 154
9 EHLVEST, JAAN EST 2683 138 33 NIKOLIC, PREDRAG BIH 2616 198
10 GELFAND, BORIS BLR 2675 181 34 EPISHIN, VLADIMIR RUS 2616 161
11 SHIROV , ALEXEI LAT 2662 169 35 LPUTIAN, SMBAT ARM 2615 202
12 SOKOLOV, IVAN BIH 2662 170 36 GRANDA ZUNIGA, JULIO PER 2614 214
13 KHALIFMAN, ALEX. RUS 2661 137 37 VLADIMIROV,EVGENY KAZ 2611 163
14 SALOV ,VALERY RUS 2650 181 38 TIMMAN, JAN NED 2610 167
15 BAREEV, EVGENY RUS 2648 149 39 HUZMAN, A LEXANDER UKR 2609 148
16 ALMASI, ZOLTAN HUN 2647 172 40 OLL, LEMBIT EST 2609 189
17 SHORT, NIGEL ENG 2644 190 41 GEORGIEV, KIRIL BUL 2609 182
18 SVIDLER, PETER RUS 2642 170 42 NUNN, JOHN ENG 2608 174
19 ADAMS, M ICHAEL ENG 2641 195 43 HANSEN, CURT DEN 2607 180
20 YUSUPOV,ARTUR GER 2639 115 44 HRACEK, ZBYNEK CZE 2607 147
21 MOROSEVICH, ALEX. RUS 2634 209 45 CHRISTIANSEN, LARRY USA 2605 181
22 KOSASHVILI, YONA ISR 2633 194 46 YUDASIN, LEONID ISR 2605 149
23 KORCHNOI,VIKTOR SUI 2632 172 47 ZVJAGINSEV, VADIM RUS 2604 144
24 ILLESCAS, MIGUEL ESP 2628 178 48 MAGERRAMOV, ELMAR RUS 2604 188

16
Mate de Peão 26

49 TIVIAKOV, SERGEI RUS 2604 197 52 BELIAVSKY, ALEXANDER UKR 2602 178
50 GLEK, IGOR RUS 2603 168 53 ANDERSSON, ULF SWE 2601 142
51 HÜBNER, ROBERT GER 2602 157 54 FILIPPOV, VALERIJ RUS 2600 146

HASTINGS, REGGIO EMILIA E


GAUSDAL MASTERS

Hastings
O grupo Premier (principal) do mais antigo torneio do mundo foi ven-
cido pelo trio Conquest, Khalifman e Lalic. Conquest foi a boa surpresa, es-
pecialmente para a torcida local. Anthony Miles teve um mau começo, mas
recuperou-se e terminou em 4º com Yermolinsky. O torneio entusiasmou
por suas partidas combativas, mas os ingleses Sadler, Speelman e Hodgson
terão pouco para lembrar dele.
No Hastings Challengers, um aberto com 128 jogadores, o vitorioso
foi Mark Hebden com 8½ em 11 rodadas. O GM Glenn Flear e os MIs Parker
e Ledger dividiram o segundo posto, com 8 pontos. Logo a seguir, um gru-
po de 9 jogadores com 7½ pontos, com destaque para o veterano David
Bronstein.
HASTINGS CHESS CONGRESS – PREMIER GROUP
HASTINGS, XII 1995 – I 1996
1 CONQUEST, STUART g ENG 2455 · 0 0 1 = 1 0 1 1 1 5½ 2663
2 KHALIFMAN, ALEXANDER g RUS 2655 1 · = = = 0 = 1 = 1 5½ 2641
3 LALIC, BOGDAN g CRO 2590 1 = · 1 = = = = = = 5½ 2648
4 MILES, ANTHONY g ENG 2600 0 = 0 · = 1 1 = 1 = 5 2610
5 YERMOLINSKY, ALEXEY g USA 2560 = = = = · = 0 = 1 1 5 2615
6 SADLER, MATTHEW g ENG 2565 0 1 = 0 = · = = = 1 4½ 2571
7 SPEELMAN, JONATHAN g ENG 2620 1 = = 0 1 = · 0 = = 4½ 2565
8 ATALIK, SUAT g TUR 2525 0 0 = = = = 1 · = = 4 2533
9 HODGSON, JULIAN g ENG 2590 0 = = 0 0 = = = · = 3 2443
10 LUTHER, THOMAS g GER 2550 0 0 = = 0 0 = = = · 2½ 2407

Reggio Emilia
Tradicionalmente um palco de muitos empates, o Magistral de Reggio

17
Mate de Peão 26

Emilia não fugiu à própria biografia. O alto nível dos participantes atingiu
um elevado rating médio mas não produziu partidas empolgantes. Dreev,
Epishin e Razuvaev venceram empatados com um minguado plus dois.
Vaganian não atuou bem mas Michele Godena surpreendeu. O mais forte
jogador italiano vinha de bons desempenhos e manteve-se em condições
de igualdade com o forte time de estrangeiros.
MAGISTRAL DE REGGIO EMILIA
REGGIO EMILIA, XII 1995 – I 1996
1 DREEV, ALEXEY g RUS 2670 · = = = = = = = 1 1 5½ 2653
2 EPISHIN, VLADIMIR g RUS 2640 = · 0 = = = 1 1 = 1 5½ 2656
3 RAZUVAEV, YURI g RUS 2585 = 1 · = = = = = = 1 5½ 2662
4 AZMAIPARASHVILI, Z. g BIH 2620 = = = · 0 = = = 1 1 5 2621
5 BELIAVSKY, ALEXANDER g UKR 2650 = = = 1 · = = 1 0 = 5 2618
6 CHERNIN, ALEXANDER g HUN 2600 = = = = = · = = 1 = 5 2624
7 GODENA, MICHELE m ITA 2420 = 0 = = = = · = = 1 4½ 2601
8 VAGANIAN, RAFAEL g ARM 2645 = 0 = = 0 = = · 1 = 4 2533
9 DAUTOV, RUSTEM g GER 2620 0 = = 0 1 0 = 0 · 1 3½ 2498
10 BELOTTI, BRUNO m ITA 2380 0 0 0 0 = = 0 = 0 · 1½ 2332

Gausdal Masters na Noruega


O norueguês Rune Djurhuus venceu de forma arrasadora esse tradi-
cional torneio do inverno nórdico. Djurhuus mostrou um jogo determina-
do, obteve norma de GM e ganhou por antecipação. Outro norueguês,
Madsen, esteve próximo de uma norma de MI. O fato pitoresco ficou por
conta do tempo: pela primeira vez em 40 anos não nevou em Gausdal, que
é também um conhecido centro de esqui europeu.
GAUSDAL MASTERS
GAUSDAL, I 1996
1 DJURHUUS, RUNE m NOR 2515 · 1 = = 1 1 1 0 1 1 7 2620
2 SOKOLOV, ANDREI m LAT 2505 0 · = 1 = = 1 1 = 1 6 2526
3 WESTERINEN, HEIKKI g FIN 2375 = = · 1 1 1 0 = = = 5½ 2495
4 KRAIDMAN, YAIR g ISR 2365 = 0 0 · = 1 1 = 1 0 4½ 2416
5 MADSEN, DAG NOR 2295 0 = 0 = · 0 = 1 1 1 4½ 2424
6 OSTENSTAD, BERGE m NOR 2470 0 = 0 0 1 · = = 1 1 4½ 2405
7 BORGE, NIKOLAJ m DEN 2425 0 0 1 0 = = · 1 0 1 4 2367
8 IVANOV, MIKHAIL g RUS 2445 1 0 = = 0 = 0 · = 1 4 2364
9 MOBERG, KARL SWE 2420 0 = = 0 0 0 1 = · = 3 2285
10 ELSNESS, FRODE NOR 2300 0 0 = 1 0 0 0 0 = · 2 2203

Julian Hodgson 5.d4 0-0 6.¤f3 d6 7.0-0 £e8 8.d5 c5


[A87]
Stuart Conquest 9.£c2 ¤a6 10.¥d2 h6 11.a3 £f7
Hastings 1996 12.¦ad1 ¥d7 13.£c1 ¢h7 14.£b1
1.c4 g6 2.g3 ¥g7 3.¥g2 f5 4.¤c3 ¤f6 ¤c7 15.e4 fe4 16.¤e4 ¤e4 17.£e4

18
Mate de Peão 26

¥f5 18.£h4 £f6 19.¥g5 £b2 20.g4 £d4 36.b6 ¤g5 37.¦1c2 ¤h3 38.¢f1
¥d7 21.¦b1 £c3 22.¦b7 ¦ac8 23.¥d2 £d3 0:1
£c4 24.£e7 £g4 25.h3 £f5 26.¤h4
£f7 27.£d6 ¥b5 28.¥e4 £f6 29.£g3 David Bronstein
[C00]
¥f1 30.¢f1 ¢g8 31.d6 £d4 32.£e3 Bertrand Kelly
£d6 33.¤g6 ¦f7 34.£d3 ¥d4 35.¥e3 Challengers Hastings 1996
¦d8 36.¢g2 £f6 37.¥f4 ¥e5 38.£g3 1.e4 c5 2.¤f3 e6 3.£e2 ¤c6 4.g3 ¤f6
¥f4 39.¤f4 ¦g7 40.¤g6 ¦e8 41.¦c7 5.¥g2 d5 6.d3 ¥e7 7.0-0 0-0 8.e5 ¤d7
¦c7 42.¤e7 ¢f7 43.¥d5 ¢f8 44.¢h1 9.c4 d4 10.h4 a6 11.¥f4 ¦b8 12.¤h2
¦d8 45.¤g6 ¢e8 46.¤f4 ¦g7 47.£e3 ¤a5 13.¤d2 b5 14.b3 ¥b7 15.¥h3
¦e7 48.£g3 £g5 49.¥c6 ¢f7 50.£b3 bc4 16.bc4 ¤c6 17.¤g4 ¥a8 18.¤f3
¢f8 0:1 ¦b4 19.¤g5 £b6 20.¥g2 ¦b2 21.£d1
£a5 22.¥e4 g6 23.£f3 £c7 24.¤h6
Alex Yermolinsky ¢g7
[D30]
Thomas Luther XIIIIIIIIY
Hastings 1996 9l+-+-Ô-+0
1.¤f3 d5 2.d4 e6 3.c4 ¤d7 4.¤c3 dc4
5.e4 ¤b6 6.¥c4 ¤c4 7.£a4 ¥d7
9+-ÓnÕpÒp0
8.£c4 ¤f6 9.¥g5 h6 10.¥f6 gf6 11.0- 9p+n+p+ps0
0 c6 12.¦fd1 £a5 13.d5 ¥b4 14.a3 9+-×-z-s-0
¥c3 15.b4 £a4 16.£c3 0-0-0 17.£f6 9-+P×Lv-z0
ed5 18.ed5 ¥e6 19.d6 ¦hg8 20.¤e5 9+-+P+Qz-0
£b3 21.¦d3 £c2 22.¦ad1 ¥d5 23.g3
¢b8 24.d7 ¢a8 25.b5 h5 26.bc6 bc6
9PÔ-+-z-+0
27.¦d5 cd5 28.£f3 1:0 9t-+-+Rm-0
xiiiiiiiiy
Matthiew Sadler 25.¤hf7 ¤ce5 26.¤e6 ¢f7 27.¥e5
[A40]
Stuart Conquest ¢e6 28.¥d5 ¥d5 1:0
Hastings 1996
1.d4 e6 2.c4 ¥b4 3.¥d2 a5 4.¤f3 d6 Vladimir Epishin
[D20]
5.g3 ¤c6 6.¥g2 e5 7.d5 ¥d2 8.¤fd2 Michele Godena
¤b8 9.¤c3 ¤d7 10.a3 f5 11.b4 ¤h6 Reggio Emilia 1996
12.0-0 0-0 13.¦c1 b6 14.¤b5 ¥a6 1.d4 d5 2.c4 dc4 3.e4 e5 4.¤f3 ¥b4
15.£c2 ¦f7 16.ba5 ba5 17.a4 g5 5.¤c3 ed4 6.¤d4 ¤e7 7.¥f4 ¤g6
18.¤b3 f4 19.£d2 g4 20.¦c2 ¢h8 8.¥g3 £e7 9.¥c4 £e4 10.¢f1 ¥c3
21.e4 ¦f6 22.¤a5 ¥b5 23.cb5 f3 11.bc3 0-0 12.£e1 £e1 13.¦e1 ¥d7
24.¥h1 ¤f7 25.¤b7 £b8 26.¦fc1 ¦a4 14.h4 ¤c6 15.¤c6 ¥c6 16.h5 ¤h8
27.¦c7 ¤b6 28.¤a5 £a8 29.¦7c6 £a7 17.¦h4 ¦fe8 18.¦e8 ¥e8 19.¦e4 ¦c8
30.£e3 £a5 31.¦b6 ¦a3 32.¦b8 ¢g7 20.¥d5 ¥b5 21.c4 ¥a6 22.¥c7 h6
33.£e1 £a7 34.¦bc8 ¦a2 35.¦8c6 23.¦e7 ¢h7 24.¢e2 g6 25.hg6 ¢g6

19
Mate de Peão 26

26.¢d3 ¢f6 27.¦d7 b5 28.c5 b4 46.¥d4 ab4 47.d6 b3 48.¢e5 ¦a8


29.¢d4 ¥b5 30.c6 a5 31.¥a5 1:0 49.d7 g5 0:1

Vladimir Epishin Rune Djurhuus


[E08] [B93]
Bruno Belotti Frode Elsness
Reggio Emilia 1996 Gausdal Masters 1995
1.d4 ¤f6 2.¤f3 e6 3.c4 d5 4.g3 ¥e7 1.e4 c5 2.¤f3 d6 3.d4 cd4 4.¤d4 ¤f6
5.¥g2 0-0 6.£c2 ¤bd7 7.0-0 c6 8.¦d1 5.¤c3 a6 6.f4 £c7 7.¥e2 e5 8.¤f5
b6 9.b3 ¥b7 10.¤c3 ¦c8 11.e4 de4 ¥f5 9.ef5 ¤c6 10.0-0 ¥e7 11.g4! ¤d4
12.¤e4 c5 13.¤f6 ¥f6 14.¤g5 ¥g5 12.¥e3 £c5 [12...¤e2 13.£e2²] 13.g5
15.¥b7 ¦c7 16.¥e4 f5 17.¥g2 cd4 ¤d5 14.¤d5 £d5 [14...¤e2? 15.¢f2
18.¥g5 £g5 19.¦d4 e5 20.¦d5 £e7 £c4 16.b3+–] 15.¥g4 [15.¢f2 h6!
21.¦e1 g6 22.£d2 ¢g7 23.£c3 ¢h6 16.c3 (16.g6 ¥h4) 16...hg5 17.cd4 ¦h2
24.a4 ¦f7 25.a5 ¦c5 26.¦c5 £c5 27.b4 18.¢e1 gf4µ] 15...£e4 16.¥d4 £d4
£d6 28.¥d5 ¦e7 29.¦d1 e4 30.c5 bc5 [16...ed4 17.¥f3 (17.f6 gf6 18.gf6
31.b5 f4 32.gf4 ¤f6 33.¥b3 £f4 ¦g8÷) 17...£f5 18.¥b7 ¦b8 19.¥c6
34.£e3 g5 35.b6 ab6 36.ab6 £e5 ¢f8 20.£d4±] 17.£d4 ed4 18.¦fe1±
37.¥c4 ¢g7 38.h3 h6 39.¦b1 ¦b7 f6 19.¦ad1 ¢d7 20.¦d4 ¦ac8 21.c3
40.¥a6 ¦b8 41.b7 £d6 42.¥f1 £d5 ¦c5 [21...h6 22.h4 ¦c5 23.¦de4 ¥d8
43.¥a6 £a2 44.¦b6 £a1 45.¥f1 £e5 24.g6±] 22.h4 ¦hc8 23.¥f3 ¦b5
46.£a3 ¤d7 47.¦b1 ¦f8 48.¥g2 c4 24.¦e2 ¦h8 25.a4 ¦b6 26.¥d5+– a5
49.£e3 ¤f6 50.b8£ 1:0 27.¢g2 h6
XIIIIIIIIY
Bruno Belotti 9-+-+-+-Ô0
[B58]
Alexey Dreev
Reggio Emilia 1996
9+p+kÕ-×-0
1.e4 c5 2.¤f3 ¤c6 3.¤c3 d6 4.d4 cd4 9-Ô-×-×-×0
5.¤d4 ¤f6 6.¥e2 e5 7.¤f3 h6 8.0-0 9×-+L+Pz-0
¥e6 9.¦e1 ¥e7 10.¥f1 0-0 11.¤d5 9P+-t-z-z0
¥d5 12.ed5 ¤b8 13.c4 ¤bd7 14.a3 a5 9+-z-+-+-0
15.b3 ¤h7 16.¥b2 f5 17.b4 b6 18.£c2
¤g5 19.¤d2 £e8 20.¢h1 £f7 21.¤b1
9-z-+R+K+0
e4 22.¤c3 ¦ac8 23.¤b5 h5 24.£d2 f4 9+-+-+-+-0
25.h4 e3 26.£c2 ef2 27.¦e7 £e7 xiiiiiiiiy
28.hg5 ¤e5 29.£f2 ¤c4 30.¦e1 £g5 28.¦c4 hg5 [28...¥d8 29.¥e6 ¢e7
31.¥c4 ¦c4 32.¤d6 ¦c2 33.£c2 £h4 30.¥c8 ¢f8 31.¦ce4 ¢f7 32.g6]
34.¢g1 £e1 35.¢h2 £g3 36.¢g1 f3 29.¥e6 ¢e8 30.¦c7! ¦h4 31.¥d5 ¦g4
37.¤e4 £e1 38.¢h2 f2 39.¤f2 ¦f2 32.¢h3 1:0
40.£c8 ¢h7 41.¥c3 £e4 42.£h3 £f4
43.£g3 £g3 44.¢g3 ¦a2 45.¢f4 ¦a3 ¬ Rune Djurhuus

20
Mate de Peão 26

Berge Ostenstad 20.¤f3 ¥a7 21.£c4 ¤c5 [21...¦ac8!?


[E97]
Rune Djurhuus 22.£h4 £c5 23.¥d2 £d5µ] 22.¤h4!
Gausdal Masters 1995 ¤d3 23.¢e2
1.d4 ¤f6 2.¤f3 g6 3.c4 ¥g7 4.¤c3 0- XIIIIIIIIY
0 5.e4 d6 6.¥e2 e5 7.0-0 ¤c6 8.d5 9r+-Ô-+k+0
¤e7 9.¤d2 a5 10.¦b1 ¥d7 11.a3 a4
12.b4 ab3 13.¤b3 b6 14.¦a1 £e8
9Õp+-Óp×p0
15.£c2 ¤h5 16.¤b5 £c8 17.¦d1 f5 9-+-+-+l+0
18.f3 ¢h8 19.¥b2 ¤f4 20.¥f1 fe4 9×-+P+-+-0
21.fe4 ¤g8 22.a4 ¤f6³ 23.¦e1 ¦f7!? 9-+Q+-+-s0
24.£c3 ¥b5!? 25.cb5 £g4 26.¤d2? 9z-+nz-s-0
[¹26.a5 ba5 27.¤a5 ¦af8] 26...¥h6
27.¤c4 £d7 28.a5 ba5 29.¤a5 ¦af8
9-z-+Kz-z0
30.¤c6 £g4 [30...¤g4!?] 31.¥a3 ¤d7 9t-v-+-t-0
32.¥b4 ¤h5 [32...¥g5!?] 33.¥e2 £g5 xiiiiiiiiy
34.¥h5 [34.¦f1 £e3 35.£e3 ¥e3 23...£f6! 24.¤g6 £f2 25.¢d3 £g1
36.¢h1 ¦f1 37.¦f1 ¦f1 38.¥f1 ¤hf6 26.¤e7 ¢f8 27.¤gf5 [27.b3 £d1
39.¥d3 (39.¥a5 ¥b6 40.¥b6 cb6 28.¢c3 b5; 27.e4 b5; 27.¤ef5 ¦ac8]
41.¥d3 ¤c5µ) 39...¤g4 40.¥e1 27...£d1 [27...£f1? 28.¢c3 £c4
¤c5µ] 34...£h5 35.£d3 ¦f2 36.¦f1 29.¢c4 g6 30.e4 gf5 31.¤f5°] 28.¢c3
£h4 37.¦f2 £f2 38.¢h1 ¥e3 39.¥a3 [28.¥d2 £a1–+] 28...b5!
[39.¤d8 ¤f6 40.¤e6 ¤e4 41.¤f8 £g1 XIIIIIIIIY
42.¦g1 ¤f2; 39.¦e1 ¤c5!] 39...h5 9r+-Ô-Ò-+0
[39...¤f6? 40.¤e5! ¤e4 41.¤g4!
(41.¤f3?? £g1 42.¦g1 ¤f2)] 40.¤d8?
9Õ-+-sp×p0
¦d8 0:1 9-+-+-+-+0
¬ Rune Djurhuus 9×p+P+N+-0
9-+Q+-+-+0
Andrei Sokolovs 9z-m-z-+-0
[A31]
Rune Djurhuus
Gausdal Masters 1995
9-z-+-+-z0
1.d4 ¤f6 2.c4 c5 3.¤f3 cd4 4.¤d4 e5 9t-vq+-+-0
5.¤b5 d5 6.cd5 ¥c5 7.¤5c3 0-0 8.e3 xiiiiiiiiy
e4 9.a3 a5!? 10.¤d2 £e7 11.¥e2 ¦d8 29.£e4 [29.£b5 ¦ac8 30.¤c6 (30.¤c8
12.¤b3 ¥b6 13.¤d2 ¥c5 14.£b3 ¥f5 ¦c8 31.£c6 ¦c6 32.dc6 £d5–+)
15.g4? [15.¤c4 ¦a6 16.¥d2²] 30...¦d5–+; 29.£c6 b4 30.¢c4 (30.ab4
15...¤g4 16.¥g4 ¥g4 17.¤ce4 ¤a6! ab4 31.¢b4 ¦db8 32.¢c4 £b3)
[17...¥f3? 18.d6! ¥d6 19.¤f3 £e4 30...£c2 31.¢b5 ¦db8–+] 29...¦ac8
20.£f7!] 18.¦g1 ¥f5 19.¤g3 [19.£c3 30.¤c6 ¦d5 0:1
¥g6 20.b3 ¦ac8 21.¥b2 f6µ] 19...¥g6 ¬ Rune Djurhuus

21
Mate de Peão 26

MEMORIAL PAUL KERES

Igor Freiberger
Para homenagear o mais ilustre jogador de sua história, a Estônia pro-
gramou uma série de eventos para 1996, ano em que comemora-se o 80º
aniversário de nascimento de Paul Keres.
Keres, chamado o eterno segundo, foi um jogador brilhante e perma-
nente candidato ao título mundial. Com um estilo empreendedor, não hesi-
tava em usar o secular Gambito do Rei, fato pelo qual foi censurado pelo
campeão Botvinnik: não se podia arriscar o ouro soviético nas olimpíadas
de xadrez com a “arriscada” abertura do colega.
Mais do que tudo, a carreira de Keres foi marcada pela busca inces-
sante e frustrada do título mundial. Disputou todos interzonais do anos 50
e 60, e sempre esteve próximo de vencê-los. Mas nos momentos decisivos
outro ficava com a vaga e Keres tinha de esperar pelo próximo ciclo.
O primeiro evento da série Memorial Paul Keres teve lugar na capital
Tallin, em janeiro. Um forte torneio de xadrez rápido (25’) que foi vencido
pelo ucraniano Ivanchuk. Smyslov, do alto de seus 74 anos, teve ótima atu-
ação. O representante local Jan Ehlvest decepcionou e Lembit Oll, outro forte
GM estoniano, não jogou por estar gripado.
O segundo torneio foi um Magistral de categoria XVII jogado em fe-
vereiro na cidade de Pärnu. O prestígio do xadrez e de Keres levou até mes-
mo o presidente da Estônia ao cerimonial de abertura. Short reapareceu ven-
cedor pela primeira vez desde 93, com uma excelente performance. O tche-
co Zbynek Hracek, que apareceu surpreendentemente bem na nova lista de
rating da Fide, jogou um xadrez altamente competitivo e agitou o torneio.
Só quem não ficou muito satisfeito foi o público, que espera melhor desem-
penho de seus jogadores.
O grupo B teve como vencedor o favorito Vladimir Epishin, que só
escapou com sorte diante de Liiva e Kveinys. O grupo C, só de mulheres,
teve uma apertada disputa onde quem levou a melhor foi a filandesa Johanna

22
Mate de Peão 26

Paasikangas, que terminou à frente de toda equipe olímpica estoniana.


Estão planejados outros eventos, entre eles uma simultânea de Jan
Ehlvest contra os melhores jogadores por correspondência locais e uma exi-
bição sobre o laboratório do jogador epistolar (para quem não sabe, Keres
foi grande entusiasta do xadrez postal).
MEMORIAL PAUL KERES – XADREZ RÁPIDO
TALLIN, I 1996
1 IVANCHUK, VASSILY g UKR 2735 · 1 = = = 1 1 1 5½ 2761
2 MALISAUSKAS, V. g LTU 2530 0 · = = 1 0 1 1 4 2610
3 SMYSLOV, VASSILY g RUS 2550 = = · = = = = 1 4 2607
4 LIIVA, RIHO EST 2425 = = = · = 1 0 = 3½ 2575
5 SHIROV, ALEXEI g ESP 2690 = 0 = = · = = 1 3½ 2537
6 EHLVEST, JAAN g EST 2660 0 1 = 0 = · 1 0 3 2492
7 RYTSHAGOV, MIKHAIL m EST 2495 0 0 = 1 = 0 · 1 3 2515
8 MAIDLA, VALLO f EST 2370 0 0 0 = 0 1 0 · 1½ 2353

MEMORIAL PAUL KERES – GRUPO A


PÄRNU, II 1996
1 SHORT, NIGEL g ENG 2665 · · = 1 = 1 1 0 1 = = = 6½ 2763
2 KHALIFMAN, ALEX. g RUS 2650 = 0 · · = = 1 = = = = 1 5½ 2692
3 EHLVEST, JAAN g EST 2660 = 0 = = · · = 1 = = = = 5 2654
4 HRACEK, ZBYNEK g CZE 2650 0 1 0 = = 0 · · 0 1 1 1 5 2656
5 OLL, LEMBIT g EST 2640 0 = = = = = 1 0 · · = 0 4 2586
6 SOKOLOV, IVAN g BIH 2665 = = = 0 = = 0 0 = 1 · · 4 2581

MEMORIAL PAUL KERES – GRUPO B


PÄRNU, II 1996
1 EPISHIN, VLADIMIR g RUS 2645 · = = = 1 = 1 1 0 1 6 2592
2 KVEINYS, ALOYZAS g LTU 2500 = · = = = 1 = = 1 1 6 2608
3 KENGIS, EDVINS g LAT 2570 = = · = = 1 0 1 = = 5 2519
4 VEINGOLD, ALEKSANDR m EST 2425 = = = · = = = = 1 = 5 2535
5 KULAOTS, KAIDO m EST 2400 0 = = = · = = 1 = = 4½ 2495
6 LIIVA, RIHO EST 2425 = 0 0 = = · = = 1 1 4½ 2492
7 RYTSHAGOV, MIKHAIL m EST 2495 0 = 1 = = = · = = = 4½ 2484
8 SEPP, OLAV m EST 2440 0 = 0 = 0 = = · 1 = 3½ 2410
9 GYIMESI, ZOLTAN m HUN 2545 1 0 = 0 = 0 = 0 · = 3 2353
10 WESTERINEN, HEIKKI g FIN 2410 0 0 = = = 0 = = = · 3 2368

Vassily Ivanchuk 12.ab5 ab5 13.¦a8 ¥a8 14.¤e7 £e7


[B92]
Vasilios Malisauskas 15.f3 ¦b8 16.¦e1 d5 17.ed5 ¥d5 18.¥f1
Memorial Keres (25') Tallinn 1996 £b4 19.¥d2 £h4 20.¥c3 e4 21.£d4
1.e4 c5 2.¤f3 d6 3.d4 cd4 4.¤d4 ¤f6 ¤f8 22.¤c5 ¤e6 23.¤e6 fe6 24.fe4 ¥e4
5.¤c3 a6 6.¥e2 e5 7.¤b3 ¥e7 8.0-0 0- 25.¥d3 b4 26.¦e4 bc3 27.¦h4 cb2 28.c3
0 9.¢h1 b5 10.a4 ¥b7 11.¤d5 ¤bd7 b1£ 29.¥b1 ¦b1 30.£g1 1:0

23
Mate de Peão 26

Vassily Ivanchuk Memorial Keres (25') Tallinn 1996


[B83]
Mikahil Rytshagov 1.e4 c5 2.¤f3 d6 3.d4 cd4 4.¤d4 ¤f6
Memorial Keres (25') Tallinn 1996 5.¤c3 ¤c6 6.¥g5 e6 7.£d2 a6 8.0-0-
1.e4 c5 2.¤f3 e6 3.d4 cd4 4.¤d4 ¤f6 0 h6 9.¥e3 ¥d7 10.f3 b5 11.¤c6 ¥c6
5.¤c3 d6 6.f4 ¥e7 7.¥e2 ¤c6 8.0-0 12.¤e2 £c7 13.¤d4 ¥b7 14.g4 ¤d7
0-0 9.¢h1 ¥d7 10.¤f3 £c7 11.¥d3 15.¢b1 d5 16.¥f4 ¥d6 17.¥d6 £d6
¤b4 12.a3 ¤d3 13.cd3 ¥c6 18.ed5 £d5 19.¥g2 ¦d8 20.¦hg1
XIIIIIIIIY £d6 21.f4 ¥g2 22.£g2 ¤f6 23.£f3
9r+-+-Ôk+0 £d5
9×pÓ-Õp×p0 XIIIIIIIIY
9-+l×pÖ-+0 9-+-Ôk+-Ô0
9+-+-+-+-0 9+-+-+p×-0
9-+-+Pz-+0 9p+-+pÖ-×0
9z-sP+N+-0 9+p+q+-+-0
9-z-+-+Pz0 9-+-s-zP+0
9t-vQ+R+K0 9+-+-+Q+-0
xiiiiiiiiy 9PzP+-+-z0
14.b4 e5 15.¥b2 ef4 16.£c1 £d7 9+K+R+-t-0
17.¤d4 a6 18.£f4 ¦fe8 19.¤f5 ¥f8 xiiiiiiiiy
20.¤e2 ¤h5 21.£g5 g6 22.¤f4 ¤f4 24.¤c6 1:0
23.¦f4 ¦e6 24.¦af1 ¦ae8 25.¤e3 h6
26.£g3 h5 27.¦f5 ¥g7 28.¥g7 ¢g7 Alexander Khalifman
[C80]
29.¦h5 ¦h8 30.¤f5 ¢g8 31.¦h8 ¢h8 Zbynek Hracek
32.£h4 ¢g8 33.¤h6 1:0 Memorial Keres, Pärnu 1996
1.e4 e5 2.¤f3 ¤c6 3.¥b5 a6 4.¥a4
Jaan Ehlvest ¤f6 5.0-0 ¤e4 6.d4 b5 7.¥b3 d5 8.de5
[B42]
Vassily Ivanchuk ¥e6 9.¤bd2 ¤c5 10.c3 d4 11.¤g5 dc3
Memorial Keres (25') Tallinn 1996 12.¤e6 fe6 13.bc3 £d3 14.¥c2 £c3
1.e4 c5 2.¤f3 e6 3.d4 cd4 4.¤d4 a6 15.¤b3 ¦d8 16.¥d2 ¦d2 17.¤d2 ¤e5
5.c4 ¤f6 6.¤c3 ¥b4 7.¥d3 ¤c6 18.¤b3 ¤ed7 19.¤d4 ¥d6 20.¦c1
8.¤de2 d6 9.0-0 ¥c5 10.h3 h6 11.b3 £b2 21.¥b3 ¤b3 22.ab3 0-0 23.¦c2
0-0 12.¥b2 ¥d7 13.¢h1 ¤e5 14.¤g3 £a3 24.¤e6 £b3 25.¤f8 ¤f8 26.£b1
¤fg4 15.¢g1 £h4 16.¤h1 ¥c6 £b1 27.¦b1 ¤d7 28.¦d1 ¤c5 29.¦d5
17.¥c2 ¤f6 18.¦e1 ¤h5 19.¤e2 f5 ¤e4 30.¦c6 1:0
20.ef5 £g5 21.¤eg3 ¤g3 0:1
Nigel Short
[B01]
Vasilios Malisauskas Lembit Oll
[B66]
Alexey Shirov Memorial Keres, Pärnu 1996

24
Mate de Peão 26

1.e4 d5 2.ed5 £d5 3.¤c3 £a5 4.¥e2 Ivan Sokolov


[E11]
¤f6 5.¤f3 c6 6.h3 ¥f5 7.0-0 ¤bd7 Zbynek Hracek
8.d4 e6 9.¤h4 ¥g6 10.¤g6 hg6 Memorial Keres, Pärnu 1996
11.¥f4 ¦d8 12.a3 ¤b6 13.¥e5 ¤bd5 1.d4 ¤f6 2.¤f3 e6 3.c4 ¥b4 4.¤bd2
14.¤d5 ed5 15.b4 £b6 16.c4 dc4 d5 5.a3 ¥e7 6.£c2 ¤bd7 7.e3 0-0 8.b4
17.¥c4 ¥e7 18.£c2 ¢f8 19.¦ae1 ¤d5 a5 9.¦b1 ab4 10.ab4 b6 11.¥d3 c5
20.¦e2 ¥f6 21.¦fe1 ¢g8 22.¦e4 ¦h4 12.dc5 bc5 13.b5 ¥b7 14.0-0 ¥d6
23.¥d5 cd5 24.¦h4 ¥h4 15.¥b2 h6 16.¦fe1 £c7 17.cd5 ed5
XIIIIIIIIY 18.e4 d4 19.b6 £b8 20.¤c4 ¦e8 21.h3
9-+-Ô-+k+0 ¤h5 22.e5 ¥e5 23.¥h7 ¢h8 24.¥f5
¥f3 25.¥d7 ¥h2 26.¢h1
9×p+-+p×-0 XIIIIIIIIY
9-Ó-+-+p+0 9rÓ-+r+-Ò0
9+-+pv-+-0 9+-+L+p×-0
9-z-z-+-Õ0 9-z-+-+-×0
9z-+-+-+P0
9-+Q+-zP+0 9+-×-+-+n0
9+-+-t-m-0 9-+N×-+-+0
9+-+-+l+P0
xiiiiiiiiy 9-vQ+-zPÕ0
25.¥c7 ¦c8 26.¦e8 ¦e8 27.¥b6 ab6
28.¢f1 ¦a8 29.£b3 ¦d8 30.¢e2 ¥f6 9+R+-t-+K0
31.¢d3 ¢f8 32.£a4 1:0 xiiiiiiiiy
26...¥g2 27.¢g2 ¤f4 28.¢h2 ¤d3
Jaan Ehlvest 29.¢g1 ¤e1 30.£f5 £b7 31.f3 ¤f3
[B93]
Nigel Short 32.¢f2 ¤h4 33.£g4 f5 34.£h4 £d7
Memorial Keres, Pärnu 1996 35.£f4 £e6 36.¤d2 £e3 0:1
1.e4 c5 2.¤f3 d6 3.d4 cd4 4.¤d4 ¤f6
5.¤c3 a6 6.¥e2 ¤bd7 7.f4 g6 8.0-0 Zbynek Hracek
[B81]
¥g7 9.¥f3 0-0 10.¢h1 e6 11.¤b3 £c7 Lembit Oll
12.¥e3 ¤b6 13.¤d2 ¦d8 14.a4 ¦b8 Memorial Keres, Parnu 1996
15.£e2 ¥d7 16.a5 ¤c8 17.¦fd1 ¥c6 1.e4 c5 2.¤f3 d6 3.d4 ¤f6 4.¤c3 cd4
18.¤b3 ¦e8 19.¥d4 ¤d7 20.¥g7 ¢g7 5.¤d4 a6 6.¥e3 e6 7.g4 h6 8.f4 ¤c6
21.£d2 e5 22.f5 ¤f6 23.¤c1 b5 24.ab6 9.h3 £c7 10.£e2 ¥d7 11.0–0–0 b5
¦b6 25.¤b3 ¥a8 26.¦f1 ¤e7 27.¦a4 12.¥g2 b4 13.¤d5 ed5 14.ed5 ¤d4
¦d8 28.£f2 d5 29.¤d5 ¤ed5 30.ed5 15.¥d4 ¥e7 16.g5 ¥b5 17.£e3 ¦c8
¥d5 31.¥d5 ¦d5 32.fg6 hg6 33.£e2 18.¦d2 hg5 19.fg5 ¤d7 20.¥g7 ¦g8
e4 34.¦c4 £e5 35.¦c3 ¦bd6 36.g3 a5 21.¦e1 ¤e5 22.¥e5 de5 23.h4 ¥d6
37.¦a1 £g5 38.¦c4 ¦d2 39.h4 £h4 24.¥e4 a5 25.h5 a4 26.g6 fg6 27.¥g6
40.gh4 ¦e2 0:1 ¢d8 28.¥f5 ¦a8 29.h6 b3 30.a3 £c5

25
Mate de Peão 26

31.h7 ¦h8 32.£h6 ¢c7 33.¢b1 ¢b7 XIIIIIIIIY


34.¦c1 1:0 9r+l+k+-Ô0
Ivan Sokolov
9+pÓn×p+p0
[D00] 9p+-+-Öpw0
Lemnbit Oll
Memorial Keres, Pärnu 1996 9+-×P+-+-0
1.d4 d5 2.¥g5 c5 3.e4 de4 4.d5 ¤d7 9-+-+p+-+0
5.¤c3 ¤gf6 6.£d2 g6 7.0-0-0 ¥g7 9+-s-+-+N0
8.¥h6 ¥h6 9.£h6 a6 10.¤h3 £c7
(diagrama)
9PzP+-zPz0
11.d6 ed6 12.¤g5 d5 13.¤d5 ¤d5 9+-mR+L+R0
14.¦d5 £f4 15.¢b1 ¤f6 16.¦d8 ¢d8 xiiiiiiiiy
17.¤f7 ¢e7 18.£f4 ¢f7 19.¥c4 ¢g7 20.¦d1 ¥f5 21.£c7 ¢h6 22.h3 1:0

10º CAMPEONATO BRASILEIRO


–1940–
Waldemar Costa
O Torneio Nacional de Seleção do 10º Campeonato Brasileiro deveria
ser realizado em São Paulo, sob a direção do Clube de Xadrez São Paulo.
Mas problemas ocasionados pela mudança de local da sede do clube paulista
fizeram com que, mais uma vez, a competição fosse disputada no Clube de
Xadrez do Rio de Janeiro, em fevereiro e março de 1940.
Walter Oswaldo Cruz venceu com certa tranqüilidade e ganhou o di-
reito de jogar o match de dez partidas com o campeão Otávio Trompowsky.
A grande sensação do seletivo foi o então jovem Caetano Neto, que chegou
em segundo lugar e foi o único que derrotou o vencedor. O torneio só teve
representantes da antiga capital federal.
O match pelo Campeonato Brasileiro de 1940, realizado entre os dias
15 e 29 de abril daquele ano, não precisou das 10 partidas regulamentares.
Bastaram 7 para Walter Cruz vencer por 5½:1½ (+5 =1 –1) e recuperar o
título. O terceiro match seguido Walter Cruz–Otávio Trompowsky desper-
tou bastante a atenção do público que presenciou as partidas. Era o grande
desafio dos dois que disputaram entre si os matches dos campeonatos ante-
riores. A luta do campeão brasileiro de 1938 contra o de 1939. Além do mais,

26
Mate de Peão 26

eles vinham de recentes empates com o então campeão mundial Alexander


Alekhine. Walter Cruz, no Sul-Americano de 1938. Trompowsky nas Olím-
piadas de Buenos Aires em 1939.
Walter Cruz levou a melhor na primeira partida (a menor do match,
com apenas 23 lances). Otávio Trmpowsky empatou a série vencendo a se-
gunda. A partir daí, Walter Cruz dominou completamente o adversário: ven-
ceu a 3ª, empatou a 4ª e ganhou seguidamente a 5ª (a mais longa, com 85
lances e 10 horas), a 6ª (considerada pelo próprio Walter como seu melhor
desempenho no match) e a 7ª.
X CAMPEONATO BRASILEIRO
RIO DE JANEIRO, FEVEREIRO–ABRIL 1940
TORNEIO NACIONAL DE SELEÇÃO
1 WALTER CRUZ · · ½ 0 1 ½ 1 1 ½ 1 5½
2 CAETANO NETO ½ 1 · · ½ 1 ½ 0 ½ 0 4
3 JOÃO SOUZA MENDES 0 ½ ½ 0 · · 0 1 1 1 4
4 OSWALDO CRUZ Fº 0 0 ½ 1 1 0 · · 0 1 3½
5 MANUEL MADEIRA DE LEY ½ 0 ½ 1 0 0 1 0 · · 3
MATCH FINAL
1 WALTER CRUZ 1 0 1 = 1 1 1 · · · 5½
2 OTÁVIO TROMPOWSKY 0 1 0 = 0 0 0 · · · 1½

Walter Cruz 21.¦df1 ¦e7 22.£e1 ¤b6 23.¤b6 ab6


[E24]
Otávio Trompowsky 24.£g3 ¦f8 25.¦h5 ¥c8 26.£h4 f5
Brasil 10ch, Rio de Janeiro (m1) 1940 27.ef5 ¥f6 28.£h3 ¢h8 29.¥f3 ¥d7
1.d4 ¤f6 2.c4 e6 3.¤c3 ¥b4 4.a3 ¥c3 30.¥e4 ¦ef7 31.g4 ¦g8 32.¢h1 ¦fg7
5.bc3 ¤e4 6.£c2 f5 7.e3 b6 8.¥d3 33.g5 ¥d8 34.g6 £e7 35.¥g5 ¥f5
¥b7 9.¤e2 £h4 10.0–0 0–0 11.f3 ¤g5 36.¥f5 1:0
12.¥d2 ¦f6 13.¥e1 £h6 14.¥g3 d6
15.e4 fe4 16.fe4 ¤e4 17.¥f4 ¤g5 Walter Cruz
[E93]
18.£d2 £h3 19.d5 £g4 20.¥g5 ¦f1 Otávio Trompowsky
21.¦f1 h6 22.¥h6 ¤a6 23.¦f3 1:0 Brasil 10ch, Rio de Janeiro (m3) 1940
1.d4 ¤f6 2.c4 g6 3.¤c3 ¥g7 4.e4 d6
Otávio Trompowsky 5.¤f3 0–0 6.¥e2 ¤bd7 7.0–0 e5 8.d5
[A03]
Walter Cruz a5 9.£c2 ¤c5 10.¤d2 ¤g4 11.¤b3
Brasil 10ch, Rio de Janeiro (m2) 1940 ¤b3 12.ab3 ¥d7 13.¥d2 h5 14.£c1
1.f4 d5 2.e3 g6 3.¤f3 ¥g7 4.c4 ¤f6 ¢h7 15.f3 ¤h6 16.f4 ef4 17.¥f4 ¤g4
5.¤c3 0–0 6.£b3 e6 7.¤e5 c5 8.¥e2 18.¥g4 ¥g4 19.£d2 £e7 20.¦ae1 b6
¤c6 9.¤c6 bc6 10.0–0 £a5 11.d3 ¥a6 21.¤b5 ¦fc8 22.¤d4 h4 23.¤c6 £f8
12.¥d2 ¦ab8 13.£c2 £c7 14.¦ad1 24.e5 de5 25.¥e5 ¥h6 26.¥f4 ¦e8
¤d7 15.e4 d4 16.¤a4 e5 17.f5 £d6 27.¦e8 ¦e8 28.¥h6 £c5 29.¢h1 ¦e2
18.£c1 ¦fe8 19.¦f3 gf5 20.¦f5 f6 30.¦f7 1:0

27
Mate de Peão 26

Otávio Trompowsky 1.d4 d5 2.¤f3 ¤f6 3.c4 e6 4.¤c3 ¥e7


[A06]
Walter Cruz 5.¥g5 0–0 6.e3 ¤bd7 7.¦c1 c6 8.£c2
Brasil 10ch, Rio de Janeiro (m4) 1940 ¤e4 9.h4 f6 10.¥f4 e5 11.¥h2 ¤c3
1.¤f3 d5 2.b3 ¤f6 3.¥b2 g6 4.e3 ¥g7 12.£c3 e4 13.¤d2 f5 14.cd5 cd5 15.£b3
5.¥e2 c5 6.0–0 ¤c6 7.¤e5 ¤e5 8.¥e5 ¤f6 16.¥e5 ¥d6 17.¥e2 £e7 18.¥f6
0–0 9.£c1 ¤e8 10.¥g7 ¤g7 11.f4 ¦f6 19.£d5 ¥e6 20.£a5 ¥b4 21.£a4
£d6 12.¤c3 ¥d7 13.¥f3 ¥c6 14.¤e2 XIIIIIIIIY
¦fd8 15.¤g3 e5 16.fe5 £e5 17.£e1 f5 9r+-+-+k+0
18.¤e2 ¦e8 19.¤f4 d4 20.¥c6 bc6
21.ed4 £d4 22.£f2 ¤e6 23.¤e6 ¦e6
9×p+-Ó-×p0
24.£d4 cd4 25.¢f2 ¦ae8 26.¦ae1 c5 9-+-+lÔ-+0
27.¦e6 ¦e6 28.¦e1 ¦f6 29.c3 ¦a6 30.a4 9+-+-+p+-0
dc3 31.dc3 c4 32.bc4 ¦a4 33.c5 ¦f4 9QÕ-zp+-z0
34.¢g3 ¦c4 35.¦a1 ¦c3 36.¢f4 1:0 9+-+-z-+-0
Walter Cruz
9Pz-sLzP+0
Otávio Trompowsky 9+-t-m-+R0
Brasil 10ch, Rio de Janeiro (m5) 1940 xiiiiiiiiy
XIIIIIIIIY 21...f4 22.a3 ¥d2 23.¢d2 fe3 24.fe3 ¦f2
9-+-+-Õ-+0 25.g3 ¥g4 26.¦he1 ¦af8 27.£c4 ¢h8
28.¢d1 ¥e6 29.£c5 £d7 30.¢d2 ¥g4
9+-×-+k+p0 31.¦c2 £f7 32.£c4 £f3 33.¦c3 h6
9-+-+-+-+0 34.¢d1 ¦e2 0:1
9+-×P+K+P0
9-+-+-+-+0 Walter Cruz
[E29]
9+Pv-+-+-0 Otávio Trompowsky
Brasil 10ch, Rio de Janeiro (m7) 1940
9-z-+-+-+0 1.d4 ¤f6 2.c4 e6 3.¤c3 ¥b4 4.a3 ¥c3
9+-+-+-+-0 5.bc3 c5 6.e3 0–0 7.¥d3 ¤c6 8.¤f3 d6
xiiiiiiiiy 9.¥b2 b6 10.0–0 ¥a6 11.¤d2 ¦c8
70.¢e4 ¥d6 71.¢d3 c6 72.¢c4 ¢e7 12.£e2 ¤a5 13.e4 £c7 14.¦ac1 g6
73.¥d2 ¢d7 74.¥e3 ¥e5 75.¢c5 cd5 15.f4 ¤h5 16.g4 ¤g7 17.f5 f6 18.fg6
76.¢d5 ¥b2 77.¥c5 ¥c1 78.¢e5 ¢e8 hg6 19.¦f3 ¦f7 20.¦cf1 ¦cf8 21.£e3
79.¢e6 ¥b2 80.b4 ¥a3 81.¥d6 ¥b2 ¤e8 22.d5 e5 23.g5 £e7 24.gf6 ¦f6
82.¥c7 h6 83.b5 ¥c3 84.b6 ¥a5 25.£g5 £g7 26.¦g3 ¦f1 27.¥f1 ¦f6
85.¢d6 1:0 28.¥c1 £f7 29.¥e2 ¤g7 30.h4 ¢f8
31.£h6 ¢e8 32.¤f3 ¥c4 33.¤g5 £g8
Otávio Trompowsky 34.¥c4 ¤c4 35.¤h7 ¦f7 36.¦g6 1:0
[D64]
Walter Cruz
Brasil 10ch, Rio de Janeiro (m6) 1940

28
Mate de Peão 26

KASPAROV 4:2 DEEP BLUE:


O CAMPEÃO SUPERA A MÁQUINA

Igor Freiberger
O primeiro computador, o gigantesco Eniac, que ainda funcionava
com válvulas, fez 50 anos em fevereiro. Criado para fazer cálculos de balísti-
ca na II Guerra (pois a velocidade crescente dos aviões tornava muito com-
plicada a função da artilharia antiaérea) o projeto não entusiasmou os técni-
cos do Pentágono americano e ficou pronto, depois de grandes dificulda-
des, apenas em 1946.
Para comemorar a data um grande congresso realizou-se na Phila-
delphia. Entre as muitas atrações, o desafio entre homem e máquina: a IBM
apresentou seu supercomputador Deep Blue para desafiar o campeão mun-
dial Garry Kasparov.
O fascínio do xadrez como paradigma do raciocínio humano sempre
encantou os programadores. O desafio de fazer o computador jogar – e ven-
cer – o ser humano no jogo intelectual por excelência estimulou o desen-
volvimento de inúmeros softwares. Técnicas de programação desenvolve-
ram-se graças a essas tentativas. E finalmente, na segunda metade dos anos
80, os programas atingiram o nível de mestres. A velocidade crescente dos
processadores e programas cada vez mais avançados obtêm resultados sem-
pre melhores e começam a superar GMs nos anos 90. Assim, chegamos a
1996 e ao match entre Deep Blue e Kasparov.

Deep Blue
O monstrengo que a IBM preparou para enfrentar Kasparov está sen-
do projetado desde 1988. Em 1989 uma primeira versão, chamada Deep
Though (Pensamento profundo), foi derrotada pelo mesmo Kasparov em duas
partidas. O esperado era que em 91 a nova versão estivesse pronta, mas só
em 95 o Deep Blue de fato apareceu.
Em Hong Kong, via internet, Deep Blue jogou o mundial de compu-
tadores e foi fragorosamente derrotado pelo Fritz3 (que rodou num mísero

29
Mate de Peão 26

Pentium 100). Os técnicos embrenharam-se em novas melhorias, incluindo


extenso arsenal de aberturas e novo arquivo para finais. Vários GMs contri-
buíram para compor o gigante do cálculo. Com 256 processadores rodando
paralelamente, programação em C baseada no sistema AIX e arquitetura
RISC, Deep Blue calcula de 50 a 100 bilhões de movimentos em 3 minutos.
Foram ainda acrescentados bancos de finais com material reduzido, aumen-
tado a força do computador nessa fase.

O match
Valendo US$ 500,000 – 80% ao vencedor, 20% ao perdedor. Local:
Philadelphia. Data: 10 a 17 de fevereiro de 96. Ritmo: 2:00 para 40 lances,
mais 1:00 para 20 lances, mais 30’nocaute. Ampla cobertura na mídia. Com
transmissão ao vivo das partidas, dos comentários e das filmagens pela in-
ternet.
Kasparov foi superado na primeira partida, tecnicamente a melhor
da série. Deep Blue saiu superior da abertura e Kasparov, inquieto diante
da inferioridade, sacrificou um peão em troca de contra-ataque. Mas o com-
putador calculou muito bem a defesa e o segundo peão sacrificado já foi no
desespero. Garry abandonou com 5’42” restantes no relógio. Deep Blue ain-
da tinha cerca de uma hora. 1:0 e primeira vitória de uma máquina sobre o
campeão em condições normais de jogo.
Só essa partida já justificaria o que a IBM gastou no evento. A reper-
cussão foi enorme. TVs, jornais, rádios, revistas, internet... dificilmente al-
guém deixou de saber: Kasparov foi derrotado. A publicidade foi tão gigan-
tesca que houve quem especulasse: Garry perdeu de propósito, apostando
que o marketing seria multiplicado e que venceria o match. Se ele de fato
pensou isso, foi uma ótima idéia...
O “defensor da humanidade” reagiu e venceu a partida seguinte. Deep
Blue cometeu um erro e perdeu um peão. Mas o final de bispos opostos
deu trabalho a Kasparov. A vitória, ainda que longa, era técnica e o placar
igualou-se. A imediata reação de Garry provocou ainda mais notoriedade
ao match – talvez comparável apenas ao Fischer–Spassky 72.
Na terceira partida Kasparov repetiu a Siciliana anterior, disposto a
provar que não era qualquer amontoado de chips que iria demolir sua defe-
sa favorita. Mas Deep Blue mostrou extrema habilidade em compensar o
peão débil c e Kasparov ainda teve trabalho para garantir o empate.
O quarto confronto teve Kasparov jogando com alguma ousadia mas
diante de um adversário que defendeu-se com exatidão. Novo empate com
ligeira vantagem para as negras na posição final. Depois da partida Kasparov
revelou que estava exausto. Comentou que, se estivesse jogando contra um

30
Mate de Peão 26

humano, ambos estariam cansados e haveria condições de igualdade. Mas


Deep Blue não cansa e joga com a mesma força todos os dias.
Na 5ª partida Kasparov ofereceu empate, que foi recusado pela equi-
pe da IBM. O motivo era evidente: os técnicos queriam testar o programa
em seu limite e a empresa queria alongar ao máximo o evento onde investi-
ra tanto dinheiro. Mas ocorre que Deep Blue também erra. Jogou de forma
equivocada exatamente quando Kasparov parecia ter adquirido um respei-
to exagerado pela força da máquina. Errando, Deep Blue foi amassado como
sóem ser os incautos que erram diante de Garry.
A partida final foi um passeio de Kasparov. Deep Blue jogou mal e o
russo simplesmente restringiu as peças do adversário às duas primeiras fi-
leiras para depois arrematar o match com 4:2. Parece ter faltado alguma ob-
jetividade ao humano nessa partida, mas a vitória estava ali e o mais impor-
tante era garanti-la.

Os outros humanos
Nigel Short comentou que Kasparov estava jogando de forma equi-
vocada – ou seja, de modo “normal”. Ao invés de combater a máquina como
se joga contra um humano o caminho seria jogar de forma artificial, ado-
tando um estilo anti-computador. John van der Wiel já sugeriu isso no ano
passado (MP22). Mas não foi o que Kasparov preferiu.
Seirawan, um dos comentaristas do match, disse que Deep Blue era
um verdadeiro desafiante ao campeão. O GM David Norwood acrescentou
que os computadores já estão preparados para derrotar os humanos, mas o
contrário não é verdadeiro. Acredita que, se os GM prepararem-se especifi-
camente contra os computadores, sairão vencedores.
Kasparov fez o comentário mais lúcido. Disse que a maioria das par-
tidas no mundo é decidida em tática de curto alcance. Ou seja, pequenas
combinações ou armadilhas de um, dois ou três lances. Dominar a tática de
curto alcance é suficiente para obter bom número de vitórias entre os hu-
manos. Mas não contra os computadores. O usual é que as máquinas e pro-
gramas mais poderosos não “caiam” nesse tipo de erro. “Com isso, parte do
meu estilo fica amputada.” disse Kasparov. Jogar sem poder contar com esse
arsenal é uma dificuldade para os GMs e uma vantagem para os computa-
dores. Kasparov acrescenta: “Ganhei o match por 4:2. Mas joguei muito se-
riamente. Minha atitude foi como se estivesse num campeonato mundial.”

Alguns dados
Em todo o mundo houve ampla cobertura para o match. Todos os prin-
cipais jornais dos Estados Unidos, Inglaterra, França, Argentina, Espanha,

31
Mate de Peão 26

Alemanha, países nórdicos e leste europeu publicaram reportagens exten-


sas, muitas vezes preenchendo páginas inteiras. Capas de jornais e revistas
foram ocupadas pelo duelo homem × máquina.
Apesar de um enfoque meio distorcido (com freqüência as reporta-
gens descambaram para a futurologia de um mundo dominado por cére-
bros eletrônicos subjugando a raça humana), a repercussão foi extraordiná-
ria. Até no Brasil a cobertura foi boa (contrastando violentamente com a fal-
ta de divulgação da simultânea de Kasparov jogada aqui dias antes). Folha
de São Paulo, O Estado de São Paulo, Jornal do Brasil, Correio Braziliense e
O Globo cobriram o evento. A Rede Globo dedicou alguns minutos para
cada partida decidida do match e até arriscou alguma reportagem mais am-
pla no Jornal da Globo.
Na internet, houve mais de 15 milhões de conexões durante o match,
chegando a 1200 acessos por segundo (!) para acompanhar as partidas ao vivo.
Ao final, dois consensos. Tudo que a IBM investiu foi completamente justi-
ficado – o futuro do xadrez está ligado ao patrocínio da informática e ao
uso da internet. E Kasparov foi muito beneficiado com o marketing do evento
– foi chamado de gênio em todos noticiários do mundo e seu nome foi mar-
telado intensamente (e de forma positiva) por uma semana na mídia mun-
dial.
ACM MAN–MACHINE CHALLENGE
PHILADELPHIA, II 1996
1 2 3 4 5 6
1 KASPAROV, GARRY g RUS 2775 0 1 = = 1 1 4 —
2 DEEP BLUE – USA — 1 0 = = 0 0 2 2650

Deep Blue [B22] XIIIIIIIIY


Garry Kasparov 9-+rÔ-+k+0
Philadelphia (m1) 1996
1.e4 c5 2.c3 d5 3.ed5 £d5 4.d4 ¤f6
9+p+-+p+p0
5.¤f3 ¥g4 6.¥e2 e6 7.h3 ¥h5 8.0–0 9-×n+pÓ-+0
¤c6 9.¥e3 cd4 10.cd4 ¥b4 11.a3 ¥a5 9+N+-+p+-0
12.¤c3 £d6 13.¤b5 £e7 14.¤e5 ¥e2 9-+-z-+-+0
15.£e2 0–0 16.¦ac1 ¦ac8 17.¥g5 9z-+-w-+P0
¥b6 18.¥f6 gf6 19.¤c4 ¦fd8 20.¤b6
ab6 21.¦fd1 f5 22.£e3 £f6
9-z-+-zP+0
(diagrama) 9+-tR+-m-0
23.d5 ¦d5 24.¦d5 ed5 25.b3 ¢h xiiiiiiiiy
826.£b6 ¦g8 27.£c5 d4 28.¤d6 f4 32.¦c7 ¦e8
29.¤b7 ¤e5 30.£d5 f3 31.g3 ¤d3 (diagrama)

32
Mate de Peão 26

XIIIIIIIIY 31.£f3 ¦a1 32.¦a1 ¥a1 33.£h5 £h8


9-+-+r+-Ò0 34.£g4 ¢f8 35.£c8 ¢g7 36.£g4 ¢f8
37.¥d5 ¢e7 38.¥c6 ¢f8 39.¥d5 ¢e7
9+Nt-+p+p0 40.£f3 ¥c3 41.¥c4 £c8 42.£d5 £e6
9-+-+-Ó-+0 43.£b5 £d7
9+-+Q+-+-0 XIIIIIIIIY
9-+-z-+-+0 9-+-+-+-+0
9zP+n+pzP0 9+-+qÒp+-0
9-+-+-z-+0 9-+-+-×-+0
9+-+-+-m-0 9+Q+-×-+-0
xiiiiiiiiy 9-+L×-+-z0
33.¤d6 ¦e1 34.¢h2 ¤f2 35.¤f7 ¢g7 9+-Õ-+-z-0
36.¤g5 ¢h6 37.¦h7 1:0
9-+-+Pz-+0
Garry Kasparov 9+-+-+-m-0
[E04]
Deep Blue xiiiiiiiiy
Philadelphia (m2) 1996 44.£c5 £d6 45.£a7 £d7 46.£a8 £c7
1.¤f3 d5 2.d4 e6 3.g3 c5 4.¥g2 ¤c6 47.£a3 £d6 48.£a2 f5 49.¥f7 e4
5.0–0 ¤f6 6.c4 dc4 7.¤e5 ¥d7 8.¤a3 50.¥h5 £f6 51.£a3 ¢d7 52.£a7 ¢d8
cd4 9.¤ac4 ¥c5 10.£b3 0–0 11.£b7 53.£b8 ¢d7 54.¥e8 ¢e7 55.¥b5
¤e5 12.¤e5 ¦b8 13.£f3 ¥d6 14.¤c6 ¥d2 56.£c7 ¢f8 57.¥c4 ¥c3 58.¢g2
¥c6 15.£c6 e5 16.¦b1 ¦b6 17.£a4 ¥e1 59.¢f1 ¥c3
£b8 18.¥g5 ¥e7 XIIIIIIIIY
XIIIIIIIIY 9-+-+-Ò-+0
9-Ó-+-Ôk+0 9+-w-+-+-0
9×-+-Õp×p0 9-+-+-Ó-+0
9-Ô-+-Ö-+0 9+-+-+p+-0
9+-+-×-v-0 9-+L×p+-z0
9Q+-×-+-+0 9+-Õ-+-z-0
9+-+-+-z-0 9-+-+Pz-+0
9Pz-+PzLz0 9+-+-+K+-0
9+R+-+Rm-0 xiiiiiiiiy
xiiiiiiiiy 60.f4 ef3 61.ef3 ¥d2 62.f4 ¢e8 63.£c8
19.b4 ¥b4 20.¥f6 gf6 21.£d7 £c8 ¢e7 64.£c5 ¢d8 65.¥d3 ¥e3 66.£f5
22.£a7 ¦b8 23.£a4 ¥c3 24.¦b8 £b8 £c6 67.£f8 ¢c7 68.£e7 ¢c8 69.¥f5
25.¥e4 £c7 26.£a6 ¢g7 27.£d3 ¦b8 ¢b8 70.£d8 ¢b7 71.£d7 £d7
28.¥h7 ¦b2 29.¥e4 ¦a2 30.h4 £c8 72.¥d7 ¢c7 73.¥b5 1:0

33
Mate de Peão 26

Deep Blue £d7 28.¦g4 f6 29.£d4 ¢h7 30.¦e4


[B22]
Garry Kasparov ¦d8 31.¢h1 £c7 32.£f2 £b8 33.¥a4
Philadelphia (m3) 1996 c5 34.¥c6
1.e4 c5 2.c3 d5 3.ed5 £d5 4.d4 ¤f6 XIIIIIIIIY
5.¤f3 ¥g4 6.¥e2 e6 7.0–0 ¤c6 8.¥e3 9-Ó-Ô-+-+0
cd4 9.cd4 ¥b4 10.a3 ¥a5 11.¤c3 £d6
12.¤e5 ¥e2 13.£e2 ¥c3 14.bc3 ¤e5
9+-+-+-×k0
15.¥f4 ¤f3 16.£f3 £d5 17.£d3 ¦c8 9-+L+-×-×0
18.¦fc1 £c4 19.£c4 ¦c4 20.¦cb1 b6 9×-×n+P+-0
XIIIIIIIIY 9-+-+R+-+0
9-+-+k+-Ô0 9z-+-+-+P0
9×-+-+p×p0 9-z-+-wP+0
9-×-+pÖ-+0 9+-+-+-+K0
9+-+-+-+-0 xiiiiiiiiy
9-+rz-v-+0 34...c4 35.¦c4 ¤b4 36.¥f3 ¤d3
9z-z-+-+-0 37.£h4 £b2 38.£g3 £a3 39.¦c7 £f8
40.¦a7 ¤e5 41.¦a5 £f7
9-+-+-zPz0 XIIIIIIIIY
9tR+-+-m-0 9-+-Ô-+-+0
xiiiiiiiiy 9+-+-+q×k0
21.¥b8 ¦a4 22.¦b4 ¦a5 23.¦c4 0–0
24.¥d6 ¦a8 25.¦c6 b5 26.¢f1 ¦a4 9-+-+-×-×0
27.¦b1 a6 28.¢e2 h5 29.¢d3 ¦d8 9t-+-ÖP+-0
30.¥e7 ¦d7 31.¥f6 gf6 32.¦b3 ¢g7 9-+-+-+-+0
33.¢e3 e5 34.g3 ed4 35.cd4 ¦e7 9+-+-+LwP0
36.¢f3 ¦d7 37.¦d3 ¦ad4 38.¦d4 ¦d4
39.¦a6 b4 ½:½
9-+-+-+P+0
9+-+-+-+K0
Garry Kasparov
[D30]
xiiiiiiiiy
Deep Blue 42.¦e5 fe5 43.£e5 ¦e8 44.£f4 £f6
Philadelphia (m4) 1996 45.¥h5 ¦f8 46.¥g6 ¢h8 47.£c7 £d4
1.¤f3 d5 2.d4 c6 3.c4 e6 4.¤bd2 ¤f6 48.¢h2 ¦a8 49.¥h5 £f6 50.¥g6 ¦g8
5.e3 ¤bd7 6.¥d3 ¥d6 7.e4 de4 8.¤e4 ½:½
¤e4 9.¥e4 0–0 10.0–0 h6 11.¥c2 e5
12.¦e1 ed4 13.£d4 ¥c5 14.£c3 a5 Deep Blue
[C47]
15.a3 ¤f6 16.¥e3 ¥e3 17.¦e3 ¥g4 Garry Kasparov
18.¤e5 ¦e8 19.¦ae1 ¥e6 20.f4 £c8 Philadelphia (m5) 1996
21.h3 b5 22.f5 ¥c4 23.¤c4 bc4 24.¦e8 1.e4 e5 2.¤f3 ¤f6 3.¤c3 ¤c6 4.d4 ed4
¤e8 25.¦e4 ¤f6 26.¦c4 ¤d5 27.£e5 5.¤d4 ¥b4 6.¤c6 bc6 7.¥d3 d5 8.ed5

34
Mate de Peão 26

cd5 9.0–0 0–0 10.¥g5 c6 11.£f3 ¥e7 Garry Kasparov


[D30]
12.¦ae1 ¦e8 13.¤e2 h6 14.¥f4 ¥d6 Deep Blue
15.¤d4 ¥g4 16.£g3 ¥f4 17.£f4 £b6 Philadelphia (m6) 1996
XIIIIIIIIY 1.¤f3 d5 2.d4 c6 3.c4 e6 4.¤bd2 ¤f6
9r+-+r+k+0 5.e3 c5 6.b3 ¤c6 7.¥b2 cd4 8.ed4 ¥e7
9.¦c1 0–0 10.¥d3 ¥d7 11.0–0 ¤h5
9×-+-+p×-0 12.¦e1 ¤f4 13.¥b1 ¥d6 14.g3 ¤g6
9-Óp+-Ö-×0 15.¤e5 ¦c8 16.¤d7 £d7 17.¤f3 ¥b4
9+-+p+-+-0 18.¦e3 ¦fd8
9-+-s-wl+0 XIIIIIIIIY
9+-+L+-+-0 9-+rÔ-+k+0
9PzP+-zPz0 9×p+q+p×p0
9+-+-tRm-0 9-+n+p+n+0
xiiiiiiiiy 9+-+p+-+-0
18.c4 ¥d7 19.cd5 cd5 20.¦e8 ¦e8 9-ÕPz-+-+0
21.£d2 ¤e4 22.¥e4 de4 23.b3 ¦d8 9+P+-tNz-0
24.£c3 f5 25.¦d1 ¥e6 26.£e3 ¥f7
27.£c3
9Pv-+-z-z0
XIIIIIIIIY 9+LtQ+-m-0
9-+-Ô-+k+0 xiiiiiiiiy
19.h4 ¤ge7 20.a3 ¥a5 21.b4 ¥c7
9×-+-+l×-0 22.c5 ¦e8 23.£d3 g6 24.¦e2 ¤f5
9-Ó-+-+-×0 XIIIIIIIIY
9+-+-+p+-0 9-+r+r+k+0
9-+-sp+-+0 9×pÕq+p+p0
9+Pw-+-+-0 9-+n+p+p+0
9P+-+-zPz0 9+-×p+n+-0
9+-+R+-m-0 9-z-z-+-z0
xiiiiiiiiy 9z-+Q+Nz-0
27...f4 28.¦d2 £f6 29.g3 ¦d5 30.a3
¢h7 31.¢g2 £e5 32.f3 e3 33.¦d3 e2
9-v-+Rz-+0
34.gf4 e1£ 35.fe5 £c3 36.¦c3 ¦d4 9+Lt-+-m-0
37.b4 ¥c4 38.¢f2 g5 39.¦e3 ¥e6 xiiiiiiiiy
40.¦c3 ¥c4 41.¦e3 ¦d2 42.¢e1 ¦d3 25.¥c3 h5 26.b5 ¤ce7 27.¥d2 ¢g7
43.¢f2 ¢g6 44.¦d3 ¥d3 45.¢e3 ¥c2 28.a4 ¦a8 29.a5 a6 30.b6 ¥b8 31.¥c2
46.¢d4 ¢f5 47.¢d5 h5 0:1 ¤c6 32.¥a4 ¦e7 33.¥c3
(diagrama)
MP27: Mundial Feminino
33...¤e5 34.de5 £a4 35.¤d4 ¤d4

35
Mate de Peão 26

XIIIIIIIIY XIIIIIIIIY
9rÕ-+-+-+0 9rÕr+-+-+0
9+p+qÔpÒ-0 9+p+q+p+k0
9pzn+p+p+0 9pz-+pvp+0
9z-zp+n+p0 9z-zpz-+p0
9L+-z-+-z0 9-+-w-+-z0
9+-vQ+Nz-0 9+-+-+-z-0
9-+-+Rz-+0 9-+-+Rz-+0
9+-t-+-m-0 9+-t-+-m-0
xiiiiiiiiy xiiiiiiiiy
36.£d4 £d7 37.¥d2 ¦e8 38.¥g5 ¦c8 40.c6 bc6 41.£c5 ¢h6 42.¦b2 £b7
39.¥f6 ¢h7 43.¦b4 1:0

O SUCESSOR DE STAMMA

Antonio Sparvoli
Em 1996 comemoramos 270 anos do nascimento do músico francês
François André Danican, imortalmente conhecido pelos enxadristas simples-
mente como Philidor.
Descendente de uma verdadeira dinastia de músicos, Philidor, no
mundo profano, alienígena às 64 casas, é mais conhecido por sua obra mu-
sical, tendo sido um dos criadores da ópera-cômica na França. Seu pai, André
(1652–1730), compositor e músico da Câmara do Rei, conservador da Biblio-
teca Musical de Luís XIV, havia se casado pela segunda vez e Philidor foi o
quarto filho desse matrimônio. Nasceu na cidade de Dreux em 7 de setem-
bro de 1726.
Aos 6 anos o jovem Philidor ingressa na Escola de Música para o ser-
viço na Capela de Versalhes. Um indício de sua precocidade, porque era
necessário ter no mínimo 10 anos para ser admitido naquela prestigiada es-
cola.

36
Mate de Peão 26

Os músicos da escola jogavam xadrez e o pequeno Philidor os obser-


vava atentamente. Uma manhã, o mais velho músico da orquestra não en-
controu seu parceiro habitual e Philidor propõe jogarem uma partida. O
velho aceita. E Philidor vence, mas somente depois de se assegurar que dis-
põe de uma saída de segurança. Ele joga seu último lance e anuncia o mate
já iniciando a corrida para evitar a surra esperada. Mas sua vítima, longe de
querer bater-lhe, fica maravilhado e, no mesmo dia, os três melhores da es-
cola desafiam a criança. E ele os vence. Assim nasce a sua reputação.
Aos 14 anos, Philidor está em Paris. Além da música, executa traba-
lhos de copista para sobreviver. Pratica o xadrez no Café Mausis e mais tar-
de no célebre Café de la Régence. Faz amizade com o famoso Jean-Jacques
Rousseau. Aos 18 anos enfrenta problemas com a polícia por suas propostas
audaciosas sobre a liberdade de expressão. Chega a ser encarcerado por duas
semanas no Fort l’Evêque. Personalidades influentes intercedem por ele.
Philidor tinha um olhar muito crítico sobre a sociedade do seu tempo.
No Café de la Régence, próximo do Palácio Real, encontra Legal, cujo
nome é associado a uma célebre combinação de mate. Kermur, sire de Legal
(1710–1792) é o campeão inconteste de La Régence e se torna o mestre do
talentoso jovem.
Em 1744, Philidor faz demonstrações de xadrez com os olhos veda-
dos. Joga duas partidas simultaneamente às cegas, o que altualmente pode
nos parecer pouco. Mas em seus contemporâneos provocava estupefação e
admiração.
Em 1745 realiza excursão à Rotterdam, na Holanda, onde ganha a vida
não com o xadrez, como seria de se esperar, mas com o jogo de Damas po-
lonesas (tabuleiro de 10×10 casas) que joga também com perfeição. Mas ele
prefere o xadrez e fixa-se com sucesso em Amsterdam, onde sua fama co-
meça a atravessar fronteiras. Torna-se a febre de todos os salões onde ele
freqüenta uma aristocracia capaz de fazer a sua fortuna.
Na Inglaterra, em 1747, disputa um match contra o sírio Philippe
Stamma, que morava em Londres desde 1742 e era considerado o melhor
jogador da época. Philidor o vence por 8:2. As informações sobre o match
divergem. Vendo que não poderia nada contra um adversário tão forte,
Stamma teria exigido a vantagem da saída. Outras fontes afirmam que
Philidor lhe teria concedido também a vantagem de um peão e do empate
(que seria contado como vitória do sírio).
Em 1749 publica em Londres a primeira edição do seu “L’Analyse des
Echecs”. Ele conquista a elite européia, sendo traduzido em diversos idio-
mas.
Em 1759, de volta à França, reconhecido como o melhor jogador de

37
Mate de Peão 26

sua época e um músico de talento, compõe “Blaise le Savetier”, uma ópera-


cômica que obtém marcante sucesso. Em 1760 casa-se com Angelica Richter,
que lhe dará 7 filhos. Sua filha Elyse será pianista. Suas obras musicas co-
nhecem sucessos ininterruptos por todos os palcos europeus. Em 1767 ele
produz uma nova ópera, “Ernelinde”, que marca o ponto de partida de uma
revolução musical na França. Por esta obra, Luís XIV lhe concederá uma
pensão de 25 luíses de ouro.
Em 14 de julho de 1789 ocorre a queda da Bastilha. Philidor é parti-
dário de uma monarquia constitucional. Passa a ser considerado “suspeito”
e é obrigado a deixar a França. Embarca em 1792 para a Inglaterra, onde
tem muitos amigos. No início de 1795 ele tenta obter um passaporte para
retornar à França, mas lhe é negado. Ele sofre cada vez mais de gota. Em
junho ainda joga xadrez. É um exilado que se retira do tabuleiro da vida em
31 de agosto de 1795, em sua casa, na rua de Little Rlyder, 10.

A revolução philidoriana
O título de seu livro deixa evidente a ruptura com seus predecesso-
res ao empregar a palavra “análise”. O gênio francês desejava marcar que o
xadrez não é fruto exclusivo da imaginação e da intuição, mas que merece o
status de ciência e constitui um sistema racional do qual ele forneceria as
primeiras leis essenciais.
É verdade que Stamma já havia compreendido a necessidade de de-
finir linhas de jogo coerentes e ao final de suas partidas enunciava uma
espécie de conclusão que denominava Regras Gerais. Entretanto, Stamma
acrescia que não havia sentido em ditar regras particulares pois “cada parti-
da pode ser jogada de centenas de modos, o que exige diferentes maneiras
de se defender e de atacar segundo a capacidade de cada jogador”.
A superioridade pedagógica de Philidor consistia em explicar a “ra-
zão de se jogar aquele movimento” ao contrário de seus antecessores, que
procuravam somente demonstrar o lance exato. Contrariamente à Stamma,
o francês considerava que “a multiplicidade de lances que nascem e se su-
cedem a cada instante não deve ser um obstáculo à análise e ao cálculo”.
Esta sistematização tornou-se possível devido a uma descoberta fun-
damental cujas conseqüências estratégicas constituem a revolução
philidoriana – a importância dos peões e de suas cadeias: “os peões são a
alma do xadrez, são eles que formam o ataque e a defesa e de seu bom ou
mau arranjo depende inteiramente o ganho ou perda da partida.”
Pode-se afirmar que Philidor foi o primeiro a ter dominado de modo
totalmente consciente e rigoroso as relações múltiplas, às vezes contraditó-
rias, que unem os três elementos fundamentais da estratégia e da tática: o

38
Mate de Peão 26

tempo, a força material e o espaço, que ele chamava de terreno. A partir


dele a teria moderna do xadrez existe.

André Philidor continuado como na partida ao in-


Court Brühl vés de se contentar com a indefesa
London 1792 ¦a8.]
[Posição inicial sem ¤b1 e §f7.] 1.e4 XIIIIIIIIY
d5 2.e5 ¥f5 3.g4 [Isso lembra o mo-
derno tratamento da variante do
9-Ôk+-+r+0
avanço na Caro-Kann: 1.e4 c6 2.d4 d5 9×p×nÕ-×-0
3.e5 ¥f5 4.c3 e6 5.g4.] 3...¥g6 4.h4 h5 9L+-+N+-+0
5.¤h3 £d7 6.¤f4 ¥f7 7.g5 £f5 8.d4! 9+-+Qz-+p0
£e4 9.£e2 £h1 [As negras gulosa- 9-+-z-+-Ó0
mente aumentam sua vantagem ma-
terial.] 10.g6 e6 11.£b5 ¤d7™ 12.gf7
9+-+-v-+-0
[A dama negra, pesada com o mate- 9PzP+-z-+0
rial avidamente deglutido, assiste de 9t-+-m-+-0
longe o fogo cruzado sobre seu mo- xiiiiiiiiy
narca.] 12...¢d8 13.fg8£ ¦g8 [As [17...c6 18.£c6+–] 18.£c6!! [Esse belo
brancas reduziram sua perda mate- lance encanta mesmo após 2 séculos
rial e conservam uma bela posição de de sua execução.] 18...¥d8 19.¥g5!
ataque.] 14.¤e6 ¢c8 15.¥e3 £h4 [Elegante golpe final. As negras
16.£d5 ¥e7 17.¥a6 [Com perfeito abandonam. A continuação poderia
controle tático da posição Philidor ser 19...£g4 20.¥d8 £g1 21.¢e2 £g4
prepara o ataque final.] 17...¦b8™ [e 22.f3 £g2 23.¢e3.] 1:0
se 17...ba6 Philidor certamente teria A seguir um exemplo da capaci-

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39
Mate de Peão 26

dade de Philidor como finalista e


compositor: Revista da FBX
Em comemoração ao seu 30º ani-
André Philidor versário, a Federação Brasiliense
composição, 1792 de Xadrez lançou o segundo nú-
XIIIIIIIIY mero da Revista da FBX. Os in-
teressados em receber essa pu-
9-+-+-+-+0 blicação de 48 páginas, 40 artigos,
9+-+-+-+-0 60 diagramas, 5 fotos e 5 ilustra-
9-+-+-+-+0 ções podem enviar um cheque
9+-+-m-+-0 cruzado e nominal à Federação
9-+-+-+-+0 Brasiliense de Xadrez no valor de
R$ 4,00 (quatro reais). Para rece-
9+-+-+-+-0 ber os dois primeiros números,
9-+-w-×-+0 basta enviar um cheque de R$
9+-+-+-Ò-0 6,00 (seis reais) à FBX – Caixa
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40
Mate de Peão 26

ESSÊNCIAS DE ESTRATÉGIA SUPERIOR


ATAQUE AO ROQUE GRANDE

MI Antônio Rocha e MI Paulo Sérgio Oliveira


Michael Adams demonstra XIIIIIIIIY
nessa partida, com muita energia, o 9r+lÓ-Ôk+0
completo domínio deste importante
tema estratégico. A forma como con-
9×p+-+p×-0
duz o ataque lembra-nos o genial 9-+-+pÖ-×0
norte-americano Paul Morphy. 9+-Õ-+-+-0
9n+-+-+-+0
Kiril Georgiev 9+-+L+N+-0
[B17]
Michael Adams
Groningen (iz) 1993
9PzPvQzPz0
1.e4 c6 2.d4 d5 3.¤c3 de4 4.¤e4 ¤d7 9+-mR+-sR0
[A alternativa principal é 4...¥f5 xiiiiiiiiy
5.¤g3 ¥g6. Também se joga 4...¤f6.] s diagrama 1 diagrama 2 t
5.¥c4 ¤gf6 6.¤g5 e6 7.£e2 ¤b6 XIIIIIIIIY
[Necessário. É um grave erro 7...h6 9-+r+-Ôk+0
por causa de 8.¤f7 ¢f7 9.£e6, com
ataque de mate.] 8.¥d3 h6 [8...£d4
9×p+-+p×-0
9.¤1f3 £d8 10.¤e5 …¤f7] 9.¤5f3 c5 9-+q+p+-×0
[Atacando imediatamente o centro.] 9+-Õn+-+-0
10.dc5 ¥c5 11.¥d2 0–0 12.0–0–0 9n+-+-+-+0
¤a4! [As pretas se lançam sem per- 9+-+-+N+N0
da de tempo ao ataque.]
(diagrama1)
9PzP+QzPz0
13.¥b5 ¥d7 14.¥d7 [Se 14.¥e1 en- 9+KvR+-+R0
tão 14...£b6!, com clara vantagem.] xiiiiiiiiy
14...£d7 15.¤h3 ¦ac8 16.¢b1 £c6 18.£c4 ¦fd8 [As pretam completam
17.¥c1 ¤d5 tranqüilamente o desenvolvimento
(diagrama 2) enquanto esperam a oportunidade

41
Mate de Peão 26

de continuar o ataque na ala da fe5 21.¤c5 ¢b8 22.gh3 e4 23.¤e4


dama, onde suas peças estão bem £e7 24.¦c3 b5 25.£c2 1:0
dispostas.] 19.¢a1 b5! 20.£e4 ¥e7
21.c3 [Aqui surge um tema interes- Garry Kasparov
[A42]
sante da teoria enxadrística, que é o Jonathan Speelman
Ponto de Coincidência das Peças. Barcelona 1989
Neste caso o ponto c3 será a chave 1.d4 d6 2.e4 g6 3.c4 e5 4.¤f3 ed4
da vitória para as negras.] 21...£a6! 5.¤d4 ¥g7 6.¤c3 ¤c6 7.¥e3 ¤ge7
22.¤e5 ¥f6 23.¤g4? [Permitindo um 8.h4 h6 9.¥e2 f5 10.ef5 ¤f5 11.¤f5
sacrifício ganhador.] 23...¤ac3!–+ ¥f5 12.£d2 £d7 13.0–0 0–0–0 14.b4
24.bc3 ¥c3 25.¥b2 [25.¢b1 ¦c4–+] ¤b4 15.¤b5 ¤c2 16.¥f3 d5 17.¥d5
25...¦c4 [Ganhando um tempo ao ¤a1 18.¤a7 ¢b8 19.£b4 £d5 20.cd5
atacar a dama.] 26.£f3™ ¥b2 27.¢b2 ¤c2 21.£a5 ¤e3 22.fe3 ¦he8 23.¤b5
¦c2! [Novo e brilhante sacrifício, que ¦d5 24.£c7 ¢a8 25.£a5 1:0
arremata a partida.] 28.¢c2 £a2
29.¢d3 £c4 0:1 Emmanuel Lasker
[D32]
David Janowski
Alexander McDonnell Wch Berlin (m5) 1910
[C38]
Louis de la Bourdonnais 1.d4 d5 2.c4 e6 3.¤c3 c5 4.cd5 ed5
London (m3) 1834 5.¤f3 ¥e6 6.e4 de4 7.¤e4 ¤c6 8.¥e3
1.e4 e5 2.f4 ef4 3.¤f3 g5 4.¥c4 ¥g7 cd4 9.¤d4 £a5 10.¤c3 0–0–0 11.a3
5.d4 d6 6.c3 h6 7.¤a3 ¤c6 8.¥d2 ¤h6 12.b4 £e5 13.¤cb5 ¤f5 14.¦c1
£e7 9.0–0 ¥d7 10.b4 0–0–0 11.¥d3 ¤e3 15.fe3 £e3 16.¥e2 ¥e7 17.¦c3
g4 12.¤e1 f3 13.gf3 ¤f6 14.b5 ¤b8 ¥h4 18.g3 £e4 19.0–0 ¥f6 20.¦f6 gf6
15.¤ac2 ¦dg8 16.¢h1 h5 17.¤e3 gf3 21.¥f3 £e5 22.¤a7 ¢c7 23.¤ac6 bc6
18.£f3 ¥g4 19.£f4 ¤bd7 20.¤f5 £e6 24.¦c6 ¢b8 25.¦b6 ¢c8 26.£c1 ¢d7
21.¤f3 ¥f3 22.£f3 ¤g4 23.a4 ¥h6 27.¤e6 fe6 28.¦b7 ¢e8 29.¥c6 1:0
24.¥h6 ¤h6 25.a5 ¤f5 26.ef5 £b3
27.a6 d5 28.c4 ¤f6 29.ab7 ¢b8 30.c5 ERRAMOS
¤g4 31.b6 ab6 32.c6 1:0
MP23: o título do artigo de Paulo
Robert Fischer Sérgio Oliveira é O caçador da mi-
[C69]
Svetozar Gligoric niatura perdida, a casa e a torre
Havana (ol) 1966 mágicas, o qual publicamos erro-
1.e4 e5 2.¤f3 ¤c6 3.¥b5 a6 4.¥c6 neamente.
dc6 5.0–0 f6 6.d4 ¥g4 7.c3 ed4 8.cd4 MP24: o Mundial de Jovens por
£d7 9.h3 ¥e6 10.¤c3 0–0–0 11.¥f4 equipes foi jogado na cidade de
¤e7 12.¦c1 ¤g6 13.¥g3 ¥d6 14.¤a4 Parnaíba, Piauí (e não São Paulo,
¥g3 15.fg3 ¢b8 16.¤c5 £d6 17.£a4 como foi publicado).
¢a7 18.¤a6 ¥h3 19.e5 ¤e5 20.de5

42
Mate de Peão 26

SOLUÇÕES
1 [Grünberg–Gutman, Moskow
nº26 – fevereiro 1996
1989] 1.¥d5! ¥d5 2.e8£! ¦e8
3.¦e5! ¦c8 4.¦d5 1:0 Direção
2 [Kasparjan–Manweljan, Erevan Igor Ferraz Freiberger
1936] 1.£c6!! ¢c6 2.¤e5 ¢c5 Jornalista responsável
3.¤d3 ¢d4 4.¢d2! 1:0 Paulo Alberto de Morais
3 [Herrmann–Charousek, Buda– (Mtb 5092)
pest 1896] 1...¥h2! 2.¢h1 [2.¢h2 Diagramação
¥f1–+] 2...¥f1! 3.£d1 [3.£f1 ¥g3 Igor Ferraz Freiberger
4.¢g1 £h2] 3...¥e2! […4... ¥g3] Colaboradores
4.¢g1 £h2• 0:1 MI Antonio Rocha
4 [Hort–Kasparov, Köln Cup 1988] Antonio Sparvoli
1...¦e3! 2.£e3 [2.¤e3 £g1 3.£f1 Egon Klein
¦e3–+] 2...¦e3 3.¤e3 £g1 4.¤f1 Fernando Barros
¥c3 5.¦bb2 £g2! 0:1 Gerd Giebel
5 [Hort–Platonov, Wijk aan Zee Homero Gomes
1970] 1.¤f7! £c5 [1...¦f7 2.¦c8 GM Jaime Sunyé Neto
¦f8 3.£e6 ¢h8 4.¦f8] 2.£c5 bc5 Luiz Roberto da Costa Jr
3.¦bb7 1:0 Marcelo Chapper
6 [Hort–Portisch, Madrid 1973] AN Marco Barbosa
1.¦g4! fg4 2.£g5 ¢h8 3.£h6! 1:0 Marco Moura
7 [Horvath–Jacobsen, Kopenhagen MN Paulo Sérgio Oliveira
1988] 1.£h6! ¢e8 2.£e3 ¢f8 Waldemar Costa
3.£a3! ¢g8 4.£g3 ¢f8 5.£b8 1:0 Representantes
8 [Kashdan–Horowitz, New York AI Marco Barbosa
1939] 1...¥f1 2.£h5 ¦f2 3.¢h1 Fernando Barros
¥g2 4.¢g1 ¦e2 5.¢h2 ¥f3 0:1 MN Paulo Sérgio Oliveira

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XIIIIIIIIY XIIIIIIIIY
9-+r+-+k+0 1 5 9-+-+-Ôk+0
9×-z-zl+p0 9×-t-+p×p0
9-×-+-+p+0 9-×Q+p+-+0
9+-×-Õ-+-0 9Ó-+-s-+-0
9-+-+L+-+0 9-+-ÔP+-+0
9+-+-+-+-0 9+-+-+-+P0
9P+-v-+Pz0P P9n+-+-zP+0
9+-+-t-m-0+– +–9+R+-+-m-0
XIIIIIIIIY
xiiiiiiiiy XIIIIIIIIY
xiiiiiiiiy
9-+q+-+-Ô0 2 6 9-+-+-Ôk+0
9+k×-+-+p0 9Ô-Ó-+p+p0
9-×l×-+p+0 9p+-+pw-+0
9×-+-+-+-0 9+lzp+p+-0
9P+Q+-+-+0 9-t-+-+-+0
9+P+-+Nz-0 9+-+Lz-+-0
9-+P+-+Lz0P P9P+-+-zPz0
9+-m-+-+-0+– +–9+R+-+-m-0
XIIIIIIIIY
xiiiiiiiiy XIIIIIIIIY
xiiiiiiiiy
9r+-+-+k+0 3 7 9-+-+-Ò-+0
9+p×-+-×p0 9+-+-+p+-0
9-+-Õ-+-+0 9-m-+-z-+0
9+-+-+-+-0 9+P+-+-w-0
9-+-×N+-Ó0 9-+-+-+-+0
9+-+P+P+l0 9+-+-+-+-0
9PzPvQz-+0p P9-+-+-Ô-+0
9t-+-+-m-0–+ +–9+-+-+r+-0
XIIIIIIIIY
xiiiiiiiiy XIIIIIIIIY
xiiiiiiiiy
9-+-+r+k+0 4 8 9-+-+-Ôk+0
9+p+-+pÕ-0 9+-+-+-×p0
9-+p+r+-+0 9-+-+-+-+0
9×-+p+-+-0 9+-w-+-+q0
9P+-+-+-+0 9N+-×P+-+0
9+PzQzpz-0 9+-+-Õ-zl0
9-+-t-+q+0p p9-+-+Pz-m0
9+R+-mN+-0–+ –+9+R+-+R+-0
xiiiiiiiiy xiiiiiiiiy

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