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EDUCAÇÃO

PARA O
AUTO CUIDADO
ENFERMEIRA DRA ª MARIA KILVIA DE SOUSA
COREN- 492018-ENF
ESPECIALIZAÇÃO: OBSTETRÍCIA E NEONATOLOGIA
Atividades físicas
• O que é atividade física exemplos?

• É qualquer movimento corporal. Em outras


palavras é tudo aquilo que se faz no dia a dia.
Por exemplo, limpar a casa, brincar com os filhos,
caminhar até a padaria, passear com o seu
cachorro, subir e descer escadas
• A prática regular de atividade física é capaz de melhorar a
circulação sanguínea, fortalecer o sistema imunológico,
ajudar a emagrecer, diminuir o risco de doenças cardíacas
e fortalecer os ossos, por exemplo. Esses benefícios
podem ser alcançados em cerca de 1 mês após o início da
atividade física regular, como caminhadas, pular corda,
correr, dançar ou praticar musculação.

• Além disso, praticar atividade física após os estudos é uma


ótima estratégia para consolidar o aprendizado devido ao
aumento da circulação sanguínea cerebral e aumento da
produção de catecolaminas, como a noradrenalina e
dopamina, que são substâncias essenciais para a
memória.
• As atividades físicas podem ser feitas
em qualquer idade, mas é importante
fazer uma avaliação médica antes de
iniciar os exercícios para avaliar o
estado de saúde geral e as
condições do coração. Para idosos,
gestantes ou pessoas acima do peso,
além da avaliação médica é
recomendado acompanhamento com
um educador físico.
Os principais benefícios das atividades físicas são:
• Combate o excesso de peso
• As atividades físicas são a melhor forma de combater o excesso de
peso ou obesidade, além de ajudar a manter a perda de peso. Isto
porque os exercícios aceleram o metabolismo do corpo,
favorecendo o gasto de energia e a queima de calorias e, quanto
mais intenso o exercício, mais calorias são queimadas.
• Além disso, alguns estudos mostram que intercalar atividades
aeróbicas, como caminhada, corrida, natação ou ciclismo, com
treinamento de força e resistência, como a musculação, pode
maximizar a perda de gordura pois o aumento da massa muscular,
contribui para acelerar o metabolismo pois os músculos gastam
mais energia do que as células de gordura, o que é essencial para
eliminar o excesso de peso.
• Reduz a pressão arterial

• Alguns estudos mostram que fazer atividades físicas aeróbicas


regularmente, como caminhada, por exemplo, ajuda a reduzir
a pressão arterial e a melhorar a circulação sanguínea, que
são benefícios importantes para hipertensos.

• Além disso, as atividades físicas melhoram os níveis de


colesterol bom e reduzem o colesterol ruim e os triglicerídeos,
diminuindo o risco de doenças cardiovasculares como
aterosclerose, infarto ou derrame cerebral.
• Ajuda a controlar a glicemia
• As atividades físicas ajudam a controlar a glicemia por melhorar
a sensibilidade à insulina, o que ajuda a reduzir os níveis de
açúcar no sangue, podendo ser um importante aliado na
prevenção e no combate à diabetes.
• Além disso, fazer atividades físicas regulares ajuda a reduzir o
excesso de gordura ao redor da cintura que está relacionado
com o aumento da resistência à insulina, fazendo com que o
corpo não utilize o açúcar de maneira correta, o que leva ao
aumento da glicemia, aumentando o risco de desenvolver
diabetes.
• O ideal é praticar exercícios aeróbicos pelo menos 150 minutos
por semana para ajudar a reduzir a glicemia e combater a
diabetes.
• Fortalece ossos e articulações

• As atividades físicas como caminhada ou musculação ajudam


a fortalecer os ossos e as articulações por promover o
crescimento ósseo e aumentar a resistência e a densidade
dos ossos. Esse benefício é especialmente importante para a
terceira idade pois ajuda a prevenir a osteoporose e a reduzir
o risco de lesões, quedas e fraturas relacionadas com o
enfraquecimento dos ossos.
Aumenta a força e a resistência muscular

As atividades físicas de fortalecimento muscular, como a


musculação, podem ajudar a aumentar ou manter a massa
muscular e aumentar a resistência e a força dos músculos, pois
esses exercícios estimulam a construção e a função muscular.
Esses benefícios são muito importantes especialmente para
idosos que apresentam redução da massa e da força muscular
que ocorrem naturalmente com o envelhecimento, e que podem
causar lesões ou aumentar o risco de quedas. Por isso, praticar
atividade física regular, com exercícios de fortalecimento, é
essencial para reduzir a perda, manter e melhorar a força e a
resistência muscular.
• Promove a sensação de bem-estar

• As atividades físicas estimulam a produção e a


liberação de endorfina, que é um hormônio produzido
pela glândula hipófise no cérebro, que tem ação
analgésica no corpo, o que ajuda a promover a
sensação de bem-estar físico e mental.
• Além disso, quando realizadas regularmente, as
atividades físicas ajudam a aumentar o relaxamento, a
melhorar a sensação de prazer, o humor, a
autoconfiança e a autoestima, o que promove uma
sensação de melhor qualidade de vida e bem-estar.

• Diminui o estresse
• As atividades físicas ajudam a equilibrar o nível de
hormônios do estresse, como o cortisol e a adrenalina,
que geralmente são liberados em grandes quantidades
no corpo em momentos de estresse e nervosismo, como
uma resposta normal do organismo para resolver
situações estressantes.
• No entanto, em pessoas com estresse crônico, os níveis
desses hormônios podem estar constantemente altos, e
as atividades físicas podem diminuir a produção e a
liberação do cortisol e da adrenalina, ajudando a diminuir
o estresse.
• Combate a ansiedade e a depressão

• As atividades físicas ajudam a aumentar a produção, a


liberação e a sensibilidade de neurotransmissores no
cérebro, como a serotonina, noradrenalina e a dopamina,
responsáveis por regular o humor, o sono, o apetite, o
ritmo cardíaco e a memória. Quando esses
neurotransmissores se encontram em baixas
concentrações no corpo, podem causar ansiedade ou
depressão, e por isso, as atividades físicas ao aumentar a
quantidade dessas substâncias no corpo, ajudam a
combater a ansiedade e a depressão.
• Aumenta a disposição

• As endorfinas, a serotonina e a dopamina liberadas


durante a atividade física ajudam a aumentar a disposição,
melhorar a energia, a sensação de bem-estar e o estado
de alerta, além de reduzir a sensação de cansaço.

• Além disso, os exercícios melhoram o fornecimento de


oxigênio e nutrientes aos tecidos, o que aumenta a
disposição e a energia para fazer as tarefas do dia a dia e,
por isso, é importante as pessoas de todas as idades
praticarem exercício.
• Fortalece o sistema imunológico

• As atividades físicas ajudam a fortalecer o sistema


imunológico e a aumentar e melhorar a capacidade do
corpo de combater infecções, pois ativam as células de
defesa, estimulam a produção de substâncias anti-
inflamatórias e possuem ação antioxidante, o que
melhora o funcionamento das células do sistema
imunológico.
• Melhora o desempenho escolar
• As atividades físicas também têm muitos benefícios para a
saúde do cérebro de crianças e adolescentes, incluindo
melhora da memória e da capacidade de aprendizado e
redução dos sintomas de depressão. Isto porque os
exercícios aumentam a circulação sanguínea no cérebro, a
produção de neurotransmissores como noradrenalina e
serotonina, e estimulam o desenvolvimento do hipocampo
no cérebro, que é a região responsável pela memória.
• Alguns estudos mostram que as atividades físicas, mesmo
quando não são realizadas de forma regular, aumentam a
capacidade da memória, a velocidade de processamento
das informações, a atenção e o desempenho escolar.
Formas de organização
social existentes
• A estrutura social é a divisão da sociedade em
camadas sociais, as quais surgem mediante fatores
econômicos, políticos e religiosos, entre outros.

• Assim, a estrutura social pode ser classificada em


familiar, política, econômica, cultural, religiosa,
educacional, militar.
Organizações Sociais
• No Brasil, a Lei federal n. 9.637, de 18.5.1998 outorga a
criação do título Organização Social (OS).
• Surgem, assim, as organizações sociais, que são entidades
privadas sem fins lucrativos, que tem auxílio do Estado e que
tratam de algum interesse para a comunidade.
• Esses interesses podem ser relativos à cultura, ao ensino e à
pesquisa, ao desenvolvimento das tecnologias, à proteção ao
ambiente, à saúde.
• Nesse sentido, o conceito de Organização Social está
relacionado com o de Organização Não
Governamental (ONG).
As estruturas sociais
abrangem duas vertentes:
• Visão macrossociológica, que está pautada na
atuação das Instituições Sociais.

• Visão microsociológica, que se pauta no


estudo do sistema social a partir do
comportamento dos indivíduos que fazem
parte da sociedade.
Estrutura Social Brasileira
• A desigualdade social é um problema gerado principalmente
pela diferença entre os estratos sociais. Esse fato é notório no
Brasil, uma vez que a diferença entre as classes sociais no país
é algo gritante.
• No entanto, esse panorama vem adquirindo outro aspecto com
o passar dos anos. O Brasil é um dos países do mundo que tem
apresentado as mais altas taxas de mudança social nas últimas
décadas. Isso decorre da implementação de políticas públicas
de inclusão e de transformações econômicas e sociais no país.
Ecologia
• Ecologia é uma ciência complexa que nos permite
entender como os seres vivos relacionam-se uns
com os outros e com o ambiente em que vivem. Ao
estudar ecologia, podemos compreender melhor a
importância de cada espécie do planeta e também
como o ambiente influencia na distribuição e na
abundância das diferentes espécies. Ao
entendermos essas relações, fica mais claro
também a importância de preservamos o meio
ambiente.
Conceito de ecologia
O termo ecologia foi originalmente empregado por Ernst
Haeckel (1834-1919), em 1866, na obra Generelle
morphologie. A palavra ecologia é derivada de duas
palavras gregas: oikós e logos, que significam,
respectivamente, “casa” e “estudo”. Podemos concluir,
desse modo, que ecologia seria o estudo do local em que
os seres vivos vivem, entretanto, essa parte da biologia é
muito mais complexa. Uma forma melhor de definir a
ecologia seria:

A ecologia é a ciência que estuda as relações dos seres vivos entre si e deles com
o meio ambiente.
• A ecologia apresenta duas subdivisões:
autoecologia e sinecologia.
• Na autoecologia, o objeto de estudo é o
indivíduo ou uma determinada espécie, sendo,
nesse caso, por exemplo, estudado como o meio
pode influenciar no comportamento, fisiologia e
morfologia de uma dada espécie.
• A sinecologia, por sua vez, estuda as
comunidades, sendo observado não apenas uma
espécie, mas sim diferentes organismos e como
eles se associam.
Níveis de organização em
ecologia
• Quando estudamos biologia, a divisão em níveis hierárquicos é
importante para que o estudo seja facilitado. Essa divisão
apresenta, geralmente, 12 níveis: átomo,
molécula, organela, célula, tecido, órgão, sistema,
organismo, população, comunidade, ecossistema e biosfera.
• Na ecologia, um organismo não será analisado em todos esses
níveis, sendo alguns deles exclusivos de outras áreas da
biologia. Em ecologia, os níveis de organização tratados
são: organismo, populações, comunidades, ecossistemas e
biosfera.
• Organismo: é um indivíduo de uma determinada espécie.

• População: é um termo usado para referir-se a indivíduos


de uma mesma espécie, que vivem num determinado local
e num determinado tempo. Em uma população, há a troca
de material genético entre os indivíduos.

• Comunidade: é um termo utilizado para referir-se ao


conjunto de populações que vivem numa determinada área
e num determinado tempo. Em uma comunidade, os
indivíduos de diferentes espécies interagem entre si.
• Ecossistema: refere-se ao conjunto formado pelos
componentes abióticos (sem vida) e bióticos (seres
vivos) de uma região. Esses dois componentes
interagem entre si e garantem que ocorra o fluxo de
energia e a reciclagem da matéria.
• Biosfera: conjunto de todos os ecossistemas do
planeta, ou seja, todas as regiões da Terra onde há
seres vivos.
Conceitos básicos da ecologia

• Para estudar-se ecologia, é importante ter-se conhecimento de


alguns conceitos básicos. Além dos já estudados quando
falamos sobre níveis de organização, são conceitos
importantes:
• Habitat: é onde uma determinada espécie vive. A zebra vive na
savana africana, sendo esta, portanto, seu habitat.
• Nicho ecológico: é o modo de vida de determinado organismo.
• Pirâmide ecológica: é a representação gráfica que
reproduz os diferentes níveis tróficos de um ecossistema.
As pirâmides ecológicas podem ser de três tipos: número,
biomassa e energia.
• Relações ecológicas: são as interações estabelecidas entre
os seres vivos. As relações ecológicas podem ser
intraespecíficas, quando envolvem indivíduos da mesma
espécie, e interespecíficas, quando ocorre entre indivíduos
de espécies diferentes. As relações ecológicas podem,
ainda, ser classificadas em harmônicas e desarmônicas,
considerando-se os benefícios e malefícios advindos da
interação.
• Cadeia alimentar: sequência linear pela qual a matéria e a
energia são transferidas de um nível trófico a outro. A cadeia
alimentar mostra uma sequência de seres vivos que servem de
alimento para outros, iniciando-se com os organismos
produtores.
• Teia alimentar: conjunto de várias cadeias alimentares
interligadas. Nas teias alimentares, um mesmo organismo
pode estar em diferentes níveis tróficos.
• Nível trófico: conjunto de organismos de um ecossistema que
apresentam o mesmo tipo de nutrição. Todos os organismos
que realizam fotossíntese, por exemplo, ocupam o mesmo
nível trófico: os produtores. Existem três níveis tróficos
principais: produtores, consumidores e decompositores.
• Produtores: são os organismos autotróficos, ou seja,
aqueles capazes de sintetizar seu próprio alimento. Plantas
e algas são organismos produtores.
• Consumidores: são aqueles organismos heterotróficos,
incapazes de sintetizar seu próprio alimento, e, desse modo,
precisam ingerir outros seres vivos. Os consumidores
primários são aqueles que se alimentam dos produtores, os
secundários alimentam-se dos consumidores primários, os
terciários alimentam-se dos consumidores secundários, e
assim sucessivamente.
• Decompositores: são organismos que realizam
a decomposição, processo por meio da qual obtêm os
nutrientes de que necessitam da matéria morta, e promovem
a devolução de alguns compostos químicos para o ambiente.
Coleta de resíduos

• Normalmente o lixo gerado nas residências,


comércios ou indústria são misturados em um
mesmo local, retirados pelos serviços municiapais
de coleta de lixo e destinados aos aterros sanitários
ou para a incineração. É desta forma que lidamos
com o lixo. Contudo, está não é a maneira mais
adequada. Desta forma estamos lançando na
natureza produtos que levarão anos para se
decompor, enquanto muito poderia ser
reaproveitado para produção de matéria prima.
• O lixo no Brasil é um grave problema e o sistema de
coleta de resíduos é o termômetro do quanto as nossas
sobras podem afetar a administração municipal. A coleta
seletiva é umas das saídas pertinentes para um melhor
aproveitamento dos resíduos gerados na sociedade. Ela
consiste em separar o lixo em grupos distintos, cada um
com tipos de lixo correspondente com sua classificação.
• É nesse ponto que surge a coleta de resíduos industrias.
Realizados por empresas especializadas, sua realização é
de suma importância pois necessita de procedimento de
transporte e destinações especificas a fim de evitar um
prejuízo maior ao meio ambiente.
Resíduos de Classe I –
Perigosos
• São resíduos que, em função de suas propriedades físico-
químicas e infectocontagiosas, podem apresentar risco à saúde
pública e ao meio ambiente. Os resíduos perigosos pedem mais
atenção do gerador, já que os acidentes mais graves e de maior
impacto ambiental são causados por esta classe de resíduos.
Esses resíduos podem ser condicionados, armazenados
temporariamente, incinerados, tratados ou dispostos em
aterros sanitários próprios para recebê-los.
• Naturalmente, estes são os tipos mais perigosos e, por isso,
requerem mais atenção das empresas geradoras, pois o
manuseio e processamento inadequado podem acarretar danos
ao ambiente e pesadas sanções governamentais.
• Apresentam pelo menos uma das seguintes
características: inflamabilidade, corrosividade,
reatividade, toxicidade e patogenicidade. Podemos citar
como exemplos dessa classe de resíduos: borra de tinta,
latas de tinta, óleos minerais e lubrificantes, resíduos com
thinner, serragem contaminadas com óleo, graxas
ou produtos químicos, EPI’s contaminadas (luvas e botas
de couro), resíduos de sais provenientes de tratamento
térmico de metais, estopas, borra de chumbo, lodo da
rampa de lavagem, lona de freio, filtro de ar, pastilhas de
freio, lodo gerado no corte, filtros de óleo, papéis e
plásticos contaminados com graxa/óleo e varreduras.
Resíduos de Classe II – Não
Inertes e Inertes
• Divididos em A e B, são aqueles que não se
enquadram na classificação de resíduos Classe I.
Podem apresentar uma das propriedades:
combustibilidade, biodegradabilidade ou
solubilidade em água.
Resíduos de Classe II – A
• Estes resíduos são os chamados não inertes, ou seja, tem baixa
periculosidade, mas ainda oferecem capacidade de reação química em
certos meios. Este grupo inclui matérias orgânicas, papéis, vidros e
metais, que podem ser dispostos em aterros sanitários ou reciclados,
com a avaliação do potencial de reciclagem de cada item.
• Como exemplo, vale citar: materiais orgânicos da indústria alimentícia,
lamas de sistemas de tratamento de águas, limalha de ferro,
poliuretano, fibras de vidro, resíduos provenientes de limpeza de
caldeiras e lodos provenientes de filtros, EPI’s (uniformes e botas de
borracha, pó de polimento, varreduras, polietileno e embalagens,
prensas, vidros (para-brisa), gessos, discos de corte, rebolos, lixas e
EPI’s não contaminados.
Resíduos de Classe II – B
• Finalmente, o grupo dos inertes, que possuem baixa
capacidade de reação, podem ser dispostos em aterros
sanitários ou reciclados, pois não sofrem qualquer tipo de
alteração em sua composição com o passar do tempo.
Exemplo de resíduos: entulhos, sucata de ferro e aço.
• Como regra geral, conte sempre com um fornecedor que
tenha acesso a um laboratório credenciado, de modo que
você possa sempre ter certeza de que seus efluentes estão
recebendo a o tratamento necessário para sua classe, sem
riscos de prejuízos para a natureza e para seu negócio.
PLANEJAMENTO FAMILIAR

• É um conjunto de ações que


auxiliam homens e mulheres a
planejar a chegada dos filhos, e
também a prevenir gravidez não
planejada.
• De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 120
milhões de mulheres em todo mundo desejam evitar a gravidez. Por
isso, a lei do Planejamento Familiar foi desenvolvida pelo Governo
Brasileiro, com intuito de orientar e conscientizar a respeito da
gravidez e da instituição familiar.
• O Estado Brasileiro, desde 1998, possui medidas que auxiliam no
planejamento, como a distribuição gratuita de métodos
anticoncepcionais. Já em 2007, foi criada a Política Nacional de
Planejamento Familiar, que incluiu a distribuição de camisinhas, e a
venda de anticoncepcionais, além de expandir as ações educativas
sobre a saúde sexual e a saúde reprodutiva.
• Em 2009, o Ministério da Saúde reforçou a política de planejamento
e ampliou o acesso aos métodos contraceptivos, disponibilizando
mais de oito tipos de métodos nos postos de saúde e hospitais
públicos.
A Lei sobre o planejamento familiar, nº9.263, de 12 de janeiro de 1996, Regula o § 7º do
art. 226 da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece
penalidades e dá outras providências.

• CAPÍTULO I DO PLANEJAMENTO FAMILIAR


• Art. 1º O planejamento familiar é direito de todo cidadão, observado o
disposto nesta Lei.
• Art. 2º Para fins desta Lei, entende-se planejamento familiar como o conjunto
de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de
constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou
pelo casal.
• Parágrafo único – É proibida a utilização das ações a que se refere
o caput para qualquer tipo de controle demográfico.
• Art. 3º O planejamento familiar é parte integrante do conjunto de ações
de atenção à mulher, ao homem ou ao casal, dentro de uma visão de
atendimento global e integral à saúde.
• Parágrafo único – As instâncias gestoras do Sistema Único de
Saúde, em todos os seus níveis, na prestação das ações previstas
no caput, obrigam-se a garantir, em toda a sua rede de serviços, no
que respeita a atenção à mulher, ao homem ou ao casal, programa
de atenção integral à saúde, em todos os seus ciclos vitais, que
inclua, como atividades básicas, entre outras:

• I – a assistência à concepção e contracepção;
• II – o atendimento pré-natal;
• III – a assistência ao parto, ao puerpério e ao neonato;
• IV – o controle das doenças sexualmente transmissíveis;
• V – o controle e prevenção do câncer cérvico-uterino, do câncer de
mama e do câncer de pênis.
• Art. 4º O planejamento familiar orienta-se por ações
preventivas e educativas e pela garantia de acesso
igualitário a informações, meios, métodos e técnicas
disponíveis para a regulação da fecundidade.
• Parágrafo único – O Sistema Único de Saúde
promoverá o treinamento de recursos humanos, com
ênfase na capacitação do pessoal técnico, visando a
promoção de ações de atendimento à saúde reprodutiva.
• Art. 5º – É dever do Estado, através do Sistema Único
de Saúde, em associação, no que couber, às instâncias
componentes do sistema educacional, promover
condições e recursos informativos, educacionais, técnicos
e científicos que assegurem o livre exercício do
planejamento familiar.
• Art. 6º As ações de planejamento familiar serão
exercidas pelas instituições públicas e privadas,
filantrópicas ou não, nos termos desta Lei e das normas
de funcionamento e mecanismos de fiscalização
estabelecidos pelas instâncias gestoras do Sistema
Único de Saúde.
• Parágrafo único – Compete à direção nacional do
Sistema Único de Saúde definir as normas gerais de
planejamento familiar.
• Art. 7º – É permitida a participação direta ou
indireta de empresas ou capitais estrangeiros nas ações
e pesquisas de planejamento familiar, desde que
autorizada, fiscalizada e controlada pelo órgão de
direção nacional do Sistema Único de Saúde.
• Art. 8º A realização de experiências com seres
humanos no campo da regulação da fecundidade
somente será permitida se previamente autorizada,
fiscalizada e controlada pela direção nacional do
Sistema Único de Saúde e atendidos os critérios
estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde.
• Art. 9º Para o exercício do direito ao planejamento
familiar, serão oferecidos todos os métodos e técnicas
de concepção e contracepção cientificamente aceitos e
que não coloquem em risco a vida e a saúde das
pessoas, garantida a liberdade de opção.
• Parágrafo único. A prescrição a que se refere
o caput só poderá ocorrer mediante avaliação e
acompanhamento clínico e com informação sobre os
seus riscos, vantagens, desvantagens e eficácia.
• Art. 10. Somente é permitida a esterilização voluntária nas
seguintes situações: (Artigo vetado e mantido pelo
Congresso Nacional – Mensagem nº 928, de 19.8.1997)
• I – em homens e mulheres com capacidade civil plena e
maiores de vinte e cinco anos de idade ou, pelo menos,
com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo
de sessenta dias entre a manifestação da vontade e o ato
cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa
interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade,
incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar,
visando desencorajar a esterilização precoce;
• II – risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro
concepto, testemunhado em relatório escrito e assinado
por dois médicos.
• § 1º É condição para que se realize a esterilização o
registro de expressa manifestação da vontade em
documento escrito e firmado, após a informação a
respeito dos riscos da cirurgia, possíveis efeitos
colaterais, dificuldades de sua reversão e opções de
contracepção reversíveis existentes.
• § 2º É vedada a esterilização cirúrgica em mulher
durante os períodos de parto ou aborto, exceto nos
casos de comprovada necessidade, por cesarianas
sucessivas anteriores.
• § 3º Não será considerada a manifestação de vontade, na
forma do § 1º, expressa durante ocorrência de alterações na
capacidade de discernimento por influência de álcool, drogas,
estados emocionais alterados ou incapacidade mental
temporária ou permanente.
• § 4º A esterilização cirúrgica como método contraceptivo
somente será executada através da laqueadura tubária,
vasectomia ou de outro método cientificamente aceito, sendo
vedada através da histerectomia e ooforectomia.
• § 5º Na vigência de sociedade conjugal, a esterilização
depende do consentimento expresso de ambos os cônjuges.
• § 6º A esterilização cirúrgica em pessoas absolutamente
incapazes somente poderá ocorrer mediante autorização
judicial, regulamentada na forma da Lei.
• Art. 11. Toda esterilização cirúrgica será objeto de
notificação compulsória à direção do Sistema Único de
Saúde. (Artigo vetado e mantido pelo Congresso
Nacional) Mensagem nº 928, de 19.8.1997
• Art. 12. É vedada a indução ou instigamento
individual ou coletivo à prática da esterilização
cirúrgica.
• Art. 13. É vedada a exigência de atestado de
esterilização ou de teste de gravidez para quaisquer
fins.
• Art. 14. Cabe à instância gestora do Sistema Único
de Saúde, guardado o seu nível de competência e
atribuições, cadastrar, fiscalizar e controlar as
instituições e serviços que realizam ações e
pesquisas na área do planejamento familiar.
• Parágrafo único. Só podem ser autorizadas a
realizar esterilização cirúrgica as instituições que
ofereçam todas as opções de meios e métodos de
contracepção reversíveis. (Parágrafo vetado e
mantido pelo Congresso Nacional) Mensagem nº
928, de 19.8.1997
Os principais métodos
contraceptivos
• anticoncepcional oral: funciona a base
de hormônios para impedir a gravidez, exigindo
que a mulher tome as pílulas corretamente para
ter eficácia;
• implante anticoncepcional: também funciona
por hormônios, mas o dispositivo pode durar
até três anos, facilitando o dia a dia da mulher;
• anticoncepcional injetável: semelhante aos anteriores, mas aplicado
por injeção mensalmente ou a cada três meses;
• diafragma: usado pela mulher, é um anel de borracha que funciona
como uma barreira, mas precisa ser colocado 30 minutos antes da
relação e retirado após 12 horas;
• DIU: é um dispositivo intrauterino que é colocado pelo profissional e
pode ser mantido por até cinco anos;
• camisinha masculina: bastante eficaz na prevenção de gravidez e
de DSTs;
• laqueadura: método considerado definitivo para as mulheres, fecha
as trompas, impedindo o encontro do espermatozoide com o óvulo;
• vasectomia: considerada definitiva para os homens, nesse caso, a
cirurgia faz um corte no canal onde passam os espermatozoides
impedindo a sua passagem, sem afetar a ejaculação.
Métodos contraceptivos

• Os métodos reversíveis, também chamados de


temporários, são aqueles que, ao interromper o
uso, é possível engravidar.
• Os métodos irreversíveis, também conhecidos
como definitivos, são aqueles que exigem uma
intervenção cirúrgica, como vasectomia, para os
homens; e laqueadura tubária, para as mulheres.

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