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Thaís Pereira de Lima – RINA6 – RA00233057

A partir da leitura do artigo, responda as questões abaixo e poste as respostas no


TEAMS, preferencialmente em formato pdf.

1. Qual a relação entre inovação tecnológica e economia? Explique a partir das teorias apresentadas no
artigo.
O artigo intitulado “A Sexta Onda de Inovação: Inteligência Artificial e os Impactos no Emprego”
aborda a relação entre tecnologia e economia, conceitos que são interligados pelas “modificações técnicas de
produção” (P. 4) que produzem ondas longas/ciclos econômicos.
Schumpeter (1939) afirma, em suas teorias, que inovações mercadológicas produzem esse efeito cíclico
numa periodicidade de cerca de cinquenta a sessenta anos. De maneira semelhante, nas teorizações de Keynes
(1883-1946) reafirma essa característica cíclica, justificando-a como “resultado de uma variação cíclica da
eficiência marginal do capital” - isto é: destaca-se aqui a flutuação nos investimentos direcionados a um
determinado bem de capital que conforme as inovações/variações podem entrar em decadência (crise) ou
ascendência (melhoria).
De maneira geral, com base nessas teorias, é possível depreender que para impulsionar a máquina
capitalista é preciso que haja revoluções tecnológicas constantes.

2. De acordo com estas teorias, por que os ciclos econômicos tendem a se exaurir e entrar em declínio?
Com o objetivo de impulsionar a máquina capitalista e, portanto, gerar prosperidade econômica, é
preciso que haja um processo de substituição contínua - encaixa-se aqui os conceitos de destruição criativa e
disrupção do mercado -, visando criar novos produtos, serviços, tecnologias; inovações de maneira ampla nos
respectivos setores econômicos.
Além disso, é perceptível que, nos dias atuais, a necessidade desta renovação se dá numa velocidade
extremamente intensa, forçando o mercado a se renovar e reagir muito rapidamente. Logo, se entre esses
intervalos de tempo, por exemplo, uma determinada tecnologia se torna “obsoleta”, ou seja, são absorvidas pelo
mercado, (em relação a última inovação da onda anterior) a tendência é um rápido e brusco declínio, devido a
redução ou fuga de investimentos naquela empresa, cabendo aos empresários/as buscarem inovações e, então,
gerarem uma nova onda de inovação e um novo paradigma tecnológico. E assim se segue sucessivamente.

3. Quais são, tipicamente, as expectativas positivas e as expectativas negativas que se apresentam diante
da perspectiva de uma nova revolução tecnológica?
Em relação às expectativas positivas, é possível afirmar que o debate tende ao vislumbre de
prosperidade econômica e impacto social e trabalhista favoráveis ao desenvolvimento e “aprimoramento”
humano e de processos. As expectativas estão relacionadas à criação de ferramentas da área da saúde que
tenham um diagnóstico mais preciso e endereçam longevidade, a geração de maior conforto, novas experiências
humanas através da realidade virtual e outros dispositivos digitais, ampliação do conhecimento informacional,
substituição de tarefas “tediosas” e repetitivas, impacto positivo na mão de obra mais velha entre outros.
Já as expectativas negativas são amplamente associadas a medos sobre o futuro dos trabalhadores/as
em suas respectivas funções (desemprego), uso indevido da tecnologia para fins genéticos, nas guerras, o
embate sobre privacidade e segurança com a possibilidade de livre acesso aos dados pessoais dos usuários/as.
Outras questões também são abarcadas como a desumanização que o uso do meio digital produz com a
consequente cisão em aspectos éticos e morais.

4. Em termos das transformações que afetarão o mundo do trabalho e as profissões, você acredita que o
impacto ficará restrito a substituição de tarefas mecânicas e repetitivas? Justifique.
Considerando a acelerada inovação tecnológica e o desenvolvimento de tecnologias cada vez mais
inteligentes e sofisticadas, é possível que as substituições não sejam apenas em tarefas mecânicas/repetitivas.
Um exemplo pertinente seriam os robôs capazes de realizar atividades mais elaboradas com reconhecimento,
possibilitando a execução de diálogos.
Os avanços no campo da medicina e na área da saúde ilustram como as tecnologias podem afetar até as
posições mais qualificadas, como de médicos. As produções artísticas e literárias também podem ser
consideradas como atividades de um campo mais criativo e ainda assim sofrem impactos pelo desenvolvimento
de softwares, robôs e inteligências artificiais.
Outro ponto pertinente é a interface das multinacionais, pelo caráter global dessas empresas, é possível
pensar no desenvolvimento de programas que permitam a tradução simultânea, resultando na facilitação da
comunicação e impactando o estudo de idiomas em escolas tradicionais e o trabalho de tradutores. Finalmente, é
possível afirmar que haverá a facilitação de processos organizacionais, fazendo com que haja um crescimento de
áreas gerenciais, já que essas máquinas/tecnologias substituirão postos nos diversos campos e níveis de
qualificação.

5. Quais as principais diferenças colocadas entre a atual onda de inovação


e as anteriores?
Primeiramente é possível notar uma maior aceleração na aderência das novas tecnologias, enquanto em
ondas anteriores eram necessários anos para que 50 milhões de usuários tivessem acesso a determinadas
inovações (como o rádio, por exemplo), o texto aponta que atualmente esse número pode ser atingido em até 35
dias. Nesse sentido, há o fenômeno de encurtamento da onda, ilustrando que as tecnologias não crescem
linearmente, mas exponencialmente.
Ainda, outra característica da Sexta Onda é que nas fases iniciais (crescimento e prosperidade) haverá
crescimento de empregos, porém voltado aos postos de maior qualificação, ao passo que o desemprego será
evidente para ocupações de média e baixa qualificação, justamente pela substituição de atividades mais
mecânicas pelas novas tecnologias desenvolvidas.
Além disso, nessa onda é nítida a variedade tecnológica no mesmo período temporal, como a
inteligência artificial e a nanotecnologia. A ação de governos, além da empresarial, ilustra os incentivos dados
para a preparação da nova transformação digital. Por fim, podemos citar a possibilidade da riqueza gerada se
restringir a certos países e indivíduos, aumentando desigualdade social e um desequilíbrio na geração de
empregos.

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