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AUTARQUIA DO ENSINO SUPERIOR DE GARANHUNS (AESGA)

FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS DE GARANHUNS (FACEG)


CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

ERLAN LOURENÇO DE LIRA


HÉBER ASAFE AREIAS FELIX
RICARDO REZENDE CARNEIRO

MAGNETISMO

GARANHUNS
2016
ERLAN LOURENÇO DE LIRA
HÉBER ASAFE AREIAS FELIX
RICARDO REZENDE CARNEIRO

MAGNETISMO

Trabalho entregue à Autarquia do Ensino Superior


de Garanhuns (AESGA) - Faculdade de Ciências
Exatas de Garanhuns (FACEG), como pré-requisito
para composição da nota da disciplina Física III do
curso de Bacharelado em Engenharia Civil.

Solicitante: Professor Nadson Rodrigues

GARANHUNS
2016
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3
2 MAGNETISMO......................................................................................................... 4
2.1 CAMPO MAGNÉTICO........................................................................................... 5
2.1.1 Força magnética ............................................................................................... 6
2.1.2 Linhas do campo magnético ........................................................................... 7
2.2 LEI DE AMPÈRE ................................................................................................... 8
2.2.1 Lei de Ampère para condutores retilíneos ..................................................... 8
2.2.2 Lei de Ampère: Formulação geral ................................................................... 8
2.2.3 Lei De Biot-Savart ............................................................................................ 9
2.3 INDUÇÃO ............................................................................................................ 10
2.3.1 Lei de Faraday ................................................................................................ 11
2.3.2 Fluxo magnético ............................................................................................. 12
2.3.3 Lei de Lenz ...................................................................................................... 12
2.4 INDUTÂNCIA ...................................................................................................... 13
2.4.1 Circuito RL ...................................................................................................... 14
3 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 16
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 17
3

1 INTRODUÇÃO

O magnetismo é um ramo da física que estuda a atração e a repulsão de


objetos magnéticos. O imã é um dos principais representantes deste estudo, e pode
ser definido como todo material que produz um campo magnético a sua volta. A Terra
é tida como um ímã natural cujo polo norte geográfico corresponde ao polo sul
magnético. Apesar do nome magnetita fazer referência a uma cidade grega, há
evidências de que os chineses já tinham o conhecimento de materiais que podiam
atrair outros. Assim, eles utilizavam a bússola para fins militares para se orientar na
guerra.
Como metodologia, foi realizada uma pesquisa bibliográfica com o intuito
de explorar o tema proposto e aumentar os conhecimentos acerca deste assunto. Os
materiais utilizados para fundamentar esta pesquisa foram livros, artigos e portais da
internet.
Este trabalho está divido em três capítulos, a introdução, seguida de
referencial teórico acerca do temo proposto, onde são abordados temas como
magnetismo, lei de Ampère, Indução e indutância; por fim é apresentada a conclusão
e as referências utilizadas.
4

2 MAGNETISMO

A palavra magnetismo tem sua origem na Grécia antiga, devido a


descoberta de um minério na cidade Magnésia, tal minério possuía a propriedade de
atrair objetos de ferro e foi conhecido como magnetita. Embora haja essa referência à
cidade grega, é provável que entre os anos 300 a.C. e 220 a.C. o magnetita tenha
sido usado primeiramente pelos adivinhões chineses, que através da “colher que
aponta para o sul” utilizavam os princípios de magnetismo para localização geográfica
(GASPAR, 2013).

Figura 1 – Colher chinesa que aponta para o sul

Fonte: Gaspar (2013)

No século VI os chineses já possuíam tecnologia para fabricação de ímãs,


algumas delas utilizadas até hoje, como é o caso da técnica que consiste em esfregar
uma ímã em uma agulha de ferro ou aço, fazendo com que esta também se torne um
ímã. A princípio essas agulhas eram utilizadas em bússolas que serviam para orientar
a posição de construção dos edifícios, posteriormente passaram a ser utilizados na
navegação (GASPAR, 2013).
Pierre de Maricourt em 1269 descobriu que ao colocar uma agulha disposta
em várias posições sobre um ímã natural, a agulha se orienta de acordo com as linhas
que passam através dos pontos da extremidade da esfera, tais pontos foram
chamados de polos do ímã. Mais tarde, após vários experimentos, outros cientistas
descobriram que independente do formato do ímã, ele apresenta sempre dois polos,
denominados polos norte e sul, sendo que polos iguais se repelem e polos diferente
se atraem. Em 1600, William Gilbert concluiu que a Terra é um ímã natural, possuindo
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polos magnéticos próximos aos polos norte e sul geográficos, sendo que o polo norte
geográfico corresponde ao polo sul geográfico (TIPLER; MOSCA, 2012).

2.1 CAMPO MAGNÉTICO

Visando uma melhor compreensão do conceito de campo magnético, é


possível fazer uma analogia ao campo elétrico, onde uma distribuição de cargas
elétricas em repouso gera um campo elétrico 𝐸⃗ no espaço em volta desta distribuição,
este campo elétrico exerce uma força 𝐹 = 𝑞 ⋅ 𝐸⃗ sobre qualquer carga que esteja dentro
deste campo. De forma análoga, uma carga móvel ou uma corrente elétrica gera em
sua volta um campo magnético, este exerce uma força 𝐹 sobre qualquer outra carga
ou corrente que transitar no interior do campo (YOUNG; FREEDMAN, 2009).
O conceito de campo magnético teve suas origens através da observação
dos efeitos que um ímã provocava ao seu redor, essa região ficou conhecida como
campo magnético. Faraday sugeriu esse conceito através das figuras formadas por
limalhas de ferro espalhadas em uma folha de papel apoiada sobre ímãs, tal
experimento deixa explícita a influência do ímã na região próxima ao mesmo.

Figura 2 – Campo magnético gerado por polos opostos (esquerda) e iguais (direita)

Fonte: Gaspar (2013)

Da mesma forma que as o campo elétrico é gerado por cargas elétricas,


seria natural que o campo magnético fosse produzido por cargas magnéticas, porém
embora previstas por algumas teorias, tais cargas até hoje não foram observadas
profundamente. No que se tem conhecimento atualmente, o campo magnético pode
ser gerado de através de duas formas, a primeira é utilizando partículas eletricamente
carregadas em movimento, com os elétrons produzindo uma corrente elétrica em um
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condutor, gerando um eletroímã e consequentemente o campo magnético. A segunda


forma é utilizar partículas elementares que possuem campo magnético próprio. Desta
⃗ é definido como uma grandeza vetorial cuja direção é a
forma o campo magnético 𝐵
mesma daquela em que a força é zero (HALLIDAY; RESNICK, 2012).
Seja um campo magnético formado pelos elementos presentes abaixo
(FIGURA 3), onde 𝑣 é a velocidade da partícula, 𝐹 a força magnética, 𝑞 a carga
⃗ é dado pela Eq. 1.
elétrica, o módulo do campo magnético 𝐵

Figura 3 – Esquema de campo elétrico

(1)

Fonte: Gaspar (2013)

2.1.1 Força magnética

Existem quatro particularidades no que se refere a força magnética que


atuam em uma carga em movimento. A primeira é que o módulo da força magnética
é igual é proporcional ao módulo da carga; a segunda é que o módulo da força também
é proporcional ao módulo o campo; a terceira é que a força magnética depende da
velocidade da partícula; por fim a última característica é que a força magnética não
possui a mesma direção do campo magnético (YOUNG; FREEDMAN, 2009).
O módulo da força magnética pode ser obtido através da Eq. 2. É possível
deduzir que a força será zero se o módulo da carga for zerou ou se a partícula estiver
⃗ forem paralelos (𝜙 = 0º) ou antiparalelos
parada. A força também será zero se 𝑣 e 𝐵
⃗ são perpendiculares (HALLIDAY;
(𝜙 = 180º), a força será máxima quando 𝑣 e 𝐵
RESNICK, 2012).
⃗ ⋅ sin 𝜙
𝐹 =𝑞⋅𝑣⋅𝐵 (2)
7

A direção e o sentido do campo magnético podem ser determinados


através de regras práticas, como por exemplo a “regra da mão direita”. O polegar
indica o sentido da velocidade da partícula, da palma da mão de forma perpendicular
“sai” a força magnética. O sentido do campo magnético é indicado através demais
dedos com a palma da mão estendida (FIGURA 4). Se a partícula possuir uma carga
negativa a força terá sentido oposto (GASPAR, 2013).

Figura 4 – Regra da mão direita

Fonte: Gaspar (2013)

2.1.2 Linhas do campo magnético

É possível representar o campo magnético através de linhas de campo.


Todas as linhas passam pelo interior do ímã e formam curvas fechadas. O campo
magnético externo possui maior intensidade à medida que se aproxima das
extremidades do ímã, o que se reflete em um menor espaçamento das linhas. Assim,
o campo magnético do ímã recolhe mais limalha nas extremidades. As linhas do
campo entram em uma extremidade e saem pela outra (FIGURA 5), a extremidade
onde ocorre a saída é chamada de polo norte, já a extremidade onde ocorre a entrada
é chamada de polo sul. Devido a existência de dois polos, o ímã possui um dipolo
magnético (HALLIDAY; RESNICK, 2012).
8

Figura 5 – Linhas de campo magnético

Fonte: Halliday; Resnick (2012)

2.2 LEI DE AMPÈRE

É possível calcular o campo magnético total associado a uma distribuição


de correntes considerando o campo magnético elementar "dB" produzido por um
elemento de corrente 𝑖 𝑑𝑠 e somando todas as contribuições dos elementos de
corrente. Quando se aplica uma distribuição complicada de correntes, para o cálculo
do campo pode ser necessário o uso de um; todavia, se a distribuição possui uma
certa simetria, é possível usar a lei de Ampère para determinar o campo magnético
total, facilitando os cálculos (HALLIDAY; RESNICK, 2012).

2.2.1 Lei de Ampère para condutores retilíneos

De Acordo com Young e Freedman (2009) A ideia básica da lei de Ampère


deriva do cálculo para campo magnético produzido por um condutor longo e retilíneo.
O módulo do campo magnético situado a distância r do condutor pode ser definido
através da equação Eq. 3, onde µ0 é uma constante chamada permeabilidade
magnética, 𝐼 é a corrente e 𝑟 a distância.

(3)

2.2.2 Lei de Ampère: Formulação geral

A lei de Ampère pode ser generalizada considerando diversos fios longos


e retilíneos que passam pela área delimitada pelo percurso de integração. O campo
magnético B em qualquer ponto do percurso é dado pela soma vetorial dos campos
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individuais dos fios. O enunciado geral da lei de Ampère é data através da Eq. 4, onde
𝐼𝑖𝑛𝑡𝑒 é a corrente no interior do percurso dado pela integração. Embora esta fórmula
tenha sido deduzida para o caso especial de fios retilíneos e longos, ela pode ser
generalizada para qualquer que seja o percurso e a forma do condutor (Young;
Freedman, 2009).

(4)

O sentido do campo elétrico pode ser determinado com o auxílio da regra


da mão direita (FIGURA 6), adotando-se o sentido da corrente, o polegar deverá
seguir o sentido do percurso da corrente elétrica.

Figura 6 – Regra da mão direita aplicada à condutores

Fonte: Young e Freedman (2009)

2.2.2 Lei De Biot-Savart

A lei de Biot-Savart, também deduzida por Ampère, foi deduzida a partir da


lei de Coulomb com o intuito de calcular o campo magnético 𝑑𝐵 produzido por um
elemento de corrente 𝐼 𝑑𝑙. A fonte do campo magnético é uma carga em movimento
𝑞𝑣 ou um elemento de corrente 𝐼 𝑑𝑙, A fórmula de Biot-Savart é exposta através da
Eq. 5 (TIPLER; MOSCA, 2012).

(5)
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O campo magnético diminui com o quadrado da distância do mesmo até a


carga em movimento ou ao elemento de corrente. No caso de uma carga puntiforme
o campo magnético é perpendicular a 𝑟 e 𝑣. Em um ponto ao longo da linha do
elemento de corrente, conforme ponto P2 (FIGURA 7), o campo magnético é zero,
pois 𝑑𝑙 e 𝑣 são paralelos. Já no ponto P1 o elemento de corrente produz campo
magnético 𝑑𝐵 que está na direção/sentido de 𝑑𝑙 𝑒 𝑟, portanto perpendicular a 𝑑𝑙 e 𝑟.

Figura 7 – Regra da mão direita aplicada à condutores

Fonte: Tipler e Mosca (2012)

2.3 INDUÇÃO

A maioria dos aparelhos modernos, como por exemplo máquina de lavar,


furadeiras elétricas e até computadores, possuem circuitos elétricos em suas partes
internas. Para que haja uma corrente elétrica, é necessário a existência de uma força
eletromotriz (fem). Em dispositivos elétricos usados na indústria e em residências, a
fonte de tensão é uma usina geradora de energia elétrica, esta usina produz energia
elétrica mediante conversão de outras formas de energia, como por exemplo energia
potencial gravitacional em energia hidroelétrica. Tal fenômeno é chamado de indução
eletromagnética (YOUNG; FREEDMAN, 2009).
Em 1820 Oersted descobriu que uma corrente elétrica produz campo
magnético. A partir dessa descoberta Michael Faraday e Joseph Henry começaram a
se dedicarem a estudos com o intuito de obter o efeito inverso, ou seja, conseguir
produzir uma corrente elétrica a partir do campo magnético. Um dos dispositivos
usados por Faraday (FIGURA 8) consiste em um enrolamento, chamado de primário,
e uma bobina com N espirar de condutor isolado; ligados através de um interruptor à
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uma bateria que faz circular uma corrente contínua que gera um campo magnético.
As linhas do campo magnético geradas pelo enrolamento 1 passam por dentro do
enrolamento 2 chamado de secundário, que é uma bobina com N2 espiras de condutor
isolado (SAMBAQUI; MARQUES, 2010).

Figura 8 – Indutor magnético

Fonte: Sambaqui e Marques (2010)

O fenômeno chamado de indução eletromagnética começa quando o fluxo


magnético varia através de um circuito, ocorre então a indução de uma fem e de uma
corrente no circuito. Em uma usina geradora de energia elétrica, o movimento de um
ímã em relação a uma bobina e surge uma fem. Componentes elétrico como
transformadores também funcionam através do princípio de fem induzida (YOUNG;
FREEDMAN, 2009).

2.3.1 Lei de Faraday

Faraday descobriu que a força eletromotriz e uma corrente podem ser


induzidas em uma espira, fazendo variar a quantidade de campo magnético que
atravessa a espira. A lei de Faraday diz que uma força eletromotriz é induzida na
espira da esquerda quando o número de linhas de campo magnético que atravessas
e espira varia (HALLIDAY; RESNICK, 2012).
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Figura 9 – Indução na espira da esquerda

Fonte: Halliday e resnick (2012)

2.3.2 Fluxo magnético

O fluxo magnético através de uma superfície é calculado de forma análoga


ao fluxo elétrico. Seja 𝑑𝐴 um elemento infinitesimal de área em uma superfície 𝑆, seja
𝑛⃗ um vetor unitário normal ao elemento infinitesimal, esta forma o vetor −𝑛
⃗⃗⃗⃗⃗ também
será normal à 𝑑𝐴. Desta forma a escolha do sentido é opcional , porém está escolha
determinará o sinal do fluxo 𝜙𝑚 , que pode ser determinado através da Eq. 6. A unidade
do fluxo magnético do fluxo magnético é a intensidade do campo magnético
multiplicado pela área, ou seja, tesla – metro quadrado, que é equivalente ao weber
(Wb) (TIPLER; MOSCA, 2012).

𝜙𝑚 = ∫𝑆 𝐵𝑛 𝑑𝐴 (6)

2.3.3 Lei de Lenz

A lei de Lens consiste em um método alternativo para determinação do


sentido da força eletromotriz ou da corrente induzida, esta lei é deduzida da lei de
Faraday e afirma que “o sentido de qualquer efeito de indução magnética é tal que se
opõe à causa que produz esse efeito”. A causa pode ser a variação de um fluxo
através de um circuito em repouso ocasionado devido a variação de um campo
magnético. O fluxo magnético variável é gerado pelo movimento dos condutores que
compõem o circuito (FIGURA 10). Quando o fluxo magnético varia em decorrência de
um circuito em repouso, a própria corrente gera um campo magnético, tal corrente se
opõe a variação do fluxo magnético através do circuito (YOUNG; FREEDMAN, 2009).
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Figura 10 – Corrente induzida em um campo variável

Fonte: Young e Freedman (2009)

2.4 INDUTÂNCIA

Uma corrente que varia em uma bobina induz uma forma eletromotriz em
outra bobina adjacente, esta junção entre duas bobinas é descrita pela indutância
mútua. Uma corrente variável também induz uma força eletromotriz na própria bobina.
A bobina recebe o nome de indutor (FIGURA 11), a relação entre a força eletromotriz
e a corrente é denominada de indutância da bobina. Quando a princípio há uma
corrente na bobina, a energia é liberada quando a corrente diminui (YOUNG;
FREEDMAN, 2009).

Figura 11 – Exemplos de indutores

Fonte: Marques (2017)

Considerando duas bobinas vizinhas (FIGURA 12), uma corrente que


⃗ e consequentemente um fluxo
circula na bobina 1 produz um campo magnético 𝐵
magnético na bobina 2. A variação na corrente na bobina 1 ocasiona variação no fluxo
da bobina 2, com isso é produzida uma força eletromotriz na bobina 2. Dessa forma,
a variação na corrente em um dos circuitos produz uma corrente induzida no outro
(YOUNG; FREEDMAN, 2009).
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Figura 11 – Indução mútua

Fonte: Young e Freedman (2009)

A força eletromotriz induzida 𝜀2 é dada pela Eq. 7:

(7)

Quando a corrente que atravessa um condutor varia, o fluxo magnético que


atravessa as espiras também varia, isto significa que, de acordo com a lei de Faraday,
surge uma forma eletromotriz induzida no condutor, tal processo é denominado
autoindução. Através da Eq. 8 é possível calcular a força eletromotriz autoinduzida
(HALLIDAY; RESNICK, 2012).
ⅆⅈ
𝜀𝐿 = −𝐿 ⋅ (8)
ⅆ𝑇

2.4.1 Circuito RL

E um circuito dado circuito quem contém um resistor 𝑅 e um indutor 𝐿


(FIGURA 12), quando a chave 𝑆 é colocada na posição 𝑎, a corrente no resistor
começa a aumentar. Caso o indutor não estivesse neste circuito a corrente atingiria
quase que instantaneamente o valor final, contudo a presença do indutor faz com que
uma força eletromotriz autoinduzida aparece no circuito, esta se opõe ao aumento da
corrente. Assim a corrente no resistor responde a diferença entre as duas forças
eletromotrizes (uma constante produzida pela fonte e outra decorrente da
autoindução). A medida que o tempo passa, a taxa de aumento da corrente diminui e
o valor força eletromotriz autoinduzida também diminui. Assim a corrente tende para
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𝜀 ∕ 𝑅 . Inicialmente o indutor se opõe a variação de corrente que o atravessa, após um


determinado tempo ele começará a se comportar como fio comum (HALLIDAY;
RESNICK, 2012).
Figura 12 – Circuito RL

Fonte: Halliday e Resnick (2012)


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3 CONCLUSÃO

Magnetismo é a área da física que estuda os materiais magnéticos, ou seja,


que materiais possuem a propriedade de atrair ou repelir
outros. Materiais magnéticos são amplamente utilizados em nosso dia-a-dia, como
por exemplo em motores, transformadores, bobinas, etc. O magnetismo possui
analogia a eletricidade, visto que está ligado a uma carga em movimento que gera um
campo magnético.

Vale destacar que campos magnéticos são diferentes de campos elétricos,


embora estejam interligados. O primeiro se origina do movimento de cargas elétricas,
enquanto que o campo elétrico surge apenas com uma carga, não importando
seu momento.
Um campo magnético é influência de cargas elétricas em movimento. Um
campo magnético pode ser descrito pela Lei de Biot-Savart. Linhas de campo
magnético gerado por condutor retilíneo. As linhas de campo magnético geradas por
um condutor retilíneo percorrido por corrente elétrica são circunferências concêntricas
ao fio, contidas num plano perpendicular ao condutor e com centro no condutor.
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REFERÊNCIAS

GASPAR, Alberto. Compreendendo a física: Eletromagnetismo e física moderna. São


Paulo: Ática, 2013.

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert. Fundamentos de física: Eletromagnetismo. São


Paulo: LTC, 2012.

MARQUES, Gil. Eletromagnetismo: Indutores e Indutância. Disponível em: < http://midia.


atp.usp.br/ensino_novo/eletromagnetismo/ebooks/indutores_indutancia.pdf>. Acesso em: 01
mai. de 2017.

SAMBAQUI, Ana; MARQUES, Luis. Apostila de eletromagnetismo. Disponível em: <


http://www.joinville.ifsc.edu.br/~janderson.duarte/Apostila_de_Eletromagnetismo.pdf>.
Acesso em: 01 mai. de 2017.

TIPLER, Paul; MOSCA, Gene. Física para cientista e engenheiros. São Paulo: LTC, 2009.

YOUNG, Hugh; FREEDMAN, Roger. Física III Eletromagnetismo. São Paulo: Addison
Wesley, 2009.

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