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Resumo
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EP01025 – Cálculo Numérico
INTRODUÇÃO
(b) f x x 2 2 x 3
(c) f x x 3 8
(d) f x x 3 8 x 1
(e) f x xe x 2
(f) f x cos x e x
Podemos, sem grandes dificuldades, determinar o(s) zero(s) das funções dos
itens (a) e (b). Para demais funções necessitamos de estudos adicionais que é objetivo
deste trabalho.
No exemplo (a) temos um único zero que é x = 4/3. E, para o exemplo (b)
usando a fórmula de Báskhara encontramos as raízes x1 3 e x 2 1 .
Para a função do exemplo (c) o valor x 2 é evidentemente único zero de f .
No caso do exemplo (c) mesmo sendo polinômio de 3º grau, não é tão evidente como no
exemplo anterior. Outros exemplos, não é nada evidente que a função tenha algum zero,
e caso exista qual seja seu valor.
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EP01025 – Cálculo Numérico
Cada método apresentado serve para encontrar um zero da função. Para função
que possui mais de um zero, para cada zero procurado deve seguir os procedimentos de
acordo com cada método.
1 - DEFINIÇÕES E TEOREMAS
(c) F x 10 3 x .
(d) F x 10 3 x .
As raízes desta equação são r1 5 e r2 2 , e são pontos fixos das funções (a)
e (b) enquanto que r1 5 é ponto fixo da função (c) e r2 2 da função (d) conforme a
seguir:
10 5
2
10 2 2
(a) F 5 5 e F 2 2.
3 3
(b) F 5 5 4 5 10 5 e F 2 2 2 4 2 10 2 .
2
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EP01025 – Cálculo Numérico
(c) F 5 10 3 5 5 .
(d) F 2 10 3 2 2 .
Observe que uma função pode ter mais de um ponto fixo, como é o caso de (a) e (b).
Teorema 1.1 – (Teorema de ponto fixo) Toda função contínua f : a, b a, b
possui um ponto fixo.
Demonstração: ver página 111 de Corrêa [4].
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EP01025 – Cálculo Numérico
Lema 1.1 Seja f : a, b R uma função continua tal que f a 0 f b , então
existe c a, b tal que f c 0. O ponto c é chamado zero da função f.
Lema 1.2 Seja f : a, b R uma função continua tal que f a 0 f b , então
existe c a, b tal que f c 0. O ponto c é chamado zero da função f.
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EP01025 – Cálculo Numérico
Significa que se f x tiver sempre o mesmo sinal em a, b , existe um único zero em
a, b como mostra as figuras do gráfico 1.4.
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EP01025 – Cálculo Numérico
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EP01025 – Cálculo Numérico
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EP01025 – Cálculo Numérico
Resumindo:
Se f a f b 0 f contínua com certeza r a, b .
Se f a f b 0 então a ou b é zero da função.
Se f a f b 0 nada a afirmar pois pode existir raiz em a, b , como mostra a
gráfico 1. 7.
Série de Taylor com resto – Seja f : a, b R função contínua que possui
derivadas contínuas até a ordem n em a, b . Se r a, b então a série de Taylor da
função f em torno de r a, b é dada por:
F x F r x r F r
x r
2
F r
x r
n 1
F n r Rn x (1.1)
2! n 1!
Onde Rn x é o resto da série, expresso por
Rn x x r
n
F n , a, b (1.2)
n!
O Teorema do Valor Médio é um caso particular da Série de Taylor de ordem 2 para
x b, r a e c .
Erro absoluto é o valor absoluto da diferença entre valor exato r e valor aproximado xi ,
dado abaixo.
erro xi r . (1.3)
erro xi r . (1.4)
Exemplo 1.1. Determine uma cota superior do erro cometido ao considerar os seis
1
primeiros termos da série infinita n! .
n 0
Resposta: Sabemos que , se trabalharmos com seis primeiros termos desta série obtemos:
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EP01025 – Cálculo Numérico
5
1 1 1 1 1
S 11 2,7167 .
n 0 n ! 2 6 24 120
1 1 1 1 1 1 1 1
erro S S
6! 7! 8! i! 6! 7! 8! i!
1 1 1 1 1 1 1 1
1 1
6! 7 7 8 7 8 9 6 ! 77
7 7
7 7
1
P .G .de razão
7
1 1 1 7
0,0016
6! 1 170 6
1
7
Ou seja
erro S S 0,0016 .
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EP01025 – Cálculo Numérico
Este método consiste em, a partir do intervalo a, b que contém zero da função,
dividir o intervalo ao meio sucessivamente, de modo que um dos subintervalos continue
satisfazendo as condições do Teorema 1.4 do Capítulo 1.
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EP01025 – Cálculo Numérico
Solução:
1º Passo: Para determinar o intervalo a, b atribuímos valores para x. Seja:
x 0 f 0 0 3 0 2 5 5 0 .
Como em x 0 a imagem de f é negativa, escolhe-se outro valor para x de
modo que a imagem seja positiva. Seja então:
x 2 f 2 2 3 2 2 5 7 0 .
seja, f x 0 em :
2
x 0 0,2 e x 0,2
3
de onde concluímos que f x 0 em todo 0,2 . Assim, nesse intervalo, existe apenas
um zero de f .
02
2º Passo: c 1 f 1 13 12 5 3 0
2
1 2
c 1,5 f 1,5 1,5 3 1,5 2 5 0,575 0
2
Para cada problema exige-se a precisão necessária. Por exemplo, numa corrida
de Formula 1, a diferença de tempo de um carro para outro é questão de 0,0001
segundos enquanto que se o problema trata de temperatura ambiente, o erro de leitura
num termômetro de mercúrio é de 0,2⁰ C.
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EP01025 – Cálculo Numérico
Os Métodos Iterativos para achar zeros de função não é o mais eficiente, porém,
constitui em um algoritmo simples e permite a introdução de vários conceitos
fundamentais dentro desse assunto.
xi , ou seja
xi 1 F xi , i 0,1,2,3, (2.1)
x F x (2.2)
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EP01025 – Cálculo Numérico
f r 0 e r F r (2.3)
iterativo
x1 F x o (2.4)
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EP01025 – Cálculo Numérico
E, pergunta-se x1 F x1 ?
Se esta igualdade for verdadeira, x1 seria a raiz procurada e termina a busca. Se
não para x1 F x1 denota-se por
x 2 F x1 (2.5)
Se x 2 for a raiz então vale x 2 F x 2 senão, seja
x3 F x 2 , (2.6)
xi 1 F xi , i 0,1,2,3,
um conjunto de valores x o , x1 , x 2 , , xi , xi 1 , .
Pergunta-se
x o , x1 , x 2 , , xi , xi 1 , r ?
Veja nos gráficos 2.2 a 2.5 o processo de obtenção desses valores pelos Métodos
Iterativos.
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EP01025 – Cálculo Numérico
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EP01025 – Cálculo Numérico
f x x 2 3 0 . (2.7)
x 2x
x 3 (2.8)
F x
ou
x2 2x 3
x (2.9)
2
F x
cos x 3 x 2 3 0 (2.10)
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EP01025 – Cálculo Numérico
podemos ter:
x cos x 3 x 2 x 3 (2.11)
F x
ou
cos x 3
x (2.12)
3
F x
ou
cos x 3
x (2.13)
3
F x
x ln x 2
(2.19)
F x
ou
x
x
e (2.20)
F x
ou
ex
x (2.21)
F x
Como pode ser observado nos gráficos 2.2 a 2.5, somente em alguns casos o
processo iterativo (2.1) converge para o zero da função f (ou para a raiz r da equação
f x 0 ).
zero r .
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EP01025 – Cálculo Numérico
xi 1 xi (2.22)
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EP01025 – Cálculo Numérico
iterativos são:
Dada a função f a partir da equação f x 0 :
1º passo: determinar uma função de iteração F x de modo que f x x F x ou
f x F x x ;
1- Dados N e , scolher x o I
2- Para i 0
3- Calcular xi 1 F xi
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EP01025 – Cálculo Numérico
i xi F xi xi xi 3
2
xi 1 xi
0 1 -1 2
1 -1 -3 2
2 -3 3 6
3 3 9 6
4 9 87 78
5 87 7.653 7566
6 7.653 58576059 58568406
x 2 2x 3
Tabela 2.2 – Resultado do MIL usando x o 1 e F x
2
i xi 2
x 2 xi 3 xi 1 xi
F xi i
2
0 1 2 1
1 2 1,5 0,50
2 1,5 1,88 0,38
3 1,88 1,62 0,26
4 1,62 1,82 0,19
5 1,82 1,67 0,14
6 1,67 1,77 1,10
7 1,77 1,70 0,07
8 1,70 1,75 0,05
9 1,75 1,72 0,04
10 1,72 1,74 0,03
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EP01025 – Cálculo Numérico
valor do erro aumenta a cada passo, portanto xi não converge para r enquanto que
x 2 2x 3
para função de iteração F x os valores de xi obtidos, convergiram para
2
3 1,73 na 16ª iteração.
Tabela 2.3 – Resultado do MIL usando x o 0,79 e F x cos x 3 x 2 x 3
4
i xi F xi cos xi 3 xi2 xi 3 xi 1 xi
0 0,79 2,64 1,86
1 2,64 -16,18 18,82
2 -16,18 -799,01 782,84
3 -799,01 -1916071 1915272
4 -1916071 -10+13 -10+13
Tabela 2.4 – Resultado do MIL usando x o 0,79 e F x cos x 3
3
4
i xi F xi cos( xi ) 3 xi 1 xi
3
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EP01025 – Cálculo Numérico
Tabela 2.5 – Resultado do MIL usando x o 0,79 e F x cos x 3
3
4
i xi F xi cos( xi ) 3 xi 1 xi
3
F x cos x 3
3
e F x cos x 3
3
determinaram respectivamente os zeros r 1,08
ou r 1,08 na 3ª iteração.
Nas tabelas 2.6, 2.7 e 2.8 encontram-se os valores obtidos respectivamente pelas
funções de iterações: F x ln x 2 , F x e x e F x e x .
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EP01025 – Cálculo Numérico
i xi F x i e xi xi 1 xi
i xi F x i e xi xi 1 xi
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EP01025 – Cálculo Numérico
O ponto onde a reta tangente corta o eixo dos será denotado por . A
equação da reta que passa no ponto xi , f xi que tem coeficiente angular f xi é
escrita por:
y x f xi f xi x xi
ou seja,
y x f xi f xi x xi , (2.23)
O ponto onde a reta intercepta o eixo dos é denotado por x xi 1 . Assim, a equação
(2,23) reduz à
0 f xi f xi xi 1 xi (2.24)
f xi
xi 1 xi , i 0,1,2,3, , N (2.25)
f xi
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importante deste método é que se para algum x a, b a reta que passa
nesse ponto será paralela ao eixo dos , o que não permite determinar os pontos
.
x2 3
F x x , x0 (2.27)
2x
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cos x 3 x 2 x 3
F x x , para sen x 6 x 1 0 . (2.28)
sen x 6 x 1
Mudando o valor de xo para x o 0,79 , obtemos:
4
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EP01025 – Cálculo Numérico
Tabela 2.11 – Resultado do Método de Newton-Raphson usando x o 0,79 .
4
i xi cos xi 3 xi2 3 xi 1 xi
F xi xi
sen xi 6 xi
0 0,79 1,13 0,34
1 1,13 1,08 0,05
2 1,08 1,08 0,00
x2 ex
F x x x
, com 2 x e x 0 ...........................................(2.29)
2x e
i xi 2
x i e xi xi 1 xi
F xi xi
2 x i e xi
0 -1,5 -0,87 0,63
1 -0,87 -0,71 0,16
2 -0,71 -0,70 0,01
3 -0,70 -0,70 0,00
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De fato:
F x o F r
F o . (3.1)
xo r
escrita por
x1 r F o x o r . (3.2)
x1 r F o x o r (3.3)
x1 r x o r . (3.4)
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x1 r o x1 I o (3.5)
que xi 1 I r .
F xi F r
F i (3.6)
xi r
xi 1 r F i x i r . (3.7)
xi 1 r F i x i r (3.8)
xi 1 r x i r . (3.9)
xi 1 r I i xi 1 I i I r . (3.10)
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xi 1 r M x i r , i 0,1,2,3, (3.12)
0 xi 1 r M x i r M 2 xi 1 r M 3 x i 2 r M i x1 r M i 1 x o r
De modo que
0 xi 1 r M i 1 x o r , M 1 e i 0,1,2,3 (3.13)
0 lim xi 1 r lim M i 1 x o r 0
i i
isto é
Observe que, caso M 1 o processo não converge uma vez que teremos
lim M i 1 .
i
xo I r .
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EP01025 – Cálculo Numérico
De fato, como
f x
F x x , f x 0 (3.15)
f x
F x 1
f x 2 f x f x f x f x , f x 0 (3.16)
f x 2 f x 2
Deve mostrar que:
f r f r
F r 0 1 pois f r 0 . (3.17)
f r 2
(b2) f r 0 e f r 0 (caso de raiz dupla) teremos:
f r f r 0
F r
f r 2 0
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EP01025 – Cálculo Numérico
f x f x f x f x 0
F r lim (3.18)
xr 2 f x f x 0
(3.19)
xi 1 r F i x i r
e
xi 1 r F i x i r
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ei 1
ei 1 F i ei F i (3.21)
ei
K r F r , temos:
ei 1
lim lim F i F r K r .
i ei i
e i 1 K r e i ei 1 Kei (3.22)
O que significa que, o erro cometido em cada passo i é proporcional ao erro do passo
anterior. Daí o método iterativo ser chamado de Método de Iteração Linear.
(b1) f r 0
Vimos que nesse caso em (3.17) que F r 0 . Supondo que F seja contínua
em I r usando a Série de Taylor em torno de até a segunda ordem obtemos:
F x F r F r
x r
F
x r
2
, x, r ou r , x
1! 2!
(3.23)
F x F r F
x r 2 (3.24)
2!
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x i r 2
xi 1 r F
2!
Ou seja
1
ei 1 F i ei2
2
1
ei 1 K r ei2 (3.25)
2
F x F r F
x r , x, r ou r , x
1!
xi r
xi 1 r F
1!
ei 1 xi 1 r F xi r
1
ei 1 ei (3.26)
2
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ei xi 1 xi (3.28)
F xi F r F i xi r
xi 1 r F i xi r
ou seja
xi 1 r
F i (3.29)
xi r
Portanto:
xi 1 r
0 (3.30)
xi r
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EP01025 – Cálculo Numérico
xi 1 r xi 1 r
. F i 1 1 (3.31)
xi r xi r
De (3.30) e (3.31) a seqüência xi iN é uma seqüência alternada e decrescente. Logo
xi r e vale
xi 1 r xi 1 xi j i (3.32)
Método de Iteração Linear, com uma função de iteração F nas condições do teorema
3.2. Então para todo i j
M
ei 1 xi 1 xi (3.33)
1 M
sendo M max F x .
xI r
49
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F xi 1 F xi F i xi 1 xi (3.34)
xi 2 xi 1 F i xi 1 xi
obtemos
(3.35)
xi 3 xi 2 M xi 2 xi 1 M 2 xi 1 xi .
xi m xi m 1 xi m xi m 1 xi m 1 xi m 2 xi m 2 xi m 3 xi 1 xi
xi m xi m 1 xi m xi m 1 xi m 1 xi m 2 xi m 2 xi m 3 xi 1 xi
xi m xi m 1 M m xi 1 xi M m 1 xi 1 xi M m 2 xi 1 xi M xi 1 xi
M m M m 1 M m 2 M xi 1 xi
M 1 M m
xi 1 xi
1 M
PG de razão M 1
Ou seja
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EP01025 – Cálculo Numérico
xi m xi m 1
M 1 M m
xi 1 xi
1 M
lim xi m xi r xi lim
M 1 M m
xi 1 xi
M
xi 1 xi
m m 1 M 1 M
Isto é
M
ei r x i xi 1 xi (3.37)
1 M
Da desigualdade (3.37) podemos concluir que a cota superior das aproximações são
1 1
piores quando M e no caso contrário M podemos obter sempre
2 2
r xi xi 1 xi . (3.38)
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EP01025 – Cálculo Numérico
erro;
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EP01025 – Cálculo Numérico
Planilha 4.1
Planilha 4.2
Planilha 4.3
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EP01025 – Cálculo Numérico
Planilha 4.4
Planilha 4.5
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EP01025 – Cálculo Numérico
Como pode ser observar, basta modificar a expressão da célula C& de agorco
com a função de iteração trabalhada;
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EP01025 – Cálculo Numérico
Planilha 4.6
Planilha 4.7
Planilha 4.8
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EP01025 – Cálculo Numérico
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