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CONTABILIDADE
FUNDAMENTOS DA
CONTABILIDADE
Batatais
Claretiano
2019
© Ação Educacional Claretiana, 2015 – Batatais (SP)
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma
e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na web), ou o
arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação
Educacional Claretiana.
657 C641f
ISBN: 978-85-8377-597-3
CDD 657
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Graduação
Título: Fundamentos da Contabilidade
Versão: ago./2019
Formato: 15x21 cm
Páginas: 327 páginas
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 11
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS............................................................................. 16
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE................................................................ 30
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 31
Conteúdo
Noções básicas de Contabilidade: conceito, origem,
finalidade, objeto. Campo de atuação da Contabilidade. Estudo
do Patrimônio: Conceito, Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido.
Aspectos qualitativos e quantitativos do Patrimônio. Estudo
das variações patrimoniais: atos e fatos contábeis, Registro de
mutações patrimoniais. Apuração do Resultado. Elenco de contas.
Introdução à estrutura conceitual básica. Procedimentos básicos
de escrituração: Mecanismos de débito e crédito, lançamentos,
Balancete de Verificação, Livros. Operações Mercantis: compras
e vendas, devoluções, fretes, seguros, apuração do custo da
mercadoria, inventários, receitas, despesas. Ativo Imobilizado
e suas variações: depreciação, venda de bens. Conceitos de
ética, moral e costumes. Ética profissional. Código de Ética do
Contabilista.
Bibliografia Básica
BARBOSA, A. C. Contabilidade básica. Curitiba: Juruá, 2005.
FORTES, J. C. Ética e responsabilidade profissional do contabilista. Fortaleza: Fortes,
2002.
IUDÍCIBUS, S. et al. (Coord.). Contabilidade introdutória: livro de exercícios. 10. ed. São
Paulo: Atlas, 2007.
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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Bibliografia Complementar
MARTINS, E. et al. Manual de Contabilidade das sociedades por ações: aplicável às
demais sociedades. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
MARION, J. C. Contabilidade básica: livro texto. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
NALINI, J. R. Ética geral e profissional. 6. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.
SÁ, A. L. Planos de contas. São Paulo: Atlas, 1998.
SILVA, C. A. T.; TRISTÃO, G. Contabilidade básica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Palavras-chave –––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Contabilidade. Patrimônio. Variação Patrimonial. Débito. Crédito.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
É importante saber––––––––––––––––––––––––––––––––––
Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes:
Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que
deverá ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes
necessárias à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os
principais conceitos, os princípios, os postulados, as teses, as regras, os
procedimentos e o fundamento ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua
origem?) referentes a um campo de saber.
Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente
selecionados nas Bibliotecas Virtuais Universitárias conveniadas ou
disponibilizados em sites acadêmicos confiáveis. São chamados “Conteúdos
Digitais Integradores” porque são imprescindíveis para o aprofundamento do
Conteúdo Básico de Referência. Juntos, não apenas privilegiam a convergência
de mídias (vídeos complementares) e a leitura de “navegação” (hipertexto),
como também garantem a abrangência, a densidade e a profundidade dos
temas estudados. Portanto, são conteúdos de estudo obrigatórios, para efeito
de avaliação.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO
Ao iniciar os estudos desta obra é comum que você
tenha algumas dúvidas, tais como: No que consiste o ensino da
Contabilidade? Qual sua importância no contexto corporativo?
É possível entender os mecanismos do mercado e fundamentar
decisões administrativas sem o prévio conhecimento da
Contabilidade?
Pois bem! Essas serão algumas questões a serem
respondidas a partir de agora no estudo desta obra.
Sabemos que todas as transações econômico-financeiras
geradas pelas empresas, devem ser registradas pela
Contabilidade. Desse modo, analistas e administradores se
valem desse poderoso instrumento de informação gerencial no
seu processo decisório.
Assim, para um melhor entendimento, estruturamos os
conteúdos desta obra em quatro unidades.
Na Unidade 1 apresentaremos como se dá o
desenvolvimento das empresas, bem como as dificuldades em
se manter os registros contábeis num universo corporativo,
onde as transações se ampliam em virtude do crescimento das
organizações industriais observadas a partir do início do século
20.
Isto porque, foi nesse período que a industrialização
promoveu um considerável aumento em relação a eventos de
transformação patrimonial, o que desencadeou a necessidade
de controle sobre esse patrimônio.
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2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida
e precisa das definições conceituais, possibilitando um bom
domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de
conhecimento dos temas tratados.
1) Abacus ou Ábaco: “[...] era um contador para registrar
o cálculo da aritmética. Foi variando de material, forma
e escala convencional, conforme os povos e culturas.
A forma preferida pelos romanos, e aperfeiçoada na
Idade Média, era a de uma mesa gravada com sulcos
ou riscos, onde se colocavam fichas ou contadores
com letras de referência” (Enciclopédia Luso Brasileira
de Cultura, Vol. 1, p. 16).
2) Axiologia: doutrina dos valores; literalmente, significa
valioso, desejável, estimado.
3) Ajustes: acertos que a empresa realiza na apuração
do resultado (normalmente, em final de período) para
adequar-se ao regime de competência.
4) Alfaia: é uma joia ou adorno de valor.
5) Amortização: corresponde à perda de valor do capital
aplicado em Ativos Intangíveis.
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Patrimônio
Contabilidade
Regulamentação Padronização
da das
Atividade Informações
Escrituração Demonstrações
Contábeis
Fatos
Administrativos
Usuários Usuários
Internos Externos
Funcionários Proprietários
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, A. C. Contabilidade básica. Curitiba: Juruá, 2005.
Enciclopédia Luso Brasileira de Cultura. Verbo Enciclopédia Luso Brasil, 1972. 16 p. V. 1
IUDÍCIBUS, S. de et al. (Coord.). Contabilidade introdutória: livro de exercícios. 10. ed.
São Paulo: Atlas, 2007.
MARION, J. C. Contabilidade básica: livro texto. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
MARTINS, E. et al. Manual de Contabilidade das sociedades por ações: aplicável às
demais sociedades. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade básica. São Paulo: Saraiva, 2005.
SÁ, A. L. Planos de contas. São Paulo: Atlas, 1998.
SCHMIDT, P. História do pensamento contábil. São Paulo: Bookman, 2000.
SILVA, C. A. T.; TRISTÃO, G. Contabilidade básica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
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UNIDADE 1
CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA E COMO
PROFISSÃO REGULAMENTADA
Objetivos
• Compreender e inteirar-se da estrutura da Contabilidade no Brasil.
• Identificar como a Contabilidade é utilizada pelas modernas organizações
quanto ao controle da informação e apoio à decisão.
• Compreender os dispositivos de controle da profissão contábil.
• Conhecer a atuação dos órgãos regulamentadores da profissão.
Conteúdos
• Organizações empresariais: o paradigma mecanicista e a necessidade de
gerir a informação a nível operacional.
• Contabilidade, uma profissão regulamentada.
• Informação contábil a nível internacional.
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UNIDADE 1 – CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA E COMO PROFISSÃO REGULAMENTADA
3) Leia as informações práticas para facilitar seu estudo. Lembre-se que sua
participação pode significar a diferença entre ler conteúdo ou transformar
conhecimentos em ferramentas de trabalho importantes para sua vida
profissional.
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UNIDADE 1 – CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA E COMO PROFISSÃO REGULAMENTADA
1. INTRODUÇÃO
Para iniciar nossos estudos, faremos uma breve análise
histórica da Contabilidade.
O estudo desta trajetória possibilitará a você entender
como ela surgiu e o quanto se tornou importante na história das
organizações.
A Contabilidade é um dos conhecimentos mais antigos da
humanidade.
Com o passar do tempo e com o advento do comércio,
o homem, preocupado em elaborar um instrumento que
lhe permitisse conhecer, controlar, medir resultados, obter
informações sobre produtos mais rentáveis, fixar preços e
analisar a evolução de seu patrimônio, passou a criar rudimentos
de escrituração.
Muitas formas de administração e controle do patrimônio
foram elaboradas ao longo dos séculos, até que o Método das
Partidas Dobradas mostrou-se o mais adequado, produzindo
informações úteis e capazes de atender consideravelmente,
usuários interessados em gerir o patrimônio.
Com a formação das grandes corporações, a Contabilidade
passou a interessar a grupos cada vez maiores de usuários,
como por exemplo: acionistas, financiadores, banqueiros,
fornecedores, órgãos públicos, empregados, além da sociedade
como um todo.
A Contabilidade adapta-se ao ambiente no qual opera.
Neste sentido, e sabendo que as nações têm histórias, valores
e sistemas políticos diferentes, necessitam de padrões distintos
quando do seu desenvolvimento econômico.
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UNIDADE 1 – CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA E COMO PROFISSÃO REGULAMENTADA
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UNIDADE 1 – CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA E COMO PROFISSÃO REGULAMENTADA
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UNIDADE 1 – CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA E COMO PROFISSÃO REGULAMENTADA
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UNIDADE 1 – CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA E COMO PROFISSÃO REGULAMENTADA
Empresário
É aquele que exerce profissionalmente atividade econômica
organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços.
Não se considera empresário, todavia, quem exerce
profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística
ainda que com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se
o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
É obrigatório ao empresário inscrever-se no Registro Público
de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua
atividade.
Podem exercer atividades de empresário os que estiverem
em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente
impedidos.
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UNIDADE 1 – CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA E COMO PROFISSÃO REGULAMENTADA
Sociedade Limitada
A Sociedade Limitada é constituída por um ou mais sócios
e seu contrato social deve ser registrado na Junta Comercial do
Estado de atuação. Ela é uma das mais comuns no país.
A responsabilidade do sócio é limitada, ou seja, ele só
responde pelo quanto investiu, sendo sua participação limitada
a isso.
Portanto, caso a sociedade contraia dívidas, o patrimônio
dos sócios não deve ser atingido, respondendo apenas pelo
capital social investido.
A administração da sociedade pode ser feita por terceiros,
isto é, por alguma pessoa que não precisa ser sócia da empresa,
mas é escolhida pela maioria dos sócios (ou pode ser feita por um
grupo de pessoas, se previsto dessa forma em contrato social).
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UNIDADE 1 – CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA E COMO PROFISSÃO REGULAMENTADA
Sociedade Anônima
Também comum no Brasil, a Sociedade Anônima é
tradicionalmente indicada para empresas maiores e mais
complexas.
Nessa sociedade, o capital não está relacionado aos sócios,
mas sim às ações, devendo esse tipo de sociedade ter no mínimo
7 acionistas.
A responsabilidade do acionista será limitada ao preço de
emissão das ações subscritas ou adquiridas.
O documento básico que regula a Sociedade Anônima é
o estatuto. Nele estão previstos os direitos e obrigações dos
acionistas.
O Capital Social pode ser classificado como aberto, quando
as ações são negociadas na Bolsa de Valores, ou como fechado,
quando não há oferta para negociação.
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UNIDADE 1 – CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA E COMO PROFISSÃO REGULAMENTADA
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UNIDADE 1 – CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA E COMO PROFISSÃO REGULAMENTADA
Livro Diário
Ele registra todas as movimentações de valores da empresa,
mesmo as que não geram alterações nas finanças.
O início e o final são marcados por termos de abertura e
encerramento assinados e que devem levar a autenticação da
Junta Comercial.
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UNIDADE 1 – CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA E COMO PROFISSÃO REGULAMENTADA
Livro Razão
Apesar de ser um dos livros obrigatórios, não são exigidos
termos para abri-lo e encerrá-lo, nem que seja autenticado na
Junta Comercial.
O Livro Razão controla os saldos de contas registradas
no diário de forma individualizada, resumindo-as e revelando
o fechamento correto, dados em aberto ou contas a pagar ou
receber não honradas.
Mesmo abrangendo também os lançamentos do grupo
de resultados, o foco são as contas que afetam o resultado do
patrimônio.
Registro de Entradas
Livro destinado à escrituração dos documentos ficais
atinentes às entradas de bens, mercadorias e serviços pelas
empresas contribuintes do ICMS.
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UNIDADE 1 – CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA E COMO PROFISSÃO REGULAMENTADA
Registro de Saídas
Livro destinado à escrituração da saída de mercadorias do
estabelecimento.
Registro de Inventário
Livro destinado para o registro das mercadorias em estoque
quando da realização do levantamento da empresa.
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UNIDADE 1 – CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA E COMO PROFISSÃO REGULAMENTADA
Simples Nacional
O regime do Simples Nacional foi desenvolvido
especialmente para Microempresas e Empresas de Pequeno
Porte.
Portanto, para aderir a essa opção é preciso observar os
limites de faturamento.
Essa limitação é justificável, pois a intenção da legislação foi
facilitar a sobrevivência desses pequenos negócios, fomentando
a sua abertura e funcionamento.
Mas qual a vantagem real desse Regime?
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UNIDADE 1 – CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA E COMO PROFISSÃO REGULAMENTADA
Lucro Real
É um Regime de Tributação que segue uma lógica bem
diferente do Simples Nacional.
Ele é utilizado em grande parte, por multinacionais e
empresas de grande porte, sendo que a sua tributação é calculada
conforme o Lucro Líquido obtido durante o ano.
Frisa-se que todas as empresas que atuam no mercado
financeiro e possuam lucros e rendimentos no exterior devem
aderir a esse Regime.
Por ter a tributação calculada com base em seu Lucro
Real, esse é o Regime mais complexo dos três e traz inúmeras
responsabilidades aos gestores e administradores das empresas.
É preciso ter um controle muito eficiente das finanças,
já que erros e fraudes podem acarretar multas e juros que
prejudicam o negócio.
Assim, a tributação nesses casos fica em torno de 34% do
lucro obtido pela empresa.
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UNIDADE 1 – CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA E COMO PROFISSÃO REGULAMENTADA
Lucro Presumido
A tributação não é calculada tendo como referência o
Lucro verdadeiro da empresa, mas um lucro presumido que varia
conforme a atividade desenvolvida ela empresa.
Podem aderir a esse Regime, todas as empresas que não
são obrigadas a contribuir com base no Lucro Real, ou seja,
aquelas cujo faturamento anual tenha sido igual ou inferior ao
mínimo definido por lei.
As alíquotas aplicadas nesse Regime são as mesmas
utilizadas no Regime de Lucro Real.
É essencial que, antes de optar pelo Lucro Presumido, a
empresa avalie, dentre outros aspectos, a sua lucratividade
porque, se o percentual de lucratividade for superior ao do Lucro
Real, talvez essa escolha não seja tão interessante.
Fica a dica!
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Pronunciamentos Contábeis––––––––––––––––––––––––––
CPC 00 – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório
Contábil-Financeiro.
CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos.
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UNIDADE 1 – CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA E COMO PROFISSÃO REGULAMENTADA
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UNIDADE 1 – CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA E COMO PROFISSÃO REGULAMENTADA
<https://administradores.com.br/noticias/grandes-
poderes-grandes-responsabilidades-a-etica-profissional-
no-universo-contabil>. Acesso em: 5 jun. 2019.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder as questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) O estorno é uma das maneiras de corrigir erros de escrituração. As
outras formas que completam o rol de retificações na esfera contábil são,
conjuntamente:
a) Reclassificação e cancelamento.
b) Redação e complemento.
c) Cancelamento e redação.
d) Complemento e reclassificação.
e) Complementação e reclassificação.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões
auto avaliativas propostas:
1) e.
2) a.
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UNIDADE 1 – CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA E COMO PROFISSÃO REGULAMENTADA
5. CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao final da primeira unidade, na qual você teve
a oportunidade de conhecer um pouco sobre Contabilidade.
Na realidade, pudemos entender, por meio da
contextualização histórica da Ciência Contábil, como ela se faz
presente desde a Antiguidade na vida e no cotidiano das pessoas,
sejam físicas ou jurídicas.
Vimos que como todas as outras áreas, a Contabilidade
tem sua regulamentação, sendo imprescindível agir em
conformidade.
Portanto, deve haver esse comprometimento por parte do
profissional que atua na área.
Com este estudo, foi possível ter não somente uma visão
geral sobre o assunto, mas também apresentar uma ambientação
do cenário no qual atua o profissional que adota a profissão de
contabilista.
Apresentamos alguns conhecimentos acerca das funções e
dos usuários da informação contábil.
Nesse contexto, pudemos observar que a Ciência Contábil,
como um todo, é generalista e contempla informações que
satisfazem às necessidades de muitos interessados.
No entanto, para que ela possa cumprir realmente seu
papel, é necessário haver uma harmonização na produção
dessas informações, no sentido de haver homogeneidade nas
informações e interesses coletivos, independentemente de
quem esteja usufruindo da informação contábil.
© FUNDAMENTOS DA CONTABILIDADE 83
UNIDADE 1 – CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA E COMO PROFISSÃO REGULAMENTADA
6. E-REFERÊNCIAS
Sites pesquisados
GOULART, A. M. C. O conceito de Ativos na Contabilidade: um fundamento a ser
explorado. Revista Contabilidade & Finanças − USP, São Paulo, n. 28, p. 56-65, jan./abr.
2002. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/rcf/article/viewFile/34068/36800>.
Acesso em: 5 jun. 2019.
LARA, E. P. A estrutura do Balanço Patrimonial: um comparativo antes e depois da
adoção do padrão contábil internacional. Disponível em: <http://www.univale.com.br/
portalnovo/images/root/anaisadmix/1.pdf>. Acesso em: 5 jun. 2019.
MALCHER FILHO, C. C. G. Sociedade Anônima − Conceito e características. Disponível
em: <http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/886/Sociedade-Anonima-Conceito-
e-caracteristicas>. Acesso em: 5 jun. 2019.
REBELLO, B. Diferenças entre tipos de empresas. Disponível em: <http://www.brasil.gov.
br/economia-e-emprego/2011/11/diferencas-entre-tipos-de-empresas>. Acesso em: 5
jun. 2019.
SOUZA, D. M. Os principais benefícios proporcionados ao trabalhador informal
para formalização através do Microempreendedor Individual. 2010. 95f.
Monografia (Bacharelado em Ciências Contábeis) − Universidade Federal de
Santa Catarina, Florianópolis, 2010. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/
handle/123456789/127035>. Acesso em: 5 jun. 2019.
SZÜSTER, N.; SZÜSTER, F. R.; SZÜSTER, F. R. Contabilidade: atuais desafios e alternativa
para seu melhor desempenho. Revista Contabilidade & Finanças − USP, São Paulo, n.
38, p. 20-30, maio/ago. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rcf/v16n38/
v16n38a03.pdf>. Acesso em: 5 jun. 2019.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, A. C. Contabilidade básica. Curitiba: Juruá, 2005.
IUDÍCIBUS, S. et al. (Coord.). Contabilidade introdutória: livro de exercícios. 10. ed. São
Paulo: Atlas, 2007.
MARION, J. C. Contabilidade básica: livro texto. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
MARTINS, E. et al. Manual de Contabilidade das sociedades por ações: aplicável às
demais sociedades. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade básica. São Paulo: Saraiva, 2005.
SÁ, A. L. Planos de contas. São Paulo: Atlas, 1998.
SCHMIDT, P. História do pensamento contábil. São Paulo: Bookman, 2000.
SILVA, C. A. T.; TRISTÃO, G. Contabilidade básica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
84 © FUNDAMENTOS DA CONTABILIDADE
UNIDADE 2
INFORMAÇÃO, PATRIMÔNIO E PRÁTICA
DA CONTABILIDADE
Objetivos
• Interpretar a Contabilidade como instrumento de organização da
informação no ambiente empresarial.
• Distinguir as diferenças de representação dos fenômenos patrimoniais
pela Contabilidade ao redor do mundo.
• Compreender e interpretar a mecânica de lançamentos contábeis.
• Realizar uma incursão exploratória nas modalidades de lançamentos e nos
aspectos informativos e legais que os envolvem.
• Identificar incorreções de escrituração e aplicar métodos adequados para
saná-las.
• Compreender e interpretar a estrutura hierárquica de representação do
patrimônio por meio das contas.
• Identificar as diversas naturezas das contas e associá-las à sua representação.
• Reconhecer e entender a complexidade do patrimônio e a estrutura de
trocas de informação.
Conteúdos
• Funções da Contabilidade e seus usuários.
• Contabilidade aplicada às diversas necessidades administrativas.
• Planificação contábil.
• Características das contas nos grupos do Ativo.
• Ativos quanto à sua capacidade de realização.
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UNIDADE 2 – INFORMAÇÃO, PATRIMÔNIO E PRÁTICA DA CONTABILIDADE
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texto apresentado. Não deixe dúvidas para trás, afinal, elas o impedirão
de caminhar com sucesso.
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UNIDADE 2 – INFORMAÇÃO, PATRIMÔNIO E PRÁTICA DA CONTABILIDADE
1. INTRODUÇÃO
Na Unidade 1 você pode conhecer a trajetória e o
crescimento da Contabilidade na história das organizações.
Além disso, identificou que a profissão de contador
é regulamentada pelos órgãos competentes e que essa
regulamentação rege às normas e condutas da profissão.
Ao estudar a Unidade 2, você interpretará a Contabilidade
como um instrumento de organização da informação no
ambiente empresarial.
Apresentaremos as características de natureza das contas
contábeis e o seu relacionamento como células que culminam na
formação do patrimônio.
A escrituração é uma técnica contábil que consiste em
registrar, por ordem cronológica, todos os fatos administrativos
que ocorrem no patrimônio das entidades.
Os fatos administrativos são escriturados pela Contabilidade
aplicando-se um conjunto de regras com uniformidade.
O Método das Partidas Dobradas criado por Luca Paccioli,
é a forma mais difundida e universalmente aceita para a
escrituração dos fatos administrativos.
Ele consiste no princípio de que todo débito em uma conta
gera, simultaneamente, um crédito em outra.
Da mesma maneira, em um lançamento, a soma dos
débitos será igual à soma dos créditos ou, ainda, a soma dos
saldos devedores será igual à soma dos saldos credores.
Vale a pena conhecer alguns conceitos acerca do que vem
a ser débito e crédito em Contabilidade.
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UNIDADE 2 – INFORMAÇÃO, PATRIMÔNIO E PRÁTICA DA CONTABILIDADE
Pois bem!
Utilizando uma linguagem simples da terminologia contábil,
podemos afirmar que o débito assume conotações distintas.
A mais expressiva e significante é aquela que o define
como representando os elementos positivos dentro do contexto
patrimonial.
Em contrapartida, ou seja, na linguagem comum e não
contábil, a palavra “débito” significa “dívida”, “situação negativa”,
“estar em débito com alguém” ou “dever para alguém”.
Portanto, você sempre deve ter esse conceito em mente,
pois, quando o aluno iniciante no curso de Contabilidade não se
conscientiza disso, dificilmente consegue aceitar que o débito
pode representar os elementos patrimoniais positivos.
Em se tratando do crédito, temos que na linguagem
comum, pode significar uma situação positiva, o que dá direito
às pessoas comprarem a prazo em estabelecimentos comerciais.
Já na terminologia contábil, o termo “crédito” também
pode possuir alguns significados diferentes. Desse modo, as
mesmas observações que fizemos para a palavra “débito” podem
ser aplicadas ao termo “crédito”.
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Situação 1
Situação 2
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Situação 3
A situação é neutra
Essa configuração corresponde a uma situação teórica que
raramente poderia ocorrer na prática, já que, pelos volumes
aleatórios de compra e venda, uma empresa dificilmente teria
igualdade em seus volumes de negócios.
Estados patrimoniais
No Balanço Patrimonial, o Ativo representa os Bens e os
Direitos, enquanto o Passivo representa todas as obrigações.
O Balanço Patrimonial reflete a posição financeira de uma
empresa em um determinado momento.
É constituído por duas colunas: a coluna do lado direito
é denominada Passivo e Patrimônio Líquido, a coluna do lado
esquerdo é denominada Ativo.
O Balanço Patrimonial tem suas contas dinâmicas, ou seja,
elas variam o saldo em relação ao tempo.
Isso quer dizer que, a cada momento, o saldo pode estar
diferente.
O diferencial entre o Ativo e o Passivo sempre será dado
pelo Patrimônio Líquido. Considerando que as somas dos dois
lados do Balanço sempre devam ser iguais.
Resumindo, o patrimônio constitui-se de uma parte
representativa de bens e direitos denominada Ativo, e de uma
parte representativa de obrigações denominada Passivo.
A diferença entre Ativo e Passivo é denominada Patrimônio
Líquido e representa os investimentos dos sócios para a abertura
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Ativo
O Ativo representa o conjunto de Bens e Direitos da
entidade, a parte positiva do patrimônio. É tudo aquilo que a
entidade possui ou que tem a receber de terceiros.
São exemplos de direitos a receber de terceiros: duplicatas,
promissórias, aluguéis etc.
Os elementos que compõem o Ativo são revestidos
de algumas características especiais, tais como: apresentar
potencialidade de gerar benefícios econômicos para a entidade,
ser um recurso econômico, ser de propriedade ou estar na posse
de alguma entidade e ser mensurável monetariamente.
Assim, todo o elemento Ativo que não seja mais útil à
entidade e, portanto, tenha perdido sua capacidade de gerar
fluxo de caixa, não deve ser classificado como um elemento
Ativo.
Os bens são divididos em tangíveis (bens materiais com
forma física e palpável) e intangíveis: (têm como principal
característica a virtualidade, ou seja, a inexistência de corpo
físico).
O valor dos bens tangíveis é determinado intrinsecamente
pelo valor de aquisição, ou extrinsecamente pelo valor que
podem alcançar no mercado.
Já o valor dos bens intangíveis está vinculado a uma
capacidade tangível, que pode ser orçada em termos financeiros.
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Passivo
O Passivo representa todas as obrigações financeiras que
uma empresa tem com terceiros provenientes de transações
passadas, realizadas a prazo, com data de vencimento e
beneficiário certo e conhecido.
Dessa forma, os valores representados no Passivo
referem-se a capitais de terceiros, que, tendo vendido a prazo,
emprestaram recursos para a empresa, gerando uma obrigação
desta para com eles.
Do lado do Passivo, encontra-se o Patrimônio Líquido,
configurando também uma obrigação da empresa (pessoa
jurídica) com seus sócios (pessoas físicas).
O Passivo, portanto, abrange o capital de terceiros, o capital
próprio e suas variações presentes no Patrimônio Líquido.
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Ativo Circulante
O Ativo Circulante é composto pelos Bens e Direitos que
irão ser convertidos em dinheiro, no prazo de até 12 meses.
Divide-se nos subgrupos: Disponível ou Disponibilidades,
Realizável a curto prazo ou Direitos, Estoques e Despesas
Antecipadas ou Despesas do Exercício Seguinte. Vejamos cada
um deles.
1) Disponível: composto pelas exigibilidades imediatas,
representadas pelas contas de caixa, bancos conta
movimento, cheques para cobrança e aplicações no
mercado aberto. Exemplos: caixa, bancos e fundo de
aplicação financeira.
2) Realizável a Curto Prazo: alocam os direitos a receber
no prazo de até 12 meses. Exemplos: impostos a
recuperar, duplicatas a receber ou clientes, (-) duplicatas
descontadas, (-) Perdas Estimadas com Créditos
de Liquidação Duvidosa. Estas duas últimas contas
representam contas retificadoras da conta duplicatas a
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Passivo Circulante
O Passivo Circulante é composto por todas as obrigações
com prazo de vencimento em até 12 meses.
Exemplos: fornecedores, duplicatas a pagar, salários a
pagar, provisão para férias, provisão para imposto de renda e
empréstimos bancários.
Patrimônio Líquido
Representa o capital que pertence aos proprietários.
Exemplos: capital social, reservas de capital, reservas de lucros
(legal, estatutária, contingência) e prejuízos acumulados.
1) Capital Social: discrimina o valor subscrito e o valor
que ainda será realizado pelos sócios ou acionistas.
2) Reservas de Capital: são as contas que registram
doações recebidas, eventualmente, pela entidade. No
caso de sociedades anônimas, o ágio na emissão de
ações, o produto da alienação de partes beneficiárias,
entre outras.
3) Reservas de Lucros: são as contas constituídas pela
apropriação de lucro da empresa.
4) Prejuízos Acumulados: registra o resultado negativo
da entidade, pois o positivo deve ser distribuído.
Lançamentos
Consideramos como elementos de um lançamento
contábil:
1) Data da transação.
2) Conta(s) de Débito.
3) Conta(s) de Crédito.
4) Histórico.
5) Valor financeiro da transação.
Um lançamento contábil alimenta uma Conta Contábil,
que é a menor divisão do patrimônio.
Para efeito de controle, ele é dividido em pequenas partes,
cada uma correspondendo respectivamente a um tipo diferente
de bem, direito ou obrigação.
Fórmulas de lançamentos
Há quatro fórmulas para registrar os fatos contábeis, de
acordo com o número de contas debitadas e creditadas.
Plano de Contas–––––––––––––––––––––––––––––––––––––
1. ATIVO
1.1 Circulante
1.1.01 Disponível
1.1.01.01 Caixa
1.1.01.01.01 Caixa
1.1.01.02 Banco conta Movimento
1.1.01.02.01 Banco do Brasil S/A.
2. PASSIVO
2.1 Circulante
2.1.01 Obrigações Operacionais
2.1.01.01 Salários a Pagar
2.1.01.02 Fornecedores
2.1.01.03 Duplicatas a Pagar
2.1.01.04 Empréstimos e Financiamentos
3. DESPESAS
3.1 Custos diretos da produção e custos das mercadorias
3.1.01 Custos dos produtos vendidos
3.1.01.01 CPV
3.1.02 Custos das Mercadorias Vendidas
3.1.02.01 CMV
3.02 Despesas Operacionais
3.2.01 Despesas Administrativas
3.2.01.01 13º Salário
3.2.01.02 Adicional Noturno
3.2.01.03 Água / Esgoto
3.2.01.04 Alimentação
3.2.01.05 Aluguéis e Arrendamento
3.2.01.06 Assistência médica / social
3.2.01.07 Associação de Classe
3.2.01.08 Contribuição / Donativos
3.2.01.09 Correios
3.2.01.10 Depreciação / Amortização
3.2.01.11 Despesas com manutenção da loja
3.2.01.12 Farmácia
3.2.01.13 Férias
3.2.01.14 FGTS
3.2.01.15 Gás
3.2.01.16 Horas Extras
3.2.01.17 Impostos e Taxas
3.2.01.18 Impressos
3.2.01.19 Indenizações / Aviso Prévio
3.2.01.20 INSS
3.2.01.21 Legais e Judiciais
3.2.01.22 Luz
3.2.01.23 Materiais de Consumo
3.2.01.24 Multas de trânsito
3.2.01.25 Multas Fiscais
3.2.01.26 Pró-Labore Administração
3.2.01.27 Propaganda e Publicidade
3.2.01.28 Reproduções
3.2.01.29 Revistas e Jornais
3.2.01.30 Salários e Ordenados
3.2.01.31 Seguros
3.2.01.32 Serviços Terceiros pessoa Física
3.2.01.33 Serviços Terceiros pessoa Jurídica
3.2.01.34 Telefone
3.2.01.35 Vale Transporte
3.2.01.36 Viagens e representações
3.2.02 Despesas Comerciais
Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação
3.2.02.01 Duvidosa
5. CONTAS TRANSITÓRIAS
5.1 Resultado do Exercício
5.1.01 Apuração de resultado
5.1.01.01 Resultado do exercício
5.1.01.02 Resultado com mercadorias
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Estoques
Esse é outro grupo de contas patrimoniais de muita
representatividade.
Nele, são apresentados os saldos contábeis de todos os
estoques que a empresa possui independentemente da sua
categoria.
Seu controle é feito por intermédio da Contabilidade, em
registros contábeis de entrada e saída, e, fisicamente, por meio
do almoxarifado, que deve manter um controle em conformidade
com as políticas da empresa, confrontando com periodicidade o
saldo físico com o contábil.
Como exemplos temos:
1) Estoque de Mercadoria para Revenda.
2) Produtos em Elaboração.
3) Matéria-prima.
4) Material de Embalagem.
5) Materiais de Uso e Consumo.
Já o grupo do Ativo Não Circulante contempla um conjunto
de contas patrimoniais de especial relevância nos estudos da
Contabilidade.
Nele encontramos registrado todo o imobilizado da
empresa, lembrando que o imobilizado é composto por bens
utilizados na sua operação.
Como exemplos temos:
1) Móveis e Utensílios.
2) Máquinas, Equipamentos e Ferramentas.
3) Computadores e Periféricos.
4) Veículos.
Uma observação em relação a esse grupo de contas é
que todo componente patrimonial nele registrado sofre um
processo de desvalorização por conta da sua utilização. A isso,
denominamos depreciação.
Essa depreciação é acumulada e representa uma despesa
para a empresa.
Sendo assim, a Contabilidade deve registrar essa
depreciação, apresentando seu valor sempre abaixo do valor do
componente (imobilizado) depreciado.
Temos, portanto, a depreciação dos Móveis e Utensílios,
das Máquinas, Equipamentos e Ferramentas, dos Computadores
e Periféricos, dos Veículos e assim por diante.
2.8. LANÇAMENTO
Fórmulas de lançamentos
Dispomos de quatro maneiras distintas para registrar
os acontecimentos contábeis em função do número de contas
debitadas e creditadas utilizadas no lançamento, as quais são
denominadas de fórmulas.
Lançamento – exemplos
10/01 – Três amigos resolveram organizar uma empresa à qual
denominaram “Comercial Três Amigos Ltda.” com um capital
integralizado no ato em moeda corrente do país no valor de R$
35.000,00.
As primeiras operações (fatos) dessa empresa foram as
seguintes:
D: Caixa..............................................................R$ 35.000,00
C: Capital Social..................................................R$ 35.000,00
D: Fornecedores......................................................R$ 5.000,00
C: Caixa....................................................................R$ 5.000,00
C: Caixa........................................................................R$ 6.000,00
C: Duplicatas a Pagar.................................................R$ 12.000,00
Razonetes
Também denominados de “contas T”, os razonetes servem
para representar a razão contábil de forma simplificada.
O Livro Razão serve para controlar separadamente, de
forma individualizada, o movimento do saldo das contas.
O controle individualizado das contas é importante para se
conhecer a estrutura e a composição do seu saldo em diversos
Correção
D: Móveis e Utensílios
C: Caixa.......................................R$ 500,00
Histórico: Valor complementar referente à Nota Fiscal 930
de “Irmãos Gouvêa Ltda.” lançada a menor em 00/00/0000.
Reclassificação
A reclassificação regulariza o lançamento da conta debitada
ou creditada indevidamente por meio da transposição do valor
para a conta adequada.
Por exemplo, caso haja a classificação incorreta de uma
conta em um lançamento de aquisição à vista de um item de
Móveis e Utensílios classificado incorretamente em Veículos, o
lançamento será apresentado da seguinte maneira:
Lançamento Incorreto
D: Veículos
C: Caixa.......................................R$ 3.500,00
Histórico: Nota Fiscal 930 de “Irmãos Gouvêa Ltda.”.
Correção
D: Móveis e Utensílios
C: Veículos...................................R$ 3.500,00
Histórico: Valor referente à Nota Fiscal 930 de “Irmãos
Gouvêa Ltda.” classificada incorretamente e lançada em
00/00/0000.
Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada
a evidenciar, quantitativa e qualitativamente, a posição
patrimonial e financeira da entidade em determinada data.
Ele representa o patrimônio da empresa de forma
estática e discrimina, ordenadamente, os valores observados no
encerramento do exercício social, em forma crescente de liquidez
no Ativo e em forma crescente de exigibilidades no Passivo.
Essa demonstração deve, ao ser elaborada, obedecer
alguns aspectos legais e técnicos, os quais apresentamos a seguir:
• Dentre outras determinações pertinentes à espécie,
as legislações comercial e tributária obrigam sua
elaboração pelo menos uma vez por ano de atividade,
ou seja, ao encerrar um exercício social.
• Tecnicamente, não é conveniente que a data do
levantamento seja concomitante com a época de maior
movimento comercial ou produtivo.
De acordo com a representação gráfica do Patrimônio
apresentada a seguir, identifica-se como é elaborado e
apresentado um Balanço Patrimonial, balanço este publicado
por conta do encerramento de um exercício social.
Atividades Operacionais
As atividades operacionais correspondem às entradas
e às saídas de caixa provenientes das atividades diretamente
relacionadas com as operações principais ou acessórias da
empresa, tais como:
1) Recebimento de vendas.
2) Pagamento de compras.
3) Pagamento de despesas (salários, aluguéis etc.).
4) Recebimento de outras receitas (aluguéis, juros etc.).
Como a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
evidencia todas as receitas e despesas efetivadas pela empresa
no período, os dados básicos para a montagem do fluxo das
atividades operacionais, tais como vendas, compras, despesas
etc., são extraídos desse demonstrativo, com os ajustes
determinados pelos itens operacionais do Ativo e do Passivo
circulantes, como, por exemplo, estoques, clientes, fornecedores,
despesas a pagar etc.
Atividades de Investimentos
As atividades de investimentos correspondem às entradas
e às saídas de caixa provenientes de:
1) Aquisição (-) ou venda + de ativos financeiros.
2) Aquisição (-) ou venda + de participações em outras
sociedades.
3) Aquisição (-) ou venda + de bens de uso.
4) Aquisição (-) ou venda + de bens destinados à renda.
5) Gastos com despesas classificáveis no Ativo diferido.
Como o Ativo do Balanço Patrimonial discrimina todas
as aplicações feitas pela empresa, é lógico que todos os itens
componentes do fluxo desse tipo de atividade devem ser
extraídos basicamente da movimentação dos valores ativos.
Assim, todo aumento de Ativo corresponde a um novo Ativo
ou a um reforço de um investimento, provocando saída de caixa,
enquanto um decréscimo de Ativo corresponde, normalmente, a
uma venda, provocando entrada de recursos no caixa.
Atividades de Financiamentos
As atividades de financiamentos correspondem às
operações de captação de recursos próprios e alheios, bem como
à sua amortização e remuneração, tais como:
1) Entrada + ou pagamento (-) de empréstimos.
Notas Explicativas
Forma de evidenciação que tem como objetivo destacar
informação que não pode ser apresentada no corpo das
Demonstrações Contábeis.
A lei das Sociedades por Ações, ao tratar as Notas
Explicativas, determina que as empresas deverão indicar pelo
menos:
a) Os principais critérios de avaliação dos elementos
patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de
depreciação, amortização e exaustão, de constituição
de provisões para encargos ou riscos e dos ajustes para
atender às perdas prováveis na realização de elementos
ativos.
b) Investimentos em outras sociedades, quando estes
forem relevantes.
c) O aumento de valor de elementos do ativo resultantes
de novas avaliações.
d) Os ônus reais constituídos sobre elementos do
ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras
responsabilidades eventuais ou contingentes.
3.1. PATRIMÔNIO
Balanço Patrimonial
1) DRE – Demonstração do Resultado do Exercício.
2) DLPA – Demonstração de Lucros ou Prejuízos
Acumulados.
3) DMPL – Demonstrações das Mutações do Patrimônio
Líquido.
4) DFC – Demonstrações dos Fluxos de Caixa.
5) DVA – Demonstração do Valor Adicionado.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder as questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) A indústria “Y” possui máquinas que são utilizadas no seu processo de
produção. Devido à ampliação da sua planta produtiva, foi necessária a
aquisição de novas máquinas. A instituição comprou, então, por meio
de um financiamento em 12 meses, os equipamentos necessários. Esse
evento transformou o patrimônio da instituição da seguinte forma:
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões
auto avaliativas propostas:
1) b.
2) e.
5. CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao final da segunda unidade, onde você pôde
conhecer com detalhes a composição das contas contábeis, bem
como a sua estruturação.
Esses conhecimentos serão fundamentais daqui em diante,
pois eles irão habilitá-lo no desenvolvimento das próximas
unidades.
Isso quer dizer que, com o estudo desta unidade, você
conseguiu obter não apenas uma visão geral do assunto, mas
6. E-REFERÊNCIAS
Sites pesquisados
GOULART, A. M. C. O conceito de Ativos na Contabilidade: um fundamento a ser
explorado. Revista Contabilidade & Finanças − USP, São Paulo, n. 28, p. 56-65, jan./abr.
2002. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/rcf/article/viewFile/34068/36800>.
Acesso em: 6 jun. 2019.
LARA, E. P. A estrutura do Balanço Patrimonial: um comparativo antes e depois da
adoção do padrão contábil internacional. Disponível em: <http://www.univale.com.
br/portalnovo/images/root/anaisadmix/1.pdf>. Acesso em: 6 jun. 2019.
MALCHER FILHO, C. C. G. Sociedade Anônima − Conceito e características. Disponível
em: <http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/886/Sociedade-Anonima-
Conceito-e-caracteristicas>. Acesso em: 6 jun. 2019.
REBELLO, B. Diferenças entre tipos de empresas. Disponível em: <http://www.brasil.
gov.br/economia-e-emprego/2011/11/diferencas-entre-tipos-de-empresas>. Acesso
em: 6 jun. 2019.
SOUZA, D. M. Os principais benefícios proporcionados ao trabalhador informal
para formalização através do Microempreendedor Individual. 2010. 95f.
Monografia (Bacharelado em Ciências Contábeis) − Universidade Federal de
Santa Catarina, Florianópolis, 2010. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/
handle/123456789/127035>. Acesso em: 6 jun. 2019.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, A. C. Contabilidade básica. Curitiba: Juruá, 2005.
IUDÍCIBUS, S. et al. (Coord.). Contabilidade introdutória: livro de exercícios. 10. ed. São
Paulo: Atlas, 2007.
MARION, J. C. Contabilidade básica: livro texto. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
MARTINS, E. et al. Manual de Contabilidade das sociedades por ações: aplicável às
demais sociedades. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade básica. São Paulo: Saraiva, 2005.
SÁ, A. L. Planos de contas. São Paulo: Atlas, 1998.
SCHMIDT, P. História do pensamento contábil. São Paulo: Bookman, 2000.
SILVA, C. A. T.; TRISTÃO, G. Contabilidade básica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Objetivos
• Reconhecer as estruturas das transações de compra e venda.
• Compreender e interpretar a sistemática de operação dos lançamentos e
apuração de lucro nas transações.
• Vivenciar a prática de sequências de lançamentos, objetivando a
experimentação prática e o desenvolvimento de habilidades específicas de
atenção e lógica.
Conteúdos
• Operações com mercadorias: Custo das Mercadorias Vendidas, Resultado
das Operações com Mercadorias (RCM) e Apuração do ICMS a Pagar.
• Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa.
• Controle financeiro dos estoques de mercadorias.
• Depreciação.
• Amortização.
• Exaustão.
167
UNIDADE 3 – TRANSAÇÕES MERCANTIS E CONTROLES APLICADOS
1. INTRODUÇÃO
Para que você entenda a atuação da Contabilidade
como ferramenta de controle da informação patrimonial,
apresentaremos a seguir alguns controles contábeis básicos,
porém muito significativos.
As empresas comerciais têm por finalidade a aquisição de
mercadorias para revenda, e neste sentido, servem como agentes
intermediários nas operações de trocas entre fornecedores e
clientes.
O controle da evolução do patrimônio dessas empresas
é realizado através da Contabilidade, que registra por meio de
lançamentos, todas as operações referentes à compra e venda
de mercadorias, contemplando possíveis despesas acessórias,
descontos, abatimentos incondicionais, bem como às devoluções
e incidência de impostos, como por exemplo, Imposto sobre
Circulação de Mercadorias (ICMS).
ICMS
O ICMS é o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação e Energia
Elétrica.
Seu fato gerador é a ocorrência das situações anteriormente
mencionadas.
A instituição do ICMS, segundo a Constituição Federal
promulgada em 1988, é de competência dos Estados e do Distrito
Federal.
Portanto, cada unidade da Federação institui o referido
imposto.
Nem todas as mercadorias estão sujeitas a esse imposto.
Há mercadorias que não sofrem sua tributação por força da
própria Constituição Federal (Imunidade, Não Incidência).
Há aquelas que, mesmo sofrendo a incidência desse
imposto, tendo em vista os benefícios fiscais, poderão estar
isentas por determinado período.
Há, ainda, as que estão sujeitas à incidência de outros
impostos.
O ICMS é o imposto mais comum entre as operações
realizadas pelas empresas comerciais.
onde,
• EI (Estoque Inicial): obtido no início do exercício a partir
dos saldos iniciais da conta Estoques.
• C (Compras): representado pelo saldo da conta Compras
de Mercadorias na data de apuração do CMV.
• EF (Estoque Final): valor obtido por contagem física, na
realização do inventário, na data de apuração do CMV.
Portanto, o fato administrativo resultante da aplicação
dessa estratégia, ainda considerando o desenvolvimento do
exemplo, estaria dividido em três movimentos, a saber:
2.4. DEPRECIAÇÃO
Métodos de Depreciação
De acordo com a preferência ou necessidade de cada
empresa, são utilizados os métodos de depreciação.
Vários são esses métodos, contudo poucos são os
realmente usados.
A explicação de tais métodos será feita com base no
seguinte exemplo:
1) Custo do bem: R$ 5.500,00.
2) Valor residual: R$ 500,00.
3) Total da depreciação, considerada despesa durante a
vida útil do bem: R$ 5.000,00.
4) Vida útil estimada: 5 anos ou 60 meses.
Assim temos:
Qd = nn / N
onde,
• Qd = Quota de depreciação.
• nn = Número de unidades produzidas no ano “n”.
• N = Número de unidades a serem produzidas no
decorrer da vida útil.
2.5. AMORTIZAÇÃO
Transferência
Os valores intangíveis que em 01.01.2008 estavam
contabilizados no Imobilizado, deveriam ser transferidos, naquela
data, para o subgrupo de contas denominado “Ativo Intangível”.
Condições
Para ser registrado no Intangível é necessário que o ativo,
além de incorpóreo:
• For separável, ou seja, puder ser separado da entidade
e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado,
individualmente ou junto com um contrato, ativo ou
passivo relacionado, independente da intenção de uso
pela entidade.
• Resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais,
independentemente de tais direitos serem transferíveis
ou separáveis da entidade ou de outros direitos e
obrigações.
Reconhecimento Contábil
Um Ativo Intangível deve ser reconhecido apenas se:
• For provável que os benefícios econômicos futuros
esperados atribuíveis ao ativo serão gerados em favor
da entidade.
• O custo do ativo possa ser mensurado com confiabilidade.
Avaliação
Um Ativo Intangível deve ser reconhecido inicialmente ao
custo.
2.6. EXAUSTÃO
É a redução do valor de investimentos necessários à
exploração de recursos minerais ou florestais.
Floresta Natural
Tratando-se de floresta natural, a quota de exaustão será
determinada mediante relação percentual entre os recursos
florestais extraídos no período e o volume dos recursos florestais
existentes no início do mesmo período.
onde,
possibilitam-controle-de-estoque-adequado-para-o-
seu-empreendimento/>. Acesso em: 6 jun. 2019.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder as questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) No Balanço Patrimonial, as contas serão agrupadas para que se facilitem o
conhecimento e a análise ______ da companhia.
a) da situação financeira.
b) do Patrimônio Líquido.
c) da gestão financeira.
d) do capital nominal.
e) das origens e aplicações dos recursos.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões
auto avaliativas propostas:
1) a.
2) c.
5. CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao final desta unidade, onde foi possível
perceber que o estudo da Contabilidade só se completa com a
prática constante de todos os métodos aprendidos, sendo esses
direcionados a exemplos facilmente identificados no cotidiano.
Para isso, objetivamos mostrar como os processos contábeis
auxiliam os agentes tomadores de decisão nas empresas na
elaboração e na realização de planejamentos de curto e longo
prazos, para que se atinjam os efeitos necessários à manutenção
da vida da organização.
Esperamos, assim, ter contribuído para a sua compreensão
desse importante instrumento gerencial.
6. E-REFERÊNCIAS
Sites pesquisados
GOULART, A. M. C. O conceito de Ativos na Contabilidade: Um Fundamento a ser
Explorado. Revista Contabilidade & Finanças − USP, São Paulo, n. 28, p. 56-65, jan./abr.
2002 Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/rcf/article/viewFile/34068/36800>.
Acesso em: 6 jun. 2019.
LARA, E. P. A estrutura do Balanço Patrimonial: Um comparativo antes e depois da
adoção do padrão contábil internacional. Disponível em: <http://www.univale.com.
br/portalnovo/images/root/anaisadmix/1.pdf>. Acesso em: 6 jun. 2019.
MALCHER FILHO, C. C. G. Sociedade Anônima − Conceito e características. Disponível
em: <http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/886/Sociedade-Anonima-
Conceito-e-caracteristicas>. Acesso em: 5 jun. 2019.
REBELLO, B. Diferenças entre tipos de empresas. Disponível em: <http://www.brasil.
gov.br/economia-e-emprego/2011/11/diferencas-entre-tipos-de-empresas>. Acesso
em: 6 jun. 2019.
SOUZA, D. M. Os principais benefícios proporcionados ao trabalhador informal
para formalização através do Microempreendedor Individual. 2010. 95f.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, A. C. Contabilidade básica. Curitiba: Juruá, 2005.
IUDÍCIBUS, S. et al. (Coord.). Contabilidade iIntrodutória: livro de exercícios. 10. ed.
São Paulo: Atlas, 2007.
MARION, J. C. Contabilidade básica: livro texto. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
MARTINS, E. et al. Manual de Contabilidade das sociedades por ações: aplicável às
demais sociedades. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade básica. São Paulo: Saraiva, 2005.
SÁ, A. L. Planos de contas. São Paulo: Atlas, 1998.
SCHMIDT, P. História do pensamento contábil. São Paulo: Bookman, 2000.
SILVA, C. A. T.; TRISTÃO, G. Contabilidade básica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Objetivos
• Conhecer os principais conceitos básicos e as correntes filosóficas da ética
geral.
• Identificar e compreender a importância da ética para a constituição das
relações pessoais no âmbito social.
• Classificar as diferentes correntes éticas.
• Conhecer as peculiaridades e as especificidades da Ética Profissional.
• Identificar e compreender a importância das virtudes básicas profissionais
e as virtudes específicas que vigoram nos códigos de ética.
• Esclarecer a importância dos códigos de ética para o exercício profissional.
• Refletir sobre dilemas práticos da Ética Profissional.
• Conhecer o âmbito peculiar do exercício profissional da Contabilidade na
sua relação com colegas, clientes e sociedade.
• Identificar e compreender a natureza das manobras e dos desvios ilegais
em Contabilidade, a partir de análise de casos específicos, originados da
falta de Ética Profissional e suas inevitáveis consequências para a profissão
e a sociedade.
• Analisar e classificar os aspectos básicos e peculiares do código de ética em
Contabilidade.
Conteúdos
• Histórico da ética.
• Conceitos da ética.
• Ética empírica.
201
UNIDADE 4 – ÉTICA PROFISSIONAL
• Ética anarquista.
• Ética utilitarista.
• Ética dos fins.
• Ética socrática.
• Ética platônica.
• Ética de Aristóteles.
• Ética epicurista.
• Ética estoica.
• Ética formal de Kant.
• Ética contemporânea.
• Ética de Sartre.
• Teorias atuantes no universo dos valores.
• Origens da Ética Profissional.
• Ética Profissional como ética aplicada.
• Utilitarismo e formalismo na Ética Profissional.
• Virtudes universais da Ética Profissional.
• Principais vícios no âmbito profissional.
• Códigos de Ética.
• Principais aspectos da profissão contábil.
• A crise moral em Contabilidade.
• Apresentação de estudos de casos.
• Prestação de serviço: importância, orçamento de custos, honorários profis-
sionais e carta-proposta.
• Infrações e penalidades do código da ética.
• Responsabilidades social, criminal e fiscal.
• A concorrência e a Ética Profissional.
1. INTRODUÇÃO
Os problemas que envolvem a ética e a moral são dos mais
discutidos no mundo contemporâneo.
A crise de valores que domina por completo o cenário
mundial em todos os seus aspectos impõe, cada vez mais, uma
revisão e também uma ampla discussão sobre esses temas.
Evidentemente, em um mundo globalizado, no qual os
critérios comportamentais se dissolvem na diversidade social
e política, torna-se extremamente difícil a possibilidade de
encontrar soluções adequadas, capazes de harmonizar essa
diversidade de raças, culturas, religiões e modos de conduta.
No campo profissional também existe essa crise axiológica.
Todavia, por ser um campo limitado, unido por um objetivo
comum, é possível, com mais eficiência, solucionar problemas
axiológicos que dizem respeito à cultura comportamental no
âmbito profissional.
Essas normas e, respectivamente, os códigos que as
expressam não tomam como referência o que o ser humano é
fora do seu trabalho.
Portanto, são válidas apenas no âmbito profissional
espacial.
Em outras palavras, não se trata de ensinar ao homem
uma cultura comportamental fora do âmbito profissional, mas
apenas dentro dele, onde existem objetivos comuns e fins que a
instituição à qual pertence persegue.
Nesse sentido, podemos dizer que a Ética Profissional visa,
antes de tudo, a um acordo entre os membros da instituição,
Ética Geral
Nalini (2008) apresenta uma definição semelhante à de
Vasquez (1999), segundo a qual a ética é uma ciência que enfoca
o comportamento moral das pessoas em uma sociedade. A
compreensão do caráter científico da ética implica o estudo da
moral.
Essa definição, que faz uma clara distinção entre ética e
moral, é uma das mais difundidas na contemporaneidade.
A palavra moral, por sua vez, origina-se do termo latino
“mores”, que significa, literalmente, “costumes”.
Nesse sentido, podemos dizer que ética e moral se
relacionam do seguinte modo: ética é a ciência que estuda o
comportamento humano, dentro da sociedade; portanto, tem
por objeto a moral.
Essa concepção é parecida com a da ética formal de
Kant, que enfoca a natureza humana como intrinsecamente
determinada e como uma das mais significantes manifestações
do homem na sociedade.
Conceito de Ética
Em geral, podemos definir a ética como ciência da conduta,
das virtudes e do bem.
Aristóteles foi o primeiro a conceber a ética como ciência
prática, que trata de educar os seres humanos em virtudes e boa
conduta.
Esse filósofo transformou o termo grego “ethos” (costumes)
em adjetivo “eticon” para assinalar o caráter, a fisionomia da
alma.
Mais tarde, o filósofo romano Cícero traduziu o termo
grego “eticon” para o latino “moralis”, que originou o termo
moral que utilizamos hoje.
Atualmente, há uma clara distinção entre ética e moral. A
ética seria o meio de chegar a um acordo entre diferentes morais
existentes na sociedade pós-moderna e globalizada, morais
essas que variam conforme os interesses das classes, dos grupos
e das comunidades.
Dessa forma, a moral seria a tentativa de um grupo ou uma
comunidade de se conservar, fechando-se em si e mantendo-se
intacta, o que, por sua vez, pode causar conflitos com outras
morais.
A ética, portanto, deve procurar realizar a intercomunicação
entre as morais para que essas possam conviver em harmonia.
Ética empirista
Para o empirismo, os princípios éticos da conduta humana
originam-se da experiência e da observação dos fatos, isto é,
da realidade concreta das relações interpessoais, dentro da
sociedade organizada.
Segundo um dos protagonistas do empirismo, John Locke,
não existem quaisquer princípios teóricos nem práticos na mente
humana.
Eis alguns de seus argumentos: “Nenhum princípio moral é
tão claro e geralmente recebido como as máximas especulativas
anteriormente mencionadas”.
Esse argumento em prol da inexistência de princípios
práticos inatos é muito forte, uma vez que a existência de
princípios morais, como a fé e a justiça, pode ser observada
entre ladrões e criminosos e, portanto, segundo Locke, não pode
ser considerada em sua universalidade máxima.
Eles são relativos e variam de acordo com o modo de ser
de uma espécie de viventes.
Podemos continuar com as provas de Locke contra a
inexistência dos princípios morais práticos, todavia, ambos os
exemplos descritos são suficientes para demonstrar a dificuldade
de se pensar princípios que sejam absolutamente válidos para
todas as pessoas, o que, por sua vez, implica um entendimento
relativista sobre a questão, visto que o comportamento humano,
dependendo do tempo e do lugar, varia em sua manifestação.
Assim, como bem notou José Renato Nalini (2008, p. 42,
grifos do autor):
O empirismo deságua no relativismo. Como varia a conduta
humana de acordo com a variação de época e latitude, torna-
Ética anarquista
O anarquismo nega qualquer imposição externa e enfatiza
a liberdade absoluta.
A ordem jurídica, como organização social do tipo coercível,
se opõe a liberdade e representa, por isso, um mal que deve ser
combatido.
Deve-se entender o anarquismo, sobretudo, como teoria
ética que enfatiza a liberdade plena do indivíduo e o direito
de escolher seu próprio modo de ser, independentemente de
qualquer poder coercitivo.
O anarquismo, todavia, como teoria política e social, não
passa de mera utopia, não porque apresenta incoerência nos
seus pressupostos, mas porque não pode realizar o casamento
perfeito entre a liberdade absoluta e a responsabilidade
absoluta, casamento que, por si só, já é capaz de substituir o
poder coercitivo imposto pelo Estado.
O princípio de autonomia que subjaz essa ética é a base
fundamental do anarquismo.
Como sabemos, a liberdade é a condição indispensável de
qualquer ação que se queira avaliar moralmente.
A ideia de apoio mútuo fortalece o sentido de liberdade
que o anarquismo enfatiza, pois a disputa e a concorrência
visam, em última instância, ao domínio de um indivíduo sobre
outro, o que, certamente, impediria que o princípio da liberdade
se estabelecesse.
A autogestão, por sua vez, trata de ressaltar a abolição de
quaisquer instituições hierárquicas que ameacem a liberdade.
Ética utilitarista
A ética utilitarista eleva como princípio norteador do seu
sistema valorativo a utilidade.
Ela introduz, à base da moral e do direito, a tendência
humana de buscar a felicidade e evitar a infelicidade.
O utilitarismo nega que a moral e a lei possam se fundar
sobre ideias inatas.
Ética socrática
Sócrates, diferentemente dos sofistas que acentuavam o
relativismo humano, permanentemente se interrogava sobre
a natureza humana procurando a essência comum entre os
homens.
Com sua célebre frase “Conhece-te a ti mesmo”, afirmou
que o indivíduo deve procurar em si essa essência, que é, na
verdade, a moral, a baseada não na lei inexorável dos costumes,
mas na obrigação interna, em um dever, que a própria consciência
dita.
Ética platônica
Se Sócrates introduziu a moral como um novo paradigma,
Platão foi aquele que, utilizando-se do método dialético, criou
uma base sistemática da moral.
Diferente de seu mestre, que entendia o alcance da
felicidade individual, por meio da moral, reservada a poucos,
os sábios, Platão destacou o caráter plural dessa felicidade, que
Ética aristotélica
A concepção moral de Aristóteles está de acordo com os
princípios que fundamentam a sua filosofia.
Segundo Aristóteles, a ética e a política ocupam um lugar
privilegiado na hierarquia entre as ciências que dedicam atenção
ao homem e à sua atividade prática.
Definiu o homem como um animal político, por isso
considerava que cabia a tais ciências protagonizar a formação
social e moral desse animal para que houvesse paz e convivência
harmoniosa.
O indivíduo humano está inserido no contexto social de
um sistema político chamado Estado.
A política de Aristóteles, no interior do Estado, distingue
dois tipos de comunidades: família e comunidade humana.
A família é concebida por Aristóteles como comunidade
que supre as necessidades humanas no cotidiano.
Justamente por isso, ela e as outras comunidades locais
são objetos de estudo, assim, denominada ética.
Cabe dizer que o termo ética foi utilizado pela primeira
vez por Aristóteles para designar a ciência prática que estuda e
avalia as relações humanas.
Segundo esse filósofo, a ética e a política complementam-
se, pois ambas são ciências que estudam o Estado e, mais
exatamente, as relações sociais dos indivíduos dentro dele.
Aristóteles, em sua Ética a Nicômaco, observa que toda
atividade humana pode ser resumida na busca de um fim.
Ética epicurista
Segundo Epicuro, a filosofia pura sem a reflexão sobre a
vida prática é totalmente inútil: a sabedoria prática é o que deve
acompanhar o indivíduo na sua existência.
De acordo com o eudemonismo reinante no pensamento
grego, para Epicuro, a felicidade configura o bem supremo da
vida humana, porém só é possível alcançá-la a partir do prazer, o
primeiro bem que nos oferece a própria natureza.
Ética estoica
A ética estoica deve ser considerada em vista da utilização
prática da razão, isto é, da aplicação prática do conhecimento
teórico na vida e nas ações humanas.
Segundo a visão estoica, no Universo atua uma necessidade
implacável, à qual o ser humano encontra-se submetido.
Contudo, isso pode expressar-se na posse e no uso da
razão.
Ética de Sartre
A filosofia de Sartre é célebre por seu apelo existencial
de liberdade, não apelo enquanto desejo, mas apelo enquanto
condição ontológica do homem.
Segundo Sartre, o homem é condenado à liberdade e essa
é a sua carga ontológica.
Em sua concepção, liberdade refere-se à liberdade de
escolha e, nesse sentido, o homem não tem outra alternativa a
não ser escolher, pois até mesmo quando ele não quer escolher,
tem a liberdade de não escolher.
Nesse sentido, podemos dizer que mesmo negando sua
liberdade, ele não pode negar sua condição de ser livre. O
homem é liberdade.
Como ateu, negou quaisquer valores preexistentes,
promovidos por um princípio superior, seja Deus, seja Destino
etc.
A própria liberdade humana à qual o homem é condenado
engendra tais valores.
Com esse ponto de vista, o homem é criador dos seus
valores e a ele cabe a plena responsabilidade da sua realização.
Sua concepção assim entendida engendra inúmeras
dificuldades para os estudiosos dos problemas morais, pois, se
o sujeito é criador dos seus valores subjetivos, como é possível
falar de uma ética em termos de ciência?
A tendência universalista dos moralistas, que requer
normas universalmente válidas, reconhece, todavia, que a
sociedade contemporânea, mais do que em qualquer outra
época, não pode encontrar nessa variedade de costumes crenças
e religiões, um fio condutor que prepare a possibilidade de uma
ética universalmente válida.
Assim, segundo ele, as regras e os imperativos morais não
reconhecem a peculiaridade da singularidade humana.
Além disso, como modelos de conduta, eximem o sujeito
da responsabilidade que ele deve assumir pelos seus atos,
pois, se existem modelos de conduta universalmente aceitos, a
responsabilidade não é do agente, mas de tais modelos.
5) Teoria relativista.
Faremos, a seguir, uma breve explanação de cada uma
dessas teorias atuantes no universo dos valores éticos.
Teoria fundamentalista
A teoria fundamentalista nega a possibilidade de o homem
ser avaliador dos valores morais, principalmente do bem e do
mal.
Esse é o traço comum entre o fundamentalismo e a religião.
A principal exigência que uma teoria fundamentalista
estabelece é a universalidade da autoridade que dita as normas
morais.
Nenhum homem tem o direito de as questionar, deve
apenas as cumprir.
Essa teoria contradiz a principal característica da ética,
a liberdade de escolha, e afirma, com devoção fanática, o
determinismo.
Nesse sentido, é discutível se ela pode ser pensada como
uma teoria essencialmente ética.
Teoria utilitarista
De acordo com o princípio elaborado por Jeremy Bentham,
afirma a tendência de uma felicidade maior para um maior
número de pessoas.
Nesse sentido, a ação é avaliada de acordo com o maior
bem que ela produz para a sociedade.
Teoria formalista
Cunhada por Emanuel Kant, a teoria formalista afirma
a exigência de cada um seguir princípios universais que são
aplicáveis a todos.
Uma das peculiaridades dessa teoria é que não está
vinculada a um propósito ou benefício.
Em outras palavras, se o homem age bem, não é para
alcançar um bem, mas porque é da natureza humana agir bem.
O alcance dessa moral formal depende de duas regras:
• Os princípios aceitos devem valer para todos que estão
inseridos em um âmbito comum.
• Exigência de equidade entre os direitos e os deveres
entre os membros da comunidade, isto é, o que se exige
do outro deve ser fornecido por aquele que exige. Esse
princípio é bastante aplicável na Ética Profissional.
A principal falha dessa teoria é que nem sempre é possível
detectar o caráter universal das situações.
Teoria contratualista
Segundo a teoria contratualista, cada indivíduo deve se
comportar de acordo com as regras morais estabelecidas entre
os membros da sociedade à qual pertence.
O principal objetivo dessa teoria é a convivência pacífica e
harmoniosa na sociedade organizada.
Teoria relativista
A teoria relativista estabelece que cada indivíduo deve
decidir sobre os valores morais, respeitando, portanto, a
individualidade e a singularidade de cada um.
Evidentemente, as pessoas não são iguais e, portanto, não
devem existir, segundo o entendimento dos relativistas, normas
universalmente válidas.
A principal falha dessa teoria é que pode ser utilizada para
justificar comportamentos inaceitáveis com a justificativa de que
são derivados da singularidade do sujeito.
Tendo isso em vista, essa teoria não pode funcionar no
âmbito profissional, onde se reúnem pessoas com objetivos
comuns.
1) Exemplo 1
• 40 alunos de um seminário, já em fase de conclusão
do curso, participaram de um experimento sem terem
conhecimento disso.
• Esse grupo foi dividido em dois e a ambos foi pedido que
escrevessem um ensaio sobre o homem compassivo.
A um grupo foi dado o tempo de duas horas para a
execução do trabalho; enquanto, ao outro, não foi
indicado tempo.
• Durante a execução do trabalho, entrou na sala de aula
um homem, que, na verdade, era um ator, pedindo
ajuda. Dos 40 alunos, 16 interromperam o trabalho
para ajudá-lo, sendo que 15 pertenciam ao grupo ao
qual não foi indicado tempo para a execução da tarefa.
• Se os futuros sacerdotes podem, em sua maioria, se
negar a uma conduta moralmente responsável em
uma determinada situação, o que se pode dizer dos
homens de negócio, para os quais, em geral, “tempo
é dinheiro”? Como poderia agir um contador, por
exemplo, em uma situação parecida, visto que,
geralmente, está subjugado pelo fator tempo?
• Todavia, se houver ausência de conduta de ética
(no exemplo, deixar de ajudar alguém por “falta de
tempo”), nem sempre se pode condenar o indivíduo.
Em uma instituição, é necessário fazer uma previsão
das possíveis situações que podem surgir e planejar a
distribuição das competências e das responsabilidades.
Nesse sentido, devem evitar, sempre que possível, ser
uma estrutura fechada que limite a autonomia dos
indivíduos.
2) Exemplo 2
• Para realizar uma experiência, a parte subterrânea
da Universidade de Stanford foi transformada em
penitenciária. Após um teste psicológico, foram
aceitos 24 voluntários para representar prisioneiros e
guardas nessa “penitenciária” durante duas semanas.
• Uniformizados, desempenharam seus papéis de
acordo com suas funções. A experiência, porém, foi
interrompida no quinto dia, pois os "prisioneiros"
começaram a desenvolver estresse, enquanto os
"guardas" passaram a abusar do poder que lhes foi
conferido. A situação levou os participantes a agirem
realisticamente.
• A conclusão que se pode tirar dessa experiência é que
cada instituição deve criar as melhores condições para
o bem-estar de seus funcionários.
por isso o fator mais importante para o mundo dos negócios são
os princípios.
Os princípios fornecem um âmbito homogêneo para as
instituições.
As diferenças culturais e religiosas são dificilmente
niveláveis, os princípios éticos funcionam para nivelar essas
diferenças.
Dessa forma, podemos afirmar que os princípios éticos são
o componente principal para a consciência coorporativa.
A compreensão e o cumprimento desses princípios é
condição absolutamente indispensável para a formação de
relações éticas no âmbito profissional.
A seguir, apresentaremos algumas concepções que
procuram definir como aplicar os princípios éticos.
O princípio do utilitarismo
Os primeiros mentores do liberalismo foram John Locke
(1632−1704) e J. S. Mill (1806−1873), porém J. Bentham
(1748−1832) é considerado o “pai do utilitarismo”.
A ideia do princípio do utilitarismo é simples e
universalmente aceitável, mas leva a grandes complicações em
sua aplicação prática.
Seu pressuposto defende que o ser humano tem condição
de medir e calcular a utilidade de uma ação.
Dessa forma, a realização da ação e sua avaliação devem
contemplar os seguintes aspectos:
Princípio do formalismo
O princípio do formalismo, às vezes chamado universalismo,
enfatiza a dimensão deontológica, isto é, a dimensão daquilo
que deve ser feito.
O formalismo é o princípio que rege os direitos humanos
na sociedade pelo direito.
A noção de direito, neste caso, significa o sistema de
normas que regulamentam a convivência humana, garantindo
ao homem a sua liberdade.
O direito não é apenas uma noção jurídica.
Em uma sociedade em que o direito se vincula com as leis,
os fóruns e as cadeias, não há, ainda, a compreensão do homem
como indivíduo autônomo.
Ou seja, o homem ainda não adquiriu a consciência ética.
Existem direitos morais determinados com base em normas
e princípios éticos que não coincidem com os direitos jurídicos.
O direito de trabalho, por exemplo, é considerado direito
moral em países cujo sistema jurídico não o inclui como direito
constitucional.
Os direitos morais são universais e válidos para todos os
seres humanos, independentemente das diferenças étnicas,
culturais e religiosas.
O princípio da justiça
Podemos definir a ideia de justiça como exigência de
equidade entre a ação e sua consequência, entre direitos e
obrigações etc.
Algumas concepções sobre a essência da justiça são:
1) Justiça como igualdade: o principal fator desse tipo
de justiça é o princípio distributivo, segundo o qual
se requer uma distribuição igualitária entre todos
os homens, uma vez que eles são iguais conforme a
natureza humana.
2) Justiça segundo o mérito: a participação na distribuição
de bens segue o princípio de efetividade, isto é, quanto
mais mérito tem um homem, mais bens ele recebe.
3) Justiça segundo as necessidades de cada um: essa
concepção é bastante preconizada na ideologia
socialista.
4) A justiça como liberdade (liberalismo): essa concepção
segue a máxima: "A cada um segundo a sua escolha, a
cada um segundo o escolhido por ele".
Vale observar que a concepção mais consistente de justiça
entre as teorias éticas pertence a John Rawls.
Observando que em cada sociedade se reproduz a
desigualdade, ele defende que cabe à sociedade garantir a
liberdade.
Aplicação do utilitarismo
Vale ressaltar que existem diferentes tipos de utilitarismo,
que assim são resumimos:
• Utilitarismo da iniciativa privada: aplica-se quando o
empreendedor se pergunta: “Por que devo empreender
algo?”, "Como devo fazer isso?". Essas perguntas surgem
quando se procura a melhor maneira de execução
de uma ação. Nesse caso, são requeridas qualidades
individuais, como criatividade e imaginação.
• Utilitarismo tecnocrata: aplica-se quando é necessário
distinguir as consequências de determinadas ações a
curto e a longo prazo. Quando se procura responder à
pergunta "quanto?”, o utilitarismo tecnocrata é o mais
aplicável.
• Utilitarismo empresarial: diz respeito aos argumentos
de determinadas ações. As questões aqui mais relevantes
são do tipo: "Devo? A quem?”. Exemplos: “Devo fazer a
divulgação de um produto que sei que é prejudicial e
nocivo para crianças?”, “Devo informar que meu colega
está falhando no trabalho se ele é meu amigo?” e “A
qual candidato devo oferecer o trabalho?”.
Uma das principais questões ligadas ao princípio clássico
do utilitarismo refere-se a como ele pode funcionar na prática.
A dificuldade dessa questão consiste no fato de que nem
sempre se pode calcular os efeitos da sua utilização na prática.
Por isso, o utilitarismo como teoria possui caráter descritivo.
Outra questão ligada ao utilitarismo clássico refere-se
à impressão de que ele inspira uma posição duvidosa, pois,
segundo ele, nenhuma ação tomada por si mesma tem caráter
Aplicação do formalismo
A concepção formalista habitualmente aplica-se às
questões que dizem respeito à essência e ao conteúdo, e não ao
grau e à quantidade, como é no caso do utilitarismo.
Para solucioná-las, o formalismo utiliza-se da natureza, da
espécie e do caráter de uma ação.
A argumentação moral da posição do formalismo requer
a faculdade de distinção entre diferentes casos, por exemplo,
entre:
• Suborno e gratidão.
• Mentira e blefe.
• Liberdade de expressão dentro de uma empresa e
lealdade a ela.
O princípio formalista de Kant aplica-se com sucesso se, e
somente se, em cada caso concreto a gerência procurar respostas
fundamentadas às questões típicas, tomando como referência
algumas regras.
Observe, a seguir, a correlação entre essas regras e as
questões que a gerência deve procurar responder:
1) Regra do caso particular: “Existem alguns casos exclu-
sivos da regra geral segundo os quais eu quero agir?”.
2) Regra de analogias: “Que outras situações análogas eu
conheço?”.
Zelo
Zelo é uma virtude válida para toda e qualquer profissão,
embora o tipo de zelo varie de acordo com cada uma.
Diz respeito à qualidade com que se produz um determinado
objeto ou se presta um determinado serviço.
A qualidade da execução de uma determinada tarefa é
uma das principais virtudes que devem nortear o indivíduo no
exercício profissional.
Honestidade
A honestidade pode ser definida como o cuidado que uma
pessoa deve ter com os bens alheios.
Essa virtude, fundamental para qualquer exercício
profissional, transgredir-se quando pessoas agem por interesses
Sigilo
A virtude do sigilo não é apenas uma das principais virtudes
básicas, ela compõe, também, em determinadas profissões, o
quadro das virtudes específicas.
Como Nalini (2008, p. 190) define: “Revelar o que se sabe,
quando a respeito do conhecido, quem o confiou pediu reserva,
é quebra de sigilo”.
Essa quebra desvirtua o ambiente profissional e o torna
cheio de desconfiança e suspeita, o que, por sua vez, prejudica o
funcionamento e a execução do trabalho.
Competência
A competência diz respeito ao caráter técnico do exercício
de qualquer profissional.
Nalini (2008, p. 192) a define como: “[...] conhecimento
acumulado por um indivíduo, suficiente para o desempenho
eficaz de uma tarefa”.
Na falta de competência, o trabalho executado não apenas
perde seu valor utilitário, mas, também, a credibilidade no
profissional que o executa.
Prudência
A prudência é outra virtude básica em toda profissão.
Com ela, o profissional se mantém concentrado no seu
exercício para que não ocorram erros e falhas.
Compreensão
Virtude imprescindível para a construção de um ambiente
profissional saudável, que deve vigorar tanto na relação entre
colegas de departamentos, para o bom funcionamento de
toda empresa, como também na relação com os clientes e a
comunidade.
A falta dessa virtude implicará em sérios problemas nas
relações interpessoais.
Moderação
A moderação expressa-se na qualidade do profissional de
encontrar o meio termo entre excesso e insuficiência.
Orgulho
O orgulho é uma falha frequente no âmbito profissional e
que afeta profundamente o ambiente coletivo e suas relações
interpessoais.
O orgulho divide o ambiente e a cooperação que se espera
dos profissionais.
O ambiente de trabalho tem de ser marcado por respeito
mútuo, pois é pela união de todos que o trabalho apresenta bons
resultados.
Inveja
A inveja é um vício que se manifesta em todos os âmbitos,
sua redução é uma das tarefas primordiais da Ética Profissional.
O invejoso sente tristeza pelo sucesso dos outros e procura
meios para diminuí-lo e tentar destacar seu próprio valor.
Podemos dizer que a inveja é a manifestação mais
corrompida da ignorância.
Preguiça
Sem dúvida, a preguiça é o vício que não deve ter lugar no
âmbito profissional.
Orçamento de custos
Em linhas gerais, os honorários dos profissionais contábeis
dependem, exclusivamente, das horas gastas com o serviço
prestado, seja diária, mensal ou anualmente.
Mas não é somente o tempo que define os honorários.
Existem aspectos que devem ser analisados separadamente,
como a natureza do serviço prestado, a peculiaridade do
trabalho, os eventuais gastos que a empresa contábil terá com
determinado serviço, entre os outros.
Salientamos que, quando se trata de serviços de auditoria,
devem ser contempladas as NBC, as quais fornecem parâmetros
para o cálculo dos serviços prestados.
Honorários profissionais
O valor dos honorários, em geral, deve ser elaborado
conforme os custos totais por cliente, calculando-se, também,
eventuais oscilações que podem surgir na execução do serviço.
No cálculo dos honorários, é recomendável, também, que
se observe o grau de responsabilidade que o profissional contábil
assume na prestação do serviço dos clientes.
O levantamento dos honorários necessita de planilha
elaborada em quatro módulos: custos, detalhamento de cada
item, lucro esperado e preço final.
Vale citar aqui um método interessante e justo no cálculo
de honorários proposto por Irineu Thomé (2001, p. 105):
Depois de determinado o custo e de ter sido ele devidamente
atribuído a cada um dos clientes, estipular o valor dos
honorários mensais depende apenas da escolha da margem de
lucro apropriada.
É evidente que essa margem não pode ser aleatória. Convém
examinar, se possível, o preço praticado pelo mercado e a
qualidade do serviço que sua empresa está oferecendo. Para
alguns clientes pode ser praticada uma margem diferenciada,
menor ou maior − cada caso deve ser estudado separadamente.
Alguns fatores podem determinar essa variação na margem
de lucro. Para uma empresa que está no primeiro ano de
atividade ou em dificuldades financeiras pode-se reduzir a
margem. Para uma empresa cuja atividade exija maior atenção
e responsabilidade dos sócios e colaboradores, a margem pode
crescer.
Duas grandes razões indicam a recomendação de adoção de
um mecanismo de registro e controle de custo, mesmo que não
seja sofisticado. Primeira: nunca cobraremos, sem saber, menos
do que vale o serviço executado. Segunda: esse controle dará
argumentos para convencer o cliente, sempre que necessário,
Responsabilidade Social
O papel do profissional contábil é indispensável nas
empresas e nas instituições.
Basicamente, toda vida fiscal das empresas está nas suas
mãos.
Desse papel importante deriva a grande responsabilidade
do contabilista.
Responsabilidade Criminal
Até agora, analisamos uma parte das responsabilidades
do profissional contábil regidos pelo Código Civil e as penas
referentes aos erros e delitos voluntários ou involuntários.
Resta verificar a outra espécie de responsabilidade regida
pelo Código Penal.
Fundamentalmente, o Código Penal trata sobre alguns
tipos de crimes, como falsidade ideológica, uso de documento
falso e supressão de documentos.
Consoante o art. 18, inciso I, do Código Penal, quando
constatado esse tipo de crime, ele é configurado como crime
doloso.
Portanto, o crime doloso ocorre “[...] quando o agente quis
o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo”.
Por sua vez, o crime culposo, nesse caso, seria produzido
por negligência, por incompetência ou por imprudência,
conforme a definição do inciso II do art. 18: “[...] culposo, quando
o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência
ou imperícia".
Responsabilidade Fiscal
Além desses tipos de crime a que o profissional contábil é
sujeito, ele pode ser penalizado por crimes cometidos contra a
ordem tributária.
O contador poderá responder pela reparação de danos ou
por assinar demonstrativos contábeis simulados que, em alguns
casos, são elaborados sem a real existência da escrituração
contábil ou em desacordo com o que está efetivamente registrado
contabilmente.
O empresário e a sociedade empresária são obrigados a
conservar em boa guarda toda a escrituração, correspondência e
mais papéis concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer
prescrição ou decadência no tocante aos atos neles consignados.
Esta obrigatoriedade se estende também aos livros
contábeis e fiscais da sociedade.
O melhor remédio contra todos esses crimes, seja da
ordem civil ou da ordem penal, é assegurar as normas que a Ética
Profissional do contabilista estabelece.
Essa ética assume um papel de protagonista e guardiã dos
princípios fundamentais da profissão contábil.
Diante de tantos problemas a que a prática contábil
está sujeita, espera-se do profissional contábil que ele tenha
capacidades e qualidades profissionais e técnicas para a
realização perfeita do seu trabalho e um comportamento
eticamente impecável, embasado em princípios das virtudes
profissionais que atribuem à profissão dignidade e honra.
As questões éticas e morais que envolvem o exercício
profissional não devem ser entendidas apenas como regras
Vídeo complementar–––––––––––––––––––––––––––––––––
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4.
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4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder as questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Alguns exemplos significativos de falta de Ética Profissional no exercício
contábil, apresentados por grandes empresas com referenciais mundiais,
como _____, que aprofundaram a atenção sobre as questões éticas
no âmbito contábil. Por meio de manobras especulativas, fraudes e
corrupções, foram manipuladas as informações dessas empresas, levando-
as a falência, acusação de crimes fiscais e perda de credibilidade. Entre os
casos, incluem:
a) Caso JP Morgan.
b) Caso BP Petróleo.
c) Caso Enron.
d) Caso KMPG.
e) Caso Santander.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões
auto avaliativas propostas:
1) c.
2) a.
5. CONSIDERAÇÕES
Nesta última unidade, estudamos sobre a Ética Profissional
em Contabilidade, conhecendo a sua especificidade, examinando
os casos em que a falta de ética leva a grandes danos e prejuízos,
tanto para as empresas quanto para a sociedade.
Conhecemos os Códigos Civil e Penal e suas respectivas
restrições.
Analisamos o Código de Ética Profissional em Contabilidade
e a sua relevância para com o exército profissional do contabilista.
Vimos, também, que sem um profundo conhecimento dos
problemas éticos no âmbito profissional, nenhuma capacidade
técnica e profissional pode socorrer o contabilista nas horas de
decisões valorativas.
Em conclusão, depois deste estudo introdutório, podemos
enunciar, sem nenhuma dúvida, que a Ética Profissional em
Contabilidade é um meio e guia precioso inseparável da prática
profissional do contabilista.
O verdadeiro contabilista deve ser um profundo conhecedor
e cumpridor dos postulados da Ética Profissional.
6. E-REFERÊNCIAS
Sites pesquisados
BRASIL. Código de Defesa do Consumidor. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990.
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Diário Oficial [da]
República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 12 set. 1990 (Edição extra). Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm>. Acesso em: 7 jun. 2019.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FORTES, J. C. Ética e responsabilidade profissional do contabilista. Fortaleza: Fortes,
2002.
IUDÍCIBUS, S.; MARTINS, E.; GELBCKE, E. R. Manual de Contabilidade das Sociedades
por ações: aplicável às demais sociedades. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1994.
NALINI, J. R. Ética geral e profissional. 6. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.
NASH, L. L. Ética nas empresas. São Paulo: Makron Books, 1993.
SÁ, A. L. Ética profissional. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2000.
SILVA, T. M.; GRÄBNER, S.; BANDEIRA, A. M. Perspectiva atual para a formação do
contador. Revista Eletrônica de Contabilidade Curso de Ciências Contábeis UFSM, Santa
Maria, v. 1., n. 1, set./nov. 2004.
THOMÉ, I. Empresa de serviços contábeis: estrutura e funcionamento. São Paulo: Atlas,
2001.