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06/06/2019

Psicologia Forense I
Curso de Direito / FADIR / UFMS
Prof. Sandra Amorim / Curso de Psicologia / FACH/ UFMS

2019.1

Estrutura de PERSONALIDADE e
PSICOPATOLOGIA

Conhecimentos fundamentais para a realização da Avaliação


Psicológica.
A “leitura” de um dado fenômeno psicológico deve ser
embasada em uma teoria consistente e métodos cientificamente
comprovados.
A avaliação psicológica é a metodologia utilizada para a
identificação e reconhecimento de fenômenos
psicopatológicos.
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AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
A avaliação psicológica é um processo técnico e científico realizado
com pessoas ou grupos de pessoas que, de acordo com cada área de
conhecimento (da Psicologia), requer metodologias específicas.
Ela é dinâmica e constitui se em fonte de informações de caráter
explicativo sobre os fenômenos psicológicos, com a finalidade de
subsidiar os trabalhos nos diferentes campos de atuação do psicólogo,
dentre eles, saúde, educação, trabalho, justiça e outros setores em que
ela se fizer necessária.
Trata-se de um estudo que requer um planejamento prévio e
cuidadoso, de acordo com a demanda e os fins para os quais a
avaliação se destina (CFP, 2013).
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AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
O processo de avaliação psicológica se caracteriza por uma
ação sistemática e delimitada no tempo, com a finalidade de
diagnóstico ou não, que utiliza de fontes de informações
fundamentais e complementares com o propósito de uma
investigação realizada a partir de uma coleta de dados, estudo
e interpretação de fenômenos e processos psicológicos.
(Res. CFP 06/2019)

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AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
Avaliação Psicológica – uso de diferentes métodos e técnicas –
entrevistas, testes psicométricos, testes projetivos, etc.
No Brasil, o uso de testes psicológicos constitui função privativa do
psicólogo, conforme dispõe o Art. 13 da lei 4.119/62. É o
reconhecimento de que a avaliação psicológica necessita de um
"olhar diferenciado".
Não se trata de um mero questionário, pautado no "senso comum",
mas sim de um processo técnico-científico de coleta de dados,
estudos e interpretação de informações a respeito dos fenômenos
psicológicos.
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AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
Testes psicológicos são procedimentos sistemáticos de observação e
registro de amostras de comportamentos e respostas de indivíduos.
Com o objetivo de descrever e/ou mensurar características e processos
psicológicos, compreendidos tradicionalmente nas áreas emoção/afeto,
cognição/inteligência, motivação, personalidade, psicomotricidade,
atenção, memória, percepção, dentre outras, segundo padrões
definidos pela construção dos instrumentos.
É exigida a utilização, no contexto profissional, apenas dos testes
psicológicos com parecer favorável do CFP que se encontram listados
no Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI) do Conselho
Federal de Psicologia (Res.09/2018).
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AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
CONTEXTOS
Obtenção de CNH;
Registro e porte de arma;
Realização de cirurgia bariátrica;
Realização de cirurgia de transgenitalização (mudança de sexo);
Na área criminal;
Na área cível;
Na área trabalhista;
Departamentos de RH de empresas e instituições, etc.
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PERÍCIA PSICOLÓGICA
A perícia, conforme o Código de Processo Civil, é o estudo realizado
por especialistas escolhidos pelos magistrados, de acordo com a
matéria (Psicologia, Serviço Social, Antropologia, etc.) que funciona
como “prova” no processo judicial, complementando as demais, tais
como as documentais, testemunhais e confessionais na resolução do
processo judicial.
Os peritos, como profissionais de confiança do juízo, assumem o
compromisso de imparcialidade na avaliação dos casos,
comprometendo-se a apresentar um parecer técnico psicológico sobre
as questões formuladas pelo magistrado e de responder aos quesitos
formulados pelos advogados das partes e pelo ministério público.
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PERÍCIA PSICOLÓGICA
Ao psicólogo perito cabe fornecer um laudo psicológico com
informações pertinentes ao processo judicial e à problemática
diagnosticada, visando auxiliar o magistrado na formação de seu
convencimento sobre a decisão judicial a ser tomada, como forma
de realização do direito objetivo das partes em oposição. Essa
postura, própria do perito, determina também a dinâmica de
atendimento do caso, na instituição judiciária.
Para tanto, o psicólogo estabelece um planejamento da avaliação
psicológicas das pessoas implicadas, com base no estudo dos autos,
isto é, de todos os documentos e provas que compõem o processo
judicial.
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PERÍCIA PSICOLÓGICA
Os instrumentos diagnósticos são escolhidos de acordo com a
formação teórica do profissional, das condições institucionais e
da situação emocional dos implicados no processo judicial.
Considera-se e especificidade da situação judicial, em que as
pessoas não escolheram a intervenção do psicólogo e estão
numa posição defensiva, procurando fazer prevalecer seus
interesses sobre terceiros, com quem, em geral, mantém vínculos
afetivos conflituosos.

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PERÍCIA PSICOLÓGICA
Para as partes em oposição, está previsto o direito de contratação de assistentes
técnicos - psicólogos que estarão acompanhando os resultados da perícia realizada
pelo profissional de confiança do juízo, abalizando ou não suas conclusões.
O modelo pericial de atuação psicológica nas Varas da Família e Sucessões tem
provocado inúmeros questionamentos sobre o alcance das avaliações em termos
preditivos, da fidedignidade no uso dos instrumentos técnicos, uma vez que em
um mesmo processo judicial, podem ocorrer laudos psicológicos conflitantes do
perito e dos assistentes técnicos.
A postura coerente do psicólogo diante dessa realidade se faz fundamental para
dirimir dúvidas sobre a validade científica e operacional de seus conhecimentos.
Ele precisa estar atento às limitações do caráter preditivo dos instrumentos
diagnósticos utilizados, bem como ao caráter situacional da avaliação realizada
numa situação específica de crise. (Associação dos Assistentes Sociais e Psicólogos do Tribunal de Justiça – AASP-TJ)
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AUTÓPSIA PSICOLÓGICA
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
PERÍCIA PSICOLÓGICA
AUTÓPSIA PSICOLÓGICA
Tipo de estratégia de avaliação retrospectiva, que tem como
finalidade reconstruir a biografia da pessoa falecida, por meio
de entrevistas com terceiros (cônjuges, filhos, pais, amigos,
professores, médicos, etc.) e da análise de documentos
(pessoais, policiais, acadêmicos, hospitalares, etc.) (Werlang,
2000).
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AUTÓPSIA PSICOLÓGICA
O termo “autópsia psicológica” surgiu em 1958, nos EUA, quando o
chefe médico forense do Condado de Los Angeles deparou-se com
várias mortes por drogas e não tinha condição de certificar sua
causa ou mecanismo. Os psicólogos comportamentais coordenados
por Norman Farberow, cunharam esse termo.

Em Cuba, existem dados históricos da utilização da autópsia


psicológica desde o século XIX (Carlos Finlay), mas só em meados do
século passado descreve um caso realizado por solicitação de
advogados de defesa. Aí era nomeada de “análise psicológica”.

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AUTÓPSIA PSICOLÓGICA
Procedimento retrospectivo com diferentes abordagens.
Procedimento rigoroso do ponto de vista científico, embora
sem “modelo” único.
Questões básicas a serem respondidas:
POR QUE?
COMO?
DE QUE?
O QUE ?

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QUANTO AO FOCO DE INVESTIGAÇÃO:


MOTIVAÇÃO – POR QUE? – identificação das razões
psicológicas para morrer;
INTENCIONALIDADE – DE QUE? – papel consciente do sujeito
no planejamento, preparação e efetivação da ação;
PRECIPITADORES OU ESTRESSORES – O QUE? – fatos e
circunstâncias recentes / desencadeadores;
LETALIDADE – COMO? – identificação da escolha do método

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QUANTO ÀS ÁREAS EXPLORADAS:


Funções cognitivas
Características da personalidade
Transtornos psicopatológicos / tratamentos
Problemas de saúde / tratamentos médicos
Uso/abuso de substâncias
Relações interpessoais
Condutas / Dados policiais
Dados acadêmicos / profissionais
Aspectos socioeconômicos e ambientais

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Vida pregressa / historiografia / Últimos anos / meses / semanas / dias


Últimas horas

Identificar – modo da morte / intencionalidade e a letalidade / indícios


premonitórios / fatores de risco / fatores psicodinâmicos / eventos
precipitadores
Implementar – apoio aos familiares / pesquisa para entendimento do fato

Análise de documentos (pessoais, policiais, acadêmicos, profissionais,


hospitalares, registro de necropsia, etc.)
Entrevistas domiciliares

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AUTÓPSIA PSICOLÓGICA
A psiquiatria e a psicologia clínica, valendo-se de uma
estratégia para reconstruir o perfil psicológico da vítima de
suicídio, poderá embasar programas de prevenção, a partir
da identificação de fatores de risco e correlatos
sociodemográficos.

A autópsia psicológica é uma estratégia muito utilizada para


delinear as características psicológicas de vitimas de morte
violenta, auxiliando na investigação, em que não existem
elementos suficientes para se decidir se se trata de suicídio,
homicídio ou acidente.
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AUTÓPSIA PSICOLÓGICA
Materializada em um documento escrito por psicólogo, a
autópsia psicológica pode ter lugar no direito penal, civil,
trabalhista, securitário e infortunístico.
Em síntese seus objetivos , regra geral são:
Demonstrar presença ou não de transtorno mental;
Determinar a relação do transtorno com o fato delitivo ou entre o
transtorno e eficácia jurídica (capacidade civil ou administrativa);
Aclarar outro aspectos relacionados com a saúde ou transtorno
(personalidade, conduta, etc. )

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AUTÓPSIA PSICOLÓGICA
Cuidados para que o procedimento não produza
estigmatização das pessoas envolvidas no fato jurídico;
Considerar lapsos possíveis, aspectos conscientes e
inconscientes, em todo processo avaliativo ;
É indiscutível que o avanço da ciência psicológica possibilita
avaliações psicológicas prospectivas ou retrospectivas ,
entretanto é importante atentar para possíveis riscos de erros
de estimativa, daí ser sempre indicada como um recurso
auxiliar e complementar de outras evidências.

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PRODUÇÃO DE DOCUMENTOS
POR PSICÓLOGOS A PARTIR DA
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

RES.CFP 006/2019

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RESOLUÇÃO CFP N.º 006/2019


Institui regras para a elaboração de documentos escritos produzidos
pela(o) psicóloga(o) no exercício profissional e revoga a Resolução CFP nº
15/1996, a Resolução CFP nº 07/2003 e a Resolução CFP nº 04/2019.
As regras estão dispostas nos seguintes itens:
I - Princípios fundamentais na elaboração de documentos psicológicos;
II - Modalidades de documentos;
III - Conceito, finalidade e estrutura;
IV - Guarda dos documentos e condições de guarda;
V - Destino e envio de documentos;
VI - Prazo de validade do conteúdo dos documentos;
VII - Entrevista devolutiva.
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I. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS NA ELABORAÇÃO DE


DOCUMENTOS PSICOLÓGICOS

Princípios Técnicos
Princípios da Linguagem Escrita
Princípios da Linguagem Técnica
Princípios Éticos

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II. MODALIDADES DE DOCUMENTOS


Art. 4º - O documento psicológico constitui instrumento de comunicação
escrita resultante da prestação de serviço psicológico à pessoa, grupo ou
instituição.

1. DECLARAÇÃO
2. ATESTADO PSICOLÓGICO
3. RELATÓRIO PSICOLÓGICO
4. RELATÓRIO MULTIPROFISSIONAL
5. LAUDO PSICOLÓGICO
6. PARECER PSICOLÓGICO

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II. MODALIDADES DE DOCUMENTOS


1. DECLARAÇÃO

Art. 9º - Declaração consiste em um documento escrito que tem por finalidade


registrar, de forma objetiva e sucinta, informações sobre a prestação de serviço
realizado ou em realização, abrangendo as seguintes informações:
I - Comparecimento da pessoa atendida e seu acompanhante;
II - Acompanhamento psicológico realizado ou em realização;
III - Informações sobre tempo de acompanhamento, dias e horários.

§1º - É vedado o registro de sintomas, situações ou estados psicológicos na


Declaração.

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2. ATESTADO PSICOLÓGICO
Art. 10 - Atestado psicólogo consiste em um documento que certifica, com fundamento em
um diagnóstico psicológico, uma determinada situação, estado ou funcionamento
psicológico, com a finalidade de afirmar as condições psicológicas de quem, por
requerimento, o solicita.
§1º - O atestado presta-se também a comunicar o diagnóstico de condições mentais que
incapacitem a pessoa atendida, com fins de:
I - Justificar faltas e impedimentos;
II - Justificar estar apto ou não para atividades específicas (manusear arma de fogo, dirigir
veículo motorizado no trânsito, assumir cargo público ou privado, entre outros), após
realização de um processo de avaliação psicológica, dentro do rigor técnico e ético que
subscrevem a Resolução CFP nº 09/2018 e a presente, ou outras que venham a alterá-las ou
substituí-las;
III - Solicitar afastamento e/ou dispensa, subsidiada na afirmação atestada do fato.
§ 2º - Diferentemente da declaração, o atestado psicológico resulta de uma avaliação
psicológica. É responsabilidade da(o) psicóloga(o) atestar somente o que foi verificado no
processo de avaliação e que esteja dentro do âmbito de sua competência profissional. (...)

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3. RELATÓRIO PSICOLÓGICO
Art. 11 - O relatório psicológico consiste em um documento que, por meio
de uma exposição escrita, descritiva e circunstanciada, considera os
condicionantes históricos e sociais da pessoa, grupo ou instituição
atendida, podendo também ter caráter informativo. Visa a comunicar a
atuação profissional da(o) psicóloga(o) em diferentes processos de trabalho
já desenvolvidos ou em desenvolvimento, podendo gerar orientações,
recomendações, encaminhamentos e intervenções pertinentes à situação
descrita no documento, não tendo como finalidade produzir diagnóstico
psicológico.
I - O relatório psicológico é uma peça de natureza e valor técnico-científico,
devendo conter narrativa detalhada e didática, com precisão e harmonia. A
linguagem utilizada deve ser acessível e compreensível ao destinatário,
respeitando os preceitos do Código de Ética Profissional do Psicólogo. (...)

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4. RELATÓRIO MULTIPROFISSIONAL
Art. 12 - O relatório multiprofissional é resultante da atuação da(o)
psicóloga(o) em contexto multiprofissional, podendo ser produzido em
conjunto com profissionais de outras áreas, preservando-se a autonomia e
a ética profissional dos envolvidos.

I - A(o) psicóloga(o) deve observar as mesmas características do relatório


psicológico nos termos do Artigo 11.

II - As informações para o cumprimento dos objetivos da atuação


multiprofissional devem ser registradas no relatório, em conformidade
com o que institui o Código de Ética Profissional do Psicólogo em relação
ao sigilo.

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5. LAUDO PSICOLÓGICO

Art. 13 - O laudo psicológico é o resultado de um processo de avaliação


psicológica, com finalidade de subsidiar decisões relacionadas ao contexto
em que surgiu a demanda. Apresenta informações técnicas e científicas
dos fenômenos psicológicos, considerando os condicionantes históricos e
sociais da pessoa, grupo ou instituição atendida.

I - O laudo psicológico é uma peça de natureza e valor técnico-científico.


Deve conter narrativa detalhada e didática, com precisão e harmonia,
tornando-se acessível e compreensível ao destinatário, em conformidade
com os preceitos do Código de Ética Profissional do Psicólogo. (...)

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6. PARECER PSICOLÓGICO
Art. 14 - O parecer psicológico é um pronunciamento por escrito, que tem como
finalidade apresentar uma análise técnica, respondendo a uma questão-problema do
campo psicológico ou a documentos psicológicos questionados.
I - O parecer psicológico visa a dirimir dúvidas de uma questão-problema ou documento
psicológico que estão interferindo na decisão do solicitante, sendo, portanto, uma
resposta a uma consulta.
II - A elaboração de parecer psicológico exige, da(o) psicóloga(o), conhecimento específico
e competência no assunto.
III - O resultado do parecer psicológico pode ser indicativo ou conclusivo.
IV - O parecer psicológico não é um documento resultante do processo de avaliação
psicológica ou de intervenção psicológica.

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GUARDA DOS DOCUMENTOS E


CONDIÇÕES DE GUARDA
Art. 15 - Os documentos escritos decorrentes da prestação de serviços psicológicos, bem
como todo o material que os fundamentaram, sejam eles em forma física ou digital,
deverão ser guardados pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos, conforme Resolução CFP nº
01/2009 ou outras que venham a alterá-la ou substituí-la.
§ 1º - A responsabilidade pela guarda do material cabe à(ao) psicóloga(o), em conjunto
com a instituição em que ocorreu a prestação dos serviços profissionais.
§ 2º - Esse prazo poderá ser ampliado nos casos previstos em lei, por determinação
judicial, ou em casos específicos em que as circunstâncias determinem que seja necessária
a manutenção da guarda por maior tempo.
§ 3º - No caso de interrupção do trabalho da(do) psicóloga(o), por quaisquer motivos, o
destino dos documentos deverá seguir o recomendado no Art. 15 do Código de Ética
Profissional do Psicólogo.
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DESTINO E ENVIO DE DOCUMENTOS


Art. 16 - Os documentos produzidos pela(o) psicóloga(o) devem ser entregues
diretamente ao beneficiário da prestação do serviço psicológico, ao seu responsável
legal e/ou ao solicitante, em entrevista devolutiva.
§ 1º - É obrigatório que a(o) psicóloga(o) mantenha protocolo de entrega de
documentos, com assinatura do solicitante, comprovando que este efetivamente o
recebeu e que se responsabiliza pelo uso e sigilo das informações contidas no
documento.
§ 2º - Os documentos produzidos poderão ser arquivados em versão impressa, para
apresentação no caso de fiscalização do Conselho Regional de Psicologia ou
instâncias judiciais, em conformidade com os parâmetros estabelecidos na
Resolução CFP nº 01/2009 ou outras que venham a alterá-la ou substituí-la.

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PRAZO DE VALIDADE DO CONTEÚDO DOS DOCUMENTOS

Art. 17 - O prazo de validade do conteúdo do documento escrito, decorrente da


prestação de serviços psicológicos, deverá ser indicado no último parágrafo do
documento.
§ 1º - A validade indicada deverá considerar a normatização vigente na área em que
atua a(o) psicóloga(o), bem como a natureza dinâmica do trabalho realizado e a
necessidade de atualização contínua das informações.
§2º - Não havendo definição normativa, o prazo de validade deve ser indicado
pela(o) psicóloga(o), levando em consideração os objetivos da prestação do serviço,
os procedimentos utilizados, os aspectos subjetivos e dinâmicos analisados e as
conclusões obtidas

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ENTREVISTA DEVOLUTIVA

Art. 18 - Para entrega do relatório e laudo psicológico, é dever da(o)


psicóloga(o) realizar ao menos uma entrevista devolutiva à pessoa, grupo,
instituição atendida ou responsáveis legais.
§ 1º - Na impossibilidade desta se realizar, a(o) psicóloga(o) deve
explicitar suas razões.
§ 2º - Nos demais documentos produzidos com base nesta resolução, é
recomendado à(ao) psicóloga(o), sempre que solicitado, realizar a
entrevista devolutiva.

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