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Proje To S Agro Industria Is Parte 1
Proje To S Agro Industria Is Parte 1
Junho de 2001
Uma Introdução à Preparação e Avaliação e de Projetos Agroindustriais
Parte I – Preparação do Projeto1
Prefácio
1
Traduzido do original em Inglês por Michelle Oliveira.
2
Economista Agrícola, PhD.; Professor do Departamento de Tecnologia de Alimentos da Universidade
Federal de Viçosa; Brasil; e-mail: carthur@ufv.br
1
sucedida. Por estas razões, formulações e análises adequadas tornam-se
instrumentais para o sucesso de qualquer programa de desenvolvimento
agroindustrial.
Este texto tem por objetivo constituir-se em uma ferramenta para orientar
o processo de preparação e avaliação de projetos agroindustriais. Ele
apresenta os conceitos relevantes e descreve procedimentos metodológicos
normalmente seguidos por profissionais, doadores, organizações internacionais
e instituições de crédito, ao prepararem e avaliarem projetos agroindustriais. O
texto é um material auxiliar do software “AgriVenture”, distribuído pela Food
and Agriculture Organization (FAO) da Organização das Nações Unidas (ONU),
como parte de seu projeto de disponibilizarão de acesso ao conhecimento
denominado INPhO (www.fao.org/inpho).
2
Introdução à Avaliação e Preparação de Projetos Agroindustriais
Parte I – Preparação do Projeto
1. Introdução
3
trabalho da indústria agroprocessadora é "...transformar produtos originados da
agricultura, floresta e pesca." Enquanto esta publicação apresenta outras
classificações e especificações para este tipo de atividade econômica, ela
adverte que devido a recentes desenvolvimentos em tecnologias e processos,
a separação clara do que pode ser considerado somente indústria do que deve
ser visto como uma agroindústria tem se tornado complexo. Esta preocupação
é relevante, principalmente no setor não alimentício, no qual as cadeias de
produção, que convertem matérias-primas básicas em produtos finais podem
ser muito longas e envolverem variadas transformações.
4
um projeto agroindustrial seja preparado e avaliado por uma equipe
multidisciplinar que considere os aspectos abaixo relacionados.
- Sazonalidade
5
- Perecibilidade
- Variabilidade
6
- restrições tecnológicas que favorecem a localização da fábrica próxima
às fontes de matéria-prima (instalação em áreas rurais, onde a infra-
estrutura pode ser precária);
7
2.2. A necessidade de uma equipe interdisciplinar e de uma visão
sistêmica
8
não estão claramente definidos.
___________________________
2
GITTINGER (12) adota um ciclo composto por 5 estágios: identificação, preparação e análise, avaliação, e
avaliação retrospectiva. Certamente, as 3 fases iniciais correspondem ao estágio de pré-investimento
discutidos neste texto
7
programas internacionais que favorecem os investimentos no setor e a
atratividade das perspectivas de demanda para produtos processados, entre
outros. Agencias de incentivos a investimentos nos níveis federal e estadual
constituem uma fonte de informação comum que podem ser úteis no estágio de
identificação.
10
estes 2 termos é bastante sutil e é comum encontrar diferentes interpretações
para seus limites e objetivos. Tipicamente, ambos terão as mesmas estruturas
básicas, cobrindo informações de mercados, questões tecnológicas,
especificações de localização, estimativas do investimento, dos custos, das
receitas e dos lucros. Como citado anteriormente, o nível de detalhes e
aprofundamento da análise será o fator diferenciador.
11
O relatório da avaliação conclui a fase de pré-investimento. Neste ponto
uma decisão é tomada quanto a implementação ou não do projeto, isto é, se deve-
se iniciar ou não a fase de investimento.
12
dispostos a comprar; quando, onde e a que preço. Além disso, deve-se ter
informação sobre os competidores, tanto os atuais quanto os potenciais.
3.1.1. Demanda
13
selecionar os tipos e quantidades de produtos que irão proporcionar o nível
máximo de seu bem estar, ou, em termos econômicos, o nível máximo de
utilidade.
14
elasticidade unitária. Note que na visão da relação negativa entre preço e
demanda, as elasticidades estimadas serão negativas. Portanto, devemos
desconsiderar o sinal quando comparamos o valor calculado a uma unidade, ao
estabelecermos se um bem é elástico ou inelástico.
15
Matematicamente temos
Na maior parte dos casos, Ey será positiva, mas sabe-se que seu valor
varia de acordo com o intervalo de renda. No caso de alimentos, é esperado que
ocorra redução com o aumento de renda. Consequentemente, o uso de
elasticidades renda na análise de mercado deve ser feito com cautela,
principalmente quando se deseja estimar a demanda futura para determinada
estimativa do crescimento de nível de renda esperado.
16
Elasticidades cruzadas de demanda expressam a relação entre variação de
preço de um artigo com a variação de demanda de um outro artigo.
Matematicamente temos
Tabela 1
Exemplos de Elasticidade
Produto Elasticidade Elasticidade
Preço Renda
Carne bovina -1.66 0.29
Carne de Carneiro -1.42 0.57
Carne Suína -1.03 0.13
Frango -0.90 0.18
Peixe -0.67 -
Fontes: * YOUNG e BURTON (21)
** DAHL e HAMMOND (8)
Preços e renda são apenas duas das variáveis que influenciam demanda;
há outras que também devem ser consideradas no estudo de mercado:
17
- Uma vez que a demanda total de mercado é a soma das escolhas
individuais dos consumidores, é importante saber o número de
consumidores, suas idades, localizações e a taxa de crescimento
populacional. Estes tipos de informações podem, geralmente, ser
encontradas em agências estatísticas do governo e departamentos de
planejamento;
- Fatores sócio-culturais
- Sabe-se que atributos culturais, tais como religião, formação étnica e
nacionalidade, afetam a demanda, principalmente no caso de produtos
agroindustriais. As quantidades e os tipos de alimentos consumidos, por
exemplo, variam consideravelmente entre regiões culturalmente
diferenciadas. Além disso, padrões de consumo podem mudar durante o
ano, determinados por datas religiosas ou outras festividades culturais e
costumes.
- Fatores Geográficos
- Fatores específicos de localização, clima, paisagem, proximidade em
relação ao litoral, altitude, são conhecidos por afetarem o tipo e a
quantidade dos produtos consumidos. Este aspecto torna necessária a
separação da análise de mercado em uma base regional.
18
3.2.1. Identificação das informações disponíveis
19
Policy Research Institue (www.ifpri.org). O Rabobank (www.rabobank.com), uma
instituição financeira privada, que tem forte presença no agronegócio
internacional, também apresenta um site bastante útil.
Cap = P + I – E
onde,
Cap = consumo aparente
P = quantidade produzida
I = importações
E = exportações
20
um dado ano, então o consumo aparente torna-se um substituto aceitável do
consumo efetivo.
Através da combinação entre a estimativa do consumo aparente e dados da
população, podemos calcular estimativas do consumo per capita, os quais são
particularmente úteis para propósitos de comparação. Por exemplo, comparando-
se o consumo per capita de itens alimentícios com a quantidade diária
recomendada, pode-se ter uma noção do potencial de crescimento do mercado
devido a aumentos na renda. A tabela 2 mostra algumas estimativas do consumo
de carne bovina no Brasil, em base per capita.
TABELA 2
Série de dados de tempo sobre o Consumo Per-capita de Carne Bovina:
Brasil (1987 – 1998)
Consumo Per-capita
Ano (kg/ habitante / ano)
1987 33.4
1988 27.6
1989 33.8
1990 34.6
1991 35.7
1992 26.8
1993 34.6
1994 35.4
1995 37.9
1996 39.5
1997 37.3
1998 38.3
21
A seqüência de dados de consumo apresenta importantes informações
sobre a evolução do mercado de um produto e é particularmente útil no cálculo de
taxas de crescimento do mercado. Dados sobre estas taxas, principalmente
quando comparados, de forma apropriada, com dados de população ou
crescimento da renda, facilitam as previsões de comportamentos futuros da
demanda, como será discutido no próximo item.
22
3.2.3.1. Análise Quantitativa
Figura 1
Consumo Per-capita de Carne Bovina no Brasil (1987-1998)
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
1985 1990 1995 2000
23
Taxas de crescimento podem ser usadas como outra ferramenta simples de
previsão. Elas são calculadas a partir de dados observados ou estimados por
análise econômica ou por julgamento do analista. O cálculo de uma taxa de
crescimento geralmente seguirá a fórmula exponencial Dt = Do (1 + i)t , onde Dt é a
demanda prevista para o período futuro t, Do representa o nível de demanda atual,
e i a taxa de crescimento.
I = θ + N • Ey
onde,
I = taxa de crescimento da demanda
θ = taxa de crescimento populacional
n = taxa de crescimento da renda per capita
Ey = elasticidade-renda da demanda
24
taxa de crescimento populacional = 1,2% ao ano
taxa de crescimento da renda per capita = 2,76% ao ano
elasticidade-renda = 0,5
podem ser estimadas por métodos econométricos e usados para prever D para
vários períodos futuros. Para obter mais informações sobre o tratamento causal e
outras técnicas quantitativas de previsões, o leitor interessado é estimulado a
consultar as referências de análise de mercado e preço listadas na bibliografia
deste trabalho.
Haverá situações nas quais o analista terá que contar com métodos
qualitativos para estimar níveis futuros de demanda. Este caso é especialmente
justificado pela ausência de dados seqüenciais ao longo do tempo que sejam
confiáveis. Neste tipo de situação, podemos basear nossas previsões em opiniões
e julgamentos fundamentados, chegando a estimativas razoavelmente aceitáveis.
25
tendências de mercado, taxas de crescimento da demanda esperadas, e outras
informações. As estimativas são compiladas e retornadas aos especialistas, para
os quais pede-se avaliá-las novamente, desta vez levando-se em consideração
todas as estimativas dos outros especialistas. Esse processo de reavaliação é
repetido até que se atinja um senso comum. Como os participantes responsáveis
pelas estimativas não são identificados, os mesmos não são influenciados por
muitos fatores subjetivos, tais como reputação individual ou posição hierárquica no
grupo, o que contribui para minimizar alguns tipos de preconceitos ou propensões.
26
Em resumo, técnicas qualitativas oferecem procedimentos relativamente
simples e eficientes que auxiliam o processo de previsão de mercado. Detalhes
sobre os métodos discutidos acima podem ser encontrados em FERRIS (11).
27
Concluindo, a análise de mercado fornece uma avaliação do potencial de
venda para o produto agroindustrial em questão. Além disso, se devidamente
desenvolvida, ela constituirá uma base para o estabelecimento do plano de
marketing da empresa. Considerando esta importância, o leitor deve checar a lista
abrangente proposta por compreensão de AUSTIN (1) com questões de análise
de mercado antes de avançar nos próximos passos da preparação do projeto.
28
alimentício, a necessidade de prazos de entrega estáveis vem se tornando um
pré-requisito para os canais de distribuição, já que as principais cadeias de
supermercados e varejistas ganham crescente poder de mercado no mundo todo.
Até mesmo em canais de distribuição menos sofisticados, a necessidade de
manter parcelas de mercado requer regularidade na produção e nos cronogramas
de atendimento de mercado.
29
4.2. Quantidade, qualidade e custos
30
características não são afetadas somente pelas variedades de plantas e raças de
gado, mas também por tecnologias agrícolas, práticas de manuseio pós-colheita, e
logística.
Por fim, deve-se observar que por discutida apenas uma lista parcial de
fatores que influenciam os custos da matéria-prima. Cada tipo de matéria-prima
agrícola tem suas próprias peculiaridades, e existem muitos acordos diferentes de
sua aquisição.
31
4.3. Acordos alternativos de suprimento
32
Enquanto que uma evidência interessante indica que a indústria agro-
processadora prefere adquirir a matéria-prima em mercados de pronta entrega, a
integração de agroindústrias com produtores através de acordos contratuais é
freqüentemente defendida como um meio eficiente de assegurar a entrega de
matérias-primas atendendo exigências de qualidade, tempo e custo. Em alguns
países e para alguns tipos de agroindústrias, contratos de integração são uma
forma de crescente importância na coordenação vertical. Nos Estados Unidos,
92% de todas as operações do setor avícola utilizam contratos de integração. Esta
cifra atinge 88% para hortaliças processadas, 55% para batatas, e 11% para
suínos. No Brasil, a grande maioria das agroindústrias de frango opera sob
contratos de integração, que são freqüentemente feitos com pequenos produtores.
Esses contratos geralmente exigem que a indústria forneça insumos e assistência
técnica aos produtores, enquanto que estes são responsáveis por investir em
infraestrutura e equipamento e gerenciar o processo produtivo. Um rígido controle
dos processos tecnológicos e administrativos garante uma produção de frangos
que satisfaça os critérios de tamanho e qualidade durante um período previamente
especificado, sob frações otimizadas de ganho de peso por unidade de ração
consumidora. Essa integração contratual é vista como uma força principal atrás da
vantagem competitiva do setor avícola brasileiro sobre carnes substitutas nos
mercados interno e externo (16).
33
Econômico (14). Os quadros 1 e 2 abaixo foram preparados para ilustrar as visões
atuais sobre as vantagens e desvantagens dos contratos de integração para a
unidade agroindustrial e para os fazendeiros.
QUADRO 1
Vantagens e Desvantagens de Contratos de Integração para Produtores
Vantagens
Contratos de integração garantem um mercado para os produtos oriundo das fazendas.
Contratos fornecem maior estabilidade de renda e redução de riscos, especialmente no
caso de atividades de curto ciclo.
Contratos favorecem a produção de culturas e de um animal com maior valor comercial.
Assistência técnica é garantida, permitindo melhor qualidade e produtividade.
Há maior acesso a tecnologias modernas de produção e administração, as quais podem
freqüentemente ser transferidas a outras atividades da fazenda.
O número de decisões a serem tomadas é reduzido, principalmente aquelas relativas à
aquisição e aplicação de insumos agrícolas.
Acesso a crédito agrícola é facilitado.
A necessidade de capital de giro é reduzida.
Sub-produtos e resíduos podem ser usados na propriedade ou vendidos para mercados
locais.
Desvantagens
Dependência excessiva de um único comprador
A empresa de integração pode usar seu domínio tecnológico para influenciar preços e/ou
prazos de entrega de produtos. Dietas de alimentação animal, por exemplo, podem ser
ajustadas para acelerar ou retardar os ciclos de crescimento, afetando os retornos dos
produtores indiretamente.
Contratos freqüentemente não são transparentes, particularmente com relação a questões
de pagamento.
Contratos limitam a flexibilidade do produtor, especialmente com relação ao ajuste do mix
de produtos agrícolas às oportunidades de mercado.
Práticas agrícolas tradicionais podem ser abandonadas, o que causa dificuldades no ajuste
a antigos padrões de produção caso a integração falhe.
Produtores podem perder contato direto com seus mercados tradicionais.
O contrato apresenta um potencial de indução à monocultura. Isto aumenta a dependência
com a indústria integradora, e também reduz a diversidade de produção, favorecendo a
vulnerabilidade a doenças e causando degradação do ambiente.
34
QUADRO 2
Vantagens e Desvantagens de Contratos de Integração para Agroindústrias
Vantagens
Riscos de instabilidade de suprimento de matéria-prima são reduzidos.
Planejamento da produção agroindustrial é feito com maior eficiência através do
melhoramento dos prazos de entrega das matérias-primas.
Se for o caso de empresas integradas verticalmente, a mudança para integração contratual
transfere alguns riscos de produção para os produtores. Problemas relacionados à mão-
de-obra também são reduzidos e os custos de insumos agrícolas podem ser bastante
reduzidos através de economias de escala nas suas aquisições. Além disso, a quantia de
capital imobilizado na terra e outros bens de produção é reduzido. Custos de controle de
produção também diminuem.
Há um aumento no controle da qualidade do produto. Isto favorece a eficiência do
processamento e permite melhor serviço ao consumidor.
Elevações no nível de produção em uma certa área são mais facilmente alcançadas
através de contrato.
Introdução de tecnologias melhoradas é favorecida.
Acesso ao crédito e incentivos do governo ou subsídios é aumentado.
Desvantagens
Há um risco de quebra contratual, especialmente quando as instituições são fracas. Se os
preços de mercado são maiores que os preços do contrato, e se este último é difícil ou
impossível de ser executado, os produtores podem não cumprir suas obrigações para com
a firma.
Risco de mau uso de insumos fornecidos. Os produtores podem utilizar rações,
fertilizantes, e outros insumos em atividades que não sejam aquelas especificadas nos
contratos.
Risco de roubo dos produtos. Os produtores podem reter porções da produção contratual
para o consumo próprio ou para venda no mercado.
Perda da flexibilidade operacional. Adequação às oportunidades de mercado pode ser
retardada devido a obrigações contratuais em progresso.
Alguns custos de transação são aumentados, já que as indústrias devem lidar com grande
número de fornecedores em termos individuais.
A imagem da empresa pode ser danificada por preconceitos do público em relação aos
contratos de integração. Em algumas áreas, a impressão geral é que os produtores são
explorados pela agroindústria.
35
4.4. Aquisição de insumos adicionais
36
modo que o risco de falta de estoque seja minimizado. Freqüentemente, isto
implicará em maiores lotes de compra, altos estoques e outras pressões sobre a
necessidade de capital de giro.
5. Aspectos tecnológicos
37
A escolha da tecnologia do processamento tem profundas implicações na
viabilidade de uma agroindústria. O processo selecionado afetará, diretamente, as
necessidades de investimento e a qualidade do produto final e custos. Além disso,
como a tecnologia pode vir a ser o fator diferenciador no ambiente competitivo,
essa escolha é um elemento estratégico, chave na sobrevivência do negócio a
longo prazo.
38
intensiva em relação às mais modernas alternativas intensivas, intensivas em
capital, devem ser averiguadas, tanto em termos de qualidade do produto quanto
de custos. Para alcançar isto, deve-se identificar os tipos e níveis de tecnologia
utilizados pelos atuais concorrentes e determinar a força dos mesmos.
39
progresso, provavelmente, causará impacto nos processos industriais a médio e
longo prazo. Embora a futurologia é sempre um exercício arriscado e complexo,
os analistas de projeto não podem se dar ao luxo de desconsiderar a avaliação de
previsões tecnológicas. Por este motivo, a seleção do processo tecnológico deve
ser realizado com precaução, caso contrário, a opção recomendada pode estar
obsoleta logo no início.
40
A análise das variáveis acima deve auxiliar na recomendação do
equipamento apropriado para a agroindústria. Para facilitar o processo de
estimativa do investimento (Seção 8), cada tipo de equipamento recomendado
deve ser especificado em detalhes. Essas especificações de equipamentos
também serão requeridas para a determinação do lay-out da planta e para a
estimativa das necessidades de construção.
41
será um simples problema aritmético para estimar as necessidades de matéria-
prima e os custos. Outros coeficientes técnicos irão relacionar quantidades
produzidas com a necessidade de mão-de-obra (ex.: x homem-horas de mão-de-
obra qualificada / litro de leite processado), energia e outros utilidades (exemplo:
kwh de energia elétrica / kg de furta seca; litros de água / litro de suco), ou
embalagem (ex.: Kg de filme plástico / Kg de produto processado). Esses índices
podem ser obtidos pesquisando-se o processo tecnológico na literatura ou através
da consulta com pesquisadores e fabricantes de equipamentos. Além disso, eles
podem ser estabelecidos por experimentos em uma planta piloto.
42
limpeza e manutenção. O lay-out também deve ser influenciado pela legislação do
meio ambiente e da segurança do produto.
43
veículos e pessoas, distâncias exigidas entre prédios, e outras variáveis
associadas com as particularidades da agroindústria em questão. Por exemplo,
abatedouros irão requerer áreas separadas para o confinamento de animais antes
do abate, enquanto que unidades de processamento de cana de açúcar
demandam áreas relativamente grandes para o tratamento de resíduos. Em todos
os casos, a probabilidade de expansão futura deve também ser levada em conta.
Figura 2
Exemplo de um Gráfico de Gantt
Tarefa Semestre 1 Semestre II Semestre III Semestre IV
Aquisição do terreno
Preparação do terreno
Construção
Aquisição dos equipamentos
Montagem dos equipamentos
Testes e início das atividades
44
6. Determinação do tamanho da fábrica
45
restrições são atendidas (figura 3). O tamanho de fábrica recomendado deve
pertencer a este conjunto.
Figura 3
Aspectos a serem considerados na determinação do tamanho da fábrica
Tecnologia
Legislação
Mercado
Opções
viáveis
Financiamento
- Tecnologia do processamento
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obtenção das linhas completas de processamento de um único vendedor ou da
instalação peça por peça de cada equipamento de múltiplos fornecedores. Por
causa da indivisibilidade dos equipamentos, a abrangência de opções de tamanho
irá, provavelmente, seguir um padrão de intervalos irregulares. Este seria o caso
por exemplo se a produção mínima de algum tipo de equipamento de
processamento fosse 1000 litros / dia, e a menor unidade de processamento
disponível apresentasse uma produção de 5000 l / dia – e não 1100 ou 1200 l /
dia. A análise destas opções de tamanhos de linha de processamento fornecerá
um ponto inicial para a consideração das outras 3 restrições de tamanho da
fábrica, que serão discutidas posteriormente nesta seção: finanças, o mercado do
produto, e os regulamentos do governo.
47
Economias de escala existem quando o custo médio de produção cai quando a
produção se eleva. Isto ocorre primariamente porque os custos fixos associados
com o uso de equipamento (manutenção, custos do início do funcionamento,
depreciação) podem ser diluídos em mais unidades de produtos. A seleção de
tamanhos de fábricas alternativos deve levar em conta este aspecto importante.
Economias de escala são alcançadas devido a outras razões também: a
capacidade de obtenção de insumos a custos menores devido ao desconto pelo
volume, a capacidade de redução dos custos de distribuição de produtos por
transportar maiores quantidades, e a capacidade de assegurar uma posição de
barganha mais forte nas negociações de compra e venda.
- Financiamento
48
específicas. Pré-requisitos dos programas também podem determinar um nível
mínimo de patrimônio de investimento pelo grupo de produtores ou estabelecer
um nível máximo de débito para cada membro da família. Através da combinação
dessas exigências, o problema torna-se uma simples questão de estabelecer
níveis mínimos e máximos de investimento para projetos que se ajustem aos
critérios do programa. O mesmo raciocínio ocorre quando se consideram
esquemas de empréstimo mais convencionais.
- Mercado
49
contínua do consumidor para que ele mantenha sua lealdade, seria interessante
optar por uma maior capacidade da indústria, mesmo quando a demanda for
sazonal.
- Legislação
50
7. Análise da localização
A seleção do local é outro problema que pode ser pensado como uma
classe especial de otimização limitada. Uma unidade industrial deve ser instalada
em um local que permita a empresa maximizar seus lucros, em face de todas as
alternativas possíveis de escolha. Como na caso da determinação do tamanho da
fábrica, a decisão não é irrestrita: o processo de seleção será afetado por muitas
considerações técnicas, institucionais, e até mesmos pessoais.
51
A lista abaixo contém um número de fatores locacionais gerais que devem
ser considerados na análise da seleção do local.
52
acima irão favorecer um local próximo aos mercados finais. A independência
locacional aparecerá quando nenhum fator em particular exercer forte influencia
sobre o mercado final ou às fontes de insumos. Tais casos não são comuns no
setor agroindustrial, mas eles podem ser encontrados em outros segmentos da
economia. O fenômeno recente de companhias “ponto com” é um típico exemplo
de firmas que possuem grande liberdade no processo de decisão locacional.
53
TABELA 3
Análise locacional hipotética pelo método de pontuação ponderada
Fatores locacionais Peso Pontuação
Local A Local B Local C
Disponibilidade de matéria-prima 15 80 70 60
Custos de matéria-prima 15 90 80 80
Custos de distribuição 15 60 80 90
Fornecimento de energia 10 100 100 100
Abastecimento de água 6 90 60 100
Infraestrutura de transporte 4 60 70 90
Infraestrutura de comunicação 5 70 80 90
Serviços públicos 10 90 80 70
Incentivos 10 0 100 0
Legislação 70 70 90
Pontuação ponderada 71 79 76
No exemplo acima, o analista atribuiu notas para cada fator em cada local,
seguindo tanto critérios quantitativos quanto qualitativos. As notas quantitativas
podem ser dadas proporcionalmente aos custos, por exemplo, enquanto notas
qualitativas envolverão um certo grau de subjetividade. Para ambos os tipos de
pontuação, seria útil separar os fatores locacionais em um número de sub-fatores
de tal modo que a nota final seja uma média das notas dos sub-fatores. No caso
do fator “serviços público”, por exemplo, a nota final poderia ser a média das notas
para itens como serviços médicos, serviços de educação, segurança pública, etc.
O peso atribuído a cada fator e sub-fator deve ser estabelecido a partir de um
julgamento baseado no conhecimento da importância relativa de cada fator em
relação à viabilidade e sustentabilidade da empresa.
Este tipo de análise pode ser usado para indicar tanto a macro região
quanto o local específico dentro desta. No entanto, pode tornar-se cada vez mais
difícil diferenciar alguns dos fatores locacionais em locais específicos dentro da
macro região. Alguns desses fatores, tais como impostos, incentivos, e legislação,
54
podem ser totalmente indiferenciáveis no nível da micro região.
Conseqüentemente, haverá uma necessidade de reavaliar a importância de cada
fator, antes de incluí-lo no processo de avaliação do nível micro regional.
8. Estimativa do investimento
55
financiar o empreendimento pretendido. Se o nível de fundos disponíveis exceder
a necessidade de recursos financeiros, a quantia requerida de um financiamento
adicional de terceiros deve ser determinada.
Em segundo plano, tem-se o montante e o cronograma de investimentos,
que são componentes chave na construção de fluxos de caixa para análise
financeira. O empreendedor, doadores e fornecedores de empréstimo estarão
interessados em avaliar se este projeto irá gerar retornos suficientes para
assegurar a recuperação do capital investido e querem também saber como a
lucratividade esperada do projeto se compara com investimentos alternativos (ex.:
títulos de dívida pública, cadrnetas de poupança, certificados de depósito
bancário, ações, etc.). Essas preocupações estarão direcionadas para os
resultados da análise financeira, a qual pode ser muito sensível aos níveis e
épocas oportunas de investimento. Finalmente, a estimativa do investimento
também ajudará a separar as despesas financeiras em moedas nacionais e
estrangeiras, uma importante consideração no processo geral de avaliação,
principalmente nos países em desenvolvimento.
O nível de detalhamento requerido para estimar o investimento vai
depender da precisão exigida na análise do projeto. A avaliação e preparação de
um projeto podem ser um esforço custoso e demorado. Por esta razão, a
preparação e a avaliação serão executadas em níveis variados de
aprofundamento, dependendo da quantidade de detalhes necessários para o
processo de decisão. Isto pode exigir somente avaliações simples de oportunidade
de investimento, nos quais informações básicas são obtidas para lançar idéias
para o projeto; ou pode-se exigir que toda a informação para a real implementação
seja fornecida, incluindo o organograma para funções administrativas e as
especificações técnicas para empreiteiros e fornecedores de equipamento.
Como visto na seção 2.3, diferentes autores e instituições usam
terminologias de modo distinto; o nível intermediário da análise, entre o superficial
e o completo, é geralmente referido como um estudo de pré-viabilidade. Neste
nível, produz-se informação suficiente para orientar uma decisão de investimento,
apesar de alguns valores financeiros comprobatórios serem provenientes de
56
procedimentos simplificados de estimativa. Na discussão seguinte, estaremos
primariamente preocupados com este nível intermediário da análise.
- Terreno
Fundos para despesas com aquisição de terreno podem ser facilmente
estimados pela combinação de informações sobre a área necessária com os
preços de venda por unidade. Agências imobiliárias ou governos locais são
algumas das fontes que podem ser consultadas para estes propósitos. Para esta
estimativa básica, deve-se adicionar os custos de preparação do terreno, impostos
de transmissão de propriedade, e quaisquer outros gastos obrigatórios adicionais.
O valor do terreno deve ser levado em consideração mesmo que este já seja
propriedade do empreendedor. Será parte dos seus fundos de ações.
- Edificações
As plantas baixas de edificações podem ser apresentadas a empreiteiros
para obter-se propostas de custos de construção. Alternativamente, estimativas
podem ser calculadas pela aplicação de coeficientes técnicos (taxas uniformes),
que são fornecidos por especialistas, literatura técnica especializada e avaliações
de projetos similares. Essas fontes divulgam custos médios de construção por
metro quadrado para os tipos mais comuns de edificações.
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- Equipamentos
Os fabricantes terão que ser contatados para fornecerem cotações para o
valor do equipamento necessário. Eles devem receber especificações que
detalham as capacidades do equipamento desejado, dimensões, fontes de
energia, e materiais a serem usados na sua fabricação. Além disso, todos os
impostos, seguros, e custos de transporte devem ser incluídos nas cotações.
- Instalações auxiliares
Investimentos em sistemas auxiliares (água, vapor, remoção e tratamento
de esgoto e resíduos, eletricidade, etc.) irão freqüentemente exigir um método
alternativo de estimativa, porque suas especificações não serão, provavelmente,
muito detalhadas no estudo da viabilidade. Se as especificações estão
disponíveis, empreiteiros e especialistas podem ser consultados para estimar os
custos; caso contrário as estimativas serão baseadas em julgamentos subjetivos.
58
Despesas potenciais com instalações auxiliares podem ser associadas aos custos
do equipamento montado, como ilustrado na Tabela 4 abaixo:
TABELA 4
Estimativas de investimentos em instalações auxiliares para projetos
agroindustriais
Item Percentagem do custo do
equipamento montado
Instalações elétricas 10 – 12
Instalações hidráulicas 20 – 30
Pintura e isolamento 3–5
Proteção contra incêndio e outros 1
sistemas de segurança
Linhas externas (electricidade, vapor, 1
encanamentos, etc.)
Outras instalações de suporte 5 – 10
(manutenção, escritório, etc.)
Fonte: INDI-MG – Instituto de Desenvolvimento Industrial do Estado de Minas
Gerais, Brasil.
- Outros itens
Além dos itens listados acima, investimentos serão feitos em outros bens
físicos, incluindo veículos e material de escritório, assim como em itens
intangíveis, como autorização de processos e gastos com a preparação do
projeto. Cotações de preços para veículos e material de escritório são facilmente
obtidos de vendedores e fabricantes locais.
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A estimativas das taxas pagar a título de “ royalties” autorização requer
consulta com os detentores dos direitos de propriedade e o exame de
regulamentos governamentais, incluindo leis tributárias e restrições de câmbio. As
despesas com a preparação do projeto são tipicamente estimadas entre 5 e 10 %
dos custos totais de investimento, dependendo da complexidade do projeto e do
nível de detalhamento exigido. Finalmente, uma reserva para contingências de
outros 5 a 10% será normalmente acrescentada à estimativa à estimativa total do
investimento fixo.
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A estimativa do capital de giro de um projeto agroindustrial requer
informações tanto sobre especificações técnicas quanto sobre os planos
operacionais, incluindo políticas de venda e a organização da função de aquisição
de matéria-prima e insumos. Os itens seguintes deverão ser considerados:
- Estoques de matéria-prima
Um nível adequado de estoque deve ser mantido para evitar o risco de
escassez de matéria-prima levando a uma estagnação da produção. Este nível
será estabelecido de acordo com as características das matérias-primas
específicas, suas estruturas de fornecimento, e os respectivos roteiros de
processamento. Foi visto que matérias-primas agroindustriais são altamente
perecíveis e sujeitas à sazonalidade. Enquanto que os materiais perecíveis não
podem ser mantidos em armazenamento por longos períodos, por outro lado a
sazonalidade pode demandar a manutenção de elevados níveis de estoques para
alguns materiais. O analista terá que examinar essas forças opostas para
determinar o nível de estoque desejado Como princípio geral, o nível de estoques
deve ser mantido o mais baixo possível, de modo a minimizar a imobilização de
recursos no capital de giro.
61
estabelecida e o número de dias que os insumos armazenados atenderão a
necessidade da produção é determinado, levando-se em conta aspectos como a
regularidade do suprimento, tempo esperado entre a colocação do pedido e a
entrega e outras preocupações do gerenciamento de estoque.
62
venda, programação da produção, e outras considerações relacionadas ao
mercado. Eles devem ser calculados com base no custo dos produtos.
- Contas a receber
Políticas de venda podem exigir que seja prolongado o crédito aos
compradores dos produtos. Os termos de venda podem permitir pagamentos
adiados para períodos de 15, 30, ou mais dias. Se este for o caso, a empresa
agroindustrial terá que imobilizar recursos para financiar a concessão de créditos
aos seus clientes. A estimativa da necessidade de capital de giro correspondente
requer que os produtos sejam estimados quanto aos custos de produção,
excluindo-se a depreciação.
- Dinheiro em caixa
Para cobrir as despesas operacionais de curto prazo de operação diária, as
empresas precisam de dinheiro prontamente disponível. BEHRENS &
HAWRANECK (2) indicam que as necessidades de caixa podem ser estimadas
com base nos custos anuais de mão-de-obra, despesas gerais com a fábrica e
administração, assim como os custos imediatos de marketing. Um procedimento
de estimativa simplificado considera que as necessidades de caixa são iguais aos
custos de mão-de-obra por 30 dias (INDI-MG).
- Contas a pagar
Todos os itens já discutidos nesta seção são adicionados às exigências de
capital de giro. Contas a pagar, por outro lado, reduzem estas necessidades. Elas
compreendem todas as concessões de crédito oferecidas pelos fornecedores de
insumos e matérias-primas. Unidades de processamento de leite constituem um
bom exemplo de uso do crédito do fornecedor. Freqüentemente, os laticinistas
recebem leite dos produtores diariamente ou em dias alternados, mas pagam a
eles somente mensalmente. Os produtores, neste caso, estão efetivamente
concedendo crédito de curto prazo para os processadores. A quantia de crédito
63
recebido por fornecedores de matéria-prima e de outros insumos deve ser
estimada e computada como um item que reduz o capital de giro.
- Descontos bancários
Em algumas economias, procedimentos bancários permitem às companhias
converterem suas contas a receber em concessões de créditos a curto prazo,
deste modo reduzindo a necessidade de capital de giro. A receita de uma empresa
e outros documentos de transações de venda podem ser levados a um banco e
trocados por fundos a um valor nominal menos um desconto. Por exemplo, se um
banco oferece 0,95 unidades monetárias de crédito para cada unidade monetária
das contas a serem recebidas por uma empresa, uma taxa de juros de 5% seria
imposta para esta negociação. Quando operações como estas são possíveis, a
quantidade de crédito obtida poderia entrar como um componente negativo na
computação total das exigências de capital de giro.
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TABELA 5
Estimativa das necessidades de capital de giro para uma fábrica de
produção de queijo de pequena escala
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método de engenharia-econômica, tendo em vista à sua simplicidade e largo uso
em projetos agroindustriais.
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Na seção 5, o cálculo dos coeficientes técnicos foi discutido. Eles são
expressos em unidades de insumos necessários para produzir uma unidade do
produto final. Para matérias-primas, esses coeficientes têm que ser multiplicados
pelos respectivos preços de aquisição (Seção 4). O resultado será a porcentagem
dos custos de matéria-prima em relação ao custo do produto final, o que, no caso
de agroindústrias, será provavelmente uma proporção considerável.
Conseqüentemente, deve-se tomar uma atenção especial à confiabilidade dos
coeficientes técnicos e dos preços de aquisição usados na estimativa do custo do
produto final.
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No caso da eletricidade, o consumo de energia para cada item de equipamento
deve ser estabelecido e relacionado ao nível de utilização no processo produtivo.
Em ambos os casos, as estimativas dos custos de utilidades dependerão das
informações fornecidas por especialistas em processamento que contribuírem
para o esforço de preparação do projeto.
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propriedade, seguro de edificações, direitos fixos de patente e outras taxas de
licenciamento e depreciação.
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9.3. Alocação de custos fixos e outros custos indiretos aos produtos
Logo que todos os itens de custo estiverem sidos calculados, eles devem
ser alocados aos produtos específicos do projeto. Os custos diretos, como já foi
visto, são facilmente atribuídos aos produtos individualmente. Já os fixos e outros
custos indiretos, irão requerer um método de alocação indireto.
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“critérios de contribuição econômica” garantem que produtos com maiores
rendimentos sejam alocados com as maiores parcelas dos custos indiretos totais
do que aqueles com menores participações.
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de juros, períodos de reembolso a longo prazo, investimento direto do governo e/
ou outras condições favoráveis, os elaboradores de políticas tentam elevar a
atratividade de um investimento particular para um certo empreendedor. Portanto,
uma preocupação inicial quanto a determinação de um arranjo financeiro ótimo é
identificar o âmbito de opções disponíveis. Financiadores privados em potencial,
governos, organizações internacionais, agências de desenvolvimento e agências
de promoção de investimentos são algumas das fontes que podem ser
consultadas, para este propósito.
72
pelo qual as ações podem ser distribuídas dependerá da legislação financeira
específica do país. Elas podem ser emitidas como ações ordinárias ou
preferenciais; as primeiras são típicas concessões de direitos plenos de voto e
pagamento de dividendo dependente de lucro, e a segunda constitui uma
concessão normal apenas parcial ou sem direito a votação, e o pagamento de um
dividendo ao menos parcialmente independente dos lucros (2).
Rde= L / Q
onde
Rde= Relação dívida/ capital próprio
L = empréstimos a longo prazo
Q= Capital próprio investido
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principais vantagens são que as taxas de juros de empréstimos podem ser abaixo
da lucratividade esperada do projeto, e o pagamento de juros pode ser deduzido
dos impostos. Por outro lado, as desvantagens de uma posição altamente
alavancada são:
- os juros têm que ser pagos independentemente do projeto lucrar ou não.
- o gerenciamento financeiro pode tornar-se árduo se o pagamento de
empréstimos anuais se aproximam dos custos anuais de depreciação
- a interferência do financiador tende a tornar-se excessiva caso a relação
dívida/recursos próprios aumente.
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suficientemente favoráveis, pode ser desejável maximizar o montante de capital
emprestado e utilizar qualquer fundo excedente em investimentos alternativos.
Para determinar os méritos de qualquer arranjo de crédito, os indicadores da
análise financeira do projeto discutidos na seção 12 deverão ser avaliados.
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Uma consideração adicional quando se analisa um arranjo de
financiamento é a exigência do credor de uma garantia, ou seja, um valor
imobiliário posto à sua disposição como garantia paralela de pagamento da dívida.
No sentido de minimizar a probabilidade de perdas devido a empréstimos ruins,
concessores de empréstimo exigirão algum tipo de caução. Este pode ser na
forma de bens fixos, avais do governo, ou quaisquer outros recursos que possam
ser usados para ressarcir os danos de uma possível inadimplência no empréstimo.
Quanto mais severas as políticas do investidor a este respeito, mais difícil pode se
tornar o acesso a fontes de financiamento.
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