DO SUL
Faculdade de Engenharias, Arquitetura e
Urbanismo e Geografia - FAENG
Campo Grande/MS
25/06/2021
SUMÁRIO
RESUMO ........................................................................................................................... 3
INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3
2.1 MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS ................................................................. 4
2.1.1 CIRCUITO EQUIVALENTE .............................................................................. 5
2.1.2 GAIOLA DE ESQUILO ...................................................................................... 7
2.2 CONTROLE DE VELOCIDADE DO MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO ......... 7
2.2.1 VARIAÇÃO DA FREQUÊNCIA ........................................................................ 8
2.2.2 VARIAÇÃO DO NÚMERO DE POLOS ............................................................ 9
2.2.3 VARIAÇÃO NA RESISTÊNCIA ROTÓRICA .................................................. 9
2.2.4 VARIAÇÃO NA TENSÃO TERMINAL .......................................................... 10
2.3 CONTROLE ESCALAR ........................................................................................... 11
2.3.1 CONTROLE ESCALAR EM MALHA ABERTA ............................................ 12
2.3.2 INVERSORES ................................................................................................... 14
2.3.3 MODULAÇÃO POR LARGURA DE PULSO ................................................. 15
OBJETIVOS ..................................................................................................................... 16
DESENVOLVIMENTO ................................................................................................... 16
4.1 PARÂMETROS DO SISTEMA ............................................................................... 16
4.2 MONTAGEM E SIMULAÇÃO DO SISTEMA ....................................................... 20
4.3 RESULTADOS DA SIMULAÇÃO .......................................................................... 23
4.3.1 TENSÃO DA FONTE ........................................................................................ 23
4.3.2 TENSÃO APÓS RETIFICADOR ...................................................................... 24
4.3.3 TENSÃO DE COMANDO ................................................................................ 25
4.3.4 MODULAÇÃO PWM ........................................................................................ 25
4.3.5 TENSÃO DE LINHA NA MÁQUINA ............................................................. 26
4.3.6 TORQUES NA MÁQUINA............................................................................... 27
4.3.7 VELOCIDADE DE SAÍDA ............................................................................... 28
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 29
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 30
RESUMO
INTRODUÇÃO
Figura 2: Visão Explodida de um Motor Trifásico - Ref. W22 IR3 Premium WEG
Fonte: WEG
De fato, o motor gira devido a diferença entre a a velocidade do campo girante gerado
no estator e a velocidade do rotor. Sem essa diferença, não haveria variação no fluxo da máquina
e o motor não iria girar.
A partir dessas informações, pode-se definir a velocidade síncrona do motor, que é
calculada a partir da velocidade angular do campo girante, conforme a equação:
𝑓
𝑛𝑠 = 120.
𝑝
Com essa equação, é possível traçar a curva característica da operação de um motor CA,
apresentada na figura 4 abaixo:
Vale ressaltar que o controle de velocidade bem sucedido não deve se limitar a apenas
uma dessas técnicas, como é o caso das técnicas de controle escalar.
3. 𝑹𝒓 𝑉𝑠 ²
𝑇𝑚 =
𝑹 2
𝑠. 𝜔𝑠 . [(𝑅𝑠 + 𝑠𝒓 ) + (𝑋𝑠 + 𝑋𝑟 )2 ]
Então, é possível verificar da equação acima que o torque desenvolvido está relacionado
com a resistência. Embora ao variar o torque a velocidade síncrona não seja afetada, tal método
pode ser utilizado em operações que exijam torques elevados na partida ou partidas frequentes,
com um custo em eficiência já que haverá aumento em perdas devido ao aumento da resistência.
A figura 7 a seguir ilustra uma família de curvas torque x velocidade para o método de
variação na resistência rotórica.
Figura 7: Curva torque x velocidade - variação de Rr
Porém, ao analisar a curva torque x velocidade desse método, ilustrada na figura xx,
pode-ser verificar que haverá uma redução no torque, que será proporcional ao quadrado da
tensão, fazendo com que em determinadas aplicações isso inviabilize a utilização desse método.
Vale ressaltar que não se pode variar a tensão acima da nominal, somente abaixo.
A figura 8 abaixo ilustra uma família de curvas torque x velocidade para o método de
variação da tensão.
Figura 8: Curva torque x velocidade - variação da tensão
O controle escalar, alvo de estudo desse artigo, se utiliza de duas técnicas já apresentadas
anteriormente: a variação da tensão e da frequência. A estratégia do método é variar ambas as
grandezas de forma a manter a relação entre elas, de forma que se possa manter o fluxo
constante na máquina. A equação do abaixo ilustra essa relação:
𝐸𝑎 𝐸𝑎
= 4,44. 𝑘𝑤 . 𝑁𝑓𝑠 . 𝜙𝑝𝑖𝑐𝑜 → = 𝑘. 𝜙𝑝𝑖𝑐𝑜
𝑓 𝑓
Como o torque é proporcional ao fluxo, até os valores de velocidade síncrona, obtida na
tensão nominal e frequência nominal, o torque se mantém constante. Acima dessa velocidade,
uma vez que não é possível elevar a tensão proporcionalmente à elevação da frequência, o
torque é reduzido e a máquina entra na região de enfraquecimento de campo, conforme a família
de curvas ilustrada na figura 9:
Figura 9: Curva torque x velocidade - Controle Escalar
10
No circuito de comando, tem-se que é enviada definida uma curva comm o perfil de
velocidade desejado em (1), sendo que esse perfil é enviado tanto a um ganho G em (2) tanto a
um integrador (3), para que seja somado à tensão de boost inicial (4) e integrado para retornar
o ângulo pois como se sabe, ao integrar a velocidade angular resulta na posição angular
∫ 𝜔. 𝑑𝜃 = 𝜃
resultando na tensão de referência em (5), que será então enviada ao inversor (6) para
ser comparada com uma modulante e gerar o sinal PWM que irá modular a tensão enviada ao
motor.
Do lado do circuito de potência, tem-se a tensão da rede (7) sendo passada por um
retificador a diodos em (8) e um filtro (9), para obtenção de uma tensão contínua.
Por fim, o inversor fará a modulação da tensão do circuito de potência com o sinal PWM
modulado conforme o perfil de velocidade desejado, e irá aplicar essa tensão no motor (10).
2.3.2 INVERSORES
Fonte: WEG
Modulação por largura de pulso (PWM – Pulse Width Modulation) é uma estratégia de
chaveamento que permite efetuar o controle de circuitos analógicos através de sinais digitais,
que irão modular o ciclo de trabalho de um sinal analógico.
Para efetuar esse tipo de controle é necessário um sinal modulante, geralmente o sinal
analógico que se deseja modular e uma portadora, que contém a informação de chaveamento,
como frequência e ciclo de trabalho (duty cycle). A figura 13 ilustra um dos tipos de modulação,
conhecido como modulação Senoidal - PWM, sendo a modulante um sinal senoidal e a
portadora um sinal triangular:
DESENVOLVIMENTO
Fonte: Autores
Fonte: Autores
Fonte: Autores
Fonte: Autores
Figura 18: Modelo Completo do Inversor
Fonte: Autores
Fonte: Autores
Fonte: Autores
Fonte: Autores
Fonte: Autores
Após definição dos blocos construtivos do sistema, o mesmo foi montado seguindo o
diagrama de subsistemas apresentado na figura xx. Os dados da simulação foram inseridos a
partir do código abaixo:
%Dados do algoritmo de simulação% %Dados do motor%
p_sim = 10e-6; % Passo de Poles = 4; % Número de polos
simulação V_nom = 230; % Tensão nominal RMS
f_nom = 60; % Frequência nominal
%Dados da fonte%
vp_in = 220*sqrt(2); % Tensão pico %Dados do controlador%
fase-neutro V_boost = 0.05*V_nom; % Tensão de
f_in = 60; % Frequência partida para o motor
2
8
4 5
1
3
6 7
Fonte: Autores
4.3 RESULTADOS DA SIMULAÇÃO
Através do código do anexo I, foram gerados os gráficos para análise dos resultados da
simulação, que serão apresentados na sequência:
Fonte: Autores
Conforme esperado, a tensão da fonte foi definida como 3Ø220 VAC RMS de fase e ao
analisar o gráfico da figura 24, é possível verificar que está correto, sendo que:
𝑉𝑝 = 𝑉√2 = 220. √2 = 311,27 𝑉
4.3.2 TENSÃO APÓS RETIFICADOR
3
1
Fonte: Autores
Pode ser verificado que a tensão retificada é aproximadamente 538 V. Para confirmar
essa informação, temos que:
Fonte: Autores
Fonte: Autores
Fonte: Autores
Fonte: Autores
É possível verificar a diferença na tensão enviada para a máquina nos diferentes intervalos de
tempo, assim como verificar um transitório no instante 6 segundos devido a queda abrupta da
velocidade.
Fonte: Autores
Como os parâmetros do circuito elétrico são dados, pode-se reduzir a equação acima a
𝑉𝑠 ²
𝑇𝑚 = 0,1398.
𝜔𝑠
Fonte: Autores
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pela observação dos aspectos vistos no projeto, é possível concluir que o controle
escalar foi e ainda é de grande importância dentro do universo do acionamento eletrônico de
motores, principalmente por sua simplicidade de implementação e de conceitos
O principal inconveniente do controle escalar em malha aberta é o erro em regime
permanente proveniente do escorregamento do eixo do rotor em relação à velocidade síncrona.
Esse problema pode ser contornado com a malha fechada ou mesmo um sistema de estimação
de escorregamento.
Este trabalho permite ao acadêmico visualizar com detalhes como funciona cada parte
do acionamento eletrônico de um motor de indução, auxiliando de forma significativa no
armazenamento dos conceitos absorvidos nas aulas teóricas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS