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nho de suas atribuições institucionais; (Incluído pela Lei de Defensor Público Federal e editar os respectivos regulamentos;
Complementar nº 132, de 2009). (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
XX – apresentar plano de atuação da Defensoria Pública XIII - recomendar correições extraordinárias;
da União ao Conselho Superior. (Incluído pela Lei Com- XIV – indicar os 6 (seis) nomes dos membros da classe mais
plementar nº 132, de 2009). elevada da Carreira para que o Presidente da República no-
Parágrafo único. Ao Subdefensor Público-Geral Federal, meie, dentre esses, o Subdefensor Público-Geral Federal e
além da atribuição prevista no art. 7º desta Lei Complemen- o Corregedor-Geral Federal da Defensoria Pública da União;
tar, compete: (Redação dada pela Lei Complementar nº (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
132, de 2009). XV – editar as normas regulamentando a eleição para
I - auxiliar o Defensor Público-Geral nos assuntos de inte- Defensor Público-Geral Federal. (Incluído pela Lei Com-
resse da Instituição; plementar nº 132, de 2009).
II - desincumbir¬se das tarefas e delegações que lhe forem Parágrafo único. As decisões do Conselho Superior serão
determinadas pelo Defensor Público-Geral. motivadas e publicadas, salvo as hipóteses legais de sigilo.
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III - ser recolhido a prisão especial ou a sala especial de cargo público, aos membros da Defensoria Pública da
Estado-Maior, com direito a privacidade e, após sentença União é vedado:
condenatória transitada em julgado, ser recolhido em de- I - exercer a advocacia fora das atribuições institucionais;
pendência separada, no estabelecimento em que tiver de II - requerer, advogar, ou praticar em Juízo ou fora dele, atos
ser cumprida a pena; que de qualquer forma colidam com as funções inerentes
IV - usar vestes talares e as insígnias privativas da Defen- ao seu cargo, ou com os preceitos éticos de sua profissão;
soria Pública; III - receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, ho-
V - (VETADO); norários, percentagens ou custas processuais, em razão
VI - ter vista pessoal dos processos fora dos cartórios e de suas atribuições;
secretarias, ressalvadas as vedações legais; IV - exercer o comércio ou participar de sociedade comer-
VII – comunicar-se, pessoal e reservadamente, com seus cial, exceto como cotista ou acionista;
assistidos, ainda quando esses se acharem presos ou V - exercer atividade político-partidária, enquanto atuar
detidos, mesmo incomunicáveis, tendo livre ingresso em junto à justiça eleitoral.
estabelecimentos policiais, prisionais e de internação coleti-
va, independentemente de prévio agendamento; (Redação SEÇÃO III
dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009). Dos Impedimentos
VIII – examinar, em qualquer repartição pública, autos de Art. 47. Ao membro da Defensoria Pública da União é de-
flagrantes, inquéritos e processos, assegurada a obtenção feso exercer suas funções em processo ou procedimento:
de cópias e podendo tomar apontamentos; (Redação dada I - em que seja parte ou, de qualquer forma, interessado;
pela Lei Complementar nº 132, de 2009). II - em que haja atuado como representante da parte, perito,
IX - manifestar¬se em autos administrativos ou judiciais Juiz, membro do Ministério Público, Autoridade Policial,
por meio de cota; Escrivão de Polícia, Auxiliar de Justiça ou prestado depoi-
X - requisitar de autoridade pública e de seus agentes exa- mento como testemunha;
mes, certidões, perícias, vistorias, diligências, processos, III - em que for interessado cônjuge ou companheiro, parente con-
documentos, informações, esclarecimentos e providências sangüíneo ou afim em linha reta ou colateral, até o terceiro grau;
necessárias ao exercício de suas atribuições; IV - no qual haja postulado como advogado de qualquer
XI - representar a parte, em feito administrativo ou judicial, das pessoas mencionadas no inciso anterior;
independentemente de mandato, ressalvados os casos para V - em que qualquer das pessoas mencionadas no inciso III
os quais a lei exija poderes especiais; funcione ou haja funcionado como Magistrado, membro do
XII - deixar de patrocinar ação, quando ela for manifesta- Ministério Público, Autoridade Policial, Escrivão de Polícia
mente incabível ou inconveniente aos interesses da parte ou Auxiliar de Justiça;
sob seu patrocínio, comunicando o fato ao Defensor Publi- VI - em que houver dado à parte contrária parecer verbal
co-Geral, com as razões de seu proceder; ou escrito sobre o objeto da demanda;
XIII - ter o mesmo tratamento reservado aos magistrados e VII - em outras hipóteses previstas em lei.
demais titulares dos cargos das funções essenciais à justiça; Art. 48. Os membros da Defensoria Pública da União não
XIV - ser ouvido como testemunha, em qualquer processo podem participar de comissão, banca de concurso, ou
ou procedimento, em dia, hora e local previamente ajusta- qualquer decisão, quando o julgamento ou votação disser
dos com a autoridade competente; respeito a seu cônjuge ou companheiro, ou parente consan-
XV - (VETADO); güíneo ou afim em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.
XVI - (VETADO);
Parágrafo único. Quando, no curso de investigação policial, SEÇÃO IV
houver indício de prática de infração penal por membro da Da Responsabilidade Funcional
Defensoria Pública da União, a autoridade policial, civil ou Art. 49. A atividade funcional dos membros da Defensoria
militar, comunicará, imediatamente, o fato ao Defensor Pu- Pública da União está sujeita a:
blico-Geral, que designará membro da Defensoria Pública I - correição ordinária, realizada anualmente pelo Correge-
para acompanhar a apuração. dor-Geral e por seus auxiliares, para verificar a regularidade
e eficiência dos serviços;
CAPÍTULO V II - correição extraordinária, realizada pelo Corregedor-Ge-
Dos Deveres, das Proibições, dos Impedimentos e da ral e por seus auxiliares, de ofício ou por determinação do
Responsabilidade Funcional Defensor Publico-Geral;
SEÇÃO I § 1º Cabe ao Corregedor-Geral, concluída a correição,
Dos Deveres apresentar ao Defensor Publico-Geral relatório dos fatos
Art. 45. São deveres dos membros da Defensoria Pública apurados e das providências a serem adotadas.
da União: § 2º Qualquer pessoa pode representar ao Corregedor-Ge-
I - residir na localidade onde exercem suas funções; ral sobre os abusos, erros ou omissões dos membros da
II - desempenhar, com zelo e presteza, os serviços a seu cargo; Defensoria Pública da União.
III - representar ao Defensor Publico-Geral sobre as irregu- Art. 50. Constituem infrações disciplinares, além de outras
laridades de que tiver ciência, em razão do cargo; definidas em lei complementar, a violação dos deveres fun-
IV - prestar informações aos órgãos de administração su- cionais e vedações contidas nesta Lei Complementar, bem
perior da Defensoria Pública da União, quando solicitadas; como a prática de crime contra a Administração Pública ou
V - atender ao expediente forense e participar dos atos ato de improbidade administrativa.
judiciais, quando for obrigatória a sua presença; § 1º Os membros da Defensoria Pública da União são
VI - declarar¬se suspeito ou impedido, nos termos da lei; passíveis das seguintes sanções:
VII - interpor os recursos cabíveis para qualquer instância I - advertência;
ou Tribunal e promover revisão criminal, sempre que encon- II - suspensão por até noventa dias;
trar fundamentos na lei, jurisprudência ou prova dos autos, III - remoção compulsória;
remetendo cópia à Corregedoria-Geral. IV - demissão;
V - cassação da aposentadoria.
SEÇÃO II § 2º A advertência será aplicada por escrito nos casos de
Das Proibições violação dos deveres e das proibições funcionais, quando
Art. 46. Além das proibições decorrentes do exercício de o fato não justificar a imposição de pena mais grave.
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§ 3º A suspensão será aplicada em caso de reincidência a partir da vigência da lei a que se refere o parágrafo único do
em falta punida com advertência ou quando a infração dos art. 146, observada a existência de prévia dotação orçamentária.
deveres ou das proibições funcionais, pela sua gravidade, Art. 139. É assegurado aos ocupantes de cargos efetivos
justificar a sua imposição. de assistente jurídico, lotados no Centro de Assistência
§ 4º A remoção compulsória será aplicada sempre que a falta Judiciária da Procuradoria¬Geral do Distrito Federal, o in-
praticada, pela sua gravidade e repercussão, tornar incompatível gresso, mediante opção, na carreira de Defensoria Pública
a permanência do faltoso no órgão de atuação de sua lotação. do Distrito Federal e dos Territórios.
§ 5º A pena de demissão será aplicável nas hipóteses Parágrafo único. Serão estendidos aos inativos em situação idên-
previstas em lei, e no caso de reincidência em falta punida tica os benefícios e vantagens previstos nesta Lei Complementar.
com suspensão ou remoção compulsória. Art. 140. Os concursos públicos para preenchimento dos
§ 6º As penas de demissão e cassação da aposentadoria cargos transformados em cargos do Quadro Permanente da
serão aplicadas pelo Presidente da República e as demais Defensoria Pública da União, cujo prazo de validade não se
pelo Defensor Publico-Geral, garantida sempre a ampla tenha expirado, habilitam os aprovados, obedecida a ordem
defesa, sendo obrigatório o inquérito administrativo nos de classificação, a preenchimento das vagas existentes
casos de aplicação de remoção compulsória, suspensão, no Quadro Permanente da Defensoria Pública da União.
demissão e cassação da aposentadoria. Art. 141. As leis estaduais estenderão os benefícios e vantagens
§ 7º Prescrevem em dois anos, a contar da data em que decorrentes da aplicação do art. 137 desta Lei Complementar aos
foram cometidas, as faltas puníveis com advertência, sus- inativos aposentados como titulares dos cargos transformados
pensão e remoção compulsória, aplicando¬se, quanto às em cargos do Quadro de Carreira de Defensor Público.
demais, os prazos previstos em lei. Art. 142. Os Estados adaptarão a organização de suas De-
Art. 51. A qualquer tempo poderá ser requerida revisão fensorias Públicas aos preceitos desta Lei Complementar,
do processo disciplinar, quando se aduzirem fatos novos no prazo de cento e oitenta dias.
ou circunstâncias suscetíveis de provar, a inocência do Art. 143. À Comissão de Concurso incumbe realizar a sele-
apenado ou de justificar a imposição de pena mais branda. ção dos candidatos ao ingresso na Carreira da Defensoria
§ 1º Poderá requerer a instauração de processo revisional Pública da União, do Distrito Federal e dos Territórios.
o próprio interessado ou, se falecido ou interdito, o seu côn- Art. 144. Cabe à lei dispor sobre os órgãos e serviços
juge ou companheiro, ascendente, descendente ou irmão. auxiliares de apoio administrativo, que serão organizados
§ 2º Se for procedente a revisão, será tornado sem efeito o em quadro próprio, composto de cargos que atendam às
ato punitivo ou aplicada a penalidade adequada restabele- peculiaridades e às necessidades da administração e das
cendo-se os direitos atingidos pela punição, na sua plenitude. atividades funcionais da instituição.
Art. 145. As Defensorias Públicas da União, do Distrito Fe-
TÍTULO V deral e dos Territórios e dos Estados adotarão providências
Das Disposições Finais e Transitórias no sentido de selecionar, como estagiários, os acadêmicos
Art. 136. Os Defensores Públicos Federais, bem como os de Direito que, comprovadamente, estejam matriculados
do Distrito Federal, estão sujeitos ao regime jurídico desta nos quatro últimos semestres de cursos mantidos por
Lei Complementar e gozam de independência no exercício estabelecimentos de ensino oficialmente reconhecidos.
de suas funções, aplicando-se-lhes, subsidiariamente, o § 1º Os estagiários serão designados pelo Defensor Publi-
instituído pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. co-Geral, pelo período de um ano, podendo este prazo ser
(Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009). prorrogado por igual período.
Art. 137. Aos Defensores Públicos investidos na função até § 2º Os estagiários poderão ser dispensados do estágio, antes
a data da instalação da Assembléia Nacional Constituinte de decorrido o prazo de sua duração, nas seguintes hipóteses:
é assegurado o direito de opção pela carreira, garantida a a) a pedido;
inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das b) por prática de ato que justifique seu desligamento.
atribuições constitucionais. § 3º O tempo de estágio será considerado serviço público
Parágrafo único. (VETADO) relevante e como prática forense.
Art. 138. Os atuais cargos de Advogado de Ofício e de Art. 146. Os preceitos desta Lei Complementar aplicam¬se
Advogado de Ofício Substituto da Justiça Militar e de Advo- imediatamente aos membros da Defensoria de Ofício da
gado de Ofício da Procuradoria Especial da Marinha, cujos Justiça Militar, que continuarão subordinados, administra-
ocupantes tenham sido aprovados em concurso público de tivamente, ao Superior Tribunal Militar, até a nomeação e
provas ou de provas e títulos e optem pela carreira, são posse do Defensor Publico-Geral da União.
transformados em cargos de Defensor Público da União. Parágrafo único. Após a aprovação das dotações orçamen-
§ 1º Os cargos a que se refere este artigo passam a integrar tárias necessárias para fazer face às despesas decorrentes
o Quadro Permanente da Defensoria Pública da União, nos desta Lei Complementar, o Poder Executivo enviará projeto
seguintes termos: de lei dimensionando o Quadro Permanente dos agentes
I - os cargos de Advogado de Ofício Substituto da Justiça Militar das Defensorias Públicas da União, do Distrito Federal e
passam a denominar-se Defensor Público da União de 1ª Categoria; dos Territórios, e de seu pessoal de apoio.
II - os cargos de Advogado de Ofício da Justiça Militar passam a Art. 147. Ficam criados os cargos, de natureza especial,
denominar-se Defensor Público da União de Categoria Especial; de Defensor Publico-Geral e de Subdefensor Publico-Geral
III - os cargos de Advogado de Ofício da Procuradoria da União e de Defensor Publico-Geral e de Subdefensor
Especial da Marinha passam a denominar¬se Defensor Publico-Geral do Distrito Federal e dos Territórios. (Vide
Público da União de 1ª Categoria. Lei Complementar nº 132, de 2009).
§ 2º Os cargos de Defensor Público cujos ocupantes opta- Art. 148. Esta Lei Complementar entra em vigor na data
rem pela carreira são transformados em cargos integrantes de sua publicação.
do Quadro Permanente da Defensoria Pública da União, Art. 149. Revogam¬se as disposições em contrário.
respeitadas as diferenças existentes entre eles, de confor-
midade com o disposto na Lei nº 7.384, de 18 de outubro de ITAMAR FRANCO
1985, que reestruturou em carreira a Defensoria de Ofício Maurício Corrêa
da Justiça Militar Federal.
§ 3º São estendidos aos inativos os benefícios e vantagens
decorrentes da transformação dos cargos previstos nesta Lei
Complementar, nos termos da Constituição Federal, art. 40, § 4º.
§ 4º O disposto neste artigo somente surtirá efeitos financeiros
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