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Centro de estudos de Vedānta e Sânscrito

mu{fk %pin;dœ
Muëòaka Upaniñad

Tradução do Sânscrito para o Português de Gloria Arieira

Vidyā Mandir – Centro de estudos de Vedānta e Sânscrito


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Muëòakopaniñad

>ad]& k-<aeRi>a" Xa*<auYaaMa deva >ad]& PaXYaeMaa+ai>aYaRJa}aa" )

iSQarEr®ESTauíuva&SaSTaNaUi>aVYaRXaeMa devihTa& YadaYau" ))

SviSTa Na wNd]ae v*Öé[va" SviSTa Na" PaUza ivìveda" )

SviSTa NaSTaa+YaaeR AiríNaeiMa" SviSTa Naae b*hSPaiTadRDaaTau ))

p XaaiNTa" XaaiNTa" XaaiNTa" ))

bhadraà karëebhiù çåëuyäma devä bhadraà paçyemäkñabhiryajaträù |


sthirairaìgaistuñöuväàsastanübhirvyaçema devahitaà yadäyuù ||
svasti na indro våddhaçraväù svasti naù püñä viçvavedäù |
svasti nastärkñyo ariñöanemiù svasti no båhaspatirdadhätu ||
oà çäntiù çäntiù çäntiù ||

Ó, Deuses! que nós possamos escutar através de nossos ouvidos o que é auspicioso.
Que nós, que somos capazes de meditar (sobre o que escutamos), possamos ver com nossos
olhos o que é auspicioso. Que nós saibamos exaltar o Senhor através de palavras e com os
órgãos controlados. Que possamos viver a vida com sua bênção.

Que Indra, que é tão famoso, nos abençoe. Que o Sol, todo conhecimento, nos
abençoe. Que Garuòa, aquele que se move sem obstáculos, nos abençoe. Que Båhaspati
(guru) nos abençoe.

Om, Paz, Paz, Paz.


Capítulo 1 - Seção 1

p b]øa devaNaa& Pa[QaMa" SaMb>aUv

ivìSYa k-TaaR >auvNaSYa Gaaeáa )

Sa b]øivÛa& SavRivÛaPa[iTaïaMa(

AQavaRYa JYaeíPau}aaYa Pa[ah )) 1 ))


oà brahmä devänäà prathamaù sambabhüva
viçvasya kartä bhuvanasya goptä |
sa brahmavidyäà sarvavidyäpratiñöhäm
atharväya jyeñöaputräya präha || 1 ||
OM. Brahmä, o criador do mundo, o protetor da criação, entre os devas foi o
primeiro a se manifestar. A seu filho mais velho, Atharvan, ele ensinou o conhecimento de
Brahman que é a base de todos os conhecimentos.

AQavR<ae Yaa& Pa[vdeTa b]øa_QavaR

Taa& Pauraevacai®re b]øivÛaMa( )

Sa >aarÜaJaaYa SaTYavhaYa Pa[ah

>aarÜaJaae_i®rSae ParavraMa( )) 2 ))
atharvaëe yäà pravadeta brahmä’tharvä
täà puroväcäìgire brahmavidyäm |
sa bhäradväjäya satyavahäya präha
bhäradväjo’ìgirase parävaräm || 2 ||

Aquele conhecimento de Brahman, que Brahmä ensinou a Atharva, Atharva


ensinou, no passado, a Aìgir. Ele ensinou a Satyavaha, da linha de Bhäradväja. Aquele
da linha de Bhäradväja ensinou a Angiras seguindo a sucessão de mestre-discípulo.
XaaENak-ae h vE MahaXaal/ae_i®rSa& iviDavduPaSaà" PaPa[C^ )

k-iSMaàu >aGavae ivjaTae SavRiMad& ivjaTa& >avTaqiTa )) 3 ))


çaunako ha vai mahäçälo’ìgirasaà vidhivadupasannaù papraccha |
kasminnu bhagavo vijïäte sarvamidaà vijïätaà bhavatéti || 3 ||

Çaunaka, bem conhecido como chefe de família (que faz os rituais necessários),
tendo se aproximado de Angiras conforme as estipulações, pergunta: “Senhor, conhecendo
o que, tudo isto se torna conhecido?”

Ta}aaPara ‰Gvedae YaJauveRd" SaaMavedae_QavRved"

iXa+aa k-LPaae VYaak-rNa& iNaå¢&- ^Ndae JYaaeiTaziMaiTa )

AQa Para YaYaa Tad+arMaiDaGaMYaTae )) 5 ))


taträparä ågvedo yajurvedaù sämavedo’tharvavedaù
çikñä kalpo vyäkaranaà niruktaà chando jyotiñamiti |
atha parä yayä tadakñaramadhigamyate || 5 ||
Então o inferior -- Rgveda, Yajurveda, Samaveda, Atharvaveda, siksa (fonética),
kalpa (como fazer rituais), vyakarana (gramática), nirukta (etimologia), chandas
(metrificação), jyotisam (astronomia). Agora o superior, através do qual aquele que é
imutável é alcançado.

Yatadd]eXYaMaGa]aùMaGaae}aMav<aRMa( Ac+au"é[ae}a& TadPaai<aPaadMa( )

iNaTYa& iv>au& SavRGaTa& SauSaU+Ma& TadVYaYa& YaÙUTaYaaeiNa& PairPaXYaiNTa Daqra" )) 6 ))


yattadadreçyamagrähyamagotramavarëam
acakñuùçrotraà tadapäëipädam |
nityaà vibhuà sarvagataà susükñmaà
tadavyayaà yadbhütayonià paripaçyanti dhéräù || 6 ||
(Através daquele conhecimento superior) os sábios vêem aquele que é não-visto,
não tocável, sem linhagem de família, livre de qualidades, sem olhos e ouvidos, sem mãos e
pés, eterno, múltiplo, todo-penetrante, o mais sutil; aquele é imutável, aquele é a causa de
todos os seres.

YaQaae<aRNaai>a" Sa*JaTae Ga*öTae c YaQaa Pa*iQaVYaMaaezDaYa" SaM>aviNTa )

YaQaa SaTa" PauåzaTke-Xal/aeMaaiNa TaQaa_+araTSaM>avTaqh ivìMa( )) 7 ))


yathorëanäbhiù såjate gåhnate ca yathä påthivyamoñadhayaù sambhavanti |
yathä sataù puruñät keçalomäni tathä’kñarät sambhavatéha viçvam || 7 ||
Assim como a aranha cria e recolhe (sua teia), assim como as plantas nascem na
terra, assim como do homem vivo nascem cabelo na cabeça e no corpo, da mesma forma
do Imutável nasce, aqui, o mundo.

TaPaSaa cqYaTae b]ø TaTaae_àMai>aJaaYaTae )

AàaTPa[a<aae MaNa" SaTYa& l/aek-" k-MaRSau caMa*TaMa( )) 8 ))


tapasä céyate brahma tato’nnamabhijäyate |
annätpräëo manaù satyaà lokaù karmasu cämåtam || 8 ||
Através do conhecimento (do processo de criação) Brahma aumenta, dele nasce o
alimento, do alimento (nasce) a energia vital, (da energia vital) (nasce) a mente, (da
mente) (nascem) os cinco elementos grossificados, (desses) (nascem) os (sete) mundos, nas
ações está o idestrutível (o resultado da ação).

Ya" SavRj" SavRivÛSYa jaNaMaYa& TaPa" )

TaSMaadeTaØ]ø NaaMa æPaMaà& c JaaYaTae )) 9 ))


yaù sarvajïaù sarvavidyasya jïänamayaà tapaù |
tasmädetadbrahma näma rüpamannaà ca jäyate || 9 ||
Aquele (que é) conhecedor de tudo (em geral) e conhece tudo (em detalhes), para
quem a ascese é constituída de conhecimento, desse nasce este Brahma, nome, forma e o
alimento.
Capítulo 1 - Seção 2

TadeTaTSaTYa& MaN}aezu k-MaRai<a k-vYaae YaaNYaPaXYaNa(

TaaiNa }aeTaaYaa& bhuDaa SaNTaTaaiNa )

TaaNYaacrQa iNaYaTa& SaTYak-aMaa

Wz v" PaNQaa" Sauk*-TaSYa l/aeke- )) 1 ))


tadetatsatyaà mantreñu karmäëi kavayo yänyapaçyan
täni tretäyäà bahudhä santatäni |
tänyäcaratha niyataà satyakämä
eña vaù panthäù sukåtasya loke || 1 ||
Aquilo (que vai ser falado), isto (que vai ser dito agora), é verdade. Aquelas ações
que os sábios viram nos mantras são elaboradas de várias maneiras nos três Vedas. Vocês,
desejosos dos frutos de ação, fazem sempre aquelas (ações). Para vocês este é o caminho
para (a aquisição do) resultado de ação feita por vocês mesmos.

Yada le/l/aYaTae ùicR" SaiMaÖe hVYavahNae )

TadaJYa>aaGaavNTare<aahuTaq" Pa[iTaPaadYaeTa( )) 2 ))
yadä leläyate hyarciù samiddhe havyavähane |
tadäjyabhägävantareëähutéù pratipädayet || 2 ||
Conforme é falado nos Vedas, quando a chama se move, no fogo que está aceso,
então, o indivíduo deve oferecer as oblações no lugar do oferecimento.
YaSYaaiGanhae}aMadXaRMaPaaE<aRMaaSaMa(

AcaTauMaaRSYaMaNaaGa]Ya<aMaiTaiQaviJaRTa& c )

AhuTaMavEìdevMaiviDaNaa huTaMa(

AaSaáMaa&STaSYa l/aek-aNa( ihNaiSTa )) 3 ))


yasyägnihotramadarçamapaurëamäsam
acäturmäsyamanägrayaëamatithivarjitaà ca |
ahutamavaiçvadevamavidhinä hutam
äsaptamäàstasya lokän hinasti || 3 ||
Para aquele que faz o Agnihotra sem (fazer os rituais chamados) Darsa,
Paurnamasa, Caturmasya, Agrayanam, Vaisvadeva, sem o oferecimento às visitas, não
sendo feito na hora adequada (ou) segundo as prescrições, para esse o Agnihotra destrói
os sete mundos.

k-al/I k-ral/I c MaNaaeJava c Saul/aeihTaa Yaa c SauDaUMa]v<aR )

Sfu-il/i®Naq ivìåcq c devq le/l/aYaMaaNaa wiTa SaáiJaûa" )) 4 ))


kälé karälé ca manojavä ca sulohitä yä ca sudhümravarëa |
sphuliìginé viçvarucé ca devé leläyamänä iti saptajihväù || 4 ||
As sete chamas dançantes são: - kali (a preta), karali (a terrível), manojava (a
veloz como a mente), sulohita (a muito vermelha), sudhumravarna (a igual à fumaça
densa), sphulingini (a que emite faíscas), e a brilhante visvaruci (a de inúmeras cabeças ou
raios).

WTaezu YaêrTae >a]aJaMaaNaezu YaQaak-al&/ cahuTaYaae ùaddaYaNa( )

Ta& NaYaNTYaeTaa" SaUYaRSYa rXMaYaae Ya}aae devaNaa& PaiTarek-ae_iDavaSa" )) 5 ))


eteñu yaçcarate bhräjamäneñu yathäkälaà cähutayo hyädadäyan |
taà nayantyetäù süryasya raçmayo yatro devänäà patireko’dhiväsaù || 5 ||
Aquele que realiza (os rituais) nestas (chamas) brilhantes na hora certa, estas
oblações, como raios do sol, tomam-no (e) o conduzem para onde (habita) o Senhor único
dos devas, que tudo governa.
WùehqiTa TaMaahuTaYa" SauvcRSa"

SaUYaRSYa riXMai>aYaRJaMaaNa& vhiNTa )

iPa[Yaa& vacMai>avdNTYaae_cRYaNTYa

Wz v" Pau<Ya" Sauk*-Taae b]øl/aek-" )) 6 ))


ehyehéti tamähutayaù suvarcasaù
süryasya raçmibhiryajamänaà vahanti |
priyäà väcamabhivadantyo’rcayantya
eña vaù puëyaù sukåto brahmalokaù || 6 ||
"Venha, venha", "Este é seu mérito, seu resultado de ações positivas, (que é o meio
para) o céu", pronunciando palavras agradáveis e glorificando aquele que faz rituais, as
brilhantes oblações carregam-no através dos raios do sol.

âva ùeTae Ad*!a YajæPaa AíadSaae¢-Mavr& Yaezu k-MaR )

WTaC^\eYaae Yae_i>aNaNdiNTa MaU!a JaraMa*TYau& Tae PauNarevaiPa YaiNTa )) 7 ))


plavä hyete adåòhä yajïarüpä añöädasoktamavaraà yeñu karma |
etacchreyo ye’bhinandanti müòhä jarämåtyuà te punareväpi yanti || 7 ||
Porque estes dezoito fatores impermanentes constituintes dos rituais são perecíveis,
nesses a ação é mencionada como inferior; aqueles tolos que se rejubilam -- "Essa (ação é
a causa para a) felicidade", esses vão repetidamente à velhice e morte.

AivÛaYaaMaNTare vTaRMaaNaa" SvYa& Daqra" Pai<@Ta& MaNYaMaaNaa" )

JaºNYaMaaNaa" PairYaiNTa MaU!a ANDaeNaEv NaqYaMaaNaa YaQaaNDaa" )) 8 ))


avidyäyämantare vartamänäù svayaà dhéräù paëòitaà manyamänäù |
jaìghanyamänäù pariyanti müòhä andhenaiva néyamänä yathändhäù || 8 ||
Tolos, permanecendo dentro da ignorância, considerando a si mesmos como sábios
(e) estudiosos, atormentados, perambulam, assim como os cegos liderados por um cego.
AivÛaYaa& bhuDaa vTaRMaaNaa vYa& k*-TaaQaaR wTYai>aMaNYaiNTa bal/a" )

YaTk-iMaR<aae Na Pa[vedYaiNTa raGaaTa( TaeNaaTaura" +aq<al/aek-aêyvNTae )) 9 ))


avidyäyäà bahudhä vartamänä vayaà kåtärthä ityabhimanyanti bäläù |
yatkarmiëo na pravedayanti rägät tenäturäù kñéëalokäçcyavante || 9 ||
Permanecendo de várias maneiras na ignorância, os ignorantes consideram "nós
alcançamos o objetivo último”, pois aqueles que fazem ação não conhecem (a verdade)
por causa do apego. Por isso, atormentados, os resultados de ação sendo gastos, eles
perdem (o céu).

wíaPaUTa| MaNYaMaaNaa virï& NaaNYaC^\eYaae vedYaNTae Pa[MaU!a" )

Naak-SYa Pa*ïe Tae Sauk*-Tae_Nau>aUTva wMa& l/aek&- hqNaTar& va ivXaiNTa )) 10 ))


iñöäpürtaà manyamänä variñöhaà nänyacchreyo vedayante pramüòhäù |
näkasya påñöhe te sukåte’nubhütvä imaà lokaà hénataraà vä viçanti || 10 ||
Tolos, considerando ações faladas nos Vedas e Smrtis como o mais importante, não
conhecem outra coisa como (o meio para) o objetivo último. Tendo experimentado (o
mérito) na superfície do céu, no lugar de prazer, eles entram este mundo ou um inferior.

TaPa"é[Öe Yae ùuPavSaNTYar<Yae

XaaNTaa ivÜa&Saae >aE+YacYaa| crNTa" )

SaUYaRÜare<a Tae ivrJaa" Pa[YaaiNTa

Ya}aaMa*Ta" Sa Pauåzae ùVYaYaaTMaa )) 11 ))


tapaùçraddhe ye hyupavasantyaraëye
çäntä vidväàso bhaikñyacaryäà carantaù |
süryadväreëa te virajäù prayänti
yaträmåtaù sa puruño hyavyayätmä || 11 ||
Aqueles que vivem na floresta (vanaprastha), os estudiosos disciplinados
(grahastha), aqueles que praticam mendicância (sannyasi) se ocupam com disciplina e
meditação, esses, livres de paixões, vão pelo caminho do sol para lá, onde vive o Purusa,
imortal, aquele de natureza imutável.
Parq+Ya l/aek-aNa( k-icRTaaNa( b]aø<aae

iNaveRdMaaYaaàaSTYak*-Ta" k*-TaeNa )

TaiÜjaNaaQa| Sa GauåMaevai>aGaC^eTa(

SaiMaTPaai<a" é[aei}aYa& b]øiNaïMa( )) 12 ))


parékñya lokän karcitän brähmaëo
nirvedamäyännästyakåtaù kåtena |
tadvijïänärthaà sa gurumeväbhigacchet
samitpäëiù çrotriyaà brahmaniñöham || 12 ||
Tendo analisado os mundos (resultados de ações) produzidos por ações, o
brahmana deve renunciar. (No mundo) não existe o não-produzido por ação. Para o
conhecimento deste (eterno, não-produzido), com a atitude adequada, para o mestre, que
seja estudioso e firme no conhecimento de Brahma.

TaSMaE Sa ivÜaNauPaSaàaYa SaMYak(

Pa[XaNTaictaaYa SaMaaiNvTaaYa )

YaeNaa+arMPauåz& ved SaTYa&

Pa[aevac Taa& TatvTaae b]øivÛaMa( )) 13 ))


tasmai sa vidvänupasannäya samyak
praçantacittäya samänvitäya |
yenäkñaram puruñaà veda satyaà
proväca täà tattvato brahmavidyäm || 13 ||
Àquele que se aproximou adequadamente, cuja mente é tranqüila, que possui
disciplina da mente e outras qualificações, aquele sábio ensinou corretamente o
conhecimento de Brahma, através do qual ele conhece o Imutável Eterno Purusa.
Capítulo 2 Seção 1

TadeTaTSaTYa&

YaQaa SaudqáaTPaavk-aiÜSfu-il/®a"

SahóXa" Pa[>avNTae SaæPaa" )

TaQaa+araiÜivDaa" SaaeMYa >aava"

Pa[JaaYaNTae Ta}a cEvaiPa YaiNTa )) 1 ))


tadetatsatyaà
yathä sudéptätpävakädvisphuliìgäù
sahasraçaù prabhavante sarüpäù |
tathäkñarädvividhäù somya bhäväù
prajäyante tatra caiväpi yanti || 1 ||
Aquele é este eterno. Assim como inúmeras centelhas surgem do fogo muito
brilhante com as características do fogo, da mesma forma inúmeros seres, o! Somya
(Agradável)!, vem do Imutável e para aquele mesmo (Imutável) vão.

idVYaae ùMaUTaR" Pauåz" Sabaùa>YaNTarae ùJa" )

APa[a<aae ùMaNaa" Sau>a]ae ù+araTParTa" Par" )) 2 ))


divyo hyamürtaù puruñaù sabähyäbhyantaro hyajaù |
apräëo hyamanäù subhro hyakñarätparataù paraù || 2 ||
O Efulgente Purusa por ser livre de forma está dentro e fora (todo penetrante). Por
ser não-nascido é livre de prana. Por ser livre da mente é puro. Por ser superior ao não
manifesto é ilimitado.
WTaSMaaÂaYaTae Pa[a<aae MaNa" SaveRiNd]Yaai<a c )

%& vaYauJYaaeRiTaraPa" Pa*iQavq ivìSYa Daair<aq )) 3 ))


etasmäjjäyate präëo manaù sarvendriyäëi ca |
khaà väyurjyotiräpaù påthivé viçvasya dhäriëé || 3 ||
Deste nascem o prana, a mente, todos os órgãos, e o espaço, o ar, o fogo, a água, a
terra que sustenta tudo.

AiGanMaURDaaR c+auzq cNd]SaUYaaŒ

idXa" é[ae}ae vaiGvv*Taaê veda" )

vaYau" Pa[a<aae ôdYa& ivìMaSYa

PaÙya& Pa*iQavq ùez SavR>aUTaaNTaraTMaa )) 4 ))


agnirmürdhä cakñuñé candrasüryau
diçaù çrotre vägvivåtäçca vedäù |
väyuù präëo hådayaà viçvamasya
padbhyäà påthivé hyeña sarvabhütäntarätmä || 4 ||
Para quem o céu é a cabeça, o sol e a lua são os olhos, as direções (pontos
cardeais) são os dois ouvidos, e os Vedas manifestos são a fala, o ar é o prana (a energia
vital), toda a criação é o coração, a terra são os pés -- este é o sujeito em todos os seres.

TaSMaadiGan" SaiMaDaae YaSYa SaUYaR"

SaaeMaaTPaJaRNYa AaezDaYa" Pa*iQaVYaaMa( )

PauMaaNa( reTa" iSaÄiTa YaaeizTaaYaa&

bûq" Pa[Jaa" PauåzaTSaMPa[SaUTaa" )) 5 ))


tasmädagniù samidho yasya süryaù
somätparjanya oñadhayaù påthivyäm |
pumän retaù siïcati yoñitäyäà
bahvéù prajäù puruñätsamprasütäù || 5 ||
Daquele (Imutável) (vem) o céu do qual o sol é o combustível. Da lua (vem) a
nuvem. (Da nuvem) as ervas e plantas na terra. O homem derrama a semente na mulher.
Do Purusa nascem as várias criaturas.

TaSMaad*c" SaaMa YaJaU&iSa dq+aa

Yajaê SaveR §-Tavae di+a<aaê )

Sa&vTSarê YaJaMaaNaê l/aek-a"

SaaeMa" Ya}a PavTae Ya}a SaUYaR" )) 6 ))


tasmädåcaù säma yajüàsi dékñä
yajïäçca sarve kratavo dakñiëäçca |
saàvatsaraçca yajamänaçca lokäù
somaù yatra pavate yatra süryaù || 6 ||
Daquele vêm Rk (mantras metrificados), Sama (mantras cantados), Yajur (mantras
não metrificados, na forma de frases), rituais preparatórios, todos os rituais, sacrifícios,
oferecimentos (para os brahmanas), o tempo, aquele que faz o ritual, os mundos nos quais
a lua purifica e o sol (brilha).

TaSMaaÀ deva bhuDaa SaMPa[SaUTaa"

SaaDYaa MaNauZYaa" PaXavae vYaa&iSa )

Pa[a<aPaaNaaE v]qihYavaE TaPaê

é[Öa SaTYa& b]øcYa| iviÖê )) 7 ))


tasmäcca devä bahudhä samprasütäù
sädhyä manuñyäù paçavo vayäàsi |
präëapänau vréhiyavau tapaçca
çraddhä satyaà brahmacaryaà viddhiçca || 7 ||
E daquele nasceram, em diferentes formas, as deidades, os sadhyas (alguns seres
celestiais), seres humanos, animais, pássaros, prana-apana (o ar que entra e sai dos
pulmões), arroz e cevada, e também ascese, fé, a verdade, vida de disciplina e o dever.
Saá Pa[a<aa" Pa[>aviNTa TaSMaaTa(

SaáaicRXa" SaiMaDa" Saá haeMaa" )

Saá wMae l/aek-a Yaezu criNTa Pa[a<aa

GauhaXaYaa iNaihTaa" Saá Saá )) 8 ))


sapta präëäù prabhavanti tasmät
saptärciçaù samidhaù sapta homäù |
sapta ime lokä yeñu caranti präëä
guhäçayä nihitäù sapta sapta || 8 ||
Daquele nascem os sete órgãos de percepção, as sete chamas, os sete combustíveis,
as sete oblações, os sete lugares dos órgãos nos quais se movem os órgãos de percepção
que dormem no corpo, que foi depositado em grupos de sete.

ATa" SaMaud]a iGarYaê SaveR

ASMaaTSYaNdNTae iSaNDav" SavRæPaa" )

ATaê SavaR AaezDaYaae rSaê

YaeNaEz >aUTaEiSTaïTae ùNTaraTMaa )) 9 ))


ataù samudrä girayaçca sarve
asmätsyandante sindhavaù sarvarüpäù |
ataçca sarvä oñadhayo rasaçca
yenaiña bhütaistiñöhate hyantarätmä || 9 ||
Desse (nascem) os oceanos e todas as montanhas. Desse correm os rios em suas
várias formas. Desse (vêm) todas as plantas e paladares, com esses e com os (cinco)
elementos, esse Antaratma (corpo sutil) existe.
Pauåz Wved& ivì& k-MaR TaPaae b]ø ParaMa*TaMa( )

WTaÛae ved iNaihTa& GauhaYaa& Saae_ivÛaGa]iNQa& ivik-rTaqh SaaeMYa )) 10 ))


puruña evedaà viçvaà karma tapo brahma parämåtam |
etadyo veda nihitaà guhäyäà so’vidyägranthià vikiratéha somya || 10 ||
O Purusa mesmo é tudo, a ação, a meditação. Aquele que conhece este Brahma
absoluto, imortal, que habita no coração, esse destrói aqui o nó da ignorância, Oh!
Somya!
Capítulo 2 Seção 2

Aaiv" Sa&iNaihTa& Gauhacr& NaaMa MahTPadMa}aETaTa( SaMaiPaRTaMa( )

WJaTPa[a<aiàiMazÀ YadeTaÂaNaQa

SadSaÜre<Ya& Par& ivjaNaaÛÜirï& Pa[JaaNaaMa( )) 1 ))


äviù saànihitaà guhäcaraà näma mahatpadamatraitat samarpitam |
ejatpräëannimiñacca yadetajjänatha
sadasadvareëyaà paraà vijïänädyadvariñöhaà prajänäm || 1 ||
(Ele é) efulgente, depositado (no coração), bem conhecido como aquele que se
move no intelecto, é o maior objetivo. Nele, aquilo que se move, aquilo que respira, e
aquilo que pisca estão depositados. Saibam que é o corpo físico e sutil, é o desejado (por
todos), diferente do conhecimento (comum) das pessoas, é aquele que é o superior.

YadicRMaÛd<au>Yaae_<au c YaiSMa&ç/aek-a iNaihTaa l/aeik-Naê )

TadeTad+ar& b]ø Sa Pa[a<aSTaduva ङ् MaNa"

TadeTaTSaTYa& TadMa*Ta& TaÜeÖVYa& SaaeMYa iviÖ )) 2 ))


yadarcimadyadaëubhyo’ëu ca yasmiàllokä nihitä lokinaçca |
tadetadakñaraà brahma sa präëastaduvaìmanaù
tadetatsatyaà tadamåtaà tadveddhavyaà somya viddhi || 2 ||
Saiba, o! Saumya!, que aquele é efulgente, é mais sutil que o sutil, no qual os
mundos e as criaturas estão estabelecidos, aquele é esse Brahma imutável. Ele é a força
vital, e é a fala e a mente. Aquele é esse eterno. Aquele é imortal, aquele que deve ser
meditado.
DaNauGa*RhqTvaEPaiNazd& Mahañ& Xar& ùuPaaSaaiNaiXaTa& SaNDaYaqTa )

AaYaMYa TaÙavGaTaeNa ceTaSaa l/+Ya& Tadeva+ar& SaaeMYa iviÖ )) 3 ))


dhanurgåhétvaupaniñadaà mahästraà çaraà hyupäsäniçitaà sandhayéta |
äyamya tadbhävagatena cetasä lakñyaà tadeväkñaraà somya viddhi || 3 ||
Tomando o arco que é a grande arma que existe na Upanishad, dirigindo a flecha
afiada com meditação, com a mente entregue à meditação, dirigindo (a mente) ao objetivo,
saiba, o! Somya!, que aquele (objetivo) ao objetivo; saiba, o! Somya!, que aquele
(objetivo) é mesmo o Imutável.

Pa[a<avae DaNau" Xarae ùaTMaa b]ø Taç/+YaMauCYaTae )

APa[MataeNa veÖVYa& XarvtaNMaYaae >aveTa( )) 4 ))


präëavo dhanuù çaro hyätmä brahma tallakñyamucyate |
apramattena veddhavyaà çaravattanmayo bhavet || 4 ||
Pranava (OM) é o arco. A mente é mesmo a flecha. Brahma é considerado aquele
objetivo. Ele deve ser meditado por aquele que é livre de obstáculos. Ele deve ser igual a
ele como uma flecha.

YaiSMaNÛaE" Pa*iQavq caNTair+aMa( AaeTa& MaNa" Sah Pa[a<aEê SavŒ" )

TaMaevEk&- JaaNaQa AaTMaaNaMaNYaa vacae ivMauÄQaaMa*TaSYaEz SaeTau" ))5 ))


yasmindyauù påthivé cäntarikñam otaà manaù saha präëaiçca sarvaiù |
tamevaikaà jänatha ätmänamanyä väco vimuïcathämåtasyaiña setuù || 5 ||
Saibam que aquele (Brahma) é mesmo o Atma que é um, no qual estão tecidos o
céu, a terra e o espaço, a mente com todas as energias vitais e os instrumentos. Deixe de
lado as outras palavras. Esta é a ponte para imortalidade.
Ara wv rQaNaa>aaE Sa&hTaa Ya}a Naa@y"

Sa Wzae_NTaêrTae bhuDaa JaaYaMaaNa" )

AaeiMaTYaev& DYaaYaQa AaTMaaNa&

SviSTa v" PaaraYa TaMaSa" ParSTaaTa( )) 6 ))


arä iva rathanäbhau saàhatä yatra näòyaù
sa eño’ntaçcarate bahudhä jäyamänaù |
omityevaà dhyäyatha ätmänaà
svasti vaù päräya tamasaù parastät || 6 ||
Os órgãos tubulares (nervos, artérias, veias) estão reunidos naquele (coração),
assim como raios no centro da roda da carruagem. Aquele (Atma) está no interior
tornando-se multiforme. Meditem no Atma na forma de OM. Que haja prosperidade para
vocês (para irem) para o outro lado, além da escuridão.

Ya" SavRj" SavRivÛSYaEz MaihMaa >auiv )

idVYae b]øPaure ùez VYaaeMNYaaTMaa Pa[iTaiïTa" ))

MaNaaeMaYa" Pa[a<aXarqrNaeTaa Pa[iTaiïTaae_àe ôdYa& SaiàDaaYa )

TaiÜjaNaeNa PairPaXYaiNTa Daqra AaNaNdæPaMaMa*Ta& YaiÜ>aaiTa )) 7 ))


yaù sarvajïaù sarvavidyasyaiña mahimä bhuvi |
divye brahmapure hyeña vyomnyätmä pratiñöhitaù ||
manomayaù präëaçaréranetä pratiñöhito’nne hådayaà sannidhäya |
tadvijïänena paripaçyanti dhérä änandarüpamamåtaà yadvibhäti || 7 ||
Aquele que é conhecedor de tudo (em geral), aquele que conhece tudo (em
detalhes), para esse é a glória do mundo. Esse mesmo está estabelecido no espaço (do
coração) que é a efulgente residência de Brahma. Ele é condicionado pela mente, é aquele
que conduz o corpo e a energia vital, está sentado no alimento (no corpo que é a
transformação do alimento), dirigindo o coração (o intelecto). Os sábios, através do
conhecimento completo, vêm claramente aquele que brilha na forma de plenitude como
imortal.
i>aÛTae ôdYaGa]iNQaiX^ÛNTae SavRSa&XaYaa" )

+aqYaNTae caSYa k-MaaRi<a TaiSMaNa( d*íe Paravre )) 8 ))


bhidyate hådayagranthiçchidyante sarvasaàçayäù |
kñéyante cäsya karmäëi tasmin dåñöe parävare || 8 ||
Quando aquele que é superior e inferior é visto, o nó do coração é dissolvido, todas
as dúvidas são dissipadas, e as ações desse (indivíduo) são dissolvidas.

ihr<MaYae Pare k-aeXae ivrJa& b]ø iNaZk-l/Ma( )

TaC^u>a]& JYaaeiTaza& JYaaeiTaSTaÛdaTMaivdae ivdu" )) 9 ))


hiraëmaye pare koçe virajaà brahma niñkalam |
tacchubhraà jyotiñäà jyotistadyadätmavido viduù || 9 ||
No invólucro superior, brilhante está Brahma, livre de impurezas, livre de partes,
aquele que é puro, a luz das luzes. Esse é aquele que os que conhecem o Atma conhecem.

Na Ta}a SaUYaaeR >aaiTa Na cNd]Taark-Ma(

NaeMaa ivÛuTaae >aaiNTa ku-TaaeYaMaiGan" )

TaMaev >aaNTaMaNau>aaiTa SavRMa(

TaSYa >aaSaa SavRiMad& iv>aaiTa )) 10 ))


na tatra süryo bhäti na candratärakam
nemä vidyuto bhänti kutoyamagniù |
tameva bhäntamanubhäti sarvam
tasya bhäsä sarvamidam vibhäti || 10 ||
Lá o sol não brilha, tão pouco a lua ou as estrelas. Lá os relâmpagos não brilham.
O que dizer deste fogo? Aquele brilhando tudo o mais brilha. Por causa da luz daquele
tudo o mais brilha.
b]øEvedMaMa*Ta& PaurSTaaØ]ø PaêaØ]ø di+a<aTaêaetare<a )

ADaêaeß| c Pa[Sa*Ta& b]øEved& ivìiMad& virïMa( )) 11 ))


brahmaivedamamåtaà purastädbrahma paçcädbrahma dakñiëataçcottareëa |
adhaçcordhvaà ca prasåtaà brahmaivedaà viçvamidaà variñöham || 11 ||
Esse imortal é mesmo Brahma. Esse mundo é esse mesmo Brahma extendido. Em
frente é Brahma, atrás é Brahma, no sul é Brahma, no norte é Brahma, e também abaixo e
acima. Ele é o mais importante.
Capítulo 3 Seção 1

Üa SauPa<aaR SaYauJaa Sa%aYaa SaMaaNa& v*+a& PairzSvJaaTae )

TaYaaerNYa" iPaPPal&/ SvaÜtYaNaXYaNaàNYaae Aai>acak-XaqiTa )) 1 ))


dvä suparëä sayujä sakhäyä samänaà våkñaà pariñasvajäte |
tayoranyaù pippalaà svädvattyanaçyanannanyo äbhicäkaçéti || 1 ||
Dois pássaros unidos têm o mesmo nome, estão agarrados à mesma árvore. Desses
dois, um come a saborosa fruta, o outro olha sem comer.

SaMaaNae v*+ae Pauåzae iNaMaGanae_NaqXaYaa XaaeciTa MauùMaaNaa" )

Jauí& Yada PaXYaTYaNYaMaqXaMaSYa MaihMaaNaiMaiTa vqTaXaaek-" )) 2 ))


samäne våkñe puruño nimagno’néçayä çocati muhyamänäù |
juñöaà yadä paçyatyanyaméçamasya mahimänamiti vétaçokaù || 2 ||
Na mesma árvore o indivíduo está afundado; iludido devido à (sua) impotência, ele
se entristece. Quando ele vê o outro, o Senhor adorado, e sua glória, (então) (ele se torna)
livre de tristeza.

Yada PaXYa" PaXYaTae åKMav<a| k-TaaRrMaqXa& Pauåz& b]øYaaeiNaMa( )

Tada ivÜaNPau<YaPaPae ivDaUYa iNarÅNa" ParMa& SaaMYaMauPaEiTa )) 3 ))


yadä paçyaù paçyate rukmavarëaà kartäraméçaà puruñaà brahmayonim |
tadä vidvänpuëyapape vidhüya niraïjanaù paramaà sämyamupaiti || 3 ||
Quando aquele que vê, vê o Purusa, aquele de natureza brilhante, o Criador, o
Senhor, Brahma que é a causa, então o sábio, eliminando punya e papa (frutos positivos e
negativos de ações), sendo livre de impureza, alcança equilíbrio absoluto.
Pa[a<aae ùez Ya" SavR>aUTaEivR>aaiTa ivJaaNaiNvÜaN>avTae NaaiTavadq )

AaTMa§-I@ AaTMariTa" i§-YaavaNaez b]øivda& virï" )) 4 ))


präëo hyeña yaù sarvabhütairvibhäti vijänanvidvänbhavate nätivädé |
ätmakréòa ätmaratiù kriyäväneña brahmavidäà variñöhaù || 4 ||
Este mesmo é a energia vital, aquele que brilha através de todos os seres.
Conhecendo (este) o sábio não permanece aquele que fala demais. Ele brinca consigo
mesmo, se diverte consigo mesmo, este entregue às atividades (ligadas à liberação) é o
mais exaltado entre os que conhecem Brahma.

SaTYaeNa l/>YaSTaPaSaa ùez AaTMaa SaMYaGjaNaeNa b]øcYaeR<a iNaTYaMa( )

ANTa"Xarqre JYaaeiTaMaRYaae ih Xau>a]ae Ya& PaXYaiNTa YaTaYa" +aq<adaeza" )) 5 ))


satyena labhyastapasä hyeña ätmä samyagjïänena brahmacaryeëa nityam |
antaùçarére jyotirmayo hi çubhro yaà paçyanti yatayaù kñéëadoñäù || 5 ||
Este Atma, puro, cheio de luz, dentro do corpo, é alcançado através da verdade, da
disciplina constante, do constante conhecimento completo, da constante busca do abosluto.
Os que se esforçam, que eliminaram os obstáculos (da mente)vêm aquele.

SaTYaMaev JaYaiTa NaaNa*Ta& SaTYaeNa PaNQaa ivTaTaae devYaaNa" )

YaeNaa§-MaNTYa*zYaae ùaák-aMaa Ya}a TaTSaTYaSYa ParMa& iNaDaaNaMa( )) 6 ))


satyameva jayati nänåtaà satyena panthä vitato devayänaù |
yenäkramantyåñayo hyäptakämä yatra tatsatyasya paramaà nidhänam || 6 ||
Somente a verdade vence e não o falso. Através da verdade o caminho chamado
Devayana é expandido. Através desse os sábios, livres dos desejos, sobem para o "lugar"
do ilimitado que é o mais elevado.
b*hÀ TaiÕVYaMaicNTYaæPa& SaU+MaaÀ TaTSaU+MaTar& iv>aaiTa )

duraTSaudUre TaidhaiNTake- c PaXYaiTSvhEv iNaihTa& GauhaYaaMa( )) 7 ))


båhacca taddivyamacintyarüpaà sükñmäcca tatsükñmataraà vibhäti |
durätsudüre tadihäntike ca paçyatsvihaiva nihitaà guhäyäm || 7 ||
Aquele (Brahma) é o maior, é efulgente e sua forma é inimaginável. É mais sutil do
que o sutil. Brilha em várias formas. É mais distante do que o mais distante. É o mais
perto aqui (neste corpo). Entre os que vêem, Ele está estabelecido no intelecto aqui mesmo
(neste corpo).

Na c+auza Ga*ùTae NaaiPa vaca

NaaNYaEdeRvESTaPaSaa k-MaR<aa v )

jaNaPa[SaadeNa ivXauÖSatvSTaTaSTau Ta&

PaXYaTae iNaZk-l&/ DYaaYaMaaNa" )) 8 ))


na cakñuñä gåhyate näpi väcä
nänyairdevaistapasä karmaëä va |
jïänaprasädena viçuddhasattvastatastu taà
paçyate niñkalaà dhyäyamänaù || 8 ||
Ele não é percebido através do olho, tão pouco através da palavra, nem através
dos outros órgãos de percepção, nem através de contemplação, nem rituais. Mas, aquele
de mente purificada, (e) portanto através da bênção do conhecimento, meditando, vê
aquele (Atma) livre de partes.

Wzae_<auraTMaa ceTaSaa veidTaVYaae YaiSMaNPa[a<a" PaÄDaa Sa&ivveXa )

Pa[a<aEiêta& SavRMaaeTa& Pa[JaaNaa& YaiSMaiNvXauÖe iv>avTYaez AaTMaa )) 9 ))


eño’ëurätmä cetasä veditavyo yasminpräëaù païcadhä saàviveça |
präëaiçcittaà sarvamotaà prajänäà yasminviçuddhe vibhavatyeña ätmä || 9 ||
A energia vital em cinco formas entrou (no corpo). Neste está o Atma sutil (i.e.,
não objetificável) que deve ser conhecido através da mente (purificada). Toda a mente com
as energias vitais das criaturas é permeada (por este). Naquela (mente) purificada este
Atma se torna claro.

Ya& Ya& l/aek&- MaNaSaa Sa&iv>aaiTa

ivXauÖSatv" k-aMaYaTae Yaa&ê k-aMaaNa( )

Ta& Ta& l/aek&- JaYaTae Taa&ê k-aMaa&-

STaSMaadaTMaj& ùcRYaeÙUiTak-aMa" )) 10 ))
yaà yaà lokaà manasä saàvibhäti
viçuddhasattvaù kämayate yäàçca kämän |
taà taà lokaà jayate täàçca kämäà-
stasmädätmajïaà hyarcayed bhütikämaù || 10 ||
Qualquer que seja o mundo que aquele de mente purificada mentalmente almeja, e
os objetos de desejos que deseja, esse mesmo mundo e objetos de desejo ele alcança;
portanto aquele que deseja prosperidade deve realmente oferecer respeito àquele que
conhece o Atma i. e., o sábio.
Capítulo 3 Seção 2

Sa vedETaTParMa& b]ø DaaMa Ya}a ivì& iNaihTa& >aaiTa Xau>a]Ma( )

oPaaSaTae Pauåz& Yae ùk-aMaaSTae Xau§-MaeTadiTavTaRiNTa Daqra" )) 1 ))


sa vedaitatparamaà brahma dhäma yatra viçvaà nihitaà bhäti çubhram |
upäsate puruñaà ye hyakämäste çukrametadativartanti dhéräù || 1 ||
Ele conhece esta residência ilimitada, que é Brahma, onde o mundo está
depositado, que brilha, que é pura. Aqueles, livres de desejos (só com o desejo pela
liberação), dedicam-se somente à pessoa (de conhecimento), eles (tornando-se) sábios
ultrapassam esta semente (de ser humano).

k-aMaaNYa" k-aMaYaTae MaNYaMaaNa" Sa k-aMai>aJaaRYaTae Ta}a Ta}a )

PaYaaRák-aMaSYa k*-TaaTMaNaiSTvhEv SaveR Pa[ivl/IYaiNTa k-aMaa" )) 2 ))


kämänyaù kämayate manyamänaù sa kämabhirjäyate tatra tatra |
paryäptakämasya kåtätmanastvihaiva sarve praviléyanti kämäù || 2 ||
Aquele que, pensando nos objetos de desejo, deseja-os, ele nasce em diferentes
situações com os objetos de desejo. Mas, para aquele que satisfez totalmente os desejos,
aquele que tem a mente disciplinada, aqui mesmo todos os desejos se dissolvem.

NaaYaMaaTMaa Pa[vcNaeNa l/>Yaae Na MaeDaYaa Na bhuNaa é[uTaeNa )

YaMaevEz v**<auTae TaeNa l/>YaSTaSYaEz AaTMaa ivv*<auTae TaNau& SvaMa( )) 3 ))


näyamätmä pravacanena labhyo na medhayä na bahunä çrutena |
yamevaiña våëute tena labhyastasyaiña ätmä vivåëute tanuà sväm || 3 ||
Este Atma não é alcançado através de repetição dos Vedas, através de memória,
através do escutar vários conhecimentos. Este (estudante) deseja alcançar aquele mesmo
(Atma) através daquilo (escutar - refletir - contemplar). Este Atma revela sua própria
natureza para aquele.
NaaYaMaaTMaa bl/hqNaeNa l/>Yaae Na c Pa[MaadataPaSaae vaPYail/®aTa( )

WTaEåPaaYaEYaRTaTae YaSTau ivÜa&STaSYaEz AaTMaa ivXaTae b]øDaaMa )) 4 ))


näyamätmä balahénena labhyo na ca pramädättapaso väpyaliìgät |
etairupäyairyatate yastu vidväàstasyaiña ätmä viçate brahmadhäma || 4 ||
Este Atma não é alcançado por aquele sem força, nem com ilusão, tampouco pelo
conhecimento sem renúncia. Mas, através destes meios, aquele discriminante se esforça,
para esse o Atma entra a natureza de Brahma.

SaMPa[aPYaENaMa*zYaae jaNaTa*áa" k*-TaaTMaaNaae vqTaraGaa" Pa[XaaNTaa" )

Tae SavRGa& SavRTa" Pa[aPYa Daqra Yau¢-aTMaaNa" SavRMaevaivXaaiNTa )) 5 ))


sampräpyainamåñayo jïänatåptäù kåtätmäno vétarägäù praçäntäù |
te sarvagaà sarvataù präpya dhérä yuktätmänaù sarvameväviçänti || 5 ||
Tendo alcançado este (Atma) os sábios (se tornam) satisfeitos através do
conhecimento, (se tornam) aqueles que fizeram o que havia para ser feito, livres dos
desejos, tranqüilos; esses sábios, com a mente absorta (no conhecimento), tendo alcançado
o Todo-penetrante em todo lugar, entram tudo.

vedaNTaivjaNaSauiNaiêTaaQaaR" SaNNYaaSaYaaeGaaÛTaYa" XauÖSatva" )

Tae b]øl/aeke-zu ParaNTak-ale/ ParaMa*Taa" PairMauCYaiNTa SaveR )) 6 ))


vedäntavijïänasuniçcitärthäù sannyäsayogädyatayaù çuddhasattväù |
te brahmalokeñu paräntakäle parämåtäù parimucyanti sarve || 6 ||
Aqueles para quem o objetivo do conhecimento de Vedanta ficou totalmente claro,
que se esforçam por meio da disciplina de renúncia, de mente purificada, esses todos no
momento final, (tornando-se o Imutável Ilimitado) nos mundos que são Brahma, se
libertam.
GaTaa" k-l/a" PaÄdXa Pa[iTaï devaê SaveR Pa[iTadevTaaSau )

k-MaaRi<a ivjaNaMaYaê AaTMaa Pare_VYaYae SavR Wk-I>aviNTa )) 7 ))


gatäù kaläù païcadaça pratiñöha deväçca sarve pratidevatäsu |
karmäëi vijïänamayaçca ätmä pare’vyaye sarva ekébhavanti || 7 ||
As quinze partes (prana, fé, espaço, ar, fogo, água, terra, os sentidos, mente,
alimento, força, pensamento, mantra, ação, mundo) vão para suas origens, e todas as
deidades que presidem sobre os órgãos vão para suas respectivas deidades de origem. Os
karmas (ações que ainda não se manifestaram, estão em potencial) e o eu através do
intelecto (identificado com o intelecto), todos se tornam um no ilimitado, imutável.

YaQaa NaÛ" SYaNdMaaNaa" SaMaud]e_STa& GaC^iNTa NaaMaæPae ivhaYa )

TaQaa ivÜaàaMaæPaaiÜMau¢-" ParaTPar& PauåzMauPaEiTa idVYaMa( )) 8 ))


yathä nadyaù syandamänäù samudre’staà gacchanti nämarüpe vihäya |
tathä vidvännämarüpädvimuktaù parätparaà puruñamupaiti divyam || 8 ||
Assim como rios que fluem vão para o seu lar, o oceano, abandonando nome e
forma; da mesma forma, sendo livre de nome e forma vai para o Purusa efulgente, que é
maior do que o maior (Maya).

Sa Yaae h vE TaTParMa& b]ø ved b]øEv >aviTa

NaaSYaab]øivTku-le/ >aviTa )

TariTa Xaaek&- TariTa PaaPMaaNa&

GauhaGa]iNQa>Yaae ivMau¢-ae_Ma*Taae >aviTa )) 9 ))


sa yo ha vai tatparamaà brahma veda brahmaiva bhavati
näsyäbrahmavitkule bhavati |
tarati çokaà tarati päpmänaà
guhägranthibhyo vimukto’måto bhavati || 9 ||
Aquele que conhece definitivamente o ilimitado Brahma, se torna Brahma. Na
família desse (família de mestre-discípulo) não há alguém que não conhece Brahma. Ele
ultrapassa a infelicidade, ele ultrapassa o papa (o certo e errado), ele se liberta dos nós do
coração, se torna imortal.

TadeTad*ca>Yau¢-Ma(

i§-YaavNTa" é[aei}aYaa b]øiNaïa"

SvYa& JauûTa Wk-iz| é[ÖYaNTa" )

TaezaMaevETaa& b]øivÛa& vdeTa

iXaraev]Ta& iviDavÛESTau cq<aRMa( )) 10 ))


tadetadåcäbhyuktam --
kriyävantaù çrotriyä brahmaniñöhäù
svayaà juhvata ekarñià çraddhayantaù |
teñämevaitäà brahmavidyäà vadeta
çirovrataà vidhivadyaistu cérëam || 10 ||
Aquela essa (prescrição sobre a transmissão do conhecimento) é citada pela Rk
(pelo mantra Rk) -- Aqueles que seguem as disciplinas, aqueles que são versados nos
Vedas, aqueles que estão firmes na busca de Brahma, aqueles que por si mesmos fazem o
ritual (chamado) Ekarsi, aqueles que têm fé, somente para esses este conhecimento de
Brahma (alguém) deve ensinar, e também para aqueles por quem o ritual é feito conforme
o estipulado.

TadeTaTSaTYaMa*izri®r" Pauraevac NaETadcq<aRv]Taae_DaqTae )

NaMa" ParMa‰iz>Yaae NaMa" ParMa‰iz>Ya" )) 11 ))


tadetatsatyamåñiraìgiraù puroväca naitadacérëavrato’dhéte |
namaù paramaåñibhyo namaù paramaåñibhyaù || 11 ||
O rsi Angiras no passado falou aquilo isso que é o Ilimitado. Aquele que não seguiu
a disciplina não deve estudar este (conhecimento). Saudações aos grandes rsis, saudações
aos grandes visionários.

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