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TURMA II
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ORIXÁ OXUM
Ora Yê Yê Ô Mamãe Oxum
São Paulo - SP
2019
Trabalho de Grupo do Curso Umbanda na
Angola – Escola de Magia Divina Luz do
Oriente.
Yalorixás:
São Paulo - SP
2019
ORIXÁ OXUM – Fernando Henrique de Castro, Miriam Carla de Souza Lessa,
SUMÁRIO
b. Narrativa
Oxum é conhecida por sua delicadeza. As lendas adornam-na com ricas vestes e
objetos de uso pessoal, onde sua imagem é quase sempre associada a
maternidade, sendo comum ser invocada com a expressão “Mamãe Oxum”.
Gosta de usar colares, joias, perfumes, etc.
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Filha predileta de Oxalá e Yemanjá. Nos mitos, ela foi casada com Oxóssi, a
quem engana, com Xangô, com ogum, de quem sofria maus tratos e xangô a
salva.
Seduz Obaluaiê, que fica perdidamente apaixonado, obtendo dele, assim, que
afaste a peste do reino de Xangô. Mas Oxum é considerada unanime como uma
das esposas de xangô e rival de Iansã e Obá.
Segunda mulher de Xangô, deusa do ouro (na África seu metal era o cobre),
riqueza e do amor, foi rainha em Oyó, sendo a sua preferida pela jovialidade e
beleza.
É o orixá do amor, Oxum é doçura sedutora. Todos querem obter seus favores,
provar do seu mel, seu encanto e para tanto lhe agradam oferecendo perfumes e
belos artefatos, tudo para satisfazer sua vaidade. Na mitologia dos orixás ela se
apresenta com características específicas, que a tornam bastante popular nos
cultos de origem negra e também nas manifestações artísticas sobre essa
religiosidade. O orixá da beleza usa toda sua astúcia e charme extraordinário
para conquistar os prazeres da vida e realizar proezas diversas. Amante da
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fortuna, do esplendor e do poder, Oxum não mede esforços para alcançar seus
objetivos, ainda que através de atos extremos contra quem está em seu caminho.
Seu maior desejo, no entanto, é ser amada, o que a faz correr grandes riscos,
assumindo tarefas difíceis pelo bem da coletividade. Em suas aventuras, este
orixá é tanto uma brava guerreira, pronta para qualquer confronto, como a frágil e
sensual ninfa amorosa. Determinação, malícia para ludibriar os inimigos, ternura
para com seus queridos, Oxum é, sobretudo a deusa do amor.
A face de Oxum é esperada ansiosamente por sua mãe, que para engravidar
leva ebó (oferenda) ao rio. E tal desespero não é o de Iemanjá ao ver sua filhinha
sangrar logo após nascer. Para curá-la a mãe mobiliza Ogum, que recorre ao
curandeiro Ossãe, afinal a primeira e tão querida filha de Iemanjá não podia
morrer. Filha mimada, Oxum é guardada por Orumilá, que a cria.
Nanã é a matriarca velha, ranzinza, avó que já teve o poder sobre a família e o
perdeu, sentindo-se relegada a um segundo plano. Iemanjá é a mulher adulta e
madura, na sua plenitude. É a mãe das lendas – mas nelas, seus filhos são
sempre adultos. Apesar de não ter a idade de Oxalá (sendo a segunda esposa
do Orixá da criação, e a primeira é a idosa Nanã), não é jovem. É a que tenta
manter o clã unido, a que arbitra desavenças entre personalidades contrastantes,
é a que chora, pois, os filhos adultos já saem debaixo de sua asa e correm os
mundos, afastando-se da unidade familiar básica.
Para Oxum foi reservado o posto da jovem mãe, da mulher que ainda tem algo
de adolescente. Sua responsabilidade em ser mãe se restringe às crianças e
bebês. Começa antes até na própria fecundação, na gênese do novo ser, mas
não no seu desenvolvimento como adulto. Oxum também tem como um de seus
domínios, a atividade sexual e a sensualidade em si, sendo considerada pelas
lendas uma das figuras físicas mais belas do panteão místico Iorubano.
Tudo que sai da boca dos filhos da Oxum deve ser levado em conta, pois eles
têm o poder da palavra, ensinando feitiços ou revelando presságios.
penteia seus cabelos, põe suas joias e pulseiras, tudo isso num movimento
lânguido e provocante
Falangeiro é aquela Entidade que está somente abaixo do Orixá, ele comanda as legiões de
Entidades e Espíritos que se afinizam na vibração do Orixá que os governa. Em algumas
casas podem também ser chamados de “qualidades dos Orixás”.
Pesquisamos alguns Falangeiros na vibração de Oxum com outro Orixá, que listamos
abaixo explanando um pouco sobre as características de cada qualidade, antes frisemos
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alguns apetrechos utilizado pelas diversas qualidades com a explicação para facilitar o
entendimento.
a. Apetrechos:
• Abebé é um leque metálico circular, que contém guizos, que é utilizado por
Oxum como instrumento musical e ao mesmo tempo como insígnia. Abebe é um
dos símbolos das Ìyáàgbá (Mães mais velhas ou anciãs). Que seu significado é
apenas a forma de uma cabaça invertida com desenhos de pássaros, que é de
onde vem sua força mística, símbolo da sociedade Gèlèdè. O abébè é uma
espécie de objeto de metal circular, com um pássaro e um peixe no centro, e
simboliza o poder feminino de gestação e a importância da maternidade para as
sociedades africanas. O abébè reporta à nobreza das rainhas mães africanas
que, ao chegarem ao Brasil, lutaram para criar seus filhos e verem prosperar as
suas famílias. A cabaça imemorialmente representa a barriga - útero, a
sexualidade feminina e o todo emanente dessa simbolização, - marcando
desenho volumoso, sempre lembrando um estado de gravidez - repertório
constante da vida e sua procriação, para os homens e os deuses. O abebê é
objeto yoruba - condicionamento ao amplo imaginário referente a cabaça,
constituindo-se num emblema das Yas, que são as mães ancestrais, divindades
das águas, relacionadas com a vida e a morte. Também, está correta a
afirmação do abebê que contém o ESPELHO e também estamos falando da
evolução deste objeto que evoluiu em sua forma. Podemos afirmar com a
máxima clareza que o conceito cabaça é africano, o leque é de origem cubana, e
da origem do espelho usado Candomblés brasileiros nasce por volta de 1780 ou
1790 com costumes totalmente diferentes do povo de origem.
De 4.000 a 3.000 a.C., povos da Mesopotâmia (onde hoje fica o Iraque) e do Egito
começaram a fabricar espelhos usando chapas de cobre polido. Cerca de mil anos
depois, habitantes da América Central e da América do Sul poliam pedras para que
pudessem ser usadas como espelhos – na China, usava-se bronze.
Durante milênios, olhar o próprio reflexo não era uma tarefa fácil. Não que as
pessoas fossem especialmente feias: o problema era a escassez de bons espelhos.
Felizmente, no século 19, a situação começou a mudar.
O químico Justus von Liebig desenvolveu um método para aplicar uma fina camada
de prata metálica sobre vidro, dando origem aos espelhos modernos. Com o passar
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das décadas, a técnica de von Liebig foi aperfeiçoada e se espalhou pelo mundo, e
hoje há espelhos de incontáveis formatos e tamanhos.
b. Qualidades de Oxum
Oxum Apará: Trabalha em vibração com Ogum. Essa é considerada a mais jovem
Falangeira de Oxum. Sempre ligada a Ogum, ela é vista como a Guerreira. Em
algumas regiões também é conhecida com o nome de Oxum Opará. Ela leva uma
espada na mão, e em algumas vezes pode estar vestida da cor marrom
avermelhada, mas também se utiliza de vestes azul claro ou rosa claro. Muitos a
chamam de "Senhora da Espada". Ela por vezes é confundida com Iansã, pelo jeito
guerreiro. Essa Oxum é a dona dos objetos cortantes, sendo dona da navalha. É
Oxum Apará que dá visão ao Jogo de Búzios, pois ela tem uma relação com o
próprio Exu.
Oxum Ijimum: Trabalha em vibração com Iemanjá. Considerada uma velha Oxum,
também conhecida por Ijimú, Ijumú, Jumu,jumum Ou Ygemum. Ela normalmente se
veste nas cores azul claro ou cor de rosa. Leva nas mãos o Abebé e o Alfanje. Ela
também é considerada como a rainha entre todas as Oxuns e senhora responsável
pelos Otás (pedras) e por tudo que vive no fundo dos rios. É dito que essa Oxum tem
o poder de segurar uma gravidez conturbada. Ela também é a senhora da
fecundidade. Ela tem uma ligação fortíssima com Iemanjá, por essa ligação ela é
vista e considerada como a mãe das Oxuns.
Oxum Ifé: Trabalha em vibração com Xangô. Tem a força da cachoeira que cai da
pedreira. Sua demonstração de poder vem com a demonstração das quedas d'água
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e a durabilidade da pedra. Com sua ligação com Xangô, se junta a jovialidade com a
experiência, fazendo assim uma força extrema. Suas vestes têm tons amarronzados
por entre o azul. É sabia e justiceira.
Oxum Abalu: Trabalha em Vibração com Omulú, Iansã, Ogum e Oxossi. Essa é
considerada uma velha Oxum, a que tem um dos mais antigos cultos conhecidos.
Ela normalmente se veste de cores claras, e está sempre com seu Abebé e seu
alfanje, em alguns rituais também pode estar com um Erukerê nas mãos. É dito que
ela é muito severa e autoritária, mas sempre se acalma ao receber um ramo de
hortênsias. É dito também que ela anda junto com Omulú pelos quatro cantos do
mundo em andanças de curas a quem precisa.
Oxum Yeye Oga: Trabalha em vibração com Nanã Buruquê. Vista também como
uma velha Oxum, tem muita ligação com Nanã Buruquê. Ela sempre traz nas mãos
um Abebé e um alfanje. Uma característica comum é a proteção a seus filhos. Como
uma boa guerreira, a Oxum Yeye Oga nunca deixa uma luta para trás. É dito que
ela é um tanto ranzinza, implicante e cheia de manias. Representa a mulher
envelhecida e também a existência absoluta da humanidade, sendo responsável por
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todo filho a partir dos 60 anos. Ela é protetora dos idosos. Senhora das mandingas,
vive nas florestas tomando conta de mananciais.
Oxum Yeye Petu,: Trabalha em vibração com Ossãe. De culto muito antigo, sempre
observada nas nascentes dos rios e no interior das florestas fechadas. Tem a força
das ervas, protetora da fauna e flora. Muito ligada a Ossãe e a Obaluaiê. É dito
que ela é ingênua e sensual, suas vestes têm tecidos muito estampados que
predomina o amarelo. No seu trabalho com Obaluaiê é dito que ela entra com ele
nos rituais na Calunga Pequena. A Oxum Yeye Petu é a guardiã dos segredos
insondáveis, sobre ela pouco se sabe e nada se diz. O simples pronunciar seu nome
é revestido de muito respeito e por muitas vezes considerado um grande tabu.
Oxum Yeye Karê: Trabalha em vibração com Logum Edé. Oxum guerreira jovem,
lutadora, protetora e sempre atenta. Ligação grandiosa com Odé Karé, ou Logun Edé
como é mais conhecido. É aquela que auxilia e comanda todo e qualquer movimento
ligado a abundância e também a fertilidade. Ela tem o poder da multiplicação do
útero nos casos de gêmeos, trigêmeos, etc. Ela é a dona da bolsa de água e tem o
direito de aumentar o espaço da gestação. Ela também é a rainha da caça e deusa
da pesca, e aquela que mora dentro das águas da cachoeira e ao mesmo tempo nas
entradas das matas. E a protetora dos caçadores noturnos, mas apenas os que
caçam para se alimentar, ou alimentar familiares.
Oxum Yeye Oke: Trabalha em vibração com Oxossi Uma jovem guerreira, com
ligação ao povo das matas e a Oxossi, carrega sempre um Ofá e um Erukerê. Tem
como característica principal a força e a vontade de lutar. Também conhecida como
Loke, Lê Iê Oke ou Eoqu Êh. Muito semelhante a Oxum Yeye Karê fazendo assim
que muitos confundam uma com a outra achando que são a mesma Oxum. Ela se
apresenta como guerreira, mas também é uma caçadora. Vive no interior das matas
e florestas. Se veste de amarelo ouro e por muitas vezes pode trazer uma espada
também nas mãos.
Oxum Yeye Olokô: Suprema guerreira que vive nas florestas nos grandes poços de
água, considerada a padroeira do poço. Também conhecida como Oxum Dôco. É a
Oxum envelhecida, um tanto ranzinza e cheias de manias, assim como a Oxum Yeye
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Oxum Yeye Merin: Trabalha em vibração com Ibeiji. A Oxum Menina, tem como
característica seu jeito jovial, infantil. Tem toda concentração de vaidade, beleza e
elegância de uma Oxum, numa característica infantilizada. Sorriso meigo e olhos
brilhantes também chamam muito atenção nessa Oxum. Pode ser conhecida
também como Oxum Iperí, Oxum Ibeiji, Oxum Menina, Oxum Merimeri ou Oxum
Nova. É essa Oxum que protege os filhos nos possíveis períodos de pragas. Muito
justiceira, dando o poder de fazer justiça por contra própria a seus escolhidos. É dito
que essa Oxum era a que vibrava na coroa de Mãe Menininha do Gantois.
Oxum Yeye Ayálá: Trabalha em vibração com Ogum. Oxum de forma envelhecida,
aliás uma das mais velhas, retém o poder com a bolsa lacrimal, manifestando
através das lágrimas tanto de alegrias quanto de tristezas, dando forças a quem
passa dificuldade na vida por qualquer motivo. Ela representa o sofrimento e a dor
através da lágrima, assim como representa a felicidade intensa da mesma forma.
Tem as cores azul claro e amarelo em suas vestes, é adepta ao uso de ouro, metal
que lhe pertence por direito na qual está ligada de todas as formas.
Oxum Yeye Lokun: Trabalha em vibração com Iemanjá. Tem uma ligação muito
grande com Iemanjá. A junção do rio com o mar trazendo as forças das águas para
vencer obstáculos. Ela se veste com cores claras, traz nas mãos o Abebé e o alfanje.
Ela herdou o conhecimento do futuro que era só mostrado por Ifá. Tem o poder da
intuição, e por esse motivo muitos filhos a chamam de "Senhora da Intuição.
Oxum Yeye Lokun, que também é conhecida como Popolokun, é revestida por uma
enorme aura de mistérios, tem a morada em lagoas profundas, e a lenda diz que ela
aprisiona em seu reino aqueles que se aventuram a mergulhar em suas águas.
c. Entidades de Oxum
São mais lentos na forma de incorporar e até falar. Passam para o médium uma
serenidade inconfundível. Não são tão diretos para falar, enfeitam o máximo a conversa
para que uma verdade dolorosa possa ser escutada de forma mais amena, pois a
finalidade não é "chocar" e sim, fazer com que a pessoa reflita sobre o assunto que está
sendo falado.
Falamos dos pretos velhos, mas também temos os caboclos e caboclas que
trabalham na irradiação de Mamãe Oxum...Mamãe Oxum representa a linha
d’água assim como Iemanjá a Rainha do Mar, atribuímos á Oxum
as águas doces, dos rios e cachoeiras.
Erês de Oxum
A criança de Oxum encanta a todos com seu jeito gracioso, meigo, doce e muito
charmoso. Muito comilona, adora experimentar incrementar seus lanches. A
cautela com esta criança está em não a melindrar, pois quando ela sente-se
magoada torna-se arredia e de pouca conversa.
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CAPITULO 3 - SINCRETISMO
Falaremos um pouco sobre elas pois acreditamos que Oxum seja uma das divindades mais
cultuados em toda a história das civilizações humanas:
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Afrodite – (Grega) é uma Deusa do amor, do prazer e da beleza. A murta, a romã, a maçã, a
pomba, o pardal e o cisne são-lhe consagrados.
Aine – (Irlandesa) é uma Deusa primária irlandesa do amor, Verão, saúde e soberania. É
associada ao sol e ao Lammas, e, algumas vezes, é representada por uma égua vermelha.
Também lhe são sagradas as plantações férteis, o gado e o ganso selvagem. A
Deusa/Rainha das Fadas.
Branwen – (galesa) é uma Deusa do amor e da beleza. É considerada a “Vénus dos mares
do Norte”. Ela é uma das três matriarcas da Grã-Bretanha, com Rhiannon e Arianrhod. Filha
do Deus do mar, Llyr ou Lir. Tem como símbolos o caldeirão, a Lua Prateada, o corvo
branco, a pomba e o estorninho. O branco é cor sagrada desta Deusa do Coração Puro.
Ezili ou Erzulie – (Africana/Haitiana) é uma Deusa Lunar muito elegante. Gosta de flores,
joias, belos vestidos e delicados perfumes. No seu aspecto luminoso é regente do amor, da
alegria, da beleza, da magia, da cura e da boa sorte; no seu aspecto escuro, em vez de
propiciar o amor, ela provoca ciúmes, egoísmo, discórdias e vingança. Rege a água e é
representada como sereia ou serpente aquática.
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Freya era também a Deusa da magia e da adivinhação, sendo ela quem iniciava os deuses
na arte da magia. São lhe sagrados o gato, o falcão e a andorinha
Hathor – (Egípcia) é uma Antiga Deusa Egípcia que personificava os princípios do amor,
maternidade e alegria. Era uma das deidades mais cultuadas e popular da História do Egipto
Antigo. Associada à música, dança, terras estrangeiras e fertilidade, ajudando as mulheres a
dar à luz. Representada por vacas.
Hnoss & Gersemi – (Nórdica) as duas filhas de Freya, Hnoss (que significa tesouro) e
Gersemi (joia), são consideradas a continuidade ou aspectos da beleza materna e eram
reverenciadas como Deusas do amor. O seu dom era o de despertar amor e aumentar a
capacidade de entrega das pessoas. Representadas pela pomba e gata e pela água e o
fogo.
Isthar – (Babilónica) é a Deusa da Lua, de terra, do amor, relacionada com nascentes e com
o orvalho, sendo, este último, símbolo de fertilidade. Protetora das prostitutas, do parto e do
amor sexual, rainha das estrelas e do céu e, como Deusa Negra é deusa das tempestades e
da guerra, sendo também provedora de sonhos e presságios, de revelação e compreensão
das coisas que estão escondidas, além de Deusa da magia. São lhe sagrados os leões,
touros e dragões.
Prende – É a Deusa Albanesa do Amor. No folclore Albanês ela é a parte feminina do par da
fertilidade com Prendi, Deus do trovão e do carvalho. Nas lendas da Albânia Prende é
conhecida como zoja e bukuris ("a rainha da beleza").
Qandisa – (Norte Marrocos) é uma jovem Deusa da luxúria e do amor, representada como
um demônio, vive em fontes e rios. Seduz jovens, deixando-os loucos. No Solstício de
Verão, são-lhe oferecidos sacrifícios. É possível que seja uma versão de uma Deusa mais
velha como Astarte.
Vênus – (Romana) é uma Deusa associada ao amora, beleza e fertilidade. Idêntica à grega
Afrodite. É associada aos golfinhos, ao ganso, o cisne e a pomba. (ver Afrodite)
Deusa japonesa do amor, eloquência, sabedoria, artes, música, conhecimento, boa sorte e
água. Ela é a padroeira das gueixas, dançarinos e músicos. Originalmente ela era uma
deusa do mar e das águas, cuja imagem era deixada em muitos locais perto de lagos.
Benten é retratado como uma bela mulher, montada em um dragão tocando um instrumento
com cordas. Ela tem oito braços e têm em suas mãos uma espada, uma joia, um arco, uma
flecha, uma roda, e uma chave. Suas mãos restantes estão unidas em oração. Mas também
pode ser representada com apenas dois braços tocando um alaúde.
Dizem que ela é indicada para evitar terremotos, sendo adorada em muitas ilhas,
especialmente a ilha de Enoshima. Benten, também chamada de Benzaiten, é originalmente
de origem hindu e está associada com Sarasvati (que significa “água corrente” e, portanto,
representando os fluxos), a deusa indiana da música e da sabedoria.
Benzaiten é a única mulher entre os Sete Deuses da Sorte do Japão. Seus templos e
santuários são quase invariavelmente sempre perto de água – o mar, um rio, ou de uma
lagoa. A joia que carrega concede desejos, alguns dizem que é um jade, enquanto outros
dizem que é uma pérola.
De acordo com uma lenda, um dragão marinho destruiu metade da ilha de Enoshima até
que Benten se casou com ele, devido a isso, muitas vezes é representada como uma bela
mulher com o poder de assumir a forma de uma serpente, ou um dragão.
Seu primeiro templo foi construído em Enoshima por Minamoto Yoritomo, o fundador do
Xogunato Kamakura. Mais tarde, Ieyasu Tokugawa fez do templo da deusa na ilha o local
oficial de reza da família. Durante a Restauração Meiji, por causa dessa ligação íntima com
o Xogunato Tokugawa, todas as construções budistas de Enoshima foram completamente
destruídas.
A Deusa Parvati é uma das muitas manifestações da Deusa Durga, a Deusa Hindu que
representa o grande poder feminino. Parvati retrata um lado gentil e maternal da Deusa.
Juntamente com a Deusa Sarasvati (Deusa das artes e da sabedoria) e com a Deusa
Lakshmi (Deusa da riqueza e da prosperidade), Parvati faz parte da trindade de Deusas
Hindus conhecida como Tridevi.
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Local: Índia
A Deusa Parvati é uma Deusa Hinduserena, tranquila e cheia de amor. Parvati também é
considerada uma Deusa da fertilidade e seus devotos geralmente pedem por bons
casamentos, para resolver problemas amorosos e para atrair o amor de forma geral.
Sempre que está ao lado de Shiva, a Deusa Parvati possui apenas dois braços e
geralmente segura um lótus em sua mão direita. Quando vista sozinha ela é geralmente
representada com quatro braços e pode segurar diversos itens em suas mãos como uma
concha, um espelho, uma coroa, um rosário, um sino, um prato de arroz, uma ferramenta de
agricultura ou cana de açúcar
Como podem ver o amor a concepção sempre foi muito importante em todas as culturas e
civilizações e podemos notar muitas características parecidas com nossa querida mãe
Oxum
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CAPITULO 4 - LENDAS
Um dia Orunmilá saiu de seu palácio para dar um passeio acompanhado de todo
seu séquito. Em certo ponto deparou com outro cortejo, do qual a figura principal era
uma mulher muito bonita. Orunmilá ficou impressionado com tanta beleza e mandou
Exu, seu mensageiro, averiguar quem era ela. Exu apresentou-se ante a mulher com
todas as reverências e falou que seu senhor, Orunmilá, gostaria de saber seu nome.
Ela disse que era Iemanjá, rainha das águas e esposa de Oxalá.
Ninguém sabe ao certo o que se passou no palácio, mas o fato é que Iemanjá ficou
grávida depois da visita a Orunmilá. Iemanjá deu à luz a uma linda menina. Como
Iemanjá já tivera muitos filhos com seu marido, Orunmilá enviou Exu para comprovar
se a criança era mesmo filha dele. Ele devia procurar sinais no corpo. Se a menina
apresentasse alguma marca, mancha ou caroço na cabeça seria filha de Orunmilá e
deveria ser levada para viver com ele.
Assim foi atestado, pelas marcas de nascença, que a criança mais nova de Iemanjá
era de Orunmilá. Foi criada pelo pai, que satisfazia todos os seus caprichos.
Por isso cresceu cheia de vontades e vaidades, o nome dessa filha é Oxum.
Certa vez, o rei de Oloú, precisava atravessar o rio onde vivia Oxum, o rio naquele
dia se encontrava enfurecido e os exércitos do rei não podiam passar pelas
traiçoeiras correntezas.
Oloú fez um pacto com Oxum para que baixasse o nível das águas, em troca lhe
oferecia uma bela prenda, Oxum entendeu que Oloú estava prometendo Prenda
Bela.
Prenda Bela era o nome da mulher de Oloú, filha dileta do rei de Ibadã. Oxum
baixou o nível das águas e Oloú passou com seu exército. Oloú jogou no rio a bela
prenda: uma grande oferenda com as melhores comidas e bebidas, os mais finos
tecidos, joias luxuosas e raros perfumes, correntes de ouro puro, banhos preciosos.
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Tudo foi devolvido para as areias das margens de Oxum, Oxum só queria Prenda
Bela, a princesa. Tempos depois, Oloú retornou vitorioso de sua expedição e, ao
chegar ao rio, este novamente estava turbulento, o rei ofereceu de novo o mesmo
que ofertara antes: uma bela prenda com as melhores comidas e bebidas os mais
finos tecidos, joias luxuosas e raros perfumes, correntes de ouro puro, banhos
preciosos.
Oxum recusou o oferecido, tudo foi devolvido à praia, intocado, ela queria Prenda
Bela, a esposa de Oloú, que estava grávida, contrariado, mas sem ter outra saída,
Oloú lançou ao rio sua indefesa e grávida consorte, ao ser lançada às águas
revoltas, Prenda Bela deu à luz uma criança, Oxum devolveu a criança; era somente
Prenda Bela que ela queria.
Oloú seguiu seu caminho, retornando muito triste a seu reino, o rei Ibadã logo foi
informado do fim trágico da filha, declarou guerra à Oloú, venceu-o e o expulsou
para sempre do país.
Vivia Oxum no palácio em Ijimu, passava os dias no seu quarto olhando seus
espelhos, eram conchas polidas onde apreciava sua imagem bela.
Um dia saiu Oxum do quarto e deixou a porta aberta, sua irmã Oyá entrou no
aposento, extasiou-se com aquele mundo de espelhos, viu-se neles.
As conchas fizeram espantosa revelação a Oyá, ela era linda! A mais bela! A mais
bonita de todas as mulheres! Oyá descobriu sua beleza nos espelhos de Oxum, Oyá
se encantou, mas também se assustou: era ela mais bonita que Oxum, a Bela.
Tão feliz ficou que contou do seu achado a todo mundo, e Oxum Apará remoeu
amarga inveja, já não era a mais bonita das mulheres, vingou-se.
Um dia foi à casa de Egungun e lhe roubou o espelho, o espelho que só mostra a
morte, a imagem horrível de tudo o que é feio, pôs o espelho do Espectro no quarto
de Oyá e esperou, Oyá entrou no quarto, deu-se conta do objeto, Oxum trancou Oyá
pelo lado de fora, Oyá olhou no espelho e se desesperou.
Tentou fugir, impossível, estava presa com sua terrível imagem, correu pelo quarto
em desespero, atirou-se no chão, bateu a cabeça nas paredes, não logrou escapar
nem do quarto nem da visão tenebrosa da feiura. Oyá enlouqueceu, Oyá deixou este
mundo.
Obatalá, que a tudo assistia, repreendeu Apará e transformou Oyá em orixá. Decidiu
que a imagem de Oyá nunca seria esquecida por Oxum. Obatalá condenou Apará a
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se vestir para sempre com as cores usadas por Oyá, levando nas joias e nas armas
de guerreira o mesmo metal empregado pela irmã.
Omolokum
ingredientes:
preparo:
Ipeté
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ingredientes:
• 1Kg de inhame
• 8 camarões frescos graúdos
• 200 gr de camarão seco defumado
• 2 colheres (chá) de azeite de oliva
• 1 cebola
• 1 tigela de louça branca
• 1 quartinha de louça branca
• 1 garrafa de vinho licoroso doce e branco
• 1 Maço de flores do campo amarelas
preparo:
Descasque, lave e corte o inhame em rodelas; cozinhe em água até dar o ponto de
amassar com o garfo.
Rale a cebola e refogue no azeite doce sem deixar escurecer.
Acrescente os camarões secos limpos e deixe-os corar até atingir um tom de cor
avermelhado.
Amasse o inhame até obter um purê homogêneo e acrescente ao refogado; mexa
bem.
Coloque na tigela e enfeite com os camarões frescos.
Abará
ingredientes:
preparo:
Durante as pesquisas, deparamos com certa confusão onde atribuem Ndanda Lunda ou
Dandalunda a uma qualidade de Oxum, definitivamente Dandalunda não é Oxum. Oxum é
uma divindade Nigeriana e Dandalunda é uma divindade Congo/Angolana.
Dandalunda mantem um grande laço de amizade com o Inkice Katende, pois para o
equilíbrio da mistura das ervas para a feitura do amanci, há necessidade das águas de
Dandalunda. Deusa das cachoeiras e das águas doces.
a. Qualidades de Dandalunda
• Mameto Ngiji Ria Apunké (Equivalente a Abalu no Kétu) - É velha, bem idosa, tem
numerosos filhos e netos, é severa e autoritária. Usa o azul claro e é a verdadeira
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dona do leque. Come com Mikaia no rio e na lagoa. Suas contas são azul cristal.
Come tartaruga, cabrito castrado e pata.
b. Lenda
"Numa certa manhã, vinha de cabeça baixa e muito triste uma Kerere, lamentando-se: -
Estou fraca, estou fraca, estou fraca! Resolveu saciar a sede num riacho. Lá deparou-se
com uma linda mulher que se banhava e como só ela sabia, começou a pintar-se. Kerere
quando viu aquilo admirou-se. Era Dandalunda, aquela que dá brilho às joias e se banha e
se pinta antes mesmo de cuidar dos filhos. Dandalunda quando percebeu a tristeza daquela
ave perguntou-lhe: - Porque essa tristeza Kerere? Kerere respondeu-lhe: - Entre os meus
pares eu sou a mais feia! Naquela época Kerere era toda preta. Dandalunda então pediu
para Kerere se aproximar. Ela pegou em oxum e pintou o seu bico, depois, com oxum
vermelho, pintou os brincos. Depois com waji tornou as penas azul escuro e com efum fez
as pinturas brancas. E continuou a pintar Kerere. Esta, ao ver a sua imagem no abebé de
Dandalunda, saiu correndo de tanta felicidade cantando: - Kuéim, kuéim, kuéim. Dandalunda
que ainda não tinha terminado de pintar Kerere pediu a Kakulu, divindade dos gêmeos, para
que corresse atrás de Kerere e a trouxesse de volta pois não tinha pintado o seu peito.
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Kerere lá voltou e pediu para que Dandalunda, ao invés de pintar o peito, lhe desse um
colar. Dandalunda fez-lhe a vontade e ofereceu-lhe um colar em forma de coroa que Kerere
carrega até hoje, e entre os seus pares é a mais linda de todas. Tempos depois, Kerere
voltou e tornou-se o primeiro ser que “tomou” obrigações por aquela que é capaz de
modificar todos com a sua doce magia encantada. Kerere foi o primeiro ser raspado,
adornado e pintado por Dandalunda e é por este motivo que quando um Kerere é sacrificado
temos que tirar este colar em forma de coroa e colocá-lo em evidência! Kerere é também
conhecida por Konquem, “Tô” fraco, E tu ou Galinha de Angola.
O elemento ouro é simbolicamente ligado a mamãe Oxum que por usa vez é
a orixá manifestadora do amor divino de Deus. Isso reflete muito da importância que esse
fator (amor) tem para os seres e coloca esse mistério responsável por agregar e viabilizar a
concepção e a realização de tudo o que existe no planeta, como algo precioso a todos nós.
Entretanto, no mistério de Oxum também temos a sua essência que corresponde à um
elemento da natureza e que damos o nome de Trono Mineral assim como acontece com os
demais orixás, tendo Oxalá no Trono Cristalino, Oxóssi no Vegetal, Xangô no Ígneo, Ogum
no Aéreo, Obaluayê no Telúrico e Iemanjá no Aquático.
No conteúdo de estudos orientados pela espiritualidade à Pai Rubens Saraceni vamos ter a
percepção que os orixás possuem falanges de espíritos que trabalham à esquerda do seu
mistério e à direita deles, já que na Umbanda orixá não incorpora para trabalhar. Sendo
assim, a linha de Exu do Ouro vai se encaixar nessa concepção conferindo a ela o
trabalho à esquerda de mamãe Oxum em nosso plano físico.
Como o entendimento dessa linhagem ainda é nova para a maioria das pessoas e pouco se
sabe sobre seus mistérios, a forma com que nos relacionamos com essa força se dá na
maioria das vezes por meio do culto que é estabelecido uma ou duas vezes por ano – mas
isso, claro, pode variar de acordo com os fundamentos da casa de fé.
Como dito a linha de Exu do Ouro está sob a imantação de Oxum e por isso evoluem sob a
frequência, iluminação e axé dessa Orixá e entendendo essa regência já temos diversos
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assuntos à se explorar sobre o trabalho desenvolvido por Exu do Ouro, bem como, que
nesta irradiação encontramos um dos fragmentos das diversas formas de amor propagadas
por Oxum.
Exemplificando essa questão no Treinamento EXU DO OURO dizendo que podemos
entender a manifestação de Exu do Ouro como um trabalho regido por uma das
particularidades do mistério do amor, que para nós se dá por meio da prosperidade.
As entidades da linha de Oxum
As entidades dessa linha são extremamente evoluídas. São externadas pelos seus cavalos.
Possuem vozes infantis e vivas, com modo sereno. No plano de protetores, costumam
sentar no chão para comer coisas doces. Suas melodias são alegres e em algumas
ocasiões tristes. Falam muito em papai e mamãe do céu, bem como de mantos sagrados.
Os exus da linha de Oxum são os que mais representam a pureza extrema das crianças e o
amor. Por isso, são os que mais trazem o tom de “inocente” a essa vibração espiritual.
• Toquinho da Calunga
• Caveirinha
• Calunguinha
• Porteirinha
• Corisco
• Quebra Osso
• Poeirinha
• Covinha
• Joãozinho Navalha
• Brasinha
• Foguinho
• Zezinho da Encruzilhada
• Pedrinho do Cemitério
• Mariazinha do Cemitério
• Chuvisco
• Rosinha do Cemitério
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Rosa do Ouro é uma linda Flor do Divino Tesouro do Reino do AMOR da Mamãe OXUM!
É a Senhora Pomba gira que nos convida a buscar esse AMOR que limpa e liberta:
Vem auxiliar a quem sofre o peso da mágoa que o nosso coração aperta, a nos impor
restrições...
Vem para endireitar nossos caminhos, um a um,
Apontando que é preciso ter Amor no coração para a Prosperidade alcançar:
Porque o Amor é a maior Riqueza que se pode sonhar!
Por isso, ela fala aos nossos corações que é preciso ter bons sentimentos,
Clarear os pensamentos e dulcificar as emoções,
Pra que a Vida Maior nos responda com chuvas e chuvas de Bênçãos!...
Quando ela pede, faceira, ao aflito que a procura,
A oferenda singela de uma moeda ou de uma rosa amarela,
Está mostrando que a Vida nos pede o primeiro passo:
Pede troca, pede beleza, pede o melhor que nós temos,
Pra se alcançar a Cura de qualquer tipo de dor
E viver pleno da Riqueza Suprema que obtemos
No Regaço da Mãe Divina do AMOR!...
Rosa do Ouro é a Flor-Mulher que exala o doce Perfume do AMOR que a cativou!...
Por isso ela vem nos ensinar a esse Caminho trilhar,
Para também nos brindar com o OURO que a iluminou!...
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Salve, ó Senhora!
Salve o teu giro, a tua dança!
Salve a tua graça que nos encanta!
Salve o AMOR que exala do teu Ser!
Ajuda-nos, ó Querida,
A valorizar nossa vida,
Pra mais do OURO de DEUS receber!
Laroyê, Senhora Pomba gira Rosa do Ouro!
Uma das maiores dificuldades para os médiuns umbandistas encontra-se no campo dos
assentamentos de forças e de poderes que lhes darão a sustentação, a defesa e o amparo
em seus trabalhos ou em suas sessões espirituais.
a. Força e Poder
O assunto é complexo e sua abordagem é delicada porque, tal como no campo das
oferendas, algumas coisas mudam de pessoa para pessoa e o que é certo e necessário
para uma não é para outra força (ou outro poder).
O que é espiritual não é divino e vice-versa. Logo, é necessário que usemos as palavras
que diferenciem e classifiquem corretamente as entidades que formam o lado invisível da
criação e que estão dando sustentação a Umbanda.
Poder é algo permanente, estável e realiza-se por si só na vida de seus beneficiários, não
dependendo de nada além de Deus para influir sobre tudo e todos em seu campo ou faixa
de atuação.
Tomemos como exemplo o Orixá Ogum e os Caboclos de Ogum, para que não fiquem
dúvidas quanto as diferenças que existem entre poder e força.
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• Ogum é Orixá ordenador da criação e modelador do caráter e da moral dos seres, visto
que ele é o poder em si manifestado por Deus para atuar sobre tudo e todos ao mesmo
tempo sem que nunca perca seu poder se atuação; nunca se enfraqueça; nunca deixe de
ser onipotente, onisciente e oniquerente.
Ogum é o poder de Deus em ação permanente, imutável e intransferível; o que Ogum faz só
Ogum pode e consegue fazer.
Ele independe de algo mais de Deus para ser o que é ou como é, e nada posterior ou
inferior a ele influencia-o ou altera esse seu estado de ser e de poder.
Ele modela o caráter e a moral dos seres. Independentemente de sua vontade, sua
influência se faz sentir na própria consciência de todos os transgressores das leis divinas e
humanas, não importando se conhecem ou não Ogum, pois “ogum é um dos nomes
humanos já dados a esse poder, que já recebeu outros nomes e no futuro receberá outros.
Tenha o nome que lhe for dado, ainda assim ele continuará a ser o que é: o poder
modelador do caráter e da moral dos seres e o ordenador divino dos procedimentos.
Quanto a força pegamos como exemplo para defini-la os Caboclos de Ogum, para que fique
bem claro o seu significado.
Enquanto atua de dentro para fora dos seres, o Caboclo de Ogum atua de fora para dentro.
• O poder tem atuação permanente e atua “por dentro” das coisas ou dos seres.
• A força tem atuação limitada no tempo e atua “por fora” das coisas ou dos seres.
O poder regula a natureza, seja a de um ser ou do meio em que ele vive, proporcionando-
lhes estabilidade e equilíbrio interior.
Em um meio cuja a natureza é fria, tal como as regiões próximas dos polos, vivem seres
(animais, aves, peixes, plantas, etc.) específicos dele. Já nós, os seres humanos, se
quisermos viver nessas regiões, temos que construir moradias especiais; temos de cobrir
nosso corpo com roupas especiais e temos de trazer de longe alguns artigos indispensáveis
à nossa sobrevivência.
• A natureza terrestre é regulada pelo poder. Nós recorremos à força para alterarmos o meio
natural de alguma forma, adaptando-o externamente às nossas necessidades porque,
“internamente”, as regiões polares sempre serão frias e não conseguiremos mudar esse seu
“estado”.
Recorrendo a esse exemplo, podemos diferenciar o poder e a força porque enquanto poder
ele faz os polos serem como são e esta, enquanto força, só pode alterá-lo se criar
adaptações para que os seres não pertencentes à sua natureza neles sobrevivam.
O poder de Ogum, por modelar de dentro para fora, faz com que os meios sejam como são,
cada um com sua natureza específica. E o mesmo faz os seres, proporcionando uma
natureza intima específica para cada espécie.
Vivendo em seus habitats naturais, são hoje como eram no passado pré-histórico e esse
“modo de ser” de cada espécie permaneceu inalterado ao longo dos tempos. Se ocorreram
mudanças, elas foram “por fora”, para adaptá-los a algumas mudanças físicas e climáticas.
Conosco também ocorreu isso e “internamente” somos os mesmos que éramos quando
Deus nos criou.
• O poder modela as coisas (natureza, seres, espécies inferiores, etc.) de dentro para fora,
dando-lhes um estado específico que é permanente, diferenciando umas das outras e
qualificando-as.
Por isso Ogum (o poder) tem nos espíritos graduados como instrumentos da lei suas forças,
que são colocadas em ação sempre que as atuações de dentro para fora já não são
suficientes para manter o equilíbrio.
É nesse ponto, nessa necessidade da atuação de fora para dentro, que os espíritos (a força)
adquirem importância e tornam-se indispensáveis para a manutenção do equilíbrio entre o
lado interior e o lado exterior dos seres, dos seres e da própria criação como um todo.
Como o lado divino da criação atua de dentro para fora e os Orixás vivem no seu lado
divino, foi preciso a criação de algo que permitisse a exteriorização desse poder e sua
colocação em ação a partir do próprio meio em que os seres vivem.
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Como nosso assunto são assentamento de poderes e de focas pelos médiuns e dirigentes
espirituais umbandistas, cremos que está justificado o ato de assentarem os orixás e guias
espirituais para que melhor possam ajudar as pessoas necessitadas desse auxilio adicional
que Deus nos franqueou e colocou à nossa disposição.
Essas três dimensões ou lados da vida já interagem de forma permanente nos santuários
naturais consagrados aos poderes e às forças e neles podemos entrar e trabalhar em nosso
benefício ou no dos nossos semelhantes.
Mas em nossa casa ou em nosso centro, aí se faz necessário o auxílio dos assentamentos
para que os três lados possam interagir e realizar ações corretas em benefício dos
necessitados, sem que estes tenham de ir até a natureza continuamente.
Mas, como afirmamos no início dessa introdução, uma das maiores dificuldades dos
médiuns e dirigentes umbandistas reside nesse campo porque há um grande
desconhecimento sobre assentamentos e firmezas dos poderes e forças que sustentam e se
manifestam por intermédio da religião e da mediunidade dos seus praticantes.
b. O que é um assentamento?
Assentamento é o local onde são colocados alguns elementos com poderes magísticos,
com a finalidade de criar um ponto de proteção, defesa, descarga e irradiação.
Um assentamento pode ser destinado a uma só força ou poder ou a várias. Mas, em geral,
faz-se um para cada força ou poder que se deseja assentar.
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Bom, as forças vivem no plano espiritual e os poderes vivem no plano divino da criação, e,
a partir deles, enviam-nos suas vibrações, auxiliando os trabalhos espirituais que são
realizados nos Centros de Umbanda.
Esse aumento de poder de realização deve-se ao fato de que os Guias e os Orixás firmados
ao redor do assentamento central “emprestam-lhe suas forças e poderes e abrem-lhe seus
campos de ações e atuações, aumentando o leque de opções ao Guia ou ao Orixá
assentado, que lhe repassará atribuições às quais exercerão com desenvoltura, porque
terão no assentamento um poderoso ponto de descarga, de proteção e de auxílio nas suas
ações mais profundas.
• Os assentamentos do Exu e/ou da Pomba-gira guardiã devem ser feitos do lado de fora da
construção principal que abriga o terreiro, ainda que também possa estar dentro de outra
construção de menor porte.
O ideal (ainda que isso nem sempre seja possível) é que os assentamentos dos Orixás e
dos Guias-Chefes da direita e da esquerda se localizem em cômodos isolados e com
acesso restrito, inacessível ao público.
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Quando o centro não tem espaço para tanto, aí o recomendado é que assentem o Orixá e o
guia-chefe da direita sob o altar e o Exu e/ou a Pomba-gira guardião em uma casinhola na
entrada do terreno que abriga o terreiro.
Centros localizados em terrenos e construções amplas tem mais facilidade para fazê-los. Já
nos menores, aí é preciso um pouco de criatividade para fazer os assentamentos e as
firmezas ao redor.
Enquanto uma firmeza cria um ponto de sustentação para as ações da entidade firmada,
dando-lhe um pouco mais de segurança para que possa resistir às reações das suas
atuações em benefício das pessoas necessitadas do seu auxilio.
Uma firmeza pode ser iluminada periodicamente e pode ser realimentada de vez em
quando.
Um assentamento deve ter um dia definido na semana para ser iluminado e realimentado; já
uma firmeza, deve ser iluminada e realimentada sempre que o seu zelador fizer um novo
pedido de auxílio à entidade firmada.
Procedimento:
01. Ir a uma cachoeira e abrir uma oferenda para Mãe Oxum com os itens 07 a 13.
02. Lavar a quartinha, os cristais, pedras de rio, os búzios e as pétalas de rosas na
cachoeira;
03. Banhar-se na cachoeira com a roupa do corpo;
04. Cobrir a cabeça com a toalha branca após o banho;
05. Incorporar ali, com os pés dentro d'água, a Oxum pessoal;
06. Um cambone de confiança deverá passar para as mãos dela esses elementos,
nessa ordem:
• Entregar a quartinha para a Mãe Oxum, colher água da cachoeira e cruzá-la ou
imantá-la;
• Entregar-lhe o punhado de cristais coloridos;
• Entregar nas mãos dela o punhado de pétalas de rosa;
• Entregar-lhe o pano amarelo ou dourado, que será colocado como uma capa na
quartinha.
07. O feixe de fitas deverá ser amarrado pelo cambone de tal forma que as pontas
fiquem enfiadas por dentro das alças e presas ao redor do gargalo;
08. Com as fitas amarradas, o cambone pegará a quartinha das mãos da Mãe Oxum e a
colocará no centro da oferenda para ali receber a imantação da Mãe Oxum Maior;
09. Após 33 minutos a quartinha poderá ser lacrada com plástico ou filme e tampada
para que não derrame sua água durante o transporte até o terreiro;
10. Semanalmente trocar a água e adicionar um punhado de pétalas de rosa amarela.
Usar água da cachoeira, se possível, ou água mineral sem gás.
Ato devocional é uma ação praticada a partir de nossa fé nos poderes do nosso divino
criador Olorum e nos dos nossos Sagrados Orixás.
Todo ato devocional se sustenta nos nossos sentimentos de fé, amor, compaixão e
piedade para com nossos semelhantes, aos quais queremos vê-los bem e atendem aos
propósitos divinos, pois são através deles que os poderes de Olorum e dos Sagrados Orixás
fluem para as pessoas beneficiarias da nossa devoção religiosa, sustentadora de todos os
nossos atos em prol dos nossos semelhantes encarnados e os desencarnados, mas que
também necessitam do nosso auxilio.
O ato devocional umbandista, quando praticado com amor, compaixão e piedade para
com os espíritos sofredores é tão poderoso que de nossas mãos saem feixes de luzes que
os envolvem e cura-os, que os aliviam de seus sofrimentos e pacificam seus íntimos,
atormentados pelos rigores da lei para com os que, aqui na terra, se entregaram de corpo e
alma às coisas mundanas e se esqueceram de que a vida não se acaba com a morte do
corpo físico, mas sim, se prolonga no plano espiritual, onde haveremos de colher os frutos
de nossa passagem terrena, materialista ou espiritualizadora.
O umbandista deve crer no poder do nosso divino Criador Olorum e no dos Sagrados
Orixás, as potencias criadoras e governadoras da Criação.
O poder do ato devocional umbandista é tão grande que, quando direcionado para
alguém necessitado, dispensa a ida da pessoa à natureza e tudo acontece a partir de uma
única vela, de um copo com água, de um ramo de erva e de uma oração em benefício dos
necessitados.
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Poucos prestam muita atenção às recomendações dos guias espirituais quando eles
mandam os consulentes acenderem uma vela em sua casa para Deus e determinado Orixá,
mas o guia está praticando um ato devocional, pois estará na casa da pessoa e, após ela
fazer o que foi pedido, ele ativará, através de um ato devocional, o poder do Orixá em
benefício da pessoa necessitada, inundando sua casa e sua vida com as luzes vivas e
divinas, que tem poder de realização porque proveem diretamente dos seus irradiadores
divinos.
4. Nomes inteiros das pessoas que gostaria de ajudar mais o seu nome
5. Pano branco
Esse ato devocional serve para ajudar na cura, para equilibrar, para abrir caminhos, (boa
para tudo)
Como fazer:
Primeiramente devemos macerar as ervas de oxum junto com a água. Pegar os nomes
completos das pessoas e colocar dentro da quartinha. Colocar o amanci dentro da quartinha
por cima dos nomes.
Consagro está quartinha ao meu pai Olorum, ao meu pai Oxalá e a minha mãe Oxum. Peço
lhes reverentemente que irradie para dentro dela vossas vibrações vivas e divinas,
concentrando as no líquido dentro delas, para que assim as pessoas cujos os nomes aí se
encontram , comecem a ser limpas, purificadas de todos os tipos de negativismos , e tanto
seus espíritos quanto seus corpos sejam regenerados , curados e positivados, devolvendo -
lhes o bem estar físico e espiritual.
Peço lhes também que caso algum deles estejam sendo vítimas de perseguições espirituais
ou de magias negativas que estás sejam recolhidas dentro do mistério das 7 quartinhas
sagradas e por sejam descentralizados de seus negativismos e sejam neutralizados para
que deixem de atuar contra suas vítimas e retornarem as suas evoluções em paz, harmonia
e equilíbrio
Amém
Após 7 dias derramar o conteúdo na terra e lavar a quartinha para a próxima vez.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOUZA, Marina de Mello, África e Brasil Africano, São Paulo: Ática, 2008.