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BRS 1/MRS 001


As Escrituras Hebraicas

Bem-vindo a este estudo nas Escrituras Hebraicas. Esta é a primeira matéria do bacharelado em Estudos
Religiosos (B.R.S.). É também o primeiro de dois estudos preparativos para o Mestrado em Estudos Religiosos
(M.R.S.). Ao completar esta matéria com êxito, o estudante receberá cinco horas de crédito universitário para
graduandos e três 3 horas de crédito para graduados.

Organização desta matéria


BRS 1/MRS 001 As Escrituras Hebraicas é uma introdução ao conteúdo factual do Antigo Testamento.
A matéria organizada em cinco módulos: (1) A Torah, (2) Os Primeiros Profetas, (3) Os Últimos Profetas, (4) Os
Escritos Históricos, e (5) Os Escritos Sapienciais e de Louvor. Cada unidade será completada ao alcançar-se uma
nota satisfatória no exame administrado por monitor.

Competências
O fim de BRS 1/MRS 001 As Escrituras Hebraicas deve-se obter as seguintes competências:

1. A habilidade de identificar pelo menos 100 personagens do Antigo Testamento

2. A habilidade de identificar os locais geográficos mais importantes do mundo do Antigo Testamento.

3. A habilidade de demonstrar um conhecimento geral das histórias, dos eventos, do conteúdo e/ou dos discursos
proféticos em cada livro do Antigo Testamento.

4. A habilidade de indicar as principais personagens e eventos em uma seqüência histórica.

Recursos
O único texto requerido para este estudo é a Bíblia Sagrada. Recomendamos a Nova Versão Internacional
para o estudo. As questões dos exames usarão a linguagem e termos encontrados nesta versão. Entretanto, se o
estudante dispuser de alguma outra versão não será prejudicado.

Exemplos de perguntas encontradas nos exames


1. O primeiro homem foi
(A) Aarão, (B) Abraão, (C) Adão (D) Moisés, (E) Zacarias
2. Um rio saiu do Jardim do Éden e se dividiu, formando este rio:
(A) Arnom, (B) Jordão, (C) Nilo, (D) Rio do Egito, (E) Tigre

Todas as questões são de múltipla escolha.

BRS 1 Course 1
Sistema de notas
Quando todos os cinco exames forem completados, uma nota será emitida para a matéria. Essa nota pode
ser "A," "B," ou 'C," que classificam o desempenho nos exames como "excelente," "bom" ou "regular". A nota será
determinada a partir da média entre os cinco exames. Porém, nenhum resultado menor que 70% de aproveitamento
será aceito em qualquer exame. É permitido um reexame, limitado a duas instâncias. Caso o estudante não complete
o curso dentro de um ano a partir da inscrição na disciplina, receberá em "I" (insuficiente) no seu histórico oficial.
Se o estudante quiser refazer a matéria estará sujeito a quaisquer novos requisitos adotados desde sua matrícula
inicial.

Procedimento
Este livreto é o guia do estudante. Ele não pretende substituir a Bíblia, mas sim orientar o seu estudo. Os
cinco exames não são baseados neste livrinho, mas sim, no conteúdo da Bíblia Sagrada em si. O estudante pode
estudar sozinho ou com outras pessoas.

1. O primeiro passo devolver á NU o Formulário do Monitor, completo com nome e endereço, para que os exames
estejam nas mãos dele (dela) quando o estudante estiver preparado para os exames.

2. Depois, leia o livreto inteiro para um resumo do estudo e seu conteúdo.

3. Leia a seção inicial (páginas 12-17), para uma rápida introdução à Bíblia. Em seguida, leia cuidadosamente o
conteúdo do Módulo 1.

4. Leia os primeiro cinco livros do Antigo Testamento (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio) para
entender a seqüência da matéria.

5. Depois de uma primeira leitura, você talvez queira ler esses livros de novo. Desta vez faça anotações sobre as
pessoas proeminentes encontradas neles. Anote o relacionamento de cada pessoa em questão com outros indivíduos
que o cercam. Esteja atento ao ambiente geográfico e aos nomes de lugares importantes.

6. Talvez seja útil ler esses cinco livros uma terceira vez, parando apenas quando precisar se certificar de que você
tem as pessoas e os eventos em questão claros na mente.

7. Continue a estudar os nomes, locais e eventos anotados neste livrinho até que você se sinta preparado para fazer o
exame. Consiga com seu monitor uma hora e um lugar para fazer o exame sobre o Módulo 1. Depois, repita este
processo para os Módulos 2 a 5.

Este estudo sobre as Escrituras Hebraicas foi planejado para guiar o estudante a descobrir o que de fato se
encontra no texto bíblico. Nosso propósito é abrir o texto bíblico e permitir que ele seja o instrutor. Os comentários
neste livreto são extraídos do texto e se utilizam de um método de resumo para ajudar o estudante a visualizar como
as Escrituras se revelam.

Este estudo não argumenta nem a favor nem contra a autenticidade do Antigo Testamento. Assumimos que
o texto é confiável quanto ao que relata. A tarefa imediata desta disciplina é apresentar ao estudante o conteúdo do
Antigo Testamento e ajudá-lo a assimilar essas informações.

Introdução
A Bíblia (livro), que contém o “Antigo” e o “Novo” Testamento, foi escrita em três idiomas: hebraico,
aramaico e grego. O hebraico era a língua dos israelitas nos primeiros séculos da sua história; aramaico foi uma
língua mais amplamente utilizada no Oriente Médio; o grego era a língua universal usada nos tempos de Jesus. A
maior parte do Antigo Testamento for escrita em hebraico. Há, porém, trechos em aramaico encontrados em Daniel
e Esdras. O Novo Testamento foi escrito principalmente no grego, mas contém umas poucas palavras em aramaico.
O Antigo Testamento (Antiga Aliança) reúne 39 livros da Bíblia, o Novo Testamento reúne 27.

BRS 1 Course 2
Unidade 1. Nomes Aplicados às Escrituras Hebraicas
Em inglês (e português) as Escrituras Hebraicas são chamadas freqüentemente de Velho Testamento ou,
Antigo Testamento. Os primeiros cinco livros são conhecidos como o Pentateuco (palavra Grega que significa
"cinco livros"). Os judeus, porém, chamam estes cinco livros de Torah.

a. O Antigo Testamento e os apócrifos

O testemunho das Escrituras Hebraicas. As próprias Escrituras Hebraicas referem-se à Torah


como:

“A Lei de Moisés” (Esdras 7:6).


“O Livro da Lei de Moisés” (Neemias 8:1)
“A lei do meu servo Moisés” (Malaquias 4:4) [NVI]

Em outro lugar, numa referência a Jeremias em Daniel diz-se, "Escrituras, conforme a palavra do
SENHOR dada ao profeta Jeremias" (Dan. 9:2). [NVI]

O testemunho dos Apócrifos. Livros chamados Apócrifos (fontes antigas escritas depois dos tempos
das Escrituras Hebraicas) referem-se às Escrituras nestas palavras:

"O livro da aliança do Deus Altíssimo, a lei que Moisés nos ordenou" (Eclesiásticos 24:33)
"Os livros da lei... o livro da aliança... a lei" (1 Macabeus 1:56-57)
"As coisas que foram escritas na Tua lei" (2 Esdras 14:22)
"A lei e os profetas e os outros que os seguiram" (Eclesiásticos - Prólogo)
"A lei em si, as profecias e o resto dos livros" (Eclesiásticos - Prólogo)
"A lei e os profetas" (2 Macabeus 15:9).

b. O Novo Testamento. As Escrituras gregas (o Novo Testamento) mencionam muitas vezes as Escrituras
Hebraicas como:

"as Escrituras"
"A Lei de Moisés, os Profetas e os Salmos" (Lucas 24:44).

c. Josefo. Josefo, um historiador judaico que vivia no primeiro século d.C. falava dos:

"escritos sagrados"
"livros sagrados"

Está claro que as Escrituras Hebraicas foram citadas de muitas formas. Em nosso programa, faremos uso da
ordem judaica. "Escrituras hebraicas" é o termo que será usado para referir-se ao Antigo Testamento em sua
totalidade. "Torah", "Profetas" e "Escritos" serão usados para designar as três divisões principais das Escrituras
Hebraicas.

Unidade 2. A divisão hebréia das Escrituras Hebraicas


a. A Lei = instrução (5 livros). Os judeus consideravam serem os primeiros cinco livros das Escrituras
Hebraicas as instruções de Deus para ai. Por isso, chamavam o conjunto de Gênesis a Deuteronômio de a "Torah",
que significa "instrução". Por exemplo, eles leriam a história de Noé como instrução de Deus.

A palavra hebraica Torah indica uma extensão completa de instrução. Inclui estatutos (as Dez Palavras, ou
seja, os Dez Mandamentos), relatórios sobre alianças, histórias, discursos, diversas leis e mandamentos, genealogias,
censos, anotações sobre jornadas, milagres e instruções detalhadas para a construção do tabernáculo.

BRS 1 Course 3
Os judeus se referiam aos primeiros cinco livros utilizando as primeiras palavras de cada livro. Usando a
NVI, as palavras seriam "No princípio", "São estes os nomes", "Chamou o Senhor", "falou o Senhor a Moisés no
deserto", e "São estas as palavras". Quando estes cinco livros da Torah foram traduzidos para o grego, começaram a
ser chamados de Pentateuco (i.e. , cinco livros). Acompanhando esta mudança, os cinco livros receberam nomes
novos "No princípio" tornou-se Gênesis. "São estes os nomes" tornou-se Êxodo (ou seja, Saída). "Chamou o
Senhor" foi batizado de Leuitikon (Levítico). "Falou o Senhor" tornou-se Arithmoi (Números) E "São estas as
palavras" veio a ser chamado de Deuteronomy (Deuteronômio). Enquanto os judeus se referiam aos seus livros
citando a linha de abertura de cada um deles, os leitores da Septuaginta (tradução do Antigo Testamento para o
grego) acostumaram-se a usar nomes que descreviam o conteúdo, em vez de usar as primeiras palavras de cada
livro. A partir do grego, depois traduzido para o latim e, por fim, para o português, os títulos são:

Gênesis
Êxodo
Levítico
Números
Deuteronômio

b. Os Profetas = história profética de Deus (8 livros). Os hebreus consideravam ser os livros de profecia
como "a história profética de Yahweh". Em outras palavras, eles indicavam sua crença de que Yahweh (Jeová)
estava trabalhando em seu meio através dos profetas. Os livros dos Profetas eram normalmente divididos em duas
partes, os Profetas Anteriores e os Profetas Posteriores. Os livros proféticos mais curtos eram colocados em um rolo
só, chamado "O Livro dos Doze".

Profetas Anteriores

Josué
Juízes
Samuel
Reis

Profetas Posteriores
Isaías
Jeremias
Ezequiel
O Livro dos Doze (ou, os Profetas Menores)
Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque,
Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias

Quando as Escrituras Hebraicas foram traduzidas para o grego, alguns dos livros necessitavam ser divididos
porque o idioma grego tinha vogais, assim, requeria-se o dobro do espaço para escrever o conteúdo. Por isso, a
Bíblia grega e todas as traduções que a seguiram no ocidente (latim, inglês, português, espanhol, francês, italiano,
etc.) dividiram Samuel e Reis em dois livros cada. Com o passar dos séculos, uma nova seqüência dos livros se
desenvolvia. Então, hoje consideramos os Profetas Anteriores como história e os Profetas Posteriores como
simplesmente "Os Profetas".

c. Os Escritos = os outros livros, o restante deles (11 livros).

Rute
Crônicas
Esdras-Neemias
Ester

Salmos
Provérbios
Eclesiastes
Cantares

BRS 1 Course 4
Lamentações
Daniel

Talvez devido à data relativamente tardia de sua composição e/ou à natureza variada desses livros restantes
das Escrituras hebraicas, os judeus simplesmente chamavam estes livros de "Os Escritos" ou "Os Outros Livros."

O número total de livros nesta ordem é 24. Às vezes os judeus organizavam estes livros de modo a totalizar
22 (o número de letras no alfabeto hebraico). Conseguiam fazer isso unido Rute a Juízes e Lamentações a Jeremias.

Unidade 3. O texto, a cronologia e a geografia


a. O Texto

Os rolos. Nos tempos antigos, escrevia-se em uma variedade de materiais. Um material popular era o
papiro, feito com tiras amassadas de uma planta vermelha que cresce ao longo do Rio Nilo no Egito. O papiro era
leve e podia ser transformado em rolo. Vários documentos podiam ser colocados em um só rolo, como, por
exemplo, o Livro dos Doze (Profetas Menores). Documentos mais extensos necessitavam de dois rolos, como no
caso de Samuel, Reis e Crônicas quando traduzidos para o grego. Para um histórico do uso do papiro, clique em
Papyrus.

Os manuscritos. Os livros das Escrituras foram escritos à mão. Por esta razão são chamados manuscritos.
Apesar de nenhum dos autógrafos (escritos originais) ter sobrevivido, existem muitas cópias dos textos originais.
Além de cópias completas de vários livros, há milhares de fragmentos ao alcance de especialistas em manuscritos
antigos. Ao estudar estes manuscritos, o conteúdo do texto original das Escrituras pode ser determinado. Nossa
Bíblia de hoje foi derivada desses manuscritos e fragmentos.

Tradução. A Bíblia existe para todo o mundo. É importante, então, que as Escrituras ficam ao alcance de
todos em idiomas que eles entendem. Conseqüentemente, a Bíblia já foi traduzida na maior parte dos idiomas do
mundo. Os esforços continuam para traduzi-la para a língua-mãe de todas as pessoas do mundo, não importando o
quão remotos esses grupos humanos possam estar. Os estudiosos trabalham cuidadosamente para que o significado
de cada frase e de cada palavra seja transmitido fielmente.

b. A cronologia dos tempos bíblicos. Quando o Arcebispo Anglicano James Usher (15801656) criou sua
cronologia bíblica, as datas não concordavam nem com os textos hebraicos nem os gregos (LXX). Apesar disso, a
Bíblia Inglesa de 1701 começou a incluir no texto as datas de Usher. Hoje em dia a cronologia de Usher está, de um
modo geral, desacreditada.

A suposição de Usher de aplicar listas genealógicas da Bíblia para determinar datas estava errada. Ele
achava que as várias listas continham os nomes de cada geração em perfeita seqüência. Ele falhou ao considerar a
expressão "gerou a" usada no hebraico para significar, muitas vezes, "foi o ancestral de". Uma pesquisa simples da
tabela de nações em Gênesis 10 deixa uma só conclusão - intervalos significantes de tempo foram necessários para o
desenvolvimento das diversas nações. Evidências arqueológicas confirmam a existência de cidades bem antes de
4004 a.C. A postura mais segura e aquela que deixa abertas as datas antes de Abraão. Por que tentar apresentar como
certo o que a Bíblia não revela? Por outro lado, não existe na Bíblia a idéia de um processo evolucionário para o
desenvolvimento humano, nem a necessidade de um período de milhões de anos para este processo acontecer.

As seguintes datas fornecem pontos básicos de referência para nossa jornada pelo Antigo Testamento.
(Todas as datas são calculadas no sistema a.E.C. (Antes da Era Comum ou seja, antes de Cristo).

2000 a.C. Abraão


1500 Moisés, a Aliança no Monte Sinai, a construção do tabernáculo
1000 Davi, Salomão, a construção do Templo
722 O exílio de Israel, a dominação assíria
586 A destruição de Jerusalém, o Exílio de Judá, o domínio Babilônico
536 Os primeiros a regressar do exílio, o domínio Persa

BRS 1 Course 5
400 O fim do período do Antigo Testamento

c. A geografia das terras bíblicas. As terras da Bíblia englobam as regiões que cercam o Mar Mediterrâneo e
se estendem o leste do moderno Irã, e sul da Península Arábica. Observe os mapas abaixo. Os mapas podem levar
um certo tempo para serem carregados.

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BRS 1 Course 7
MÓDULO 1 A TORAH
Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio

Pontos importantes

1. Ao preparar-se para o exame sobre a Torah, você deve conhecer fatos importantes sobre os
seguintes personagens: Arão, Abel, Abimeleque, Abraão, Adão, Amom, Aram, Aser, Assur, Baal, Balaão,
Balaque, Benjamim, Betul, Bila, Caim, Cão, Corá, Quemos, Cuse, Dã, Datão, Diná, Edom, Efraim,
Eliézer, Enoque, Esaú, Eva, Gade, Hagar, Isaque, Ismael, Jacó, Jafé, Jetro, José, Josué, Judá, Labão,
Lameque, Lia, Levi, Ló, Manassés, Melquisedeque, Midiã, Miriã, Mizraim, Moabe, Moisés, Naor, Naftali,
Noé, Ogue, Faraó, Potifar, a mulher de Potifar, Quedorlaomer, Raquel, Rebeca, Rúben, Sarai/Sara,
Sete, Siquém, Sem, Sião, Simeão, Tamar, Tera, Zebulom, Zilpa, Zípora.

2. Você deve ser capaz de identificar estes principais pontos geográficos: Amom, Arábia, Arã,
Assur, Babilônia, Basã, Betel, Cades-Barnéia, Canaã, Damasco, Deserto de Parã, Edom, o Egito, o Rio
Eufrates, Filístia, Gileade, Gósen, Harã, Hebrom, Hesbom, o Rio Jordão, o Mar Vermelho, Moabe, Nebo,
Salém, Sinai, Sodoma, Ur

3. Você precisa ter um conhecimento geral das histórias, eventos e conteúdo dos primeiros cinco
livros do Antigo Testamento e ser capaz de identificar o livro que relata cada evento.

4. É preciso conhecer eventos únicos como o dilúvio, o êxodo, as dez palavras (mandamentos), e
o tabernáculo. É preciso ser capaz de identificar festas importantes e momentos especiais: o Dia da
Expiação, primícias, pentecoste, jubileu, a Páscoa, o sábado, e o ano sabático. É preciso conhecer a
função geral dos sacerdotes e o propósito, tipo e ocasião dos vários sacrifícios.

Introdução
A Torah é uma das três maiores divisões das Escrituras Hebraicas. Ela é a fundação sobre a qual os Profetas
e os Escritos se baseiam.

Incluindo os livros de Gênesis, êxodo, Levítico, Números e deuteronômio, a Torah é de autoria de Moisés,
cuja vida cobriu todo o período da narração dos último quatro dos cinco livros. Estes livros apresentam a maneira
correta e a essência do louvor a Yahweh.

A religião de Yahweh não se originou com Israel ou Moisés. Ao invés disso, Moisés e Israel se tornaram
instrumentos pelos quais Yahweh se revelou a Si mesmo. Essa revelação e feita para ser mantida de acordo com os
propósitos eternos de Yahweh e Sua escolha por Abraão para tornar-se Sua testemunha e anunciador de Sua
promessa de redenção à um mundo pecador.

A Torah se estende por uma porção significante da historia antiga da humanidade. Ela relaciona os atos
criadores de Yahweh, descreve a condição do homem e estabelece o que é necessário para a bênção divina. Ela
contém a história da família que Yahweh escolheu para refletir Sua pessoa e glória. Embora fosse algo desconhecido
para eles naquele tempo e revelado posteriormente, a escolha de Abraão por Yahweh teve conseqüências de longo
alcance. Por meio desta família veio Jesus, o Filho de Deus, que morreu e ressurgiu para o bem da raça humana.

BRS 1 Course 8
Unidade 1. Gênesis
Cronologicamente, Gênesis apresenta o período da criação do universo (tempo não especificado) até a
morte de José (aproximadamente no ano 1750 A.C.). Os primeiros 11 capítulos (20 por cento do conteúdo do livro)
fazem um resumo de uma parte significante da história humana, enquanto os capítulos 12 a 50 relatam apenas quatro
gerações: Abraão, Isaque, Jacó (Israel) e os filhos de Jacó. O conteúdo básico e o método de apresentação indicam
que o foco de atenção está no relacionamento de Deus com os seres humanos.

Nos primeiros 11 capítulos de Gênesis há quatro histórias básicas. Estas concentram-se em Adão e Eva,
Caim e Abel, Noé, e a Torre de Babel. Cada uma dessas histórias revela um pouco mais da Grande História de Deus
até a chamada de Abraão para deixar seu lar em Ur dos Caldeus (Babilônia).

a. The Primeval Period (Gênesis 1-11).

A ESTRUTURA DE GÊNESIS. Gênesis começa com um prólogo e depois, é organizado em 10 divisões


que se iniciam com a expressão: "Esta a história de ..." (NVI), “Estas são as gerações de...” ou expressões
semelhantes. A palavra hebraica ‘toledoth’ (às vezes traduzida como "história" ou "gerações") é usada para iniciar
cada divisão.

"Esta é a gênese dos céus e da terra" (Gn. 2.4).


"Este é o livro da genealogia de Adão" (Gn. 5.1).
"Eis a história de Noé" (Gn. 6:9).
"São estas as gerações dos filhos de Noé” (Gn. 10,1).
"São estas as gerações de Sem" (Gn. 11.10).
"São estas as gerações de Terá" (Gn. 11.27).
"São estas as gerações de Ismael, filho de Abraão" (Gn. 25.12).
"São estas as gerações de Isaque, filho de Abraão" (Gn. 25.19).
"São estes os descendentes de Esaú" (Gn. 36.1).
"Esta é a história de Jacó" (Gn. 37.2).

Gênesis 1:1-2:3 funciona como um prólogo à composição do livro. Isto é, a abertura apresenta o leitor a
uma história que envolve ambos, Deus e a humanidade. Teologicamente, Gênesis está dividido em duas principais
partes: antes (1-11) e depois (12-50) da chamada de Abraão. As divisões literárias trabalham para fixar a atenção do
leitor na história principal do livro – os eventos que ocasionaram a chamada de Abrão, seguido pelo
desenvolvimento da família de Abrão (Abraão) e sua eventual mudança para o Egito. Os eventos anteriores à
chamada de Abrão são importantes para compreender por que Deus tomou este passo. Os eventos que levaram ao
estabelecimento no Egito são um prelúdio necessário para o Êxodo e para a revelação da Aliança de Deus com os no
Monte Sinai.

Se Gênesis 1:1-2:3 pode ser considerado um prólogo, então Gênesis 2:4-25 é corretamente considerado
uma apresentação dos primeiros do casal humano original. O capítulo dois amplia as informações sobre a criação da
humanidade, o que inclui ambos os gêneros (Gn. 1:26-28). O autor conduz a mente do leitor na direção dos eventos
que conduziram à chamada de Abrão.

Observe que Gênesis 1:1-2 é um relato isolado. Estes dois versículos são preliminares para o que se segue.
Estes versículos são indefiníveis, pois não podemos calcular o período de tempo envolvido. Uma simples afirmação
é feita: "No princípio criou Deus os céus e a terra". A isto se segue mais uma afirmação sobre a condição original,
novamente sem menção ao tempo envolvido. Nesse período a terra estava sem forma, vazia e escura. Não obstante,
estava sob o controle de Deus.

A formação da terra é descrita em Gênesis 1:3-31. Observe o padrão literário empregado pelo autor para
descrever a seqüência da criação:

BRS 1 Course 9
Dia 1 luz
Dia 2 água
Dia 3 terra
Dia 4 luz
Dia 5 água
Dia 6 terra

Ele, o autor, relata a criação em paralelos e usa a expressão "Houve tarde e manhã, o ... dia" como método
literário para finalizar cada segmento da criação. Quando o capítulo 2 se inicia, enumera-se as atividades do terceiro
e sexto dias.

Observe em Gênesis 1:14-19 como o autor desenvolve o relato sobre a criação do sol e da lua. Ele começa
com "separação", fala de "sinais", e então diz “iluminar”. Depois, ele reverte a seqüência, tratando de "iluminar",
"governar" e "separar". Este procedimento comum na linguagem bíblica demonstra uma forma literária bem
concebida. Pode-se notar também que Deus criou o sol e a lua para terem poder sobre a humanidade (Gn. 1:16) e a
humanidade para governar sobre os animais (Gn. 1:28).

Há no texto sete afirmações sobre o resultado dos estágios da criação. Sete vezes a expressão "era bom" foi
usada (Gênesis 1:3, 10, 12, 18, 21, 25 e 31). Na última vez, na conclusão do sexto dia, a expressão utilizada foi "era
muito bom".

A vida animal é separada em três categorias: (1) animais domesticados, (2) criaturas que se locomovem na
terra (répteis, insetos), e (3) animais selvagens (Gênesis. 1:24). Só então aparece a humanidade (1:26), a qual se
torna o assunto de toda a Bíblia. Vê-se claramente que as plantas e os animais são importantes assim como o são os
céus. Mas o foco das Escrituras está na humanidade. Talvez a prova mais clara disso se encontre na referência à
criação dos céus - "e fez também as estrelas" (Gênesis 1:16)

Gênesis 1:26-30 descreve um quadro do lugar especial que Deus deu à raça humana. Criada à imagem do
próprio Deus, a humanidade é superior e tem domínio sobre as outras formas de vida. Com a criação dos seres
humanos, Deus cessou o seu trabalho criativo (Gn. 2:1-3).

Gênesis 2 aumenta o foco da história da criação. Ele descreve o que aconteceu com a terra (2:4-14). A bela
terra se transformou em um paraíso para o homem, mas não era bom que ele ficasse sem uma companhia idônea.
Por isso Deus fez uma mulher (“ishah” no hebraico) a partir do próprio homem (“ish”). Por fim o homem tinha uma
companheira com quem tinha uma ligação íntima. A mulher havia se tornado a “ajudante” do homem, i.e., alguém
que permanece ao seu lado e é igual a ele (2:20). A palavra "Adão", que significa homem, é semelhante à palavra
hebraica para “terra”, da qual ele havia sido formado.

Os Babilônios criaram um relato sobre a criação, mas este é muito diferente do de Gênesis. O relato
babilônico conta como Marduk destacou-se entre os deuses ao criar o universo a partir das partes dos deuses que
derrotara.

As palavras usadas em referência a Deus. Numerosas palavras são empregadas nas Escrituras em
referência a Deus. “Deus” é uma palavra portuguesa usada para traduzir “El” ou “Elohim” do hebraico. “Elohim” é
a forma plural de “El”, mas em hebraico não necessariamente significa uma pluralidade de deuses. As duas formas
são freqüentemente usadas como sinônimas. “Elohim” é a palavra que aparece em Gênesis 1, sendo traduzida
corretamente como Deus (singular) porque o verbo que o acompanha está sempre no singular.

Em Gênesis 2:4ss, a palavra “Elohim” é normalmente ligada a Yahweh (YHWH, consoantes hebraicas sem
vogais), o nome pessoal de Deus. O Prólogo do livro indica que “Elohim” criou os céus e a terra, mas no capítulo 2
“Elohim” se revela em termos mais pessoais como Yahweh-Deus. Apesar de o nome YHWH (Yahweh) ser usado
em Gênesis, foi apenas nos tempos de Moisés que Deus revelou seu nome e o relacionamento que isso sugeria.

A maior parte das traduções reflete a tradição judaica tardia de não falar o nome pessoal de Deus em voz
alta. Tentando evitar castigos por tomar o nome de Deus em vão (o terceiro mandamento), os judeus utilizavam a
palavra Senhor para Yahweh (Jeová). Quando as vogais foram introduzidas pela primeira vez no hebraico escrito no

BRS 1 Course 10
século 5 D.C., as vogais para a palavra Senhor foram unidas às letras YHWH, tornando assim a palavra JHWH
impossível de se pronunciar. Os tradutores normalmente usam a palavra SENHOR para distinguir entre esta e a
palavra hebraica que de fato significa “senhor”. A expressão Jeová não é uma tradução. É simplesmente uma
transliteração de YHWH (ou JHWH), ou seja, uma palavra inventada, baseada em outra palavra semelhante às letras
no documento original.

Quatro histórias. Depois de um relato geral sobre a criação (Gênesis 1:1-2:3) e de um relato mais amplo
sobre a criação do homem e da mulher (Gênesis 2:4-25), o autor procede para apresentar um resumo a respeito do
comportamento da humanidade e a resposta de Deus a esse comportamento no período que precedeu Abraão
(Gênesis 3-11). A história em geral se desenvolve dentro de quatro histórias independentes, conectadas por
genealogias. Essas histórias concentram-se em (1) Adão e Eva (Gênesis 3), (2) Caim e Abel (Gênesis 4), (3) Noé
(Gênesis 6-9), e (4) na Torre de Babel (Gênesis 11:1-9).

A história de Adão e Eva é chamada, às vezes, de "a Queda". É certo que o resto da Grande História da
Bíblia procede deste evento crucial. A humanidade peca. A ação de Deus em resposta foi providenciar a redenção
dos seres humanos. O pecado entrou no mundo quando Adão e Eva deixaram de confiar em Deus. Isto é, eles
deliberadamente escolheram um meio para elevá-los acima da posição que Deus havia decretado para eles. Assim, o
princípio da idolatria é espírito que motiva a humanidade a querer ser deus, i.e., a controlar seu próprio destino.
Deus criou os homens para serem criaturas inteligentes. Mas a criatura disse: "Não estou mais satisfeito em ser
simplesmente criatura; quero ser mais". No caso de Eva, ela escutou a voz de Satanás, em vez de escutar o Criador.
E Adão conscientemente também comeu do fruto. Conseqüentemente, temor, vergonha, separação, pecado, expulsão
do Jardim foram o resultado. A história seria muito triste, se terminasse aqui. Mas, o que aconteceu foi o início da
intervenção de Deus a favor da humanidade, uma intervenção que seria coroada pelo envio de Jesus para morrer
numa cruz.

As conseqüências do pecado afetaram todas as formas de vida. A harmonia entre Deus e o homem foi
quebrada. O mesmo no relacionamento entre os seres humanos e os animais (Gênesis 3:14-15). Deste lado do Jardim
do Éden a vida é difícil. Dores de parto e trabalho duro, mas indicam o modo como a vida deve seria depois do
Éden.

A segunda história, a de Caim e Abel, ilustra a continuação da saga de vida. Abel é um homem leal a
Yahweh; Caim, um homem egoísta e, conseqüentemente, desleal a Deus. Depois de o louvor de Caim ser rejeitado
por Deus por falta de fé e prática autênticas, Yahweh o aconselha a fazer o que é correto. Em vez disso, Caim,
movido por inveja, mata seu irmão, Abel. Mesmo assim, Jeová é misericordioso. Ele coloca uma marca em Caim
para que este seja reconhecido pelos outros e não seja morto por vingança. A extensão do espírito de Caim se
encontra nos seus descendentes. Sua arrogância se multiplica no seu último descendente, Lameque.

Apesar do fato de Adão e Eva terem numerosos filhos e filhas (Gênesis 5:4), a linhagem da família humana
sobreviveria ao dilúvio por meio de seu filho Sete. A linhagem de Sete continua com Noé (Gênesis 5), onde a
terceira história se inicia.

Depois de um período de tempo indeterminado, a humanidade havia se tornado tão ímpia que "era
continuamente mau todo desígnio do seu coração" (Gênesis 6:5). O mundo estava corrompido e cheio de violência
(Gênesis 6:11). Assim, Deus resolveu destruir o mundo com um dilúvio. Apenas Noé e sua família seriam salvos,
porque apenas Noé andava com Deus. É verdade que o mundo foi julgado por Deus nesse momento, mas o mundo
foi também redimido, porque a vida animal e humana continuaria depois do dilúvio. É interessante notar aqui que
Deus sabia que não era disso que o homem precisava. O dilúvio foi um julgamento, mas não foi o remédio de que a
humanidade precisava para seu pecado. Por isso Deus prometeu, "nunca mais amaldiçoarei a terra por causa do
homem, pois o seu coração é inteiramente inclinado para o mal desde a infância" (Gênesis 8:21).

Depois do dilúvio o temor dos homens viria sobre todos os animais, porque daquele momento em diante, os
animais seriam alimento para os homens. Porém, foi proibido ao homem comer o sangue dos animais, porque o
sangue simboliza a própria vida que Deus dá. Deus também estabeleceu uma aliança com a humanidade, colocando
nos céus o arco-íris, como símbolo de sua promessa de nunca mais destruir o mundo todo com um dilúvio (Gênesis
9). Os Babilônios também tinham um relato do dilúvio. Conhecido como a epopéia de Gilgamesh, a história
babilônica tem algumas semelhanças com a que a Bíblia narra, mas afasta-se muito em propósito e estilo.

BRS 1 Course 11
Com o passar do tempo os sobreviventes do dilúvio começaram de novo a se reproduzir. Depois de um
período não determinado, eles mudaram para a planície chamada Sinar (Babilônia). Lá eles rejeitaram a soberania de
Deus a começaram a construir uma torre gigante. Alguns acreditam que esta torre na Babilônia era um zigurate, uma
estrutura piramidal com um altar em seu topo. O que quer que tenha sido, representava uma arrogância desafiadora
contra Yahweh. Para confundir o trabalho e dispersá-los Deus confundiu sua linguagem, assim usou-se a palavra
“babel” que soa em hebraico como “confundido”. Depois do dilúvio a humanidade não voltou a confiar ou ter um
relacionamento respeitoso para com Deus.

b. Abraão (Gênesis 12:1-25:18). Gênesis 12-50 engloba quatro gerações: Abrão (cujo nome mudou para
Abraão), Isaque, Jacó(cujo nome foi mudado para Israel) e os filhos de Jacó.

A passagem mais significante em todo o livro de Gênesis se encontra em 12:1-3. Nessa passagem Jeová
chama Abrão para deixar seu país, seus compatriotas e sua família para ir para uma terra que o próprio Senhor lhe
mostraria. A promessa de Yahweh para com Abrão era:

fazer dele uma grande nação (e o abençoar),


fazer seu nome grande (e fazer dele uma benção),
abençoaria àqueles que o abençoassem e amaldiçoaria àqueles que o amaldiçoassem,
(e todos os povos da terra seriam abençoados através dele).

Essa promessa , na verdade, é uma afirmação do intento de Deus de redimir o mundo através da semente de
Abraão, Jesus Cristo.

A chamada de Abrão deixa bem claro que Yahweh tomou a iniciativa. Seu plano para a humanidade
envolvia a criação de um povo que iria (1) tornar-se sua testemunha ante um mundo pagão e (2) prepararia o
caminho para a chegada de Jesus. Abrão, então, foi chamado para separar-se de seu povo pagão e se tornar um
nômade. Yahweh formaria uma nação a partir dos descendentes desse homem.

Ele era nativo de Ur, uma cidade situada ao lado do Rio Eufrates, perto de sua foz, na terra dos Caldeus
(posteriormente Babilônia e agora Iraque). Quando este homem de fé saiu de Ur, viajou para o noroeste, além do
Rio Eufrates, para a cidade de Haran, onde permaneceu até a morte de seu pai. Então ele, sua esposa Sarai, e seu
sobrinho Ló (filho dum irmão falecido), junto com seus empregados e escravos, continuaram peregrinando para o
sul até Canaã (ou seja, Palestina, o presente Israel e o "West Bank"). Quando Abrão chegou na terra de Canaã, havia
fome naquela região, por isso ele e os seus viajaram para o Egito. Agindo para proteger sua própria vida, ele
explicou aos oficiais do país que Sarai era sua irmã. E então o Faraó levou Sarai para seu harém, mas Yahweh
revelou ao Faraó a identidade real de Sarai. Em seguida o Faraó expulsou Abrão e sua família do Egito (Gênesis 12).

Depois de voltar para Canaã, ele mudava de lugar em lugar, mas sempre louvava a Yahweh. Nesse tempo
os rebanhos de Abrão e Ló cresciam tanto que se tornou necessária separação dos dois. Abrão deu a escolha de local
a Ló, o qual escolheu a planície do Rio Jordão e eventualmente se radicou na cidade de Sodoma. Enquanto ele e sua
família estavam lá, um rei da Babilônia conquistou Sodoma e outras cidades, levando como cativos muitos dos seus
habitantes. Ló e sua família estavam entre os cativos e Abrão foi salvá-los. Ele e seus servos conquistaram os reis e
voltaram para Sodoma com os cativos e com os espólios. Ele pagou tributo a Melquisedeque, o sacerdote rei de
Salém (Jerusalém). Este Melquisedeque se tornou para o escritor do Livro de Hebreus um tipo figurativo do eterno
sacerdote rei, que é Jesus (Gênesis 13-14).

Yahweh prometeu a Abrão que ele e sua esposa Sarai teriam um filho através do qual Deus formaria uma
nação. Quando os dois se tornaram velhos, começaram a duvidar do cumprimento dessa promessa. Abrão perguntou
a Deus se o seu principal servo Eliezer seria o herdeiro familiar (Gênesis 15:2-3). Mas as coisas não deveriam ser
assim. Mais tarde, Sarai e Abrão se concordaram em seguir um costume comum na região e ter um filho por meio de
uma mãe substituta. Sarai deu sua serva pessoal Hagar, uma Egípcia, para que Abrão gerasse-lhe um filho. De fato
um filho nasce – Ismael – mas não era isso que Yahweh havia prometido (Gênesis 16). A própria Sarai teria um
filho. Num dado momento, quando Abrão tinha noventa e nove anos, Yahweh apareceu dizendo que confirmaria seu
pacto com Abrão. O nome Abrão, o “pai exaltado”, seria mudado para Abraão, “pai de muitos”. O nome de Sarai foi
levemente alterado para Sara, “princesa”. De fato ela se tornaria a mãe de nações (Gênesis 17).

BRS 1 Course 12
Quando Yahweh fez uma aliança com Abraão, Ele lhe prometeu a terra de Canaã (Gênesis 17:8) e ordenou
a circuncisão dos seus descendentes homens como sinal dessa aliança. Todo descendente homem seria circuncidado
no oitavo dia da vida (Gênesis 17:9-27).

A promessa de Deus a Abraão foi confirmada pela visita de três seres celestiais, um dos quais representa o
próprio Yahweh. Ele também revelou a Abraão o seu intento de destruir as ímpias cidades de Sodoma e Gomorra.
Os apelos de Abraão em favor de Sodoma teriam sido bem sucedidos, se um mínimo de 10 pessoas justas pudessem
ser encontradas ali (Gênesis 18). Afinal, apenas a família de Ló era julgada “justa”. Mas então, quando Sodoma era
destruída, a esposa de Ló olhou para trás com “saudades” de Sodoma e foi julgada por Yahweh. Num dado
momento as filhas de Ló seduzem o próprio pai e geram a Moabe (o pai dos Moabitas) e a Ben-Ami (o pai dos
Amonitas). Foi a perversão sexual dessas cidades que deu significado a palavra sodomia, muito embora o
homossexualismo fosse apenas um dentre os muitos pecados praticados pelas pessoas das cidades da planície
(Gênesis 19).

Em Gênesis 20 vemos outro episódio em que Abraão tentou proteger seus próprios interesses e sua vida,
mentindo sobre seu relacionamento com Sara. Desta vez foi aconteceu com o rei dos Filisteus, chamado no texto de
Abimeleque. Mais uma vez Yahweh agiu em defesa de Abraão. .

A promessa divina sobre um filho para Abraão e Sara foi cumprida com o nascimento de Isaque. Algum
tempo depois de seu nascimento, a situação entre Sara e Hagar se tornou crítica e Sara pediu que Abraão expulsasse
Hagar e Ismael. Hagar e seu filho (de prováveis 15 anos) receberam um pouco de alimento e água e foram enviados
para o deserto. Quando acabou seu alimento e água, Deus providenciou para eles o necessário e prometeu que uma
grande nação nasceria dos descendentes de Ismael. Quando Ismael chegou à maturidade, Hagar obteve para ele uma
esposa egípcia (Gênesis 21:1-21).

Normalmente, nômades como Abraão podiam viver pacificamente na terra de Canaã. Como a história
bíblica revela, tensões ocasionais aconteciam, especialmente quando havia falta de água para os rebanhos. Em busca
de pastos e água, Abraão andava de lugar em lugar com seus rebanhos, às vezes indo até a Filístia (Gênesis 21:22-
34).

A fé de Abraão foi testada em numerosas ocasiões, mas talvez nunca tão seriamente como na ocasião em
que Deus lhe pediu para oferecer seu filho Isaque como sacrifício. Deus nunca ordenou o sacrifício de seres
humanos, exceto neste único caso. O sacrifício de Isaque não foi consumado porque a disposição de Abraão para
obedecer a Deus já foi suficiente. Aquele comando foi dado como um teste supremo à fé de Abraão, que foi
aprovado. A fé de Abraão foi extraordinária, já que ele amava Isaque. Yahweh prometeu fazer os descendentes de
Abraão tão numerosos quanto as estrelas do céu (Gênesis 22). Sara morreu e Abraão uma caverna para enterrá-la em
Hebrom (Gênesis 23).

Para conseguir uma esposa para Isaque, Abraão enviou seu principal servo a Harã, onde este acharia uma
mulher dentre os parentes de Abraão. O servo foi dirigido divinamente a Rebeca, a neta do irmão de Abraão. O
irmão de Rebeca era Labão, um personagem interessante que eventualmente se tornaria o sogro do filho de Isaque,
Jacó. Quando o servo voltou a Canaã com Rebeca, Isaque foi ao encontro dela e a tomou como esposa. (Gênesis 24).

Além de Sara, talvez depois de sua morte, Abraão casou-se de novo com uma mulher chamada Quetura.
Eles tiveram seis filhos, um dos quais era Midiã. Os seus descendentes aparecem freqüentemente na história
primordial dos hebreus. Porém, quando morreu, Abraão deixou todas as suas posses para Isaque (Gênesis 25:1-11).
Os descendentes de Ismael colonizaram o sul de Canaã (Gênesis 25:12-18).

c. Isaque, Jacó, e os filhos de Jacó (Gênesis 25:19-50:26)

Isaque. Quando Isaque e Rebeca se casaram não puderam ter filhos até que Deus lhes deu gêmeos. Nós os
chamamos de Esaú e Jacó, mas seus verdadeiros nomes eram “coberto de pêlos” e “agarrador”. Esaú, que nasceu
primeiro, era muito peludo e ruivo. Jacó saiu do ventre materno com sua mão firmemente presa ao calcanhar de
Esaú; por isso foi chamado Jacó, que significa "agarrador".

BRS 1 Course 13
Para apresentar a futura discórdia entre os dois irmãos, o autor diz que Esaú voltou da caça um dia tão
faminto que achava que desfaleceria se não se alimentasse logo. Jacó “vendeu” a Esaú um prato de lentilhas por um
terço da fortuna da família (Gênesis 25).

A coisa importante pra lembrar sobre Isaque é que este foi um elo essencial no plano de Yahweh. Yahweh
prometeu a Isaque que seus descendentes herdariam a terra que Ele jurara a seu pai, Abraão. O Senhor abençoava
muito a Isaque e ele se tornou muito rico. Num certo momento, Isaque se estabelece em Berseba. Quando Esaú tinha
40 anos, ele se casou com duas mulheres Hititas. Este ato se tornou uma fonte de tristeza para Isaque e Rebeca
(Gênesis 26).

Jacó. Isaque, muito avançado em idade, chamou seu filho mais velho, Esaú, para dar-lhe a benção
paternal. Antes, porém, Isaque pediu que Esaú preparasse para ele seu prato favorito - carne de animais selvagens.
Enquanto Esaú estava a procura de um animal para matar, Rebeca aconselhou a Jacó a enganar o seu pai e roubar a
benção. Vestido em peles de animal e com o cheiro do campo na sua roupa, Jacó preparou um prato de carne de um
animal domesticado e o levou para seu pai. Apesar de ser suspeito, Isaque transmitiu para Jacó a benção que era
reservada a Esaú. Logo depois, quando Esaú entrou na tenda com seu prato, ele aprendeu que havia sido enganado.
Ele ficou irado e decidiu matar o irmão, o qual havia roubado ambos: o direito à primogenitura e agora, sua benção.
Com medo que Esaú matasse Jacó, Rebeca pediu que Isaque enviasse Jacó à casa de seus parentes em Harã para
assim encontrar uma esposa dentre os seus (Gênesis 27).

Durante sua viagem a Harã, Jacó sonhou com uma escada que atingiu o céu. Nessa visão Yahweh lhe
confirmou que os seus descendentes seriam como o pó da terra. Por causa desta visão, o lugar foi chamado Betel,
derivado do hebraico beth (casa) e el (Deus) ou seja, a casa de Deus (Gênesis 28).

Em Harã Jacó se encontrou com Raquel com quem fez amizade num lugar onde suas ovelhas esperavam
para beber. Ele foi convidado à casa do pai dela. O interessante é que o pai dela era Labão, o irmão de Rebeca, sua
mãe. Labão aceitou de Jacó sete anos de trabalho com os rebanhos em troca da mão de sua filha. Por causa do amor
que Jacó tinha por Raquel, os sete anos se passaram rapidamente (Gênesis 29:1-15).

Na noite das bodas, Labão substituiu Raquel por Lia, sua filha mais velha. Na escuridão e com o rosto da
sua "esposa" coberto com um manto, Jacó não sabia que havia sido enganado (Gênesis 29:16-25a). Na manhã
seguinte, quando Jacó enfrentou seu sogro pelo que havia feito, Labão simplesmente respondeu: "Não é nosso
costume dar a filha mais jovem em casamento antes da mais velha". Labão ofereceu Raquel por mais sete anos de
serviço. O fato que salvou a situação para Jacó foi que, depois de um breve período de "lua de mel" com Lia, Jacó
poderia ter Raquel (Gênesis 29:25b-29).

Devido ao fato de Jacó favorecer a Raquel, Yahweh fechou-lhe o útero e permitiu que Lia fosse a primeira
a gerar filhos. Ela deu a luz a Rúben, que significa "Deus me atendeu". Depois, deu a luz a Simeão, que significa
"Deus ouve". Depois deu a luz a Levi, que significa "Meu marido se unirá mais a mim". E finalmente, deu a luz a
Judá, que significa "Louvor". Cheio de inveja e incapaz de ter filhos, Raquel deu a Jacó sua serva, Bila, a qual deu a
luz a um filho chamado Dã, cujo nome significa, "Vindicada". Depois Bila deu a luz mais um filho chamado Naftali
ou seja, "Luta". Lia parou de conceber e, por isso, entregou sua serva, Zilpa, a Jacó. Zilpa deu a luz a dois filhos:
Gade, que significa "boa fortuna", e Aser, que significa "Felicidade" (Gênesis 29:30-30:13).

O povo daquela época acreditava que a mandrágora supostamente facilitaria a fecundidade. Vendo que
Rúben havia trazido algumas dessa plantas para sua mãe, Raquel propôs emprestar Jacó a Lia naquela em troca de
algumas mandrágoras. Lia concordou e passou a noite com Jacó. Como resultado, deu a luz a outro filho, o qual
chamou de Issacar, que significa "Recompensa"; depois, teve mais um filho, Zebulom, que significa "Honra" e uma
filha, Diná. Por fim Raquel concebeu e deu a luz a José, que significa "Tirou minha vergonha". Posteriormente ela
deu a luz a um outro filho, Benjamim, morrendo no parto (Gênesis 29:14-30; 35:16-18).

Jacó trabalhou para Labão por 20 anos e, nesse período, Labão modificou seu salário 10 vezes.
Eventualmente, os dois chegaram a um acordo para separar seus rebanhos, para nem um nem outro pudesse acusar o
outro de roubo. Deus abençoava Jacó e seus rebanhos cresciam mais do que os de Labão. Finalmente, Jacó e sua
família decidiram fugir de Labão. Mas a única maneira de fazer isso foi esperar até um momento quando ele não
estava em casa. Arrumando as malas, Jacó e sua família foram embora rapidamente. Quando Labão soube,

BRS 1 Course 14
perseguiu Jacó. Ele notou que seus ídolos familiares haviam desaparecido. Conforme a tradição daquela época,
quem tinha em mãos os ídolos familiares tinham também o direito à herança familiar. Por isso, Labão perseguiu a
Jacó, com intento malicioso em seu coração. Deus interveio não permitindo que Labão ferisse a Jacó. Houve uma
troca de hostilidades. Na realidade, Raquel havia furtado os ídolos e os havia escondido. Não podendo encontrá-los,
Labão fez um acordo com Jacó e foi embora. Jacó continuou sua viagem, temendo um encontro inevitável com seu
irmão, Esaú (Gênesis 30:25-31:55).

Jacó imaginou uma recepção perigosa da parte do seu irmão, ao qual havia enganado duas vezes.
Entretanto, a reunião foi bem sucedida (Gênesis 32-33). Em vez de aceitar o convite de Esaú de se estabelecer em
seu território, Jacó foi a Siquém. Um príncipe daquela cidade, chamado também de Siquém, desejava a Diná, filha
de Jacó. Ele a violou e depois quis casar-se com ela. Relutando, os filhos de Jacó concordaram que ele poderia
casar-se com Diná desde que todos os homens de sua cidade fossem circuncidados. Enquanto se encontravam
debilitados pela operação, os filhos de Jacó mataram os homens da cidade. Jacó, então, tinha mais uma crise nas
suas mãos. Como temia que esse ato incitasse os vizinhos à vingança, fugiu com a família para Betel e depois
continuou viajando para a região de Belém, onde Raquel morreu (Gênesis 34-35). O capítulo 36 apresenta um
histórico dos descendentes de Esaú.

Os filhos de Jacó. Gênesis 37 se inicia a história de José. Esta narrativa continua até o fim de Gênesis e
relata como a família de Jacó (Israel) eventualmente se estabeleceu no Egito. Sua presença naquele país antecipava o
Êxodo, que aconteceria 400 anos depois.

José era o primeiro filho da esposa favorita de Jacó, Raquel. Por isso, José era o filho favorito de Jacó. Este
favoritismo é simbolizado pela túnica ricamente ornamentada que Jacó deu a José (talvez uma túnica listrada). Isso
foi um motivo de irritação e ódio por parte dos irmãos. Ainda mais, os sonhos de José provocavam os filhos mais
velhos, pois revelavam que, nalgum dia, eles e seus pais se prostrariam perante ele. Assim, os irmãos o venderam
como escravo e levado ao Egito, onde foi comprado pelo capitão da guarda pessoal do Faraó. Esta história é
interrompida no capítulo 38 com a breve história de Judá e de como ele se tornou o pai de Perez e Zera, dum
relacionamento com sua nora Tamar. Perez tornou-se um ancestral do Rei Davi (Rute 4:18-22) e, conseqüentemente,
do próprio Cristo (Mateus 1:3, 16).

Uma vez no Egito, José se tornou o chefe da casa e dos bens do oficial. Logo foi falsamente acusado de ter
tentado seduzir a esposa do capitão. Por isso, foi lançado na prisão e lá foi esquecido, inclusive por um oficial a
quem havia ajudado (Gênesis 39-40). Quando o faraó teve sonhos que não podiam ser interpretados, o copeiro-chefe
se lembrou da bondade de José na prisão. O copeiro mencionou a habilidade de José em interpretar sonhos e José foi
trazido à presença de faraó. Com ajuda divina ele interpretou os sonhos do rei, que significavam sete anos de fartura
na terra, seguidos por sete anos de escassez. Em sonho, Deus revelara o que se havia de fazer. O Faraó elevou José à
posição de governador do Egito, o segundo no comando, dando-lhe seu anel real, e mudou seu nome para Zafenate-
Paniá, além de dar-lhe uma esposa, chamada Asenate, da família de um sacerdote importante. José teve dois filhos,
Manassés e Efraim. Seu trabalho era preparar o país para os anos de fome (Gênesis 41).

A fome chegou atingindo todo o Egito e também Canaã. Quando Jacó ouviu que o Egito tinha trigo
suficiente para vender, enviou seus filhos ao Egito. Eles se encontram com José, sem o saber. José, porém, os
reconheceu e pediu informações sobre Benjamim, seu irmão mais jovem que não viera. José exigiu que um dos
irmãos ficasse no Egito até que os demais voltassem com Benjamim (Gênesis 42). Quando os irmãos voltaram com
Benjamim, José preparou uma refeição para eles, mas ainda não lhes revelou sua identidade. Quando eles saíram,
José ordenou aos seus oficiais que escondessem no saco de Benjamim o “cálice” do governador, assim teriam de
retornar (Gênesis 43-44). Dessa vez José se revelou aos seus irmãos e providenciou para que a família toda mudasse
para o Egito. Nesse processo José deixou bem claro que Deus estava por trás desses fatos e daria uma grande
libertação para sua grande família (Gênesis 45).

Os capítulos finais de Gênesis relatam que a família de Jacó se mudou para o Egito - aproximadamente
sessenta e seis pessoas, excluindo a família de José e os filhos das esposas (Gênesis 46). A família de Jacó radicou-
se numa área do Egito conhecida como Gósen, no fértil delta do Rio Nilo. Dezessete anos depois Jacó morreu e seu
corpo foi sepultado em Canaã. Ao voltar do sepultamento do pai, os irmãos começaram a temer a vingança de José.
A resposta de José foi (parafraseando): "Meus irmãos, vocês ainda não me conhecem bem. Não busco a vingança.
Além do mais, Deus tem coisas maiores para nós. Como prova disso, não me sepultem aqui no Egito; quero que

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meus ossos sejam levados do Egito e sepultados em Canaã quando a família retornar” (Gênesis 47-50).

Unidade 2. Êxodo
Gênesis termina com os descendentes de Abraão residindo no Egito. Êxodo se inicia com a frase: “São
estes, pois, os nomes dos filhos de Israel que entraram com Jacó no Egito” (Êxodo 1:1). A palavra "êxodo" é latina,
mas é derivada de uma palavra grega que significa "saída". O evento principal do livro é a saída de Israel do Egito.
Apesar de o título não indicar isso, talvez o verdadeiro tema central do livro seja o pacto que Yahweh fez com Israel
no Sinai após o Êxodo. A aliança do Sinai é um ponto tão importante em Êxodo quanto a chamada de Abraão o é em
Gênesis. Além do êxodo e da aliança que é firmada, Êxodo contém as Dez Palavras (mandamentos) e várias leis que
Deus deu a Israel no Sinai com detalhes sobre a construção do tabernáculo.

a. O cativeiro egípcio (Êxodo 1-12)

Israel é escravizado no Egito. A história iniciada em Gênesis continua em Êxodo. As primeiras linhas
de Êxodo (1:1-6) chamam atenção para o resumo dado na conclusão de Gênesis (46-50), i.e., a família de Jacó que
se mudou para o Egito e a geração de pessoas que morreu ali. Êxodo 1:7 revela que um longo espaço de tempo
(talvez quatro séculos) se passaram antes dos eventos que estão para ser narrados. Israel aumentara de menos de cem
para um enorme grupo de pessoas.

Durante os anos intermediários a dinastia de governadores egípcios (conhecidos como faraós) mudou. O
novo rei que “não conhecia a José” não era mais parente daquele faraó dos tempos de José; um novo grupo de
governantes havia chegado ao poder. Acredita-se que ou os faraós do tempo de José ou estes novos governantes não
eram egípcios, mas estrangeiros que se impuseram como líderes. Se, por exemplo, o faraó dos dias de José fosse
estrangeiro saber-se-ia o porquê de sua atitude mais favorável para com um estrangeiro (José). Assim, depois da
expulsão dos governantes estrangeiros, os faraós nativos seriam menos amigáveis para com estrangeiros (Israel).
Seja como for, o texto indica que Yahweh está trabalhando, por isso não se precisa de uma interpretação puramente
humana dos eventos.

O crescimento da população de Israel, a mudança das dinastias e a importância de Israel para a economia
egípcia podem ter contribuído para a escravização do povo de José. Os israelitas foram forçados a construir
“cidades-depósito” para o Egito, não pirâmides. A multiplicação dos israelitas tornou-se uma preocupação para os
egípcios, pois temiam que Israel tomasse o poder. Fardos pesados foram impostos a Israel, mas isso não alterou o
crescimento da população. Medidas para o controle dos nascimentos foram tomadas, mas sem efeito. Esse é o
ambiente dos eventos que estão para ser narrados (Êxodo 1).

Foi durante um período de medidas drásticas para controlar a população que Moisés nasceu.
Desobedecendo as ordens para matar seu filho, a mãe de Moisés o escondeu em casa o quanto pôde e então o pôs
numa pequena cesta às margens do Nilo onde a filha do faraó costumava se banhar. A irmã mais velha de Moisés,
Miriã, ficou por perto, observando. Quando a filha do faraó encontrou Moisés, Miriã perguntou se não seria
necessária uma pessoa para cuidar dele. Assim, a própria mãe de Moisés cuidou dele até que a filha do faraó pudesse
levá-lo para o palácio para uma genuína educação egípcia (Êxodo 2:1-10).

Aos quarenta anos, Moisés acabou por identificar-se com os sofrimentos de seu povo, os israelitas. Um dia
ele os defendeu contra um cruel egípcio, matando-o. Quando o faraó descobriu, procurou matar Moisés, mas este
fugira para o deserto por segurança. Ali ele se casou com a filha de Jetro, teve dois filhos, e permaneceu por mais
quarenta anos. Naquele tempo Deus “lembrou-se de sua aliança com Abraão, com Isaque e com Jacó. Então olhou
para os israelitas e preocupou-se” (Êxodo 2:11-25). Deste ponto em diante a história de Êxodo detalha o modo como
Deus livrou Israel da escravidão egípcia e fez deles uma nação com quem mantinha uma aliança.

As preparações para o Êxodo. No deserto, Deus revelou a Si mesmo como Yahweh e convocou
Moisés para voltar ao Egito. Ali, Deus revelaria sua glória ao faraó, que se dizia um deus. O que se estabelece é uma
“batalha de deuses”. O faraó não reconhece a Yahweh. O Egito é religioso, mas a religião egípcia é pagã. Agora
Yahweh declarará Sua glória ali. Os egípcios e os israelitas verão o verdadeiro Deus. Moisés está relutante quanto a

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voltar ao Egito, mesmo depois de quarenta anos. Apesar de Yahweh ter-lhe dito para esperar por uma rejeição
inicial, Moisés foi facilmente desencorajado e Israel não gostou dos atos de Moisés, pois lhe trouxeram mais
problemas (Êxodo 3-6).

Os objetivos de Yahweh eram simples: que os egípcios soubessem que Yahweh é Deus e o libertador de
Israel. Após os primeiros sinais que mostrariam ao faraó as credenciais de Moisés, Yahweh permitiu que dez pragas
sobreviessem sobre o Egito – água em sangue, rãs, piolhos, moscas, , morte dos rebanhos, feridas, granizo,
gafanhotos, escuridão e a morte dos primogênitos (Êxodo 7-11).

Israel foi avisado das pragas, mas estava a salvo delas. Porém, na preparação para a décima praga, foi
ordenado que Israel tomasse determinadas atitudes para evitar suas conseqüências. Toda família foi instruída a
tomar um cordeiro ou bode macho, de um ano, e prepará-lo para uma refeição especial. O sangue do animal deveria
ser posto ao redor da porta, pois, numa certa noite, todos os primogênitos de todas as famílias do Egito morreriam,
exceto no caso que Israel, já que o sangue estava nos umbrais das portas. Esse foi o início da Páscoa, que seria
observada por Israel anualmente em lembrança do Êxodo (Êxodo 12).

Deve-se notar que o faraó do período de opressão não é o mesmo do Êxodo. “Faraó” é simplesmente um
título usado para os governantes egípcios. Durante este período, a Bíblia não fornece o nome de nenhum faraó.
Como os egípcios preferiam não registrar eventos infelizes, eles, evidentemente, não talharam nada relativo a esses
tempos em seus monumentos de pedra. Assim, embora sejam muitos os esforços para descobrir o nome dos faraós
desse período, os resultados não são conclusivos.

b. O Êxodo (Êxodo 13-18). Yahweh instruiu Moisés a “consagrar” cada primogênito – tanto humano quanto
animal. O primogênito do rebanho seria sacrificado e o filho primogênito seria “redimido”. Isto era feito em
reconhecimento ao ato libertador de Yahweh, tendo em vista a aliança que estava prestes a ser feita com Israel no
Sinai (Êxodo 13: 1-16).

Quando Israel saiu do Egito, Deus conduziu o povo por uma longa rota para protegê-los contra o
desencorajamento que viria de um confronto com os filisteus. Moisés tomou os ossos de José e conduziu o povo na
direção do Yam Suph (o Mar Vermelho). Yahweh os conduziu com uma coluna de nuvens durante o dia e com uma
coluna de fogo durante a noite (Êxodo 13:17-22).

O caminho tomado por Israel os levou a uma armadilha. Depois de permitir que Israel deixasse sua terra, o
faraó e seus oficiais mudaram de idéia e perseguiram Israel com o exército para impedir que partissem. Encurralados
entre o exército egípcio, o deserto e o mar, os israelitas ficaram aterrorizados. O único escape para Israel teria de vir
por intervenção de Yahweh. Yahweh, que havia declarado Sua glória no Egito por meio das pragas, agora detém o
exército egípcio na baía, prepara um forte vento e seca uma porção do Yam Suph, conduz Israel por meio do leito do
mar e então afoga o exército egípcio com o retorno das águas do mar (Êxodo 14).

Em celebração por sua libertação do cativeiro egípcio, Moisés e os israelitas entoaram um cântico a
Yahweh. A canção reconhece que Yahweh é o guerreiro que triunfou sobre faraó. A Yahweh é atribuída santidade,
glória, amor e força. Não há dúvida de que Ele executará seus intentos e estabelecerá Israel na terra prometida aos
seus ancestrais (Êxodo 15:1-21).

Logo depois de Israel chegar ao deserto, o povo ficou sem água e comida. Este era seu primeiro teste como
um povo livre. Será que eles confiariam na provisão de Yahweh? O desafio de yahweh era: “Se vocês ouvirem
cuidadosamente a voz do SENHOR seu Deus e fizerem o que é correto aos Seus olhos, se prestarem atenção aos
seus mandamentos e guardarem todos os seus decretos, não trarei sobre vocês nenhuma das enfermidades (pragas)
que fiz vir sobre o Egito, pois sou o SENHOR que te cura”. Israel de fato estava diante de um deserto que não
poderia, por si, sustentar dois milhões de pessoas ou mais. Contudo, eles viram o que Deus fez no Egito.
Seguramente Ele não os trouxe para o deserto para morrer! Mas, tal qual acontece com as pessoas de hoje, aquele
povo demorava a confiar em Deus quando se via diante de uma crise imediata. Mesmo com seu murmúrio e falta de
fé, Yahweh os alimentou e deu-lhes de beber. Lembre-se, esta é a história de Yahweh e não de Israel (Êxodo 15:22-
17:7).

BRS 1 Course 17
Ao longo do caminho Israel foi atacado pelos amalequitas, descendentes de Esaú (Gênesis 36:12). É aqui
que Josué é apresentado. Josué se tornaria o assistente de Moisés e seu sucessor, o homem que conduziria Israel para
Canaã (Êxodo 17:8-16).

Agora, no deserto, Moisés estava reunido com sua esposa Zípora, seus dois filhos e seu sogro Jetro, um
sacerdote entre os midianitas. Ao ouvir sobre o trabalho de Yahweh no Egito, Jetro declarou: “Agora eu sei que o
SENHOR é maior que os outros deuses”. Nesse tempo Moisés serviu a Israel como juiz. Suas obrigações eram tão
pesadas que Jetro o advertiu a selecionar alguns homens bons que pudessem ouvir os casos menos difíceis. Este
episódio é citado em muitos livros sobre administração de negócios como um exemplo primordial de delegação de
responsabilidade.

c. Aliança e tabernáculo (Êxodo 19-40). O texto de Êxodo relata a história de Israel a partir do Egito até o
Monte Sinai (Êxodo 1-18). A recordação do Êxodo conta como Yahweh entrou num relacionamento de aliança com
Israel, como Ele proveu leis, revelou a fraqueza da fé de Israel, e conta sobre a construção do tabernáculo (Êxodo
19-40).

No Monte Sinai, Yahweh fez uma aliança com Israel. O evento narrado em Êxodo 19 é crucial para toda a
história bíblica. No Sinai Yahweh lembrou a Israel como os havia libertado do Egito e os trazido para Si. Se eles
mantivessem sua aliança, então, dentre todas as nações, eles seriam Sua possessão. Israel tornar-se-ia um reino de
sacerdotes e uma nação santa. Com este propósito, Israel afirmou que faria tudo o que Yahweh pedisse.

“As Dez Palavras” (conhecidas como os Dez Mandamentos) foram dadas a Israel como um prólogo para
leis mais detalhadas que seriam dadas a Israel por Yahweh. As Dez Palavras proibiam a honra a outros deuses, a
posse de ídolos, o mau uso do nome de Yahweh em juras; exigia que o sábado fosse guardado, bem como a honra da
família; proibia o assassínio, o adultério, o roubo, o falso testemunho e a cobiça (Êxodo 20).

Algumas das leis detalhadas estão incluídas em Êxodo, embora não todas. A Lei de Moisés continha uma
diversidade de leis que lidava com a vida pessoal, social, e ritos de adoração. Era comum falar desta parte da lei
como “o livro da aliança” (Êxodo 21-23). A aparência de Deus não é descrita na Bíblia. Porém, Sua “glória” e Seu
“trono” o são. A linguagem usada para descrever estes atributos é simbólica (Êxodo 24).

Um objeto importante no louvor a Yahweh era o tabernáculo (também chamado de Tenda da reunião, i.e.,
onde Yahweh se reunia com seu povo). O tabernáculo foi construído com uma estrutura semelhante a uma tenda no
deserto, com materiais que Israel trouxe consigo do Egito. A tenda tinha duas partes, uma chamada de Santíssimo
Lugar e outra de Santo Lugar. O único objeto que ficava no Santíssimo Lugar era a arca da aliança, coberta com o
propiciatório, que tinha sobre si dois querubins. No Santo Lugar havia uma mesa onde se punham os pães da
proposição, um candelabro e um altar de incenso. Fora do tabernáculo propriamente dito, se encontrava um altar
para sacrifícios e uma bacia para que os sacerdotes lavassem suas mãos e pés. Os sacerdotes usavam vestes
especiais (Êxodo 25-30).

Enquanto Moisés estava na montanha recebendo instruções de Deus, os israelitas ficaram impacientes e
pediram a Arão, o irmão mais velho de Moisés, para construir-lhes um deus tangível a quem pudessem adorar por
tê-los trazido do Egito. Arão concordou e construiu um bezerro ou touro de ouro. Assim, o povo trouxe para a
experiência do “louvor” conceitos e comportamentos imorais associados ao paganismo. Quando descia da montanha
com as Dez Palavras, Moisés percebeu o mau comportamento do povo e o intento de Yahweh de destruí-lo. Moisés
intercedeu para que Yahweh preservasse Israel, mas ele também se zangou com o povo e com Arão. Moisés quebrou
as pedras sobre as quais as Dez Palavras foram escritas, desfez o bezerro em pó, misturou-o a água e o deu para que
o povo o bebesse (Êxodo 32).

A Moisés foi permitido ver a glória de Yahweh, embora nenhum ser humano pudesse olhar diretamente
para ele e sobreviver em forma humana. Ele (Moisés) preparou as novas pedras para as Dez Palavras (Êxodo 33-34).

A parte que resta de Êxodo detalha a construção do tabernáculo, que segue precisamente o modelo
oferecido antes. Quando o tabernáculo foi terminado a glória de Yahweh veio habitar nele (Êxodo 35-40).

BRS 1 Course 18
Unidade 3. Levítico, Números, e Deuteronômio
a. Levítico. Levítico (derivado em um termo grego que significa “relativo aos levitas”) contém muitas leis
relativas aos sacerdotes, levitas e aos sacrifícios. Levítico é, na verdade, o tratado mais elevado sobre o louvor no
mundo. Uma frase que é freqüentemente repetida da boca de Yahweh é: “Sede santos porque Eu sou santo”.

Entre os judeus, o terceiro livro da Torah era chamado de “o Senhor chamou”, que se encontra logo após as
palavras de abertura (Levítico 1:1). O nome do livro em português sugere que o livro trata de leis que envolvem os
levitas, a tribo da qual os sacerdotes de Israel viriam.

Levítico é um livro sobre louvor. A sempre repetida expressão “Sede santos porque Eu sou santo” revela a
intenção de Yahweh de que seu povo mostrasse lealdade para com Ele por meio de louvor de outros
comportamentos apropriados. Já que é de Sua natureza ser santo, Ele chamou Seu povo para também o ser. As leis
contidas no livro foram reveladas no monte Sinai.

Levítico dedica em espaço considerável para os sacrifícios. Sacrifícios foram determinados para diversas
ocasiões. Eles variavam em termos de como deveriam ser oferecidos (totalmente queimados ou oferecidos em
porções), o tipo (touro, bode, cordeiro, pomba, pombo, cereais), e propósito (pelos pecados, em cumprimento a um
voto, como agradecimento). Na seção de abertura de Levítico o povo é informado sobre as particularidades dos
sacrifícios (Lev. 1:1-6:7), e então é dito aos sacerdotes como oferecer os sacrifícios (Lev. 6:8-7:38).

Já que os sacerdotes desempenhavam um importante papel no oferecimento dos sacrifícios, espaço é


dedicado à ordenação de Arão como sumo sacerdote e de seus filhos como seus assistentes. Quando os sacerdotes
começam o seu trabalho torna-se aparente que a sabedoria humana não deve substituir a clara vontade de Yahweh.
Nadabe e Abiu, dois dos filhos de Arão, perderam suas vidas por serviço indevido (Lev. 8-10).

Além ds instruções relativas aos sacrifícios, várias outras leis estão contidas em Levítico. Essas leis
abrangem uma variedade de assuntos, incluindo os alimentos puros e impuros (Levítico 11), a purificação após o
nascimento (Levítico 12), doenças de pele (Levítico 13-14), purificação do corpo (Levítico 15), comer sangue
(Levítico 17), relações sexuais (Levítico 18) e relações sociais (Levítico 19).

No meio do livro o Dia da Expiação é descrito (Levítico 16). O Dia da Expiação acontece uma vez a cada
ano. É o dia em que o sumo sacerdote adentra ao Santíssimo Lugar para interceder por si mesmo e pelo povo de
Israel. Um bode é sacrificado e seu sangue é posto sobre a arca da aliança. Um outro bode é enviado para fora do
acampamento, simbolizando que consigo levava os pecados do povo.

O livro também estabelece a punição para certos pecados (Levítico 20) e traz regras para os sacerdotes
(Levítico 21-22). Dias especiais são criados – o sábado, a Páscoa, a festa das primícias, a festa das semanas (também
conhecida como pentecostes ou festa da colheita), e a festa dos tabernáculos (também conhecida como festa das
cabanas ) (Levítico 23). Durante o ano sabático (que acontecia a cada sete anos) não se deveria plantar novas mudas
para que a terra pudesse descansar (Lev. 25:1-7). No ano do Jubileu (um a cada 50 anos), dívidas deveriam ser
canceladas e a terra deveria retornar a seus proprietários originais (Lev. 25:8-55). Um dízimo (10 por cento) da
produção da terra pertence a Yahweh e deveria beneficiar os levitas e sacerdotes (Lev. 27:30-33).

Quem quer que estude o livro de Levítico não pode deixar de notar que ele contém as instruções de Yahweh
com respeito ao louvor e a comportamentos. Por meio da lealdade a Yahweh e por meio da confissão de pecados,
Israel seria limitado por seu Deus. Yahweh, por sua vez, se asseguraria de continuamente “lembrar” da aliança que
fez com os antepassados e tomaria conta deles. A deslealdade, por outro lado, resultaria na perda da terra. Apesar do
aviso, Israel tornou-se desleal e Yahweh acabou por exilá-los (Lev. 26:40-45).

b. Números. Números recebe este nome devido aos dois censos que relata, feitos no início e no fim dos trinta e
oito anos de peregrinação no deserto. Israel permaneceu no Sinai por trinta e oito anos devido à descrença geral na
capacidade de Yahweh para dar-lhes a terra que havia jurado a eles (nós comumente usamos uma forma mais suave,
“prometeu”).

BRS 1 Course 19
A peregrinação no deserto (Num. 1:1-21:20). O livro de Números tinha como título original a
expressão “no deserto”, indicando assim ao leitor que seu conteúdo se referia aos quarenta anos da peregrinação de
Israel no deserto do Sinai. Quando o livro foi traduzido para o grego, o título foi mudado para chamar atenção aos
dois censos que o livro continha.

De fato, Números nos disponibiliza um histórico dos israelitas no deserto. O primeiro censo contou 603.550
homens adultos (Números 1). O segundo censo encontrou 601.730 (Números 26). A leve redução na população
indica que o período de peregrinação foi difícil. Na verdade, muitos morreram como resultado direta à falta de fé.

Antes da partida do Monte Sinai, as tribos foram distribuídas em campos (Números 2). Os levitas tomariam
conta do tabernáculo segundo um plano específico (Números 3-4). Números também registra várias leis que
deveriam dirigir a comunidade israelita. Estas leis tratavam da fidelidade conjugal (Números 5), do voto de nazireu
(Números 6) e dos sacrifícios (Números 15). Um evento importante registrado em Números foi da dedicação do
tabernáculo (Números 7-8).

Deus cuidou do povo de Israel quando este deixou o Monte Sinai (Num. 9:15-10:36), mas Israel nem
sempre foi fiel. Os murmúrios trouxeram problemas para Moisés e resposta da parte de Yahweh (Números 11-12). O
relatório principal de uma missão exploradora em Canaã levou o povo a descrer em Yahweh. Como resultado,
Yahweh condenou Israel a permanecer no deserto por outros trinta e oito anos, até que os adultos tivessem morrido.
Apenas Josué e Calebe, os dois espias que acreditavam que Yahweh poderiam entregar a bem guardada terra a
Israel, puderam acompanhar a próxima geração de israelitas em direção a Canaã (Números 13-14).

Números é um trabalho importante, pois descreve a resposta negativa de Israel a Yahweh, apesar de sua
glória e cuidado em seu favor. A rebelião de Corá (Números 16-17) e a falha da família do próprio Moisés em
santificar o nome de Yahweh diante de Israel apontam para a seriedade da situação vivenciada no deserto. A seu
tempo, a geração mais velha morreu e o momento de a nova geração tomar a terra que Deus havia jurado dar a Israel
chegara. Arão, o sumo sacerdote, morreu e foi sucedido por seu filho Eliezer. Israel se envolveu em batalhas contra
os cananitas, e então seguiu por Edom e Moabe sem encontrar mais resistência armada (Num. 20:1-21:20).

A ocupação da Transjordânia (Num. 21:21-36:13). Uma vez chegando às Planícies de Moabe,


localizadas no lado oposto de Canaã ao norte do Mar de Sal, Israel adentrou na área conhecida como Transjordânia.
Aqui, dois rei amorreus, Seom e Ogue, atacaram-nos. Yahweh, porém, fez com que Israel vencesse os amorreus, e
Israel ocupou a Transjordânia (Números 21).

Ainda que Israel não tivesse a intenção de perturbar os moabitas, Balaque, o rei moabita, contratou um
profeta chamado Balaão, nativo de um lugar próximo ao rio Eufrates, para amaldiçoar Israel. A história de Balaão é
a de um homem que, apesar de ser profeta de Deus, não pôde resistir à tentação de tirar proveito próprio de algo
ruim por uma boa quantia. Mas, ao invés de amaldiçoar Israel, Yahweh apenas permitiria que bênção viesse à sua
boca (Números 22-24). Porém, homens de Israel sucumbiram à tentação de manter relações sexuais com mulheres
moabitas e midianitas nos lugares de sacrifício a Baal, um deus que os moabitas adoravam. A fúria de Yahweh O fez
lançar uma praga que tomou 24.000 vidas. Finéias, sacerdote e neto de Arão, foi quem trouxe um fim para a praga
(Números 25).

O livro de Números dá atenção a alguns assuntos que fornecerão uma base para eventos futuros. Um deles é
a questão da herança a filhas quando o pai não tem filhos homens (Num. 27:1-11; 36). Outro ponto é a escolha de
Josué como sucessor de Moisés. Ele fora ajudante de Moisés e um dos dois que trouxe um relatório otimista sobre a
possibilidade de tomada da terra trinta e oito anos antes (Num 27:12-23).

Seguindo com um lembrete dos sacrifícios e das várias festas instituídas anteriormente (Números 28-29), o
autor escreve regras relativas aos votos (Números 30). Depois, ele retorna aos midianitas, mencionados em conexão
à adoração do deus moabita Baal, da qual Israel participara. Yahweh instruiu Israel a vingar-se deles por sua
maldade, tomando-lhes as posses. A maldade deles incomodara de tal modo a Yahweh que Sua justiça exigia que
Ele agisse contra eles. Por meio de Israel, Yahweh fez justiça contra os pagãos midianitas (Números 31).

O livro de Números chega ao fim com comentários sobre o estabelecimento das tribos de Rúben, Gade e
metade da tribo de Manasses na Transjordânia (Números 32). Depois é feito um relatório sobre os períodos de

BRS 1 Course 20
parada que Israel fez no deserto (Números 33), são propostas as delimitações das tribos, uma vez que possuíssem
Canaã (Números 34), as cidades dos levitas (Num. 35:1-5), e a declaração das seis cidades de refúgio – cidades de
segurança para aqueles que fossem culpados de um assassinato acidental (Num. 35:6-34).

c. Deuteronômio. Deuteronômio apresenta três discursos de Moisés para uma nova geração de israelitas –
geração que estava prestes a adentrar em Canaã. Os discursos lembram o povo de quem são em relação a Yahweh e
os prepara para cruzar o rio Jordão para a Terra Pr ometida.

Um bom título para o quinto livro da Torah é sua linha de abertura: “Estas são as palavras ditas por Moisés
a todo o Israel”. Nas Planícies de Moabe, do lado oposto à Canaã e logo antes da entrada de Israel, Moisés lhes deu
estas admoestações finais. O livro é geralmente identificado como sendo três discursos de Moisés (começando em
1:6; 5:1; 29:1).Quando “estas são as palavras” foi traduzido para a língua grega em aprox. 250 a. C., o título foi
mudado para uma palavra que significava “segunda lei” ou “lei repetida”. Este não é um texto muito feliz, pois
Deusteronômio não é tanto uma recontagem da Lei, antes, contém uma série de exortações à fidelidade para a nova
geração que agora se preparava para entrar em Canaã, a terra que Yahweh havia jurado dar a eles.

Moisés lembrou a Israel de seu passado, incluindo as falhas de seus pais que resultaram numa experiência
prolongada no deserto e a libertação de Israel das mãos dos reis amorreus (Deut. 1:1-3:11). Ele falou sobre a divisão
da terra (Deut. 3:12-20) e sobre seu apelo a Yahweh para que fosse permitido que ele atravessasse o Jordão (Deut.
3:21-29). Assim, no texto que segue Moisés reitera porções da Lei já registrada nos livros precedentes,
relacionando-as com reflexões da história do povo.

Deuteronômio contém, sim, material novo. Um registro que é especialmente importante é o da avaliação de
Moisés sobre o porquê de Yahweh ter escolhido a Israel e de estar a ponto de lhes levar para Canaã. Moisés deixou
claro que os atos de Deus não eram devidos à justiça deles, mas sim aos propósitos de Yahweh (Deut. 9:4-6).

Material original extra é igualmente importante. Moisés antecipou que o próprio Yahweh designaria o lugar
entre eles onde o louvor apropriado seria oferecido – o lugar onde Ele poria seu nome (Deuteronômio 12). O teste
para identificar um falso profeta poderia ser feito baseado em sua mensagem (Deut. 13; 18:20-22). Moisés também
prevê um tempo no qual Israel teria um rei e prescreve restrições para ele (Deut. 17:14-20). Um passagem com um
olhar ainda mais longe no futuro se encontra em Deut. 18:14-19, onde se prevê Yahweh falando por meio de
profetas e não de médiuns. Além disso, num certo momento, Ele ergueria um profeta como Moisés, em antecipação
a vinda de Jesus.

Quando Israel chegar a Canaã deve destruir completamente aos ímpios, os povos pagãos que Yahweh
julgará: os hititas, os amorreus, os cananeus, os ferezeus, os heveus e os jebuzeus (Deut. 20:16-18). Logo depois de
entrar em Canaã, Israel deve ir ao vale entre as duas montanhas na parte central de Canaã, próximo a Siquém. Ali,
entre os montes Ebal e Gerizim, eles deveriam construir um altar para sacrifícios e ler as maldições e bênçãos que
estavam atadas aos atos de infidelidade e de fidelidade. Isto está relacionado com uma renovação da aliança para a
nova geração de israelitas (Deuteronômio 27-30).

O livro se encerra com a indicação de Josué como sucessor de Moisés (Deut. 31:1-8), a leitura da Lei
(Deut. 31:9-13), com previsão de infidelidade e com a produção de uma canção de serviria como um aviso (Deut.
31:14:32:47). Depois de abençoar as tribos, Moisés subiu ao Monte Nebo, onde morreu. Ali, o próprio Yahweh o
sepultou. O texto diz: “nunca mais se levantou profeta como Moisés, a quem o SENHOR conheceu face a face”.
Com a morte de Moisés, Josué assumiu a liderança e assim estava preparado o caminho para Israel entrar em Canaã
(deuteronômio 33-34). Com isto, finda-se a Torah.

Quando você estiver pronto para fazer o primeiro exame, terá três opções: (1) procurar seu monitor, (2)
requisitar um exame eletrônico por meio do endereço student.service@nationsu.org, ou (3) fazê-lo online. Para
fazer um exame online, você deve primeiro ativar sua conta enviando uma requisição para
student.services@nationsu.org. O primeiro exame está identificado como BRS 1 Módulo 1 ou MRS 001 Módulo
1.

Tentar ter acesso a um exame sem estar preparado para completá-lo é uma violação do código de honra
da NU. Os exames NÃO devem ser usados como guias de estudo.

BRS 1 Course 21
MÓDULO 2 OS PROFETAS ANTERIORES
Josué, Juízes, Samuel, e Reis

Pontos importantes

1. Do livro de Josué, conheça Acã, Adoni-Zedeque, Jabim, Josué, e Raabe. De Juízes, conheça
Abimeleque, Baraque, Débora, Dalila, Eglom, Eúde, Gideão, Jael, Jefté, Mica, Otoniel, Sansão, e
Sísera. De Samuel, familiarize-se com Abigail, Abishai, Abiatar, Abner, Absalão, Agag, Aitofel, Amnon,
Asael, Bateseba, Dagon, Davi, Eli, Golias, Ana, Ish-Bosheth, Joabe, Jônatas, Mefibosete, Nabal, Natã,
Samuel, Saul, Tamar, Urias, e Zadok. De Reis, você deve saber identificar Adonias, Ahab, Ahaz, Ahijah,
Asa, Atalia, Baasa, Ben-Hadade, Elias, Eliseu, Jeremote, Hazael, Ezequias, Airã, Oséias, Joiada, Joaquim,
Jeoiaquim, Jeúde, Josafá, Jeroboão, Jezabel, Joás, Josias, Manassés, Micaías, Naamã, Nabote,
Nabucodonosor, Obadias, Omri, Pecaías, a rainha de Sabá, Roboão, Sargão, Senaqueribe, Salmaneser,
Sisaque. Do mesmo modo, Salomão, a mulher sunamita, Zedequias.

2. Conheça as principais áreas das tribos de Canaã -- Judá, Efraim, Benjamim, e Dã; lugares como Ai,
Babilônia, Belém, Carmelo, Damasco, Gibeá de Benjamim, Gibeão, Gilgal, Hazor, Jabes,
Jebus/Jerusalém, Jericó, Jezreel, Moabe, Monte Ebal, as cidades filistinas, Samaria, Siló, e Ziclague.

3. De Josué, familiarize-se com a conquista de Jericó, com a batalha de Ai, com a leitura das bênçãos e
maldições em Gerizim e Ebal, com os reis confederados do sul e com a batalha em Gibeão, a
confederação do rei de Hazor, e a renovação da aliança em Siquém. De Juízes, conheça bem a vitória
sobre os cananitas sob a liderança de Débora, o encontro de Gideão com os midianitas, a tentativa de
Abimeleque de tomar o poder, a história de Jefté, a história de Sansão, o relato sobre Mica e o
movimento dos Danitas, e os eventos concernentes a um levita de Efraim. De Samuel, conheça a
história do nascimento de Samuel, os eventos relacionados à tomada da arca da aliança e seu retorno a
Israel, o reinado de Saul, e a vida e governo de Davi. De Reis, conheça o reinado de Salomão e a
construção do templo, os eventos tocantes às vidas de Roboão e Jeroboão, Ahab, Elias e Eliseu, Jeúde,
Atalia e Joás, Ezequias, Manassés, e Josias.

Introdução
Josué preocupa-se com a entrada de Israel na terra que Yahweh jurou dar a Israel. O livro relata a história
da conquista de Canaã por Israel e sua colonização. Josué é a ponte entre a Torah e o livro de Juízes e, em última
instância, com os reis de Israel. O período de tempo envolvido é de aproximadamente trinta anos.

Juízes conta a história da vida em Israel no período entre a colonização e o governo dos reis. Ele cobre um
período de 250 a 300 anos. O livro deixa claro que a vida em Israel durante este período tendia para a falta de fé.
Quando a incredulidade se instalava, Yahweh permitia que os inimigos de Israel os afligissem. Em algum momento
Israel clamaria a Yahweh por ajuda e Ele levantaria um salvador (comumente chamado de “juiz”) para libertá-los e
para trazer justiça.

Samuel registra o período final dos juízes e sua conclusão introduz o período dos reis.

Reis descreve a vida em Israel desde os últimos dias do Rei Davi até a conclusão do período dos reis.
Durante o período, o reino foi subdividido nos reinos de Israel (ao norte) e Judá (ao sul). Vez ou outra, idolatria e
outras condições pecaminosas fizeram com que Yahweh levasse um grande número de pessoas de ambos os reinos

BRS 1 Course 22
para o exílio em terras estrangeiras. O Templo, construído durante os dias de Salomão, foi destruído e o reinado
findou.

Unidade 1. Josué e Juízes


a. Josué: A conquista de Canaã (Josué 1-12). O livro de Josué une os eventos descritos no fechamento
de Deuteronômio com aqueles que são narrados em Juízes. Ele trata da conquista e colonização de Canaã por Israel.
Os capítulos 1-12 referem-se à conquista.

Observe a ligação entre Deuteronômio e Josué. Os eventos descritos na porção final de Deuteronômio são
sintetizados na abertura de Josué. Depois da morte de Moisés, Josué tornou-se o líder de Israel. Mas o texto deixa
claro que Yahweh estava trabalhando. Yahweh estava prestes a dar a terra a Israel. Em dado momento, ele estenderá
as fronteiras da terra “do deserto , e do grande rio, o Eufrates, toda a terra dos hititas, até o Mar Grande, no oeste”
(Josué 1:4). Para assegurar o sucesso de Josué, Yahweh declarou que seria com Josué do mesmo modo que fora com
Moisés. Conseqüentemente Yahweh aconselhou Josué a “ser forte e corajoso” (1:6). Na verdade, esta ordem para ser
forte e corajoso ocorre freqüentemente e determina o tom do livro. Yahweh lutará por Israel, por isso eles devem ter
fé nEle.

Ainda que as tribos de Rúben, Gade e metade da tribo de Manassés tenham recebido permissão para habitar
na transjordânia (o território do lado leste do rio Jordão), foram requeridos homens para a batalha para, junto com as
outras tribos, conquistar a terra (Canaã ou Cisjordânia, o território a oeste do rio Jordão). Assim, Josué ordenou à
comunidade que se preparasse para cruzar o Jordão (Josué 1).

Josué 2 descreve o envio de dois espias do acampamento de Sitim para Jericó, a primeira cidade que eles
encontrariam em Canaã. Os dois homens viajaram para Jericó e buscaram refúgio na casa de Raabe, uma meretriz.
Ali Raabe manifestou uma fé incrível ao esconder os dois homens e manter em secreto o seu paradeiro. Como
retribuição pela sua confissão de fé em Yahweh, os espias prometeram poupar a vida de sua família quando o
exército israelita tomasse a cidade.

Antes do cruzamento do Jordão ser completado era preciso que as pessoas se consagrassem, que
preparassem e enviassem a arca da aliança antes do povo e então esperassem que Yahweh bloqueasse o rio Jordão
(Josué 3). Do meio do Jordão, doze pedras foram selecionadas para um memorial que deveria ser erguido assim que
estivessem do outro lado. Israel cruzou o rio Jordão em terra seca (Josué 4).

No primeiro acampamento, em Gigal, os homens foram circuncidados. Nenhum deles fora circundado no
deserto. Em Gigal, a “volta do Egito” aconteceu. O povo também observou a páscoa, e o maná com que Yahweh
suprira o povo no desertou cessou (Josué 5:1-12).

Jericó caiu para Israel depois de sete dias de marcha ao redor da cidade. Uma restrição foi imposta por
Yahweh ao povo: a de não tomar para si nada de Jericó. Assim, Jericó, a primeira cidade a ser tomada foi posta sob
“proibição”. Ela pertencia inteiramente a Yahweh. No entanto, Acã tomou para si prata, uma túnica e algum ouro.
Conseqüentemente, quando o povo Israel tentou tomar o próximo lugar, uma cidadezinha chamada Ai, foi derrotado,
pois Yahweh não lutou por eles. Acã e sua família foram apedrejados por violar a proibição (Josué 5:13-7:26).

Depois da destruição de Ai por emboscada na segunda tentativa, Israel viajou para o Monte Ebal, onde
construíram um altar e renovaram sua aliança com Yahweh (Josué 8). Depois deste incidentes, um grupo de heveus
de uma região próxima a Gibeom enganou Israel ao fingir ser de um lugar distante. Eles pediram paz com Israel,
apesar de Yahweh ter determinado que os povos ímpios de Canaã deveriam ser destruídos. Quando o povo de Israel
descobriu que fora enganado, manteve a aliança com os gibeonitas (Josué 9). Este episódio determinou os eventos
que se seguiram. Quando aliados poderosos do sul, liderados por Adoni-Zedeque de Jerusalém, ouviram que
Gibeom entrara em aliança com Israel, resolveram atacar Gibeom. Os Gibeonitas enviaram uma mensagem a Josué
dizendo que estavam sendo atacados. Isto fez com que Israel saísse em defesa dos gibeonitas. A batalha foi longa,
sendo necessário que o sol “parasse”. Os cinco reis amorreus que atacaram Gibeom foram capturados e mortos.
Assim, os eventos em Gibeom conduziram a uma série de ações que culminaram com a conquista da parte sul de
Canaã (Josué 10). Quando Jabim, rei de Hazor (localizada ao norte do Mar da Galiléia), ouviu sobre a conquista do

BRS 1 Course 23
sul, formou uma confederação para atacar Josué ao norte. Com o fim desta batalha, Israel tinha agora dominado toda
a terra de Canaã (Josué 11). A lista dos reis derrotados se segue – 31 no total (Josué 12).

b. Josué: A divisão de Canaã (Josué 13-24). A conquista de Canaã durou um período de tempo
considerável. Mesmo nos últimos dias de Josué, toda a terra ainda não havia sido tomada. Mas a terra foi dividida
entre nove tribos e meia que não receberam terras na Transjodânia. Enquanto não é importante conhecer as áreas
estabelecidas para cada uma das tribos, é necessário conhecer algumas das divisões territoriais. Judá, a tribo
dominante, recebeu um terço do sul de Canaã (i.e., A terra entre o Mar Salgado e o Grande Mar) (A herança de
Simeão foi embutida na de Judá). Efraim e a outra metade de Manassés ocuparam a parte central de Canaã. A
separação foi feita para cada uma das tribos lançando sortes (Josué 13-19).

Além das áreas das tribos, três cidades de refúgio foram determinadas no lado cananeu do rio Jordão. Com
isto chega-se ao total de seis (Josué 20). Aos levitas foram dadas vinte e oito cidades, dispersas por dentre todas as
tribos (Josué 21).

Na conclusão da conquista, os guerreiros das tribos da transjordânia retornaram aos seus lares. Em seu
caminho, construíram um “altar” como um memorial para as futuras gerações de cisjordânios de que eles e os
transjordanianos eram um único povo. Porém, as intenções das tribos da Transjordânia foram mal interpretadas e por
meio pouco conseguiu-se evitar uma luta (Josué 22). Perto do final de sua vida, Josué exortou Israel a ser fiel a
Yahweh. Ele reuniu as tribos em Siquém, onde a aliança foi renovada (Josué 23-24).

c. Juízes. O livro de Juízes a vida já estabelecida em Canaã depois dos dias de Josué. O período que o livro
engloba é incerto, apesar de parecer durar de 250 a 300 anos.

Os “juízes” eram os salvadores de Israel. Eles apareciam com freqüência durante os tempos de crise para
expulsar um inimigo a quem Yahweh tinha temporariamente permitido que afligir Israel por sua falta de fé. Esses
personagens foram líderes; parece que eles também tinham responsabilidades comuns de juízes, i.e., decidindo em
questões legais.

Está claro na abertura de Juízes que nem todos os habitantes originais da terra haviam sido expulsos. Antes
de “juízes” específicos serem mencionados, várias batalhas são registradas. Às vezes uma tribo recebia a vitória da
parte de Yahweh. Noutras vezes, o registro simplesmente diz que uma tribo não expulsou o inimigo de seu território.
No meio destas observações encontramos um significante resumo:

Seguindo a partir da passagem da geração de Josué, uma nova geração cresceu e esqueceu de Yahweh e de
Sua preciosa atividade em prol do povo. Israel agiu mal e serviu aos “Baalins” e “Astarotes” (representantes
masculino e feminino de ídolos de Canaã). Eles provocaram Yahweh de tal modo que Ele permitiu que seus
vizinhos os saqueassem e derrotassem caso resistissem. Israel experimentou grande agonia. Então, por causa de Sua
compaixão, Yahweh levantou juízes (salvadores) para salvá-los dos que os atacavam. Ainda assim, Israel não
ouviria aos juízes e continuaria a servir os deuses dos cananitas (Juízes 2:10-19).

Os primeiros juízes citados no texto são Otoniel, que lutou contra o rei de Arã (Juízes 3:7-11); o canhoto
Eúde, que matou Eglom, o gordo rei de Moabe (Juízes 3:12-30); Sangar, um homem com um nome não-hebreu,
que matou 600 filisteus com uma aguilhada de bois (Juízes 3:31); Débora, uma profetisa (Juízes 4-5); e Gideão, que
várias vezes venceu os midianitas (Juízes 6:9-8).

A história de Débora é realmente fascinante. Ela liderou Israel durante um período de crise que envolveu a
Jabim, um rei cananeu que governava em Hazor. Quando Débora recrutou a Baraque para que liderasse um exército
contra os cananeus, ele se recusou a ir sem ela. Débora concordou em ir, mas disse a Baraque que a honra da vitória
não pertenceria a ele, mas a uma mulher. Com o desdobrar da história, Sísera, o comandante do exército cananeu,
começou a fugir dos israelitas. Nalgum ponto do caminho ele parou para descansar na tenda de Héber, que pertencia
ao amigável povo quenita. A esposa de Héber, Jael, deu a Sísera um pouco de leite aquecido e o pôs para dormir.
Então, silenciosamente, ela cravou uma estaca da tenda na têmpora de Sísera. A partir daquele momento Israel
ganhou vantagem sobre o exército do rei Jabim e continuou até destruir as forças do rei.

BRS 1 Course 24
O quinto capítulo registra o “Cântico de Débora”, uma canção que celebrava a vitória de Israel sobre os
cananeus. O cântico é remanescente dos cânticos de Moisés e Miriã, depois do Êxodo.

Os eventos que cercam a vitória de Gideão sobre os midianitas mostram claramente que a vitória pertencia
a Yahweh. Gideão foi apenas uma ferramenta nas mãos de Deus. É um episódio emocionante o que descreve o
modo como Gideão buscou um sinal apropriado de que Yahweh o estva chamando para agir, e como ele avançou até
a completa confiança nas instruções de Yahweh. Sob as instruções de Deus ele destruiu os ídolos de seus pais, e
então juntamente com o exército israelita de 300 homens, enfrentou 135.000 midianitas. Eles estavam armados com
trombetas e luminárias dentro de jarros. Israel calmamente circundou os midianitas onde estavam acampados à
noite, quebraram os jarros e tocaram as trombetas. Os midianitas em pânico ficaram confusos e mataram uns aos
outros. Dois reis midianitas e 15.000 soldados conseguiram escapar. Como Gideão os seguiu atravessando o Jordão,
ele e seus homens foram a Sucote. Gideão pediu comida para seus homens, mas os oficiais de Sucote se recusaram a
acomodá-los, bem como os cidadãos das proximidades de Peniel. No seu caminho de volta, Gideão puniu os oficiais
das duas cidades. Então, os Israelitas pediram que Gideão governasse sobre eles. Ele recusou, mas pediu que cada
um lhe entregasse um brinco de ouro dos que foram tomados dos midianitas/ismaelitas. Com os brincos, Gideão fez
um manto sacerdotal e o povo veio a prostituir-se adorando-o. Assim que Gideão morreu, o povo voltou a adorar a
Baal; eles também não mostraram gratidão para com sua família.

Abimeleque é uma homem diferente. Os estudiosos não estão certos sobre se ele deveria ser contado entre
juízes. Ele era um oportunista que queria ser rei. Abimeleque era um descendente de Gideão. Conseguiu cair nas
graças dos cidadãos de Siquém, contratou alguns aventureiros inconseqüentes e então assassinou todos os setenta
filhos de Gideão, exceto um, buscando assim eliminar a concorrência. Ele é chamado de “o rei dos espinhos” devido
ao discurso de Jotão, o filho remanescente de Gideão que relacionou Abimeleque ao espinho dum arbusto.
Abimeleque governou Israel por três anos, mas encontrou seu fim em Tebes. Ele capiturara a cidade e estava
sitiando a torre. Mas, quando se aproximava, uma mulher lançou uma pedra de moinho em sua cabeça. Em seus
últimos momentos ele ordenou que seu escudeiro o atravessasse com uma espada para que ninguém pudesse dizer:
“uma mulher o matou”.

Seguindo as escassas menções aos dois juízes Tolá e Jair, o autor de Juízes relata a história de Jefté. Israel
voltou à idolatria e assim Yahweh os pôs nas mãos dos filisteus e amorreus. O escritor prossegue contando a história
de libertação da opressão dos amorreus sob a liderança de Jefté (Juízes 10).

Jefté era de Gileade, ao norte da Transjodânia. Ele era filho de uma prostituta que fora expulsa de casa
pelos filhos da esposa de seu pai, assim os filhos “verdadeiros” não teriam de repartir a herança da família com ele.
Mas quando Israel buscou por alguém para liderá-los contra os amonitas, vieram buscar Jefté para que se tornasse o
comandante de seu exército. Sua resposta é clássica: “Vocês não me odiavam e não me expulsaram da casa de meu
pai? Por que me procuram agora, quando estão em dificuldades?” Ele negociou um lugar de permanente liderança e
lhe foi concedido. Assim, Jefté iniciou as negociações com os amorreus, que exigiam o direito à terra que Israel lhes
tomara 300 anos antes.

Quando a comunicação não foi suficiente para repelir os amorreus, Jefté foi conduzido pelo Espírito de
Yahweh contra Amom. Jefté fez uma promessa a Yahweh. Ele prometeu que se Yahweh lhe desse a vitória, ele
ofereceria em holocausto aquele que ele encontrasse primeiro ao retornar para casa. Yahweh entregou os amonitas
nas mãos de Jefté. Em seu retorno para casa, quem ele primeiro encontrou foi sua filha, ainda casta. Depois de um
período de dois meses, ela retornou para casa e ele a sacrificou. Observe bem que Yahweh não pediu a Jefté para
sacrificar sua filha. Jefté fez um voto precipitado e o cumpriu.

Outro fato interessante associado a jefté se refere à guerra entre os gileaditas e o efraimitas do outro lado do
Jordão. Os efraimitas chamavam os gileaditas de “renegados” de Efraim e Manassés. Os gileaditas controlavam as
vaus do rio. Quando um efraimita tentava atravessar o rio, os gileaditas lhe perguntavam se era efraimita. Se
respondia "Não", então pediam que ele pronunciasse a palavra "chibolete". Como os efraimitas normalmente tinham
dificuldade e pronunciavam "sibolete", os gileaditas sabiam que a pessoa mentia e a matavam. Você acredita que
40.000 efraimitas morreram desta maneira?! (Juízes 11:1-12:7). A vida era difícil, mas por certo não se pode dizer
que Deus estava por trás de toda essa maldade.

BRS 1 Course 25
A Jefté seguiram-se Ibsã, Elom e Abdom. A próxima pessoa de destaque é Sansão. O anjo de Yahweh
anunciou a uma mulher estéril da tribo de Dã que ela teria um filho, Sansão, e que ele deveria ser dedicado como
nazireu. O Espírito de Yahweh guiaria Sansão contra os filisteus.

Depois de crescido, certa vez, Sansão perambulava pelo território filisteu onde encontrou uma mulher a
quem tinha de ter como esposa. Ele pediu a seu pai que preparasse o casamento. Na verdade o que ele disse ao pai
foi: “Ela é a mulher certa para mim”. O importante é que isto se tornaria o meio pelo qual Yahweh puniria os
filisteus.

Yahweh havia dado a Sansão uma força tremenda. Ele também era capaz de fazer enigmas. Sansão perdeu
sua esposa , mas conseguiu vingar-se dos filisteus. Em seguida, houve um problema com uma prostituta que levou à
perda dos portões da cidade. E então ele se apaixonou perdidamente por Dalila, uma traidora. Bonita, mas cruel.
Sansão acabou tendo os olhos furados e sendo destinado a passar o resto da vida na prisão. Porém, quando se fazia
dele uma atração num grande sacrifício ao deus filisteu Dagon, Sansão foi capaz de derrubar o templo e, com sua
morte, matar mais filisteus do que o fizera durante a vida (Juízes 12:8-16:31).

O restante do livro de Juízes contém diversas histórias que esclarecem muito sobre a qualidade de vida no
Antigo Israel. A primeira história conta como a tribo de Dã se estabeleceu e como, no processo, passaram a adorar a
ídolos (Juízes 18). A história seguinte narra como os benjaminitas quase foram aniquilados devido a um incidente
relacionado à morte da concubina de um homem (Juízes 19-21). É este o tipo de leitura que fará seu sangue ferver. É
assim que o povo era e não como Deus queria que se comportassem.

Unidade 2. Samuel
a. O último dos Juízes (1 Samuel 1-8). O período dos Juízes continua em I Samuel. Há ainda mais dois
juízes: Eli e Samuel. Os livros de Samuel tratam do período dos primeiros reis: Saul e Davi. O período de que
Samuel trata começa antes de 1050 a.C. e vai até a morte de Davi, em aproximadamente 961 a.C.

Apesar de I Samuel trazer tanto a história de Eli quanto de Samuel, as duas histórias se desenvolvem juntas.
Samuel é claramente o personagem principal. Samuel assumirá um papel de liderança nos primeiros anos do
reinado. O sacerdote-juiz Eli educa Samuel logo depois de sua mãe, Ana, trazê-lo ao sacerdote depois de obter
resposta para sua oração por um filho. Samuel é dedicado a Yahweh assim cresce no ambiente do
templo/tabernáculo de Siló.

O que fez com que Samuel ascendesse de posição foi a maldade dos filhos de Eli. Eles tomaram para si
porções do sacrifício, o que não lhes era permitido, e dormiram com mulheres que serviam no tabernáculo. O
chamado que Samuel recebeu de Yahweh para se tornar o sucessor de Eli traz esperança de um novo momento de
espiritualidade em Israel. Os filisteus controlavam o território naquele momento e lutaram com Israel, o que resultou
na tomada a arca da aliança e na morte dos filhos de Eli. Ao ouvir a notícia de que a arca fora tomada, Eli, um
homem já velho e gordo, caiu de sua cadeira, quebrou o pescoço e morreu.

A arca foi levada às cidades filistéias de Asdode, Gate e Ecrom antes de ser devolvida a Israel. Durante sua
estada nessas cidades, os filisteus colocaram a arca no templo do seu deus, Dagon. Na presença da arca, a estátua de
Dagon caiu e quebrou. O povo foi afligido com tumores. Considerando a arca perigosa demais, os filisteus a
devolveram a Israel. Ela foi deixada em Quiriate-Jearim, onde permaneceu por 20 anos. Ela nunca foi devolvida ao
tabernáculo em Siló.

Durante a liderança de Samuel a mão de Jeová era contra os filisteus (I Samuel 7:13). Ele era um homem
bondoso, um juiz honesto e um servo fiel a Deus. Como Moisés, ele levava um fardo pesado. Os seus filhos, porém,
eram desonestos, aceitando subornos. Quando o povo pediu um rei, para ser como os outros povos, eles estavam
rejeitando o reinado direto de Deus. Yahweh instruiu Samuel a advertir o povo de que sofreriam sob a liderança de
reis: o rei faria de seus filhos servos, chama-los-ia para serem soldados no seu exército e criaria impostos para eles.
Entretanto, o povo ainda exigia um rei. Pensavam que um rei os levaria à vitória contra os inimigos.

b. O reino unido: Saul (1 Samuel 9-31). A história israelita que é narrada de 1 Samuel 9 a 2 Samuel 24

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pertence ao período do reinado “unido”. Já que você já tem uma visão geral desse período, comecemos a considerar
alguns detalhes importantes.

Quando Israel pediu um rei, Jeová o permitiu, mas designou quem seria esse rei. O primeiro rei de Israel foi
Saul, um jovem da tribo de Benjamim. Saul começou bem o seu reinado, mas começou a fazer as coisas à sua
maneira e não conforme as instruções divinas. Por isso, Deus o rejeitou. Jeová guiou Samuel para que ungisse Davi,
o filho mais jovem de Jessé, da tribo de Judá, para que substituísse a Saul. Este, cheio de inveja, passou muito tempo
perseguindo a Davi para matá-lo. Por isso, Saul perdeu muito território para os filisteus.

c. O reino unido: Davi (2 Samuel). Quando Saul morreu em uma batalha contra os filisteus, seu filho
Isbosete se tornou rei de Israel e Davi foi ungido rei de Judá. Depois de sete anos, Abner, o comandante do exército
de Isbosete, entregou as terras de Isbosete a Davi. Mas Joabe (comandante de Davi) matou a Abner porque achava
que aquele queria ocupar sua posição. Assim, Davi se tornou rei de toda a nação, liderando as 12 tribos por mais de
33 anos. Durante seu reinado Davi estendeu as fronteiras até o Rio Eufrates ao norte e até o ribeiro do Egito (Wadi
el-Arish). Esta é toda a extensão que Yahweh havia jurado dar a Israel.

Os motivos de Davi eram diferentes dos de Saul. Apesar dos seus pecados, que foram muitos, Davi tinha
um coração reto. Ele queria viver por Deus e governar o povo com integridade. Mas, sendo ele um homem de
guerra, Deus não lhe permitiu construir o templo. Entretanto, o Senhor prometeu a Davi uma linhagem real que
continuaria para o resto da história de Judá.

Unidade 3. Reis
a. O reino unido: Salomão (1 Reis 1-11). Com a morte de Davi, Salomão se tornou rei. Ele começou bem,
mas depois se desviou do caminho certo, apesar do encorajamento do seu pai para seguir fielmente a Palavra de
Deus e apesar de receber o dom divino da sabedoria. Entre suas realizações estão a construção de um templo, um
palácio e muitas outras construções. Seu reinado foi de paz e sua queda foi prefigurada por seus muitos casamentos -
700 esposas e 300 concubinas. Suas esposas o levaram à idolatria. Por isso, seu reinado foi dividido depois da sua
morte.

b. O reino dividido (1 Reis 12 – 2 Reis 17). O filho de Salomão, Roboão, seu sucessor, tinha o coração
endurecido. Não escutava o conselho dos anciãos de Israel, mas sim, o dos seus contemporâneos. Deus usou esta
situação para entregar 10 das 12 tribos (daqui em diante chamadas apenas de “Israel” para distinguir de “Judá”) ao
adversário de Salomão, Jeroboão, um efraimita. Jeroboão (1) desviou a adoração a Yahweh para a idolatria, (2)
mudou o lugar de adoração de Israel de Jerusalém para Dã e Betel, (3) mudou os dias das festas, e (4) permitiu que
quaisquer homens se tornassem sacerdotes, não importando a tribo. Assim, Jeroboão tornou-se o modelo de
afastamento da adoração adequada.

A história dos reinos continuava. Alguns dos reis de Judá eram devotos a Deus, mas, no caso de Israel,
quase não existe no texto bíblico uma palavra positiva para seus reis. O mal que apareceu em Israel eventualmente
trouxe para o reino de Israel um fim inglorioso. Seus líderes foram exilados para a Assíria. Apenas os pobres
continuaram em sua terra. Conforme à política Assíria, cativos de outras terras eram trazidos para Samaria, a ex-
capital e ponto central de Israel, e lá restabelecidos. Seus descendentes, casando-se com israelitas, acabaram se
tornando os samaritanos da história posterior.

c. O reino de Judá (2 Reis 18-25). O reino de Judá teve melhor sorte que Israel por um período de pouco
mais de 100 anos. Mas, devido a sua pecaminosidade, o reino de Judá caiu em 586 a.C., conquistado pelos
babilônios. Todos os cidadãos mais importantes e capazes foram levados à Babilônia. O período do reinado unido e
dividido durou mais de 400 anos. O tempo aproxima a duração dos períodos: (1) entre a viagem de Jacó ao Egito e o
Êxodo e (2) Entre o Êxodo e a construção do templo.

Quando você estiver pronto para o segundo exame, procure seu supervisor, envie uma mensagem com o
pedido para student.services@nationsu.org ou vá diretamente à página do curso na Internet e faça-o online.

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MÓDULO 3 OS PROFETAS POSTERIORES
Isaías, Jeremias, Ezequiel, o Livro dos Doze

Pontos importantes:
1. Quinze livros compõem esta unidade: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Oséias, Joel, Amós, Obadias,
Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, e Malaquias. O foco de Isaías, Oséias,
Amós e Miquéias está tanto em israel quanto em Judá, antes do cativeiro de Israel. Joel, Sofonias, e
Jeremias são voltados para Judá; Habacuque trata de Judá e da Babilônia. Obadias profetiza contra
Edom, que exulta com a queda de Judá. Jonas e Naum centram-se em Nínive e nos Assírios. Ezequiel
é endereçado aos exilados de Judá na Babilônia; Ageu, Zacarias e Malaquias concentram-se na
comunidade restaurada.

2. Alguns dos livros são do oitavo século a.C. (a parte final dos 700s a.C.) – talvez Jonas e
definitivamente Isaías, Oséias, Amós, e Miquéias. Conheça o foco geral e o conteúdo de cada um
deles..

3. Nos lugares significantes inclua Amom e as cidades de Hesbom e Rabá; a Assíria e sua capital
Nínive; a Babilônia; Basã; Edom; o Egito; Judá e sua capital Jerusalem ou Sião; lugares em Israel –
Betel, Samaria e Jezreel; Moabe; as cidades filistéias de Asdode, Asquelom, Ecrom, Gate, e Gaza; a
Síria e Damasco, sua capital; as cidades fenícias de Sidom e Tiro.

4. As pessoas a conhecer, além dos profetas, incluem Ahaz, Gomer, Ezequias, Jezreel, Lo-Ruama,
Lo-Ami, Nabucodonozor, e os "Touros de Basã".

5. Você deve conhecer o tempo em que os profetas viveram, a sinopse e características de cada
livro, as principais características, e lugares importantes.

Introdução
Isaías é uma obra significante devido à sua extensão e conteúdo. O livro cobre um período que vai de 740
até 701 a.C., durante o qual Assíria dominou o Oriente Médio. A mensagem de Isaías demonstra como Jeová
mantém todas as nações responsáveis por seus atos. Ele mostra como o comportamento pecaminoso de Israel traria
sua queda, como Jeová trabalharia no futuro para garantir a volta do Seu povo do exílio e, como Ele eventualmente
realizaria a culminação de Seu trabalho mais aguardado em Jesus Cristo.

Jeremias é o trabalho escrito de um profeta que foi ativo entre 635 e 585 a.C. Sua obra se focaliza nos anos
finais de Judá, culminando com a destruição de Jerusalém e com o exílio dos seus cidadãos mais importantes para a
Babilônia.

Ezequiel se inicia logo antes do fim da atividade de Jeremias, começando em 592 a.C. O próprio profeta foi
levado ao cativeiro na Babilônia e, de lá, ele fala àqueles que se encontravam entre os primeiros a chegar na
Babilônia. Ele previu a queda de Jerusalém, mas também antecipou a restauração do povo de Yahweh em sua terra.

O Livro dos Doze é uma compilação de 12 livros independentes. Estes são interligados apenas por
pertencer ao período final da história do Antigo Testamento e por se enquadrarem na descrição geral de profetas de

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escritos de “menor” proporção. Oséias, Amós e Miquéias profetizaram durante o século oito e estão em paralelo
com o livro de Isaías de várias maneiras. Jonas e Naum são diferentes em estilo, mas ambos estão centrados em
Nínive, a capital do Império Assírio. Habacuque trata da questão da justiça divina. Joel, Obadias e Sofonias são
únicos em seu estilo e conteúdo. Três dos livros – Ageu, Zacarias e Malaquias – são pós-exílicos, i.e. , pertencem ao
período que se segue ao retorno dos judeus à Palestina.

Unidade 1. Isaías, Jeremias, e Ezequiel


a. Isaías. Isaías é um livro longo e trata de muitos assuntos. Yahweh é um Deus de história. O autor deixa bem
claro que todas as nações são responsáveis perante Deus por sua conduta. Ele condena a bebedice, a vaidade, a
injustiça, a cobiça, a opressão dos pobres, violência e problemas com outras nações. Jeová trará juízo sobre todos
que praticam o mal, quer seja Israel quer seja uma outra nação. Assim, o profeta afirma que Yahweh julgará, em seu
tempo, os vizinhos de Israel e Judá. Ele também tratará com Israel e a Judá de maneira apropriada.

Isaías antecipa o exílio do povo da aliança de Yahweh, mas também antecipa a volta de dias melhores.
Esses dias melhores chegariam quando Ele restaurasse Seu povo em sua terra e quando trouxesse para o povo o Seu
Servo Sofredor, o descendente de Jessé que chegaria ao mundo e estabeleceria Seu reino.

Yahweh havia chamado Seu povo para a retidão. Mas, em vez de honrá-lo, o povo havia ignorado Sua
chamada à lealdade. Haviam negligenciado Sua lei. A visão de Deus incluía um Servo da justiça que estabeleceria
justiça na terra. Ainda que os reis e sacerdotes tivessem falhado, Yahweh traria seu próprio servo ao mundo. Sião
(outro nome para Jerusalém) seria revisitada por Deus – não para ser o centro político de um reino, mas o lugar
donde a Palavra de Deus sairia para todas as nações.

Isaías era um profeta estadista em Jerusalém. Ele aconselhava reis, os quais às vezes seguiam seus
conselhos e às vezes os ignoravam. Mas, todo o tempo ele permanece como testemunha de Yahweh a respeito dos
seus dias e dos vindouros.

b. Jeremias. Jeremias é um livro que desafia qualquer arranjo cronológico. A obra de Jeremias baseia-se em
tópicos, não no tempo. O autor alterna entre narração e poesia. Sua mensagem é apresentada às vezes como lições
objetivas, às vezes em forma de história e, às vezes em pronunciamentos proféticos. Jeremias era um homem que
preferia não ser profeta, mas, quando ele tentava não revelar uma mensagem negativa, essa mensagem queimava
como fogo nos seus ossos. Ele tinha de falar. E, ele falava mesmo! Como recompensa pelo seu trabalho, ele foi
lançado na prisão. Finalmente, foi levado, contra sua vontade, ao Egito com aqueles que tentavam escapar a espada
da Babilônia.

Jeremias profetizava principalmente em Jerusalém. Estava lá quando o Rei Josias iniciou reformas baseadas
na descoberta do rolo da Lei de Deus no templo. Estava presente durante os ataques de Nabucodonosor contra
Jerusalém. Ele declarava que o exílio na Babilônia duraria 70 anos. Como sinal que, depois desse período, o povo
voltaria ao seu país, ele saiu e foi comprar um campo. Como outros profetas antes dele, Jeremias demonstrou que
Deus nunca deixa qualquer país isento das conseqüências do seu mal.

Talvez fosse tarde demais para Judá, mas Jeremias enfatiza a vontade de Deus de perdoar seu povo caso se
arrependa. Se Judá deve ir ao cativeiro por seus excessos, Deus ainda assim mantém a promessa para o futuro.
Talvez a mais memorável passagem em Jeremias é sua visão de que Deus estabeleceria uma nova aliança com seu
povo, uma aliança do coração, com perdão dos pecados sendo Seu dom gratuito. O autor do Livro de Hebreus no
Novo Testamento declara que esta nova aliança foi realizada em Cristo.

c. Ezequiel. Ezequiel é o relatório de um sacerdote levado ao cativeiro de Judá para a Babilônia pelo rei
Nabucodonosor em 592 a.C. Ezequiel ministrava aos exilados, descrevendo para eles, através de modelos e
ilustrações, a destruição de Jerusalém e a volta para sua terra depois do exílio. Foi Ezequiel que mostrou que a glória
de Yahweh partiria do templo e abandonaria a cidade santa. Os habitantes da cidade seriam castigados por seus
pecados.

Ezequiel contém trechos apocalípticos, uma gênero literário que se utiliza de linguagem simbólica para

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descrever fenômenos de ordem espiritual. Com um estilo semelhante ao de Apocalipse, Ezequiel descreve o trono de
Deus. Ele do retorno dos exilados à terra prometida por meio da imagem de ossos secos voltando à vida. Ele
descreveu a construção de um novo templo. Finalmente, ele ensina a responsabilidade individual pelos pecados e
pelos atos de justiça de cada um..

Unidade 2. Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, e Miquéias

a. Oséias e Joel

Oséias. Oséias é a história de um profeta e de sua mensagem "viva". Yahweh instruiu Oséias a casar-se
com uma mulher infiel. Sua esposa, Gômer, daria a luz três filhos, alguns deles podem nem ser filhos de Oséias. Os
seus nomes, Jezreel (Deus semeia), Lo-Ruama (Desfavorecida) e Lo-Ami (Não meu povo) seriam mensagens vivas
e simbólicas a um Israel iníquo. Israel permanecia desgraçadamente ignorante em relação a Deus; i.e., não
“conheciam” (não estavam vivendo um relacionamento pessoal com) seu próprio Deus. Eles abraçavam um espírito
de prostituição quando adoravam a outros deuses. Porém, Yahweh não apenas puniria a Israel, enamorar-se-ia
também de novo, como um homem que se enamora de uma jovem. Ou, em outras palavras, quando Israel era
criança, Deus o amava e, assim, o chamou do Egito. Mas, quanto mais Deus o chamava, tanto mais Israel se afastava
de Deus, seguindo a baalins. A mensagem de Oséias era que Deus espera corações abertos e obedientes à Sua
vontade. O livro apresenta uma excelente ilustração do amor de Deus para conosco. Conseqüentemente, o livro
também serve de lição sobre como um homem deve amar a sua esposa, quer ontem, quer hoje.

Joel. Joel predisse uma terrível praga de gafanhotos que logo afligiria a Judá. Em face à praga, os
sacerdotes foram chamados a deixar seus lugares e entrar em um período de arrependimento, confissão e oração.
Alguns acreditam que a “praga” representava um exército invasor. O dia do Senhor – um dia de calamidade – iria
chegar por causa dos seus pecados. Depois do julgamento divino através dessa praga, Yahweh prometeu restaurar a
Judá suas fortunas. O povo assim saberia que Deus estava no seu meio. O apóstolo Pedro cita o livro de Joel no seu
sermão no dia de Pentecostes (Atos 2), para mostrar que Deus predisse os eventos que ocorriam depois da
ressurreição e ascensão de Jesus.

b. Amós e Obadias

Amós. Amós atira suas "balas" contra a nação de Israel. Apesar de condenar as nações vizinhas por seus
três, e ainda quatro pecados (significando um número completo), ele concentra sua mensagem em Israel. Essa nação
era culpada de vender os justos por um par de sandálias, de maltratar os pobres, de praticas sexuais ilícitas e de
idolatria. As mulheres eram especialmente destacadas. Estas "vacas de Basã" oprimiam o pobre, maltratavam o
necessitado e se envolviam em algazarras. O profeta prometeu que elas seriam as primeiras a ir ao exílio. O profeta
descreveu sua complacência desta maneira: deitavam-se em suas camas adornadas, comiam os melhores cordeiros e
bezerros, escutavam música agradável, tinham vinho em abundância e usavam as mais ricas loções, mas não se
preocupavam com a pobreza dos seu povo. A mensagem de Amós permanece como um lembrete de que o
egocentrismo às custas dos indefesos convida Deus a trazer Seu juízo.

Obadias. Obadias é uma obra curta que se concentra em Edom, que era constituído pelos descendentes de
Esaú. Edom se regozijava com a queda de Judá e, aparentemente, participou da tomado dos despojos de Jerusalém,
quando Nabucodonosor invadiu Judá. Ainda que Edom tivesse sua capital em um lugar de difícil acesso a quem quer
que fosse, Deus prometia fazê-la ruir.

O ponto a ser observado na mensagem do profeta é que Deus considerou os edomitas responsáveis tanto
por sua atitude quanto pelo seu comportamento. O princípio permanece hoje para todos os povos. Orgulho,
arrogância, senso de auto-suficiência e exploração trazem julgamento.

c. Jonas e Miquéias

Jonas. O livro de Jonas fala de um profeta com este nome. Esta obra é notavelmente diferente dos outros
livros proféticos. Apenas uma linha de “profecia”, em si, encontra-se no livro: "Ainda quarenta dias, e Nínive será

BRS 1 Course 30
subvertida" (Jonas 3:4). A maioria dos pregadores ficariam satisfeitos com a resposta que Jonas recebeu à sua
pregação – a cidade inteira arrependida! Mas não Jonas. Ele não queria ir à capital assíria porque aquele povo era
inimigo de Israel. O que Jonas não sabia e precisava aprender era que Yahweh não era Deus dos judeus apenas. Ele
é o Deus do mundo todo. Talvez Yahweh quisesse prolongar a vida de Nínive devido aos seus cidadãos terem se
arrependido de seu mau. Era isso que importava a Deus – não a Jonas.

Quando Yahweh instruiu Jonas a ir a Nínive, ele discretamente fugiu de Israel seguindo na direção oposta.
Num navio no Mediterrâneo ele se viu em meio a uma tempestade. Quando a tripulação do navio estava a ponto de
ser vencida pela tempestade, ele pediu que o lançassem ao mar, pois sabia que era o culpado. Uma vez no mar, um
grande peixe o engoliu. Por três dias ele sobreviveu no ventre do peixe. Quando foi vomitado, ele estava de novo na
mesma costa de onde havia escapado. Ali, Yahweh disse de novo: “Vá a Nínive!” De modo relutante, Jonas foi. Ele
podia ver as pessoas sendo “engolidas” por Deus. E, em sua mente, ele estava feliz por isso.

Mesmo depois de o povo ter se arrependido e de Deus ter prolongado a vida da cidade, Jonas esperava para
ver o que aconteceria. Ele foi para um lugar alto no deserto, a leste da cidade (Nínive se situava ao norte da atual
Bagdá, Iraque). Ele estava zangado porque Deus não os destruíra. Ele construiu um abrigo. Então o Senhor fez
crescer uma vinha sobre ele para fornecer sombra. Isto deixou Jonas satisfeito. Mas quando Deus enviou uma larva
para devorar a planta, Jonas zangou-se. O objetivo da história é mostrar que é a preocupação de Deus pelos muitos
habitantes de Nínive é uma perspectiva melhor de vida que a preocupação de Jonas por uma planta de um dia de
vida.

Miquéias. Contendo características do oitavo século a.C. Miquéias era endereçado ao povo de Deus com
advertências duras, seguidas pela esperança de um futuro tempo de bênçãos. Sua mensagem era voltada a ambos,
Israel (Samaria) e Judá (Jerusalém). Ele as confrontou por sua maldade, prometendo que Yahweh as puniria por seus
pecados, mas que, após a punição a bênção viria.

Uma das passagens mais importantes nas profecias bíblicas é aquela que questiona sobre o que devemos ter
perante Deus. Deveríamos vir com holocaustos, com milhares de ramos, com dez mil rios de óleo? Deve-se oferecer
o primogênito de alguém pelos pecados de outrem? Yahweh tem nos mostrado o que requer de nós: “praticar a
justiça, amar a misericórdia e andar humildemente com Deus” (6:6-8).

Numa segunda passagem, igualmente encorajadora, Ele nos relembra que não há nenhum outro, senão Ele,
que perdoa pecados e mostra misericórdia (7:18).

Unidade 3. Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, e Malaquias


a. Naum e Habacuque

Naum. Naum destaca Nínive, a capital da Assíria, para o juízo divino. Ele descreve a chegada de um
exército inimigo. Quando o grande exército da Assíria tentasse defender a cidade, seu exército seria como um
exército de "mulheres". Para essa nação tão cruel e pecaminosa, Yahweh seria um Deus vingador. Ele traria
destruição total a esse povo que havia destruído tantos outros povos. Mas, para aqueles que buscam refúgio em
Yahweh, Ele é sempre bondoso e misericordioso.

Ainda que Nínive tenha se arrependido devido à pregação de Jonas, as antigas condições voltaram. Desta
vez não há como voltar atrás no julgamento de Deus. Nínive (e o império assírio) serão condenados. Os motivos de
justiça prevalecerão.

Habacuque. Este livro trata da questão de sofrimento nacional. Habacuque levanta a pergunta, "Por
quanto tempo, Deus, o Senhor permitirá que Judá continue nos seus pecados de violência, injustiça e contendas?"
Deus respondeu dizendo que cuidaria da situação, mas Seu plano não receberia a aprovação do profeta. O plano
divino era trazer a cruel e pecaminosa Babilônia para punir a Judá. A resposta de Deus é insustentável para
Habacuque, pois ele não pode conceber que Deus se utilize de um povo ainda mais cruel que o de Judá para punir a
Judá. Deus assegura a Habacuque que também os babilônios receberiam seu julgamento.

BRS 1 Course 31
A mensagem de Habacuque é de que Deus pune a prática do mau, mas Ele o faz em seu tempo. O justo
deve viver pela fé nEle! Assim, se formos cuidadosos e responsáveis, Deus cuidará de nós.

b. Sofonias e Ageu

Sofonias. Sofonias se encontrava nos dias finais de Judá e descrevia sua destruição. O tema principal no
livro é "o dia do Senhor". O profeta falava do dia do Senhor como um dia de ira divina. Outras nações também
seriam julgadas – Filistia, Moabe, Amom, Etiópia e Assíria. Mas ele também falava do futuro de uma Jerusalém
restaurada.

Sofonias apresenta uma mensagem sóbria que mostra que a bênção divina e o julgamento estão
relacionados à fé humana e à fidelidade. O “dia do Senhor” traz julgamento sobre o ímpio e redenção para o justo.
Além disso, Deus está trabalhando para completar Seus propósitos.

Ageu. Ageu, juntamente com Zacarias, incentivou os judeus a renovar seus esforços para reconstruir o
templo. Os primeiros exilados a voltarem haviam chegado em Jerusalém em 537 a.C. e imediatamente começaram a
reconstrução do que os babilônios haviam destruído. Mas, oposição da parte dos seus vizinhos desencorajava os
judeus e por isso, abandonaram o projeto. Em vez de trabalhar na construção do templo, preocupavam-se com a
construção das suas próprias casas. O templo foi reconstruído entre os anos de 520 e 515 a.C. (quatro anos e meio) e
aberto para o louvor. O resumo dessas atividades é o que distingue o livro de Ageu. Talvez a última lição vinda de
Ageu seja sempre preferir a vontade do Senhor ao invés das nossas próprias vontades.

c. Zacarias e Malaquias

Zacarias. Zacarias se uniu a Ageu para encorajá-los na reconstrução do templo. Mas Zacarias é um livro
complexo que trata mais do relacionamento espiritual de Judá com Deus do que da reconstrução do templo em si. O
profeta discute assuntos tocantes ao templo e ao louvor. Ele também discute o cuidado de Deus para com Seu povo,
Seu julgamento contra os inimigos dos judeus e a vinda do rei de Sião.

A composição do livro contém oito "visões" que tratam das ações de Deus no futuro. Até mesmo o alto
sacerdote e o governador se tornaram partes de mensagens simbólicas. De numerosas formas, Zacarias prenuncia a
vinda de Jesus.

Malaquias. O livro de Malaquias é único dentre os Profetas, pois segue um estilo “rabínico”. Acusações
são feitas, e em seguida seguem-se respostas para justificar as acusações. Por exemplo, é normal para um filho o
honrar ao pai, mas Israel não honrava a Deus. Israel pergunta, "Mas como estamos desonrando a Deus?"
"Oferecendo sacrifícios inferiores" (1:6-7). Ou, outra vez, "Pode um homem roubar a Deus?" Não, não
normalmente. Mas "Israel tem roubado a Deus, retendo os dízimos e as ofertas devidas a Deus" (3:8). A introdução
do estilo rabínico sugere uma data mais tardia. Tradicionalmente, Malaquias é posto no final do Antigo
Testamenteo, algo próximo de 400 a.C.

A palavra “Malaquias” significa "Meu mensageiro". Já que o livro se inicia com a declaração que Jeová
está enviando Sua mensagem através de "Malaquias", não podemos saber se Seu intento era apenas dizer que a
mensagem viria através de um mensageiro (não identificado) ou, se o mensageiro realmente se chama "Meu
mensageiro" (Malaquias).

Quando estiveres pronto para fazer o terceiro exame, procure seu supervisor, solicite o teste pelo
endereço student.services@nationsu.org ou faça-o diretamente pela Internet.

BRS 1 Course 32
MÓDULO 4 AS ESCRITURAS: HISTÓRIA
Rute, Crônicas, Daniel, Ester, Edras, Neemias

Fatos importantes:

Os livros deste módulo são significantes, primeiramente, pela compreensão que nos dão sobre a vida de
Israel depois da destruição de Jerusalém em 586 a.C. Rute é a exceção, tendo sido composto anteriormente. A
separação destes livros dos Escritos incluídos no módulo 5 é arbitrária.O elemento comum relaciona seu conteúdo
histórico.

1. Conheça o conteúdo geral de cada livro incluído neste módulo.

2. Conheça as personagens principais de cada livro:

Rute-- Boaz, Elimeleque, Malom, Quiliom, Noemi, Obede, Órfa.


Crônicas—Nenhuma além dessas apresentadas em módulos anteriores, exceto Ciro da Pérsia (2 Cron. 36:22-23).
Daniel-- Azarias (Abedenego), Belsazar, Daniel (Beltesazar), Dario, Gabriel (anjo), Hananias (Sadraque), Miguel
(príncipe ou anjo), Nabucodonosor
Ester -- Ester, Hamã, Mordecai, Vasti, Assuero (Xerxes),
Esdras e Neemias-- Tobias, Zorobabel

3. Reveja nomes de lugares: Babilônia, Belém, Jerusalém, Média, Moabe, Susã/Pérsia, Trans-Eufrates.

4. Observe que Daniel contém uma mistura de estilos. Embora nós o tenhamos categorizado como
“história”, uma boa parte de Daniel é apocalíptica e apresenta o futuro de Deus de uma maneira que é característica
do apocalipse.

INTRODUÇÃO
O Módulo 4 trata dos livros dos Escritos que estão diretamente relacionados à “história”. Isto é, eles têm
suas raízes fincadas em fatos históricos que foram apresentados pelos profetas. A linha do tempo abaixo os põe (em
letras minúsculas) em seu tempo adequado em contraste com os livros já estudados (em maiúsculo).

GÊNESIS JUÍSES SAMUEL REIS

------------------------------------------Crônicas-----------------------------------------------------------

Rute Daniel
Ester
Esdras-Neemias
2000 a.C. 1500 a.C. 1000 a.C. 500 a.C.

BRS 1 Course 33
Dizer que estes trabalhos estão relacionados à história não implica que eles são meramente história. Eles
partilham o gênero da narrativa histórica, mas seu propósito traz uma mistura de questões teológicas e sociais.
Enquanto Rute conecta uma história dos dias dos Juíses com a linhagem do rei Davi, Crônicas conecta todo o
passado de Israel com os interesses davídicos e levíticos para a comunidade pós-exílica. Ester explica o significado
de um festival judaico tardio, e ao fazê-lo, cria uma conexão com as preocupações registradas em Esdras e Neemias.
O envolvimento de Daniel com história reflete uma perspectiva mais divina que humana.

Unidade 1. Rute e Crônicas.


a. Rute. O período dos Juízes, como descrito no livro dos Juízes, foi um período de aflição devido à infidelidade
espiritual. Apesar de ter havido tempos de bênção e abundância, algumas das histórias em Juízes indicam um quadro
um tanto quanto sombrio da qualidade de vida durante o período. O livro de Rute ilustra as dificuldades a que
estavam submetidas as pessoas por meio da fome. Ainda assim a história revela que alguns mantinham-se fiéis.

Os eventos narrados em Rute se passam em algum momento durante os 300 anos entre Josué e a
consagração do primeiro rei. O livro em si foi composto depois do reinado de Davi (ver Rute 4:22). O autor é
desconhecido.

As personagens principais em Rute são Elimeleque e sua esposa, Noemi; seus dois filhos Malom e
Quiliom, suas noras Rute e Órfa; e seus dois parentes próximos, um de nome desconhecido e o outro chamado Boaz.
Todos são da tribo de Judá, exceto Rute e Órfa, que são de Moabe. No final da história há uma genealogia que liga
Perez ao rei Davi. Esta acaba se tornando a linhagem pela qual a genealogia de Jesus seria traçada.

A história de Rute começa com uma família de Belém que viajou para Moabe durante um tempo de fome
em sua terra nativa, Judá. Ali os dois filhos se casam, mas pai e filhos morrem em Moabe. Após a decisão de Noemi
de voltar para sua terra, Rute decidiu acompanhá-la. Uma vez em Belém, Noemi enviou Rute aos campos pa ra
recolher o trigo caído no chão, deixado para os pobres recolherem. Noemi enviou Rute a Boaz para que cumprisse a
obrigação de um parente próximo quando um outro morria. Da união de Rute e Boaz nasceu um filho chamado
Obede.

b. Crônicas: o primeiro livro. Originalmente um livro do cânon hebraico, Crônicas provia ao povo judeu do
período pós-exílio um relato especial de sua história. Ela começou com a criação porque o Deus que os escolheu é o
Criador. Em sendo Ele o autor da história em vez do produto da história, pôs em Sua criação humana o interesse de
um relacionamento espiritual. O Criador selecionou Abraão e seus descendentes para testemunhar a um mundo que
se recusou a reconhecer sua presença. Israel foi escolhida como o meio através do qual Yahweh revelaria a Si
mesmo, mais especificamente em uma figura messiânica, e abençoaria o mundo com o perdão de pecados através
daquela representação, seu consagrado filho.

Entrementes, a formal constituição dos descendentes de Abraão como o povo especialmente escolhido de
Deus tomou forma na aliança no monte Sinai. Quando Israel passou a habitar na terra que Yahweh lhes havia jurado
dar, sua missão começou. Infelizmente, porém,devido a Israel falhar no seu relacionamento com Yahweh, Ele
permitiu que os Assírios invadissem o reino de Israel, ao norte, subjugando-os as regras assírias e levando o povo ao
cativeiro em 722 a.C. Então, por causa de o reino de Judá, ao sul, ter se recusado a ser leal a Yahweh, os babilônios
dirigiram-se até Judá, destruíram seu templo, saquearam Jerusalém, e levaram os cidadãos ao exílio em 586 a.C.

A tragédia de Jerusalém era inexprimível. Mas, com um decreto do rei Ciro da Pérsia, o então governante
do Oriente Médio, a esperança foi restaurada. O decreto ofereceu esperança ao povo de Deus que estivera espalhado
pela Mesopotâmia. Uma comunidade judaica restaurada ao redor de Jerusalém poderia ter um futuro porque
Yahweh assim o desejava. O povo especialmente escolhido por Yahweh, agora representado por remanescentes,
teria que construir uma comunidade baseada na aliança de lealdade. Essa fidelidade é representada através da
conexão com a casa de Davi e a adoração no templo. Através desta composição, o cronista imprimiu sobre a
comunidade do pós-exílio a responsabilidade de manter santidade no relacionamento e conexão com Davi, cuja
linhagem Yahweh tinha estabelecido como uma linhagem real contínua. Eles ainda eram um povo único, mas eles
deveriam continuar a viver com sua constituição.

BRS 1 Course 34
O livro de Crônicas menciona Israel (o reino do norte) apenas incidentalmente. É essencialmente um livro
sobre Judá. O livro contém significantes tabelas genealógicas, lista de reis, história, anotações sobre heranças,
discernimentos teológicos, profecias, e um decreto persa. Mas seu principal foco é sobre os músicos do templo,
salmos, orações, louvor e particularmente sobre o sacerdócio. O livro parece ter sido projetado especialmente para
os judeus que estavam retornando do exílio da Babilônia. Eles certamente seriam alcançados pela praga das gerações
de seus antepassados. Conseqüentemente, eles deveriam estar particularmente atentos a restabelecer a forma de
adoração que Yahweh havia ordenado em torno de seu templo.

À medida que você ler Crônicas, provavelmente desejará saber por que a ênfase na genealogia. Pense nisso
como uma situação em que você precisaria traçar a linhagem de sua própria família se da autenticidade do
documento dependesse uma herança significante. À medida que você ler os detalhes pertinentes ao templo,
considere o místico e a glória ao redor da adoração a Yahweh. A comunidade restaurada tinha que ser relembrada da
sua aliança com Jeová para viver conforme Sua vontade.

Havendo estudado Reis, você está familiarizado com muitos dos personagens principais de Crônicas. Desta
vez, porém, observe-os à luz de um contexto mais amplo – o contexto do povo de Deus. Crônicas engloba um
período maior de tempo que qualquer outro livro da Bíblia. Nele, podemos ter uma ampla imagem do trabalho de
Yahweh e a conexão entre Adão e os descendentes de Zorobabel.

I Crônicas começa com as genealogias que comparam o livro de Gênesis, de Adão aos filhos de Jacó. No
capítulo 2 se inicia uma secção mais longa que apresenta a genealogia dos filhos de Jacó (Judá), através de Davi e
dos reis de Judá dentro do período pós-exílico. Só então, a linhagem dos outros filhos de Jacó será considerada
(4:24-7:41).

Os descendentes de Levi recebem atenção especial por causa das suas responsabilidades únicas no louvor
da comunidade. Inicialmente, haviam sido separados para o cuidado e serviço do tabernáculo. Os sacerdotes, que
poderiam oferecer sacrifícios eram escolhidos entre os Levitas que descendiam de Arão.Com a aproximação da
construção do templo, o rei Davi deixou os Levitas encarregados da música. Como a indicação de seu lugar especial
dentro da nação, os Levitas foram disseminados entre as outras tribos (capítulo 6).

Havendo completado essas genealogias, o autor oferece uma genealogia mais completa de Benjamim, a
tribo do primeiro rei de Israel, Saul (capítulos 8 e repetido no 9:35-44). O capítulo 9 deixa claro que as genealogias
alcançam seu clímax na identificação da comunidade restaurada que retorna a Jerusalém depois do exílio da
Babilônia.

As genealogias estabelecem a conexão entre a história anterior e posterior de Israel. Começando no capítulo
10, uma narrativa da história descreve o povo de Deus durante o período do reinado. O fato de apenas 14 versículos
serem dedicados ao rei Saul, enquanto 19 capítulos serem devotados ao rei Davi o identificam como a figura central.

A principal importância é a preparação para a construção do templo. Mas, sua construção seria pouco
significativa se não fosse pelo intercâmbio entre Deus, o profeta Natan e Davi. Davi queria construir um templo para
Deus, mas Deus recusou-se a deixá-lo fazer isso. Em vem disso, Deus prometeu construir uma casa para Davi. Com
isso, Deus indicava seu intento de estabelecer a linhagem real de Davi. Através do Novo Testamento, sabemos que
essa linhagem nos levaria eventualmente a Jesus Cristo. Não surpreende o fato de que, durante a duração da era do
Antigo Testamento, a esperança do povo de Israel era associada à linhagem de Davi (capítulo 17). Então, dois temas
emergem em crônicas: O reinado de David e o templo.

c. Crônicas: o segundo livro. O segundo livro de Crônicas continua a história dos reis. Salomão recebe maior
atenção, porque ele é aquele que realmente construiu o templo de Jerusalém. Porém, a principal ênfase nos primeiros
nove capítulos não está no reinado de Salomão, mas no templo. Outros reis são mencionados a partir de Salomão até
o final do reino de Judá (capítulos 10-36). Eventos descritos ajudam o leitor a entender que a falha de Judá em
guardar sua aliança com Jeová é que os levaria a cair nas mãos dos babilônios. O clímax de Crônicas, contudo, é o
decreto da Pérsia, por meio do qual o rei Ciro permitia que o povo exilado voltasse para casa.

O cronista deixou claro que Salomão reinou de acordo com a vontade de Jeová. Deus “estava com ele e o

BRS 1 Course 35
engrandecia”. Salomão, em resposta, reconheceu sua dependência de Deus (II Crônicas 1:1, 7-12). Ele poderia agora
empregar suas energias na construção do templo, uma tarefa que Deus negou a seu pai, Davi. O templo é descrito,
em detalhes, com seus utensílios. É dado quase tanto tempo para a consagração do templo quanto para sua
construção. O louvor de Salomão (II Crônicas 6:12-42) expressa a essência da fé esperada de quem fosse usar o
templo. A ênfase não é para o templo em si ou para o ato de louvor no templo, mas para a conduta e para o coração
dos adoradores. A aceitação do templo por Yahweh (II Crônicas 7:11-22) faria com que Ele mostrasse misericórdia
quando eles se arrependessem. Ao mesmo tempo, ele estabeleceu condições a respeito do direito de Israel ocupar a
terra. Aqueles que retornassem do exílio saberiam muito bem o porquê de os líderes da nação terem sido exilados e
são advertidos sobre a falta de fé.

A seqüência de eventos que se seguem à morte de Salomão demonstra o gradual declínio de Judá e o
eventual exílio. Judá era geralmente infiel e se tornou objeto de descontentamento para Yahweh. Todavia, alguns
reis demonstraram considerável fé. Dois receberam substancial atenção: Ezequias e Josias. Embora a resignação de
Deus finalmente tenha se esgotado e Jerusalém tenha caído nas mãos dos babilônios, o propósito de Yahweh poderia
continuar e “Yahweh moveu o coração de Ciro” para que publicasse um decreto que permitiria a reconstrução do
templo.

Observe a linha de fechamento de Crônicas. Ela antecipa o estudo de Esdras e liga a discussão anterior com
o que vai ser tratado em Esdras.

Unidade 2. Daniel e Ester

a. Daniel. Um misto de apocalíptico, profecia e história, Daniel é ao mesmo tempo um prazer e um desafio. A
história de Daniel é, de certa forma, paralela à de José. Ambos se encontravam em terras estrangeiras, ambos
tornaram-se importantes oficiais do rei em suas terras, ambos foram homens exemplares que mantiveram sua fé
mesmo em face de grandes dificuldades. Daniel serviu reis de dois impérios — Babilônia e Pérsia. Histórias
familiares do livro incluem (1) Daniel na cova dos leões e (2) Sadraque, Mesaque e Abedenego na fornalha de fogo.

Daniel era o homem ao qual Deus deu a interpretação dos sonhos de Nabucodonosor a respeito de uma
grande imagem de uma árvore. Ele também interpretou o escrito na parede do palácio do rei Belsazar. Daniel
revelou a Nabucodonosor que Deus era soberano e estabeleceria Seu próprio reino indestrutível no futuro. Daniel
viveu para declarar a ruína do novo império da Babilônia e vitória de Deus durante a passagem do império persa.

Daniel teve uma visão sobre quatro animais que simbolizavam quatro impérios. Outras visões se seguiram,
mas tinham o mesmo tema: a soberania de Deus. Daniel revelou detalhes sobre futuros governantes e conflitos que
os judeus sofreriam antes da vinda do "Filho do Homem". Mas, no fim, o reino de Deus prevaleceria e Deus
providenciaria vitória para os fieis.

b. Ester. O livro de Ester é uma marcante história de uma judia chamada Ester que se tornou rainha do rei Xerxes
(Assuero), da Pérsia. A história começa com a deposição da rainha Vasti, que se recusou a mostrar sua beleza frente
à corte bêbada do rei. A procura de uma nova rainha terminou com a seleção de Ester, que havia sido criada por seu
primo, Mordecai.

Mordecai tinha certa vez salvado a vida do rei, mas ele evocou a ira de um invejoso oficial persa chamado
Hamã por não se curvar a ele. Em resposta, Hamã armou um plano e enganou o rei para que o aprovasse. Hamã
estava determinado a ter Mordecai e todos os Judeus massacrados. O intento da história é explicar como o povo
Judeu conseguiu escapar da exterminação e veio a celebrar a Festa de Purim. O nome da festa relembra o destino
que estava lançado para decidir o dia em que a conspiração de Hamã seria executada.

Mordecai persuadiu Ester a pedir ao rei para contestar o decreto que permitia que Hamã matasse os Judeus.
As mais memoráveis linhas pronunciadas por Mordecai a Ester são: “Quem sabe se não foi para um momento como
este que você chegou à posição de rainha?” (4:14). Como Hamã glorificou-se em sua posição, o rei descobriu a
verdade sobre ambos, Mordecai e Hamã. O primeiro foi honrado e o outro foi deposto.

BRS 1 Course 36
Unidade 3. Esdras e Neemias.
a. Esdras. Esdras e Neemias são conhecidos como livros separados desde o terceiro século d.C. Ambos tem
interesses similares. O homem, Esdras, aparece em ambos os livros. Além disso, ambos tratam do retorno do exílio.
Ambos se preocupam com reformas. Uma coisa importante para lembrar sobre Esdras-Neemias é que, embora
Esdras descreva a história do período do pós-exílio de 539 (Ciro) a 515 a.C (término da reconstrução do templo), ele
viveu muito tempo depois.

Esdras relata a história do retorno dos judeus exilados, logo após o decreto do rei Ciro da Pérsia. Ele
relaciona artigos do templo e identifica famílias que retornaram. Esdras reconta como o esforço inicial para
reconstruir o templo encontrou oposição local que continuou durante o reinado de Ciro e mesmo depois da
construção do templo atual. No capítulo 5 ele retorna para detalhes da construção do templo e descreve sua
dedicação e a observância da Páscoa.

O envolvimento pessoal de Esdras com seu companheiro judeu em Jerusalém começa no capítulo 7. Em
posse de uma carta de autorização do rei Artaxerxes, o sacerdote saiu de Jerusalém em 458, acompanhado de outros
peregrinos. Após a chegada eles encontraram uma situação degradante que envolvia casamentos entre judeus e
pagãos. Ele levou o povo a confessar seus pecados e corrigir seus estados conjugais. A ironia foi que esses
casamentos incluíam sacerdotes.

b. Neemias. O livro de Neemias recebe o nome de um copeiro do rei Artaxerxes da Pérsia. Neemias serviu o rei
pessoalmente e viveu na capital da cidade, Susã. Ouvindo que seus companheiros judeus em Jerusalém estavam
vivendo em uma cidade cujos muros ainda estavam em ruínas desde a sua destruição por Nabucodonozor, ele então
pediu ao rei que o deixasse visitar Jerusalém. O rei preparou cartas e enviou Neemias com uma pequena escolta à
Jerusalém em 446 a.C. Neemias inspecionou as ruínas da muralha e cautelosamente direcionou seus reparos em face
à oposição local. O fechamento do livro menciona os novos habitantes de Jerusalém e em seus arredores, a
dedicação dos muros de Jerusalém e o final da reforma de Neemias.

Neemias é mais lembrado por seu trabalho em direcionar os judeus para a reconstrução dos muros de
Jerusalém, que tinham permanecido destruídos desde 586 a.C. Sem sombra de dúvidas, ele foi um homem notável.
Neemias teve um coração direcionado para a retidão, uma mente reformadora, e preocupação para com os pobres.
Seu amor por Deus e pelo seu povo o motivou a arriscar-se em sua ousada aventura. Cercado de posição na Judéia
daqueles que não queriam ver os muros de Jerusalém reconstruídos, Neemias completou sua reforma, sabendo que
era a coisa certa a ser feita.

Talvez o maior foco da composição não seja a liderança de Neemias, mas a incapacidade espiritual do
povo. Durante os doze anos em que Neemias serviu como governador de Judá, ele, juntamente com o sacerdote e
escriba Esdras e os Levitas, encorajou os judeus acerca de reforma e retidão. Fica evidente no livro que a
comunidade restaurada de Israel necessitava de profundidade espiritual embora tenham sido expectadores de
grandes acontecimentos.

Quando você estiver pronto para fazer o quarto exame, procure seu monitor, solicite o
teste com uma mensagem para student.services@nationsu.org ou vá diretamente à Internet e
faça-o online.

BRS 1 Course 37
MÓDULO 5 AS ESCRITURAS: SABEDORIA E LOUVOR
Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos,
Lamentações

Pontos importantes:

1. Conhecer a natureza e conteúdo geral de cada livro neste módulo. Dê atenção especialmente à estrutura
do livro de Jó, à variedade de tópicos e estilos nos Salmos, aos dizeres curtos que caracterizam Provérbios, às
conclusões apresentadas em Eclesiastes, ao caráter romântico de Cantares e ao tom melancólico de Lamentações.

2. Entender a estrutura paralela em poesia hebraica (por exemplo, no Salmo 1º), o conteúdo de um salmo
real (por exemplo, no Salmo 2), a forma de um lamento (Salmo 13), a natureza de salmos de gratidão e adoração
(Salmo 100) e a estrutura de salmos acrósticos (onde cada estrofe ou bloco de estrofes começa com uma letra
diferente do alfabeto hebraico, em seqüência, como nos Salmos 111 e 119. Note também o término incomum e não
esperado do livro de Provérbios (capítulo 31).

3. Conhecer os personagens principais no livro de Jó – Jó, sua esposa, Bildade, Eliú, Elifaz, Zofar e
Satanás.

O exame para Módulo 5 terá duas partes. A primeira parte tratará dos Escritos, para verificar se você
compreendeu o caráter único de cada livro. Você deve ser capaz de identificar citações de cada obra sem haver
memorizado o texto.

A segunda parte do exame medirá seu conhecimento geral das Escrituras Hebraicas. Espera-se que você
conheça o conteúdo geral de cada livro do Antigo Testamento. Os problemas do teste tratarão da ordem cronológica
dos eventos e pessoas, da identificação de personagens importantes, do conhecimento de objetos e ocasiões especiais
e da localização de lugares. Para preparar-se para esta parte do exame, reveja os “pontos importantes” dos módulos
anteriores.

INTRODUÇÃO
Os livros estudados no Módulo 5 serão Jó, Lamentações, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares (ou
Cântico dos Cânticos). A maior parte destes livros é do período anterior ao exílio. Isto é, no período que precedeu ao
exílio de Judá em 586 a.C. A data para os eventos narrados em Jó remota, e permanece incerta. Provérbios,
Eclesiastes e Cantares datam dos dias de Salomão (cerca 1.000 a.C.). Lamentações foi composto no período da
destruição de Jerusalém. O livro de Salmos uma coleção de salmos compostos principalmente por Davi, e não
completado até depois do exílio. Salmos foi formado tanto no tempo do reino unido de Davi quanto no período da
comunidade restaurada após o exílio. .

BRS 1 Course 38
As Escrituras Hebraicas são formadas por uma variedade de temas e estilos, criados com diversos
propósitos. Jó, Provérbios e Eclesiastes podem ser classificados como literatura de sabedoria, pois se dedicam
principalmente à inspiração de uma vida apropriada diante de Deus. Salmos, Cantares e Lamentações podem ser
postos também nesta categoria, mas, neste estudo, inclui-los-emos na categoria de Louvor.

Unidade 1. Jó e Salmos
a. Jó. O livro de Jó é um drama composto de maneira poética e emoldurado um prólogo e um epílogo em prosa (Jó
1-2; 4:2). O personagem principal é um homem chamado Jó, que viveu no Oriente Médio há muito tempo. Esse
tempo é incerto. Estão presentes também no texto três amigos de Jó, os quais oferecem sua sabedoria na tentativa de
explicar o porquê de ele estar sofrendo. Por fim, um jovem acrescenta mais às palavras já ditas pelos conselheiros
mais velhos. A esposa de Jó tem apenas um conselho a dar para seu marido, e este não é bom.

A partir de uma perspectiva filosófica, a tragédia seria interessante, fossem seus personagens todos
humanos. Mas no prólogo e no corpo da obra o autor deixa claro que a história tem uma dimensão espiritual.
Primeiro, há uma interação entre Deus e Satanás acerca da fé de Jó. Deus permite que Satanás aflija a Jó, pois sabe
que ele é fiel. Segundo, o círculo de discursos registra o papel de Deus em relação à situação do homem em vida. Jó
reclama por não receber uma resposta de Deus sobre o porquê de estar sofrendo. Por fim, o próprio Deus fala e age
em prol de Jó.

O prólogo ajuda o leitor a conhecer as circunstâncias que trouxeram sofrimento a Jó. Mesmo Jó estava
desatento em relação ao que ocorrera antes de sua aflição. É discutível se a narração deve ser entendida como um
relato literal de um diálogo entre Deus e Satanás ou como uma parábola similar à do homem rico e Lázaro de Lucas
16. Qualquer que seja o caso, o foco é dado para qual deve ser a atitude do homem em relação a Deus em
circunstâncias que não se entenda. Logo após o prólogo o autor apresenta os sentimentos de Jó e a resposta de seus
amigos para a sua situação. O corpo do texto contém diversos discursos que se alternam entre Jó e os homens que
ofereceram conselho baseado na sabedoria humana.

Jó está lidando com agonia pessoal e sofrimento, sem uma razão aparente. Seus amigos acreditam que isso
se deve ao fato de ele ter pecado grandemente contra Deus, assim Deus o punia. Jó sabe que é pecador, mas também
sabe que tem sido leal a Deus. E ainda, incapaz de compreender o porquê de estar sofrendo, ele busca uma resposta
de Deus. Deus revela que as conclusões dos amigos de Jó são incorretas e que os mortais possuem conhecimento
limitado.

Jó é uma das obras de sabedoria mais eruditas já escrita. Alguns entendem que ela se refere à questão do
porquê os humanos sofrem. Mas seu propósito maior é responder à pergunta: “O que significa ser fiel a Deus?”

Está claro que nosso universo não é limitado pelo reino físico, no qual podemos descrever facilmente todos
os fatos de modo bem simples. Há um reino espiritual sobre o qual conhecemos muito pouco. Uma coisa é certa: não
há dúvida de que Deus está no controle e que age com justiça para com seus servos. Esta situação sugere que o
homem não está em posição para lidar com alguns dos porquês da existência humana. Em resumo, o livro de Jó
aconselha: Deixe Deus ser Deus e contente-se em ser seu servo fiel!

b. Salmos. O Saltério é uma compilação de 150 poemas musicais que expressam a busca humana por Deus de
diversas maneiras. Apesar de ter sido escrito por numerosos autores durante um período de talvez 1.000 anos, o mais
proeminente deles foi o rei Davi. Muitas das composições têm títulos, mas eles foram acrescentados posteriormente
para manter uma tradição sobre a autoria e/ou sua aplicação espiritual na vida dos judeus. Os títulos sugerem que
muitos dos salmos eram usados no louvor do templo.

Os salmos foram agrupados em cinco "livros" ou coleções 1-41, 42-72, 73-89, 90-106 e 107-150. Ainda
não há um consenso entre os estudiosos sobre o porquê de um salmo ser posto em determinado grupo.

Os salmos foram feitos com versificação poética. Uma característica marcante acerca da poesia hebraica é o
uso que é feito dos paralelismos. Paralelismo é um fenômeno no qual os versos são relacionados uns aos outros de
acordo com uma estética de paralelos. Essa relação de versos pode expressar os mesmos pensamentos com

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diferentes palavras; pode expressar pensamentos opostos, ou ainda, um segundo verso pode completar um
pensamento iniciado no verso precedente. Há formas mais complicadas de paralelismo as quais você descobrirá à
medida que ler a poesia hebraica. Uma vez que entendas como funciona, poderás ler Salmos com grande clareza e
entendimento.

Alguns dos salmos são acrósticos. Isto é, cada linha (Salmo 111) ou conjunto de linhas (Salmo 119) começa
com as letras do alfabeto hebraico em seqüência. Embora não seja possível conservar esta característica na tradução,
o significado do salmo permanece inalterado com ela.

Alguns dos salmos expressam os pensamentos mais profundos de um indivíduo. Outros expressam os
sentimentos de uma comunidade da fé. Os salmos podem ser hinos, ações de graças ou lamentos. Um hino pode
expressar louvor à Yahweh. Um salmo de ação de graças pode pronunciar uma palavra de gratidão por uma bênção
específica. Um lamento apresentará uma situação-problema diante de Deus na esperança de que Ele responderá.

Ao estudar os Salmos, observe como a estrutura de paralelos governa o fluxo de idéias no Salmo 1.
Observe o conceito que está por trás de um salmo "real" (Salmo 2). Leia Salmo 8 como um magnífico exemplo de
hino. Identifique os elementos básicos de um lamento: saudação, reclamação, petição, confiança e adoração (Salmo
13). Provavelmente o salmo mais conhecido é o Salmo 23, que é a maneira de um pastor de expressar sua confiança
pessoal em Deus, seu próprio Pastor. Um bom exemplo de gratidão e adoração é o Salmo 100.

Os salmos se concentram no fato de Deus ser digno de louvor. Ele criador do mundo. Ele reina sobre todos
os povos. Ele protege o Seu povo. Seu imutável amor e Sua justiça formam o alicerce de tudo que bom. O fato de
que Suas promessas nunca falham e que Sua misericórdia se estende além da Sua justiça dá aos mortais a segurança
da salvação.

Por Deus ser justo, Sua lei justa e Seus juízos são justos. Por isso Ele é o objeto da esperança de todos que
andam no Seu caminho. Ele é a fonte de ajuda, paz, felicidade, sucesso, perdão e unidade. Aqueles que buscam a
Deus e Seu caminho dão-Lhe louvor. O Criador todo-poderoso e onisciente é um refúgio para os que sofrem.

A fidelidade, justiça e misericórdia de Deus fazem com que seja desejável conhecê-lO. Sua habitação é
atraente para os bons. Sua cidade é “A cidade”. Seu trono tem um alicerce autêntico e permanente. Seu nome é
supremo. O Senhor é a fonte de tudo o que é bom. A grandeza, gloria e bênçãos do Senhor são motivos para dar-Lhe
honra. Toda a criação deve adoração a Ele.

Os piedosos têm fome de Deus e desejam perdão dos pecados. Aqueles que procuram justiça O buscam
porque O amam. Um sacrifício de gratidão e um coração contrito é o que Ele pede. E ninguém que confie nEle será
desapontado.

Uma característica marcante dos salmos é o conflito com os “inimigos” e o pedido do salmista para que
Deus os derrote. Lembre-se, porém, que estes "inimigos" são os ímpios, homens perversos. Não são meros
antagonistas, mas homens que se opõem à justiça. Quando o salmista se identifica com Deus – especialmente como
o rei e representante da justiça de Deus – ele se opõe aos maus. Aqueles que se recusam a aceitar sua liderança estão
contra Deus. O que está em questão aqui não é a vingança pessoal de um homem, mas sim, a santidade de Deus.
Qualquer pessoa que se identifica sinceramente com Deus e exige justiça sofrerá oposição.

Entre os salmos se encontram alguns atribuídos a um músico chamado Asafe (ou a seus filhos). Os salmos
de Asafe (73-83) falam freqüentemente do julgamento de Deus. Estes salmos reconhecem a soberania de Deus e as
falhas de Israel, mas com freqüência pedem a Deus para restaurar a sorte do povo e julgar os ímpios. O caminho de
Deus é santo e Ele é bondoso àqueles que procuram o Seu caminho. Mas, Sua santidade também significa que Sua
face ficará contra os infiéis.

Unidade 2. Provérbios e Eclesiastes


a. Provérbios. O livro de Provérbios é uma rica fonte de sabedoria prática expressada normalmente por ditos
curtos. A admoestação prática dos sábios dá-nos uma razão para parar e meditar. Os pronunciamentos podem não

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necessariamente descrever cada um dos incidentes do comportamento humano, mas devem oferecer um quadro geral
para a atividade humana. Far-se-á muito bem parando e dando atenção a este livro, afinal de contas, o princípio da
sabedoria é o temor do Senhor.

Salomão é o reconhecido autor de muitos dos provérbios (cf. 1:1, 10:1, 25:1). Porém, incluem-se também
provérbios de outros autores nesta coleção. Alguns dos provérbios são atribuídos ao Sábio (cf. 22:17, 24:23), a Agur
(30:1) e ao rei Lemuel (31:1).

Aqui está um exemplo: "A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira" (15:1). "O vinho
é zombador e a bebida fermentada provoca brigas" (20:1). "A mulher exemplar é a coroa do seu marido, mas a de
comportamento vergonhoso é como câncer em seus ossos" (12:4). "O ímpio foge, embora ninguém o persiga, mas
os justos são corajosos como o leão" (28.1).

Observe que os provérbios incluídos no livro tratam de diversas facetas da vida. Elas incluem a vida
familiar (Prov. 12:4; 13:1), o caráter pessoal (Prov. 3:3-4; 12:16-20; 22:1), o evitar da tentação (Prov. 20:1; 23:1-3),
a moralidade (Prov. 6:23-29), o agir nos negócios e o trabalho ético (Prov. 11:1; 12:11), o auto-controle (Prov. 20:1;
29:11), e as atitudes das pessoas (Prov. 11:1; 24:1-2).

Leia Provérbios. Perceba a variedade que existe entre Provérbios 2, 10 e 31. O fio em comum por todo o
livro é a “sabedoria”. O formato variado revela que o livro é uma coleção de ditos sábios e não, uma narrativa. O seu
gênero é poético. Como uma típica poesia hebraica, as linhas dentro dos versículos são construídas em paralelos.

b. Eclesiastes. Eclesiastes é uma obra que reflete sobre sentido da vida. O autor é o rei Salomão. Aqui se
encontra um homem de grande sabedoria que tentou encontrar a felicidade em todos os campos da vida. Ele tentou o
vinho, as mulheres e a música. Ele buscou conhecimento, riquezas e prazeres. O que ele concluiu de tudo isso? A
felicidade não pode ser encontrada longe de Deus. Sem Ele, tudo é sem sentido. Assim, ele aconselha: "Lembra-te
do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias" (12:1). A conclusão do assunto é: "Teme a
Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo todas
as obras até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más" (12:13-14).

Para um leitor casual, Eclesiastes parece um livro depressivo. Tende-se a manter o foco no termo “sem
sentido” sem apreciar o contexto. A vida é “sem sentido” quando vivida distante de Deus. Para o sábio, o trabalho
traz consolo, pois seu autor entendeu que a verdadeira satisfação vem não da busca pelo dinheiro, prazer e metas,
mas pelo saber apreciar a vida dentro do contexto de um relacionamento firme com Deus.

Unidade 3. Cântico dos Cânticos e Lamentações


a. Cântico dos Cânticos. Conhecido com o Cânticos de Salomão, o Cântico dos Cânticos ou Cantares, este
livro um cântico de amor que relata as tentativas de Salomão de atrair uma moça que estava tão ligada ao homem
que amava que chegava a não notar um rei. Apesar de o livro de Cânticos dos Cânticos ter sido interpretado de uma
variedade de formas, a interpretação mais natural é a que diz tratar-se de uma canção de amor da época. A
composição insiste nas palavras “amado” e “amante”.

Cantares ilustra de modo completo a natureza da Escritura, que apresenta tanto o caráter de Deus quanto o
caráter do homem. Tão certo quanto a Escritura revela aspectos importantes do reino divino, demonstra também sua
aplicação em nosso quotidiano. Assim, as emoções humanas tornam-se com freqüência assunto dos textos bíblicos.
Deveríamos ficar felizes pelo fato de a religião pura não ser nem “sem coração” ou isolada das qualidades pessoais
de caráter. A religião autêntica consiste num sistema de crenças, em rituais, e envolvimento emocional com a
interação humana. Cântico dos Cânticos enfoca este último elemento por meio de uma apresentação poética da
busca pelo amor.

b. Lamentações. O livro de Lamentações for escrito por Jeremias para expressar sua agonia sobre a queda de
Jerusalém. Caracteristicamente, um lamento revela a incapacidade humana em face de uma crise. Através do
lamento o povo de Deus se dirigia a Deus, expressava sua queixa, oferecia sua oração, expressava sua confiança em
uma resposta divina e oferecia a Deus seu louvor. O povo de Deus nunca supera sua necessidade de lamentar sua

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situação. Este lamento em particular é do mesmo período do livro de Ezequiel.

Depois da destruição de Jerusalém pelos babilônios em 586 a.C., Jeremias chorava em favor dos habitantes.
Sião (Jerusalém). Sião tinha motivos para prantear, mas não havia ninguém para confortá-la. Jeremias enfrentava
uma situação triste e catastrófica, não somente porque a cidade havia caído, mas porquê Judá não respondera aos
profetas. O próprio Deus trouxe Jerusalém a baixo. As falhas de Judá deram às nações ímpias a oportunidade de
regozijar-se com sua desgraça. Jeremias lamenta a situação, mas insiste em continuar mantendo a fé em Yahweh.

Talvez sua leitura siga o modelo de divisão do livro em cantos separados que coincidem com o fim dos
capítulos. O primeiro canto, que descreve a difícil situação de uma cidade destruída, é formado por grupos de três
linhas dentro de cada verso. Os versos começam seguindo a seqüência das letras do alfabeto hebraico. O canto 2
reconhece as causas dos problemas de Jerusalém. O canto 3 consiste em linhas únicas, agrupadas em feixes de três.
Cada um desses feixes se inicia com uma letra do alfabeto em seqüência. À medida que a cidade lamenta, o povo é
convidado a voltar-se para Deus. O canto 4 contém estrofes de duas linhas, as quais se iniciam com as letras do
alfabeto, e reconhece as feridas deixadas pelo cerco. O canto 5 é uma oração pela comunidade.

Conclusão
A promessa de Yahweh a Abrão antecipou a chegada de Jesus na terra e a benção para todas as nações. A
escolha de Israel por Deus foi uma preparação para as maiores e mais abrangentes bênçãos que Ele reservara para as
nações. Com o passar do tempo, Deus relembrava Israel dessa futura benção. Isto está claro nos salmos 2 e 110,
datando dos dias de Davi em mais ou menos em 1.000 a.C. Essa futura benção foi repetida em Isaías 2:1-4, Daniel
2:44, em Jeremias 31 e em outras passagens.

Durante o período intertestamentário os judeus continuaram a aguardar um “Messias”, i.e. um “ungido de


Deus”. Especulavam muito sobre quem o Messias poderia ser e sobre a natureza do Seu reino. Mas, o que realmente
é importante é que a esperança, a expectativa pela vinda de um Messias foi nutrida tanto na Escritura como nas
mentes e corações das pessoas.

A história de Jesus está reservada para o próximo curso, BRS 2 As Escrituras Gregas. A Escrituras
Gregas trarão o clímax da história das Escrituras hebraicas.

Quando você estiver pronto para fazer o quinto exame, procure seu monitor, escreva para
student.services@nationsu.orgou faça o teste diretamente pela Internet.

NationsUniversity®
West Monroe, Louisiana, U.S.A.

©Abril 2007
Translation by Winston, May 2008

Assuntos diversos: NationsUniversity, P.O. Box 4254, Monroe, LA 71211 U.S.A.


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