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SEMINÁRIO BATISTA GRANDES LAGOS

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aluno: antonio Sérgio benelli

TRABALHO

DE

LIVROS HISTÓRICOS

Trabalho apresentado ao prof.


Dr. Luciano r. peterlevitz

Disciplina: Livros Históricos


Curso: Médio em Teologia
Local: Seminário Teológico Batista Grandes lagos
Data: 27 de março de 2020
1. Faça um estudo sobre a conquista da Terra Prometida, registrada no livro de Josué.
Quais os acontecimentos mais importantes do livro?
A conquista da Terra Prometida e os seus principais acontecimentos,
decorrem inicialmente da experiência e do treinamento necessários para a preparação de
Josué para a tarefa de conquistar Canaã. Sob a tutela de Moisés, Josué foi treinado para
a liderança. E conforme registrado no livro de Josué, após a morte de Moisés, ocorre a
transição de Deuteronômio para Josué. Sucedendo-se, que Moisés após ter liderado os
israelitas até as planícies de Moabe, aguardava as ordens de Deus para que avançassem
e tomassem posse de Canaã, contudo, Moisés não entraria na terra, e por isso, foi
ordenado por Deus a transferir sua liderança para Josué, e sob a liderança deste o povo
tomou posse da terra de Canaã.

Biblicamente a conquista israelita da terra prometida, é relatado em


duas partes, a primeira fazendo uma alusão ao panorama da conquista, e a outra, um
registro da divisão da terra entre as doze tribos, de forma que, quando Josué assumiu a
liderança de Israel, foi-lhe garantido o apoio das forças armadas dos rubenitas, gaditas e
da meio tribo de Manassés, que se tinham estabelecido a leste do Jordão.

Na condução dos israelitas para Canaã, o primeiro obstáculo


encontrado foi a antiga cidade de Jericó, de forma que, dois espias foram enviados a
Jericó, a fim de espionarem a terra. E por meio de Raabe, que os abrigara, ficou-se
sabendo que os habitantes de Canaã tinham consciência do Deus de Israel, o qual fazia
intervenções sobrenaturais em prol de Israel.

Como confirmação visível de que a promessa de Deus estaria com


Josué, tal como estivera com Moisés, Deus proveu a travessia miraculosa do rio Jordão,
sendo barrada suas águas para que os sacerdotes, que transportavam a arca, e se
postavam no meio do leito do Jordão, os israelitas passaram para o outro lado em terra
seca, sendo o local da travessia, identificado como “defronte de Jericó”.

Para que Israel não se esquecesse desse grande evento, dois memoriais
foram erigidos sob a supervisão de Josué, doze pedras foram empilhadas para assinalar
o local onde estiveram os sacerdotes em pé, com arca da aliança, no meio do rio Jordão,
enquanto a multidão de Israel atravessava o rio. Tal vitória, é a confirmação visível da
promessa de que Deus estaria com Josué, tal como estivera com Moisés, e como certeza
adicional da vitória na Palestina, Deus proveu a travessia miraculosa do rio Jordão.

Depois, diz-se que o exército israelita marchou em torno da cidade por


sete dias e com sete sacerdotes tocando trombetas com chifres de carneiro, quando os
muros de Jericó caíram, e o exército tomou a cidade. Israel não atacou a cidade de
acordo com a estratégia militar regular, mas simplesmente seguiu as instruções dadas
pelo Senhor (Js 5.13-15). Sendo que, a conquista de Jericó foi uma demonstração
convincente aos israelitas de que seus inimigos poderiam ser dominados e conquistados.

Acampados em Gilgal, o povo de Israel foi preparado de forma


realista para viver em Canaã, como nação escolhida por Deus. Durante quarenta anos,
enquanto a geração incrédula morria no deserto. Por sua vez, o próprio Josué fora
preparado para a conquista da terra prometida, mediante uma teofonia, onde Deus
insuflou em Josué a consciência de que a conquista da terra não dependia somente dele,
mas que ele fora divinamente dotado para tal.

Em seguida, o próximo alvo a ser conquistado era Ai. No entanto,


resultou em fracasso a campanha para tomar a área das antigas ruínas de Ai. O motivo
de tal derrota foi respondido pelo Senhor a Josué: “Israel pecou, e violaram minha
aliança”. Pois parte dos espólios da batalha que deveriam ter sido devotados a Javé,
foram retidos por Acã, que confessou seu pecado de tomar uma capa, uma quantidade
de barra de prata e uma barra de ouro. Por isso, foi Acã destruído juntamente com sua
família, animais, tenda e espólios através de apedrejamento e fogo.

Após, sendo-lhe garantido o sucesso, Josué renovou seus planos para a


conquista de Ai. Ocasião em que as forças inimigas foram atraídas a campo aberto, para
que os trinta mil soldados israelitas lhes aniquilassem, e seu rei fosse enforcado, tendo
por fim, o seu sitio reduzido a escombros.

Ao planejar tomar a cordilheira central, Josué foi encontrado pelos


gibeonitas, que o persuadiram a fazer com eles uma aliança. Sem buscar a orientação de
Deus, Josué concordou em fazer a aliança, e depois descobriu que eram habitantes das
cidades que deveria conquistar para unificar a terra, mais tarde essas pequenas cidades e
vilas ocupadas por não-israelitas, tornou-se um dos empecilhos para a unificação das
tribos de Israel na terra prometida, o que contribuiu, posteriormente, para a divisão de
Israel no reino do norte e do sul.

Além disso, cinco reis amorreus das cidades-estados ao sul e sudeste


de Gibeão receberam a notícia da conquista de Ai e se apressaram para confrontar os
israelitas, mas, mais uma vez Javé lhes deu vitória, enviando uma grande tempestade de
grandes pedras e depois deteve o sol, nesse dia em que os amorreus foram dispersos da
terra. E ao final, houve a conquista do sul, incluindo Neguebe e a Sefalá, e do norte,
com uma batalha junto às águas de Merom, e a conquista de Hazor.

Trinta e um reis são alistados entre os derrotados por Josué. As


cidades-estados, cada qual com seu próprio rei, em um país tão pequeno, foi possível a
Josué e aos israelitas derrotarem esses governantes locais em pequenas federações. E
quanto à divisão de Canaã, Josué foi divinamente comissionado para dividir o território
conquistado entre as nove tribos e meio.

O conceito de promessa e cumprimento ocupa um lugar de destaque


na história da fé de Israel. O Deus que cumpre promessas, a aliança entre Javé e Israel,
com a terra sendo um elemento fundamental no caráter da aliança, e a conquista do
descanso, são as reflexões teológicas em Josué.

Destaca-se, também, que Israel não contava com qualquer capital


política nos dias de Juízes. O Juiz era um líder carismático, não escolhido oficialmente
pelo povo, mas levantado por Javé. O espírito de Deus descia para dar poder a um juiz a
fim de que pudesse lidar com uma situação particular, não era rei, era a pessoa – homem
ou mulher – escolhida por Javé para expulsar o opressor e dar paz à terra e ao povo, e os
capítulos finais dos livros de juízes e Rute descrevem as condições predominantes nos
dias de líderes heroicos como Débora, Gideão e Sansão.

2. Faça um estudo sobre a vida de um dos reis de Israel ou Judá. Quais lições você
tiraria para sua vida a partir da vida desse rei?

Davi um dos reis de Judá, o escolhido para a elaboração do presente


estudo, era o filho mais novo de Jessé, nasceu em Belém, uma cidade que ficava
próxima de Jerusalém. Foi criado como pastor de ovelhas, cuja profissão lhe ensinou
muitas qualidades que lhe auxiliou ao longo de sua vida.

O rei Davi é descrito como “o doce salmista de Israel”, tendo sido um


tipo de líder da adoração musical de Israel. Ele também foi um inventor de instrumentos
musicais e um habilidoso compositor. De todos os salmos registrados na Bíblia, 73
deles em seus títulos atribuem sua autoria a Davi. Uma das descrições mais
conhecidas sobre quem foi Davi está registrada no livro de Atos dos Apóstolos. Nela,
lemos que o rei Davi era um homem “segundo o coração de Deus.

Tanto na história do reino de Israel, ao norte, e do reino de Judá, ao


sul, apresento o estudo sobre o Rei Davi, Pastor, Guerreiro, Rei Eleito (1Sm 16.1-
2Sm6.10), o qual foi o segundo monarca de Israel, o homem escolhido por Deus para
liderar seu povo. A vida de Davi é narrada no Antigo Testamento, nos livros de 1 e 2
Samuel, 1 Reis e 1 Crônicas.

O relato da vida de Davi é contado em três seções:


 Davi ascende ao trono – 1 Sm 16.1-2Sm 5.10
 Davi no exército do reinado – 2 Sm 5.11-24.25
 Davi transfere o trono 1Rs 1.1-2.46

O nome Davi significa “amado”, provavelmente uma forma abreviada


de “amado de Javé”. A primeira menção bíblica de Davi é no texto que descreve a
ocasião da visita do profeta Samuel a Belém. E tendo Deus rejeitado Saul como rei de
Israel, revelou a Samuel que o seu sucessor se encontrava na casa de Jessé.

O profeta Samuel foi entrevistar todos os irmãos de Davi como


possíveis candidatos ao trono. Ocorre que Davi não estava presente. Porém, quando
nenhum dos outros filhos de Jessé atendeu as especificações divinas, Davi foi chamado
do campo onde cuidava do rebanho. E quando Davi se apresentou, Deus confirmou ao
profeta Samuel que ele era o escolhido. Assim, Davi foi ungido na presença de seus
irmãos, cuja unção não foi revelada publicamente naquela ocasião.

Mesmo Davi tendo sido escolhido por Deus, demorou algum tempo
até que se tornasse rei. E o episódio que trouxe reconhecimento a Davi entre o povo de
Israel foi quando ele enfrentou e matou o gigante filisteu Golias, ao tomar conhecimento
do desafio imposto por Golias ao exército de Israel, em que havia proposto uma batalha
individual contra o escolhido do lado hebreu, com o lado vencedor determinando o
resultado da batalha.

Tal desafio já perdurava durava quarenta dias, sem que ninguém havia
sido escolhido para lutar contra Golias. O rei Saul sabia dos riscos daquela escolha, e
por tal razão, ofereceu muitas recompensas para quem se prontificasse a lutar contra
Golias. Além das recompensas, o rei Saul também ofereceu a mão de sua filha em
casamento.

Foi quando Davi se ofereceu para aceitar o desafio do gigante filisteu,


e mesmo lhe tendo sido oferecido o melhor equipamento militar existente entre os
hebreus, Davi recusou a oferta, e no combate Davi utilizou a pedra e uma funda como
arma. Davi derrotou Golias, a cabeça do gigante foi cortada e a vitória do jovem pastor
evidenciou que o Senhor dos Exércitos estava com ele. Após o ato heroico de Davi
derrotando o gigante, sua popularidade cresceu grandemente entre o povo.

Após a vitória sobre Golias, a amizade de Davi com Jônatas foi um


exemplo de companheirismo, lealdade, integridade e sinceridade. Essa verdadeira
amizade sobreviveu aos períodos de provação, e a aliança feita por Davi e Jônatas
perdurou mesmo após a morte deste último, e também foi nesse período que a ira
invejosa de Saul cresceu contra Davi, pois ele havia se tornado o favorito do povo e
Saul não conseguindo lidar com tal situação, em várias ocasiões tentou prejudicar e até
matar Davi.

Davi foi conquistando a confiança de clãs de Judá que estavam


insatisfeitos com o papel desempenhado por Saul. Porém, enquanto o rei Saul esteve
vivo, Davi não tentou nada contra sua vida. Foi nesse contexto que ele disse que não se
pode tocar no ungido do Senhor. A história de Davi como rei começou ainda antes de
ele assumir o trono de Israel. Primeiramente ele tornou-se rei da tribo de Judá em
Hebrom, onde fez importantes alianças estratégicas.

Davi se tornou rei sobre as doze tribos de Israel após a morte de


Isbosete, filho de Saul, sendo que dessa forma, o rei Davi se tornou o primeiro a
governar Israel como um império unificado, cuja dinastia da casa de Davi durou
aproximadamente 425 anos.

Em Jerusalém, o rei Davi construiu seu palácio no Monte Sião, após


conquistar a região dos jebuseus, também centralizou a adoração a Deus em Jerusalém,
colocando a Arca da Aliança na capital do império e estabeleceu um poderoso exército
profissional. Ele conquistou vitórias lendárias contra os edomitas, filisteus, cananeus,
moabitas, amonitas, arameus e amalequitas, tendo ainda, edificado estradas e fortalecido
as rotas comerciais. Suas ações trouxeram grande prosperidade ao povo de Israel.

O rei Davi teve ao longo de sua vida muitas esposas e concubinas,


com as quais ele foi pai de muitos filhos. E foi no período de grande prosperidade do
reino de Israel que Davi experimentou seu tombo mais amargo, onde conspirou
adulterou com Bete-Seba e conspirou a morte de Urias, esposo da mulher. Por tal
pecado, foi repreendido pelo profeta Natan, expondo um pecado que até então parecia
que ficaria encoberto. Deus o perdoou, mas não deixou de castigar o seu pecado.

Como lição para a minha vida particular da história do rei Davi, que estava
longe de ser um homem perfeito tomo como lição que o caráter santo e justo de Deus
não tolera nenhum tipo de pecado, e sofreremos as consequências de nossos atos errados
e pecaminosos perante Deus. Por isso, devo ser sincero, fiel e leal aos amigos, mas,
acima de tudo atento à voz de Deus, com o coração sempre inclinado a Ele, sabedor de
minha condição humana limitada diante um Deus Todo-Poderoso, devendo, por conto
disso, ser verdadeiro em meus arrependimentos para buscar o favor divino.

3. Faça uma pesquisa sobre o “exílio babilônico”. Quais os principais acontecimentos


históricos a partir desse período até a época de Esdras e Neemias?

O nome “exílio” na bíblia hebraica refere-se à deportação dos judeus


resultante da conquista do reino de Judá pela Babilónia entre 597 e 587/6 a. C. por
Nabucodonosor II, selecionando e levando a cativeiro os habitantes da nação derrotada
prisioneiros para servirem como escravos, ou, no caso das mulheres, como esposas e
concubinas, além de serem humilhados, maltratados e insultados.

Vale destacar, que antes desta invasão, alguns pequenos grupos de


judeus já haviam sido capturados e exilados. A primeira invasão ocorreu em 605 a.C.,
quando Nabucodonosor avançou contra Jeoaquim, sendo nessa invasão que o profeta
Daniel foi levado cativo para a Babilônia, e a segunda invasão ocorreu em 597 a.C.

Cabe mencionar, que dos últimos cinco reis que Judá teve, três foram
levados em cativeiro, sendo: o rei Jeoacaz, para o Egito; o rei Joaquim e o rei Zedequias
para a Babilônia, e na mesma época o profeta Jeremias – contra a sua vontade, e seu
escriba Baruque, também foram levados cativos.

Por fim, no decurso de duas campanhas militares, Nabucodonosor


destruiu Jerusalém e o seu templo, executou dezenas de pessoas, deportou milhares de
outras para a Babilônia, nomeadamente os reis Joaquin e Sedecias, os que restaram
pouco tempo depois foram assassinados por Ismael, tendo o restante se refugiado no
Egito. Sendo que, a partir desse momento, Judá já não vive na sua terra, mas sim na
Babilônia.

No cativeiro, os judeus choraram com saudade de Jerusalém, pelo


Templo destruído, mas não choraram por terem se esquecido da Palavra do Senhor. Eles
oraram pedindo vingança, mas não oraram pedindo perdão.

Neste sentido, o Salmo 137 nos mostra que a maioria dos judeus se
recusou a cantar a canção do Senhor em uma terra estranha, o livro de Daniel nos
mostra que ainda havia aqueles que compreendiam a soberania de Deus mesmo no
exílio.

Correlato a isso, Daniel entendia que seu Deus era o Deus de toda
terra, e não apenas um tipo de divindade tribal que se resumia aos limites de Jerusalém.
Em uma terra estranha, Daniel contemplou as maravilhas do Senhor e lhe foi revelado o
propósito maravilhoso da vinda do Messias.

Não obstante, tem-se que na verdade, o povo judeu havia se


conformado, e até mesmo gostado da vida longe de sua pátria, pode ser vista no fato de
que quando receberam a permissão para retornarem à Palestina apenas uma pequena
porcentagem se animou com a notícia e realmente retornou.

De forma que, na época do Novo Testamento, no século 1, acredita-se


que mais de três milhões de judeus viviam fora da Palestina espalhados pelo Egito, Ásia
Menor, Síria, Babilônia, Itália, Sicília e outras regiões do Império Romano.

Sendo que, na época de Esdras e Neemias, os livros, formavam uma


só obra, compilada a partir de tradições diferentes, pela escola literária denominada
“cronista”4, por volta do fim do IV século a.C.5, e tinha como intuito restaurar e recriar
a identidade judaica depois do exílio babilônico, justificando-o e ao mesmo tempo
estabelecendo as bases para a identificação do povo numa nova realidade: o regresso
dos exilados e seu reencontro com o grupo de moradores que havia permanecido na
Judéia. Essas histórias visam descrever o processo de regresso dos exilados, ocorrido
durante o reinado de Ciro, rei da Pérsia, cujo domínio no território da Babilônia inicia
em 538 a.C6.

Fontes de pesquisas:
A Bíblia de Jerusalém. Paulus, 5ª Impressão: 1996.
LASOR, William S. Introdução ao Antigo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1999.
SCHULTZ, Samuel J. A história de Israel no Antigo Testamento. São Paulo: Vida
Nova, 1988.
WALTKE, Bruce. Teologia do Antigo Testamento: uma abordagem exegética,
canônica e temática. São Paulo: Vida Nova, 2015.

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