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INTRODUÇÃO AOS LIVROS HISTÓRICOS DO ANTIGO TESTAMENTO

Entre os vários gêneros literários da Bíblia, a história, por sua extensão, ocupa o primeiro lugar. Esse fato
já prova quanto a história fosse cultivada pelo antigo povo de Israel. O fato é confirmado pelas fontes de
que logo falaremos. E comparando, sob esse aspecto, a Bíblia com a literatura dos demais povos do
Oriente antigo, notaremos o lugar preeminente e singular que cabe aos Livros Sagrados. A abundante
literatura histórica que os egípcios e os assírio-babilônios, os dois povos mais poderosos e evoluídos da
Antiguidade, nos transmitiram, consiste quase toda em documentos, tais como as inscrições dos
soberanos, onde se narram com intenção e estilo laudatórios, as façanhas dos mesmos. Mais tarde, entre
os babilônicos, surge o gênero, menos oficial e mais literário, da crônica que registra, ano por ano, os
acontecimentos mais importantes. Nenhum povo, porém, nos legou, como os israelitas, uma série de
escritos que, reunidos, formam como que uma história nacional desde as origens até os tempos do
cristianismo; tampouco quadros históricos de períodos particulares comparáveis aos dos Juízes e de
Samuel. Os escritos históricos da Bíblia propriamente ditos Livros históricos no Antigo Testamento são
doze: JOSUÉ, JUÍZES, RUTE, 1SAMUEL, 2SAMUEL, 1REIS, 2REIS, 1CRÔNICAS, 2CRÔNICAS,
ESDRAS, NEEMIAS E ESTER.

Maior parte do Antigo Testamento é formada por livros que os teólogos classificam sob a denominação
de Livros Históricos, pois eles contêm relatos que vão desde a conquista da Terra Prometida até quase a
época do Novo Testamento, cabendo ressaltar que tais livros não se reduzem apenas a relatos cronísticos
de fatos, pois contém uma interpretação dos acontecimentos a partir da fé, sendo possível dividi-los em
quatro grupos:
1. Obra Histórica Deuteronomista - Josué, Juízes, I Samuel, II Samuel, I Reis, II Reis: contém um relato
mais ou menos contínuo, apresentando a história do Povo de Deus desde a conquista da Terra
Prometida até o exílio na Babilônia. Tais livros enfatizam que a situação vivida depende da atitude que o
povo toma na Aliança com Deus, sendo que quando há fidelidade, Deus concede a bênção, mas quando
há infidelidade, o povo atrai para si mesmo a maldição.
2. História do Cronista - I Crônicas, II Crônicas, que a Septuaginta e a Vulgata chamam
de Paralipômenos (vem do latim paralipomena; Parte do Velho Testamento mais conhecida por Crônicas,
em suplemento aos livros dos Reis. Suplemento a qualquer obra literária), relatam coisas que foram
deixadas de lado no relato contido em Reis e Samuel, ou seja são uma espécie de complemento.
3. Livro de Esdras e Neemias - relatam o tempo do pós-exílio babilônico até meados do séc. III a.C. O
objetivo principal destes dois últimos livros é fundamentar e organizar a comunidade depois do exílio
na Babilônia .
4. Rute e Ester - Mais do que história propriamente dita, esses livros são narrativas. Sua intenção é
apresentar modelos particulares de vivência e aplicação da fé dentro de situações difíceis, principalmente
as enfrentadas pelos judeus fora de sua terra.
LIVRO DE JOSUÉ
Autor: Josué – A maior parte desse livro foi escrito pelo próprio Josué, que conhecia os fatos em primeira
mão e era também escritor (24.26). Obviamente, um colaborador acrescentou mais tarde os últimos cinco
versículos sobre a morte de Josué e de Eleazar. Esse colaborador pode ter sido Fineias ou um dos
anciãos. O conteúdo do livro, que se limita à liderança de Josué, reforça a opinião de que tenha sido
escrito pelo sucessor de Moisés e no seu próprio tempo, mais do que por qualquer outra pessoa em época
posterior, que poderia ter continuado a história de Fé até a época de Otniel, em Juízes. Josué talvez tenha
sido o descendente mais ilustre de José. Era da tribo especialmente abençoada por Jacó (Gênesis 48.19).
Do mesmo modo que José foi o “salvador” dos seus irmãos no Egito, Josué conduziu o povo para o
livramento e descanso em Canaã.
TEMA: “A Conquista de Canaã”
DATA: Século XIV a.C.
O Livro tem 24 capítulos e 658 versículos

TÍTULO
O nome “JOSUÉ”, que se deve à principal figura do livro, significa “SALVAÇÃO DO SENHOR”. Os
gregos traduziram-no para “IESOUS” ou “JESUS”, como está na Vulgata Latina (A Vulgata foi produzida
para ser mais exata e mais fácil de compreender do que suas predecessoras. Foi a primeira, e por séculos
a única, versão da Bíblia que verteu o Antigo Testamento diretamente do hebraico e não da tradução
grega conhecida como Septuaginta. No Novo Testamento, São Jerônimo selecionou e revisou textos.
Chama-se, pois, Vulgata a esta versão latina da Bíblia que foi usada pela Igreja Católica Romana durante
muitos séculos, e ainda hoje é fonte para diversas traduções).

OBJETIVO DO LIVRO DE JOSUÉ


O objetivo do livro de Josué é preservar a história da conquista de Canaã e a divisão da terra entre as
tribos israelitas. A história revela a fidelidade do Senhor como um Deus observador da aliança (Js.1.2-6).
Demonstra também à posteridade de Israel a grande vitória que o povo pode alcançar se tão-somente
seguir a liderança teocrática do Senhor, em vez de recorrer à força humana. O tema mostra-nos a vitória
da fé. A violência neste livro deve ser enquadrada nesta perspectiva, que a arqueologia confirma que o
povo cananeu era caracterizado por extrema depravação e crueldade quando Israel ocupou a terra.

CONTEÚDO DO LIVRO DE JOSUÉ


Josué começa onde Deuteronômio termina. Israel estava acampado nas planícies de Moab (Dt 34.1),
diretamente a leste de Jericó e rio Jordão. O livro divide-se em três seções:
1ª seção (1.1-5 – 5.15) – Descreve a designação de Josué por Deus, como sucessor de Moisés, e os
preparativos de Israel para entrar em Canaã (1.1-3.13), sua travessia do rio Jordão(3.14-4.24), e suas
primeiras atividades na terra consoante o conserto (cap. 5). Deus prometeu a Josué: “Todo lugar que pisar
a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado” (1.3);
2ª seção (6.1-13.7) – Descreve como Israel avançou obedientemente contra cidades-estados bem
armadas e com muros fortificados. Deus deu ao seu povo vitórias decisivas no centro de Canaã (6-8), no
Sul (9;10) e no Norte (11;12), e assim Israel obteve o controle das terras montanhosas (de norte ao sul) e
do Neguebe. A maneira altamente singular da conquista de Jericó demonstrou claramente a Israel quem
era o Príncipe da sua salvação (cap.6). A derrota de Israel em Ai revela a imparcialidade do livro e a
obediência devotada que Deus requeria da parte de Israel (cap.7);
3ª seção (13.8-22.34) – Descreve a repetição da terra, por Josué, entre as doze tribos; a herança de
Calebe; as seis cidades de refúgios; e as quarenta e oito cidades levíticas dentre as tribos. O livro termina
com duas mensagens de despedida por Josué (23.1-24.28) e um tributo post-mortem a Josué e Eleazar
(24.29-33).

CRISTOLOGIA EM JOSUÉ
Embora não haja profecias sobre Cristo no livro de Josué, diversos tipos podem ser observados. O
“cordão de escarlate à janela” de Raabe (2.18,21) é visto com frequência como tipo da obra redentora de
Cristo. Como o sangue nas ombreiras das portas no Egito livrou do anjo da morte os que estavam na casa,
também o cordão de escarlate em Jericó identificou os da casa de Raabe que tinham Fé (Hb. 9.19-22). Da
mesma forma, o “Príncipe do Exército” é uma cristofania, sem dúvida (Js.5.14). E o próprio Josué é, nesse
livro, o tipo por excelência de Cristo, tanto no seu nome (“Jesus” ou “salvação” do Senhor) e na sua obra
de trazer o povo ao descanso (Hb.4.6-10). A vida cristã está também retratada por Paulo em Efésios 6
como uma batalha que pode ser vencida pelo uso da armadura de Deus. Jesus no livro de Josué é o
“Príncipe dos exércitos do Senhor”.
LIVRO DE JUÍZES

Autor: O livro é anônimo, mas a tradição judaica o atribui a Samuel por diversas razões. Ele era escritor
e educador (1 Samuel 10.25). A ênfase dada à tribo de Benjamim sugere a época do rei Saul, quando
Samuel ainda julgava, antes de o nome da cidade de Jebus ter sido mudado para “Jerusalém” (Juízes
1.21; 19.10).

TEMA : “Apostasia e Livramento”


DATA : Cerca de 1050 – 1000 a.C.
O Livro tem 21 capítulos e 619 versículos

TÍTULO
O título “JUÌZES” (Shophetim) é devido aos líderes levantados intermitentemente por Deus, para que
houvesse liderança em épocas de emergência durante o período que vai de Josué até o reinado de Saul.
O nome “Juízes” descreve duas funções desses líderes: Livrar o povo dos seus opressores, na função de
líder militar. E a outra função foi de resolver disputas e defender a justiça, na função de líder civil. Sendo
assim, podemos afirmar que “juízes” significa “Libertador”.

OBJETIVO DO LIVRO DE JUÍZES


O objetivo principal de Juízes é preservar um registro do caráter de Israel durante o tempo em que este
não tinha um líder nacional, e enfatizar sua necessidade de um rei teocrático. Os muitos ciclos de fracasso
e castigo salientam repetidamente a verdade deuteronômica de que o abandono da fé no Senhor traz
inevitavelmente o castigo da servidão e o caos. Teologicamente, revela o declínio espiritual e moral das
tribos, após se estabelecerem na terra prometida. Esse registro deixa claro os infortúnios que sempre
ocorriam a Israel quando ele se esquecia do seu concerto com o Senhor e escolhia a senda da idolatria e
da devassidão.

CONTEÚDO DO LIVRO DE JUÍZES


Após a morte de Josué, Israel ficou sem um líder nacional por mais de 300 anos. As tribos mostravam-
se independentes e cada indivíduo era uma lei perante si próprio. Durante esse tempo o Senhor levantou
Juízes principalmente nas emergências para livrá-los dos inimigos invasores e defender a justiça civil.
Esse foi um período em que o Senhor testou a nação para ver como ela guardaria a sua aliança num
ambiente pagão e idólatra (3.1-5). Os israelitas caíram em uma condição crônica de apostasia. Aceitavam
entusiasticamente os livramentos do Senhor, mas quando lhes faltava uma forte liderança, retornavam
rapidamente às práticas pagãs que os rodeavam.
O estado espiritual da nação contrasta vivamente com o da época de Josué. Seu livro apresenta uma
história de obediência, fé e vitória sob a liderança teocrática desse grande homem de Deus. Juízes, porém,
é um livro que apresenta uma história de contínuo fracasso: “cada qual fazia o que parecia direito aos seus
olhos” (17.6). Se não fosse pelas misericordiosas operações de livramento do Senhor durante esse
período, a nação teria afundado numa idolatria pagã irrecuperável.

CRISTOLOGIA EM JUÍZES
Se Jesus incluiu o livro de Juízes no seu estudo do Antigo Testamento, expondo o que a seu respeito
ali constava, dois itens podem ter sido debatidos:
1) A falta de um rei ou líder nacional em Israel para unifica-lo como uma real nação teocrática. O livro
de Juízes é uma preparação para a vinda de Davi, mas também para a vinda do próprio Messias.
2) Os juízes sobre os quais veio o Espírito poderiam prenunciar a vinda do Senhor, especialmente na
sua função futura de Juiz justo quando julgar o seu povo, destruir os inimigos e trouxer justiça para
a nação.
3) O livro de juízes revela um princípio divino imutável: quando Deus usa grandemente uma pessoa
no seu serviço, “vem sobre ele o Espírito do Senhor” (3.10; 6.34; 11.29; 14.6,19; 15.14). No início
do ministério de Jesus, o Espírito desceu sobre Ele por ocasião do seu batismo (Mt 3.16; Lc
3.21,22ª). Antes de subir ao Pai, Jesus mandou seus discípulos aguardarem a promessa do
Espírito (Atos 1.4,5); a razão para isso foi que receberiam poder quando o Espírito Santo viesse
sobre eles (Atos 1.8; 4.33). Em ambos os concertos, o modo de Deus derrotar o inimigo e promover
o avanço do seu reino é mediante a força e poder do Espírito Santo operando através de
instrumentos humanos submissos e obedientes. Jesus no livro de juízes é o nosso “Libertador”.
LIVRO DE RUTE

Autor : Anônimo. Mas existem suposições que Samuel, provável autor de Juízes, pode também ter
escrito Rute. Muitos classificam esse livro como um terceiro apêndice a Juízes (1-16), que proporciona um
agradável lenitivo de fé e amor numa época de infidelidade, idolatria e violência. Como a genealogia do
capítulo 4 vai até Davi, mas não até Salomão, o livro foi provavelmente escrito depois de Davi ser ungido
rei, mas antes de ele subir ao trono, ou antes de Salomão. Samuel ainda vivia, e é ele o escritor mais
provável do livro, na época em que os pais de Davi encontravam-se em Moabe.
TEMA : “Amor que Redime”
DATA : Século X a.C.
O Livro tem 4 capítulos e 85 versículos

TÍTULO
O nome “RUTE” significa “AMIZADE”, uma característica verdadeira daquela que deu nome ao livro. É
um dos seis livros histórico que levam o nome das principais figuras de ação e vida descritas neles (Josué,
Rute, Samuel, Esdras, Neemias e Ester). É um dos dois livros bíblicos que levam o nome de uma mulher:
1. Rute, a gentia que se casou com um rico judeu de linhagem real da promessa.
2. Ester, a judia que se casou com um rei gentio e desfrutou do palácio real.

OBJETIVO DO LIVRO DE RUTE


O objetivo desse livro parece ser duplo:
1) Retratar o ânimo religioso e o amor de duas mulheres de países diferentes numa época de
rivalidade inter-racial, violência e idolatria;
2) Lembrar a relação genealógica de Davi com Moabe, talvez durante a estada do salmista com os
seus pais moabitas. Incidentalmente mostra a linhagem marcadamente gentia na linha genealógica
do Messias, vindo através de Raabe, a cananeia, e Rute, a moabita, pelo lado materno, ou seja,
através do amor altruísta e do devido cumprimento da Lei de Deus, uma jovem mulher moabita,
virtuosa e consagrada, veio a ser a bisavó do rei Davi de Israel.

CONTEÚDO DO LIVRO DE RUTE


Dois livros do Antigo Testamento têm nome de mulher: Rute, no início da história de Israel em Canaã, e
Ester, no término da história de Israel do Antigo Testamento. Rute foi uma das mulheres mais
preeminentes no período inicial dos juízes. Outras foram Débora, Jael, uma mulher anônima que
assassinou Abimeleque, o rei usurpador, a filha de Jefté e a mãe de Sansão. No livro de Rute, a simpatia
de Noemi em difíceis provações traz sua nora para o Deus de Israel. O amor de Rute transcende laços
raciais, e as duas virtuosas mulheres cumprem a lei dos judeus. Assim fazendo, contribuem para o
nascimento de Davi, o grande rei e salmista. Samuel, cuja mãe, Ana, foi muito piedosa, achou que o relato
da vida de duas nobres mulheres merecia um lugar na história de Israel, juntamente com todas as histórias
de grandes homens israelitas.
A declaração de Fé realizada por Rute é um clássico do Antigo Testamento: “O TEU POVO É O MEU
POVO, O TEU DEUS É O MEU DEUS”. Embora não seja a primeira conversão de gentios registrada no
Antigo Testamento, a conversão de Rute é a mais detalhada e famosa. Apresenta também um contraste
interessante com a conversão de sua segunda sogra, Raabe. Enquanto a de Raabe é apresentada como
uma reação ao medo do julgamento que viria, a de Rute é uma reação ao amor(Josué 2.9-13;Rute 1.16).
O Senhor usa tanto o amor como o medo para ativar a Fé no Antigo e Novo Testamento.

CRISTOLOGIA EM RUTE
Há duas referências básicas a Cristo no livro de Rute, ambas relativas a Boaz:
a. Deduz-se que Boaz seja um tipo de Cristo como um parente redentor, qualificado e disposto a
redimir o seu povo. É esse um aspecto da obra de Cristo, ilustrado aqui e em nenhum outro lugar
da Bíblia. A expressão “resgatar” é usada seis vezes em Rute. Como Redentor do crente, Cristo
trona-se o seu Redentor para pagar todas as suas dívidas, seu Vingador para defendê-lo de todos
os adversários, seu Mediador para conseguir reconciliação, e seu Noivo para união e comunhão
perpétua.
b. O nome de Boaz está registrado em todas as genealogias de Jesus, mas somente em Mateus 1.5
Rute também é mencionada. Nesta genealogia Mateus menciona de propósito o nome de Rute e
de três outras mulheres estrangeiras. O Ponto Cristológico parece ter o objetivo de enfatizar a
ampla genealogia internacional do Messias que viria trazer salvação para todas as nações. Ele não
veio como um simples “Salvador” local. Jesus no livro de Rute é o nosso “Parente Divino”.
LIVRO DE 1º SAMUEL

Autor: Anônimo. Este livro, como a maioria dos livros históricos, são anônimos. Mas o profeta Samuel é
geralmente considerado o autor de 1ºSamuel 1-24, e Natã e Gade os autores da parte restante. As
descrições detalhadas e a minúcia sugerem que os autores foram testemunhas oculares dos
acontecimentos. Segundo observação do próprio Talmude Hebraico, a declaração de 1ºCrônicas 29.29
fornece provavelmente os melhores indícios de autoria desses livros: são “o livro de Samuel, o vidente”, “o
livro de Natã, o profeta”, e o “livro de Gade, o vidente”.

TEMA: “Reino Teocrático”


DATA: Fins do século X a.C.
O Livro tem 31 capítulos e 811 versículos

TÍTULO
Este livro tomou esse nome devido à primeira figura humana de destaque nele, Samuel, palavra que
significa “pedido a Deus”. Originalmente, no cânon hebraico, os dois livros 1 e 2 Samuel formavam um só
volume, “O Livro de Samuel”, mas foram divididos em dois pelos tradutores gregos (Septuaginta) que os
chamaram de “1 e 2 Reis”. Os livros que chamamos de 1 e 2 Reis tinham o nome de 3 e 4 Reis.

OBJETIVO DO LIVRO DE 1ºSAMUEL


O objetivo dos livros de Samuel é apresentar a história do desenvolvimento de Israel desde um estado
de anarquia até um estado de monarquia teocrática. Dá uma descrição religiosa do crescimento nacional
por esforço e liderança humanos, bem como o grande poder e prestígio de uma nação fundada em
princípios teocráticos sob um rei indicado por Deus. O motivo dominante é a glória e o poder de uma
nação que corresponde ao Senhor soberano.
O Livro de 1ºSamuel descreve o momento decisivo da história de Israel, em que as rédeas do governo
passaram do juiz para o rei. O livro relata a tensão entre a expectativa do povo quanto a um rei (um
soberano absoluto “como o têm todas as nações”, 8.5) e, os padrões teocráticos de Deus, pelos quais Ele
era o Rei do seu povo. O livro mostra claramente que a desobediência de Saul a Deus e sua violação dos
princípios teocráticos do seu cargo levaram Deus a rejeitá-lo e a substituí-lo como rei.

CONTEÚDO DO LIVRO DE 1ºSAMUEL


O conteúdo de 1ºSamuel concentra-se em três grandes líderes nacionais: Samuel, Saul e Davi. Samuel
foi o último dos juízes, e o primeiro a exercer o oficio profético, embora não fosse o primeiro profeta (Dt
34.10; Jz 4.4). Como homem de grande espiritualidade e dotado do dom profético, Samuel sabiamente
conduziu Israel a um avivamento no culto a Deus. Lançou o alicerce que situou os profetas na sua devida
posição em Israel (19.20; At 3.24;13.20;Hb 11.32), e claramente estabeleceu a monarquia israelita como
reino teocrático (15.1,12,28; 16.1). A importância de Samuel como líder espiritual do povo de Deus num
período de grandes mudanças na história de Israel ultrapassa a de todos os demais, exceto Moisés no seu
papel no êxodo.
Saul tornou-se o primeiro rei de Israel, pelo fato de o povo querer um rei humano “como o têm todas as
nações” (8.5,20). Não demorou muito para ele revelar que não tinha aptidão espiritual para exercer aquele
cargo teocrático; daí, Deus, posteriormente, rejeitá-lo (13;15). Davi, o segundo homem, escolhido por Deus
como seu representante como rei, foi ungido por Samuel(cap.16). Davi não quis ocupar o trono pela força
ou pela subversão, e deixou o caso nas mãos de Deus. Os capítulos 19----30 descrevem prioritamente as
fugas de Davi, por causa de Saul enciumado e atormentado, e a paciência de Davi, que esperou até Deus
agir no seu devido tempo. O livro termina com o relato da morte trágica de Saul. (cap 31).

CRISTOLOGIA EM 1ºSAMUEL
Notam-se duas referências a Cristo nesse livro, ambas relativas a Davi. Algumas vezes Samuel é visto
como tipo de Cristo, como profeta, sacerdote e juiz, embora essa relação jamais tenha sido sugerida no
Novo Testamento. É considerado mais como tipo de João Batista, o sacerdote-profeta que ungiu a Jesus.
Em Davi vemos o tipo de Cristo como Rei. Uma profecia coloca o Messias como a semente da aliança
prometida a Davi. Muitas relações típicas entre Davi e Cristo são vistas tanto na unção e nos dias de
humilhação, como na posterior subida ao trono para estabelecer o reinado. A única profecia específica
sobre Cristo no livro de Samuel é a semente prometida de Davi, a qual viria através de Salomão e
estabeleceria o seu Reinado para sempre (2 Samuel 7.16.; Lucas 1.32-33). O Novo Testamento refere-se
a Jesus Cristo como “Filho de Davi” (Mateus 1.1;9.27;21.9), a “descendência de Davi segundo a
carne”(Rm 1.3) e “a Raiz e a Geração de Davi” (Ap 22.16).
LIVRO DE 2º SAMUEL

Autor: Anônimo. Mas o profeta Samuel é geralmente considerado o autor de 2º Samuel , e Natã e Gade
os autores da parte restante. As descrições detalhadas e a minúcia sugerem que os autores foram
testemunhas oculares dos acontecimentos. Segundo observação do próprio Talmude Hebraico, a
declaração de 1ºCrônicas 29.29 fornece provavelmente os melhores indícios de autoria desses livros: são
“o livro de Samuel, o vidente”, “o livro de Natã, o profeta”, e o “livro de Gade, o vidente”.

TEMA: “O Reinado de Davi”


DATA: Cerca do século X a.C.
O Livro tem 24 capítulos e 695 versículos

TÍTULO
O nome deste livro, “Samuel” significa “pedido a Deus”. Mostra a linda história de como Samuel veio ao
mundo. Sua mãe Ana era estérea, mas pediu a Deus que lhe concedesse um filho. Deus assim o fez.

OBJETIVO DO LIVRO DE 2º SAMUEL


O livro de 2ºSamuel continua a história profética do aspecto teocrático da monarquia de Israel. Ilustra a
fundo, com exemplos do reinado de Davi e da sua vida pessoal, as condições do concerto de Israel,
conforme Moisés as definiu em Deuteronômio: a obediência ao concerto resulta em bênçãos divinas; o
desprezo pela Lei de Deus resulta em maldições e castigos (Dt 27-30).

CONTEÚDO DO LIVRO DE 2ºSAMUEL


A história da vida de Davi vai de 1ºSamuel 16.1 a 1ºReis 2.11. O segundo livro de Samuel começa com
a morte de Saul e a unção de Davi em Hebrom, como rei de Judá por sete anos e meio (1-4). O restante
do livro ocupa-se dos trinta e três anos seguintes de Davi como rei de todo o Israel em Jerusalém (5-24). O
ponto crítico do livro e da vida de Davi é seu adultério com Bate-Seba e a morte de Urias (cap.11). Antes
desse capítulo sombrio, Davi como rei representava muitos dos ideais de um rei teocrático. Com o favor,
sabedoria e unção divinos, Davi capturou Jerusalém dos jebuseus e fez dela sua capital (cap.5); trouxe a
arca do concerto de volta a Jerusalém, em meio a grande regozijo e esplendor (cap.6), e subjugou os
inimigos de Israel, começando com os filisteus (8-10). E Davi se ia cada vez mais aumentando e
crescendo, porque o Senhor, Deus dos Exércitos, era com ele (5.10). Sua firme liderança atraía “valentes”
e inspirava total lealdade. Davi entendia que Deus o estabelecera rei sobre Israel e reconhecia
abertamente o domínio de Deus sobre ele mesmo e sobre a nação. Deus prometeu profeticamente que um
descendente de Davi se assentaria sobre o seu trono, e que cumpriria perfeitamente o papel de rei
teocrático (7.12-17; cf.Isaías 9.6,7; 11.1-5). Entretanto, depois dos trágicos pecados de adultério e de
homicídio. Cometidos por Davi, o fracasso moral e a rebelião acossaram a sua família (12-17) e a nação
inteira (18-20). A grande bênção nacional transformou-se em grande juízo nacional. Davi se arrependeu
com sinceridade e experimentou a misericórdia do perdão divino (12.13; cf. Salmo 51), mas as
consequências da sua transgressão continuaram até o fim da sua vida e até mesmo depois (cf. 12.7-12).
Mesmo assim, Deus não rejeitou Davi como rei, como rejeitou Saul (1Samuel 15.23). Realmente, o amor
que Davi tinha a Deus e sua aversão à idolatria fizeram dele o exemplo pelo qual todos os reis
subsequentes de Israel foram medidos(cf. 2Reis 18.3;22.2). 2ºSamuel termina, quando Davi compra a eira
de Araúna, que veio a ser o local do futuro templo (24.18-25).

CRISTOLOGIA EM 2º SAMUEL
O reinado de Davi nos capítulos 1-10 é uma prefiguração do reino messiânico de Cristo. O
estabelecimento de Jerusalém como a cidade santa, o recebimento do gracioso concerto davídico da parte
de Deus e a promessa profética de um reino eterno, apontavam para o perfeito “FILHO DE DAVI”, Jesus
Cristo, e seu reino presente e futuro conforme revela o Novo Testamento (Isaías 9.7; Mateus 21.9; 22.45;
Lucas 1.32,33). Nos livros de Samuel Jesus é representado como juiz, sacerdote e profeta em suas
atribuições messiânicas. Jesus nos livros de Samuel é o nosso “Sacerdote, Profeta e Juiz”.
LIVRO DE 1º REIS

Autor: Anônimo. Apesar de os livros de Reis serem anônimos, são tradicionalmente considerados como
tendo sido escritos por Jeremias, auxiliado pelo seu secretário, Baruque (Jr.45). É evidente que o autor era
pelo menos contemporâneo de Jeremias, e a ênfase dos livros sugere o ponto de vista dos profetas.
Assim, Jeremias, o profeta que viveu na época do exílio pode muito bem ter sido o autor.

TEMA: “Reis de Israel e de Judá”


DATA: Cerca de 560-550 a.C.
O Livro tem 22 capítulos e 817 versículos

TÍTULO
Esse nome foi dado a esse livro devido às primeiras palavras com que o primeiro deles se inicia,
“Wehammelek” em hebraico (“Sendo o rei”), nome que se adapta perfeitamente ao assunto, pois os livros
tratam do domínio dos reis dos dois reinos, o de Israel e o de Judá. Os hebreus consideravam-nos como
um livro único, pelo fato de constituírem uma história ininterrupta.

OBJETIVO DO LIVRO DE 1º REIS


Os livros de 1 e 2 Reis têm dois objetivos claros, um literário e outro religioso.
A- O objetivo literário do autor era completar a história do reinado de Davi, o qual principia nos livros
de Samuel escritos 400 anos antes, aproximadamente. Como o segundo livro de Samuel terminou
com Davi comprando o local do templo, 1 Reis principiou com Salomão preparando a construção
do templo, e 2 Reis continua a história até a destruição do templo, terminando assim o período.
B- O objetivo religioso é relacionar a história à observância da aliança. O autor procura enfatizar
para a nação, que marchava para o cativeiro em 586 na Babilônia, a conexão inseparável entre
obediência e bênção, e entre desobediência e maldição. Em contraste com os livros de Crônicas,
que tiveram por finalidade encorajar os humildes, os livros de Reis dão forte ênfase à necessidade
de arrependimento e resposta ao Deus da aliança, de modo que a restauração pudesse ser
efetuada, e cumpridos os objetivos da aliança.

CONTEÚDO DO LIVRO 1º REIS


1 Reis divide-se em duas partes:
(1) A primeira descreve e reinado do rei Salomão(caps.1-11). Os primeiros capítulos descrevem as
circunstâncias que o conduziram ao reinado (caps.1-2) e sua oração por sabedoria para governar a nação
(cap.3). Os sete capítulos seguintes descrevem a ascensão de Salomão no âmbito mundial, e o apogeu de
Israel em prosperidade, paz, poder e glória. Tudo durante os primeiros vinte anos do reinado de Salomão.
Durante esse período, Salomão edificou e dedicou o templo de Jerusalém (caps.6;8). O capítulo 11
descreve o segundo período de vinte anos do reinado de Salomão, anos de sensualismo, de declarada
poligamia, de idolatria e de desintegração dos alicerces da nação. Por ocasião da morte de Salomão, o
caminho estava preparado para a divisão e declínio do reino.
(2) A segunda parte descreve a divisão do reino, na época do filho de Salomão, Roboão, e os oitenta anos
seguintes, de declínio político e espiritual dos dois reinos com sua sucessão à parte, de reis (12-22). Os
personagens principais desta metade do livro são: os reis Roboão do Reino do Sul, e Jeroboão do Reino
do Norte; o rei Acabe e sua perversa esposa Jezabel (Norte), e o profeta Elias (Norte).

CRISTOLOGIA EM 1º REIS
Os livros de Reis não têm predições messiânicas, mas o rei Salomão é um notável tipo de Cristo no
papel de rei. Como o filho prometido a Davi, o qual construiria o templo e herdaria o reino, Salomão tipifica
Cristo especialmente na sua vinda em glória trazendo paz, prosperidade e justiça à terra (Mateus 12.42).
Os milagres realizados por Elias e Eliseu são também prefigurações do ministério profético de Cristo,
confirmando sua palavra com numerosos sinais.
No Novo Testamento, Jesus declarou à sua geração que a grandeza da sua vida e do seu reino
ultrapassam a sabedoria, autoridade, glória e esplendor de Salomão e do seu reinado: “Eis que está aqui
quem é mais do que Salomão” (Mateus 12.42). Além disso, a glória de Deus que encheu o templo de
Salomão, quando foi dedicado, veio habitar entre a raça humana, na pessoa de Jesus, o Filho Unigênito do
Pai (João 1.14). Jesus nos livros de Reis é o “Rei prometido as nações”.
LIVRO DE 2º REIS
Autor: Desconhecido. Apesar de os livros de Reis serem anônimos, são tradicionalmente considerados
como tendo sido escritos por Jeremias, auxiliado pelo seu secretário, Baruque (Jr.45). É evidente que o
autor era pelo menos contemporâneo de Jeremias, e a ênfase dos livros sugere o ponto de vista dos
profetas. Assim, Jeremias, o profeta que viveu na época do exílio pode muito bem ter sido o autor.

TEMA: “Reis de Israel e de Judá”


DATA: Cerca de 560-550 a.C.
O Livro tem 25 capítulos e 719 versículos

TÍTULO
Esse nome foi dado a esse livro devido às primeiras palavras com que o primeiro deles se inicia,
“Wehammelek” em hebraico (“Sendo o rei”), nome que se adapta perfeitamente ao assunto, pois os livros
tratam do domínio dos reis dos dois reinos, o de Israel e o de Judá. Os hebreus consideravam-nos como
um livro único, pelo fato de constituírem uma história ininterrupta. Reis significa amigável.

OBJETIVO DO LIVRO DE 2º REIS


1 e 2 Reis foram escritos para prover ao povo hebreus no exílio babilônico uma versão bíblica da sua
história, e assim compreenderem por que a nação dividiu-se em 930 a.C., por que o Reino do Norte, Israel,
caiu em 722 a.C., e por que o reino davídico e Jerusalém caíram em 586 a.C. Os livros de Reis salientam
que a divisão e o colapso de Israel e de Judá foram uma consequência direta e inevitável da idolatria e da
impiedade dos reis e da nação como um todo. Tendo em vista esse fato, os livros abordam o sucesso ou
fracasso de cada rei, de conformidade com sua fidelidade ou infidelidade a Deus e ao concerto. Esta
perspectiva bíblica tinha por objetivo fazer com que os cativos repudiassem para sempre a idolatria,
buscassem a Deus e cumprissem seus mandamentos nas gerações futuras.

CONTEÚDO DO LIVRO DE 2º REIS


A história de 2 Reis abrange duas épocas principais:
(1) A história dos dois reinos antes da queda de Israel (as dez tribos reino do Norte) em 722 a.C. (1-17)
(2) A história de Judá depois da derrocada de Israel até à queda da própria nação de Judá em 586
a.C. (18-25). Por um lado, Israel teve uma sucessão ininterrupta de reis que faziam “o que era mau
aos olhos do Senhor”. Em 2 Reis, é patente que em meio à terrível apostasia de Israel, Deus
levantava profetas poderosos tais como Elias e Eliseu para conclamar a nação e seus respectivos
dirigentes a voltar a Deus e ao seu concerto (1-9).
Por outro lado, em Judá, às vezes, havia alívio quando entre seus reis ímpios, surgiam alguns piedosos,
como Ezequias (18-21) e Josias (22-23), que se esforçavam para levar a nação de volta a Deus. Todavia,
esses reis não conseguiram levar o povo a abandonar de modo permanente a prática prevalecente da
idolatria, da imoralidade e da violência. Depois da morte de Josias(cap.23), o deslize de Judá em direção à
destruição foi rápido e culminou no saque de Jerusalém por Nabucodonosor em 586 a.C. (cap.25).
Apesar de Israel do Norte ter tido somente reis maus, pelos padrões divinos, Judá teve nove reis
virtuosos, de um total de dezenove. Cinco empenharam-se em reformas: Asa, Josafá, Joás, Ezequias e
Josias. Dois dos reformadores, todavia, apostataram no fim dos seus dias (Asa e Joás), e os filhos,
sucessores dos outros três reformadores (Josafá, Ezequias e Josias), foram maus e destruíram quase tudo
o que havia sido feito. É de estranhar que quatro dos reformadores tiveram pais ímpios, e somente um
(Asa, pai de Josafá) criou um filho piedoso. Parece ser uma característica frequente o fato de, ao se
tornarem “grandes” ou prósperos, terem-se afastado do Senhor (2 Crônicas 18.1; 26.16).

CRISTOLOGIA EM 2º REIS
Em 2 Reis deixa claro que o pecado e infidelidade dos reis de Judá, os descendentes de Davi,
resultaram na destruição de Jerusalém e do reino davídico. Não obstante, o Novo Testamento deixa
também claro que Deus, na sua fidelidade, cumpriu sua promessa segundo o concerto, feita a Davi,
através de Jesus Cristo, “O FILHO DE DAVI” (Mt.1.1;9.27-31;21.9), cujo reinado e reino não terão fim (Lc
1.32,33; cf.Is 9.7).
LIVRO DE 1º CRÔNICAS

Autor: Anônimo. Para os estudiosos bíblicos, esse livro é obra de Esdras, o sacerdote, de acordo com a
tradição hebraica. O estilo literário, o ponto de vista sacerdotal e o objetivo claro são coerentes com outros
obras de Esdras. Note-se que os últimos versículos de Crônicas são os primeiros versículos do livro que
leva o nome desse profeta, o que sugere uma continuação.

TEMA: “A História de Israel sob o Prisma da Redenção”


DATA: Cerca de 450-420 a.C.
O Livro tem 29 capítulos e 942 versículos

TÍTULO
“Crônicas” é um nome cristão dado a estes livros por Jerônimo no quarto século da era cristã. É um
título bem escolhido, pois sugere o propósito de fazer um registro cronológico da história sagrada. Os dois
livros 1 e 2 Crônicas, que formam um só volume no cânon hebraico, têm o nome de “Atos dos Dias” ou
“Atos dos Tempos”. Foram colocados no final do cânon, como uma retrospectiva analítica da conduta
divina para com a nação israelita.

OBJETIVO DO LIVRO DE 1º CRÔNICAS


Os livros das Crônicas foram escritos para vincular os judeus egressos do cativeiro aos seus
antepassados e à sua história messiânica. Assim fazendo, eles ressaltam três coisas:
(1) A importância da preservação das tradições raciais e espirituais pelos judeus;
(2) A importância da Lei, do Templo e do sacerdócio no seu contínuo relacionamento com Deus, muito
mais importante do que sua lealdade a um rei terreno;
(3) E a esperança máxima de Israel na promessa divina de um descendente messiânico de Davi
assentar-se no trono para sempre (1Cr.17.14).

CONTEÚDO DO LIVRO DE 1º CRÔNICAS


Os livros de 1 e 2 Crônicas, embora a origem e a perspectiva sejam pós-exílicas, apresentam uma
visão panorâmica da história do Antigo Testamento desde Adão até o decreto de Ciro (538 a.C.), quando,
então, os judeus receberam permissão de regressar do exílio em Babilônia e na Pérsia. 1 Crônicas gira em
torno de dois temas principais: “a história genealógica de Israel (1-9) e o reinado do rei Davi (10-29)”.
(1) Os caps.1-9 narram a incomparável história redentora de Israel, de Adão a Abraão, Davi e o exílio
em Babilônia. A tribo de Judá ocupa o primeiro lugar entre os doze filhos de Jacó, porque dela
provieram Davi, o Templo e o Messias. As genealogias revelam como Deus escolheu e preservou
um remanescente para si mesmo desde os primórdios da história da humanidade até o período
pós-exílio. A perspectiva sacerdotal deste livro é evidente através da atenção especial dedicada às
famílias dos sacerdotes e levitas.
(2) Os caps. 10-29 tratam do reinado de Davi. Os valentes de Davi (11-12) e seus grandes feitos
(14;18-20) são ressaltados. De igual modo os levitas, sacerdotes e músicos da sua corte (23-26). O
autor enfatizou aquilo que Davi fez ao reintegrar a arca do concerto e estabelecer Jerusalém como
a sede do culto a Deus em Israel (caps.13-16;22;28;29). Diferente de 2 Samuel, 1 Crônicas não
enuncia os repugnantes pecados de Davi e suas subsequentes e trágicas consequências. Ao invés
disso, o livro relata aquilo que não aparece em 2 Samuel: as diligentes e detalhadas providências
de Davi para edificar o Templo e estabelecer a adoração ao Senhor Deus. Essas omissões e
adições da parte do Espírito Santo tinham o propósito de satisfazer as necessidades do povo de
Deus do pós-exílio.
CRISTOLOGIA EM 1º CRÔNICAS
Além dos já registrados tipos de Cristo em Davi e Salomão, notam-se sugestões cristológicas nas
linhas genealógicas de Davi, as quais também têm objetivo messiânico. Como esses livros terminam o
Antigo Testamento hebraico, Mateus repete aquela genealogia no começo do Novo Testamento para
demonstrar o direito de Jesus ao trono, quando o apresenta como “Rei de Israel”, ou seja, o cenário de
Davi em 1 Crônicas, assentado no trono do Senhor e reinando (17.14), prefigura a vinda do “Filho de Davi”,
messiânico, “Jesus Cristo”.
LIVRO DE 2º CRÔNICAS

Autor: Desconhecido. Para os estudiosos bíblicos, esse livro é obra de Esdras, o sacerdote, de acordo
com a tradição hebraica. O estilo literário, o ponto de vista sacerdotal e o objetivo claro são coerentes com
outras obras de Esdras. Note-se que os últimos versículos de Crônicas são os primeiros versículos do livro
que leva o nome desse profeta, o que sugere uma continuação.

TEMA: “Adoração Verdadeira, Avivamento e reforma”


DATA: Cerca 450-420 a.C.
O Livro tem 36 capítulos e 822 versículos

TÍTULO

O Livro de 2 Crônicas não revela especificamente o nome do seu autor. A tradição é que 1 e 2 Crônicas
foram escritos por Esdras. O estilo literário, o ponto de vista sacerdotal e o objetivo claro são coerentes
com outros obras de Esdras. Note-se que os últimos versículos de Crônicas são os primeiros versículos do
livro que leva o nome desse profeta, o que sugere uma continuação.

OBJETIVO DO LIVRO DE 2º CRÔNICAS

Como 1 Crônicas, 2 Crônicas foi dirigido ao remanescente judaico que retornará, sentindo a urgente
necessidade de reaver sua herança espiritual. Ao invés de salientar o lado sombrio do passado de Israel, o
livro enfatiza o avivamento, a reforma e a recuperação da Fé para os exilados desalentados, que
buscavam na terra prometida um futuro e uma esperança redentora.

CONTEÚDO DO LIVRO DE 2º CRÔNICAS

O conteúdo de 2 Crônicas divide-se em duas seções principais:


(1) Os caps. 1-9 tratam do reinado de Salomão, a época áurea de paz, poder, prosperidade e prestígio
de Israel. Mesmo assim, consoante o propósito global de Crônicas, cerca de dois terços desses
nove capítulos focalizam a edificação e construção do templo como o centro da verdadeira
adoração a Deus pelos israelitas (2-7).
(2) Os caps. 10-36 constituem um relato altamente seletivo dos reis de Judá depois da morte de
Salomão e da divisão do reino. Em meio ao declínio espiritual e apostasia de Judá, 2 Crônicas
ressalta certos reis dignos de menção: Asa (caps.14;15), Josafá (caps.17;19;20), Joás (cap.24),
Ezequias (caps.29-32) e Josias (caps.34;35). Cada um deles promoveu e liderou avivamentos
espirituais na nação. Cerca de 70% do conteúdo dos caps. 10-36 focalizam esses reis como
responsáveis por avivamento e reforma, ao passo que apenas 30% focalizam os maus reis,
culpados da corrupção e colapso do reino. O livro termina quando Ciro, rei da Pérsia, permitiu aos
exilados judeus voltarem para reedificarem o Templo de Jerusalém (36.22-32).

CRISTOLOGIA EM 2º CRÔNICAS

O reino davídico fora destruído, mas a sua linhagem permaneceu, tendo seu cumprimento em Jesus
Cristo (ver as genealogias em Mateus 1.1-17 e Lucas 3.23-38), Além disso, o Templo de Jerusalém tem
significado profético relacionado com “Jesus”, que declarou: “Pois Eu vos digo que está aqui quem é maior
do que o Templo” (Mateus 12.6). Jesus também fez uma comparação entre seu corpo e o Templo:
“Derribai este Templo, e em três dias o levantarei” (João 2.19). Finalmente, na nova Jerusalém, Deus e o
Cordeiro substituem o Templo: “E nela não vi Templo, porque o seu Templo é o Senhor, Deus Todo-
Poderoso, e o Cordeiro” (Ap.21.22). Jesus nos livros de Crônicas é o nosso Rei dos reis”
LIVRO DE ESDRAS

Autor: Esdras. Seu nome no hebraico significa “auxílio, socorro”. Esdras, o sacerdote, é geralmente
considerado o autor ou compilador dos quatro livros históricos desse período: 1 e 2 Crônicas, Esdras e
Neemias. Quanto a Neemias, é provável que Esdras usasse as memórias de Neemias, porquanto
Neemias fala na primeira pessoa de vez em quando. Esdras era filho de Seraías, o sumo sacerdote
assassinado por Nabucodonosor em 586 a.C. (Esdras 7.1; 2 Reis 25.18-22), e irmão de Jeozadaque, o
sumo sacerdote levado cativo (1 Crônicas 6.15). Sua importância como professor da Lei que concluiu o
Antigo Testamento é com frequência comparada com a de Moisés, o legislador, que começou a escrever o
Antigo Testamento. Ambos eram levitas. Moisés escreveu os primeiros cinco livros, Esdras escreveu ou
compilou os quatro últimos. As obrigações de Esdras para com os hebreus que voltaram do exílio incluíam
diversas tarefas grandiosas:
A) Reinstituir o devido culto no templo reconstruído em 457 a.C.;
B) Escrever ou compilar 1 e 2 Crônicas, Esdras e Neemias e o Salmo 119.;
C) Presidir a “Grande Sinagoga” que presumivelmente determinou e organizou o cânon hebraico das
Escrituras.;
D) Instituir sinagogas locais em Judá para o estudo da Torá (a Lei de Moisés, os cinco primeiros livros
do Antigo Testamento), semelhantes àquelas fundadas na Babilônia (as quais se tornaram um
lugar de reunião regular dos judeus dispersos, conforme Ezequiel 20).
TEMA: “Restauração de um Remanescente”
DATA: Cerca de 450-420 a.C.
O Livro tem 10 capítulos e 280 versículos

TÍTULO
Os livros de Esdras e de Neemias eram considerados um só livro nos tempos antigos, conforme registro
do Talmude, de Flávio Josefo (historiador judeu) e de Jerônimo ( foi um sacerdote cristão, destacado como
teólogo e historiador e considerado confessor e Doutor da Igreja, pela Igreja Católica). Este fato facilitou a
limitação do número de livros canônicos para o número de letras do alfabeto hebraico.
A Bíblia evangélica e a hebraica moderna dividem-nos em dois, denominando-os Esdras e Neemias em
homenagem às suas figuras humanas principais.

OBJETIVO DO LIVRO DE ESDRAS


O objetivo específico desse livro era documentar a providência e fidelidade de Deus na restauração do
remanescente judaico que voltou do exílio em Babilônia. Deus moveu os corações de três diferentes reis
persas, para ajudarem o povo de Deus regressar à pátria, a repovoar Jerusalém e a reedificar e Templo.
Como também, proveu líderes espirituais e capazes para conduzir o remanescente que retornava, a um
avivamento espiritual no culto a Deus, na dedicação à Palavra Divina e no arrependimento por causa da
infidelidade do povo a Deus.

CONTEÚDO DO LIVRO DE ESDRAS


Os dez capítulos de Esdras dividem-se naturalmente em duas seções principais:
(1) A primeira seção (caps.1-6) trata do primeiro grupo de exilados judeus a voltar a Jerusalém e a
reedificação do Templo por eles;
(2) A segunda seção (caps.7-10) descreve o retorno do segundo grupo sob a liderança de Esdras, e a
renovação espiritual que Deus fez através de Esdras na vida do povo.
O livro começa onde 2 Crônicas termina, com o cativeiro judeu e o decreto de Ciro, rei da Pérsia, que
permitiu a volta dos judeus à sua pátria(1.1-11). E o livro termina com Esdras à frente de um imenso
culto público levando o povo ao arrependimento diante de Deus e de todos, e ao rompimento dos
casamentos ilícitos com mulheres pagãs, incrédulas (cap.10).

CRISTOLOGIA EM ESDRAS
As duas figuras dominantes, Zorobabel e Josué, são consideradas nos dois livros proféticos do período,
Ageu e Zacarias, como prenúncio de Cristo, como o Rei-sacerdote (Zacarias 6.12-13): “ o homem cujo
nome é RENOVO! ... edificará o templo do Senhor, e será revestido de gloria; assentar-se-á no seu trono e
dominará, e será sacerdote no seu trono e reinará perfeita união entre ambos os ofícios.”
Ageu retrata Zorobabel como o antítipo notável de Cristo que recebe de Deus “um anel de selar” ou
autoridade para derrubar todos os reinos e governar as nações para Deus (Ageu 2.23). Zorobabel era
também da linhagem messiânica (Mateus1.12). Esdras e Neemias descrevem a grande necessidade dos
remanescentes de terem um governador tal que liderasse e dirigisse o povo de Deus no meio da oposição
crescente dos tempos pós-exílio. Jesus no livro de Esdras é “o Avivamento Espiritual”.
LIVRO DE NEEMIAS

Autor: Esdras e Neemias. Supondo que Esdras e Neemias sejam os autores-compiladores deste livro, os
estudiosos bíblicos mostram o seguinte material que foi usado para comprovação da autoria do livro:
a) As Memórias de Esdras (evidência baseada no fato de serem usadas tanto a primeira quanto a
terceira pessoa);
b) As Memórias de Neemias (pelo fato de ser usada a primeira pessoa);
c) Foram também utilizados outros documentos e catálogos oficiais, como se torna evidente nas
seções Esdras 4.6-7,18 e 7.12-26, escritas em aramaico, a língua oficial na época para a
correspondência internacional.
d) A historicidade do livro de Neemias é confirmada por documentos antigos descobertos em 1903,
chamados Papiros de Elefantina, que mencionavam Sambalate (2.19), Joanã (12.23), e a
substituição de Neemias como governador em cerca de 410 a.C.

TEMA: “Reedificação dos Muros de Jerusalém”


DATA: Cerca de 430-420 a.C.
O Livro tem 13 capítulos e 406 versículos

TÍTULO
O nome Neemias no hebraico significa “Jeová conforta ou consola”(Esdras 2.2). O livro de Neemias
encerra a história do A.T., ocasião em que os expatriados judeus foram autorizados a retornarem a seu
país, estando cativos na Babilônia. Juntamente com o livro de Esdras (com o qual forma um só livro no
A.T. hebraico), Neemias relata os três retornos dos exilados a Jerusalém. Esdras trata de fatos dos dois
primeiros retornos(538 a.C.; 457 a.C.), e Neemias, de fatos ligados ao terceiro(444 a.C.). Enquanto o
enfoque de Esdras recai na reconstrução do Templo, o de Neemias recai na reconstrução dos muros de
Jerusalém. Os dois livros frisam a importância da renovação espiritual e da consagração a Deus e à
Palavra.
CONTEÚDO DO LIVRO DE NEEMIAS
Os capítulos 1-7 de Neemias, narram o desempenho de Neemias como governador e como
responsável pela reedificação dos muros de Jerusalém. O cap.1 revela a profunda espiritualidade de
Neemias como homem de oração. Estando a serviço do rei da Pérsia, foi informado da triste situação de
Jerusalém e começou zelosamente a interceder em oração, pedindo que Deus interviesse em favor da
cidade e dos habitantes. O cap.2 descreve como Deus usou Artaxerxes para nomear Neemias como
governador de Jerusalém, e como este chegou ali. Os caps.3.1-7.1 revelam a liderança corajosa, sábia e
decisiva de Neemias ao mobilizar Jerusalém para reconstruir seus muros, e isto em apenas cinquenta e
dois dias, a despeito de forte oposição dentro e fora da cidade.
A segunda metade do livro descreve:
(1) A restauração espiritual que teve lugar entre os habitantes de Jerusalém, liderada por Esdras, o
sacerdote(8-10), e;
(2) Certos problemas nacionais abordados por Neemias(11-13). De muita importância para a
renovação espiritual do povo, foram a leitura pública da “Lei de Deus”, o arrependimento do pecado
e uma nova resolução do remanescente no sentido de ter em memória o seu concerto com Deus e
de cumpri-lo. O último capítulo trata de reformas que Neemias iniciou durante seu segundo período
de governo (cap.13).
Portanto, tempos de provação exigem liderança divina. Esse livro narra, principalmente, a história
desse tipo de liderança na pessoa de Neemias, o qual, enfrentando críticas e oposição, resolutamente,
liderou a pequena comunidade israelita à medida que os muros de Jerusalém foram reconstruídos para
proteção física. Enquanto o escriba e sacerdote Esdras foi o líder religioso em Jerusalém, Neemias
tornou-se o líder político, o governador oficial da província persa de Judá (Ne 5.14).

CRISTOLOGIA EM NEEMIAS
Este livro registra o cumprimento de todos os passos básicos da restauração do judaísmo pós-exílio,
passos estes necessários à vinda de Cristo no início da era do Novo Testamento. Teve lugar a
reconstrução de Jerusalém e do templo, a restauração da Lei, a renovação do concerto e a devida
preservação da linhagem davídica. Exteriormente, tudo estava em condição para a vinda do Messias
(cf.Dn 9.25). O período retratado em Neemias termina com a esperança profética de que o Senhor em
breve viria ao seu templo (Ml 3.1). O Novo Testamento começa com o cumprimento dessa expectativa e
esperança pós-exílica. Entretanto, Jesus no livro de Neemias é “a Reconstrução da vida”. Aleluia!
LIVRO DE ESTER

Autor: Desconhecido. Desde os tempos antigos, Mordecai ou Mardoqueu tem sido considerado o autor
provável. Entretanto, Esdras e Neemias também têm sido sugeridos como possíveis autores. O último
capítulo parece desqualificar Mordecai. Embora pudesse ter sido escrito por um redator, como Esdras.
Todavia, o estilo com que o livro foi escrito não parece ser de Esdras ou de Neemias.
Embora o autor seja desconhecido, é evidente que ele, ou ela, conhecia bem os costumes e a corte da
Pérsia e tinha talento dramático. O Talmude atribui a autoria de “Ester” à grande Sinagoga, cujo provável
presidente, Esdras, poderia ter colaborado no livro.
TEMA: “O Cuidado Providencial de Deus”
DATA: Cerca de 460-400 a.C.
O Livro tem 10 capítulos e 166 versículos
TÍTULO
O título é devido à figura central do livro. “Ester” que significa “Estrela” era o seu persa, e “Hadassah”
significa “murta” era o seu nome judeu. Este é um dos dois livros do Antigo Testamento que levam o nome
de uma mulher:
a) Rute, gentia, que se casou com um rico judeu de linhagem real da promessa, “Boaz”;
b) Ester, judia que se casou com um rico gentio da realeza, “Assuero”.

OBJETIVO DO LIVRO DE ESTER


São dois os objetivos desse livro:
a) O objetivo histórico deste livro foi evidentemente encorajar os judeus dispersos por todo o império
com a história do contínuo interesse e presença do Senhor, mesmo que ele não fosse visto e os
judeus estivessem longe do templo de Deus em Jerusalém. Apesar de o nome do Senhor não ser
mencionado, sua divina direção faz-se presente em todo livro.
b) Houve também o objetivo religioso de dar uma explicação autêntica da origem da festa judaica do
Purim (é uma festa judaica que comemora a salvação dos judeus persas do plano de Hamã, para
exterminá-los), uma festa especialmente cara aos judeus da dispersão.

CONTEÚDO DO LIVRO DE ESTER


O livro de Ester enseja um estudo do caráter de cinco personagens principais do referido livro:
(1) O rei persa, Assuero; (2) seu primeiro ministro, Hamã; (3) Vasti, a rainha que antecedeu Ester;
(3) Ester, a formosa moça judia que tornou-se rainha; e (5) Mardoqueu, o íntegro primo de Ester que
adotou como filha e cuidou dela na mocidade. Ester, naturalmente, é a heroína da história; Hamã é
o vilão; e Mardoqueu é o herói que, como alvo principal do desprezo de Hamã, é vindicado e
exaltado no fim. A figura principal nos eventos do livro é Mardoqueu, pois ele influenciou a rainha
Ester e lhe deu conselhos retos.
A providência de Deus está presente em todas as partes do livro. É vista, primeiramente, na escolha de
uma virgem judia chamada Hadassah em hebraico ou Ester em persa, para ser rainha da Pérsia, numa
hora crítica da história dos judeus (1-2; 4.4). A providência de Deus é novamente evidente quando
Mardoqueu, que a criara como filha (2.7), foi informado de uma trama para assassinar o rei, denunciou-a,
salvou a vida do rei, e seu ato foi registrado nas crônicas do rei (2.19-34). Isso, o rei descobriu
providencialmente no momento certo, durante uma noite de insônia (6.1-14).
O ódio que Hamã alimentava por Mardoqueu estendeu-se a todos os judeus. Urdiu um horrendo complô
e, usando de fraudulência, persuadiu Assuero a promulgar um decreto para exterminar todos os judeus no
dia 13 do mês adar (3.13). Mardoqueu persuadiu Ester a interceder junto ao rei a favor dos judeus. Depois
de um jejum levado a efeito por todos os judeus de Susã, de três dias de duração, Ester arriscou a sua
vida ao aproximar-se do trono real sem ter sido convocada (cap.4); obteve o favor do rei ( 5.1-4) e
denunciou o funesto complô de Hamã. A seguir, o rei mandou enforcar Hamã na força que este preparara
para Mardoqueu (7.1-10). Um segundo decreto do rei possibilitou aos judeus triunfarem sobre os seus
inimigos (8.1—9.16). Essa ocasião motivou uma grande celebração e deu origem à festa anual de Purim
(9.17-32). O livro termina com um relato da fama de Mardoqueu (10.1-3).

CRISTOLOGIA EM ESTER
O livro não tem profecias específicas ou antítipos de Cristo, exceto pelo fato de Cristo fazer parte da raça
judia que se defrontou com a extinção. Ressalta-se a lição de que não importa quão ameaçador seja o
adversário. Não há Hamã, Herodes ou Hitler que possa destruir a semente de Abraão a quem Deus
prometeu abençoar. Pelo contrario, Deus tem sempre preservado o seu povo nas grandes perseguições,
dando-lhe benção ainda maior por intermédio de líderes por ele levantados: José e Moisés no Egito,
Mordecai(Mardoqueu) na Pérsia e Jesus na Galileia dos gentios. Desta maneira os três podem ser
considerados tipos de Cristo, o definitivo Salvador do seu povo. Jesus em Ester é o nosso “Advogado”.
LIVROS HISTÓRICOS DO ANTIGO TESTAMENTO
SÃO DOZE:
JOSUÉ – JUÍZES – RUTE – 1ºSAMUEL –
2ºSAMUEL – 1ºREIS 2ºREIS – 1ºCRÔNICAS –
2ºCRÔNICAS – ESDRAS – NEEMIAS - ESTER
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

1 – Marque com “X” o primeiro e o último Livro Histórico do Antigo Testamento:


( ) Rute e Josué ( ) Josué e Juízes ( ) Josué e Ester ( ) Josué e Neemias

2 – Qual é o principal objetivo do Livro histórico de Josué?


( ) Abertura do Mar Vermelho ( ) A Vida de Moisés no Egito ( ) Os Dez Mandamentos
( ) Preservar a história da conquista de Canaã e a divisão da terra entre as tribos israelitas

3 – Coloque “C” para certo e “E” para errado, quanto ao Livro Histórico de Juízes:
( ) O Título Juízes significa “Libertador”;
( ) O Livro tem 21 Capítulos e 619 Versículos;
( ) O Livro de Juízes mostra como foi a abertura do Mar Vermelho.

4 – O Terceiro Livro Histórico do Antigo Testamento, mostra-nos uma declaração


impactante de Fé realizada por Rute a Noemi. Qual foi essa declaração?
( ) Jeová é o Senhor de Israel ( ) Yahweh é o Deus dos deuses ( ) Só o Senhor é Deus
( ) O teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus

5 – Os Livros Históricos 1 e 2 Samuel narra quem foi o primeiro rei de Israel. Marque com
“X” a resposta certa:
( ) Davi ( ) Salomão ( ) Saul ( ) Samuel

6 – Os Livros Históricos 1 e 2 Reis registra a divisão do reino israelita, na época do filho de


Salomão, Roboão. Ficando dez tribos comandadas por Jeroboão, e duas tribos
comandadas por Roboão. Escreva o nome dos dois reinos e as suas capitais com as
divisões das tribos?

7 – Nos Livros Históricos 1 e 2 Crônicas, conforme a Cristologia dos livros, podemos dizer
que Jesus Cristo é:
( ) Senhor dos senhores ( ) Sacerdote Eterno ( ) Rei dos reis ( ) Justo Juiz

8 – Esdras, o sacerdote e escriba compôs um Salmo. Qual é este Salmo?


( ) Salmo 95 ( ) Salmo 100 ( ) Salmo 119 ( ) Salmo 150

9 – O Livro de Neemias narra que ele teve uma missão de reconstruir algo em Jerusalém. O
que Neemias reconstruiu em benefício para Jerusalém?
( ) Reconstrução do Templo ( ) Reconstrução da Cidade ( ) Reconstrução dos Muros

10 – Enumere a 1ª coluna de acordo com a 2ª coluna, quanto ao livro de Ester:

____ Ester 1) Perseguidor de Mardoqueu, que morreu na própria forca.


____ Hadassah 2) Adotou Ester como filha.
____ Assuero 3) Nome judeu que significa “Murta”.
____ Mardoqueu 4) Rei Persa que casou com Ester.
____ Hamã 5) Nome Persa que significa “Estrela”.

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