O documento descreve a classificação dos livros históricos da Bíblia hebraica e cristã, destacando: 1) Os primeiros profetas narram a história de Israel desde a conquista da terra prometida até o exílio; 2) Os livros históricos cristãos vão de Josué a Ester e descrevem o movimento de Israel na terra prometida; 3) Estes livros anônimos foram escritos por vários autores sob inspiração divina.
O documento descreve a classificação dos livros históricos da Bíblia hebraica e cristã, destacando: 1) Os primeiros profetas narram a história de Israel desde a conquista da terra prometida até o exílio; 2) Os livros históricos cristãos vão de Josué a Ester e descrevem o movimento de Israel na terra prometida; 3) Estes livros anônimos foram escritos por vários autores sob inspiração divina.
O documento descreve a classificação dos livros históricos da Bíblia hebraica e cristã, destacando: 1) Os primeiros profetas narram a história de Israel desde a conquista da terra prometida até o exílio; 2) Os livros históricos cristãos vão de Josué a Ester e descrevem o movimento de Israel na terra prometida; 3) Estes livros anônimos foram escritos por vários autores sob inspiração divina.
• Estes seis livros são denominados como os “Primeiros Profetas”
(Josué, Juízes, 1 e 2Samuel, 1 e 2Reis), considerando-os, porém, como quatro. São contrastados com os “Últimos Profetas” (Isaías, Jeremias, Ezequiel e Os Doze Profetas Menores), também considerados quatro livros. • Os primeiros profetas são históricos; os últimos exortativos. • Cânon cristão: “Livros Históricos” • A denominação de “Históricos” classifica de forma geral os doze livros de Josué a Ester. Diferem dos livros de Moisés quanto a sua ênfase:
O Pentateuco traça a história redentora desde a criação até a
morte de Moisés, com destaque à aliança e aos alicerces legislativos de Israel. Os Livros Históricos retratam o movimento da nação durante toda a sua história na terra prometida. • Todos os doze livros são anônimos. • Foram copilados e escritos por vários indivíduos que possuíam o dom profético, reconhecidos como representantes de Deus. • Segundo a tradição judaica, quatro deles são geralmente considerados os autores principais: Josué, Samuel, Jeremias e Esdras (este último com o auxílio do sumo sacerdote Eleazar), além de Natã e Gade. Jeremias foi auxiliado por Baruque, seu secretário • As palavras finais de Moisés sobre a aliança (Dt 28-30) constituem uma introdução aos livros históricos. • A obediência à aliança traria bênçãos (Dt 28), porém a desobediência levaria o povo à perda da terra prometida (Dt 30). • Os discursos que relembram a redenção do povo do Egito e as obras de Deus entre o povo são recorrentes em todos estes livros (Dt 4; Js 23; Jz 2.11-23; 1Sm 12; 2Sm 7; 1Rs 8; 2Rs 17.7- 23). • A mensagem de Dt 28-30 se repete em diferentes momentos da história de Israel, onde a padrão de reprovação é dado por Jeroboão, que não fez o que Javé estipulara na aliança. Em contrapartida, o padrão de aprovação é o rei Davi, que seguiu as estipulações da aliança.
• Durante este período houve intensa atividade profética, que
mostra a paciência e fidelidade de Javé à aliança estabelecida com Israel.4
• Estes livros registram a história de Israel, desde a ocupação da
terra prometida, sob a liderança de Josué, passando pelos exílios até a restauração parcial. O período coberto é de cerca de mil anos, de 1400 a 425 a.C. Narram parte significativa da história de Israel:
• Josué: conquista e divisão da terra (1400 a.C.)
• Juízes e Rute: instabilidade política (1050-1000 a.C.) • 1 e 2 Samuel: fundação e apogeu da monarquia (930 a.C.) • 1 e 2 Reis: divisão do reino e queda da monarquia (930-586 a.C.) • 1 e 2 Crônicas: breve história de Judá até o exílio • Esdras, Neemias e Ester: retorno do exílio e reconstrução do reino (425 a.C.) • O nome bíblico para a área era Canaã, a terra onde Canaã, filho de Cão, se estabeleceu, e que tinha sido prometida a Abraão. • O nome Palestina não era usado nos tempos bíblicos. Derivou- se mais tarde do termo “filisteus”, que identificam os povos chamados de “palaistinos” pelos gregos, e de “palestinos” pelos romanos. • Área de aproximadamente 28.500 km, com grandes contrastes topográficos. • A principal característica geográfica da região talvez seja a ponte que ela forma entre três continentes, e o fato de ter-se constituído historicamente a ligação entre o Egito e a Mesopotâmia. • Território altamente cobiçado pelos conquistadores da região. Antes do povo de Israel chegar, tinha sido ocupada pelos reis da Mesopotâmia, pelos hititas e pelos egipcios. XIII a.C. Título: Diferente dos cinco primeiros livros este leva o nome do principal personagem do livro, Josué o filho de Num, servo de Moisés. O nome de Josué era Oséias (Nm 13.8; Dt 32.44) que significa “salvação”. Mas durante a peregrinação pelo deserto Moisés mudou seu nome para Josué, que significa “Javé é a salvação” ou “Javé salva” (Nm 13.16). Isso equivale a uma antecipação profética e uma lembrança para Josué, para os espias e para o povo de que a vitória sobre os inimigos e a posse da terra seria pelo poder do Senhor e não pela habilidade ou sabedoria ou poder humanos. Tema e propósito: Possuir, conquistar e dividir a terra prometida é o tema e propósito de Josué. No livro vemos a fidelidade de Deus à sua promessa, ao fazer por Israel exatamente o que havia prometido (cf. Gn 15.18; Js 1.2-6; 21.43-45). Os eventos registrados em Josué foram selecionados para mostrar a intervenção especial de Deus em favor de seu povo diante de todos os tipos de vantagens tremendas. O cumprimento da promessa de Deus é obra dele mesmo, obra esta que homem algum jamais poderia realizar. JOSHUA COMMANDING THE SUN TO STAND STILL UPON GIDEON (JOHN MARTI N) XI a.C.
Título: O livro traz em seu nome os líderes, chamados de juízes, a
quem Deus levantou para libertar Israel de seus opressores (2.16). Olhando corretamente para o livro, percebe-se que Deus era o libertador e o juiz de Israel. Era o próprio Deus que deixava vir a opressão como uma disciplina para a apostasia de Israel e então era ele quem suscitava juízes para libertar a nação arrependida (11.27 e 8.23). Tema e propósito: O contraste entre os livros de Josué e Juízes são marcantes. Em todo o livro Israel oscila entre a vitória e a derrota. Juízes é o elo entre o período de Josué e de Samuel, iniciando o processo monárquico sob Saul e Davi. O livro registra sete ciclos de declínio, opressão, súplica e libertação. Ao demonstrar isso o livro parece ser uma explicação para a necessidade da monarquia em Israel. Com cada um fazendo o que julgava ser reto aos seus próprios olhos (21.25), a nação precisava de um rei justo. A síntese deste livro é: quando Israel é infiel à aliança, Deus o entrega a seus inimigos; quando se arrepende e volta à Deus, pode gozar de novo livremente da terra. DETAIL OF REMBRANDT'S PAINTING OF SAMSON AND DELILAH X a.C.
Título: O nome do livro é o nome da personagem principal da
história, a jovem moabita Rute. Tema e propósito: O livro narra a história de um casal, Elimeleque e Naomi, que em Israel, durante um período de fome, mudou-se para Moabe. Lá o marido de Naomi e seus dois filhos, Malom e Quiliom, morrem. Ficam Naomi e suas duas noras, Rute e Orfa. Naomi decide voltar para Israel e Rute decidiu ir com ela, se tornando parte daquela terra e do Deus de Israel. O livro retrata a redenção por um parente de sangue, a presença de um remanescente fiel em meio à apostasia e a fidelidade de Deus àqueles que andam com ele. Não podemos deixar de mencionar também a preocupação de Deus com os gentios desde esse tempo. A principal finalidade do livro é transmitir uma historia referente às origens da família de Davi.
Na Bíblia Hebraica Rute é um dos Hamesh Megilloth (‘cinco rolos’),
incluídos nos “Escritos” (Ketuvim), a terceira divisão do cânon hebreu. É lido anualmente pelos judeus na Festa das Semanas. . NAOMI ENTREATING RUTH AND ORPAH TO RETURN TO THE LAND OF MOAB BY WILLIAM BLAKE, 1795 X a.C.
Título: Originalmente os livros de 1 e 2 Samuel formam apenas um livro
na Bíblia hebraica. Ao ser feita a tradução da Septuaginta eles foram divididos em dois. Mais tarde Jerônimo seguiu essa divisão na Vulgata e depois pelas versões posteriores. O título do livro não foi sempre esse. Na Septuaginta tinha o nome de “Primeiro e Segundo Livros dos reinos” e na Vulgata “Primeiro e Segundo Reis”. Estes livros contam a história da monarquia em seu período inicial. O primeiro livro é basicamente sobre Saul e o segundo sobre Davi. Os livros levam o nome do profeta Samuel, que foi quem Deus escolheu para realizar a transição do período dos juízes para a monarquia. O seu tema central é a fidelidade à aliança. . Tema e propósito: Iniciando com o nascimento de Samuel e seu treino no Templo, 1Samuel descreve como este homem de Deus conduziu a Israel como profeta, sacerdote e último juiz. Mas o povo de Israel desejou ser como as nações ao redor e ter um rei. Samuel ungiu a Saul como o primeiro rei de Israel, mas este foi rejeitado por sua desobediência. Samuel, então, ungiu a Davi, o homem segundo o coração de Deus. A narrativa segue tratando das lutas entre o ciumento e possessivo Saul e o piedoso Davi. O livro trata da transição na nação, de uma teocracia para uma monarquia. . O livro de 2Samuel continua a narrativa do período inicial do reino de Israel com a morte de Saul e a ascensão e Davi que reina por um período de 40 anos (5.4-5). Nesse livro lemos das vitórias, das tragédias e das graves consequências que o pecado traz para o indivíduo, para a família e para a sociedade. Quando Davi morreu a unidade nacional estava em perigo, as tribos do Norte não se harmonizavam com as do Sul. Tal rivalidade entre o Norte e o Sul do pais explodiria no cisma das dez tribos setentrionais. DETAIL OF DAVID AND KING SAUL, BY REMBRANDT. DAVID PLAYS THE LYR E (DEPICTED HERE AS A HARP) TO THE KING "TORMENTED BY AN EVIL SP IRIT." Título: 1 e 2 Reis, originalmente um livro, é chamado apenas de “Reis” na tradição hebraica. Este nome é devido a estes livros delinearem a história dos reis de Israel e Judá, desde o tempo de Salomão até o cativeiro babilônico. . Tema e propósito: Depois da morte de Davi, seu filho Salomão tornou- se rei. É o período de glória da nação, tendo como ponto alto a construção do Templo e o Palácio do rei em Jerusalém. Também temos o registro dos últimos dias de Salomão, que se desviou do Senhor Deus. Como resultado de um coração dividido, ele deixou como herança também um reino dividido. O próximo rei, Roboão, perdeu a parte norte do reino que incluía dez tribos do Norte e que na divisão passou a chamar-se Israel. O reino do Sul, com as tribos de Judá e Benjamin, foi chamado de Judá. O final do livro de 1 Reis dá foco ao reinado de Acaz e ao profeta Elias, que faz denúncias da impiedade de Acaz e da desobediência de Israel. O tema central parece ser demonstrar como a desobediência conduz ao desmantelamento do reino. O bem-estar da nação dependia da fidelidade à aliança que Deus havia feito com Israel. A infidelidade à aliança de Deus resultou em declínio e cativeiro. O livro de 2Reis continua a história de Elias e de seu sucessor Eliseu, e continua ainda a história dos dois reinos, até que sejam conquistados. Israel foi capturado pela Assíria em 722 a.C. e Judá foi capturada pela Babilônia em 586 a.C. Em ambos os reinos Deus não ficou sem testemunho através dos profetas que chamavam o povo ao arrependimento, de volta à aliança – caso contrário receberiam a punição. Depois de centenas de anos chamando o povo através dos profetas, Deus exerce a disciplina como havia prometido. O livro ensina que a rebelião e a desobediência causaram a queda da monarquia e trouxeram a disciplina de Deus. Os reinos falharam em refletir o reino de Deus diante das nações. Nestes livros cada rei é apresentado de forma bem definida: reis maus, por terem praticados ou permitido a idolatria (Abias, Acaz, Manassés, Jeoacaz); bons, por terem combatido a idolatria, mas deixaram subsistir o culto a Javé nos bosques e colinas (Asa, Josafá, Joás, Amasias, Azarias, Jotão); e ótimos, por terem combatido a idolatria e o culto nas colinas (Ezequias e Josias). DETAIL OF REMBRANDT, "JEREMIAH LAMENTING THE DESTRUCTION OF JERU SALEM", C. 1630 V a.C.
Título: Os livros das Crônicas cobrem o período da história de
Israel, de Adão até o cativeiro e a libertação. Na tradução da Septuaginta o livro foi dividido em dois. Até aquele momento da história o título era “As Coisas Omitidas,” referindo-se ao que havia sido omitido nos livros de Samuel e Reis. O nome “Crônicas” vem da Vulgata de Jerônimo, Chronicorum Liber. Tema e propósito: No livro dos Reis a história é dada da perspectiva do trono; o livro de Crônicas da perspectiva do altar, do Templo. No livro dos Reis o palácio ocupa um lugar de destaque; no livro das Crônicas é o Templo que se destaca. No livro dos Reis o enfoque é a história política da nação; no livro das Crônicas o enfoque está na espiritualidade da história de Israel.
Os livros atribuem grande importância a: genealogia, instituições
de culto, sacerdotes e levitas, principalmente músicos, cantores, porteiros. 1Crônicas inicia com um esboço da história de Adão até a morte do rei Saul. O restante do livro é acerca do rei Davi. Embora os livros de Crônicas sejam similares aos de Samuel e Reis, eles foram escritos para aqueles que retornavam do exílio. Eles estavam sendo lembrados de que procediam da linhagem de Davi e que eram o povo que Deus escolhera. As genealogias apontam para o fato de que as promessas a Davi provinham do juramento feito a Abraão de que ele seria pai de uma grande nação e que através dele as demais nações seriam abençoadas. Assim, o tema principal é a fidelidade de Deus à sua aliança. Em 1Crônicas Davi é o ponto focal, já em 2Crônicas é a casa davídica o centro. Em virtude disso, a ênfase de 2 Crônicas é no reino de Judá, na linhagem de Davi. O autor de 1 e 2Crônicas trata do significado teológico dos acontecimentos. O Cronista queria lembrar ao povo as promessas feita a Davi para exercita-lo à confiança em Javé, levava também a dizer que a vida da nação estava relacionada na fidelidade a Deus, ao culto e ao cumprimento da lei.
Na Bíblia Hebraica é incluído nos “Escritos” (Ketuvim), a terceira
divisão do cânon hebreu. JAMES TISSOT, THE FLIGHT OF THE PRISONERS - THE FALL OF JERUSALE M, 586 B.C. V a.C.
Título: Na Bíblia Hebraica antiga os livros de Esdras e Neemias
eram chamados apenas “O Livro de Esdras”. Tema e propósito: Esdras continua a narrativa a partir do final de 2Crônicas. O livro delineia o retorno dos judeus do exílio da Babilônia e a reconstrução do Templo. Esdras, como sacerdote, mostra a centralidade do Templo e do culto na vida da nação como povo de Deus. Essa realidade começa com o decreto de Ciro, rei da Pérsia, que permite o retorno. O povo retornou e começou com entusiasmo as obras, mas foram atrasados em dezoito anos pelos inimigos do norte. O decreto de Dario os permite terminar a obra. Esdras ensinou a lei e reformou a vida espiritual da nação. Os livros se referem à restauração da vida religiosa e civil desse povo, um período de grandes lutas, de entusiasmo e a alegria, mas de preocupação com os estrangeiros que lá estavam. Na Bíblia Hebraica é incluído nos “Escritos” (Ketuvim), a terceira divisão do cânon hebreu. V a.C.
Título: Na Bíblia Hebraica antiga os livros de Esdras e Neemias
eram chamados apenas “O Livro de Esdras”. Tema e propósito: Neemias continua a história do judeus que voltaram do exílio. Ele deixou sua posição no palácio como copeiro para ser o governador de Jerusalém, conduzindo o povo na restauração dos muros da cidade. É importante perceber que Deus utiliza-se de pessoas com dons diferentes para trabalhos diferentes. Neemias não era sacerdote, entretanto, através de suas habilidades administrativas serviu bem ao reino. O que deixou de ser feito em 94 anos, Neemias e seu grupo fizeram em 52 dias. A restauração é central na historia do povo eleito: significa o nascimento do judaísmo propriamente dito. Judaísmo vem de Judá; ora é esta a tribo que volta do exílio para reconstruir a vida do povo messiânico (era a tribo de Davi e do futuro Messias). Esdras é chamado o “pai do judaísmo”. Na Bíblia Hebraica é incluído nos “Escritos” (Ketuvim), a terceira divisão do cânon hebreu.