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Josué: A conquista de Canaã.

Em hebraico o livro se chama "o Senhor é sua salvação". Continuação do


estilo e história do Pentateuco. Jesus, em Josué, é o capitão da nossa salvação (o
Vencedor).

AUTOR: Josué
DATA: 1400-1370 a.C

Autoria

A maior parte do livro foi escrita pelo próprio Josué Por certo, alguns trechos como 15:13-
17 (Jz. 1:9-13) e 24: 29-31 não podem ser de sua autoria. É possível que tais passagens
tenham sido escritas por Eleazar, o sumo sacerdote, ou por Finéias, seu filho. No entanto,
Josué é identificado especificamente como o autor de 24:1-26, e fica claro que o autor do
livro foi testemunha ocular da maioria dos acontecimentos registrados veja, por exemplo,
5:1 (em alguns manuscritos há o pronome “nós” em lugar de "os filhos de Israel) e 5:6
(“nós” aparece no original). Também é evidente que o livro foi escrito pouco tempo depois
dos eventos descritos (6:25).

Contexto histórico

O livro descreve a conquista e a divisão da terra de Canaã, tendo como pano de fundo a
brutalidade e a corrupção da religião de Canaã, claramente retratadas nas tábuas de Ras
Shamra. Prostituição de ambos os sexos, sacrifícios de crianças e sincretismo religioso
foram alguns dos males que levaram Deus a ordenar aos israelitas a destruição completa
dos habitantes de Canaã. Anos depois, boa parte do declínio espiritual de Israel se deveu
ao fato de os cananeus não terem sido completamente exterminados. Como resultado, sua
religião foi tolerada e em várias ocasiões assimilada pelos israelitas,
Os acontecimentos de Josué se iniciam onde terminam os de Deuteronômio. Para uma
análise da época da conquista, consultar a introdução ao livro de Êxodo.

Josué, o homem

Sem dúvida, Josué (cujo nome significa "Javé é salvação", nasceu no Egito e é bem possível
que tenha servido no exército do Faraó. De qualquer modo, ele se mostrou militarmente
qualificado para comandar as forças israelitas contra os amalequitas, em Refidim (Êx. 17:8-
16). Serviu como atendente pessoal de Moisés durante o ano que o povo passou junto ao
monte Sinai (Êx. 24:13).
Como representante da tribo de Efraim, percorreu a terra de Canaã com os outros onze
espias e com Calebe, se opôs ao relatório derrotista da maioria que não desejava
conquistar a terra (Nm. 14:6-9). Antes da morte de Moisés, Josué foi comissionado como
seu sucessor (Nm. 27:18-23) e comandou o povo na conquista de Canaã. Suas qualidades
marcantes eram fé, coragem, obediência devoção à Lei de Deus.
Data
Pressupondo a data mais antiga para o êxodo do Egito, conquista de Canaã sob a liderança
de Josué aconteceu por volta de 1400 a.C. A data mais recente para o êxodo situa a
conquista de Canaã por volta de 1240 a.C., data mais difícil de harmonizar com a referência
passageira aos filisteus no livro de Josué (13:2-3), os quais representavam uma grande
potência na Palestina por volta de 1200 a.C.

Principais ênfases

O livro enfatiza: 1) a fidelidade de Deus em conceder a Israel a terra de Canaã (Gn. 13:15);
2) importância da Lei Escrita de Deus (Is. 1:8; 8:32-35; 23:6-16; 24:26-27), e 3) a santidade
de Deus julgar os pecados dos cananeus (Dt. 7:1-6).

Juízes: As eras escuras de Israel - os juízes.


Relata a história do povo de Deus nos primeiros 300 anos na Terra
Prometida.

AUTOR: Anônimo
DATA: 1050-1000 a.C.

Contexto histórico

Os acontecimentos deste livro compreendem o turbulenta período da história de Irael que


se estende de 1380 a 1050 a C, ou seja, da conquista da Palestina ao começo da monarquia.
Embora a terra tivesse sido quase toda conquistada e ocupada sob a liderança de Josué,
ainda restavam diversas fortalezas cananéias importantes e cada tribo deveria subjugar a
resistência em seu território.
O livro de Juizes descreve estas lutas, transcorridas quando os israelitas tentavam
completar sua ocupação da terra. Os juizes foram lideres civis e militares que exerceram
autoridade durante este periodo em que Israel era uma confederação praticamente sem
estrutura. Alguns deles governaram concomitantemente, uma vez que nem sempre
exerciam autoridade sobre toda a terra.

Autoria e data

Embora o autor deste livro seja desconhecido, a Talmude sugere a autoria de Samuel, e é
bem possivel que ele tenha escrito algumas partes, Juizes fol escrito depois da morte de
Sansão e da coroação do rei Saul, mas antes da conquista de Jerusalém por Davi, por volta
de 990 a. C. (veja 1:21. 176 18.1, 19:1, 21:25).

Propósito

Em termos históricos, o livro serve como elo entre a conquista da Palestina e a monarquia.
Em termos teológicos, apresenta vários exemplos do princípio de que a obediência à Lei
trazia paz, ao passo que a desobediência significava opressão e morte. Em termos
espintuais, pode-se ver a fidelidade de Deus em perdoar seu povo arrependido, até mesmo
nesse período em que "cada um fazia o que achava mais reto" (17:6; 21:25).

Rute: Preciosa história, introduz Boaz e Rute como ascendente na linhagem


do Messias.

AUTOR: Desconhecido
DATA 1000 C

Autoria

Apesar de não sabermos quem é o autor do livro, há quem sugira o nome de Samuel.

Data

Embora os acontecimentos do livro tenham ocorrido durante o periodo dos juizes (no final
do sé culo XII a. C.), o livro propriamente dito só foi escrito vários anos depois. Observe-se
que o autor jul gou necessário explicar costumes que já não eram praticados, 4:6-8.
Os últimos versiculos do livro apresentam a descendência de Rute apenas até o rei Davi,
sugerindo fortemente que o livro foi escrito durante o seu reinado. Se tivesse sido escrito
mais tarde, seria de esperar que a genealogia se estendesse pelo menos até Salomão.

Contexto histórico

O livro oferece um vislumbre da vida de pessoas comuns, porém tementes a Deus, durante
o turbulento periodo dos juizes, e mostra um oásis de fidelidade em uma era marcada pela
idolatria e infidelidade.

Temas

Podemos mencionar quatro temas: 1) A própria Rute demonstra que os gentios podiam
crer no Deus verdadeiro. 2) O livro apresenta uma genealogia parcial da linhagem de Davi
e, portanto, de Cristo, e mostra que havia sangue gentio na linhagem daquele que se
tornou o Salvador de toda a humanidade. 3) Como parente-resgatador, Boaz é um belo
tipo de Cristo, no sentido de que: a) era um parente de sangue (Rm 1:3, Hb 2:14), b) tinha
os recursos necessários para comprar a herança perdida (1Pe 1:18-19); c) estava disposto
a resgatar (Hb 10.7). 4) O livro é um exemplo comovente da soberania maravilhosa de Deus
exercida em seu cuidado por seu povo (Rt 2:12).
I e II Samuel: Fundação do reino de Israel.
Na Bíblia hebraica é um único livro. O significado de Samuel é "ouvido por
Deus", "ouvido de Deus", Profeta. O último dos juízes e o fundador da monarquia.
Jesus é o Profeta em quem confiamos.

AUTORES: Samuel e outros


DATA: de 930 a. C. em diante

Autores

Embora os dois livros de Samuel recebam seu nome por ele ser a figura principal dos
primeiros capítulos, Samuel não poderia ter escrito mais do que uma parte de 1Samuel,
uma vez que sua morte é relatada no capitulo 25. O fato de ele ter escrito um livro é
atestado por 1Samuel 10:25. 1Crónicas 29:29 indica que Natã e Gade também
escreveram sobre os acontecimentos registrados em Samuel.

Contexto histórico

Samuel emergiu como o último juiz da era dos juizes, a qual durou cerca de 350 anos. O
livro compreende um período de aproximadamente 115 anos, da infância de Samuel ao
início do reinado de Davi. Surgindo no cenário civil e religioso de Israel, em um dos
períodos mais sombrios da história israelita, Samuel chamou o povo para um
reavivamento do culto ao verdadeiro Jave (o Senhor, At 3:24). Também ungiu Saul (10:1)
e Davi (16:13) como reis. Assim, o livro de 1Samuel constitui o elo entre os juizes e a
monarquia.

Conteúdo

1 Samuel se concentra em três personagens principais: Samuel, Saul e Davi (2 Samuel


focaliza exclusivamente Davi). A lição central do livro trata dos efeitos do pecado e da
santidade em relação ao povo e seus líderes. Dentre as histórias mais conhecidas no
livro podem-se citar a de Davi e Gollas (cap. 17), a de Davi e Jónatas (cap, 18), e a de Saul
e a feiticeira de En-Dor (cap. 28).

2 Samuel – Conteúdo.

1 Samuel termina com a morte de Saul, o primeiro rei de Israel. O livro de 2 Samuel
registra a história do reinado de Davi, incluindo o estabelecimento do centro politico e
religioso nacional em Jerusalém, o inicio da dinastia davidica, as grandes vitórias
militares de Davi, seu pecado vergonhoso com Bate-Seba e seu erro ao recensear o
povo, 2Samuel 7.4-14 registra a importante (e ainda não totalmente cumprida) aliança
feita por Deus com Davi e seus descendentes.
I e II Reis: História política dos reinos de Israel e Judá.
Na Bíblia hebraica é um só livro, na Vulgata Latina é o "terceiro" e o
"quarto" livro dos Reis. Abrangem um período de mais de 400 anos (da morte de Davi
até à destruição do reino de Judá). Jesus é o nosso Rei.

1 Reis

AUTOR: Incerto
DATA: 550 a.C.

Titulo

Redigidos originalmente como um único livro, 1 e 2 Reis apresentam um titulo apropriado para
o seu conteúdo, que acompanha a história dos reis de Israel e Judá, desde Salomão até o
cativeiro na Babilônia. Primeiro Reis se encerra abruptamente com o começo do reinado de
Acacias em 853 a.C.

Autor

O autor ou compilador destes livros, seja ele quem for, lançou mão de fontes históricas (11.41
14. 19,29) para o seu trabalho. É provável que fosse um dos exilados na Babilônia, talvez um
desco nhecido ou, quem sabe, Esdras ou Jeremias (nesse caso, outra pessoa escreveu o último
capitulo de 2Reis, pois, ao que parece, Jeremias morreu no Egito, e não na Babilônia, Jr. 43,6-7).

Propósito

O propósito do livro não foi apenas registrar a história dos reis, mas demonstrar que o sucesso
de qualquer rei (e de sua nação como um todo) dependia de quão fiel era à Lei de Deus. O
fracasso resultou em declínio e cativeiro.

Conteúdo

Dentre as passagens importantes de 1Reis podemos citar a descrição da grande sabedoria de


Salomão (caps. 3-4), a consagração do templo construido por Salomão (cap. 8), a visita da rainha
de Sabá (cap, 10) e o ministério de Elias (em particular, seu confronto com os profetas de Baal
no monte Carmelo, cap. 18).

2Reis - Conteúdo

Continuando onde 1 Reis terminou (com Acazias), 2Reis descreve o declinio e o cativeiro
tanto de Israel quanto de Judá. Israel sofreu durante 130 anos com uma sucessão de reis
perversos, até ser levada ao cativeiro assirio. Há poucos detalhes sobre a história de
Judá, que culmina com o cativeiro na Babilónia. O livro também registra o ministério
repleto de milagres do profeta Eliseu. Dentre as passagens mais conhecidas, podemos
citar a ressurreição do filho da sunamita (cap 4), a cura de Naamã (o general sirio
leproso, cap. 5), a morte de Jezabel (cap. 9) e os reavivamentos nos reinados de Ezequias
(cap. 18) e Josias (cap. 23).
Durante este período, Amós e Oséias profetizaram em Israel, enquanto Obadias, Joel,
Isaías, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias e Jeremias ministraram em Judá.

I e II Crônicas: História sacerdotal de ambos os reinos.


Na Bíblia hebraica é um só livro. Na Septuaginta chama-se
"Paralipômenos". É o livro dos "anais", ou "história ano por ano". Jesus em Crônicas
também é nosso Rei.

1 Crônicas

AUTOR: Esdras
DATA: 450-425 AC

Titulo

A principio, formava um só livro com 2Crônicas (até 180, a.C.), cujo titulo hebraico
significa "as palavras (questões) dos dias e os anais de Israel, de Adão ao cativeiro
babilónico e o decreto de Ciro permitindo aos exilados judeus voltar à sua terra. Em
certo sentido, trata-se de uma miniatura do Antigo Testamento", acompanhando de
forma resumida o fluxo de sua história.

Autoria

Embora seu nome não seja especificado no livro, a tradição costuma apontar Esdras
como o autor de Crônicas. Sem dúvida alguma, ele lançou mão de fontes escritas para
redigir o livro, incluindo-se nestas os registros profeticos de Samuel (1Cr 29:29), Isaías
(2Cr 32:32) e outros (2Cr 9:29. 12:15, 20 34, 33:19), e particularmente uma fonte
chamada de o "Livro da História dos reis de Judá e de Israel" (2Cr 16:11, 25:26). No
entanto, não se trata do livro canônico de 1 e 2Reis, mas de um relato mais antigo dos
acontecimentos da corte.

Propósito

O objetivo de Esdras, que conduziu um grupo de exilados de volta à Palestina em 458 a.


C. era estabelecer um alicerce espiritual sólido para o povo. Fica claro que, a fim de
alcançar tal objetivo, ο autor compilou o livro de Crônicas para enfatizar a importância
da pureza real e étnica, o lugar apropriado da Lei, do templo e do sacerdócio. Assim, ele
omite as atividades detalhadas dos reis e profetas, enfatizando a rica herança do povo
e a bênção de seu relacionamento pactual com Deus.

Conteúdo
Primeiro Crônicas é repleto de genealogias, concentrando-se de modo especial no
reinado de Davi. Dentre as passagens mais importantes, podemos citar a declaração da
grande aliança com Davi (17:11-14) e a magnifica oração de louvor pronunciada
por Davi (29:10-19.

2 Crônicas - Conteúdo

Começando onde 1Crônicas parou, 2Crônicas registra a história do reinado de Salomão


(971-931 a.C.) e de todos os reis de Juda, desde Roboão (931 a.C) até Zedequias (586
a.C.). Assim, o livro abrange o mesmo periodo de 1-2Reis, embora se concentre
exclusivamente nos reis de Judá, deixando de fora os reis de Israel. A desobediência à
Lei mosaica foi a razão do cativeiro na Babilônia. O livro encerra com uma breve menção
ao decreto de Ciro, promulgado em 539 a.C., pelo qual os judeus receberam permissão
de voltar à sua terra e construir seu templo.
Dentre as passagens mais significativas, podemos citar a oração de Salomão pedindo
sabedoria (1:7-12), a consagração do templo construido sob sua liderança (caps. 5-7), a
visita da rainha de Sabá (9:1-12) e a predição sobre a duração do cativeiro (36:20-21).
Alguns versículos favoritos encontrados neste livro são 7:14 e 16:9.

Esdras: A restauração sacerdotal depois do cativeiro de setenta anos na


Babilônia. Em hebraico quer dizer "auxílio". Era sacerdote e escriba.

AUTOR: Esdras
DATA: 450-444 a.C

Título e autoria

A obra, que recebe o nome do seu principal personagem, formava a princípio um só livro
com Crônicas e Neemias. Embora Esdras não seja citado no texto como seu autor, o mais
provável é que ele o tenha escrito usando como fontes vários documentos históricos
(4:7-16), genealogias (2:1-70) e memónas pessoais (7:27-9:15). Na Vulgata (a Biblia em
latim), Esdras e Neemias são intitulados 1 e 2Esdras, ao passo que o livro apócrifo de
1Esdras é denominado 3Esdras.

Data

Embora alguns comentaristas datem o livro por volta de 330 a.C., suas semelhanças
linguísticas com os papiros aramaicos da comunidade judaica de Elefantina, no Egito,
identificados como pertencentes ao século V a.C., apontam para uma data mais antiga,
durante a vida de Esdras (que viveu até a época de Neemias, Ne 8.1-9, 12:36). É provável
que Esdras tenha terminado a livro entre 456 a.C., (quando ocorreram os eventos de 10:
17-44) e 444 a.C., quando Neemias chegou a Jerusalém.
Contexto histórico

O Iivro registra o cumprimento da promessa divina de restaurar Israel à sua terra depois
dos setenta anos de cativeiro na Babilònia (Jr 25:11). Isso se deu com a ajuda de três
monarcas persas (Ciro, Dario e Artaxerxes) e também de lideres judeus como Zorobabel,
Josué, Ageu, Zacarias e Esdras. Ciro conquistou a Babilonia em outubro de 539 a.C. e,
seguindo sua politica de estimular os povos subjugados a retornarem as suas terras de
origem, promulgou em 538 a.C um decreto auto- rizando os judeus a fazerem o mesmo.
Cerca de cinqüenta mil pessoas retornaram sob a liderança de Zorobabel e lançaram os
alicerces do templo, que, no entanto, só viria a ser concluido em 515 a. C. durante o
reinado de Dario. Esdras 1-6 descreve estes acontecimentos. Os capitulos 7-10 tratam
do retorno de Esdras a Jerusalém, sob os auspícios do rei Artaxerxes, a fim de ajudar a
promover um reavivamento espiritual no meio de seu povo.
Os reis persas envolvidos neste período (em relação a Esdras e a outras porções do AT)
são os seguintes:

Neemias: A restauração política.


"Conforto do Senhor", "Javé conforta". No cânon hebraico está unido ao
livro de Esdras, constando como um único livro. Em Neemias, Jesus é o Restaurador
devidas. Com o livro de Neemias finda a história do Antigo Testamento.

AUTOR: Neemias
DATA: 445-425 aC

O homem

Como copeiro do rei Artaxerxes I, Neemias ocupava uma posição de grande


responsabilidade (garantir que o rei jamais bebesse vinho envenenado) e de muita
influência (pois um servo de tanta confiança com freqüência se tornava um conselheiro
intimo). Depois de ouvir que as muralhas de Jerusalem ainda não haviam sido
reconstruidas e de receber permissão do rei para ir a Jerusalem e corrigir a situação,
Neemias revelou possuir qualidades ímpares de liderança e organização. O trabalho de
reconstrução foi concluído em 52 dias. Como governador de Judá, Neemias demonstrou
humildade, integridade, patriotismo, energia, piedade e altruísmo. Depois de doze anos
no cargo, voltou por um curto período para a corte de Artaxerxes (1:1; 13:6),
regressando em seguida a Judá, onde exortou seu povo ao arrependimento.
O relato é tão vivido e franco que grande parte do material contido no livro deve ser
proveniente do diário pessoal de Neemias.

Contexto histórico

Mesmo contexto em que se encontrava Esdras. Os papiros de Elefantina, descobertos


em 1903, confirmam a historicidade do livro de Neemias, mencionando Sambalate
(2:19) e Joanã (6:18, 12:23). Estas fontes também mostram que Neemias deixou o
governo de Judá antes de 408 a.C.

Conteúdo

O livro completa a história da restauração dos muros de Jerusalém pelo remanescente


que voltara do exílio na Babilónia, restauração iniciada sob a liderança de Esdras.
Marca também o início das "setenta semanas" de Daniel e apresenta o contexto
histórico para o livro de Malaquias.

Ester: Uma história do desterro em Babilônia.


Ester - No hebraico "estrela". Em Ester, Jesus é o nosso Mardoqueu.

AUTOR: Incerto
DATA: C 465 aC

Autoria

Embora seu nome nos seja desconhecido, o autor deste livro era, sem dúvida alguma,
um judeu (o nacionalismo judaico permeia todo o relato) que conhecia pessoalmente o
reino de Assuero e o palácio em Susã. É bem possivel que o livro tenha sido escrito pouco
depois do final do reino de Assuero, uma vez que a administração dele é mencionada no
pretérito (10:2-3).

Contexto histórico

Os acontecimentos deste livro abrangem um período de dez anos (483-473 a.C) do


reinado de Xerxes 1 (486-465 a C). Assuero é a forma hebraica de seu nome, equivalente
ao persa Khshayarsha e ao grego Xerxes. Os acontecimentos transcorrem entre o sexto
e o sétimo capítulos do livro de Esdras (veja a introdução ao livro de Esdras para
informações históricas adicionais).
Tema

Embora o nome de Deus não seja mencionado, sua soberania e sua providência ficam
claras ao longo de toda a narrativa. A rejeição de Vasti, a posição de rainha alcançada
por Ester, a dívida de gratidão de Xerxes para com Mordecai descoberta durante uma
noite de insônia e o miraculoso livramento dos judeus, todos estes fatos demonstram o
controle de Deus sobre seu povo e seu cuidado com ele (SI 121:4). O livro também
explica a origem da festa de purim (2Macabeus 15:36), observada nos dias 13 e 14 de
adar (fevereiro-março), quando os judeus celebram seu livramento das mãos de Hamã.

Precisão histórica

Dentre as objeções levantadas à historicidade do livro de Ester, podemos citar as


seguintes: 1) a história secular não menciona nem Vasti nem Ester como rainhas durante
o reinado de Xerxes (Assuero). No entanto, Heródoto, que frequentemente omite
personagens importantes (como Bel-sazar, Dn 5), relata que Xerxes buscou consolo em
seu harém depois de sua derrota perante os gregos em Salamina, o que ocorreu no
mesmo ano em que Ester foi coroada rainha (Et 2:16; Heródoto 7:7); 2) alega-se, com
base em Et. 2:5-6, que o livro apresenta Xerxes como sucessor imediato de
Nabucodonosor, uma vez que tal passagem parece dizer que Mordecai fora deportado
por Nabucodonosor em 597 a.C. e ainda vivia durante o reinado de Xerxes. No entanto,
o antecedente do pronome relativo "que" no versículo 6 não é Mordecai, mas Quis, seu
bisavô; 3) a matança de 75 mil inimigos dos judeus em um só dia, sem aparente
intervenção dos persas (Et. 9:16-17). Apesar de estranho, tal acontecimento não pode
ser considerado impossível, devido à conhecida indiferença persa para com a vida
humana e ao fato de os judeus terem se armado de antemão (8:13).

Conteúdo

Sem dúvida, 4:14 é o versículo mais conhecido do livro, enfatizando o tema do controle
divino sobre todos os acontecimentos.

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