BAKER, D. W. DESMOND, A. STURZ, R. J Obadias, Jonas, Naum, habacuque e
Sofonias. Introdução e comentário – São Paulo: Vida Nova, 2001.
Em introdução ao comentário de Naum, Baker (2001) p.296 à 300 afirma
que, o nome do profeta "Naum" significa provavelmente "consolo" ou "conforto". Segundo os autores e comentários nos livros de Naum David W. Backe, F Desmand Alexandre e Richard J. Sturz o nome do profeta Naum só aparece no primeiro cap. de Lucas 3:25 (referindo-se ao um ancestral de Jesus, embora não se trate da mesma pessoa)
Nada se sabe com profundidade segundo os autores acima escritos
acerca do profeta Naum a não ser que era elcosita, oriundo da região de Elcós. Quanto a localidade de Elcós segundo o livro introdução e comentarios 5, dá uma versão de Jerônimo que identifica Elcós como uma peguena cidade do Norte de Galileia, e uma tradição posterior, associa Naum com um "Vilarejo" de "Naum", Cafarnaum. Outra localidade é apontada como mais provável Beit-Jebrim, em Judá, não foi possível, segundo os autores de Naum introdução e comentário a localização exata em Israel. Quanto a data do livro de Naum é em meados dos séculos VII a. C, onde o Império Assírio está em pleno vigor, indicando uma data anterior a 612 a. C, a queda de Nínive.
No livro introdução e comentário de David W. Backer, F Desmond Alexandre e
Richard J. Sturz a referência histórica mais clara é a queda de Tebas (a atual Carnaque ou Luxor) citada em Naum 3:8 que diz: Será que você é melhor do que Tebas, que estava situado junto ao Nilo, cercada de águas, protegida pelo mar e tendo as águas por muralha? Onde foi dominada pela Assíria em 663 a. C, segundo introdução e comentário do livro de Naum, mostra que esse período de 687/686-672 a. C, foi o mais impiedoso da dominação assíria sobre Judá, que foi durante o reinado de Manassés até o reinado de Josias (640-609 a. C).
Naum é o sétimo dos "doze" livros chamados profetas menores. O livro
tem forma de oráculo: sentença ou juízo de Deus, essa profecia trate da destruição do opressor que é Assíria oprimindo Judá. Deus usa várias formas literárias, para expressar sua mensagem: primeira seção de louvor ou hino de louvor que exalta Deus por seu caráter. (1.2-8). Deus se revela como juiz comandando tribunal.
Segundo o autor do livro Comentário e Introdução de Naum, há
vereditos de condenação e vingança para todas as nações pagãs, aplicando assim sobre as nações o seu padrão de justiça universal (1.3) como também usando o próprio opressor "Assíria" como instrumento para punir Israel que se encontrava em rebeldia contra Javé (Is.7:17).
No caso dos ouvintes de Naum, a palavra de juízo contra eles só
recentimente lhes havia sido dita por boca de Miquéias. Naum, assiná-la a equidade da justiça de Deus. Segundo o autor, essa mensagem de Deus por meio de Naum era para estimular Judá a crer que a tirania sob a qual vivia teria fim. Também é citada no livro de Naum a questão em torno da existência da extensão de um acróstico, onde cada linha começa com uma letra do alfabeto em ordem. O autor dá exemplos em salmos (Sl 119) e em lamentação. O autor também mostra que o livro de Naum mostra uma mensagem acerca do caráter santo e justo de Deus para com o mundo e seu zelo para com o povo (Israel).
Essa mensagem de Deus por meio de Naum tinha o propósito de
encorajar o povo de Deus. Sendo oprimido por um inimigo aparentemente invencível que havia dominado toda região do Nilo até o Tigre. Israel não tinha como depender de sua própria força, para se liberta, mas apenas e totalmente de Deus.
________________
Em Introdução e Comentário do livro da Habacuque, edição (2011), p.323
à 328, autor do livro afirma que o profeta Habacuque, amava a Deus, mas chega a questionar a Deus em um diálogo acerca de sua justiça e suas ações. Uma das funções do profeta era servir de intermediário entre o Deus de Israel e seu povo. Sempre a nação se desviava dos propósitos de Deus e o profeta os chamavam para retomarem a alianças que Iavé tinha feito com eles. Habacuque assume a tarefa de ir à outra direção, chamando Deus para prestar contas das ações que não pareciam corresponder as prescritas na aliança.
O autor do livro Introdução e Comentário de Habacuque, diz que
Habacuque é pouco falado em relação aos outros profetas, e que também não são mencionadas o nome de seu pai, sua tribo ou cidade natal. Provavelmente, seu nome não é hebraico e que, o significado do seu nome vem da palavra academia que designa alguma planta ou árvore frutífera. O autor também fala acerca da época ou períodos dos quais Habacuque profetizou e o livro foi escrito tem sido debatido, o autor mostra em (1.6) parece que uma invasão de babilônios ou "caldeus". Por volta de 625 a. C, sob o reinado de Nabopolossar, e pleno vigor do império neobabilônico. A invasão prevista por Habacuque pode ter-se dado em qualquer momento antes de 587a.C, quando Jerusalém foi finalmente destruída pelos babilônicos. Essas profecias foram provavelmente algum tempo antes, provavelmente no reinado de Jeoaquim. (609-598 d.C).
Segundo o autor Introdução e Comentário a Habacuque, o livro
ocupa a oitava posição entre os profetas menores, estando entre Naum e Sofonias, que atuaram aproximadamente na mesma época, que tinham em comum quanto a justiça, soberania e a graça de Iavé. A estrutura do livro é objetiva, seguida por duas perguntas levadas por Habacuque diante de Deus, como também pela resposta de Deus. Habacuque questionava a aparente tolerância de Iavé em relação ao pecado, especialmente a injustiça (1.2-4), seguida a garantia de que Deus lidará com isso, usando o império caldeu ou neobabilônico como instrumento (1. 5-11), mostrando assim que a primeira resposta parece estar apontado para a destruição de Jerusalém pelos babilônicos em 587. A segunda pergunta de Habacuque a Deus é: Como Deus pode usar como instrumento de juízo, um povo muito mais cruel e desumano, do que aquele que está sendo punido (1.12-17)? O profeta com expectativa a resposta de Deus (21), que vem quando Iavé promete julgar a Babilônia (2.2-20), pelos persas em 539 a. C, segundo o autor, Habacuque responde a essa garantia da justiça e do amor de Deus, com um salmo de adoração (cap. 3). O livro termina com a comovente expressão da confiança do profeta em seu Deus (3.16-19 a).
_________________
Em Introdução e Comentário do livro Sofonias (2001) p. 365 - 373, o
autor afirma as profecias que levam o nome de Sofonias são situadas no reinado de Josias (1.1) e não tem havido uma constatação, seria quando a essa data. (Josias 640 - 609 d.C.) segundo o autor do livro, o profeta teria sido contemporâneo de Naum, de Habacuque e do profeta Jeremias, também é citado no livro a restauração feita pelo rei Ezequias, bisavó de Josias, que havia restaurado a adoração a Iavé anteriormente substituída por práticas pagãs (2 Rs 18. 46), pouco durou a reforma pois, seu filho Manassés as trouxe de volta, em grande escala, essas práticas pagãs (2 Rs 21: 1-18), e o filho Manassés, o pior rei de Israel (2 Rs 21: 9-16), nada fez para corrigir a situação foi somente no reinada de Josias (621 a.C,) que a aliança com Iavé foi oficialmente restaurada e as práticas pagãs foram banidas. No governo do rei Josias o autor cita enfoque histórico, vizinhos entre Judá e as nações mencionadas (2. 4-15), neste período, Josias procurou fortalecer Judá e também expandir sua soberania sobre os territórios vizinhos (2 Reis 23; 15-20), conseguiu exercer controle sobre o território vizinho a Samaria), mostra também que os filisteus como adversários de Israel de longa data, desde à época da conquista. Eles cresceram até o início do regime monárquico, quando Dario subjugou, embora não tenha sido capaz de erradicar a ameaça que representavam. A Filístia governava em torno de cinco cidades adjacentes ao mar Mediterrâneo. (Asdode, Ascalon, Ecrom, Gasa e Gate). A última cidade havia perdido sua importância quando Sofonias iniciou seu ministério, as demais permaneceram. Estas cidades segundo o autor receberam advertências de juízo no primeiro oráculo contra as nações. (2.4-7; Is. 14; 8-32...).
O autor também mostra o parentesco de Moabe e Amom vizinhos
transjordanianos de Israel (Gn. 19; 36-38), como também suas posições ao povo de Israel. (Nm. 22.24, Js. 24.9 , Jz. 3; 12-30...).
O livro mostra o apogeu de Cuxe, ou Etiópia, alcançando o auge do poder
quando controlou o Egito durante a vigésima quinta dinastia (a.C ,716 - 663 a. C,). Esse controle acabou em 663 a.C, com invasão do Egito pela Assíria. A destruição mencionada por Sofonias (2.12), pode estar relacionado a este acontecimento. A Assíria era muito importante entre os séculos VII e VIII, tinha derrotado Israel em 722 a.C, exilando os líderes do país (c.f. 2 Rs 17, 4-41..), considerando-se invencível durante o reinado de Josias. No entanto até 612 a.C. sua capital Nínive (2;13) seria tomada e até 605 a.C., todo império teria caído diante dos babilônicos. A profecia é dirigida conta Judá. (1.4, c.f. 1.1) e mais especificamente contra sua capital Jerusalém (1.4; 12; 3:14-16).
Segundo o autor de Introdução e Comentário diz que pouco se sabe a
cerca do profeta Sofonias, além do breve esboço biográfico encontrado no primeiro versículo de sua profecia ( 1.1) que ele descende de Ezequias o quarto rei de Judá( 716 686 a. C), que também foi um antepassado do rei Josias, durante cujo reinado Sofonias profetizou( 1.1) O nome de Sofonias tem o sentido de Iavé escondeu/protegeu, o autor comenta a cerca do conhecimento geográfico que Sofonias tinha da geográfia e da demografia de Jerusalém ( 1.10-13 , 3 1-4) mostra alguém que era nascido na capital e que residia há muito tempo ali. O autor do livro mostra o interesse do profeta Sofonias pelas coisas sacerdotais e do Templo, o núcleo das profecias dão ao livro unidade não apenas estrutural, mas também teológicas, enfatizando o grande Dia do Senhor, anunciando o iminente juízo de Deus sobre a humanidade em geral ( 1.23). Ele também oferece esperança ao seu povo ( 3. 1-20) a mensagem do Dia do Senhor partilham de dois planos temporais: A mensagem imediata a Judá e a de que as nações receberão punição num futuro bem próximo.( 1 4-18), mas que a esperança também é a possibilidade a curto prazo ( 2.3) segundo o autor do livro Introdução e Comentário Sofonias afirma que tem se questionado a integridade do livro mas não existem provas objetivas de que Sofonias tenha tido circulação e, alguma outra forma que não a atual.
Foi cogitado por vários estudiosos a possibilidade de acréscimos
secundários ao livro, esse argumento é considerado, no entanto, evasivo e baseia- se mais em pressuposições que em provas. O único indício e objetivo é o texto canônico, no qual tanto o juízo quanto a esperança estão mesclados, ás vezes em proporções diferentes, mais ainda com a presença de ambas.