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Lição 1
Introdução aos
livros históricos de
Josué, Juízes e Rute
O AT pode ser dividido em cerca de 9 períodos:
a criação, os patriarcas, o êxodo, a conquista, os
juízes, a monarquia, o exílio, o retorno e o silêncio
(ou período inter-bíblico). O Pentateuco (1º, 2º e 3º
períodos) registra o nascimento do povo de Deus. A
continuidade desta nar-
Leitura Diária
rativa inicial é chamada
SEG Josué 1.1-9
de Livros Históricos. Este
TER Josué 13.1-13
conteúdo é importante
QUA Josué 24.14-25
pelo menos por duas ra-
QUI Juízes 2.11-23
zões: primeiro, por conta
SEX Juízes 9.7-21
do registro histórico em
SÁB Rute 1.1-22
si e depois, pelo que en-
DOM Rute 4.1-12
sinam teologicamente.
21
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Introdução aos livros históricos de Josué, Juízes e Rute – Lição 1
3 Id Ibid. p. 27.
23
Introdução aos livros históricos de Josué, Juízes e Rute – Lição 1
4 Id Ibid. p. 29.
25
Introdução aos livros históricos de Josué, Juízes e Rute – Lição 1
Senhor (APOSTASIA);
2) O Senhor os entregava nas mãos dos adver-
sários (CASTIGO);
3) Israel clamava a Deus (ARREPENDIMENTO);
4) O Senhor levantava um libertador e enquanto
este governava o povo permanecia fiel (LIBERTAÇÃO).
Saindo o libertador o povo retornava à apostasia.
Os propósitos relevantes para a obra são:
a) Retratar a história do povo escolhido no perío-
do compreendido entre a morte de Josué (Jz 1.1) e
o advento da monarquia (Jz 21.25);
b) Servir de comparativo com o primeiro livro his-
tórico: Josué registra as vitórias do povo, Juízes, as
derrotas; Josué fala da conquista de sete nações
em sete anos, Juízes descreve sete apostasias, sete
opressões e sete libertações;
c) Revelar a santidade do Senhor. “Ele é santo e
castiga o seu povo por seus pecados, mas é miseri-
cordioso também para salvá-lo quando dá mostras
de arrependimento. O livro ensina que a opressão
é um castigo pela infidelidade, e a libertação é o
resultado do retorno a Jeová”.6
7 Id Ibid. p. 94.
29
Introdução aos livros históricos de Josué, Juízes e Rute – Lição 1
Conclusão
Em Josué aprendemos da fé fervorosa para con-
quistar e ocupar Canaã. Sob a promessa de Deus,
este líder marchou e dedicou sua vida para o cum-
primento da tarefa que lhe foi outorgada. Ele reafir-
mou sua confiança do Senhor e decidiu, de manei-
ra cabal e inequívoca a quem iria servir (Js 24.15).
Em Juízes aprendemos da fidelidade necessária
para honrar ao Senhor (quer se tenha um líder ou
não). Ainda que libertos pelo sangue de Cristo, não
podemos “fazer o que bem entendemos” (Jz 21.25),
de maneira a comprometer nosso testemunho e o
Evangelho.
E em Rute aprendemos sobre a força que conduz
a escolhas corretas que nos fazem superar tempos
adversos. Somos ensinados que a vida piedosa é
uma benção e que seus frutos produzem paz e des-
canso singular.
Fé, fidelidade e força são os assuntos que nos
acompanharão neste trimestre e que nossas vidas
30
Introdução aos livros históricos de Josué, Juízes e Rute – Lição 1
tação?
Lição 2
Texto Base: Josué 1 a 5
A Fé Resiliente
O livro de Josué (4º período da história do AT) dá
continuidade aos eventos do pentateuco. Ele come-
ça com as palavras: “Sucedeu, depois da morte de
Moisés...” (Js 1.1) e continua relatando como Israel
seria agora conduzido por seu novo líder. Esta em-
preitada de batalhas vai até Js 12.24. Daí até ao fi-
nal do livro, a obra relata a divisão da terra. Para im-
plementar uma série de lutas e conquistas, o povo
precisará demonstrar uma
Leitura Diária fé resiliente. Resiliência é
SEG Josué 1.10-18 a capacidade de supor-
TER Josué 2.1-24 tar as adversidades e se
QUA Josué 3.1-13 adaptar a situações difí-
QUI Josué 3.14-17 ceis.
SEX Josué 4.1-13
O objetivo do livro é re-
SÁB Josué 4.14-24
gistrar a história da con-
DOM Josué 5.1-15
quista de Canaã e sua di-
32
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A Fé Resiliente – Lição 2
2. Fé resiliente na redenção e
testemunho (Js 2.1 a 4.13)
A salvação de Raabe pode parecer um paradoxo,
mas não é. Embora não possuísse padrões éticos
elevados, esta mulher demonstrou uma fé em Deus.
O NT julga sua atitude como obra de fé (Hb 11.31;
Tg 2.25). “A sua prostituição talvez caracterizasse
o estado moral da cidade e pode antes ter-lhe sido
imposta e não escolhida. A grandeza de sua reden-
ção pode ser vista no fato de que ela veio a tor-
34
A Fé Resiliente – Lição 2
Conclusão
“E fez Josué assim” (Js 5.15).
Lição 3
Texto Base: Josué 6 a 12
A Fé Permanente
A permanência na fé bíblica é um desafio. Muitos
abraçam a fé, mas quando precisam enfrentar obs-
táculos, esperar milagres e seguir firmes, desfale-
cem. Sabemos que Josué e os israelitas conquista-
ram Canaã em pelo menos três guerras. Trinta e um
reis e sete nações foram subjugados. Seus nomes
são registrados no capítulo 12.
A fé permanente é vital para a prática de uma obe-
diência irrestrita. Vemos
Leitura Diária
isso de maneira impres-
SEG Josué 6.1-27
sionante nos capítulos 6
TER Josué 7.1-26
ao 12 de Josué. É fato que
QUA Josué 8.1-35
quando Israel entra em
QUI Josué 9.1-27
Canaã o faz de maneira
SEX Josué 10.1-43
gloriosa tomando a cidade
SÁB Josué 11.1-23
de Jericó. Mas isso não foi
DOM Josué 12.1-24
empecilho para que se ti-
41
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A Fé Permanente – Lição 3
A Queda de Jericó
Jericó é chamada de “a cidade das palmeiras”
(Dt 34.3; Jz 3.13) e é tida como a cidade habitada
mais antiga do mundo. É a primeira cidade a ser
avistada por Moisés do Monte Nebo. Sua conquis-
ta foi milagrosa. Por que a cidade foi entregue de
maneira sobrenatural sem que os israelitas preci-
sassem lutar, mas apenas marchar? Inicialmente,
a) para evitar um cerco prolongado que pudesse
desencorajar Israel e, ao mesmo tempo, encorajar
os habitantes da cidade e as nações circunvizinhas.
Uma vitória rápida e milagrosa, seria a evidência de
que o Senhor presente; b) mostrar para Israel que
42
A Fé Permanente – Lição 3
1 Ibidem p. 44.
44
A Fé Permanente – Lição 3
11.23).
Conclusão
Os primeiros capítulos do livro de Josué que re-
latam a ocupação de Canaã registram preciosas
lições:
No capítulo 6 temos o milagre da queda de Jericó
seguida da redenção de Raabe;
No 7, observamos as consequências dos peca-
dos encobertos: Israel é derrotado e a família de
Acã é morta);
No 8, vemos a vitória que a santificação promove
e a renovação da aliança no monte Ebal;
No 9, somos chamados atenção para as ações in-
consequentes que não buscam o conselho de Deus
(a parte central da terra é conquistada);
No 10, aprendemos com as ações sobrenaturais
do Senhor na vida daqueles que permanecem na
fé (a parte sul da terra é conquistada);
No 11, lemos sobre a continuidade das vitórias
do povo de Deus (a parte norte da terra é conquis-
tada);
No 12, contemplamos o resultado vitorioso (o re-
50
A Fé Permanente – Lição 3
sas do Senhor.
versidades?
nente?
51
A Fé Diligente – Lição 4
Lição 4
Texto Base: Josué 13 a 19
A Fé Diligente
O grande desafio de Josué foi conquistar Canaã,
agora, já idoso (13.1), tem a incumbência de divi-
di-la entre as tribos. Como a região ainda não tinha
sido de todo conquistada (Js 13.2) e seu vigor di-
minuíra, ele encorajou as tribos a finalizarem a ocu-
pação. Importante destacar que os israelitas não
expulsaram todos os habitantes da terra. Havia ci-
dades que os pagãos ainda habitavam (Js 13.2-6)
Leitura Diária
e que precisavam ser ocu-
padas pelo povo de Deus.
SEG Josué 13.1-33
TER Josué 14.1-15 “Esta é de Judá, está é
QUA Josué 15.1-63 de Aser, esta é de Simeão,
QUI Josué 16.1-10 e esta é de Benjamim,
SEX Josué 17.1-18 ouvimos o povo dizer ao
SÁB Josué 18.1-28 abrir-se a cena. Falavam
DOM Josué 19.1-49 assim, mesmo enquanto
52
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A Fé Diligente – Lição 4
1. A perseverança de Calebe, um
exemplo de fé diligente (Js 14.6-15)
Quando Judá começou a determinar a porção da
terra que lhe caberia (Js 14.6), Calebe tomou a pa-
lavra e deu início a um belo discurso (14.6-12). Este
homem havia acompanhado Josué 45 anos, quan-
do foram olhar a terra de Canaã (Nm 13 e 14). Dos
que saíram do Egito, apenas estes ingressaram na
terra da promessa. Eles se mantiveram firmes em
suas convicções, crendo, apesar dos obstáculos.
Os dois sobreviventes da geração da incredulidade
estavam agora em Gilgal.
2. A divisão de Canaã, a
obediência da fé diligente (Js 15 a
19; Nm 26.52-65)
A desigualdade na distribuição da terra chama a
atenção e em síntese, foi dividida assim:
a) Os levitas não receberam um território como
herança, como as demais tribos (Js 13.14), mas
algumas cidades em cada tribo, uma vez que eram
responsáveis pelo serviço no templo e ensino da
Lei (Js 21.2).
b) Israel tinha seis cidades refúgio: três a leste e
três a oeste do Jordão (Js 20.7-8);
c) As tribos de Rúbem, Gade e a metade da tribo
de Manassés já haviam recebido seu quinhão das
mãos de Moisés, ao oriente do rio Jordão (Nm 32).
d) As tribos de Judá (Js 15), Efraim (Js 16) e a
55
A Fé Diligente – Lição 4
Conclusão
Vemos nas atitudes dos líderes de Israel um zelo
extremo naquilo que estavam fazendo. É percep-
tível que todas as ações e tomadas de decisões
carregam o cuidado em obedecer à Lei do Senhor.
Depois de anos de peregrinação, não havia espaço
para mais desobediências ou resistências à vonta-
de divina. Toda diligência deveria ser empregada,
de maneira que todo o processo fosse uma bênção
para o povo de Deus.
Por outro lado, vemos que os israelitas falharam
em sua conquista quando não eliminaram derradei-
ramente os canaanitas de seus territórios. A presen-
ça daquele povo pagão, viabilizou o caminho para a
idolatria e consequente distanciamento do Senhor.
O resultado foi que o pecado dominou suas vidas e
o comprometimento espiritual foi evidente.
Por fim, destaca-se a vida, o testemunho e a abne-
gação de Josué e Calebe. Suas vidas revelam uma
6 Id Ibid.
60
A Fé Diligente – Lição 4
Lição 5
Texto Base: Josué 20 a 21
A Fé Dependente
O processo de repartição da terra de Canaã reve-
la algo singular. Os capítulos 14 e 15 contém a dis-
tribuição das terras do sul para Judá e Calebe; os
16 e 17 explicam a repartição das terras centrais
para os filhos de José; os 18 e19 tratam da divisão
do restante da terra. O capítulo 20 vai localizar as
seis cidades de refúgio dentre as 48 cidades dedi-
cadas aos levitas (capítulo 21).
Leitura Diária O capítulo 20
SEG Josué 20.1-9 do livro de Josué
TER Josué 21.41-45 (o menor do livro),
QUA Números 35.1-15 trata sobre o esta-
QUI Números 35.16-34 belecimento das
SEX Salmos 9.9; 10.12; 46.1 “cidades refúgio”.
SÁB Hebreus 6.18-20 O texto é claro: o
DOM Josué 21.1-45 homicida culposo
62
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A Fé Dependente – Lição 5
a) Do lado do Ocidente:
Quedes tinha sua localização ao norte de Israel,
dentro da área da tribo de Naftali. No original, o ter-
mo “Quedes” significa “santo” ou “santuário”.
Siquém ficava bem no centro de Israel e o signifi-
b) Do lado do Oriente:
Bezer ficava no sul de Israel, mas do outro lado do
Jordão, de frente para o Oriente, na tribo de Ruben.
Seu nome significa “fortaleza”.
Ramote, localizada no centro de Israel do lado
Oriental, significa “exaltação” ou “elevação”.
Golã, ficava ao Norte, do lado oriental, bem perto
das conhecidas Montanhas de Golá. O termo sig-
nifica “levou cativo”, no sentido de que absorveu
toda nossa culpa.
Com a instituição das seis cidades-refúgio Deus
queria proporcionar para o infrator arrependido:
santidade, descanso, comunhão, força, renovo e se-
gurança. Vemos, neste caso, uma clara manifesta-
ção do amor e da graça do Senhor naquele tempo.
De um modo geral, o Antigo Testamento é caracte-
65
A Fé Dependente – Lição 5
Conclusão
Assim como Israel precisou cultivar uma fé de-
pendente na pessoa do Nosso Senhor, nós tam-
bém precisamos investir e cultivar essa fé. Mas por
que devemos fazer isso? Primeiro porque temos em
Jesus o perfeito refúgio para o necessitado, oprimi-
do e triste. Ele “foi feito por Deus sabedoria, e justi-
ça, e santificação, e redenção” (1 Co 1.30). Ele é o
nosso escudo. Nele temos paz, descanso, seguran-
ça, alegria e vitória nas lutas em todos os tempos.
Segundo porque é a fidelidade do Senhor para
com Sua Palavra, que sustenta e garante benefícios
infindáveis a seus servos. O livro de Números regis-
tra que “Deus não é homem, para que minta; nem
4 Ibidem.
71
A Fé Dependente – Lição 5
Seus filhos.
refúgio?
vida?
Lição 6
Texto Base: Josué 22 a 24
A Fé Obediente
Os três últimos capítulos do livro de Josué narram
o fim da liderança deste servo de Deus. Uma pala-
vra que fica evidente neste trecho é OBEDIÊNCIA.
Uma vez que visualizava o fim de sua jornada, Josué
chama os rubenitas, os gaditas e a meia tribo de
Manassés e os abençoa a retornar às suas terras.
A razão: eles haviam sido obedientes, cumprido sua
palavra de pelejar juntamente com os seus irmãos,
pela conquista da terra
Leitura Diária prometida.
SEG Josué 22.1-9
O capítulo 23 é uma
TER Josué 22.10-29
exortação geral para
QUA Josué 22.30-34
que se observe a Lei do
QUI Josué 23.1-16
Senhor. O verso chave
SEX Josué 24.1-13
dessa narrativa é o 11:
SÁB Josué 24.14-25
“Portanto, empenhai-vos
DOM Josué 24.26-33
em guardar a vossa alma,
73
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A Fé Obediente – Lição 6
3 Ibidem.
77
A Fé Obediente – Lição 6
3. A fé obediente e a renovação da
aliança com o Senhor (Js 24)
Depois de ser bem-sucedido no cumprimento de
sua missão e perto de encerrar sua jornada, este
servo de Deus profere dois discursos distintos:
a) No primeiro (v. 1-13), o líder de Israel se des-
pede da nação e relembra aspectos relativos ao
passado do povo de Deus.
b) No segundo (v. 14-28), celebra a renovação
da aliança de Deus com Seu povo.
Josué reúne todo o povo em Siquém, como no
monte Ebal (Js 8.30-35). Relembra momentos pas-
sados, ressaltando a soberania do Senhor e Sua
promessa na vida de Abraão (v. 2-3). Registra os
feitos de Deus nas vidas de Esaú, Jacó, Moisés e
Arão (v. 4-5) e como Deus conduziu Seu povo do
Egito à Terra Prometida, dando-lhe vitórias sobre os
povos que ali habitavam (v. 6-13). “Josué apoiou-se
79
A Fé Obediente – Lição 6
Conclusão
O livro de Josué encerra com o registro de três
sepultamentos:
Lição 7
Texto Base: Juízes 1-3.6
Fidelidade e
Arrependimento
O período dos juízes tem seu início depois da mor-
te de Josué, indo até a ascensão de Saul ao trono
de Israel, cobrindo cerca de trezentos e cinquenta
anos de história. Lemos que “naqueles dias não ha-
via rei em Israel” (Jz 17.6a), então o Senhor levan-
tava juízes para libertar seu povo. Foram doze os ju-
ízes: Otniel, Eúde, Sangar,
Leitura Diária
Débora/Baraque, Gideão,
SEG Juízes 1.1-15
Tola, Jair, Jefté, Ibsã, Elom,
TER Juízes 1.16-26
QUA Juízes 1.27-36 Abdom e Sansão. 1
variada e poderosa.
menor importância, não foi chamado por Deus para ser juiz. Ele
era mais um opressor do povo do que um libertador justo (Jz 9.1-
6);
c) Eli foi o sumo sacerdote no tempo da juventude do profeta
Samuel. Ele também serviu como um juiz de Israel por quarenta
anos (1 Sm 4.18);
d) Samuel é o último juiz, embora não apareça como um liber-
tador do povo.
84
Fidelidade e Arrependimento – Lição 7
1. Fidelidade e arrependimento
para obedecer (Jz 1 e 2.1-5)
O capítulo introdutório dos Juízes complementa
o livro de Josué e detalha eventos concernentes a
conquista. O autor enfatiza a ação de um povo uni-
ficado invadindo e conquistando Canaã. Por outro
lado, também registra o frequente discurso acerca
da necessidade de cada tribo completar individu-
almente sua missão. Assim, o capítulo 1 registra o
sucesso limitado de sua empreitada. Em que pese
a ordem expressa, as tribos não expulsaram os mo-
radores da região (v. 19, 21, 27-33). Eles começa-
ram bem o novo momento consultando ao Senhor
sobre o que deveriam fazer (Jz 1.2), mas essa bus-
ca não durou muito. A obra começou com zelo, mas
terminou em fraqueza.
“As dificuldades de Israel eram devidas direta-
mente à sua desobediência a Deus. Eles não ex-
terminaram os inimigos que habitavam a terra; ao
contrário, adoraram os ídolos do povo e se corrom-
peram moralmente. Os filhos de Israel entravam na
85
Fidelidade e Arrependimento – Lição 7
2. Fidelidade e arrependimento
para romper ciclos nocivos (Jz 2.6-
23)
O tema central da obra encontra-se no ciclo de
Jz 2.11-19, onde o autor expõe a razão e a solução
para as catástrofes que reiteradamente assolavam
o povo. Eis o ciclo:
1) APOSTASIA. Israel adorava outros deuses e se
esquecia do Senhor (v. 11-13);
2) CASTIGO. O Senhor os entregava nas mãos dos
adversários (v. 14-15);
3) ARREPENDIMENTO. Na dificuldade e angústia
Israel clamava a Deus (v. 16);
4) LIBERTAÇÃO. O Senhor levantava um liberta-
dor e enquanto este governava o povo permanecia
fiel. Saindo o libertador, o povo retornava à aposta-
sia (v. 17-19).
Esta sequência do ciclo dos juízes é normalmen-
te seguida de uma declaração de que a terra ficou
em paz determinados anos, enquanto o juiz estava
vivo. “Apesar do autor usar diversas variações des-
88
Fidelidade e Arrependimento – Lição 7
como se vê:
No primeiro ciclo, houve apostasia seguida pelo
castigo imposto pelos mesopotâmios. O povo se ar-
rependeu e, então, foi libertado por Otniel. Esse ci-
clo foi marcado por 40 anos de paz.
No segundo ciclo, a apostasia ocorreu novamen-
te, e o castigo veio pelas mãos dos moabitas, amo-
nitas e outros povos. O povo se arrependeu e foi
libertado por Eúde. Dessa vez, o período de paz
durou 80 anos.
No terceiro ciclo, a apostasia se repetiu, resul-
tando no castigo dos cananeus. Após o arrependi-
mento, Débora e Baraque lideraram a libertação
do povo. Não há menção a um tempo específico de
paz nesse ciclo.
No quarto ciclo, a apostasia aconteceu mais uma
vez, seguida pelo castigo imposto pelos midianitas.
Com o arrependimento do povo, Gideão se tornou
o libertador. Após a libertação, o povo desfrutou de
40 anos de paz.
No quinto ciclo, a apostasia ocorreu, e os filisteus
foram os responsáveis pelo castigo. O povo se ar-
rependeu, e Jefté foi o líder que os libertou. Não há
informação sobre o tempo de paz nesse ciclo.
No sexto e último ciclo descrito, a apostasia foi
evidente, e mais uma vez os filisteus foram os res-
ponsáveis pelo castigo. Embora o arrependimento
não seja mencionado, a libertação veio por meio
de Sansão. Não há menção a um período de paz
nesse ciclo.
Além desses seis juízes maiores, o autor dá uns
poucos detalhes sobre a carreira de seis juízes me-
nores: Sangar (3.31), Tola (10.1-2), Jair (10.3-5),
Ibisã (12.8-10), Elom (12.11-12) e Abdom (12.13-
15). “De maneira alguma os juízes são retratados
como indivíduos santos e exemplares. Eles eram
líderes temporários levantados por Deus para li-
bertar seu povo. Alguns eram dignos de imitação
(Otniel e Débora). Mas Jefté aparentemente fazia
pouca ideia dos requisitos de Iavé e são bastante
90
Fidelidade e Arrependimento – Lição 7
aplicadas:
6 Ibidem.
91
Fidelidade e Arrependimento – Lição 7
Conclusão
A obediência do servo de Deus tem ligação dire-
ta com o arrependimento. A. W. Pink registrou que
“arrependimento é o lançar fora as armas da rebe-
lião contra Ele. O arrependimento não salva, todavia
nenhum pecador jamais foi ou será salvo sem ele.
Nada senão Cristo salva, mas um coração impeni-
tente não pode recebê-Lo. Um pecador não pode
crer verdadeiramente até que ele se arrependa”.
É provável que por esta razão Israel tenha sucum-
93
Fidelidade e Arrependimento – Lição 7
Lição 8
Texto Base: Juízes 3.7-5.31
Fidelidade e
Comprometimento
A história propriamente dita dos juízes começa
com o registro de quem eles foram, contra quem lu-
taram e o que fizeram. De um modo geral são per-
sonagens singulares, com características distintas,
mas que tiveram de lidar, como já vimos, com o ci-
clo que reiteradamente assolava Israel: apostasia,
castigo, arrependimen-
Leitura Diária to e libertação. A lição de
SEG Juízes 3.7-14 hoje alcança os primeiros
TER Juízes 3.15-31 juízes que foram usados
QUA Juízes 4.1-3 pelo Senhor para a liber-
QUI Juízes 4.4-24 tação de Seu povo: Otniel,
SEX Juízes 5.1-9 Eúde e Débora.
SÁB Juízes 5.10-23
A importância da pre-
DOM Juízes 5.24-31
sença do Espírito do
95
Voltar para o sumário
Fidelidade e Comprometimento – Lição 8
1. Fidelidade e comprometimento: o
espírito do Senhor sobre Otniel (Jz
3.7-11)
A primeira opressão registrada no livro de Juízes
vem do Norte, da Mesopotâmia (v. 8). O pecado foi
a idolatria (v. 7); a punição foi de 8 anos (v. 8); e o
libertador foi Otniel (v. 9).
O capítulo 3 revela que os israelitas que se esta-
beleceram entre as nações sírias, a fim de viverem
em paz, inclinaram seus corações às práticas e cos-
96
Fidelidade e Comprometimento – Lição 8
2. Fidelidade e comprometimento:
a confiança de Eúde (Jz 3.12-31)
A segunda opressão registrada em Juízes veio
dos moabitas (v. 12). O pecado foi, provavelmente,
a imoralidade e a idolatria (v. 7); a punição foi de
18 anos (v. 14); e o libertador foi Eúde (v. 15).
O fato de ser habilidoso com a mão esquerda (v.
15) é uma “característica que lhe permitia levar o
seu punhal do lado direito, onde não era desco-
berto facilmente”. Isso porque, provavelmente, se
4
5 Ibidem.
100
Fidelidade e Comprometimento – Lição 8
3. Fidelidade e compromentimento:
a sabedoria e a fé de Débora e
Baraque (Jz 4.1-5.31)
A terceira opressão registrada no livro veio dos
canaanitas (4.2). O pecado foi o se desviarem do
Senhor (4.1); a punição foi de 20 anos (4.3); e os
8 Ibidem.
103
Fidelidade e Comprometimento – Lição 8
Conclusão 9
Lição 9
Texto Base: Juízes 6.1 a 12.15
Fidelidade e
Discernimento
Nas narrativas de Gideão e Jefté em Juízes (ca-
pítulos 6 a 12), vemos a importância de discernir a
vontade de Deus. Gideão testou a vontade divina e
obteve vitória sobre os midianitas com apenas 30
homens. Já Jefté fez um voto fatídico que resultou
na morte de sua filha. Discernir é essencial para
os cristãos, pois nos per-
Leitura Diária mite distinguir o verdadei-
ro do falso e o que edifica
SEG Juízes 6.1-40
do que não edifica. Jotão
TER Juízes 7.1-25
também denunciou a es-
QUA Juízes 8.1-35
colha superficial de líderes
QUI Juízes 9.1-57
pelos israelitas. Discernir
SEX Juízes 10.1-18
envolve percepção clara e
SÁB Juízes 11.1-40
diferenciação adequada.
DOM Juízes 12.1-15
É correto buscar uma res-
106
Voltar para o sumário
Fidelidade e Discernimento – Lição 9
3 Ibid. p. 80.
110
Fidelidade e Discernimento – Lição 9
Conclusão 7
Lição 10
Texto Base: Juízes 13.1 a 16.31
Fidelidade e
Quebrantamento
Sansão foi o juiz mais singularmente dota-
do e o único nazireu (13.5) identificado no Antigo
Testamento. Teve seu nascimento predito por um
anjo (13.3), assim como aconteceu com Isaque,
Samuel, João Batista e Jesus. “Foi-lhe dada a gran-
de dádiva da força especificamente para livrar Israel
dos filisteus, que tinham
Leitura Diária devastado a nação isra-
SEG Juízes 13.1-25 elita. Possuidor da maior
TER Juízes 14.1-9 força pessoal, foi o úni-
QUA Juízes 14.10-19 co juiz que falhou na sua
QUI Juízes 15.1-8 missão e teve um fim trá-
SEX Juízes 15.9-20 gico1”.
SÁB Juízes 16.1-22
DOM Juízes 16.23-31
1 ELLISEN, Stanley A.
116
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Fidelidade e Quebrantamento – Lição 10
1. Fidelidade e quebrantamento
para honrar os votos feitos (Jz 13 e
14)
A sétima opressão registrada no livro veio dos
filisteus (13.1). O pecado foi o desvio do Senhor
(13.1); a punição foi de 40 anos (13.1); o liberta-
dor foi Sansão (13.5; 16.23-31).
2. Fidelidade e quebrantamento
para resistir aos impulsos do
coração (Jz 15)
O capítulo 15 de Juízes descreve a vingança de
Sansão (15.7) após as drásticas consequências e
seu primeiro casamento. Após perder sua esposa
para o seu companheiro (Jz 14.20), para vingar-se
dos filisteus, Sansão capturou 300 raposas4. Ele
amarrou a cauda delas duas a duas, colocou fogo
(15.4) e soltou nas plantações dos filisteus, que fo-
ram completamente destruídas (15.5).
3. Fidelidade e quebrantamento
para reconhecer erros cometidos
(Jz 16)
O último capítulo da história de Sansão começa
com mais um desvio desse homem. Após 20 anos,
esse juiz novamente se deixa levar pelos enganos
do seu coração e se envolve com uma prostituta na
cidade de Gaza (16.1-3).
Finalmente, a Bíblia relata a história mais conhe-
cida desse homem, resultado do seu segundo ca-
samento. A sensualidade de Sansão finalmente o
leva à sua queda. Ele se apaixona por uma mulher
chamada Dalila, que provavelmente era filisteia. Os
príncipes filisteus oferecem a ela uma grande quan-
tia em dinheiro para que ela descubra o segredo
da sua força. O relato desse episódio é uma obra-
-prima de astúcia. “Com astúcia diabólica, Dalila
o dominou pouco a pouco até que ele revelou seu
segredo6”.
O relato é bem conhecido nos versículos de 16.1-
(Sl 32.6).
Conclusão
Sansão é distinto dos demais juízes. Ele não con-
duz o povo nem o leva para a guerra, mas se conduz
e luta sozinho. Não havia, na realidade, uma dispo-
sição de Israel em lutar (15.9-13). O grande proble-
ma estava no fato de que os interesses desse per-
sonagem se sobrepunham ao interesse maior da
nação. O que estamos dispostos a fazer para que
nossos interesses prevaleçam?
O “espírito” de Sansão é violador: viola princípios,
valores, missão e votos. Como resposta ele se vin-
ga e morre implementando seu próprio juízo cabal
e definitivo: “E foram mais os que matou na sua
morte do que os que matara na sua vida” (16.30).
“Por que Deus usou um homem tão indigno? Talvez
seja porque naqueles dias, perto do fim da época
dos juízes, Sansão era o melhor que havia. Pelo
menos estava disposto a render-se ao Espírito, de
modo que Deus podia usar. Jeová não o usou pelo
bom que ele era, e sim porque queria demonstrar
sua própria fidelidade as suas promessas. Sansão,
apesar de sua conduta reprovável, não deixou de
126
Fidelidade e Quebrantamento – Lição 10
7 Ibidem. p. 88.
127
Fidelidade e Entendimento – Lição 11
Lição 11
Texto Base: Juízes 17.1 a 21.25
Fidelidade e
Entendimento
Os últimos cinco capítulos do livro dos Juízes fun-
cionam como apêndices. Eles narram “alguns dos
aspectos mais tristes dessa época obscura da his-
tória hebraica, que representa a moralidade mais
baixa e o caos mais completo da Bíblia. Fala-se de
enganos e roubos, de uma ignorância espiritual em
que se fabricam ídolos pensando que representa-
va Jeová, de uma cor-
Leitura Diária
rupção espantosa e de
SEG Juízes 17.1-13
guerra entre as tribos de
TER Juízes 18.1-13 Israe”. 1
3 Ibidem.
134
Fidelidade e Entendimento – Lição 11
Conclusão
As últimas palavras do livro revelam uma situação
recorrente na obra: o povo de Israel havia perdido
o caminho para a Casa do Pai e permanecia afun-
dado em pecados. De alguma forma, sempre que
o homem faz o que lhe parece bem aos olhos, faz o
que é errado. Em que pese a infidelidade e fracas-
so, temos que o Senhor permanece fiel e amando
aos seus.
“A história da igreja através dos tempos tem sido
assim, com Lutero, Knox e Wesley como liberta-
dores. A biografia de muitos cristãos segue essa
mesma sequência. Deus abre a porta e nos dá sua
graça para realizar grandes tarefas. Então nos es-
quecemos dele e começamos a interessar-nos pelo
mundo. Isso nos traz perda e derrota. Mas Deus
ouve nosso clamor de arrependimento e de novo
nos restaura ao seu favor7”.
Quando não há um rei, cada qual faz o que acha
Lição 12
Texto Base: Rute 1 e 2
139
Força Para Não Transigir – Lição 12
8 Ibidem.
146
Força Para Não Transigir – Lição 12
Conclusão
Os capítulos 1 e 2 de Rute revelam a disposição
singular de três personagens que não transigem.
Transigir é fazer uma transação; é chegar a um acor-
do por meio de concessões; é conciliar. Noemi, Rute
e Boaz revelam uma fé resoluta quando experimen-
tam situações adversas na vida.
Noemi não transige quando dá liberdade às suas
noras de fazer suas opções (1.12-13). Não há viti-
mismo, manipulação ou imposição. A situação que
experimenta com a perda de seu esposo e filhos
não se torna empecilho para que as coisas fluam
ao seu redor. Rute, por outro lado, não transige
Lição 13
Texto Base: Rute 3 e 4
Força Para
Prosseguir
Os capítulos finais de Rute revelam suspense à
medida que o texto bíblico avança. “Até então a his-
tória havia sido de pessoas comuns e seus altos e
baixos ao longo da complexidade de suas vidas e a
maneira exemplar com que encaram os fatos. [...]
Mas. o capítulo 3 está cheio de suspense. A per-
gunta é: Será que os
Leitura Diária
três continuariam a
SEG Rute 3.1-5
TER Rute 3.6-18
agir de maneira reta
QUA Rute 4.1-8 mesmo em meio a
QUI Rute 4.9-12 circunstâncias ques-
SEX Rute 4.13-22 tionáveis?”1
SÁB Gn 29.16-30; Rt 4.11
DOM Dt 25.5-6; Rt 4.12
1 ARNOLD, Bill T. e
149
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Força Para Prosseguir – Lição 13
11 Ibidem. 89.
158
Força Para Prosseguir – Lição 13
Conclusão
A força para prosseguir é evidente nas páginas
de Rute. Ela perseguiu sua redenção (o seu resga-
te), não desistiu até que isso se concretizasse.
Uma vez que temos as promessas da Palavra de
Deus, devemos fazer o mesmo. Em primeiro lugar
porque também fomos resgatados (Cl 1.13). Assim
como Rute, éramos estrangeiros distantes das leis
e preceitos do Senhor. Fomos encontrados e abra-
çados pela família de Deus. Por outro lado, deve-
12 Ibidem. 87.
159
Força Para Prosseguir – Lição 13