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Avicultura Caipira-Assistência Técnica-Manual Do Criador
Avicultura Caipira-Assistência Técnica-Manual Do Criador
• INTRODUÇÃO
o Avicultura Alternativa
• MANUAL DO CRIADOR
o Local
o Galpão
Base
Colunas ou Pé direito
Tesouras
Telhado
Mureta
Tela
Cortinas
Porta ou Portão
Portinhola
Dimensões
o Terreiro (Área de Pastagem)
Tamanho
Pastagem
o Equipamentos Básicos I
Cama
Chapa para círculos de proteção
Papel para forrar a cama nos círculos
Comedouros Infantíl
Comedouros Adulto
o Equipamentos Básicos II
Bebedouros Infantíl
Bebedouros Adulto
Campânulas
Caixa D'água
Rede Elétrica
Ninhos para ovos
o Preparo das Instalações e Equipamentos I
Vazio Sanitário
Remoção do Equipamentos e Utensílios
Retirada da Cama
Conserto e Reparos necessários
Limpeza e Desinfecção do Galpão
o Preparo das Instalações e Equipamentos II
Preparação do Galpão
Manejo para recebimento dos pintainhos
Dar Água antes da Ração
A Alimentação
Instalação dos Equipamentos permanentes
INTRODUÇÃO
Desde que foi introduzida no Brasil, há mais de dez anos, fala-se muito das
vantagens de adotar este sistema de criação, onde o objetivo é criar aves para a produção de
carne e ovos, fora dos moldes industriais: confinamentos com altas densidades e rações
extremamente balanceadas para ganho de peso e conversão no menor tempo possível.
O sistema alternativo foi impulsionado a partir da introdução, no mercado, da
linhagem "O CAIPIRA FRANÇÊS", mundialmente difundido, principalmente na França com selo
de controle de qualidade denominado "Label Rouge", traduzindo: "Selo Vermelho".
"O CAIPIRA FRANCÊS" foi selecionado e desenvolvido especialmente para o
mercado alternativo e ecológico, que na França representa cerca de 30% do mercado
doméstico de frangos. No Brasil começa a surgir com grandes perspectivas, até por parte de
empresas tradicionais na área de frango industrial.
Existe hoje um público, que forma um nicho de mercado a ser explorado, exigente
por um produto natural, de sabor leve e diferenciado, com pouca gordura e maior
concentração de proteínas e minerais, ressaltando a textura da carne que é macia, porém
firme.
"O CAIPIRA FRANÇÊS" no sistema de criação semi confinado ou mesmo em
liberdade total, destaca-se em relação ao tradicional de "Terreiro", "Capoeira" ou mesmo
simplesmente "Caipira", no aspecto produtividade e precocidade sexual.
Enquanto "O CAIPIRA FRANÇÊS" leva apenas 90 dias para atingir 2.300g para
abate e a galinha põe os primeiros ovos com apenas 4,5 meses, atingindo a marca de 200
ovos por ano, o "CAIPIRA" Tradicional macho, precisa de até 240 dias para atingir o mesmo
peso e a fêmea só começa a colocar ovos ao atingir 6,5 meses, produzindo no máximo 100
ovos por ano.
Assim sendo, "O CAIPIRA FRANÇÊS", pela sua seleção genética específica, tornou-
se um excelente negócio, entre pequenos, médios e grandes produtores de carne e ovos
diferenciados, enquanto o tradicional fica sem expressão econômica para uma escala maior,
contentando-se com a qualificação de galinha de fundo de quintal.
LOCAL: O local deve ser isolado de outras criações, de fácil acesso, dar preferência
a locais secos, arejados, mais protegidos dos ventos fortes dominantes, assim os locais
elevados dentro da propriedade são os melhores, evitando as baixadas e proximidades de
lagos ou córregos. Deve ser protegido de trânsito de carros e pessoas, ter água limpa e
potável, e em abundância, deve ter espaço compatível com a quantidade de aves a serem
criadas.
GALPÃO: Quando existe alguma instalação na propriedade que possa ser adaptada
ao criatório de aves, esta pode ser utilizada, desde que respeite as mínimas condições
necessárias a atividade. O galpão deve ser construído de maneira a ficilitar o recebimento de
pintainhos, abastecimento de água e de alimento e a retirada de animais adultos, a cama
(adubo), limpeza e a desinfecção, além da preocupação com as normas sanitárias e prevenção
às doenças. A orientação solar correta é no sentido LESTE-OESTE de maneira que o sol
transpasse sobre a cumeeira nos meses mais quentes do ano.
O galpão é formado das seguintes partes:
1 - Base: Chão batido a partir de material argiloso molhado e socado até ficar uma
superfície lisa ou usar massa de cimento, brita e areia lavada na espessura de 2,5 cm.
2 - Colunas ou Pé direito: Responsável pela armação lateral e a sustentação da
cobertura, deve ter no mínimo 2,0 m para galpões pequenos de até 20m² e 2,80m para
galpões maiores. Pode-se usar madeira tratada, postes de cimento, pré-moldados ou ferro.
3 - Tesouras: As tesouras servem para a sustentação do telhado, é usada
normalmente, madeira tratada, podendo ser substituída por pré-moldado ou ferro.
4 - Telhado: É a cobertura, que tem a função de proteger o galpão do sol, da
chuva, do frio e do calor. Usa-se telhas de cimento - amianto, telhas de barro, zinco, alumínio,
ou confeccionados com palhas de palmeiras e outros.
5 - Mureta: Construída em toda a extensão nas laterais e cabeceiras do galpão,
tem de 20 a 45 cm de altura, conforme a temperatura da região. Usa-se tijolos, pré-moldados,
concreto armado, bloco de cimento, madeiras roliças deitadas ou tábuas beneficiadas. Tem a
função de fixar a tela e de proteger as aves de animais que podem entrar por baixo.
6 - Tela: Deve ser instalada sobre a mureta em toda a extensão do galpão nas
laterais e cabeceiras. A fim de proteger contra os predadores das aves e proporcionar uma
melhor ventilação quando necessário.
5m 6m 2,7m 30m²
7m 8m 2,7m 56m²
Capacidades
EQUIPAMENTOS BÁSICOS I
PAPEL PARA FORRAR A CAMA NOS CÍRCULOS: O papel mais usado tem sido o
jornal, mas poderá ser substituído pela parte interna dos sacos de papelão das embalagens de
ração, sobras de bobinas de papel pardo, encontrado em papelarias. A função do papel é forrar
a cama nos círculos de proteção para evitar que os pintainhos comam a cama nas primeiras
horas do alojamento e a forração é utilizada para colocar o alimento sobre a mesma,
facilitando o acesso por parte dos pintainhos, pois com o caminhar, eles fazem barulho o que
estimula a alimentação pela curiosidade e instinto. Este forro deve ser retirado no terceiro dia
de alojamento.
COMEDOUROS INFANTÍL: Existem vários tipos no mercado : Tubular infantíl
para até 5 kg de ração - ele é formado de um tubo, que geralmente é de material
galvanizado e um prato na parte inferior de alumínio ou plástico. Este equipamento é usado do
primeiro até os quinze dias na proporção de 01 para 80 animais. Bandejas: plástico, alumínio,
ferro, madeira ou tampas das caixas dos pintainhos, viradas e com uma folha de jornal para
tampar os furos. Usa-se 01 para cada 100 animais até no máximo 10 dias . Pode-se usar
outros materiais desde que estejam disponíveis na propriedade e tenham o formato descrito e
a altura da borda não ultrapasse os 3,0cm facilitando o acesso ao alimento.
COMEDOUROS ADULTO:
Comedouros para ração: O comedouro mais usado e aconselhado para este sistema
é o Tubular de 20Kg, ele é formado de um tubo, que pode ser de chapa galvanizada, alumínio
ou plástico e uma bandeja que geralmente é de plástico e mantém uma haste no centro
formando o conjunto na extremidade superior desta, existe um sistema de regulagem da saída
de ração que deve ser observada e regulada constantemente afim de evitar desperdícios no
chão ou a falta de alimento para as aves. O equipamento deve ser suspendido na altura
adequada conforme o desenvolvimento das aves, tendo como base o dorso para a altura ideal.
A proporção ideal é 01 comedouro para 30 aves adultas.
Comedouros para alimentação alternativa: Os comedouros para este tipo de
alimentação não estão disponíveis no mercado, então usamos para tanto cochos de tijolos,
concreto, alumínio, galvanizado, madeira. Consideramos que os mais adequado são as
manilhas de meio cano de concreto de 30 cm fechadas nas duas extremidades, ou o
aproveitamento das bandejas de alumínio, plástico dos comedouros tubulares, que possam vir
a estragar. Este tipo de equipamento é usado no terreiro (área de pastagem) para administrar
a alimentação alternativa. A proporção ideal é 10 cm de espaço para cada ave no acesso ao
cocho.
EQUIPAMENTOS BÁSICOS II
A alimentação: A primeira ração que vai até os 30 dias, deverá ser do tipo inicial,
sem ou com o mínimo possível de farelo de trigo. Esta deverá ser distribuída nas primeira 12
horas sobre o forro de papel nos círculo e após o período de 2 horas de água. Em seguida
distribui-se os comedouros infantíl na proporção de 1 comedouro para 100 pintainhos,
intercalando com os bebedouros. A ração que por ventura sobrar sobre o papel, deverá ser
removida.
Instalação dos equipamentos permanentes: Gradualmente, a medida que os
pintainhos crescem, é importante aumentar os espaços e aos poucos ir acrescentando os
equipamentos definitivos entre os 5 e 15 dias de idade, e sempre observar se os pintainhos
estão se alimentando e bebendo normalmente.
Observe sempre: A observação constante dos pintainhos e principalmente no final
do dia, quando as aves estão mais calmas para o período da noite, é acima de tudo uma
maneira de conhecer melhor as aves e o seu desenvolvimento ou possíveis anomalias e
doenças. É importante ouvir para certificar-se de que tenham algum tipo de espirro ou
rouquidão, verificar se estão com boa quantidade de alimento no papo e se o peso esta
satisfatório para a idade. Procedendo desta maneira e fazendo as devidas anotações em fichas
específicas do lote, forma-se assim um histórico importante de análise, que a qualquer
momento poderá ser útil.
A AVIFRAN comercializa 10 diferentes tipos de aves, na modalidade "Pintos de 1 dia",
todas desenvolvidas em granjas próprias, que seguem todas as normas bio-sanitárias do
Ministério da Agricultura, o que garante um alto nível de qualidade.
Nesta Classe estão, uma linha vermelha, com pescoço pelado, e duas pretas, uma
com pescoço pelado e outra com pescoço emplumado.
Os machos mostram-se muito ativos, expondo um conjunto de crista e barbela de cor
vermelho sangue, de tamanho avantajado, o que os tornam facilmente reconhecidos.
Destacam-se pela rusticidade impressionante, sendo criadas em todos os continentes,
utilizando um fácil manejo e alimentação de baixo custo, aliada a alimentos naturais disponíveis
em todas as propriedades rurais.
São destinadas ao criatório extensivo (a campo), o crescimento é gradual com
objetivo de atingir a maturidade, passando à carne qualidade de textura, menor teor de
gordura, dando assim um sabor inconfundível.
São próprias para venda abatida, atingindo o peso padrão, 2.200g, entre 90 e 100
dias.
Gris Barré Cou Plumé Redbro Cou Plumé Gris Barré Cou Nu
Na classe Pesadão, temos duas linhas do tipo Carijó Pedrês, um com pescoço
emplumado e outro com pescoço pelado.
O outro exemplar da classe apresenta penas vermelho escuro.
Além de terem crista e barbela grandes, possuem canelas finas e compridas,
adaptadas ao criatório natural. (Orgânico)
São próprias para venda viva em feiras, pois destacam-se pela beleza de plumagem.
Destinam-se ao criatório semi-intensivo (galpão e a campo), com crescimento
progressivo, Atingindo o peso padrão para abate, 2.200g, entre 70 e 80 dias.
Master Gris Cou Plumé Colorcpk Cou Plumé .
São aves ativas, de temperamento dócil e fácil manejo utilizando instalações próprias.
Apresentam grande rendimento de carne em pouco tempo, com retorno imediato do
investimento.
São aves de grande porte destinadas ao criatório semi-intensivo (galpão e a campo),
atingindo o peso padrão, 2.200g, entre 56 e 68 dias.
Apresentam excelente conversão alimentar, 2,24 kg de ração para 1 kg de carne.
Podem ser comercializadas tanto vivas quanto abatidas.
Veja o resultado de uma pesquisa do Instituto de Saúde do D.F, que comparou "O Caipira
Francês" com o frango industrial.
Características Físico-Químicas
ÍTEM FRANGO INDUSTRIAL CAIPIRA FRANCÊS VARIAÇÃO %
Idade Peso Kg Ração / Kg Carne Idade Peso Kg Ração / Kg Carne Idade Peso Kg Ração / Kg Carne Idade Peso Kg Ração / Kg Carne
PADRÃO DE CRESCIMENTO
Ração Comercial 3050 KCal Ração Caipira 2800 KCal
Idade Peso Kg Ração / Kg Carne Idade Peso Kg Ração / Kg Carne
PADRÃO DE CRESCIMENTO
PADRÃO DE CRESCIMENTO
Ração Comercial 3050 KCal Ração Caipira 2800 KCal
Ração Comercial 3050 KCal Ração Caipira 2800 KCal
Idade Peso Kg Ração / Kg Carne Idade Peso Kg Ração / Kg Carne
Idade Peso Kg Ração / Kg Carne Idade Peso Kg Ração / Kg Carne
28 760 1.53 28 668 1.68
28 884 1.53 28 775 1.35
35 1057 1.67 35 930 1.83
35 1232 1.67 35 1084 1.51
42 1358 1.82 42 1195 2.00
42 1581 1.82 42 1391 1.65
49 1658 1.96 49 1460 2.15
49 1933 1.96 49 1701 1.78
56 1958 2.10 56 1750 2.30
56 2282 2.10 56 1980 1.98
63 2257 2.24 63 1986 2.40
63 2580 2.39 63 2270 2.21
• Caipira francês pedrês.
• Crista e pescoço, vermelho
sangue.
• Bico patas e pele amarelo
forte.
• Penas com pontos preto e
branco em toda a sua
extensão.
• Ave excelente para climas
quentes.
• Possui pele fina sem gordura.
• Apresentadas nos
restaurantes requintados.
PADRÃO DE CRESCIMENTO
Ração Comercial 3050 KCal Ração Caipira 2800 KCal
Idade Peso Kg Ração / Kg Carne Idade Peso Kg Ração / Kg Carne
Idade Peso Kg Ração / Kg Carne Idade Peso Kg Ração / Kg Carne Idade Peso Kg Ração / Kg Carne Idade Peso Kg Ração / Kg Carne
PRODUÇÃO DE OVOS
PRODUÇÃO DE OVOS
• Inicia a produção com 4,5 meses, atingindo 50% com 5,5 meses;
• Inicia a produção com 4,5 meses, atingindo 50% com 5,5 meses;