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Metodologia de

Ensino de Língua
Portuguesa
Material Teórico
Reflexões Iniciais

Responsável pelo Conteúdo:


Profa. Ms. Karin Claudia Nin Brauer

Revisão Técnica:
Profa. Dra. Silvia Augusta de Barros Albert

Revisão Textual:
Profa. Dra. Silvia Augusta de Barros Albert
Reflexões Iniciais

• O Que é Língua?

• Qual a importância de ensinar a Língua


Portuguesa?

· Esta unidade versará sobre a relevância do ensino da língua


portuguesa, e também sobre suas modalidades funcionais.
Para que nossos estudos tenham bons resultados precisamos
interagir, interligar os diferentes saberes e construir novos
conhecimentos de uma forma colaborativa e compartilhada.

Ao percorrer esta unidade, você observará que ela possui um mapa mental que organiza e facilita
a visualização do conteúdo a ser desenvolvido. Na contextualização, você compreenderá melhor as
características do contexto que envolve o ensino de língua portuguesa.
No material teórico, você encontrará textos que abordam o conteúdo desta unidade (Ensino da
Língua Portuguesa – Reflexões Iniciais). Este conteúdo será tratado de modo a levá-los a refletir e
construir conhecimentos. Esta unidade conta ainda com atividades de sistematização (exercícios)
com o objetivo de auxiliá-lo a observar o que de fato compreendeu sobre o tema tratado. Haverá
ainda o material complementar para aprofundar o conhecimento e também para facilitar os estudos.
Não deixe de assistir à videoaula. Ela contribui para a sistematização do conhecimento.
Para um bom desenvolvimento na disciplina, é necessário ler todo o material com muita atenção
e realizar todas as atividades propostas. E mais uma dica: é muito importante respeitar os prazos
estabelecidos no cronograma, principalmente para a realização das atividades. É muito relevante
imprimi-lo e colocá-lo num local visível.
Temos que considerar mais um detalhe extremamente importante: esclarecer dúvidas sempre que
necessário. Para o esclarecimento de dúvidas entrem em contato com o (a) tutor (a), fazendo uso da
ferramenta Mensagens ou do Fórum de Dúvidas. A reflexão conjunta e o esclarecimento das dúvidas
nos auxiliam na construção colaborativa do conhecimento por meio da interação.

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Unidade: Reflexões Iniciais

Contextualização

Vocês estão convidados a assistir ao vídeo no link a seguir, observando aspectos do ensino
de Língua Portuguesa e das diferentes realidades linguísticas. Basta clicar em:
http://www.youtube.com/watch?v=K3q2aMrmcec
Enquanto assistem ao vídeo, reflitam sobre a seguinte questão:
Qual a importância de ensinarmos a Língua Portuguesa?

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O Que é Língua?

Falaremos muito sobre a importância do ensino da Língua


Portuguesa e suas modalidades funcionais. Então, como
trataremos da relevância da LÍNGUA vamos primeiramente
analisar o conceito de LÍNGUA.
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Você Sabia ?
Língua é constituída por um conjunto de signos, sistema de expressão e de comunicação de
um grupo social, uma nação.

Segundo Cunha e Cintra ( 1985, p. 45)

A língua é um sistema gramatical pertencente a um grupo de indivíduos.


Expressão da consciência de uma coletividade, a língua é o meio por que
ela concebe o mundo que a cerca e sobre ela reage. Utilização social da
faculdade da linguagem, criação da sociedade, não pode ser imutável; ao
contrário, tem que viver em perpétua evolução, paralela à do organismo
social que a criou.
A língua é a criação, mas também o fundamento da linguagem que não
poderia funcionar sem ela; é, simultaneamente, o instrumento e o resultado
da atividade de comunicação. Por outro lado a linguagem não poderia existir
ou manifestar-se a não ser pelo aprendizado e pela utilização de uma língua
qualquer. A mais frequente forma da manifestação da linguagem- constituída
de uma complexidade de processos, de mecanismos, de meios expressivos- é
a linguagem falada, concretizada no discurso, ou seja, a realização verbal do
processo de comunicação.

Vamos mencionar LINGUAGEM-

Trocando Ideias
O que é linguagem? De uma forma ampla a linguagem é qualquer processo comunicativo.

A Linguística estuda a linguagem, em especial a articulada, em outras palavras, a língua, ou


linguagem verbal.
Ainda segundo os autores Cunha e Cintra (1985, p. 30)

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Unidade: Reflexões Iniciais

Linguagem é um conjunto complexo de processos- resultado de uma certa


atividade psíquica profundamente determinada pela vida social - que torna
possível a aquisição e o emprego concreto de uma língua.

Ainda segundo os autores emprega-se também o termo linguagem para especificar todo o
sistema de sinais que objetiva a comunicação entre indivíduos. Desde que se atribua valor con-
vencional a determinado sinal, existe uma linguagem, ou seja, a linguagem falada ou articulada.
A língua portuguesa é proveniente de Portugal, país colonizador do Brasil. Todavia, o
português de Portugal, em nosso país, sofreu modificações, por isso hoje podemos falar em
português do Brasil.
Além do Brasil, outros países foram colonizados por Portugal e sofreram influência da língua
e da cultura portuguesas como: Arquipélago dos Açores, Moçambique, Ilha da Madeira, Angola,
Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé, Príncipe, Macau, Timor-Leste e Goa.
Após termos definido o que é língua, linguagem e ter situado a língua portuguesa no mundo
lusófono, podemos então refletir:

Qual a importância de ensinar a Língua Portuguesa?

A relevância de ensinar a língua portuguesa e suas funções se


manifesta tanto na área profissional como pessoal de cada cidadão. Se
refletirmos sobre a área profissional, perceberemos que a norma culta
é exigida para candidatos a vagas de emprego ou em qualquer processo
seletivo, e conhecemos a norma culta estudando-a na escola, nas
leituras, enfim, num contínuo processo de ensino e de aprendizagem.
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Glossário
Norma culta-- é uma variante da língua, a que segue de forma mais rígida às normas e regras
da gramática. É a variante mais valorizada socialmente..

A língua portuguesa, nas modalidades oral ou escrita, proporciona diferentes possibilidades


de estabelecer a comunicação. E é através desta comunicação que nos expressamos,
negociamos, tratamos dos mais variados assuntos. Todavia, dependendo do meio em que
estamos e do interlocutor com o qual estamos nos comunicando, será exigido de nós o uso
da língua portuguesa em norma culta (ou norma urbana de prestígio, como a ela se referem
vários estudiosos). E, é nesses momentos, que compreendemos a importância de ter o domínio
dessa variante da língua.

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O domínio da norma culta da língua portuguesa envolve a aptidão da escrita. Quem a domina
bem pode estar à frente, diferenciar-se dos demais quando o quesito é uma seleção profissional
ou avaliação no meio acadêmico.
São exemplos da importância de ensinarmos a língua portuguesa: no caso de uma
reunião empresarial ou em uma apresentação de trabalho; em ambas situações percebemos a
necessidade de defender nossos argumentos de forma clara, convencer as pessoas, explanar
e fundamentar nossas ideias de maneira coesa e concisa. Para que isso ocorra o domínio de
certas expressões podem ajudar.
Ainda outro fator que podemos apontar em favor da razão de ensinarmos a nossa língua na
norma culta seria quando uma pessoa participa de um processo seletivo objetivando conquistar
uma vaga, o examinador certamente avaliará o domínio da norma culta do candidato.
Vemos que a relevância em ensinar a língua portuguesa está, então, em capacitar pessoas
a expressar-se na norma culta, desenvolvendo as competências fundamentais para isso, como
por exemplo: escrever textos coesos e coerentes, dissertar com introdução, argumentação e
conclusão, ter o domínio da ortografia e das regras básicas da gramática da língua.
Por isso, o ponto que está em discussão é mostrar que por meio do ensino da língua
portuguesa podemos desenvolver a norma culta nos atos de: escrever, ler e consequentemente
falar. É por meio do ensino e da aprendizagem também que vamos incentivar o estudante
a ler com mais frequência, estar mais atento às características da língua que usa e assim
possibilitar que ele desenvolva seu raciocínio linguístico, que se aproprie das regras da
gramática normativa e que se expresse tanto na modalidade oral quanto na escrita de forma
mais clara e organizada.

Trocando Ideias
E quais são as diferentes tendências de ensino que nos permitem a levar os alunos a familiarizar-
se com a norma culta?

São várias as tendências desde as tradicionais até as diversas teorias-interacionistas. Cada


professor escolherá aquela em que acredita ou com a qual se identifica mais, além de usar
outras ferramentas como as tecnológicas que são uma tendência que está em alta. É interessante
ensinar uma língua por meio de aulas semi-presencias, totalmente a distância ou por meio de
aulas presenciais com o uso da tecnologia.
É necessário, porém, verificar como está o aluno ou o grupo de alunos antes de começarmos
a proposta de ensino para a construção do conhecimento. Precisamos ter uma proposta de
ensino, que atenda as reais necessidades dos alunos. Por exemplo: se quisermos trabalhar
redação com nossos alunos, primeiramente é preciso observamos seus conhecimentos
prévios e então pensarmos em preparar o aluno/ grupo para que redijam uma redação. Se
simplesmente entregarmos um tema ao aluno/ grupo e esperarmos que ele desenvolva por
si só a redação, ele vai se sentir perdido e podemos ter como resultado o desânimo do aluno
para aprender a língua portuguesa.

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Unidade: Reflexões Iniciais

O ato de escrever pode se tornar mágico, quando há orientação e acompanhamento do


professor ao longo dos anos. O ensino da língua portuguesa torna-se, assim, prazeroso,
ocorrendo um momento de ensino- aprendizagem de forma colaborativa (professor- aluno,
aluno- aluno).
Após termos refletido sobre o ensino da língua portuguesa trataremos de alguns aspectos
específicos da língua. Conhecê-los pode facilitar o trabalho do aluno e do professor.

Ideias Chave
A língua portuguesa é um sistema que apresenta diversificados modos de expressão. No entanto,
para aprender a norma culta é necessário estar atento à gramática normativa que apresenta os
aspectos da língua organizados nas seguintes partes:
• Morfologia: estuda a palavra e suas formas. Aqui, estudam-se os morfemas, ou seja, tudo que nos
remete a aspectos sobre gênero e número dos substantivos; tempo, modo, número e pessoa de um
verbo e outras classes gramaticais.
• Sintaxe: estudo das combinações entre as palavras, as funções sintáticas, ou seja, estuda-se
a forma como o falante organiza a informação, o modo como ele ordena e liga as palavras em
uma oração.
• Semântica: estuda o significado das palavras, os sentidos que podem ser atribuídos a elas
conforme o contexto em que estão inseridas.

Enquanto apontamos alguns fatores de relevância do ensino da língua portuguesa, observamos


que há duas modalidades sobre as quais trataremos a seguir:
Existem praticamente dois registros da língua portuguesa, ou em outras palavras, duas línguas
funcionais:
Vamos começar a estudar a língua funcional no registro culto...

• a língua funcional no registro culto, ou aquela


chamada simplesmente de língua-padrão (ou norma
urbana de prestígio) tem sua fundamentação na norma
culta da língua portuguesa. Refere-se à língua empregada
pelos veículos de comunicação de massa (jornais, revistas,
emissoras de rádio e televisão, anúncios, etc.), os quais têm
por objetivo aliar-se a escola, colaborando na educação.
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Então, a língua-padrão é o modelo culto utilizado na escrita, que obedece rigidamente


as regras gramaticais. Essa linguagem é mais elaborada, pois, o falante dedica mais tempo
para se pronunciar de maneira refletida e também porque a escrita é muito valorizada na
nossa cultura.

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Evanildo Bechara, refere-se à norma culta como língua exemplar.
O autor na Moderna Gramática da Língua Portuguesa (1999, p. 52), afirma:

“A gramática normativa recomenda como se deve falar e escrever


segundo o uso e autoridade dos escritores corretos e dos gramáticos e
dicionaristas esclarecidos”.

E agora observaremos o que entendemos como língua funcional no registro popular...

• a língua funcional no registro popular; também chamada de língua coloquial ou


língua cotidiana, apresenta muitas variações e tem o seu limite na gíria e no calão. O
padrão coloquial- não se dá apenas na modalidade oral da língua, embora seja mais
frequente, e, por ser mais espontânea, apresenta mais liberdade e não está tão presa à
rigidez das normas gramaticais. Atualmente, o padrão coloquial é bastante usado na
escrita informal nas redes sociais.
Exemplos de construções permitidas na língua coloquial:
“Ele disse para mim fazer a lição”. “Ainda não vi ela”, construções não aceitas no registro
da língua culta.

Glossário
Calão- é popularmente conhecido como palavrão; uma palavra ou expressão geralmente rude e /
ou grosseira. É um vocábulo

Linguagem coloquial- é o uso da língua de maneira informal, sem obediência rígida às regras da
gramática, a linguagem do dia a dia, mais popular.

Observe a tirinha abaixo e a língua coloquial:

http://migre.me/h3FTU

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Unidade: Reflexões Iniciais

O falante que domina a norma culta, normalmente, tem consciência da diferença entre língua
culta e coloquial, por isso, da mesma forma que utiliza naturalmente as construções anteriores,
coloquiais, na comunicação oral, evita-as na escrita. Ou melhor, evita-as nas situações formais
de comunicação, seja na modalidade oral ou escrita.
Então qual a diferença entre os dois registros da língua portuguesa?

http://migre.me/h3G0R

A diferença entre registro culto e coloquial está no aspecto de que o primeiro obedece às
normas da gramática, e o segundo utiliza a espontaneidade da fala e não está tão preso às
regras gramaticais, permitindo muitas variações no uso da língua. Por esta razão, existe um
estudo da gramática da língua portuguesa, que é a investigação da correlação entre o que se
fala ou se escreve e as normas para o emprego da língua de maneira culta.
E nós brasileiros devemos perceber o momento em que devemos fazer uso de cada
registro, seja coloquial ou culto. Precisamos estar atentos ao momento, ao contexto, ao
interlocutor, se formal ou informal, para, então, não desencadearmos situações inadequadas
no emprego desses registros.

Ideias Chave
Não podemos esquecer de mencionar a quem ensinamos que:
• Ter o domínio da língua culta na fala e na escrita pode gerar o apreço, a admiração e uma boa
imagem para os nossos interlocutores.
• A eloquência e a habilidade de escrever podem conduzir as pessoas a alcançarem posições
devido ao domínio da língua materna.

Nas relações interpessoais também há um espaço voltado para a importância do ensino e


consequente emprego dos diferentes registros da língua. Precisamos compreender que a
comunicação verbal é indispensável para podermos externar um pensamento. E, as diferentes
situações que envolvem a língua são aplicáveis no cotidiano, na família, com os amigos, os colegas.
É relevante ensinarmos aos nossos alunos a respeitar os dois registros da língua portuguesa e
fazer com que eles percebam que as relações são favorecidas no momento em que identificamos
o que o interlocutor diz, podendo retribuir com palavras e ideias apropriadas.

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É quase impossível conhecermos uma pessoa que sempre faça uso da norma culta da língua
portuguesa. Mesmo estudiosos e pesquisadores, mestres e doutores apresentam divergências
técnicas no que diz respeito ao uso de certos modos de expressão.

Importante
É admirável, que alguém tenha conhecimento profundo da semântica e das regras que regem a
língua portuguesa na norma culta. Lembrem que devemos respeitar a todos os falantes da língua
portuguesa independente das variações lingüísticas. No entanto é importante apresentarmos
aos nossos alunos no ensino da língua portuguesa, a norma culta, deixando claro a existência
dos dois registros funcionais da língua: culto e coloquial, porém precisamos mencionar que a
modalidade oral aceita mais as variações enquanto que a modalidade escrita é, quase sempre,
regida pela norma culta da língua.

Como se desenvolve o ensino da norma culta na escrita em sala de aula?


Geralmente, os alunos apresentam resistência e muitas
dificuldades em relação aos conteúdos das aulas de língua
portuguesa, porque quando estas são desenvolvidas,
normalmente, se dá ênfase apenas a uma lista de regras a serem
decoradas. Sem mencionar o grupo das exceções e todas as
terminologias gramaticais da nossa língua.
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Percebemos que até mesmo o professor, por mais dinâmico e criativo que seja, pode sentir certa
insatisfação quando a língua é ensinada dessa forma, propondo aos alunos apenas decorar regras.
Então é relevante procurarmos outros caminhos para ensinar a língua a nossos alunos. Eles
conhecem as regras gramaticais, mas quando elas são somente memorizadas, não os auxilia a
estruturar linguisticamente um pensamento e eles não percebem a importância de empregar as
regras memorizadas.
Mas a culpa dessa situação de ensino é do professor?
Essa realidade consiste num conjunto de fatores. Por exemplo, sabemos que em muitas
situações e instituições de ensino o professor pode sofrer algumas pressões externas que
intervêm em sua metodologia de ensino. Exemplos dessas pressões são: vestibulares super-
valorizados, concursos, que muitas vezes mantêm o foco em questões pouco significativas e que
não possibilitam ao falante pôr em destaque seu potencial linguístico

Importante
Precisamos lembrar que quando trabalharmos com a disciplina de metodologia do ensino da língua
portuguesa uma justificativa de por que ensinar esta disciplina é possibilitar ao aluno e professor
refletirem sobre o uso da língua portuguesa. E também refletir sobre as condições de ensino.

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Unidade: Reflexões Iniciais

Acreditamos que o objetivo essencial do ensino


de língua materna, no caso a língua portuguesa, é
o desenvolvimento da competência comunicativa,
ou seja, dar ênfase ao o que ocorre na comunicação.
Como usuários da língua nos comunicamos de
muitas formas, uma delas é por meio de textos. Thinkstock/Getty Images

Podemos assim, construir por meio da comunicação significados e papéis sociais.


Considerando o papel social da comunicação, é fundamental que as aulas de língua
portuguesa não sejam somente aulas de gramática, mas que possibilitem momentos de reflexão
e de desenvolvimento de habilidades e competências comunicativas.
Para isso, listamos a seguir alguns objetivos essenciais que devem orientar o seu trabalho
em sala de aula:

Ideias Chave
O ensino da língua portuguesa tem por objetivo:
• organizar e aprofundar os conhecimentos linguísticos internalizados pelo aluno;
• conscientizar o aluno da relevância de ampliar a competência de análise e interpretação
gramatical, não como um fim em si, porém como uma possibilidade de refletir sobre a norma
culta, utilizando-a de maneira eficiente;
• oferecer possibilidades ao aluno de desenvolver, gradativamente, o domínio do emprego da
norma culta, variedade fundamental para a sua participação na vida social letrada;
• desenvolver no estudante o respeito às variedades linguísticas divergentes do padrão culto,
fazendo-o refletir sobre o preconceito linguístico;
• levar o aluno a diferenciar os diversos recursos (morfológicos, sintáticos, semânticos) na
construção formal dos enunciados linguísticos;
• desenvolver a habilidade de leitura funcional do aluno, para que ele relacione o que o que lê
a seus conhecimentos prévios, de mundo, que estão ligados ao seu meio social;
• possibilitar ao estudante que construa conhecimento para identificar características discursivas
exploradas pelo texto apontando objetivos e intencionalidades textuais.

Explore
Ensino da Gramática; opressão? Liberdade?, de Evanildo Bechara, principalmente o capítulo
“Gramática e ensino”.
Estrutura da língua portuguesa, de Joaquim Mattoso Camara Jr., pp. 9-10.
Manual de expressão oral e escrita, de Joaquim Mattoso Camara Jr., cap. I - “A boa linguagem”,
item II - Língua oral e língua escrita.
Moderna gramática portuguesa, de Evanildo Bechara, pp. 23-24.
Nova gramática do português contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, pp. 4-8.

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Em Síntese
A Língua - sistema de signos utilizados para expressão e comunicação de um grupo social,
de um povo. Também é um sistema gramatical ligado a uma nação ou grupo de indivíduos.
Expressão da consciência de uma coletividade, sendo o meio pelo qual se concebe o mundo
que a cerca e sobre ela reage.

Linguagem- é um conjunto complexo de processos que provém de uma atividade psíquica


profundamente determinada pela vida social, fator que torna possível o desenvolvimento e o
emprego concreto de uma língua.

Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa- preocupa-se em fazer o aluno refletir sobre


o ensino da língua portuguesa em si.

Língua Culta ou formal - caracterizada pela correção gramatical, ausência de termos regionais
ou gírias, bem como pela riqueza de vocabulário e frases bem elaboradas. Salvo raras exceções,
é a linguagem dos livros, jornais, revistas e, é claro, a linguagem que você deverá empregar em
sua prova.

Língua coloquial - é aquela que usamos no dia a dia, nas conversas informais com amigos,
no bate-papo e no bilhete para a empregada ou para o filho que irá chegar, com as instruções
para o jantar. Descontraída, dispensa formalidades e aceita gírias, diminutivos afetivos e termos
regionais. É também aquela utilizada nas redes sociais, em email de cunho pessoal etc..

É importante esclarecer para os alunos a relevância de aprender a língua portuguesa tanto para
sua vida profissional quanto pessoal, de modo a colocá-lo na sociedade como um cidadão.

A razão de ensinarmos e aprendermos a língua portuguesa está em conhecermos a língua culta e


sabermos empregá-la e também em aprendermos a respeitar a língua coloquial e suas variações.

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Unidade: Reflexões Iniciais

Material Complementar

Um bom site para estudar a Língua Portuguesa do seu surgimento até as tendências de hoje é:
• http://www.youtube.com/watch?v=EtBief6RK_I

Ao assistir o vídeo acima- preste atenção nos seguintes pontos:


- surgimento da Língua Portuguesa e as influências que ela recebeu;
- tendências que se mantêm até hoje na língua e que se tornam relevantes para o seu ensino;
- tendências que se modificaram e são características da atualidade.

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Referências

BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. 39º ed. Rio de Janeiro: Lucerna,

1999. CUNHA, L.F.C.; CINTRA, L. Nova gramática do Português Contemporâneo. Rio


de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1985.

GOMES, M. L. C. Metodologia do ensino de língua portuguesa. Curitiba: IBPEX, 2008.


(E-book)

VIEIRA, S. R.; BRANDÃO, S. F. (Org.). Ensino de gramática: descrição e uso. São Paulo:
Contexto, 2009. (E-book)

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Unidade: Reflexões Iniciais

Anotações

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www.cruzeirodosulvirtual.com.br
Campus Liberdade
Rua Galvão Bueno, 868
CEP 01506-000
São Paulo SP Brasil
Tel: (55 11) 3385-3000

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