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Conceitos e Definições

A contabilidade pode ser vista como o ramo do conhecimento referenciado como


“ciências contábeis”, que compreende um conjunto de conceitos e premissas necessários ao
processo de geração de informações úteis aos usuários sobre a evolução do patrimônio de
uma entidade.
Onde:
a. Patrimônio: é o conjunto de elementos necessários à existência da
entidade, formado pelo conjunto de recursos à disposição dessa entidade
e o respectivo conjunto de obrigações para com terceiros mais os
recursos residuais dos acionistas.
b. Entidade: trata-se de qualquer agente, organização ou conjunto de
agentes ou organizações que possuam objetivo de desenvolver alguma
atividade determinada. Porém, do ponto de vista contábil, não se trata
somente de empresas, podendo incluir governos, entidades sem fins
lucrativos, condomínios, cooperativas, fundos de investimento, clubes de
futebol etc.
c. Usuários: são todos os agentes que necessitam de informação sobre a
entidade para a sua tomada de decisão.
d. Informações úteis: são as informações que proporcionam suporte à
tomada de decisão e à avaliação por parte dos usuários em geral. Assim,
a informação útil deve indicar a evolução e desempenho passados e dar
subsídios para estimar benefícios e desempenhos futuros.
Nesse sentido, o patrimônio de uma entidade, os fenômenos que o afetam, o
usuário da informação sobre esse patrimônio e o seu modelo decisório são os objetivos do
estudo da contabilidade. Isto é, esses e outros conceitos constituem o campo de aplicação
ou área de eficácia desse ramo do conhecimento, formando a estrutura conceitual da
contabilidade.
A contabilidade busca avaliar constantemente quais os atributos e características
da informação contábil que representem de forma verdadeira e apropriada o patrimônio de
uma entidade e que sejam úteis para a tomada de decisão.
A contabilidade, numa visão funcional, é um conjunto sistemático de procedimentos
que identifica, registra, mensura, acumula, resume, demonstra e interpreta os fenômenos
que afetam o patrimônio de uma entidade, evidenciando-os na forma de informações aos
usuários. Trata-se, portanto, do conjunto de procedimentos que visam transformar os
simples registros de eventos econômicos e financeiros em informação contábil útil.
É o que chamamos de técnica contábil. A técnica contábil registra todos os eventos
econômicos e financeiros que ocorrem na entidade. Por exemplo, a compra de uma
mercadoria para ser revendida, o pagamento do salário de um colaborador, a venda de um
item do estoque; todos esses são eventos e transações que devem ser registradas pela
contabilidade. Tais eventos e transações são descritos e organizados de maneira
sistemática em planilhas ou arquivos específicos, constituindo a chamada escrituração
contábil.
Uma vez registrados, processados com seus respectivos valores mensurados e
sistematizados, os dados sobre eventos e transações são apresentados e evidenciados de
forma organizada para os usuários. A esse processo de reconhecer, mensurar e evidenciar
transações e eventos econômicos dá-se o nome de Processo Contábil.
A contabilidade, do ponto de vista sistêmico e organizacional, pode ser entendida
como o sistema ou a unidade responsável pelo processo de identificação, registro,
mensuração, acumulação, resumo, demonstração e interpretação dos fenômenos que
afetam o patrimônio da organização, com vista a evidenciá-los na forma de informações aos
usuários.
O processo contábil desenvolvido e a informação contábil gerada pelas áreas da
contabilidade devem ser íntegros e fiéis à realidade econômica das entidades,
independentemente da forma jurídica das transações. Para tanto, a contabilidade deve
interagir com as diversas áreas da organização a fim de gerar informações confiáveis e de
forma completa e justa, em todos os aspectos relevantes das operações.
Portanto, a contabilidade pode ser vista como um sistema de informações de
natureza financeira que é gerido por uma unidade organizacional.

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