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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Suspensão Condicional da Pena e Livramento Condicional��������������������������������������������������������������������������2
Da Suspensão Condicional da Pena��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Do Livramento Condicional��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Revogação Obrigatória e Facultativa��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Suspensão Condicional da Pena e Livramento Condicional


Da Suspensão Condicional da Pena
A suspensão pausa o prazo, e quando decorrido seu prazo, volta a fluir de onde tenha parado. Na
execução da pena privativa da liberdade não superior a 2 anos, poderá ser suspensa pelo prazo de 2 a
6 anos em duas hipóteses:
˃˃ o sentenciado não haja sofrido no País ou no estrangeiro, condenação irrecorrível por outro
crime à pena privativa da liberdade, salvo o disposto no 1º do Art. 71;
˃˃ os seus antecedentes e personalidade, os motivos e as circunstâncias do crime, bem como sua
conduta posterior, autorizem a presunção de que não tornará a delinquir.
A aplicação da suspensão não se estende às penas de reforma, suspensão do exercício do posto,
graduação ou função ou à pena acessória, nem exclui a aplicação de medida de segurança não deten-
tiva.
Na própria sentença, o juiz irá determinar as condições a que ficará subordinada a suspensão,
devendo estas ser atendidas pelo condenado.
A suspensão poderá ser revogada obrigatoriamente se no curso do prazo o beneficiário:
˃˃ é condenado, por sentença irrecorrível, na Justiça Militar ou na comum, em razão de crime, ou de
contravenção reveladora de má índole ou a que tenha sido imposta pena privativa de liberdade;
˃˃ não efetua, sem motivo justificado, a reparação do dano;
˃˃ sendo militar, é punido por infração disciplinar considerada grave.
Além das causas acima mencionadas, caso o beneficiário deixe de cumprir qualquer das condi-
ções previstas na sentença, o juiz poderá também decretar a revogação da suspensão. Essa possibi-
lidade é chamada de revogação facultativa. Na revogação facultativa, pode o juiz ao invés de decretá
-la, prorrogar a suspensão ao período máximo de prova, se antes não fixado.
Desse modo, o beneficiário que responde a um processo, que caso condenado, pode acarretar
na revogação, o prazo de suspensão ficará prorrogado até o julgamento definitivo. Se o prazo expira
sem que a suspensão tenha sido revogada, fica extinta a pena privativa de liberdade.
Contudo, há hipóteses nas quais a suspensão condicional da pena não se aplica:
˃˃ ao condenado por crime cometido em tempo de guerra;
˃˃ em tempo de paz:
»» por crime contra a segurança nacional, de aliciação e incitamento, de violência contra
superior, oficial de dia, de serviço ou de quarto, sentinela, vigia ou plantão, de desrespeito a
superior, de insubordinação, ou de deserção;
»» pelos crimes previstos nos Arts. 160, 161, 162, 235, 291 e seu parágrafo único, ns. I a IV.

Do Livramento Condicional
O livramento condicional é uma espécie de liberdade antecipada, mediante preenchimento de
certos requisitos. O condenado à pena de reclusão ou de detenção por tempo igual ou superior a 2
anos pode ser liberto condicionalmente, desde que:
˃˃ o agente tenha cumprido metade da pena, se primário; ou dois terços, se reincidente. Se o con-
denado é primário e menor de 21 anos ou maior de 70 anos, o tempo de cumprimento de pena
pode ser reduzido a um terço;
˃˃ ou que tenha reparado, salvo impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pelo crime;
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˃˃ ou sua boa conduta durante a execução da pena, sua adaptação ao trabalho e às circunstâncias
atinentes à sua personalidade, ao meio social e à sua vida pregressa permitem supor que não
voltará a delinquir.
Nos casos de concurso de crimes, deve-se levar em conta a pena unificada.
Somente se concede o livramento depois de ouvido o conselho penitenciário, o diretor do esta-
belecimento prisional que estava ou esteve o condenado, representando-o do Ministério Público da
Justiça Militar.
No caso de medida de segurança, somente após perícia conclusiva de não periculosidade do con-
denado. O liberado nesta hipótese irá ficar sob observação cautelar e proteção realizadas por patro-
nato oficial ou particular. Se patronato oficial, será dirigido pelo conselho penitenciário; se patrona-
to particular, será inspecionado pelo mesmo conselho. Se não houver patronato, o liberado fica sob
observação cautelar, realizada pelo serviço social penitenciário ou órgão similar.
A própria sentença deverá estabelecer as condições a que o livramento ficará subordinado.
Não pode haver livramento nos casos de condenação por crime cometido em tempo de guerra.
Revogação Obrigatória e Facultativa
Existem duas hipóteses em que o livramento será revogado obrigatoriamente, quando o liberado
vem a ser condenado, em sentença irrecorrível com pena privativa de liberdade por infração penal
cometida durante a vigência do livramento ou por infração penal anterior quando primário, salvo
se tendo que ser unificadas as penas, não fica prejudicado o requisito de cumprimento de metade da
pena.
As infrações mencionadas como causa de revogação obrigatória do livramento incluem quais-
quer crimes, sejam eles julgados pela Justiça Militar ou pela Justiça Comum.
O juiz ainda pode revogar facultativamente o livramento quando o beneficiário descumprir
qualquer das condições determinadas na sentença ou quando irrecorrivelmente condenado, por
motivo de contravenção, a pena que não seja privativa de liberdade, ou ainda, se o agente for militar,
sofre penalidade por transgressão disciplinar grave.
Uma vez revogado o livramento, este benefício não poderá ser concedido novamente, a não ser
que a revogação tenha resultado de condenação por infração penal anterior ao benefício. E, ainda,
quando revogado o benefício, não se desconta da pena o tempo em que o condenado esteve solto.
Se até o término do livramento este não é revogado, a pena privativa de liberdade será conside-
rada extinta. Porém, quando o processo que o liberado responde por infração penal cometida na
vigência do benefício não transita em julgado, o juiz será impedido de declarar a extinção da pena.
Em tempo de paz, o livramento condicional por crime contra a segurança externa do país, ou de
revolta, motim, aliciação e incitamento, violência contra superior ou militar de serviço, só será con-
cedido após o cumprimento de dois terços da pena, observado ainda o disposto no Art. 89, preâmbu-
lo, seus números II e III e §§ 1º e 2º.
Exercício
01. Certo militar das Forças Armadas foi condenado por crime militar e, depois de cumpridos
todos os requisitos e condições que possibilitavam a concessão de livramento condicional,
foi-lhe concedido tal benefício. Nessa situação, se o liberado deixar de cumprir qualquer das
condições constantes da sentença, a referida concessão deverá ser obrigatoriamente revogada.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1 – Errado

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