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COMUNICAÇÃO E MÍDIA:

OUTRAS PRÁTICAS DE CIDADANIA


COMMUNICATION AND MEDIA:
OTHER PRACTICES OF CITIZENSHIP

Christina Maria Pedrazza Sega


Pós-doutora em Física: caos, fractais e complexidade (estudo transdisciplinar
entre a Física e a Comunicação). Unesp - Botucatu -SP.
Doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa - PT.
Mestrado em Letras - área de concentração - Linguística Aplicada pela PUCC.
Bacharelado em Publicidade e Propaganda pela PUCC e licenciatura em Letras
pela UNESP. Professora da Universidade de Brasília (UnB)

Resumo

O exercício da cidadania é tão antigo quanto às regras sociais prati-


cadas nas cidades gregas do passado. Os gregos criaram o ideal de
viver em comunidade por meio das virtudes humanas e por meio da
comunicação que, por sua vez, além de outros objetivos, deverá pôr
em prática a cidadania, reconhecendo as necessidades, dificuldades e
anseios dos outros cidadãos a fim de prevalecer o bem-estar coletivo.

Palavras-chave: cidadania; comunicação; virtudes; bem-estar;


coletividade.

Abstract

The exercise of citizenship is as old as the social rules applied in the


Greek cities of the past. The Greeks created the ideal of community
life through the human virtues and through communication which, in
turn, among other objectives, could pursue citizenship, recognizing
the needs, problems and concerns of other citizens to precedence to
the collective welfare.

Keyword: citizenship, communication, virtues; welfare; colectivity.

Introdução aos que faziam parte das regras


das cidades gregas, denominadas
A questão da cidadania vem pólis. Tais sociedades foram con-
ocupando as mesas de discussões struídas tendo como base o estilo
sobre políticas educativas no gregário, ou seja, viver agrega-
Brasil e nos países em desen- do. Daí o sentido da palavra agre-
volvimento. Embora a retomada gar como sinônimo de ajuntar. E,
desse assunto esteja em voga, para viverem agregados, criaram
muitos de nós esquecemos que o ideal de viver em comunidade
esse exercício é tão antigo quanto e em comunicação. Pode-se no

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tar que a cidadania é resultado (cujo início podemos situar
de uma prática da comunicação no século XV), com a longa
ou de uma ação comunicacio- ascensão da burguesia em
nal. A comunicação deve, além luta contra o feudalismo, que
se retorna pouco a pouco ao
de ou-tras funções, cumprir com
exercício da cidadania, como
o exer-cício de cidadania. parte da existência dos ho-
Apesar de as regras sociais mens vivendo novamente em
gregas terem sido diferentes para núcleos urbanos (COVRE,
homens, mulheres e crianças, os 2005, p.17).
gregos fundaram a democracia
como forma de liberdade, usu- A segunda situação mostra o
fruto de direitos e organização lado negativo da proliferação do
na vida social. Ser um cidadão capitalismo e da burguesia para a
grego significava respeitar as prática da cidadania, pois “deli-
regras sociais entre direitos, de- neia-se o processo de exploração
veres e obrigações. Porém, com e dominação do capital”, justifica
a ascensão da burguesia, a partir Covre (Ibid., p.20).
do século XI, a antiga convivên- Considerando a Grécia como
cia cordata, participativa e cole- ponto de partida para estudar a
tiva que havia entre os cidadãos estrutura de uma sociedade ou
da pólis sofreu várias transfor- oikos e o exercício de cidadania,
mações. Durante os séculos XII não se pode negar que entre algu-
e XIII houve “um forte surto de mas práticas de cidadania estava
individualização reforçado pela pôr em ação aquilo que os gregos
mobilidade e pela tendência ex- e nós denominamos de virtudes.
pansionista da sociedade”, justi- Bennett (1995) acredita na im-
fica Elias (1990, p. 59). portância de buscarmos as vir-
Com o despontar do capita- tudes e ensiná-las às gerações
lismo frente à crescente bur- presentes e futuras. No século
guesia mundial, ocorreram duas IV, Aristóteles definiu a virtude
situações distintas para o exercí- como a predisposição para al-
cio da cidadania, conforme cons- guém fazer o bem a outra pes-
tatou Covre (2005, p. 21-31). A soa por meio de ações fundamen-
primeira situação diz respeito tais como a justiça, temperança,
ao lado positivo da ascensão da ge-nerosidade e honestidade, en-
burguesia e do capitalismo, pois tre outras. Todas têm seu valor
surgem, nas cidades, os cidadãos e significado, mas, hoje em dia,
que trabalham, comercializam e essas virtudes são as que mais
cumprem com seus direitos e de- nos faltam para desempenhar-
veres. A partir daí, há uma grande mos aquele ideal gregário de co-
valorização do trabalho como munidade e sociedade visando à
forma de legitimar a cidadania prática de cidadania.
“propondo igualdade formal Montes (2001) alega que, na
para todos”, aponta Covre (Ibid., Grécia, a liberdade era o grande
p.20), acrescentando que diferenciador na convivência
das relações sociais. Ser um ci-
foi só com o desenvolvimen- dadão e, portanto, viver na pólis
to da sociedade capitalista era um exercício de liberdade,

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visto que a política, como forma verdade, a empatia é a primeira
de organização social de uma ci- etapa nas relações sociais para se
dade, buscava na liberdade do obter a simpatia. Ao colocar-se
cidadão a boa convivência nas na situação do público e com-
relações sociais para o bem-estar preender o que esse público es-
do oikos ou sociedade. A política pera do referido cantor, este, por
ou organização da pólis ditava sua vez, poderá satisfazer a ex-
as regras da convivência social pectativa do seu público, criando
e nesta encontravam-se as qua- uma empatia positiva, ou seja,
tro virtudes básicas do oikos: a uma atitude simpática. Caso con-
prudência, a temperança, a cora- trário, se a empatia for negativa
gem e a justiça. e o cantor não interagir com o
É na constante busca ou res- público poderá ocorrer a antipa-
gate de algumas virtudes que a tia do público para com o cantor.
comunicação, verbal e não- A empatia de um cidadão
verbal, pode e deve ser o mais para com o outro se dá no mo-
sensato instrumento de cidada- mento em que o primeiro se co-
nia. Para tanto, é necessário que loca na situação do outro ou dos
apliquemos, no dia-a-dia, a trilo- outros e entende as suas reais
gia do ethos-pathos-logos, com a necessidades e anseios, tanto em
finalidade de reconhecermos as uma situação presente como em
necessidades, dificuldades e an- uma situação futura. Colocar em
seios do outro cidadão. prática as virtudes humanas é
uma forma de se criar empatia
com um indivíduo, um grupo de
Empatia e cidadania pessoas, uma comunidade e até
mesmo com uma sociedade re-
Quando tentamos interagir presentativa de um povo.
com alguém, mostramos a essa
pessoa nosso ethos, ou seja, nos-
sos princípios, costumes, ges- Cidadania e comunicação
tos, idiossincrasias e outras car- no século XXI
acterísticas que fazem parte do
ser humano. Mas é no pathos que Em cada época e em cada cul-
se evidencia a empatia. De ori- tura algumas virtudes são mais
gem grega, a empatia (en= dentro valorizadas que outras, de acordo
+ pathos= sentimento) significa com as transformações sociais. Se
o sentimento que alguém tem as quatro virtudes básicas, con-
ao colocar-se no lugar de ou- sideradas cardeais, prevaleceram
tra pessoa, embora muitas vezes durante séculos, e se as virtudes
essa palavra seja confundida com têm que se adequar a cada época
“resultado positivo”. O logos é o ou cultura, entende-se que essas
juízo ou conclusão a respeito da virtudes básicas ou cardeais ain-
relação e interação entre ethos e da são necessárias para o século
pathos. XXI, além de ou-tras como:
É comum se ouvir a seguinte paciência, tolerância, respeito,
expressão: “aquele cantor teve cooperação, consenso; além da
empatia com o público”. Na generosidade ou solidariedade

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já citadas por outros estudio- de oxigênio primeiro em você e
sos das virtudes. depois na criança”. Pois a criança
Outros citam a coragem não saberá fazê-lo e, mesmo que
como uma das virtudes básicas. o saiba, precisará de um adulto
Lembremos aqui, que a cora- para tomar outras decisões vitais
gem é uma faca de dois gumes. para ambos naquele momento,
Com ela podemos nos defender analisa Sêga (2006, p. 141). Co-
e defendermos o outro cidadão; locar-se no lugar do outro, é uma
mas com ela também ferimos ou forma de exercer a cidadania e
matamos para defender nossa tão compreender a trilogia ethos-pa-
proclamada honra, dignidade ou thos-logos.
vida material. Usarmos a cora- A comunicação verbal e
gem em prol do outro é um gesto não-verbal, como também, os
nobre, principalmente quando te- meios de comunicação de massa
mos coragem para denunciar um são instrumentos facilitadores
seqüestro, um estupro, um roubo para conscientizar crianças, jo-
ou qualquer outro ato reprovável vens e adultos na prática de ati-
à ética e ao bem-estar de uma so- tudes concretas para o bem-estar
ciedade. Mais uma vez, a comu- da coletividade em geral. Algu-
nicação verbal, apoiada pela mí- mas políticas e modelos de edu-
dia, exerce sua ação de cidadania cação no Brasil estão voltados
e ética ao ter coragem de denun- para o ensino e a prática da ci-
ciar, mesmo que de forma sigi- dadania entre professores, alunos
losa, algo que contrarie as regras e a comunidade em que vivem,
desse bem-estar social, ainda que tanto em escolas públicas como
seja um bem-estar individual, privadas. Conscientes dos pro-
visando posteriormente um bem- blemas ambientais, as políticas
estar coletivo. Exercer a ética é de educação aliam-se às políti-
exercer cidadania apoiada por cas de comunicação para, em
qualquer tipo de comunicação, conjunto, encontrarem soluções
verbal, não-verbal ou midiática. para o planeta a curto, médio e
Ao analisar a ética, Morin longo prazo. Certas políticas de
(2005) classificou-a em dois tipos: comunicação não-verbal foram
ética egoísta e ética altruísta. O adotadas, já algum tempo, em
autor argumenta que existem con- determinados países como for-
tradições éticas e que o problema ma de politizar a cidadania e a
ético surge quando dois deveres civilidade. Exemplos disso são
antagônicos se impõem. Alega as rampas para deficientes físicos
que a ética é egoísta visando uma nas calçadas de cruzamentos de
direção altruísta. Se lembrarmos trânsito e os sinais sonoros para
as recomendações da comissária deficientes visuais nas travessias
de bordo, assim que sentamos em de semáforos, entre outros.
um avião, veremos que Morin Nos países desenvolvidos, a
(2005, p.21) está com razão. Esta prática da cidadania é adotada
é uma das recomendações que logo na primeira infância. Já nos
ouvimos em caso de emergência países em desenvolvimento, al-
no avião: “Caso esteja ao lado de gumas ações sociais se encarre-
uma criança, coloque a máscara gam de explicar à sociedade os

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papéis dos cidadãos e, com isso, soas idosas e aos que sofrem de
estabelecem empatia com a co- doenças degenerativas, aos de-
letividade. Respeitar o gramado pendentes químicos e aos homos-
de um jardim, não jogar lixo na sexuais são assuntos tratados de
rua, não roubar objetos alheios e forma sutilmente inteligente pela
respeitar as pessoas mais velhas, teledramaturgia brasileira.
entre outros exemplos, são ações Há, também, pessoas que
que fazem parte de uma educa- agem espontaneamente pelo
ção de base, adotadas pelas famí- bem-estar dos outros como os
lias, escolas e outras instituições. voluntários que vão para ou-
Podemos interpretar que as ações vir e dar carinho aos pacientes
como o respeito, a paciência, de hospitais, levam palavras de
tolerância, cooperação e o con- esperança, de alegria ou como
senso são as virtudes do século fazem os “doutores da alegria”
XXI, sem esquecermos as outras que utilizam a comunicação ver-
já consagradas virtudes. bal e não-verbal para amenizar
Exercer a cidadania ou colo- o sofrimento de pacientes de
car em prática uma ou mais vir- doenças graves, muitas vezes em
tudes eleva a dignidade humana fase terminal, como o câncer e a
e o bem-estar social e, para tal Aids. Ultimamente, as empresas
exercício, a comunicação so- de água e luz também vêm cum-
cial verbal ou não-verbal, bem prindo com a participação ci-
como os meios de comunicação dadã, anunciando junto às contas
de massa, são os instrumentos e de água e luz fotos de crianças e
os maiores aliados para se atingir adolescentes desaparecidos.
esse objetivo. A mídia colabora Ainda, por meio da comuni-
na medida em que divulga cam- cação verbal e não-verbal, têm
panhas de propagandas insti- surgido atitudes independentes
tucionais sem fins lucrativos e como a do cidadão brasiliense,
incentiva os cidadãos a colabora- conhecido como T-Bone, que
rem com o bem-estar social por resolveu fazer das paradas de
meio de campanhas de vacinação ônibus um local para leitura, em-
e campanhas de conscientização prestando livros em vários pon-
sobre os problemas ambientais. tos de ônibus, com o intuito das
A televisão, por sua vez, ou- pessoas lerem mais, sem custo
trora tão criticada pela desagre- nenhum para o leitor, tendo como
gação da família e da sociedade responsabilidade deste apenas
por romper a moral e os bons assinar seu nome em um papel,
costumes, hoje apresenta tele- devolvendo os livros ao terminar
novelas brasileiras que abordam a leitura. Um gesto que faz com
problemas e questionamentos de que cada leitor tenha a consciên-
diferentes naturezas, despertando cia de devolver aquilo que lhe foi
no telespectador uma reflexão emprestado, dando oportunidade
para respostas e atitudes urgen- para que outros cidadãos possam
tes. Questões como preconceito adquirir o mesmo conhecimento
racial, étnico e religioso, respeito de leitura, ao mesmo tempo em
e tratamento adequado aos defi- que reconhece esse gesto como
cientes visuais e físicos, às pes- exemplo de cidadania e civili

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dade que deverá ser exercido de sistematizar melhor a socie-
por todos que ali passarem. dade. Gohn (2007, p. 16) com-
“É evidente que a cidadania preende que “no novo milênio, os
implica a participação de todos”, movimentos sociais estão retor-
enfatiza Pernalete (2006, p.23), e nando à cena e à mídia”. Como
essa participação coletiva é um exemplos disso, Gohn cita: as
grande passo para que sejam ex- lutas de defesa das culturas lo-
ercidos os Direitos Humanos e a cais contra a devastadora globa-
Democracia. Do mesmo modo, lização; a reivindicação ética na
as virtudes humanas podem som- política; a busca de autonomia
atizar ações humanas universais para a resolução de problemas, já
em direção aos Direitos Huma- que “ter autonomia é priorizar a
nos que também são universais. cidadania” (Ibid., p.17).
Muitas ações humanas exigem Vários pensadores contem-
desafios para que sejam encon- porâneos acreditam que, desde
tradas: coragem, cooperação, a última década do século XX,
generosidade, tolerância, consen- alguns movimentos sociais de-
so, entre outras tantas virtudes e senvolveram determinados con-
motivos para se exercer a cida- ceitos e valores como forma
dania e os proclamados Direitos de integrar a sociedade em um
Humanos. “A democracia requer conjunto de ideais, ações e es-
um povo maduro, os cidadãos, in- tratégias para uma maior mobi-
dispensáveis para exigir, propor, lização social. Conceitos como
controlar, corrigir, desmentir, cidadania planetária, susten-
dialogar [...]”, menciona Perna- tabilidade democrática e par-
lete (Ibid. p. 29, grifo da autora). ticipação cidadã fazem parte
Acrescenta a autora que de discussões entre grupos e in-
stituições, além de serem divul-
As organizações comunitárias gados pelos meios de comuni-
contribuem para antecipar a cação de massa e pela Internet,
realização de pequenos son- reitera Gohn (Ibid., p.19).
hos, combatem o anonimato
social, reduzem os níveis de
falta de identidade, comum
nestes tempos globalizados,
e constituem uma base sólida Conclusão
para se formar verdadeiras
democracias participativas Se na antiguidade a prática
(PERNALETE, 2006, p. 24). da cidadania se fazia de for-
ma livre, espontânea e sim-
ples, hoje, em pleno Terceiro
Paralelamente a esses es- Milênio, o homem tem a seu
forços individuais e coletivos, dispor, além dessas mesmas
muitos movimentos sociais vêm práticas atemporais, outra alia-
trabalhando, há bastante tempo, da mundialmente conhecida, a
para o bem-estar social da cole- Internet, como forma de exercer
tividade. Os movimentos sociais a tão dignificante cidadania.
são ações organizadas por atores Entre algumas contribuições
ou sujeitos sociais com o intuito que a Internet vem prestando

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a várias sociedades mundiais trocarem experiências de vida
está àquela relacionada à saúde, e ajuda mútua, além de ser um
auxiliando pacientes portado- instrumento facilitador para o
res de determinadas doenças a ensino a distância.

Referências

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2005.

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SÊGA. C. M. P. “Ethos e globalização: uma visão publicitária” in Re-


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Data do recebimento: 20/02/2009


Data do aceite: 18/03/2009

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