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Na teoria marxista, o materialismo histórico 

pretende a explicação da história das sociedades humanas, em todas


as épocas, através dos fatos materiais, essencialmente econômicos e técnicos. A sociedade é comparada a um
edifício no qual as fundações, a infra-estrutura, seriam representadas pelas forças econômicas, enquanto o edifício
em si, a superestrutura, representaria as idéias, costumes, instituições (políticas, religiosas, jurídicas, etc). A
propósito, Marx escreveu, na obra A Miséria da filosofia (1847) na qual estabelece polêmica com Proudhon:

As relações sociais são inteiramente interligadas às forças produtivas. Adquirindo novas forças produtivas, os
homens modificam o seu modo de produção, a maneira de ganhar a vida, modificam todas as relações sociais. O
moinho a braço vos dará a sociedade com o suserano; o moinho a vapor, a sociedade com o capitalismo industrial.

Tal afirmação, defendendo rigoroso determinismo econômico em todas as sociedades humanas, foi estabelecida por
Marx e Engels dentro do permanente clima de polêmica que mantiveram com seus opositores, e atenuada com a
afirmativa de que existe constante interação e interdependência entre os dois níveis que compõe a estrutura social:
da mesma maneira pela qual a infra-estrutura atua sobre a superestrutura, sobre os reflexos desta, embora, em última
instância, sejam os fatores econômicos as condições finalmente determinantes.

O que você entende por materialismo histórico? O que são forças produtivas? E relações de produção?

O alemão Karl Marx (1818-1883) desenvolveu a teoria socialista partindo da análise crítica e científica do
capitalismo. Ele não se preocupava em pensar como seria uma sociedade ideal, mas sim, preocupava-se em
compreender a dinâmica do capitalismo, e para tal, estudou a fundo suas origens, a acumulação de capital, a
consolidação da produção, e suas contradições (que inevitavelmente, esse sistema seria destruído por si só - em sua
dinâmica evolutiva geraria elementos que acabaria por destruí-lo).

Os princípios básicos que fundamentaram o socialismo marxista podem ser sintetizados em três teorias centrais: a
teoria da mais-valia, onde se demonstrava a maneira pelo qual o trabalhador é explorado na produção capitalista; a
teoria da luta das classes, onde se afirma que a história da sociedade humana é a história da luta das classes ou do
conflito permanente entre exploradores e explorados; e, finalmente, a teoria do materialismo histórico.

Marx dedicou-se a um estudo intensivo da história, e criou uma teoria que veio a ser conhecida como a concepção
materialista da história, que foi exposta num trabalho em que esboça a história dos vários modos de produção,
prevendo o colapso do modo de produção vigente - o capitalismo. O materialismo histórico é uma teoria sobre toda
e qualquer forma produtiva criada pelo homem de acordo com seu ambiente ao longo do tempo, onde se evidencia
que os acontecimentos históricos são determinados pelas condições materiais (econômicas) da sociedade. Dentre as
idéias do materialismo histórico, relevam-se as questões das forças produtivas e relações de produção.

Marx afirmou que a estrutura de uma sociedade depende da forma como os homens organizam a produção social de
bens. A produção social, segundo ele, engloba dois fatores básicos: as forças produtivas e as relações de produção.
As forças produtivas constituem as condições materiais de toda a produção. Representam as matérias primas, os
instrumentos, as técnicas de trabalho e até os próprios homens. Reconhece-se o grau de desenvolvimento das forças
produtivas de uma nação a partir do aperfeiçoamento da divisão do trabalho. As relações de produção são a forma
pelas quais os homens se organizam para executar a atividade produtiva. Elas se referem às diversas maneiras pelas
quais são apropriados e distribuídos os elementos envolvidos no processo de trabalho. Assim, as relações de
produção podem ser cooperativistas (como um mutirão), escravistas (como na antigüidade), servis (como na Europa
feudal) e capitalistas (como na indústria moderna).

Forças produtivas e relações de produção são condições naturais e históricas de toda a atividade produtiva que
ocorre em sociedade. A forma pela qual ambas existem e são reproduzidas numa determinada sociedade constitui o
que Marx determinou de modo de produção. Para ele, o estudo deste é muito importante para a compreensão de
como se organiza a sociedade.

"Não é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a consciência"

O materialismo histórico, pensamento desenvolvido pelo estudioso Karl Marx, fundamenta-se, inicialmente, na
observação da realidade a partir da análise das estruturas e superestruturas que circundam um determinado modo de
produção. Isto significa dizer que a história está, e sempre esteve, ligada ao mundo dos homens enquanto produtores
de suas condições concretas de vida e, portanto, tem sua base fincada nas raízes do mundo material, organizado por
todos aqueles que compõem a sociedade. Os modos de produção são históricos e devem ser interpretados como uma
maneira que os homens encontraram, em suas relações, para se desenvolverem e dar continuidade à espécie.

O fato de Marx estar ligado a essa percepção material da vida e, por conseguinte, vinculado ao entendimento das
relações humanas a partir dessa lógica da realidade que se faz presente no cotidiano das pessoas, nos dá a
possibilidade para compreendermos que o pensamento marxista se estrutura, principalmente, por meio da inversão
do pensamento Hegeliano. O propósito de uma história pautada no materialismo aparece como uma oposição ao
idealismo. A realidade dos povos, segundo Marx, não pode ser explanada a partir de um parâmetro que entenda as
ideias como um fator que figurem em primeiro plano, uma vez que estas somente encontram o seu valor enquanto
fornecedoras dos alicerces que sustentam a imensa estrutura econômica, que nada mais é do que o próprio mundo
material, o mundo real.

As ideias seriam, então, o reflexo da imagem construída pela classe social dominante. Isto é, o poder que ela exerce
sobre as pessoas está diretamente relacionado com a edificação ideológica que esta “elite” constrói dentro das
mentes de seus dominados, fornecendo sua visão de mundo. É dessa forma que a ideologia permeia a consciência de
todos, transformando-os em objetos de uso e de exploração. Assim sendo, Marx acredita que a manutenção da
estrutura econômica se dá mediante essa inversão da realidade, que se encontra no direito, na religião, e nas mais
diversas formas de controle mental e social.

Segundo Marx, a sucessão de um modo de produção por outro ocorre devido a inadequação desse mesmo modo de
produção e suas forças produtivas. Exemplo: no final da Idade Média, quando houve o desenvolvimento do
comércio, as relações servis começaram a se mostrar um entrave ao desenvolvimento das forças produtivas,
provocando assim uma implosão dentro desse sistema e originando um novo: o capitalismo. Compreende-se, então,
que o capitalismo nasceu a partir das contradições do sistema feudal, e que a burguesia (classe dirigente), ao criar a
sua oposição, o operariado, engendrou também o seu futuro extermínio, cavando a sua própria cova.

O materialismo histórico é uma abordagem metodológica ao estudo da sociedade, da economia e da


história que foi pela primeira vez elaborada por Karl Marx e Friedrich Engels(1818-1883), malgrado ele
próprio nunca tenha empregado essa expressão. O materialismo histórico na qualidade de sistema
explanatório foi expandido e refinado por milhares de estudos acadêmicos desde a morte de Marx.

De acordo com a tese do materialismo histórico defende-se que a evolução histórica, desde as sociedades
mais remotas até à atual, se dá pelos confrontos entre diferentes classes sociais decorrentes da "exploração
do homem pelo homem". A teoria serve também como forma essencial para explicar as relações entre
sujeitos. Assim, como exemplos apontados por Marx, temos durante o feudalismo os servos que teriam
sido oprimidos pelos senhores, enquanto que no capitalismo seria a classe operária pela burguesia.

Esta teoria de evolucionismo histórico fundamentava o pensamento Marxista que conduziu à


implementação dos regimes comunistas pela "Revolução", ou seja, a rebelião das classes operárias contra
os capitalistas.

O materialismo histórico como propulsor da evolução histórica foi posto em causa quer pelos pensadores
liberais, que levaram ao desenvolvimento das Democracias do Norte da Europa, Reino Unido e América do
Norte, quer pelos pensadores corporativistas que levaram ao desenvolvimento dos regimes autoritários de
Itália, Portugal e Espanha.

[editar] Qual o seu fundamento?


"Não é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a consciência"

O materialismo histórico, pensamento desenvolvido pelo estudioso Karl Marx, fundamenta-se,


inicialmente, na observação da realidade a partir da análise das estruturas e superestruturas que circundam
um determinado modo de produção. Isto significa dizer que a história está, e sempre esteve, ligada ao
mundo dos homens enquanto produtores de suas condições concretas de vida e, portanto, tem sua base
fincada nas raízes do mundo material, organizado por todos aqueles que compõem a sociedade. Os modos
de produção são históricos e devem ser interpretados como uma maneira que os homens encontraram, em
suas relações, para se desenvolverem e dar continuidade à espécie.

O fato de Marx estar ligado a essa percepção material da vida e, por conseguinte, vinculado ao
entendimento das relações humanas a partir dessa lógica da realidade que se faz presente no cotidiano das
pessoas, nos dá a possibilidade para compreendermos que o pensamento marxista se estrutura,
principalmente, por meio da inversão do pensamento Hegeliano. O propósito de uma história pautada no
materialismo aparece como uma oposição ao idealismo. A realidade dos povos, segundo Marx, não pode
ser explanada a partir de um parâmetro que entenda as ideias como um fator que figurem em primeiro
plano, uma vez que estas somente encontram o seu valor enquanto fornecedoras dos alicerces que
sustentam a imensa estrutura econômica, que nada mais é do que o próprio mundo material, o mundo real.

As ideias seriam, então, o reflexo da imagem construída pela classe social dominante. Isto é, o poder que
ela exerce sobre as pessoas está diretamente relacionado com a edificação ideológica que esta “elite”
constrói dentro das mentes de seus dominados, fornecendo sua visão de mundo. É dessa forma que a
ideologia permeia a consciência de todos, transformando-os em objetos de uso e de exploração. Assim
sendo, Marx acredita que a manutenção da estrutura econômica se dá mediante essa inversão da realidade,
que se encontra no direito, na religião, e nas mais diversas formas de controle mental e social.

Segundo Marx, a sucessão de um modo de produção por outro ocorre devido a inadequação desse mesmo
modo de produção e suas forças produtivas. Exemplo: no final da Idade Média, quando houve o
desenvolvimento do comércio, as relações servis começaram a se mostrar um entrave ao desenvolvimento
das forças produtivas, provocando assim uma implosão dentro desse sistema e originando um novo: o
capitalismo. Compreende-se, então, que o capitalismo nasceu a partir das contradições do sistema feudal, e
que a burguesia (classe dirigente), ao criar a sua oposição, o operariado, engendrou também o seu futuro
extermínio, cavando a sua própria cova.

Materialismo Histórico - Um tipo de estudo da sociedade, da economia e da história, em que tenta-se


demonstrar que é na "exploração" que se encontra a forma mais essencial de se explicar as relações entre os
indivíduos (durante o feudalismo eram os servos os oprimidos pelos senhores, no capitalismo seria a classe
operária pela burguesia).

Materialismo dialético - Se a dialética é a arte do diálogo, da contraposição e da contradição de idéias a fim


de levar a outras idéias, o materialismo dialético seria a arte de dialogar, contrapor e contradizer as nuances
da sociedade (materialista sengundo o marxismo) a fim de levar a novas descobertas. Marx sempre utilizou
o método dialético para explicar as mudanças ocorridas na humanidade. Ao estudar determinado fato
histórico, ele procurava nos elementos contraditórios a resposta p/ a transformação num novo fato. Ele
identificou na História os seguintes estágios de desenvolvimento: o asiático, o escravista, o feudal e o
burguês. Ou seja, dividiu a história em períodos conforme a organização do trabalho. Marx desenvolveu
então uma concepção materialista da História, afirmando que o modo pelo qual a produção material de uma
sociedade é realizada que constitui o fator determinante da organização política e das representações
intelectuais - sendo então que a realidade não é estática, mas dialética e em transformação pelas suas
contradições internas. Assim, a base material ou econômica constitui a "infra-estrutura" da sociedade, que
exerce influência direta na "superestrutura", ou seja, nas instituições jurídicas, políticas e ideológicas. No
processo histórico, essas contradições seriam geradas segundo ele, pelas lutas entre as diferentes classes
sociais.

MATERIALISMO HISTÓRICO

    Na teoria marxista, o materialismo histórico pretende a explicação da história das sociedades
humanas, em todas as épocas, através dos fatos materiais, essencialmente econômicos e
técnicos. A sociedade é comparada a um edifício no qual as fundações, a infra-estrutura, seriam
representadas pelas forças econômicas, enquanto o edifício em si, a superestrutura,
representaria as idéias, costumes, instituições (políticas, religiosas, jurídicas, etc). A propósito,
Marx escreveu, na obra A Miséria da filosofia (1847) na qual estabelece polêmica com
Proudhon:

    As relações sociais são inteiramente interligadas às forças produtivas. Adquirindo novas
forças produtivas, os homens modificam o seu modo de produção, a maneira de ganhar a vida,
modificam todas as relações sociais. O moinho a braço vos dará a sociedade com o suserano; o
moinho a vapor, a sociedade com o capitalismo industrial.

    Tal afirmação, defendendo rigoroso determinismo econômico em todas as sociedades


humanas, foi estabelecida por Marx e Engels dentro do permanente clima de polêmica que
mantiveram com seus opositores, e atenuada com a afirmativa de que existe constante interação
e interdependência entre os dois níveis que compõe a estrutura social: da mesma maneira pela
qual a infra-estrutura atua sobre a superestrutura, sobre os reflexos desta, embora, em última
instância, sejam os fatores econômicos as condições finalmente determinantes.

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