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1. Introdução
No cenário atual da economia as empresas procuram cada vez mais adquirir competitividade e
desempenhar melhor suas funções, e por esse aspecto a gestão da logística e da cadeia de
suprimentos tem sido uma área que vem se destacando continuamente na melhoria dos
processos produtivos, contribuindo na visão integrada e sistêmica da empresa, facilitando o
fluxo de informações e assumindo o gerenciamento dos insumos e produtos acabados
(BALLOU, 2010).
Em razão do mencionado, o presente artigo busca analisar o modelo logístico praticado por
uma empresa produtora de cabos e fios elétricos, investigando a situação atual da empresa
com o intuído de explorar o contexto dos desafios logísticos existentes. Focando-se na parte
de logística interna, e na medição de indicadores de desempenho de suas operações, para
assim, projetar possíveis soluções viáveis de acordo com as limitações e recursos disponíveis,
e avaliar o rendimento da empresa. Buscando ao final, explorar os benefícios da aplicação de
uma adequada gestão logística e da cadeia de suprimentos.
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2. Referencial teórico
2.1 Logística
Segundo Oliveira e Cândido (2006) as constantes oscilações na economia são provocadas por
efeitos gerados da globalização, e com isso, ocasiona um aumento constante na
competitividade entre as empresas. Com o efeito dessa realidade global, essas empresas
tendem a se adequar as mudanças com uso de novas estratégias e técnicas, a fim de se
conservar no mercado.
Nesse contexto, de acordo com Souza Júnior et al. (2013) e Figueiredo e Arkader (2009) a
logística vem crescendo e se apresentando como uma alternativa para as empresas
permanecerem competitivas e atuantes. Pois, essa área vem comprovando continuamente
através do tempo que é uma poderosa ferramenta de gestão, uma vez que possibilita
agilização de processos, gerenciamento e aquisição de insumos, armazenamento,
movimentação e entrega de produtos acabados e semiacabados, assim com na redução de
custos de processos e de entregas. Justificando assim, segundo Oliveira e Cândido (2006) que
se bem aplicada e monitorada, a logística se torna uma arma indispensável para alcançar
vantagem competitiva, possibilitando aumentar a capacidade operacional.
De acordo com Ballou (2010) o sistema da logística é constituído por um conjunto de macro
atividades que podem ser desmembradas em micro atividades, sendo elas: logística interna;
logística reversa; suprimento físico; e distribuição física. Ainda conforme o autor supracitado,
a definição de logística interna se trata da movimentação de produtos, materiais e pessoas,
estando intimamente dependente da disposição do arranjo físico, ou o layout da empresa.
Bilby, Corrêa e Bahia (2010) e Silva et al. (2009) reiteram essa afirmação ao defender a
necessidade de existência de ajustes nos processos de planta interna das empresas, visto que a
presença de problemas na disposição de arranjo físico pode ocasionar em deseconomias
quando se tratando de tempo consumido nos processos internos. Logo, o fluxo de todo
insumo, material e de operadores para realização das operações, possuem influência direta na
eficiência das atividades de armazenagem, produção e entrega de produtos.
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Segundo Coimbra (2005) a cadeia de valor de uma empresa é diretamente correlacionada com
a logística interna da mesma, em razão das consequências que podem ser geradas nas
atividades que compõe o fluxo interno. Sabendo disso, as organizações passaram a dedicar-se
e dar maior ênfase nesse domínio da logística, almejando alcançar os benefícios gerados ao
possuir controle e eficiência nas operações de fluxo interno, ou logística interna.
De acordo com Conceição e Quintão (2004) a competitividade não acontece entre uma
empresa isolada a outra, mas entre as cadeias de suprimentos. Diante a isso, Fleury e Lavalle
(2000) afirmam que uma avalição do desempenho logístico possui grande importância nos
resultados finais da avaliação da cadeia, ao identificar o comportamento dos processos que
medem os desempenhos internos da empresa, e os desempenhos dos serviços prestados por
parceiros, assim como também os fluxos de dados logísticos que trafegam na empresa.
3. Metodologia
Kauark, Manhães e Medeiros (2010) definem que uma pesquisa científica é a aplicação de
sondagens para examinação de resoluções de problemas, pelo qual se procura encontrar
respostas por intermédio da ciência. E a solução de problemas pode ser alcançada por meio de
procedimentos sistemáticos, que são fundamentados em raciocínio lógico.
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Se tratando dos produtos fabricados pela empresa, os mesmos são voltados para redes de alta
tensão e instalações elétricas internas. A estratégia adotada pela Alfa é voltada para o
fornecimento de seus produtos a pessoas jurídicas, tais como fornecedoras de energia e
revendedores de materiais de construção.
A seguir a Figura 1 trás uma representação gráfica do layout da fábrica e como ocorre a
movimentação da empilhadeira e da paleteira no processo de fabricação dos cabos elétricos.
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A Figura 1 tem por objetivo demonstrar como ocorre o fluxo de operações internas da
empresa Alfa, detalhando a movimentação da empilhadeira e a paleteira, pelos quais, ambas
realizam um deslocamento excessivo, promovendo muitas vezes desgastes dos operadores,
desperdícios de recursos e atrasos na produção.
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Ao final de cada etapa da produção o material deve ser pesado. Porém, uma vez que a planta
só possui um posto de pesagem, há longas movimentações de materiais pela fábrica. Essa
característica ocasiona atrasos na produção, e caso o transporte não ocorra de maneira
adequada, pode danificar o produto.
A partir das análises diretas, foi observado que os operários não faziam as devidas pesagens
dos materiais. Esse comportamento acontecia devido ao tempo necessário para realização da
pesagem. Dessa forma, foi observado que os operadores faziam uso de estimativas de pesos, o
que provoca distorções na informação gerada pelo chão de fábrica. Por esse fato, é recorrente
que os formulários, responsáveis pela rastreabilidade dos produtos, tenham informações
incorretas e ausência de dados precisos. A rastreabilidade de processos e produtos é de
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A empresa possui uma produção em lotes. Entretanto, devido a limitações dos equipamentos e
a ausência de um sistema poderoso de gerenciamento da produção, ocorrem elevados estoques
de matéria prima, assim como também de produtos em processos. Logo após os produtos
serem finalizados e embalados, os mesmos são levados ao estoque onde ficam dispostos em
prateleiras até que sejam liberadas as ordens de distribuição aos clientes.
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quantidade de entregas do mês de outubro, dando assim um índice elevado e bem próximo da
meta da organização.
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Na empresa Alfa, esse índice é medido em relação ao peso do cobre contido na mercadoria.
Dessa forma, para o grupo do principal produto, o número de unidades (quilos de cobre) por
transação durante o mês de outubro de 2015 foi de aproximadamente 171kg de cobre por
transação.
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A partir das observações e análises feitas na empresa, foram identificados pontos que podem
ser sugeridos melhorias, os quais serão apresentados neste tópico.
Ainda focando na redução do tempo de setup do processo de extrusão, outra medida possível,
seria a instalação de alimentadores (dosadores) de PVC nas máquinas extrusoras. A instalação
de tais equipamentos visa à minimização das chances de atrasos decorrentes de erros na
produção e inconformidades no material, bem como o aumento da eficiência dos processos
logísticos da empresa, criando vantagem competitiva.
Nos estoques de produtos acabados, percebeu-se uma ineficiência que pode influenciar
diretamente no desempenho logístico da empresa. A forma como as peças são armazenadas
demandam muito tempo e esforço dos colaboradores para dispor todas as peças no estoque,
bem como para separá-las e serem distribuídas aos clientes. Isso diminui a eficiência do
processo logístico da empresa. Como possível solução, tem-se a instalação de prateleiras porta
paletes. Dessa forma, as peças, ao finalizar a produção, seriam dispostas em paletes, os quais
seriam estocados com o uso de empilhadeira. Isso aplica o conceito logístico da unitização.
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Em resumo, o Quadro 4 traz uma recapitulação dos problemas identificados, assim como suas
causas e as sugestões de melhorias baseadas na área da logística.
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6. Considerações finais
De acordo com as estratégias de melhorias propostas no tópico anterior, se torna possível
contribuir na movimentação dos fluxos de insumos, assim como produtos acabados e em
processamento, reduzindo de maneira perceptível o tempo da execução de tarefas, e os custos
de movimentação, proporcionando maior agilidade no cumprimento dos prazos de entregas
dos produtos.
Dessa forma, com a investigação das atividades que tangem aos fluxos de materiais e
insumos, foi proposto melhorias na área do processo da logística interna, uma vez que esta foi
o setor onde se diagnosticou maiores problemas que influenciavam na execução dos prazos de
entrega, principalmente quando as encomendas se tratavam de grandes pedidos, e onde se
evidenciava maior uso de tempo e o comprometimento do desempenho das atividades de
entrega.
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REFERÊNCIAS
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organização social com atividade produtiva vertical: um estudo de caso. In: XXX Encontro Nacional De
Engenharia De Produção – ENEGEP. São Carlos, 12 de outubro de 2010. Anais... São Carlos, 2010.
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M2
M2
M1
M3
LEGENDAS
M1: Novo estoque de PVC
M2: Alimentadores automáticos
extrusoras
M3: Área para prateleiras porta-paletes
M4: Nova balança
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