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CURSO DE FILOSOFIA

Prof. Leandro Andrade da Rocha


(www.cogitomagister.blogspot.com)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 – A FILOSOFIA E A CIÊNCIA

O objetivo desta primeira situação de aprendizagem é o desenvolvimento de uma imagem crítica da ciência,
baseando no pensamento de David Hume, Bertrand Russel, Karl Popper e Thomas Kuhn, abordaremos
principalmente a questão da Indução e da Dedução.

1. A Ciência – O que é a ciência? Ela tem limites? 1


A ciência, como se sabe, é responsável por apresentar soluções para os problemas que costumam infelicitar o
homem. Os primeiros pensamentos científicos surgiram nos séculos XVI e XVII, através de obras como as do astrônomo
Galileu Galilei, do médico William Harvey e do multimídia Leonardo da Vinci. Depois veio o francês René Descartes, que
começou a aplicar conceitos da matemática ao entendimento filosófico, plantando, dessa forma, os alicerces do
Racionalismo e da Metodologia Científica. Descartes afirmava que a única maneira da fazer ciência é “duvidar de tudo”.
Escreveu o livro Discurso do Método, publicado em 1637, criando o método cartesiano, que tinha quatro princípios:
a) aceitar como verdadeiro só o que está claro;
b) dividir cada problema em partes menores;
c) ligar o conhecimento da cada parte ao todo e
d) levar em conta cada possibilidade de erro, por menor que seja.

Portanto, a ciência existe para perguntar e para responder, e o faz através do método, que usa a chamada
indução. Enquanto a dedução é à base da lógica clássica, a indução é à base da ciência. E podemos utilizá-la em
nossa vida prática. Passamos a vida tentando “deduzir”, quando podíamos também “induzir”.

2. Como podemos identificar a Dedução e a Indução?


a) Dedução: De origem latina, deduzir significa “levar”. O método dedutivo parte do geral para o particular.
Quando deduzimos algo, partimos de premissas já conhecidas, portanto chegamos a verdades
praticamente inquestionáveis. Por exemplo, voltando a Descartes, todos os homens que existem pensam. Eu
penso, logo existo. Esse exercício também pode ser chamado de silogismo, que é a forma clássica do
raciocínio dedutivo. A dedução pode ser apenas um exercício do pensamento
b) Indução: Induzir significa “trazer”. O método indutivo, parte do particular para o universal. A indução é mais
complexa. Ao partir do particular para o geral, está buscando a generalização, que é muito mais difícil de ser
provada. A indução depende também da experiência. E é nesse ponto que surge a ciência. No método
experimental, para provar premissas especulativas.

Sabendo que a ciência é, sem dúvida, uma atividade racional e, por isso, se vale de regras da lógica para
fundamentar seus conhecimentos. No entanto, a indução não parte de regras lógicas para se legitimar, ela parte da
experiência. A experiência pode parecer racional, mas não é, pois esta envolvida com os sentidos, e não com o
raciocínio. Vejamos o que diz o filósofo David Hume sobre o assunto:

“Entretanto, não chegamos ainda a nenhuma resposta satisfatória a respeito da primeira questão proposta. Cada solução
gera uma nova questão tão difícil como a precedente e nos conduz a novas investigações. Quando se pergunta: qual é a
natureza de todos os nossos raciocínios sobre os fatos? A resposta conveniente parece ser que eles se fundam na
relação de causa eefeito. Quando se pergunta: qual é o fundamento de todos os nossos raciocínios e conclusões sobre
essa relação? Pode-se replicar numa palavra: a experiência. Mas, se ainda continuarmos com a disposição de esmiuçar
o problema e insistirmos: qual é o fundamento de todas as conclusões derivadas da experiência? Esta pergunta implica
uma nova questão que pode ser desolução e explicação mais difíceis. Os filósofos que se dão ares de sabedoria superior
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e suficiência têm uma tarefa difícil quando se defrontam com pessoas com disposições inquisitivas, que os desalojam de
todos os esconderijos em que se refugiam, e que estão seguras delevá-los finalmente a um perigoso dilema. O melhor
recurso para evitar esta confusão consiste em ter modestas pretensões e descobrir nós mesmos as dificuldades antes
que nos sejam objetadas. Desta maneira, faremos de nossa ignorância uma virtude.”

(Investigação sobre o Entendimento Humano (Seção IV: Dúvidas céticas sobre as operações do entendimento por David Hume)

O texto expoe claramente dois questionamentos básicos:


a) Qual é a natureza de todos os nossos raciocínios sobre os fatos?
b) Qual é o fundamento sobre o raciocínio a respeito dessa relação?

Podemos perceber que David Hume propõe uma visão não crítica da ciência, ou seja, valoriza sobremaneira a
“experiência”, na prática defende a importância do método indutivo, com base na observação de um grande número de
experiências, por meio dos sentidos. Para exemplificar o método indutivo, utilizaremos o exemplo de Bertrand Russell:
1. Certo peru foi alimentado durante um ano às 9 horas (dado)
2. Ele criou, então, uma lei: sou alimentado todos os dias às 9 horas (teoria)
3. Amanhã, às 9 horas, serei alimentado (previsão)
4. No entanto, houve um problema com a previsão, pois, no dia seguinte à sua previsão, ele foi degolado porque era
véspera de Natal e ele seria servido na ceia.

Diante desse exemplo, podemos pensar: O que aconteceria se a lei ou a teoria falhassem? As leis da
natureza são interpretações que fazemos dela, cada principio cientifico pode ser contrariado pela natureza, porque ela
não é fundamentada na razão, mas pela experiência. A experiência é sempre única, portanto, quando pensamentos que
a ciência é uma garantia da verdade, estamos tendo uma visão “não crítica da ciência”

3. O Falsificacionismo
Depois de termos vistos alguns problemas e soluções ligados a indução, vamos estudar alguns filósofos que
reconheceram a importância da atividade científica, mesmo admitindo que ela não seja capaz de dar todas as respostas
e entendo-a como baseada na indução, acreditam que mesmo assim, a ciência oferece as melhores explicações
possíveis.
Para os falsificacionistas, entre os quais Karl Popper, o valor do conhecimento científico não vem da
observação de experiências, mas da possibilidade da teoria ser contrariada, ou melhor, falseada. No um primeiro
momento, acreditava-se que a ciência comportava todas as verdades com base na criação de métodos e teorias (leis)
que surgiram pela observação da natureza, segundo a visão indutiva. Com a ideia de que a teoria precede a experiência
os falsificacionistas admitem que toda explicação científica é hipotética, no entanto é a melhor que temos. Segundo
Popper quando mais uma teoria pode ser falseada, melhor seria ela. No momento que uma teoria é falseada, o cientista
tentará melhorar-la ou se não conseguir melhorar vai abandoná-la. Segundo os falsificacionistas uma teoria seria boa se”
a) For clara e precisa, não podendo ser obscura ou deixar margem para várias interpretações;
b) Deve permitir a falsificabilidade;
c) Deve ser ousada, para conseguir progredir em busca de um conhecimento aprofundado sobre a realidade.
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Teorias que não podemos ser falseadas, não podem ser boas teorias, pois a ciência progride pela tentativa de
superação das teorias.
O filósofo Thomas Kuhn afirmava que a ciência é uma atividade racional humana, porém é influenciada por
problemas humanos de natureza variada. Ele percebeu que essas influências são inerentes a racionalidade humana
e se propôs a pensar a ciência como base nelas e de acordo com a seguinte linha de desenvolvimento:
1) Pré-Ciência
2) Ciência Normal
3) Crise
4) Revolução Cientifica
5) Nova Ciência Normal
O conceito mais importante é a de paradigma, que é o modelo da ciência normal, pois os cientistas procuram
orientar suas pesquisas com base no modelo, de maneira a preservar a verdade científica. Para Kuhn a ciência
normal é determinada pela forma histórica de fazer ciência, essa forma de fazer ou pensar é o paradigma, quando o
cientista não consegue explicar alguns fenômenos surge à anomalia, e a partir da anomalia, inicia-se uma crítica ao
paradigma científico, e com isso ocorre uma nova revolução científica.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 - INTRODUÇÃO A FILOSOFIA DA RELIGIÃO

O objetivo dessa situação de aprendizagem é apresentar o uso da racionalidade relacionada à existência de


Deus ou do fenômeno religioso em si, é importante salientar que não é objetivo da filosofia, provar a existência de
Deus, apenas orientar para reflexão lógica. Seguiremos a análise científica de Immanuel Kant, Tomas de Aquino,
Santo Anselmo e Montesquieu.
1. Seria possível conhecer Deus com base na razão?
Para iniciarmos nosso estudos sobre Filosofia da Religião, parrtiremos da destinção das duas principais linhas de
reflexão sobre o assunto:
a) Argumentos Racionais (pensar) – Argumento Objetivo
b) Argumentos Emocionais (sentir) – Argumento Subjetivo
O argumento objetivo, parte da demonstração racional, parte de uma analise racional e metódica, o
argumento subetivo parte do entendimento emocional, nem sempre demonstrável racionalmente e funfamentado
na experiência pessoal do individuo.
2. Argumentos Ontológicos
O argumento ontológico pretende demonstrar a existência de Deus por meios puramente conceituais. Primeiramente
formulado por Anselmo (1033-1109) no séc. XI encontram-se diferentes variantes do mesmo em Tomás de Aquino
(1225-1274), Descartes (1596-1650) e Leibniz (1646-1716). A estrutura do argumento é basicamente a seguinte:
1. Deus é o ser acima do qual nada de maior pode ser pensado.
2. A ideia de ser acima do qual nada de maior pode ser pensada existe na nossa consciência.
3. Se o ser correspondente a esta ideia não existisse, teria que faltar um predicado à ideia do mesmo, a saber, o
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predicado da existência, pelo que, nessas condições, essa ideia já não seria a do ser acima do qual nada de maior
pode ser pensado, uma vez que seria lícito pensar-se num outro ser que tivesse exatamente os mesmos predicados
que o anterior e, para além desses, também o da existência.
4. Logo, se a ideia de ser acima do qual nada de maior pode ser pensado existe, então o ser que lhe corresponde tem
também que existir pois, se esse não for o caso, a ideia em causa deixa de ser a ideia que é, o que constitui uma
contradição.
Um contemporâneo de Anselmo de Aosta, o monge Gaunilo de Marmoutiers, elaborou uma refutação do argumento
de Anselmo por meio de uma reductio ad absurdum do mesmo. A reductio de Gaunilo tem o seguinte aspecto:
1. Perdida é a ilha paradisíaca mais perfeita e agradável que qualquer outra.
2. A ideia de ilha paradisíaca mais perfeita e agradável que qualquer outra existe na nossa consciência.
3. Se a ilha real a que esta ideia corresponde não existisse, teria que faltar um predicado à ideia, a saber, o
predicado da existência, pelo que então essa ideia já não seria a ideia da ilha paradisíaca mais perfeita e
agradável que qualquer outra, uma vez que seria possível pensar-se numa outra ilha que tivesse
exatamente as mesmas propriedades de Perdida e ainda a propriedade da existência.
4. Logo, se a ideia de ilha paradisíaca mais perfeita e agradável que qualquer outra existe, então o objeto que
lhe corresponde tem também que existir, pois, se esse não for o caso, a ideia em causa deixa de ser a ideia
que é o que constitui uma contradição.

3. Argumentos Kantianos – A Razão Pátrica x Razão Pura


O Filósofo Immanuel Kant considera não ser possível provar a existência de Deus pelo razão, pois não existe
uma relação entre a lógica e o mundo da experência. Para ele o homem é um ser que pensar por meio de categorias
limitadas, qualquer ser que esteja fora dessas categorias não é possível ser conhecidas pelo homem. Deus,
portanto, estaria fora dessas categorias, por isso não poderíamos provar sua existência. O exemplo kantiano abaixo
é no mínimo interessante:

Quando vemos uma grande obra, pensamos que algo ou alguém a construiu. No entanto, apenas podemos supor
isso. A prova da exisência de Deus, que se refere a causa inicial, não pode ser uma prova, ela é uma suposição de
que algo ou alguém fez no mundo. Uma suposição não é uma prova.
Para Kant, a razão pura não prova a exisência de Deus. Para pensar a realidade precisamos de uma razão que
se fundamenta na experiência, ou seja, na razão prática. A razão prática considera que, para conseguirmos
objetivos, é preciso encontrar o melhor caminho, ela se dá na ação do homem no mundo.

4. Argumento Montesquieu – Uniformidade e Diferença


Podemos perceber que não existe uma de resposta definiva ou única sobre o assunto, separemos um trecho do
filósofo iluminista Montesquieu do livro “The Spiriti of Laws:

“Existem certas idéias de uniformidade que se apossam algumas vezes dos grandes espíritos (...), mas impressionam
infalivelmente os pequenos. Eles encontram nelas um gênero de perfeição que reconhecem, porque é impossível não
descobri-la: os mesmos pesos na polícia, as mesmas medidas no comércio, as mesmas leis no Estado, a mesma religião
em todas as suas partes. Mas será que isso está sempre correto, sem exceção? O mal de mudar é sempre menor do que 5
o mal de suportar? E não estaria a grandeza do gênio mais em saber em que casos é preciso uniformidade e em que
casos se precisam de diferenças?” (Montesquieu)

Ou seja, o termo mais apropriado é sempre o respeito as diferenças, evitando-se a violência da intolerância
religiosa e dos preconceitos inerentes a mesma. Tolerar é suportar a pessoa que é diferente, o que é melhor do que
a violência. Por essa razão a prática da alteridade é mais indicada, esta seria o encontrar no outro, aquilo que
muitas vezes não entendemos, uma forma de crescimento próprio, é respeitar e admirar quem não é como nós.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 – MITO E CULTURA

O objetivo desta situação de aprendizagem é compreender a dimensão simbólica do homem e a dimensão


simbólica da cultura. Para aprofundamento na questão utilizaremos alguns trechos de Platão e do filósofo Ernest
Cassirer debatendo conceitos como etnocentrismo, relativismo cultural e alteridade.
1. A Narrativa do Mito
Um mito é uma narrativa sobre a origem de alguma coisa (origem dos astros, da Terra, dos homens, etc). A palavra mito
vem do grego, mythos, e deriva de dois verbos: do verbo mytheyo (contar, narrar, falar alguma coisa para outros) e do verbo
mytheo (conversar, contar, anunciar, nomear, designar). Para os gregos, mito é um discurso pronunciado ou proferido para ouvintes
que recebem como verdadeira a narrativa, por que confiam naquele que narra: é uma narrativa feita em publico, na autoridade e
confiabilidade da pessoa do narrador. Mesmo com o nascimento da Filosofia, como ciência racional o Mito continuou
sendo utilizado, até mesmo pelos filósofos, vejamos o filósofo Platão, seu mito narra a origem do amor, isto é, o
nascimento do deus Eros, exemplo extraído do Banquete 203a, de Platão:

“Quando nasceu Afrodite, banqueteavam-se os deuses, e entre os demais se encontrava também o filho de Prudência, Recurso.
Depois que acabaram de jantar, veio para esmolar do festim a Pobreza, e ficou na porta. Ora, Recurso, embriagado com o néctar –
pois o vinho ainda não havia – penetrou o jardim de Zeus e, pesado, adormeceu. Pobreza então, tramando em sua falta de recurso
engendrar um filho de Recurso, deita-se ao seu lado e pronto concebe o Amor. Eis por que ficou companheiro e servo de Afrodite o
Amor, gerado em seu natalício, ao mesmo tempo em que por natureza amante do belo, porque também Afrodite é bela. E por ser
filho o Amor de Recurso e de Pobreza foi esta a condição em que ele ficou. Primeiramente ele é sempre pobre, e longe está de ser
delicado e belo, como a maioria imagina, mas é duro, seco, descalço e sem lar, sempre por terra e sem forro, deitando-se ao
desabrigo, às portas e nos caminhos, porque tem a natureza da mãe, sempre convivendo com a precisão. Segundo o pai, porém,
ele é insidioso com o que é belo e bom, e corajoso, decidido e enérgico, caçador terrível, sempre a tecer maquinações, ávido de
sabedoria e cheio de recursos, a filosofar por toda a vida, terrível mago, feiticeiro, sofista: e nem imortal é a sua natureza nem
mortal, e no mesmo dia ora ele germina e vive, quando enriquece; ora morre e de novo ressuscita, graças à natureza do pai; e o que
consegue sempre lhe escapa, de modo que nem empobrece o Amor nem enriquece, assim como também está no meio da
sabedoria e da ignorância. Eis com efeito o que se dá (Platão – O Banquete)
O filósofo Ernest Cassirer, no livro A Filosofia das formas simbólicas desenvolve profunda reflexão sobre os
mitos. Para ele o mito seria a primeira forma de interpretação do mundo, que deu lugar depois a religião, sem que esta
lhe seja superior. Todo contato do homem com a natureza por meio de símbolos. O homem toca o mundo pelos signos.
Os símbolos são partilhados por várias culturas, cada símbolo corresponde a um significado do mundo. O homem para 6
Cassirer é um ser simbólico porque compreende o mundo e os outros, por meio de símbolos, ritos e gestos.
2. Do Mito à Cultura
Em geral podemos dizer que a cultura é a ação dos homens com ou sobre a natureza, por meio da objetivação
da consciência (Hegel), pelo trabalho em sociedade (Marx), pela instituição de símbolos (Cassirer), por meio de um
contrato social (Rousseau). Podemos apresentar dentro do conceito de cultura os seguintes temas:
a) Etnocentrismo – Toda vez que há uma ação etnocêntrica, deflagramos atos de violência contra o outro, pois o
ele é uma visão do mundo onde o “nosso grupo” é tomado como centro de tudo e todos os outros são
pensados e sentidos através dos nossos próprios valores e nossas definições do que é existência. No plano
intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, como sentimentos de
estranheza, medo, hostilidade, etc. Sugere sempre a superioridade de uma religião ou grupo sobre o outro.
b) Relativismo Cultural – Ë o olhar que devemos destinar as outras pessoas sabendo que nosso juízo esta
submetido aos nossos valores. Todos os valores são criados em meio ao processo cultural das sociedades,
assim como cada pessoa vê o outro de uma forma, nós também somos vistos e considerados com base na
nossa própria cultura.
c) Alteridade – A palavra alteridade possui o significado de se colocar no lugar do outro, com consideração,
valorização, identificação e dialogar com o outro. A prática da alteridade se conecta aos relacionamentos tanto
entre indivíduos como entre grupos culturais religiosos, científicos, étnicos, etc.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 – INTRODUÇÃO À FILOSOFIA DA ARTE – NIETZSCHE

O objetivo central desta unidade é perceber a importância fundamental do conhecimento existencial dos seres
humanos, conheceremos brevemente a base do pensamento estético em Nietzsche.
1. O que é a Estética?
A estética é um ramo da filosofia que se ocupa das questões tradicionalmente ligadas às artes, como o belo, o
feio, o gosto, os estilos e as teorias da criação e da percepção artísticas. Do ponto de vista estritamente filosófico, a
estética estuda racionalmente o belo e o sentimento que este desperta nos homens. A palavra estética vem do grego
aisthesise significa "faculdade de sentir". Aprofundando um pouco esta idéia, vemos que, no mundo atual, a função da
arte e o seu valor não estão no copiar a realidade, mas sim na representação simbólica do mundo humano. Assim, a arte
também é um dos modos pelos quais o homem atribui sentido à realidade que o cerca, e uma forma de organização que
transforma experiência, o vivido, em objeto de conhecimento, sendo, portanto, simbólica.
2. Como Nietzsche compreende a Estética?
Nietzsche vê a estética nos gregos pré socráticos, o verdadeiro sentido estético.Pois através da tragédia o que o
ser humano vive: a dor, o sofrimento, a catarse, a liberação dos sentimentos, essa vulnerabilidade é o que humaniza o
homem.Através das tragédias o homem consegue ver a crueldade e ter compaixão pelo personagem, porque percebe
sua humanidade. Então nietzsche recuperou essa estética a através dessa forma literária que é a tragédia grega. Pois
somente através dessas observações o homem pode pensar em sua própria expectativa estética e histórica. Logo ele vai
definir que dualidade da visão estética do Apolíneo e do Dionísíaco, um representando pela construção do otimismo, e a
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a outra pelo retorno a natureza, da ruptura, do pessimismo, porém estes dois fatores são inseparáveis e importantes.

Questionário Nº 03
1. Como podemos explicar filosoficamente o Mito e consequentemente sua aplicação tanto nas sociedades antigas como
nas sociedades contemporâneas?
2. Como Ernest Cassirer explica a importância do Mito dentro da histórica da humanidade?
3. Qual o significado filosofico de Etnocentrismo? Justifique sua resposta.
4. Explique brevemente o conceito de Relativismo Cultural.
5. Qual o significado filosófico de Alteridade? Qual a sua aplicação dentro da sociedade?
6. Pesquise sobre as biografias de: Ernest Cassirrer, Hegel e Karl Marx elaborando um pequeno resumo sobre suas
principais coloborações para a Filosofia.

Questionário Nº 04
1. O que seria a Estética dentro da Filosofia? Qual a sua aplicação?
2. Como Nietzsche explica a importância da Estética?
3. Explique a visão do Apolíneo e Dionísíaco de Nietzsche elaborando um quadro comparativo.
4. Pesquise sobre as biografias de Nietzsche elaborando um pequeno resumo sobre suas principais obras e
colaborações para a Filosofia.

Maiores informações:
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