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Background

O Sacrifício dos Croatan

Nos Bancos Externos da Carolina do Norte, especificamente na Ilha Roanoke, no ano de 1589. A Devoradora de
Almas se manifestou no local da Colônia Perdida e a tribo inteira dos Croatan — cerca de mil Garou — se reuniu ali
para banir a Devoradora de Almas da única forma que eles conhecem. Eles planejam sacrificar toda a tribo e assim
devolver da Devoradora de Almas, Jipijka’m, como eles a chamam, para a Umbra. Historicamente, os únicos
europeus na Ilha Roanoke na época da Colônia Perdida foram, bem, perdidos; nenhum escapou para ter filhos mais
tarde. O Roedor de Ossos William Wythers é um Garou europeu que conseguiu conquistar a confiança dos Croatan e
sobreviveu aos eventos do sacrifício. Ancestrais nativos se encontram entre os Uktena e Wendigo que vieram dar
seu adeus ao Irmão do Meio.
Um punhado de Uktena e Wendigo de nações de toda a Costa Leste, todos vestidos com vestimentas da América
pré-colonial. Alguns estão em Glabro, outros em Crinos. Todos parecem muito tensos, com a exceção de um velho
apache que parece mais perdido em seus pensamentos do que qualquer outra coisa. Os Garou se reunidos aqui são
alguns dos mais queridos amigos dos Croatan. Entre eles estão o jovem guerreiro Wendigo Pequena Raposa, amigo
de Wanchese, e o famoso Ragabash Uktena Velha Águia Vermelha, dos apache. Apesar dos Croatan não convidarem
outros a participar de seu sacrifício, o pequeno grupo na vila são aqueles que vieram de própria vontade, para ouvir
os últimos uivos de guerra do Irmão do Meio e para assegurar que a corrupção não se espalhe mais. A vila em si é
protegida por um grande ritual executado por Velha Águia Vermelha.

Devoradora de Almas

A Devoradora de Almas é gigantesca, e repugnante, e aterradora. Fisicamente, ela é um gigantesco corpo de carne
preta arroxeada que goteja com supurações. Não possui olhos, apenas enormes dentes trituradores que mudam de
posição em suas gengivas amorfas e sem mandíbula, como um deslize de terra interminável. Ela não é, como se
esperaria, inchada e corpulenta — não, sua forma muscular contrai como o estômago de um homem faminto,
mesmo enquanto outra carga gigantesca de matéria é pulverizada e engolida. Malditos da voracidade materializados
escalam pelo seu corpo, arremessados ao ar sempre que os espasmos da criatura os deslocam. Ela golpeia contra o
solo de uma maneira ou de outra, pegando tudo que está mais próximo e devorando — o que é, terrivelmente, os
Croatan.

Tapeesa Kawennahere

Tapeesa (significa: Flor do Ártico) é uma descendente de Inuit que mora em Yorkton no
Canada com seu pai, Nanouk (significa: Urso Polar). Tapeesa nunca conheceu sua mãe,
mas seu pai a revelou desde que se entende por pessoa, e teve a curiosidade para
pergunta, que sua mãe vive longe da família pra proteger os interesses dos Inuit. A mãe
dela se chama Alasie (significa: Ela que é honesta e nobre), e a pequena criança nunca
entendeu por que sua mãe não vinha visita-la, e nem ao menos dava qualquer
informação de seu paradeiro. Quem também sempre viveu próximo a Tapeesa eram seu
avô, Pana (significa: Deus que cuida das almas do submundo antes de sua reencarnação)
que também é o xamã da comunidade, e sua tia, Atiqtalik (significa: Mãe urso polar).
Tapeesa sempre foi carismática, ou pelo menos tentou ser com as pessoas ao seu redor.
Seu avô sua tia e seu pai sempre souberam lhe dar com ela, mesmo ela sendo
extremamente emotiva enquanto também sabia guardar seus sentimentos de frustação e segredos. Quando os
sentimentos a afloravam agia impulsivamente. Na comunidade ela era bem recebida com educação apesar de alguns
membros a tratar com desconfiança, como se fosse uma menina travessa e com um gênio pra aprontar problemas.
Não o ancião Inuksuk, líder da comunidade, que desde que a garota tinha 5 anos já conversava com o pai e avô dela
sobre o futuro. Em meio a sociedade mundana Tapeesa era separada por ser nativo-americana. Preconceito e
discriminação abertos não aconteciam, pois, as pessoas tinham medo da retaliação feita pela sociedade movidos
pelo “politicamente correto”. Movimentos sociais movidos por ideologias coletivistas e de combate em prol do
direito das minorias mantinham crianças nativo-americanas como Tapeesa sendo integradas a sociedade. Ela
conseguiu com isso sempre ter uma vaga na melhor escola de Yorkton, onde a maioria dos alunos era descendente
de europeus, ou metis. Tapeesa era parte de um grupo de crianças beneficiadas, da comunidade Inuit, por
movimentos sociais que defendem a renovação das culturas nativo-americanas no Canada. Um dos movimentos
mais ativos em Yorkton e em Saskatchewan é a Dança-Fantasma, um movimento que tentar renovar as tradições de
preservação da terra e das culturas nativo-americanas como os Cree e os Inuit.
Mas no dia a dia na escola, na pratica, as coisas eram um pouco diferentes. Tapeesa nunca foi bem acolhida pelas
outras crianças. Nunca fez muitos amigos. Ela era reconhecida como uma colega de sala, era protegia de abusos de
crianças mais preconceituosa por “coleguinhas” que tinham pais militantes a causa Inuit, mas isso era pouco para
faze-la se integrar totalmente. Com o tempo foram poucos que tinha Tapeesa como amiga. O mais estranho é que
com o passar do tempo até outras crianças Inuit não queria ser suas amigas.

Noivado e volleyball

Como nunca conseguiu se integrar as outras crianças de sua idade Tapeesa tinha poucos
amigos. Na escola só uma outra garota, uma metis, descendente de franceses tinha
realmente se tornado sua amiga. Os pais que trabalham em uma ONG com escritório em
Yorkton, e lutam pela revitalização da cultura Inuit no Canada. Por causa disso os pais da
garota sempre visitam a comunidade que Tapeesa mora e sempre que podem deixam a
filha brincando na casa dela, ou chamam a pequena Inuit para acompanha-los pela
comunidade, ao lado da amiguinha filha do casal ativista. Cris sempre disse que Tapeesa
era bem atlética. As duas costumam a nada num rio próximo a comunidade. Bem isolado
perto de uma reserva protegida.
Saindo pela cerca do quintal da casa de Tapeesa pode chegar no local
onde elas costumavam a brinca com 20 minutos. Como Tapeesa sempre
gosto muito de nada, sua amiga dizia que ela devia praticar algum esporte
na escola. “pelo menos você dar o troca na garotas chatas de lá”.
Incentivado pela amiga aos 10 anos Tapeesa começa a praticar vôlei no
clube da escola. Algumas garotas do time não acharam tão bom, mas
como Tapeesa era aluna do projeto financiado pela Dança-Fantasma a
treinadora do time achou uma boa ideia.
Elas acertaram em cheio. Tapeesa mesmo não tendo altura para ser
jogadora de vôlei era um verdadeiro talento como levantadora. A criança
começou a amar o esporte. Mesmo com metade das garotas do time a rejeitando
(a outra metade foi obrigada e reconhecer o talento da menina Inuit, e aos pouco
foram aceitanto-na, mas sem realmente virarem amigas) Tapeesa nunca desistiu
do esporte, pois ela realmente gostava de como ela se sentia bem jogando vôlei.
Quando estava com 10 anos Tapeesa ficou sabendo por sua família, durante uma
confraternização Inuit da comunidade, que ela fora prometida para se casar com
o filho do ancião, que na época estava com 20 anos. Por ser neta do xamã da
comunidade quando alcançasse a maior idade ela se casaria com Pilip, filho do
ancião. Na comunidade todos comemoraram o noivado arranjado.
Para Tapeesa que sempre foi ignorada na maior parte das vezes pelos seus iguais parecia tudo incrível. Ter a atenção
de todos um pouco, e ao mesmo tempo manter a tradição de seu povo honrando seu pai, avô e tia que ela amava
parecia ser muito bom. Seu noivo sendo mais velho sempre tratou Tapeesa com respeito, enquanto criança a tratou
como irmão mais velho sempre prestativo com ela, quando chegasse a puberdade ele seria seu melhor amigo, que
lhe daria conselhos quando ela precisasse, e quando ela finalmente fosse adulta seria seu marido e amante, e pai
dos filhos da Inuit neta do xamã.
Desse dia em diante como parte de suas novas obrigações Tapeesa teria que depois de chegar da escola ir até a casa
do ancião, seu futuro sogro, e ajuda-lo em afazeres domésticos, já que seu noivo, agora advogado em formação,
trabalhava meio período para a mesma ONG dos pais de sua melhor amiga.

Movimentos Sociais e Universitárias

Tendo seu noivo sempre envolvido em causas sociais e sua amiga cada vez mais
seguindo o caminho de militâncias dos pais, Tapeesa começou a se ver em
movimentos e manifestações em prol de minorias. Ela nunca se destacava como
Chris, sua melhor amiga, mas estava sempre junto com ela. Através dos movimen tos
sociais, e por ser uma ótima promessa para o vôlei, Tapeesa conseguiu uma vaga no
melhor Colégio da cidade. Ela poderia praticar seu esporte favorito agora com uma
maior chance de jogar fora da cidade. Ela descobriu que sua melhor amiga era lesbica
quando a viu beijar outra garota em um dos movimentos
de rua. Isso a deixou sem saber o que achar. Ela gostava da
amiga, mas se sentia perdida com essa descoberta.
Tapeesa não rejeito a amizade com Chris, e agora que ela
fazia parte de um tipo de minoria Chris começou a se
aproxima ainda mais da amiga Inuit e deixou de sair com as
garotas mais conservadoras. Chris começou a ficar com
garotas diferente em cada situação que surgia. Tapeesa a questionava por isso, não por
preconceito, mas que seria bom ela encontrar alguém só para ela. Chris questionava a
obediência de Tapeesa em aceitar algo tão machista como um casamento arranjado.
Mesmo com essa diferença de opinião elas sempre seriam boas amigas. O que ocorria na
verdade era que Chris era apaixonada pela amiga, mas nunca revelava a Tapeesa sobre
isso, pois temia que isso acabasse com a amizade delas.
Chris apresentou a Tapeesa as garotas universitárias
que jogavam vôlei na quadra do Colégio delas nos fins
de semana. As garotas deixaram a Inuit de 15 anos
participar das partidas de fim de semana. No inicio
Tapeesa sofreu com o ritmo das adolescentes
universitárias que era muito maior e melhor que o
dela que era apenas uma colegial. Mas rapidamente
ela começou a
aprender, o que
chamou atenção
das garotas mais
velhas. Elas logo
tornaram Tapeesa parte do grupo que se divertia nos jogos de final de semana, e
Tapeesa seria a única colegial que conseguia jogar com as universitárias, ganhando
o apelido das garotas de “Pirralha-Desaforada”, ou simplesmente, Tapi.
Foi jogando com as universitárias nos fins de semana que Tapeesa melhorou muito
no vôlei, mas mesmo assim ela nunca fora popular por ser a melhor jogadora do
colégio. Pelo contrario, ela não tinha nenhuma amizade a não ser a Chris. E isso a
deixava um pouco frustrada. Ela sempre recebia apoio de sua família, e de seu
sogro e noivo, além dos seus “tios”, os pais da Chris. Sua amiga dizia direto que era um boicote das “conservadias”.
Ela falava pra Tapeesa não ligar, já que provavelmente ela não irá se vingar como Chris gostaria. Mas a cada dia que
passava uma frustração e raiva crescia na garota.
Jogar no fim de semana com as garotas da universidade estava sendo mais prazeroso do que pelo seu time. Ela
gostava de jogar representando algo, e contra garotas de colégios do estado, viajar pra outras cidades, e mesmo que
por um momento durante os jogos a torcida aplaudia suas jogadas. Uma das garotas da universidade perguntou
sobre o que Tapeesa pensava para o futuro. Ela começou a falar de curso universitários e um chamou a atenção de
Tapeesa. O curso de linguagem. O estudo das línguas diferente e sua aplicação na história da humanidade parecia
interessante, principalmente por que parecia uma forma de estudar as histórias de seu povo de uma forma
diferente. Entende como a comunicação influiu nos primeiros contatos dos povos americanos com os europeus, dos
europeus com os africanos e assim por diante. Como a língua é importante na hora de intender e passar mensagens.
Tapeesa tinha se decidido que era essa a faculdade que iria fazer, talvez na capital do estado as coisas fossem
diferentes. Ela só precisaria conversa com seu noivo e sogro quando chegasse a hora, pois provavelmente terminaria
o colegial um pouco antes da maior idade e de seu casamento, mas como seu noivo sempre a apoiava nas coisas ela
achava que conseguiria.
Tapeesa respeitava o noivo, mas a verdade é que nunca sentira um amor por ele. Nem uma paixão. Gostava dele
muito, e aceitava o casamento. Ela acreditava que casados eles seriam felizes. Mas não sentia desejo ou atração. Ela
esperava que isso não a fizesse mudar e estragar tudo, pois ela gostava da ideia de seguir as tradições de seu povo...
Mas esse casamento jamais chegaria...

Após a Primeira Mudança

Na Seita dos Sete Clãs na Carolina do Norte, uma seita


com um caern pertencente a tribo Uktena, os anciões da
seita recebem uma mensagem enviada pelo Wendigos.
Um filho perdido dos Uktena foi encontrado em
Yorkton, no Canada. Um Wendigo guardião de
conhecimento, que faz parte da seita local identificou
algo que não poderia deixar de ser avisado ao “Irmão
Mais Velho”. Que se trata de um filhote de Raça Pura, e
provavelmente e descendente do Uktena que
presenciou a os últimos momento do “Irmão do Meio”,
Velha Águia Vermelha. Eles dizem que claramente é um
filhote de Raça Pura, e que o Mestre de Cerimonias,
recebeu um sinal do Ancestral Uktena. O “Irmão Mais
Novo” também avisa de quem se trata e diz que o
filhote vive na cidade com 3 parentes vivos.

Em reunião os anciões da Seita dos Sete Clãs debatem


sobre o ocorrido. Com certeza é uma benção para a tribo.
Mas eles também sabem que os Wendigos só fizeram
questão de avisar por que se tratava de uma filhote de
Raça pura, de um ancestral importante para os Uktenas, e
respeitado pelos Wendigos. Os anciões Uktena sabem que
muito do antigo respeito que os Wendigos tinham por eles
esta se perdendo quando o Irmão Mais Velho resolveu se
adaptar aos novos tempos.
A filhote perdida não deve ser retirada do norte ainda
mesmo assim. Se é como os mensageiros falam ela é de
Raça Pura e é considerada pelo membros do Irmão Mais Novo, uma descendente pura sem sangue branco. A criança
foi enviada para lá para ser protegida e guardada, retira-la de lá sem ela provar que mereceu essa proteção poderia
irritar os Wendigos e fragilizar ainda mais a relação entre os dois irmãos. A Seita dos Sete Clãs decide então enviar
um ancião, sob a autorização dos líderes da seita, para educar a filhote perdida.

Uma Semana Depois

Depois da sua primeira mudança Tapeesa ficou


em casa por uma semana confinada. Não que ela
quisesse sair. Ela não sabia o que tinha acontecido
com ela. Ela conseguia ouvir pela janela fechada
seu pai falar com Chris do lado de fora. A Amiga ia
lá todos dia preocupada com ela. Tanto para Chris
quanto para o colégio, Tapeesa estava bastante
doente.
Depois de uma semana seu pai decidiu que ela
devia voltar a frequentar a casa do ancião, mas
não as aulas por enquanto. Na casa do ancião ele
revelou a ela que não precisaria mas que Tapeesa cuidasse dele, e que ela deveria cuidar de outro ancião. Ela
deveria ir até ele agora. Ao perguntar onde ela o ancião respondeu calmamente, “você vai descobrir, agora vá”. Ela
volta para casa frustrada e fala com o pai sem entender o que esta acontecendo. Seu pai diz que se foi decisão do
ancião ela devia fazer. Seu pai diz que ela deverir se arrumar e ir, para não se atrasar, mesmo que não soubesse
onde é. Tapeesa sai de casa muito confusa e aborrecida. Ela se dirige até o rio onde ela e Chris custumam a ir tomar
banho.
Depois de passar um tempo frustrada sem
enteder o que estava acontecendo ela escuta
uma voz sussurando por seu nome, “Tapeesa, eu
ainda estou lhe esperando”. Ela se assusta, mas
sabe de onde a voz veio. Em direção a floresta,
subindo o rio. A garota estava assustada, mas
ainda mais frustrada por esta achando que
estava ficando louca. Sem outra auternativa, ou
pelo menos era isso que Tapeesa dizia a si
mesma ela começou a subir o rio pela mata. Na
verdade um instinto de curiosidade a tomava
agora. Após 1 hora seguindo o rio pela mata
estava dificil anda pois a mata ficava cada vez
mais fechada. Ao ponto de quase impedir de ir
mais longe. Tapeesa resolve tirar sua roupa,
guarda-la em sua bolsa, que era impermeavel, e
comaça a subir o rio, dessa vez nadando.
A sensação era estranhissima. A agua esta fria, mas pertubadoramente confortavel, e Tapeesa sentia que algo a
acompanhava no fundo do rio. Ela ficou assustada varias vezes, mas a curiosidade a fazia mergulha para observar, e
mesmo o ambiente já ficando escuro ela via bem em baixo da agua, mas nada encontrava. Houve momento que ela
achava que até os insetos fora da agua subiam o rio com ela. Depois de um tempo nadando, mas do que ela
planejava, Tapeesa avista ao longe uma luz. Parecia uma cabana tradicional nativo americana, aos 60 metro da
margem do rio.
A garota Inuit sai do rio. Veste suas roupas e se dirige até a cabana. Próximo a cabana havia uma fogueira, e em
frente a ela um velho homem sentado em um tronco perto do fogo. O velho homem claramente era um nativo
americano, provavelmente um cherokee. Quando Tapeesa se aproxima ela a olha nos fundos dos olhos, mesmo
sendo apenas um ancião Tapeesa tremeu por dentro. Seu corpo parecia velho e cançado, mas seus olhos ainda eram
bem vivos, ameaçadores, e julgativos. Tapeesa tinha certeza que ele conseguia saber tudo que podia saber, ate o
que havia em seu coração e alma, e isso a fazia ter ainda mais medo. Depois de analisa-la por alguns minutos,
quando Tapeesa estava preste a decidir se virar e sair correndo o velho ancião disse: “Garota. Tenho frio. Pegue um
coberto para mim na cabana”.
Tapeesa nada pode fazer a não ser obedecer. No interior da cabana há apenas um cochão que parece ser de
palhanochão em um canto, um circulo de pedra no centro da cabana, algumas ferramentas de ceramica. As paredes
estão todas riscadas, e olhando mais atentamente Tapeesa percebe que tem varios arranhões e entalhes por toda a
parede da cabana. Ela rapidamente acha o cobertor e leva até o ancião. Sem falar nada a garota veste o cobertor
confortavelmente nele e o acomoda. “Temos que melhorara esse fogo...” diz ele depois “... tem uma pequena bolsa
perto da entrada, peguea também”. Tapeesa obedece prontamente e ao voltar para o ancião com a bolsa ele pega
algum po de dentro dela e atira na fogueira. O fogo responde prontamente e começa a queimar com mais vida.
“Sentesse Tapeesa...”. A garota agora estava mais curiosa do que tudo, não conseguia mais esconder. Ela não dissera
uma palavra desde que chegara, não imitira nenhum som. Mas de alguma forma ela não precisava falar, por que
qualquer coisa que o ancião falasse naquele momento responderia a uma pergunta dela, de tantas que já se
formavam em sua cabeça. Ela senta no chão perto do velho ancião, ainda sentado no tronco.
“Jovem, seria sábio de sua parte aprender mais sobre os Parentes que você questiona. Um Garou carrega muitas
crenças e preconceitos de seu povo de origem, e saber o que falar e o que omitir pode fazer a diferença entre uma
recepção calorosa ou uma fria. Lembre-se também que os nomes tribais ensinados na escola eram dados as tribos
por outros — normalmente inimigos. Um ancião Uktena provavelmente não se importa de ser chamado de
Cherokee, mas chamar seus Parentes de Ani’yun’wiya ou Tslagi irá impressioná-lo, primeiro porque mostra que você
foi atencioso, e segundo por mostrar respeito usando termos antigos. Da mesma forma, quando você encontrar um
Navajo, chamá-lo de Diné fará com que ele demonstre respeito por você. Tenha certeza, é claro, que ele realmente é
um Diné, por que há muitas tribos por lá e sua tentativa de respeito pode parecer um insulto.”
Tapeesa não entendeu metade do que o ancião a explicou, e depois de tanto esta calada ela, com os olhos abertos
alem do comum, ela gaguejo antes de emitir o primeiro som depois de varios minutos, “Ah, ancião eu...”. O velho fez
gesto para ela fazer silencio novamente, e então disse, “Por que estamos reunidos aqui, jovem?”. O silencio da
jovem Inuit era confirmação que o ancião queria. “Eu sou Morte-nas-Folhas, e você veio para escutar as minhas
histórias”.

A Natureza das Percas


Tapeesa se dirigia ao rio ainda frustrada. Ela acabara de saber por Pilip que o comprimosso deles estava acabado.
Mesmo sem sentir atração por ele ela gostava da ideia do casamento para manter as tradições. Ela so não imaginava
que no fundo ela dava mais importania do que achava. “As coisas mudaram entre nos Tapeesa. As coisas mudaram,
principalmente com você”. Ela o questiona sobre o rumo que a conversa estava tomando. Pilip admite a Tapeesa
que sabe de tudo. Que assim como o Pai, avô e tia dela, ele e o seu avô, o ancião também eram parentes. Ela diz a
ele que o que ela se tornou não muda nada entre eles. Pilip explica que apartir de agora ela escolhe seu caminho. A
garota vira o rosto em silêncio, e deixa de encara-lo. O ex-noivo dela entende que a conversa acabou. Antes de ir ele
diz: “Eu gosto de você Tapeesa, e gostava de nosso noivado... so se cuide, o caminho que você trilhara agora é muito
perigoso. Apenas se cuide... se precisar de algo vou estar aqui por você, e meu avô também”.
Fazia duas semanas que ela começara a aprender com Morte-nas-Folhas
sobre quem ela era: Uma Garou. Guerreira de Gaia. Ela descobriu também
que seu pai também sabia o que ela estava fazendo todos os dias subindo
o rio. “Não precisa sair de casa pra me proteger, eu sei de tudo. Sua tia e
avô também. Então chega dessa conversa, ainda sou seu pai e você minha
filha”. As pessoas mais importantes ao redor de Tapeesa eram parentes.
Tinha o sangue Garou, mas não haviam passado pela primeira mudança.
Todos menos Chris. Faz uma semana que Tapeesa voltou a frequentar a
escola, com a permissão de Morte-nas-Folhas, e sob a atenção de seu pai.
Ela ficou aliviada. Tudo no mundo dos Garous era fascinante e ela sente
que sua vida se completou, mas ela nunca poderia abandonar o volei, e
sua melhor amiga Chris. O ancião Morte-nas-Folhas julgou que seria bom
para que ela não se afastasse demais de seu lado humano.
“Não precisa se preucupar com seus parentes”, disse Morte-nas-Folhas.
“Talvez se você souber sobre como o Uktena veio até nos faça você
entender sobre a natureza das percas que temos em nossas vidas. Você se
lembra sobre o que conte sobre o inicio dos tempos?”. “Sim, Ani’yun...”
começou Tapeesa, “Dizem que o Povo-Lobo é muito antigo, quase tão
antigo quanto o mundo. Isso talvez seja verdade, ele surgiu quando as três
crianças de Gaia — os Avôs Fumaça, Aranha e Serpente — perderam de seu
caminho e o mundo deixou de ser harmônico”. Tapeesa observou Morte-nas-Folhas, ele estava em silencio a
observando falar, ela entendeu que era a autorização para ela continuar. “Nos tempos de antigamente do Povo-
Lobo, três irmãos nasceram. O mais velho era o mais sábio, podia pensar rapidamente e então agir. O mais novo era
corajoso e imprudente, e sempre agia antes de pensar. O Irmão do Meio pensava devagar, mas uma vez que se
decidia nada o faria mudar de opinião. Quando o Povo Lobo se acomodou em seus territórios, esses três irmãos se
dirigiam ao leste, para longe dos outros”. O mentor de Tapeesa assentiu com a cabeça, depois começou: “Agora
escute, como aconteceu quando o Grande Uktena veio até nos”.
“Os Três Irmãos e seu povo eram excelentes
caçadores e viviam bem nas terras antigas até que um
ano a caça começou a ficar escassa. Apesar do inverno
ter sido ameno e cheio de chuvas, o cervo e outros
recursos ficaram escassos. Um dia o Irmão Mais Novo
estava caçando quando viu uma grande serpente
aquática se levantar do lago. Ela era tão larga como
árvores e possuía galhada e uma pedra em sua fronte.
Ela abriu a boca e fez o som do cervo, e logo um cervo
veio correndo em sua direção e pulou na boca aberta
do monstro. Então ele afundou novamente. O Irmão
Mais Novo disse “Essa serpente está comendo toda a
caça, nós iremos morrer de fome. Hai! Irei matar esse
monstro”. Então o Irmão Mais Novo esperou perto do
lago por um dia e uma noite, até que a serpente
surgiu das águas escuras. Assim que abriu sua boca e
chamou por outro cervo, o guerreiro pulou da colina e
com um grito de guerra lançou sua lança. A sua ponta poderia prender um urso a uma árvore, mas apenas
esmigalhou-se nas escamas vermelhas do monstro. Então ele golpeou com suas garras o inimigo, mas novamente
suas garras não verteram sangue, causando apenas faíscas no dorso do monstro. A criatura então voltou ao interior
do lago. Derrotado, o Irmão Mais Novo jurou fazer uma lança mais poderosa para ferir seu oponente. Mas quando
retornou para casa, descobriu que sua companheira tinha se afogado, e seu lamúrio foi tanto que ele esqueceu tudo
sobre a destruidora de caça.
“Dias passaram e a caça ficou mais escassa. O Irmão do Meio disse, “Meu povo passa fome. Preciso descobrir o que
está errado”. Então ele saiu a caçar e quando passou perto do lago ele viu a serpente se levantar e rastejar floresta
adentro, abrindo caminho entre as árvores com sua força. Após seguí-la, ele a viu comer um cervo. Ele correu antes
que ela pudesse comer e disse, “Você está comendo todos os cervos. Deixe-o ou eu a matarei!”A criatura silvou uma
risada e disse “Os cervos agora são poucos. E há coisas melhores para se comer”. E fugiu. O Irmão do Meio voltou
para casa para contar seus irmãos sobre o que tinha visto, mas descobriu que seu filho tinha caído e morrido, e seu
lamento foi tanto que ele também se esqueceu de contar aos outros sobre o monstro.
“Nos dias seguintes alguns caçadores não retornaram para casa. O Irmão Mais Velho foi investigar, e descobriu que
cada guerreiro derrubara sua lança e corria onde repousava uma serpente gigante. A todo momento o rastro da
serpente deixava o lugar, mas os dos homens não. O Irmão Mais Velho disse, “A serpente não se
contenta com caça, e agora come nossa gente”. Mas ele não foi se encontrar com a serpente, não por um tempo. Ao
invés disso, ele seguiu o monstro à distância, vendo aonde ele ia e quando ele se movia. Ele viu os rastros daqueles
que foram devorados. E ele falou com cada espírito que passava e perguntou o que eles sabiam sobre a criatura que
matava impiedosamente, mas nenhum deles sabia algo. Então ele perguntou à Gralha, que disse que o monstro era
o Uktena, cuja ira era tão grande que quem olhasse para ele perderia as pessoas que amava. Mas a Gralha não sabia
como matar o Uktena. Então ele perguntou à Coruja, que disse que viu um homem atacar Uktena por ter comido seu
filho, e a jóia na cabeça de Uktena brilhou mais claro que um relâmpago e o homem entrou na boca de Uktena. A
Coruja achava que a serpente da água não poderia ser morta. Entretanto, o Irmão Mais Velho continuou a procurar.
Finalmente, ele falou com a Aranha, cujas teias ficavam ao lado da trilha do Uktena. “Não conheço esse Uktena”,
disse ela, “mas, vi uma grande parede passar por mim quando o sol brilhou. Quase destruiu minhas teias, de outra
maneira não me importaria. Tinha escamas como uma serpente gigante, e muitos pontos coloridos”. O Garou
perguntou o que mais a Aranha se lembrava, e após pensar ela disse, “Quando se aproximou ouvi um silvo como o
grande vento. Então, ouvi um roçar o chão conforme passava. E eu ouvi uma grande batida. Então mais roçar, então
silêncio”. O Irmão Mais Velho perguntou. “Quando você ouviu a batida?” E a Aranha pensou por um momento e
respondeu “Quando a sétima marca passou”. O Irmão Mais Velho agradeceu a Aranha, e seguiu a trilha do monstro
até chegar a uma montanha.
“No topo da montanha, Uktena se encolheu e silvou. O Garou esperou até a noite cair, quando Uktena adormeceu.
Então ele subiu ao topo da montanha. Ele tocou com sua lança uma escama na sétima marca e disse “Hai! Sei onde
seu coração fica e posso matá-lo! Nunca cace meu povo novamente ou eu contarei a eles como e eles irão matá-lo!”
Uktena deu um grito que derrubou três árvores e disse, “Guerreiro, você é bravo, pois arriscou aqueles que ama
para me ver. E é esperto, pois achou como tirar minha vida. E mesmo assim foi honrado, por que não me matou
enquanto dormia. Farei com você uma barganha: Não ensine seu povo como me matar, mas como me honrar, e
guiarei vocês e ensinarei vocês poderosos e terríveis segredos, para que então eles tornem-se os mais sábios dos
povos”. E o Irmão Mais Velho refletiu sobre isso por um momento, e finalmente concordou. “Como devemos honrar
você?” Ele perguntou e o Grande Uktena respondeu “Procurando por todo o mundo por aquilo que está oculto, e
aquilo que foi esquecido, e aquilo que ainda não foi descoberto. Aprenda essas coisas e você também saberá aonde
os espíritos malignos se escondem e os conhecerá quando os encontrarem”. Assim o Irmão Mais Velho retornou a
sua casa e disse a seu povo todas essas coisas, e foi assim que eles se tornaram o Povo do Uktena.
Tapeesa voltara pra casa pensando sobre o que aprendera. A natureza das percas que temos em nossas vidas. Foi o
que Morte-nas-Folhas lhe contou. Assim como os Três Irmãos conquistaram ou não algo, coisas são perdidas na vida
para contrabalancear a vida. Tapeesa lembra também das histórias de quando os Três Avôs existiam em armonia.
Lhe parecia igual.

Segredos Sombrios do Irmão Mais Velho


“Bom jogo Tapi!”, falou a treinadora de Tapeesa depois do jogo. Mais uma vitória colocou os Raiders de Yorkton, o
time do clegio de Tapeesa em uma boa posição no campeonato. “Obrigada senhora Willem, mas infelizmente não
vou poder esta aqui no próximo jogo”. Tapeesa estava triste com isso, mas não tanto quanto deveria. Ela iria a uma
Assembleia com Morte-nas-Folhas, uma assembleia num caern de sua tribo, na américa. “Não se preocupe querida
seu pai explicou tudo, nosso time é forte, vamos ganhar sem você”. O pai de Tapeesa conseguiu arrumar uma boa
desculpa para uma semana de falta ao colégio que a garota teria. “Não fique se achando, não precisamos de você
para ganhar”. Falou de forma irônica Rachel, a libero do time. “Vai lá quando volta teremos mais uma vitória”.
Tapeesa sorri para ela, “Eu sei que sim”.
***Inadu (Serpente Emplumada)[Numen 3]
Furia 6, Gnose 7, Força de Vontade 6, Essencia 40.
Encantos: Sentido de Orientação (pg 238), Criar Ventos (pg 239), Materialização (pg 237)(Essencia 13; Força 2,
Destreza 4, Vigor 2, Esquiva 3, Briga 2, Furtividade 3; Mordida: Força +1; 7 Niveis de Vitalidade), Levitação (pg 239).
Correspondencia espiritual: Conhecimento.
Sabedoria de dons: Extrair sabedorias ocultas, habilidade de passaros e serpentes.
Tabu: Se interagir com um ser físico (Garou ou humano) sem uma oferenda de sangue, ele caira no Sonho. Pode
despertar este espirito com algumas gotas de sangue.
Atitude: Neutra e hostil.

***Totem: Mamute
+2 Enigmas; 2 Dados de Força para a Matilha; +2 Fúria e +1 Gnose

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