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Nos Bancos Externos da Carolina do Norte, especificamente na Ilha Roanoke, no ano de 1589. A Devoradora de
Almas se manifestou no local da Colônia Perdida e a tribo inteira dos Croatan — cerca de mil Garou — se reuniu ali
para banir a Devoradora de Almas da única forma que eles conhecem. Eles planejam sacrificar toda a tribo e assim
devolver da Devoradora de Almas, Jipijka’m, como eles a chamam, para a Umbra. Historicamente, os únicos
europeus na Ilha Roanoke na época da Colônia Perdida foram, bem, perdidos; nenhum escapou para ter filhos mais
tarde. O Roedor de Ossos William Wythers é um Garou europeu que conseguiu conquistar a confiança dos Croatan e
sobreviveu aos eventos do sacrifício. Ancestrais nativos se encontram entre os Uktena e Wendigo que vieram dar
seu adeus ao Irmão do Meio.
Um punhado de Uktena e Wendigo de nações de toda a Costa Leste, todos vestidos com vestimentas da América
pré-colonial. Alguns estão em Glabro, outros em Crinos. Todos parecem muito tensos, com a exceção de um velho
apache que parece mais perdido em seus pensamentos do que qualquer outra coisa. Os Garou se reunidos aqui são
alguns dos mais queridos amigos dos Croatan. Entre eles estão o jovem guerreiro Wendigo Pequena Raposa, amigo
de Wanchese, e o famoso Ragabash Uktena Velha Águia Vermelha, dos apache. Apesar dos Croatan não convidarem
outros a participar de seu sacrifício, o pequeno grupo na vila são aqueles que vieram de própria vontade, para ouvir
os últimos uivos de guerra do Irmão do Meio e para assegurar que a corrupção não se espalhe mais. A vila em si é
protegida por um grande ritual executado por Velha Águia Vermelha.
Devoradora de Almas
A Devoradora de Almas é gigantesca, e repugnante, e aterradora. Fisicamente, ela é um gigantesco corpo de carne
preta arroxeada que goteja com supurações. Não possui olhos, apenas enormes dentes trituradores que mudam de
posição em suas gengivas amorfas e sem mandíbula, como um deslize de terra interminável. Ela não é, como se
esperaria, inchada e corpulenta — não, sua forma muscular contrai como o estômago de um homem faminto,
mesmo enquanto outra carga gigantesca de matéria é pulverizada e engolida. Malditos da voracidade materializados
escalam pelo seu corpo, arremessados ao ar sempre que os espasmos da criatura os deslocam. Ela golpeia contra o
solo de uma maneira ou de outra, pegando tudo que está mais próximo e devorando — o que é, terrivelmente, os
Croatan.
Tapeesa Kawennahere
Tapeesa (significa: Flor do Ártico) é uma descendente de Inuit que mora em Yorkton no
Canada com seu pai, Nanouk (significa: Urso Polar). Tapeesa nunca conheceu sua mãe,
mas seu pai a revelou desde que se entende por pessoa, e teve a curiosidade para
pergunta, que sua mãe vive longe da família pra proteger os interesses dos Inuit. A mãe
dela se chama Alasie (significa: Ela que é honesta e nobre), e a pequena criança nunca
entendeu por que sua mãe não vinha visita-la, e nem ao menos dava qualquer
informação de seu paradeiro. Quem também sempre viveu próximo a Tapeesa eram seu
avô, Pana (significa: Deus que cuida das almas do submundo antes de sua reencarnação)
que também é o xamã da comunidade, e sua tia, Atiqtalik (significa: Mãe urso polar).
Tapeesa sempre foi carismática, ou pelo menos tentou ser com as pessoas ao seu redor.
Seu avô sua tia e seu pai sempre souberam lhe dar com ela, mesmo ela sendo
extremamente emotiva enquanto também sabia guardar seus sentimentos de frustação e segredos. Quando os
sentimentos a afloravam agia impulsivamente. Na comunidade ela era bem recebida com educação apesar de alguns
membros a tratar com desconfiança, como se fosse uma menina travessa e com um gênio pra aprontar problemas.
Não o ancião Inuksuk, líder da comunidade, que desde que a garota tinha 5 anos já conversava com o pai e avô dela
sobre o futuro. Em meio a sociedade mundana Tapeesa era separada por ser nativo-americana. Preconceito e
discriminação abertos não aconteciam, pois, as pessoas tinham medo da retaliação feita pela sociedade movidos
pelo “politicamente correto”. Movimentos sociais movidos por ideologias coletivistas e de combate em prol do
direito das minorias mantinham crianças nativo-americanas como Tapeesa sendo integradas a sociedade. Ela
conseguiu com isso sempre ter uma vaga na melhor escola de Yorkton, onde a maioria dos alunos era descendente
de europeus, ou metis. Tapeesa era parte de um grupo de crianças beneficiadas, da comunidade Inuit, por
movimentos sociais que defendem a renovação das culturas nativo-americanas no Canada. Um dos movimentos
mais ativos em Yorkton e em Saskatchewan é a Dança-Fantasma, um movimento que tentar renovar as tradições de
preservação da terra e das culturas nativo-americanas como os Cree e os Inuit.
Mas no dia a dia na escola, na pratica, as coisas eram um pouco diferentes. Tapeesa nunca foi bem acolhida pelas
outras crianças. Nunca fez muitos amigos. Ela era reconhecida como uma colega de sala, era protegia de abusos de
crianças mais preconceituosa por “coleguinhas” que tinham pais militantes a causa Inuit, mas isso era pouco para
faze-la se integrar totalmente. Com o tempo foram poucos que tinha Tapeesa como amiga. O mais estranho é que
com o passar do tempo até outras crianças Inuit não queria ser suas amigas.
Noivado e volleyball
Como nunca conseguiu se integrar as outras crianças de sua idade Tapeesa tinha poucos
amigos. Na escola só uma outra garota, uma metis, descendente de franceses tinha
realmente se tornado sua amiga. Os pais que trabalham em uma ONG com escritório em
Yorkton, e lutam pela revitalização da cultura Inuit no Canada. Por causa disso os pais da
garota sempre visitam a comunidade que Tapeesa mora e sempre que podem deixam a
filha brincando na casa dela, ou chamam a pequena Inuit para acompanha-los pela
comunidade, ao lado da amiguinha filha do casal ativista. Cris sempre disse que Tapeesa
era bem atlética. As duas costumam a nada num rio próximo a comunidade. Bem isolado
perto de uma reserva protegida.
Saindo pela cerca do quintal da casa de Tapeesa pode chegar no local
onde elas costumavam a brinca com 20 minutos. Como Tapeesa sempre
gosto muito de nada, sua amiga dizia que ela devia praticar algum esporte
na escola. “pelo menos você dar o troca na garotas chatas de lá”.
Incentivado pela amiga aos 10 anos Tapeesa começa a praticar vôlei no
clube da escola. Algumas garotas do time não acharam tão bom, mas
como Tapeesa era aluna do projeto financiado pela Dança-Fantasma a
treinadora do time achou uma boa ideia.
Elas acertaram em cheio. Tapeesa mesmo não tendo altura para ser
jogadora de vôlei era um verdadeiro talento como levantadora. A criança
começou a amar o esporte. Mesmo com metade das garotas do time a rejeitando
(a outra metade foi obrigada e reconhecer o talento da menina Inuit, e aos pouco
foram aceitanto-na, mas sem realmente virarem amigas) Tapeesa nunca desistiu
do esporte, pois ela realmente gostava de como ela se sentia bem jogando vôlei.
Quando estava com 10 anos Tapeesa ficou sabendo por sua família, durante uma
confraternização Inuit da comunidade, que ela fora prometida para se casar com
o filho do ancião, que na época estava com 20 anos. Por ser neta do xamã da
comunidade quando alcançasse a maior idade ela se casaria com Pilip, filho do
ancião. Na comunidade todos comemoraram o noivado arranjado.
Para Tapeesa que sempre foi ignorada na maior parte das vezes pelos seus iguais parecia tudo incrível. Ter a atenção
de todos um pouco, e ao mesmo tempo manter a tradição de seu povo honrando seu pai, avô e tia que ela amava
parecia ser muito bom. Seu noivo sendo mais velho sempre tratou Tapeesa com respeito, enquanto criança a tratou
como irmão mais velho sempre prestativo com ela, quando chegasse a puberdade ele seria seu melhor amigo, que
lhe daria conselhos quando ela precisasse, e quando ela finalmente fosse adulta seria seu marido e amante, e pai
dos filhos da Inuit neta do xamã.
Desse dia em diante como parte de suas novas obrigações Tapeesa teria que depois de chegar da escola ir até a casa
do ancião, seu futuro sogro, e ajuda-lo em afazeres domésticos, já que seu noivo, agora advogado em formação,
trabalhava meio período para a mesma ONG dos pais de sua melhor amiga.
Tendo seu noivo sempre envolvido em causas sociais e sua amiga cada vez mais
seguindo o caminho de militâncias dos pais, Tapeesa começou a se ver em
movimentos e manifestações em prol de minorias. Ela nunca se destacava como
Chris, sua melhor amiga, mas estava sempre junto com ela. Através dos movimen tos
sociais, e por ser uma ótima promessa para o vôlei, Tapeesa conseguiu uma vaga no
melhor Colégio da cidade. Ela poderia praticar seu esporte favorito agora com uma
maior chance de jogar fora da cidade. Ela descobriu que sua melhor amiga era lesbica
quando a viu beijar outra garota em um dos movimentos
de rua. Isso a deixou sem saber o que achar. Ela gostava da
amiga, mas se sentia perdida com essa descoberta.
Tapeesa não rejeito a amizade com Chris, e agora que ela
fazia parte de um tipo de minoria Chris começou a se
aproxima ainda mais da amiga Inuit e deixou de sair com as
garotas mais conservadoras. Chris começou a ficar com
garotas diferente em cada situação que surgia. Tapeesa a questionava por isso, não por
preconceito, mas que seria bom ela encontrar alguém só para ela. Chris questionava a
obediência de Tapeesa em aceitar algo tão machista como um casamento arranjado.
Mesmo com essa diferença de opinião elas sempre seriam boas amigas. O que ocorria na
verdade era que Chris era apaixonada pela amiga, mas nunca revelava a Tapeesa sobre
isso, pois temia que isso acabasse com a amizade delas.
Chris apresentou a Tapeesa as garotas universitárias
que jogavam vôlei na quadra do Colégio delas nos fins
de semana. As garotas deixaram a Inuit de 15 anos
participar das partidas de fim de semana. No inicio
Tapeesa sofreu com o ritmo das adolescentes
universitárias que era muito maior e melhor que o
dela que era apenas uma colegial. Mas rapidamente
ela começou a
aprender, o que
chamou atenção
das garotas mais
velhas. Elas logo
tornaram Tapeesa parte do grupo que se divertia nos jogos de final de semana, e
Tapeesa seria a única colegial que conseguia jogar com as universitárias, ganhando
o apelido das garotas de “Pirralha-Desaforada”, ou simplesmente, Tapi.
Foi jogando com as universitárias nos fins de semana que Tapeesa melhorou muito
no vôlei, mas mesmo assim ela nunca fora popular por ser a melhor jogadora do
colégio. Pelo contrario, ela não tinha nenhuma amizade a não ser a Chris. E isso a
deixava um pouco frustrada. Ela sempre recebia apoio de sua família, e de seu
sogro e noivo, além dos seus “tios”, os pais da Chris. Sua amiga dizia direto que era um boicote das “conservadias”.
Ela falava pra Tapeesa não ligar, já que provavelmente ela não irá se vingar como Chris gostaria. Mas a cada dia que
passava uma frustração e raiva crescia na garota.
Jogar no fim de semana com as garotas da universidade estava sendo mais prazeroso do que pelo seu time. Ela
gostava de jogar representando algo, e contra garotas de colégios do estado, viajar pra outras cidades, e mesmo que
por um momento durante os jogos a torcida aplaudia suas jogadas. Uma das garotas da universidade perguntou
sobre o que Tapeesa pensava para o futuro. Ela começou a falar de curso universitários e um chamou a atenção de
Tapeesa. O curso de linguagem. O estudo das línguas diferente e sua aplicação na história da humanidade parecia
interessante, principalmente por que parecia uma forma de estudar as histórias de seu povo de uma forma
diferente. Entende como a comunicação influiu nos primeiros contatos dos povos americanos com os europeus, dos
europeus com os africanos e assim por diante. Como a língua é importante na hora de intender e passar mensagens.
Tapeesa tinha se decidido que era essa a faculdade que iria fazer, talvez na capital do estado as coisas fossem
diferentes. Ela só precisaria conversa com seu noivo e sogro quando chegasse a hora, pois provavelmente terminaria
o colegial um pouco antes da maior idade e de seu casamento, mas como seu noivo sempre a apoiava nas coisas ela
achava que conseguiria.
Tapeesa respeitava o noivo, mas a verdade é que nunca sentira um amor por ele. Nem uma paixão. Gostava dele
muito, e aceitava o casamento. Ela acreditava que casados eles seriam felizes. Mas não sentia desejo ou atração. Ela
esperava que isso não a fizesse mudar e estragar tudo, pois ela gostava da ideia de seguir as tradições de seu povo...
Mas esse casamento jamais chegaria...
***Totem: Mamute
+2 Enigmas; 2 Dados de Força para a Matilha; +2 Fúria e +1 Gnose