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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Direito a Reforma, Segurança Social em Moçambique


Ruquia
Curso: Licenciatura em Ensino de
Administração Pública
Ano de frequência: 2º Ano
Disciplina: Reforma do Sector Público
Tutor: Francisca Alfredo Joaquim

Nampula, Julho de 2021


Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância

Direito a Reforma, Segurança Social em Moçambique

Ruquia

Trabalho de carácter avaliativo a ser entregue na


Faculdade de Educação da Universidade
Católica de Moçambique, extensão de Nampula
no curso der licenciatura em Ensino de
Administração Pública, na cadeira de Reforma
do Sector público, leccionado pela tutora
Tutora: Francisca Alfredo Joaquim

Nampula, Julho, 2021


Índice
Introdução..........................................................................................................................3
Reforma.............................................................................................................................4
Objectivos da reforma.......................................................................................................4
Tipos de Reforma..............................................................................................................5
Reforma Protestante..........................................................................................................5
Reforma educacional.........................................................................................................6
Reforma agrária.................................................................................................................6
Reforma política................................................................................................................6
Fases da Reforma..............................................................................................................7
Direito à Reforma..............................................................................................................7
Dependentes / pensão de sobrevivência............................................................................8
Pensão por Invalidez..........................................................................................................8
Subsídio de Desemprego...................................................................................................9
Contrato de trabalho..........................................................................................................9
Contratos de trabalho a termo fixo..................................................................................10
Pensão no trabalho...........................................................................................................10
Conclusão........................................................................................................................12
Referências Bibliográficas...............................................................................................13

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Introdução
O presente trabalho tem como tema, “Direito a Reforma, Segurança Social em
Moçambique”, nele, vai se abordar sobre os seguintes tópicos Direito a reforma,
Dependentes/ Pensão de sobrevivência, Pensão de Invalidez, para alem deste, vai se
indagar sobre Subsidio de desemprego, Contrato de trabalho e Pensão no trabalho.
Neste contexto, o trabalho abarca dois objectos, sendo elas objectivo geral e
objectivos específicos.
Objectivo Geral
 Estudar o direito a reforma em Moçambique.
Objectivos Específicos
 Definir a reforma do sector público;
 Identificar os objectivos da reforma do sector público em Moçambique;
 Discutir sobre o direito à reforma em Moçambique;
 Conhecer a lei relativa aos subsídios.
Metodologia
A Metodologia utilizada para a elaboração deste trabalho é a pesquisa das
referências bibliográficas.

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Reforma
Reforma é o que é proposto, planejado ou executado com o objectivo de
melhorar, alterar, actualizar ou inovar.
A reforma não se apresenta como uma mudança radical e acelerada (como é o
caso da revolução), mas como uma transformação gradual de um sistema, estrutura,
instituição, etc.
As reformas são propostas como uma solução para modificar algo que se
considera corrigido, seja porque não funciona ou está errado, seja porque é insatisfatório
ou não se adapta às novas realidades.
Dessa forma, A visão da Reforma, tal como definida na Estratégia Global da Reforma
do Sector Publico (2001-2011) é a construção de um sector público que seja:
 Centrado nas seguintes funções representativas, políticas, reguladoras,
normativas e de avaliação de resultados;
 Aberto e atento as relações económicas com o exterior e actuante no apoio ao
sector privado nacional;
 Transparente, tanto no que diz respeito a utilização dos bens e recursos públicos,
quanto ao que se refere aos procedimentos e avaliação de resultados;
 Ágil, descentralizado, desburocratizado, simplificado, competitivo e voltado
para a qualidade dos serviços que deve prestar, sendo estes prestados o mais
próximo possível dos utentes dos serviços públicos;
 Democratizado, com alto grau de institucionalização de formas participativas de
atendimento das colocações que lhe sejam feitas pelos cidadãos,
individualmente, ou enquanto representantes de organizações da sociedade civil;
 Dotado de pessoal qualificado, profissionalizado e preparado para a mudança;
com alto sentido de servidor público e de efectividade e responsabilidade;
 Intransigente no combate às práticas corruptas.

Objectivos da reforma
A reforma é geralmente introduzida por iniciativa do governo ou em resposta a
pressões internas e externas, para resolver ou prevenir uma crise económica, social ou
política. Assim, a reforma pode ser considerada um mecanismo de solução de
problemas. Os verdadeiros motivos para a reforma, entretanto, podem diferir daqueles
anunciados pelo reformador. A distinção entre os objectivos reais e proclamados pode

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ser especialmente significativa se os objectivos proclamados forem impostos aos
reformadores que não apoiam esses objectivos. Os reformadores podem proclamar
certos objectivos meramente para apaziguar os camponeses, minar a oposição, ganhar
apoio internacional ou salvaguardar suas próprias posições. Os propósitos proclamados
da reforma agrária, entretanto, serão o ponto de partida deste artigo.
O Objectivo Geral da Reforma, tal como estabelecido na Estratégia Global,
2001- 2011, define que o sector público:
1. Venha a ser um conjunto articulado de organizações públicas dotadas de
recursos humanos qualificados e motivados para as respectivas funções e que:
 Funcione adequadamente;
 Gere processos de políticas apropriados;
 Preste serviços indispensáveis de forma descentralizada;
 Actue de modo participativo e transparente,
 Seja efectivo nas acções de prevenção e combate a corrupção,
 Aplique processos administrativos e de prestação de serviços simples,
modernizados e efectivos.
2. Contribua de um modo necessário, selectivo, eficiente e efectivo para:
 A erradicação da pobreza absoluta através do apoio operacional ao PARPA;
 A melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e do seu ambiente;
 O desenvolvimento sustentável.

Tipos de Reforma
As reformas podem ser de diversos tipos: políticas, económicas, sociais,
constitucionais, educacionais, agrárias, fiscais, eleitorais, trabalhistas, religiosas, entre
muitas outras.

Reforma Protestante
A Reforma Protestante, também conhecida como Reforma, foi um movimento
cristão que se propôs a realizar uma profunda revisão da doutrina cristã proclamada pela
Igreja Católica.
Caracterizou-se por uma crítica inflexível aos usos e costumes impostos pela
Igreja Católica, bem como por reivindicar a livre circulação e interpretação das
Sagradas Escrituras.

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A Reforma foi liderada pelo teólogo alemão Martinho Lutero. Tudo começou na
Alemanha no século 16. Foi a causa do cisma da Igreja Católica, que deu origem ao
Protestantismo, um importante ramo do Cristianismo, com cerca de trezentos milhões
de fiéis no mundo.

Reforma educacional
As reformas educacionais envolvem a modificação, emenda ou actualização do
sistema educacional de uma nação, suas formas, métodos e conteúdos.
A reforma educacional, como tal, visa melhorar, corrigir ou adaptar o sistema
educacional, considerando-o incompleto, ineficaz ou desactualizado.

Uma reforma educacional é de grande importância, pois altera boa parte da


educação de crianças e jovens.

Reforma agrária
Falamos de reforma agrária quando um conjunto de mudanças na estrutura da
propriedade e da produção da terra em um determinado local é realizado de forma
gradual e por consenso.
A reforma agrária tende a ter como objectivos principais evitar a concentração
da terra em um grupo privilegiado (latifundismo) e corrigir a baixa produtividade
agrícola.
As reformas agrárias produzem um impacto económico, social e político
considerável nos locais onde são implementadas.

Reforma política
Na política, fala-se de reforma no que se refere à implementação de mudanças
graduais e controladas nas políticas e instituições governamentais de um país.
As reformas políticas têm como consequência a modificação de aspectos
centrais da convivência social de um país, sendo geralmente polémicas e gerando
debates e controvérsias.
a) Identificação do empregador e do trabalhador;
b) Categoria profissional, tarefas ou actividades acordadas;
c) Local de trabalho;
d) Duração do contrato e condições da sua renovação;

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e) Montante, forma e periodicidade de pagamento da remuneração;
f) Data de início da execução do contrato de trabalho;
g) Indicação do prazo estipulado e do seu motivo justificativo, em caso de contrato
a prazo;
h) Data da celebração do contrato e, sendo a prazo certo, a da sua cessação.

Fases da Reforma
A Estratégia Global da Reforma do sector Público, consiste de um plano de dez
anos (2001-2011), dividido em duas fases: a primeira (2001-2005) cujo foco foi criar as
condições básicas para a transformação do sector público, nomeadamente (a) a
mobilização política e o apoio público a reforma; (b) a capacitação das instituições
públicas a nível nacional e local para gerir a implementação da reforma; (c) a criação da
base legal, metodológica e das ferramentas e instrumentos necessários a orientação da
reforma; e (d) a mobilização de fundos.
A segunda fase (2006-2011), tem por objectivo aprofundar as reformas iniciadas
durante a primeira fase, ajustando-as as prioridades actuais do Governo, com especial
destaque para o desenvolvimento de Instituições Públicas racionalizadas e integradas
prestando serviços de qualidade ao cidadão.

Direito à Reforma
Em Moçambique, a reforma foi introduzida com a proclamação da
Independência Nacional, a 25 de Junho de 1975, isto é, foi iniciado um processo de
reformas tendentes a adequar o Estado aos mais nobres anseios do Povo, tendo sido
lançado, no quadro desse processo, em 2001, a Global da Reforma do Sector Público,
com a duração de 10 anos. Ainda em 2001 foi aprovado o Decreto nº 30/2001, de 15 de
Outubro, sobre «Normas de Funcionamento dos Serviços da Administração Pública».
Assim, Em Moçambique, a Segurança Social é um direito consagrado pela Lei
da Protecção Social de 2007 (RdM, 2007). Esta lei estabelece os três eixos do sistema
de Segurança Social. O primeiro é o subsistema da Segurança Social Obrigatória para
trabalhadores assalariados na economia formal e, crescentemente, trabalhadores por
conta própria (RdM, 2015). Este proporciona benefícios a curto e longo prazo, incluindo
o subsídio de maternidade e de doença e a pensão de velhice e de sobrevivência. O
subsistema é financiado pelas contribuições dos trabalhadores e empregadores (ou, no
caso de trabalhadores independentes, apenas dos trabalhadores). No sector privado, é

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gerido pelo Instituto Nacional de Segurança Social; e no sector público, pelo Instituto
Nacional de Previdência Social e pelo Banco de Moçambique (RdM, 2017).
Assim de acordo com a lei do trabalho, A lei prevê pensão de velhice. Por
pensão, um trabalhador deve ter atingido 60 anos de idade (55 anos para as mulheres)
com pelo menos 10 anos de contribuição. Benefícios de Aposentadoria também
revertem os indivíduos, independentemente da idade, se tiverem sido registados no
sistema por 30 anos e cumprir 25 anos de contribuição. Apensão de velhice não deve ser
inferior a 60% do salário mínimo nacional. (art. 28 - 31 do Decreto n º 53/2007).

Dependentes / pensão de sobrevivência

O pedido da pensão de sobrevivência, subsídio por morte e funeral do


beneficiário ou pensionista será efectuado pelo titular do direito ou pelo seu
representante legal através de impresso de modelo próprio do INSS e deve conter
espaço para indicar:
As do subsídio de sobrevivência, protegem a prestação de pensões de
sobrevivência (que incluem dependentes, incluindo viúvo, viúva, filhos e pais, se não
houver cônjuge sobrevivente ou os filhos). Pensão de sobrevivência é igual a pensão do
trabalhador falecido e 50% do que é pago a uma viúva / viúvo. O resto é dividido entre
para órfãos. (Art. 37-47 do Decreto n º 53/2007)

Pensão por Invalidez


Considera-se que o trabalhador se invalida quando, na sequência de doença ou
de acidente não profissional, sofre diminuição das suas capacidades físicas ou mentais,
devidamente certificada por Junta de Saúde, que o torne totalmente incapaz para o
trabalho.
1) O trabalhador que se invalida antes de atingir a idade dos 55 anos de idade,
sendo mulher, ou 60 anos, sendo homem, tem direito a uma pensão por invalidez
nas condições seguintes:
a) Ter sido inscrito no sistema há pelo menos 5 anos antes do início da
incapacidade que originou a invalidez;
b) Ter pago pelo menos dois anos e meio (30 meses) de contribuições no decurso
dos últimos 5 anos anteriores ao início da incapacidade que originou a invalidez.

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2) A pensão por invalidez passa automaticamente à pensão por velhice logo que o
beneficiário atinja a idade prevista para a respectiva atribuição.
3) Tem igualmente direito à pensão por invalidez, o beneficiário que reúna as
respectivas condições e tenha atingido o limite de concessão do subsídio por
doença.
4) As regras de verificação e de controlo da situação de invalide e de desgaste
prematuro serão fixadas por Diploma Ministerial do Ministro que superintende a
área da Saúde.
As leis acima prevem prestações de pensões de invalidez em caso de acidente /
lesão / doença, resultando em incapacidade permanente não ocupacional. Trabalhador
deve ter sido cadastrado no sistema há pelo menos cinco anos e ter pago 30 meses de
contribuições antes do início da incapacidade. A quantidade meses de pensão de
invalidez é igual a 60% da pensão de velhice trabalhador teria direito se tivesse atingido
a idade da reforma. O montante da pensão de invalidez não pode ser inferior a 60% do
salário mínimo nacional. (Art. 32-36 do Decreto n º 53/2007).

Subsídio de Desemprego
Em Moçambique, não há previsão para o subsídio de desemprego ao abrigo das
leis trabalhistas Moçambique.

Contrato de trabalho
Contrato individual de trabalho deve ser feito por escrito. Os contratos de
trabalho são geralmente, por escrito, excepto para o trabalho a ser realizado em menos
de 90 dias. O não fornecimento de contrato de trabalho escrito encontra-se o
empregador. O contrato de trabalho pode ser permanente, entrou por um período
determinado ou indeterminado. Se a duração não é mencionado no contrato de trabalho,
presume-se que o contrato permanente.
O contrato individual de trabalho deve conter as seguintes cláusulas: identidade
de empregador e empregado; título do trabalho e descrição do trabalho; local de
trabalho; Duração do contrato e sua renovação; salário, forma e tempo de pagamento de
salários; e data de início do contrato. No caso de contratos a tempo certo/determinado, o
prazo do contrato, a justificação, data de início e término também precisa ser
mencionado. Os seguintes contratos tem que ser por escrito: contratos a termo por mais
de 90 dias; contrato de promessa de emprego; contratos de trabalho com pluralidade de

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empregadores; contratos de trabalho com os estrangeiros; contratos de trabalho a tempo
parcial; contratos de destacamento de trabalhadores para outros empresários; contratos
de cessão temporária; contratos de trabalho em casa; e os contratos de trabalho.

Contratos de trabalho a termo fixo


Direito do Trabalho moçambicano proíbe a contratação de trabalhadores
contratados a termo para tarefas de natureza permanente. Os contratos a prazo podem
ser celebrados para o desempenho de funções temporárias, as actividades que não
correspondem ao ciclo normal de produção e operação da empresa. As necessidades
temporárias incluem: as substituições de funcionários que não são capazes de exercer as
suas funções por qualquer motivo (licença médica, licença maternidade, etc); prestação
de trabalho devido a um aumento excepcional na produção e execução do trabalho
sazonal; realização de trabalhos que não atende às necessidades permanentes do
empregador; desempenho de actividades ligadas a determinados projectos actividade
temporária específica; prestação de serviços em actividades que são inerentes aos
projectos individuais, como a subcontratação e terciarização de serviços. Um contrato a
prazo certo pode ser celebrado por um período de dois anos (24 meses) no entanto este
período pode ser renovado duas vezes. Assim, a duração máxima dos contratos a prazo
certo, incluindo renovações é de 72 meses. No entanto, as pequenas e médias empresas
são livres para celebrar contratos a prazo durante os seus primeiros dez anos de
actividade. Um contrato a prazo certo também pode ser celebrado por prazo
indeterminado, se um termo não pode ser razoavelmente previsto.

Pensão no trabalho
De acordo com Artigo 233 da lei de Trabalho de Moçambique, no seu ponto um,
afirma que, quando o acidente de trabalho ou doença profissional ocasionar
incapacidade de trabalho, o trabalhador terá direito a: a) Uma pensão no caso de
incapacidade permanente absoluta ou parcial; b) Uma indemnização no caso de
incapacidade temporária absoluta ou parcial.
Neste sentido, só haverá pensão de subsidio de trabalho, se e somente se o
trabalhador sobre um acidente no trabalho, cuja está pode ser parcial ou total, consoante
a lesão provocada nele.

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Ainda, sustenta que, nos casos de incapacidade permanente absoluta, a pensão
paga ao trabalhador sinistrado não deverá nunca ser inferior à pensão de reforma a que
teria direito por limite de idade.

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Conclusão
Neste trabalho falou-se sobre as direito a reforma, na qual conclui-se que
Moçambique é um país que fornece a reforma aos trabalhadores, e quando estes
reformam tem tido alguns direito de pensões, sob algumas condições. Por exemplos a
lei trabalhista de Moçambique ressalta que tem um direito de pensão um trabalhador
deve ter atingido 60 anos de idade (55 anos para as mulheres) com pelo menos 10 anos
de contribuição. Benefícios de Aposentadoria também revertem os indivíduos,
independentemente da idade, se tiverem sido registados no sistema por 30 anos e
cumprir 25 anos de contribuição. Os objectivos deste trabalho foram alcançados.

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Referências Bibliográficas
ACIS. (2008). Lei do Trabalho. Maputo: BR.

Ministros, C. d. (2006). Programa Da Reforma do Sector Público- fase II (2006-2011).


Maputo: Autoridade Nacional da Função Pública.

Moçambique, R. d. (2007). Boletim da República: lei nº 21/2007-23/2007: Lei do


Trabalho. Maputo: Assembléia da Reública.

Moçambique, R. d. (2010). Boletim da República: Suplemento-Regulamento da


Providência Social dos Funcionârios Agentes do Estado (REPFAE). Maputo:
Assembleia da República.

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