Você está na página 1de 1

Já é de conhecimento público que, devido ao seu fenômeno nas redes sociais, a

cultura do cancelamento vem ganhando uma força estrondosa, que já fez várias vítimas
nos threads das mídias sociais como Twitter e Instagram. Mas, o que antes servia como
forma de protesto e apoio as vítimas de assédio sexual com a #METOO, agora virou
uma campanha de caça, servindo apenas para despejar ódio gratuito nas pessoas ou
marcas que estão sendo canceladas. Esse método de advertência se torna ineficaz, visto
que não dá a chance das pessoas se corrigirem e pode impulsionar atitudes
preconceituosas veladas.

Primeiramente, nenhum ser humano é perfeito, e nós temos os direitos de tentar


melhorar em algo que erramos, como diz o psicólogo Sigmund Freud:” De erro em erro,
vai-se descobrindo toda a verdade”. Mas, para os internautas do século XXI, nada pode
passar impune, nem que isso signifique destruir a vida da pessoa, deixá-la com sequelas
emocionais e sem nenhum direito de redenção. Por isso, se vê necessário que as grandes
mídias se prontifiquem para conscientizar as pessoas sobre o cancelamento tóxico, para
assim podermos evoluir como seres humanos.

Em segunda instância, podemos perceber um problema que surgiu junto com as


redes sociais, e que o cancelamento deixou ainda mais evidente, que é a ideia de bolha.
Com ela, foi-se criando, implicitamente, vários tipos de preconceitos e a uma grande
polaridade, o que faz até ser parecido com o mito da caverna de Platão, em “A
República”. Nessa obra, as pessoas da caverna não evoluem, pois não estão dispostos a
conhecer e dialogar com o outro lado, abominando as pessoas de fora da caverna- ou
fora da bolha atualmente. Por isso que se vê necessário o incentivo de debates e
discussões, para assim podemos aprender a viver melhor como sociedade.

Destarte, tendo como objetivo parar com a cultura do cancelamento nas redes
sociais, é necessário que o Ministério de mídia e comunicação, juntamente com os
grandes jornais e revistas, criem meios de conscientização, como bate papos com
especialistas, mesas redondas, debates, campanhas audiovisuais em mídias de muitos
acessos- dentre eles o Twitter, Instagram, Youtube. Com a finalidade de podermos
evoluir como seres humanos e viver melhor em sociedade, podendo usufruir do nosso
direito à liberdade de expressão e opinião, assegurado pelos Direitos Humanos.

Você também pode gostar