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SERVIÇO NACIONAL DE

APRENDIZAGEM COMERCIAL
Pós-Graduação Lato Sensu em Educação a Distância

Priscila Costa Santos

Moodle 2.2: Desenvolvendo um espaço de aprendizagem colaborativa

Brasília
2012
SERVIÇO NACIONAL DE
APRENDIZAGEM COMERCIAL

Priscila Costa Santos

Moodle 2.2: Desenvolvendo um espaço de aprendizagem colaborativa

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado como requisito para a
obtenção do título de Especialista em
Educação a Distância ao Serviço
Nacional de Aprendizagem Comercial
(SENAC), Unidade EAD –
SENAC/DF.

Orientadora: Profa. Ms. Úgna Pereira Martins

Brasília
2012
FICHA CATALOGRÁFICA

Será elaborada pela bibliotecária do Senac. As informações


serão repassadas no dia da apresentação do trabalho para a
banca examinadora.
ATENÇÃO: A ficha catalográfica é impressa no verso da folha de
rosto, alinhada com a margem inferior.
Priscila Costa Santos

Moodle 2.2: Desenvolvendo um espaço de aprendizagem colaborativa

Projeto apresentado ao Serviço Nacional


de Aprendizagem Comercial – SENAC,
Distrito Federal, como requisito parcial
para obtenção do título de Especialista
em Educação a Distância.

Aprovado em XX de XXXXX de 2012.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________

Profa Ms. Úgna Pereira Martins

____________________________________________________

Prof. XXXXXX
Convidado

____________________________________________________

Profa. Ms. Alexandra da Costa Souza Martins


Coordenadora Pedagógica
AGRADECIMENTOS

Ao ler outros trabalhos de conclusão de curso percebi que alguns agradecimentos são
unânimes e que geralmente ocorrem na mesma ordem. Primeiramente, o autor do trabalho
agradece a Deus e posteriormente aos pais, irmãos, demais familiares e amigos. Acredito que
o meu agradecimento não será diferente.

Inicialmente, agradeço a Deus por me conceder paciência, força e perseverança


durante esse percurso. Obviamente, essas concessões não poderiam ter sido alcançadas sem a
intervenção do Santo das Causas Urgentes, o Santo Expedido. Como a própria oração desse
Santo menciona, “Vós que sois o Santo das Causas Urgentes: Protegei-me, Ajudai-me, Dai-
me Força, Coragem e Serenidade”, creio que essas palavras me confortaram durante as
importantes e urgentes decisões da minha vida. Tais versos também podem relatar o papel da
minha família nessa jornada, já que é por meio dela que tenho a proteção, ajuda, força,
coragem e serenidade necessárias para dar continuidade às minhas conquistas.

Agradeço aos meus pais por terem me apoiado nas minhas decisões, sempre tentando
me direcionar para os bons caminhos. Em especial, o silêncio do meu pai que por muitas
vezes se fez bastante assustador quando “quebrado” e as orientações da minha mãe. Com o
silêncio do meu pai aprendi a escutar mais do que falar e com as orientações da minha mãe
pude dar valor aos meus estudos e às minhas realizações acadêmicas.

Como de todo silêncio nasce o som, agradeço ao meu irmão, André, pelas suas
constantes piadas, consolos, cantorias e discussões acadêmicas. Aos meus meios-irmãos,
Chris, Mana e Dema, agradeço pelo incentivo. Ao Matheus, por me fazer acreditar que uma
educação para formação de cidadãos é necessária e possível. Aos meus avôs, por serem
exemplos de perseverança e conquista. À Lú, que por meio de suas constantes “encheções” de
paciência me incentivou a estudar nos momentos de ócio. Ao Ericson, por me mostrar que
sempre existe uma outra alternativa. Ao Biri, pelas distrações ao longo dessas semanas. Aos
Costas e Carneiros, familiares que moram no meu coração!

Às minhas constantes fontes de inspiração e incentivo no mundo da Educação a


Distância: Professora Elizabeth Danziato Rego, Fernando Rodrigues de Castro, Thiago Lopes
dos Santos e Simone Lucas de Aguiar.
À turma de “Aprendizagem Colaborativa Online e Interfaces Estéticas de
Colaboração”, por me concederem o privilégio de compreender um pouco mais sobre o
mundo da colaboração.

Concluo os agradecimentos demonstrando a minha satisfação com a Equipe do


Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), em especial às professoras Alexandra
da Costa Souza Martins, Anelise Pereira Sihler, Maria Eveline Pinheiro Villar de Queiroz e
Ugna Pereira Martins.
Tudo tem seu tempo e até certas manifestações
mais vigorosas e originais entram em voga ou
saem de moda. Mas a sabedoria tem uma
vantagem: é eterna (Baltasar Gracián).
RESUMO

Diante do crescente número de cursos a distância fazem-se necessários profissionais


capacitados para atuarem nesta nova modalidade de ensino. Assim, este trabalho de conclusão
apresenta proposta de curso que visa capacitar profissionais para atuarem no Ambiente
Virtual de Aprendizagem Moodle, versão 2.2, de forma colaborativa. Para tanto, o curso de
extensão “Moodle 2.2: Desenvolvendo um espaço de aprendizagem colaborativacolaborativa”
fará parte das ações do Centro de Educação a Distância da Universidade de Brasília (CEAD-
UnB), com carga horária de 120 horas a serem ofertadas em 12 semanas na modalidade a
distância. Durante as sete unidades temáticas (Ambientação em EaD; O que é a
Aprendizagem Colaborativa?; Ambientes Virtuais de Aprendizagem; Moodle - Modular
Object Oriented Dynamic Learning; Pensando o Meu Curso Colaborativo: Arquivo, Página,
Pasta, Rótulo e URL; Pensando o Meu Curso Colaborativo: Fórum, Tarefa, Wiki,
Questionário e Glossário; e Construindo o Meu Curso Colaborativo), os alunos poderão
aprender a teoria sobre a Aprendizagem Colaborativa e o Ambiente Virtual Moodle, além de
utilizar no ambiente de prática as ferramentas disponíveis nessa Plataforma. No decorrer do
curso, as atividades avaliativas terão como objetivo desenvolver o pensamento crítico a
respeito da construção de cursos a distância, bem como sua concepção pedagógica. Como
atividade de conclusão os discentes deverão conceber e construir um curso ofertado na
modalidade de ensino a distância.

Palavras-chave: Aprendizagem Colaborativa. Moodle. Educação a Distância.


ABSTRACT

Given the growing number of distance courses are required to professionals trained to work in
this new mode of education. To that end, this work of completion is proposing a course that
aims to empower professionals to work with the Moodle Virtual Learning Environment,
version 2.2, collaboratively. Therefore, the extension course on "Moodle 2.2: Developing a
collaborative learning space" will be part of the shares of the Center for Distance Education at
the University of Brasilia (CEAD-UnB), with a workload of 120 hours to be offered at 12
weeks in the distance . During the seven thematic units (Atmosphere in EaD; What is
Collaborative Learning?; Virtual Learning Environment; Moodle - Modular Object Oriented
Dynamic Learning; My Collaborative Course: File, Page, Folder, Label and URL; My
Collaborative Course: Forum, Task, Wiki, Questionnaire and Glossary; and Building the My
Collaborative course), the students can learn the theory about the Collaborative Learning and
Virtual Environment Moodle, and utilizing the environment of practical tools available on this
Platform. During the course, the evaluation activities will aim to develop the critical thinking
about the building of distance education, as well as their instructional design. As the
concluding activity the students will design and build a distance learning course.

Keywords: Collaborative Learning. Moodle. Distance Education.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 - Gerações da Educação a Distância.........................................................................17


Quadro 2 - Megatendências da Educação a Distância..............................................................20
Gráfico 1 - Evolução do Número de IES e Cursos Ofertados - 2002 a
2008...........................................................................................................................................21
Gráfico 2 - Concluintes em cursos de graduação a distância - 2002 a
2008...........................................................................................................................................21
Quadro 3 - Módulos, duração e carga horária...........................................................................29
Quadro 4 - Descrição da Matriz................................................................................................32
Quadro 5 - Cronograma............................................................................................................36
Quadro 6 - Atividades Avaliativas............................................................................................37
Quadro 7 - Pontuação das atividades........................................................................................40
Quadro 8 - Planilha orçamentária da primeira oferta do curso.................................................43
Quadro 9 - Planilha orçamentária para as versões seguintes do curso......................................44
Quadro 10 - Cronograma de desenvolvimento e implementação.............................................45
LISTA DE SIGLAS

AVA - Ambiente Virtual de Aprendizagem

CEAD-UnB - Centro de Educação a Distância da Universidade de Brasília

CMC - Comunicação Mediada por Computador

CSCL - Aprendizagem Colaborativa com Suporte Computacional

EaD - Educação a Distância

ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio

IES - Instituições de Ensino Superior

INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

PRODEQUI - Programa de Estudos e Atenção às Dependências Químicas

Senac - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial

TIC - Tecnologias da Informação e Comunicação

UnB - Universidade de Brasília


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 12 


2 A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E A RELAÇÃO COM A APRENDIZAGEM
COLABORATIVA................................................................................................................... 15 
2.1 Educação a Distância: conceito, tendências e dados ...................................................... 15 
2.2 Aprendizagem Colaborativa e a Educação a Distância .................................................. 22 
3 CURSO DE EXTENSÃO MOODLE 2.2: DESENVOLVENDO UM ESPAÇO DE
APRENDIZAGEM COLABORATIVACOLABORATIVA ....................................................... 25 
3.1 Justificativa ..................................................................................................................... 25 
3.2 Público-alvo .................................................................................................................... 27
3.3 Pré-requisitos...................................................................................................................27
3.4 Competências gerais ....................................................................................................... 27 
3.5 Objetivos......................................................................................................................... 28 
3.5.1 Objetivo geral .......................................................................................................... 28 
3.5.2 Objetivos específicos ............................................................................................... 28 
3.6 Metas .............................................................................................................................. 28 
3.7 Carga Horária ................................................................................................................. 28 
3.8 Instituição responsável ................................................................................................... 30 
3.9 Matriz curricular ............................................................................................................. 31 
3.9.1 Mapa do curso ......................................................................................................... 32
3.9.2 Descrição da Matriz.................................................................................................32
3.9.3 Cronograma do Curso.................................................... ......................................... 35 
3.10 Metodologia .................................................................................................................. 35 
3.11 Avaliação de aprendizagem .......................................................................................... 37 
3.12 Certificação ................................................................................................................... 39
3.13 Gestão e Avaliação do curso.........................................................................................41
3.13.1 Recursos humanos ................................................................................................. 40
3.13.2 Planilha de Cursos/Orçamento..............................................................................42
3.13.3 Cronograma de desenvolvimento e implementação...............................................45
3.13.4 Avaliação do curso ................................................................................................ 45 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 48 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 49 
12

1 INTRODUÇÃO

Ao longo dos séculos XX e XXI, pesquisas apontaram para a emersão de um novo


paradigma social pautado no uso massivo das Tecnologias da Informação e Comunicação
(TICs). Neste contexto, a construção do conhecimento é compreendida como uma nova forma
de acesso à informação, baseada no uso de softwares, sites e redes colaborativas de
aprendizagem que a cada instante transmitem, alteram ou constroem uma nova informação em
que as competências adquiridas no início da formação profissional fatalmente estarão
obsoletas ao final. (BAUMAN, 2005; LÉVY, 1999).

O uso das TICs na educação, por meio da Educação a Distância, proporcionou o


acesso e a democratização do ensino a 426.241 alunos de licenciatura, 268.173 discentes de
bacharelado e 235.765 alunos de cursos tecnológicos, segundo dados do INEP, de 2011. Além
de democratizar o acesso ao ensino, a Educação a Distância tornou-se espaço rico da
aprendizagem individual e valorizou a interação e colaboração nesse processo.

Atualmente, influenciados pela concepção sócio-histórica de Vygostsky (1987), os


novos modelos de Educação a Distância valorizam os modelos pedagógicos colaborativos e as
relações sociais.

A teoria sócio-histórica de Vygostsky aponta que funções como o pensamento, a


memória e a linguagem são ações que antes de se tornarem atividades interpsíquicas,
precisam inicialmente da vivência em grupo para existirem. Por apreciar a relação entre
indivíduo e sociedade, o autor desenvolveu sua teoria com base no ideal da zona de
desenvolvimento proximal, ou seja, as atividades que os sujeitos alcançaram ou conseguiram
realizar sem auxílio do grupo são consideradas a zona de desenvolvimento real. Por sua vez, a
zona de desenvolvimento proximal seriam as atividades que não foram possíveis de realizar
individualmente e que contaram com a colaboração do grupo para serem alcançadas.

A importância da teoria sócio-histórica para os modelos pedagógicos da Educação a


Distância mostra-se à medida que “aprendizes individuais têm capacidades de
desenvolvimento diferentes em situações colaborativas das que eles têm quando estão
trabalhando sozinhos” (STAHL; KOSCHAMANN; SUTHERS, p. 8, 2006). Na modalidade a
distância os significados atribuídos às atividades não são apenas individuais, pois valorizam
também as interações e a colaboração, como aponta Stahl (2006, p. 11):
13

O significado não é atribuível às declarações individuais dos alunos porque o


significado tipicamente depende das referências indexadas à situação
compartilhada, das referências elípticas para declarações anteriores e das
preferências que serão usadas em declarações futuras.

Percebe-se, neste sentido, a necessidade de estudos que valorizem a colaboração e as


relações sociais, em especial, enfatizando a modalidade a distância.

No contexto da Educação a Distância a colaboração deve ser entendida como a


“construção de significados no contexto da atividade conjunta, e com as formas nas quais
estas práticas são mediadas através de artefatos projetados” (STAHL; KOSCHAMANN;
SUTHERS, 2006, p. 11). Os artefatos projetos são as salas de aula online construídas
fundamentalmente em Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA).

De acordo com alguns autores (LEBARON, 2002; STAHL; KOSCHAMANN;


SUTHERS, 2006), um ambiente organizado poderá beneficiar a prática da construção de
significado em grupo, ou seja,

um ambiente projetado para uma forma desejada de prática se realiza através


das ações organizadas dos seus habitantes. Ferramentas e artefatos são
apenas ferramentas e artefatos, tornando-se relevantes pelos participantes na
sua prática” (STAHL; KOSCHAMANN; SUTHERS, p. 12, 2006).

Toda a explanação acima tem por objetivo iniciar a discussão a respeito da arquitetura
ou design instrucional de salas de aula online, apoiados pelo ambiente virtual Moodle, versão
2.2, e sua relação com a aprendizagem colaborativa.

O ambiente virtual Moodle é, atualmente, uma das plataformas de ensino mais


utilizadas. Por esse motivo, o curso de extensão “Moodle 2.2: Desenvolvendo um espaço de
aprendizagem colaborativacolaborativa” tem como objetivo capacitar profissionais para
atuarem no Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle, em sua versão 2.2, de forma
colaborativa. Para isso, o curso tem como público-alvo profissionais de diversas áreas do
ensino, graduados ou graduandos, que desejam iniciar o estudo da aprendizagem colaborativa
e das ferramentas da Plataforma Moodle, versão 2.2.

Essa capacitação será ministrada totalmente a distância a fim de que os participantes


possam ter maior familiaridade com a Plataforma Moodle. Para isso, os alunos terão o apoio e
suporte da equipe do Centro de Educação a Distância da Universidade de Brasília (CEAD-
UnB).
14

Ao longo das 120 horas de curso distribuídas em 12 semanas, os discentes terão a


oportunidade de refletir a respeito da prática e teoria da aprendizagem colaborativa e do
Ambiente Virtual Moodle, por meio de sete módulos de ensino, a saber: Ambientação em
EAD; O que é a Aprendizagem Colaborativa?; Ambientes Virtuais de Aprendizagem; Moodle
- Modular Object Oriented Dynamic Learning; Pensando o Meu Curso Colaborativo:
Arquivo, Página, Pasta, Rótulo e URL; Pensando o Meu Curso Colaborativo: Fórum, Tarefa,
Wiki, Questionário e Glossário; e Construindo o Meu Curso Colaborativo. Ao final da oferta,
espera-se que por meio da atividade prática de construção de um curso a distância os cursistas
possam refletir de maneira crítica a respeito de ambientes virtuais colaborativos.

A apresentação do curso “Moodle 2.2: Desenvolvendo um espaço de aprendizagem


colaborativacolaborativa” será iniciada por revisão teórica que visa abranger a importância da
Educação a Distância e a relação da aprendizagem colaborativa no contexto atual.
Posteriormente, discorrer-se-á sobre a importância, o público-alvo e os pré-requisitos
necessários ao melhor aproveitamento do curso, bem como as competências que serão
adquiridas, os objetivos e metas a serem alcançados, a carga horária, instituição responsável,
matriz curricular, metodologia, avaliação da aprendizagem, processo de certificação e por fim
a gestão e avaliação do curso.
15

2 A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E A RELAÇÃO COM A APRENDIZAGEM


COLABORATIVA

2.1 Educação a Distância: conceito, tendências e dados

O impacto das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) impulsionou as


Instituições de Ensino Superior (IES) para o atendimento de uma demanda crescente de
discentes interessados em conhecimento e informação, a fim de se capacitarem para o
ingresso no mercado de trabalho. As TICs também auxiliaram o desenvolvimento e a criação
das universidades virtuais, que possuem especificidades como, por exemplo, a não existência
de campus, o fato de o processo de aprendizagem ocorrer no ciberespaço, bem como a
comunicação entre os pares no ambiente virtual. As IES presenciais se apoiaram nas TICs
para desenvolverem o sistema dual, ofertando cursos presenciais e a distância. (KIPNIS,
2009; PEREIRA; MORAES, 2009).

Neste contexto, o atual Plano Nacional de Educação menciona a importância da


Educação a Distância (EaD) para a formação e capacitação de professores. Kipnis (2009)
acrescenta que, a partir de 1995, por iniciativa governamental, foram ofertados os primeiros
cursos a distância objetivando a formação dos professores. Moran (2005) aponta que 80% dos
cursos a distância ofertados pelas IES têm a finalidade de formação docente, principalmente
em nível de especialização.

Sobre a terminologia de Educação a Distância, destaca-se que em qualquer área do


conhecimento os termos utilizados para caracterizar os signos se tornam quesitos relevantes
para o esclarecimento dos usuários que já conhecem essa ciência e, por outro lado,
proporcionam aos usuários que não dominam a distinção entre uma ciência e outra. Assim, de
acordo com Formiga (2009), “a terminologia delimita a abrangência de uma ciência e
demonstra o domínio pelos seus propositores e usuários” (p. 39). A terminologia de EaD para
esse autor está relacionada com o uso das TICs.

Da mesma maneira, Moran (2005) diz que o conceito de EaD “é o processo de ensino-
aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial
e/ou temporalmente” (p. 01), acrescentando que o uso da EaD no ambiente educacional
modifica o conceito de aula e adiciona o conceito de educação contínua e continuada. Ainda
de acordo com Moran, o conceito de sala de aula compreendido como espaço e tempo
delimitado é modificado com o uso da EaD por meio das TICs.
16

Ainda com relação à definição de EaD, o Decreto n. 5.622, de 2005, estabelece que
esta é uma

modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos


processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e
tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores
desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.

Em consonância com o Decreto n. 5.622, Llamas (1986) acrescenta que a EaD


“implica novos papéis para os alunos e para os professores, novas atitudes e novos enfoques
metodológicos” (p. 10). Por sua vez, Moore e Kearsley (2007, p. 02) discorrem que:

Educação a Distância é o aprendizado planejado que ocorre normalmente em


um lugar diferente do local do ensino, exigindo técnicas especiais de criação
do curso e de instrução, comunicação por meio de várias tecnologias e
disposições organizacionais e administrativas especiais.

A partir dessas conceituações, conclui-se que a Educação a Distância é uma


abordagem de ensino que difere do ensino presencial, além de outros aspectos, por utilizar
meios tecnológicos que alteram a noção de tempo, espaço e ocupação, modificando os papéis
sociais dos professores e alunos.

Ao longo de sua constituição histórica, a EaD apoiou-se no uso das Tecnologias da


Informação e Comunicação para desenvolver-se. Na primeira geração da modalidade a
distância, munia-se de impressos mediados por correspondência veiculada pelo correio postal.
Já na segunda geração, baseou-se no modelo multimídia, utilizando impressos, rádio, vídeo e
computador. A terceira geração, por sua vez, foi marcada pela aprendizagem por meio das
conferências, audioconferências, videoconferências e comunicação audiográfica. Na quarta
geração, utilizou-se o modelo de Aprendizagem Flexível, que consiste na comunicação
mediada por computador, o uso da internet e a multimídia interativa.

Atualmente, a Educação a Distância, em sua quinta geração, permanece utilizando o


modelo de Aprendizagem Flexível, tendo acrescentado ao uso do computador, da internet e
das multimídias interativas o acesso ao portal da instituição que desenvolve o curso (SOUZA;
FIORENTINI; RODRIGUES, 2009, p. 140), associados ao uso de Ambientes Virtuais de
Aprendizagem (AVA)1, conforme quadro abaixo:

1
Multimídias e softwares livres ou proprietários de gerenciamento da aprendizagem, denominados de Learning
Management Systems (LMS).
17

Quadro 1 - Gerações da Educação a Distância

Geração Material

1ª Geração Impressos

2ª Geração Impressos, rádio, vídeo e computador

3ª Geração Conferências, audioconferências,


videoconferências e comunicação
audiográfica

4ª Geração Computador, internet e multimídia


interativa

5ª Geração Computador, internet, multimídias


interativas, acesso ao portal da instituição
que desenvolve o curso e Ambientes
Virtuais de Aprendizagem (AVA)

Fonte: SOUZA; FIORENTINI; RODRIGUES, 2009.

Ao observar as transformações impulsionadas pelo avanço tecnológico na EaD,


Vianney (2009) ressalta que existem cinco modelos de gestão EaD que se destacaram durante
o período de 1994 a 2008. O primeiro modelo, mais utilizado pelas Instituições de Ensino
Particular (IES) privadas, orienta-se pela tele-educação, por meio da qual são geradas e
transmitidas teleaulas via satélite que possuem suporte tutorial presencial e online, além de
disporem de materiais impressos ou disponibilizados virtualmente. O segundo modelo, que
possui maior abrangência pelas IESs privadas, fundamenta-se na videoeducação,
reproduzindo aulas gravadas com o suporte de material didático impresso.

Nas IESs públicas, e em uma minoria de IESs privadas, optou-se por aplicar três
modelos de EaD. O primeiro, diz respeito à utilização de polos de apoio presencial e ao
atendimento de alunos em locais de apoio com infraestrutura para as aulas e apoio tutorial
presencial. Já o segundo modelo, mais empregado pelas IESs públicas, e amparado na
concepção de uma Universidade Virtual onde se utilizam intensamente os meios tecnológicos
de comunicação para o relacionamento dos tutores e alunos, os locais de apoio são
empregados apenas para a realização de atividades avaliativas. O último modelo, por sua vez,
difere-se dos demais por fazer uso dos polos apenas nas atividades presenciais práticas de
laboratório.
18

Além dos modelos adotados por Vianney (2009), é importante considerar a proposta
de Chaves (2006), que discorre sobre os modelos da Educação a Distância partindo da relação
destes com as Tendências Pedagógicas vigentes.

Para o autor, existem duas tendências da educação, não havendo distinção neste
sentido quanto à educação presencial ou a distância. A primeira tendência adverte que a
educação deve ser considerada como processo de socialização e aquisição da cultura, em que
o aluno é ser passivo mediante as aspirações sociais e culturais. Por sua vez, a segunda
tendência observa que a educação deve buscar o processo de desenvolvimento humano, em
que a obtenção de competências é fato fundamental.

A primeira tendência, inserida no contexto presencial de ensino, discorre sobre a


socialização e aculturação das crianças, reforçando que o incentivo à aprendizagem e ao
ensino parte do professor, e não do aluno. Por esse motivo, o aluno seria apenas mero
receptor. Os profissionais que se baseiam nessa tendência propõem educação calcada no
modelo fabril, em que o professor deve manter o equilíbrio educacional, ou seja, os alunos
que fazem parte da “classe média” estão sendo preparados para o convívio social e cultural
desejado e os demais alunos que estão acima ou abaixo da média são desconsiderados.

Fato importante sobre essa tendência que se estende tanto à educação presencial
quanto à distância diz respeito à distinção entre os termos “push” e “pull”. Vianney (2009)
exemplifica esses termos utilizando-se de aspectos relacionados ao “mundo tecnológico”, em
que “push” seriam as tecnologias como a televisão, que se propõe apenas à mera transmissão
de informações, e “pull” seriam as tecnologias que buscam respaldo na web 2.0, em que o
usuário precisa ter iniciativa para obter informações das quais necessita. Podemos estender
essas exemplificações tomando como base os modelos de educação atuais.

A segunda tendência possui a característica de desenvolver o ser humano, em que a


aquisição de competências é necessária. De acordo com essa tendência, a escola possuiria três
componentes básicos:

 Matriz de Competências: currículo que norteia a aprendizagem dos


discentes.

 Banco de Projetos: trabalho desenvolvido por meio de projetos em que o


aluno alcançaria a competências necessárias.

 Portfólio de Aprendizagem: percurso que o discente percorreu para adquirir


ou não determinada competência.
19

Na Educação a Distância, as Megatendências podem ser descritas conforme quadro a


seguir:
20

Quadro 2: Megatendências da Educação a Distância

TENDÊNCIA
MODELO DE EDUCAÇÃO CARACTERÍSTICA DA TENDÊNCIA APRENDIZAGEM DA TENDÊNCIA APLICAÇÃO NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
A DISTÂNCIA

A Primeira Megatendência da Nesta Megatendência, a Na Educação a Distância, esta megatendência se


educação propõe que o ser humano é aprendizagem é caracterizada configura no modelo de Ensino a Distância,
Primeira
passível às aspirações culturais e como um processo passivo do pautando-se em cursos que visam apenas a
Megatendência
sociais. Por essa razão, para a ponto de vista do aluno, já que o transmissão de conteúdos. Um exemplo deste
socialização e aquisição da cultura o necessário seria apenas adquirir os modelo seriam os cursos de designer fixo ou
ser humano precisaria percorrer conhecimentos sociais e culturais. autoinstrucionais.
Ensino a Distância processos de educação formal.

A Segunda Megatendência pressupõe A aprendizagem para esta Na Educação a Distância, esta tendência se
que o ser humano é um ser que tendência se caracteriza pela configura no modelo de Aprendizagem
Segunda Megatendência
necessita desenvolver competências. capacidade de realizar tarefas ou Colaborativa, em que os cursos dispõem de
atividades que não eram espaços virtuais dinâmicos, por meio dos quais o
conseguidas anteriormente alunos, utilizando-se de ferramentas disponíveis
Aprendizagem adquirindo novas competências. nas Plataformas, podem desenvolver suas
Colaborativa em competências.
Ambientes Virtuais

Fonte: Santos (2011).


21

De acordo com pesquisa divulgada em 2008 pelo INEP, ilustrada nos gráficos 2 e 3,
em 2007 existiam 408 cursos de graduação sendo ofertados por 97 IESs. No ano posterior,
houve acréscimo de 58,6% ao número de cursos a distância, resultando em 647 cursos. O
número de IESs também expandiu de 97 para 115. O crescimento da quantidade de cursos e
do número de IESs resultou em 70.068 discentes que concluíram a graduação em 2008 na
modalidade a distância.

Gráfico 1 - Evolução do número de IESs e cursos ofertados – 2002 a 2008

Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.

Gráfico 2 - Concluintes em cursos de graduação a distância – 2002 a 2008

Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.


22

2.2 Aprendizagem Colaborativa e a Educação a Distância

O conceito de aprendizagem colaborativa, tendo como base autores como Morgado


(2006) e Kenski (2003), aponta para uma aprendizagem em que os aspectos individuais são
colocados à disposição do grupo a fim de alcançar um objetivo em comum. Desta maneira,

a aprendizagem colaborativa produz potencialmente maiores ganhos do que


a aprendizagem individual, e não significa “aprender em grupo”, mas a
possibilidade de o indivíduo beneficiar-se do apoio e da retroacção de outros
indivíduos durante o seu percurso de aprendizagem (MORGADO, 2006, p.
4).

Em consonância com o conceito acima, a aprendizagem terá como base os


questionamentos e as discussões, além da troca de informações, visando ao funcionamento da
inteligência coletiva.

A colaboração, diferentemente da cooperação, implica desenvolvimento de uma


atividade em que os envolvidos no processo devem construir e manter a compreensão das
etapas utilizadas para alcançar sua conclusão. A atividade deve ser compartilhada e mantida
pelo grupo, sendo que o aprendizado e a contribuição individuais complementa o trabalho dos
demais; a interdependência nesse processo proporcionará a aquisição de competências
valiosas como o respeito aos pensamentos e crenças divergentes, tolerância, concepção de
interação e resultados que possam favorecer a todos. (KENSKI, 2003).

O estudo sobre a Aprendizagem Colaborativa com Suporte Computacional (CSCL)


teve início na década de 1990, com a busca de nova metodologia de ensino que pudesse
relacionar a aprendizagem colaborativa convencional com o suporte de softwares e aplicativos
desenvolvendo as competências individuais a partir da interação em grupo. Sobre isso, Stahl,
Koschmann e Suthers (2006, p. 01) acrescentam que a

CSCL é uma área de estudo envolvida primordialmente com significado e


práticas da construção de significado no contexto da atividade conjunta, e
com as formas nas quais estas práticas são mediadas através de artefatos
projetados.
23

Assim, no Ensino a Distância, a CSCL emerge como prática educativa necessária para
a oferta de cursos a distância de qualidade.

Durante sua trajetória educacional, a Educação a Distância erroneamente considerava


que apenas a disposição de textos em softwares ou Ambientes Virtuais de Aprendizagem
(AVA) poderia democratizar o acesso de qualidade ao ensino. Todavia, a publicação de
materiais didáticos servirá somente como recurso necessário a uma aprendizagem
significativa caso estes estejam inseridos em um modelo pedagógico colaborativo e
motivacional. A aprendizagem colaborativa, em sua concepção, “impõe a colaboração entre
os alunos; eles não estão simplesmente reagindo isoladamente a conteúdos publicados”, sendo
assim, instigar e manter uma interação produtiva em cursos a distância deve ser apoiada em
uma concepção pedagógica e tecnologias adequadas (STAHL; KOSCHMANN; SUTHERS,
2006, p. 02 ).

O trabalho colaborativo com suporte computacional apoiado em um modelo


pedagógico coerente é um aspecto necessário à oferta de cursos a distância de qualidade.
Desta maneira, a organização pedagógica dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA)
deve promover espaços de reflexão coletiva.

Com o impacto das TICs, os sistemas educacionais proporcionaram a configuração de


novos espaços de aprendizagem que visassem à colaboração, com destaque para o AVA. Os
AVAs são sistemas que sintetizam a funcionalidade de software ou interfaces digitais para a
Comunicação Mediada por Computador (CMC), simulando os ambientes presenciais de
aprendizagem por meio de uma plataforma2 de ensino que possibilita a comunicação em rede
entre os participantes. (JUNIOR; MARQUESI, 2009; BEHAR, 2009; BELMONTE;
GROSSI, 2010). Esses ambientes dispõem de ferramentas capazes de desenvolver a interação
por meio de atividades assíncronas e síncronas, compartilhar informações e troca de ideias,
valorizar a participação em discussões temáticas, desenvolver trabalho em grupo e
principalmente estimular “a construção do conhecimento do aluno com a colaboração dos
outros participantes do grupo” (SCHELMMER, 2002, p. 06).

A configuração das ferramentas nos cursos a distância é fator essencial para


determinar o grau de colaboração entre os participantes. Cursos baseados no modelo
“conteúdo+suporte” são configurados para que os alunos realizem atividades totalmente

2
“Entende-se por plataforma uma infraestrutura tecnológica composta pelas funcionalidades e interface gráfica
que compõe o AVA” (Behar, 2006).
24

autoinstrutivas. Já os modelos de wrap around apoiam-se na concepção de que o aluno deve


disponibilizar o seu tempo para atividades autoinstrutivas e atividades colaborativas. Por fim,
o modelo integrado propõe que o aluno reflita de forma colaborativa sobre os temas propostos
no curso em que as atividades são formuladas objetivando a colaboração entre os
participantes. Os cursos que adotam modelos que visam a colaboração podem optar por
escolher ferramentas assíncronas para alcançar esse objetivo. (AZEVEDO, 2005).

Neste contexto, o design instrucional surge para contribuir com a discussão sobre o
uso de ferramentas adequadas para o desenvolvimento da aprendizagem colaborativa com
suporte computacional. O design pode ser entendido como o processo ou a ação que visa
elencar objetivos e metas e as maneiras pelas quais esses objetivos e metas serão cumpridos,
sendo que a disposição deliberada de recursos torna-se característica essencial do design. A
instrução, por sua vez, pressupõe em um contexto amplo a comunicação como base para a
compreensão da aprendizagem (CAMPOS, 2001; FILATRO, 2007). Sendo assim, em linhas
gerais, o design instrucional pode ser entendido como o elo entre a teoria e a tecnologia,
podendo definir as atividades, o planejamento dos cursos, os métodos e as técnicas a serem
empregados e a avaliação do sistema, ou seja, seria a ação intencional e sistemática de
planejamento a fim de facilitar a aprendizagem humana. (CAMPOS, 2001; FILATRO, 2007;
LOPES et al, 2011).

O design instrucional propõe a relação entre a forma e a função, ou seja, a articulação


entre a interface e o planejamento do curso. É também função do designer instrucional pautar-
se na escolha de quais ferramentas serão utilizadas em cada etapa do curso, sendo que esta
deverá apoiar-se em uma visão sistêmica que forneça ao profissional a dinâmica de interação
entre as etapas do processo de design instrucional. Desta maneira, a escolha das mídias, do
AVA, bem como a organização das informações e dos conteúdos são pontos a serem
trabalhados pelo designer instrucional no processo de construção de ambientes que promovam
a aprendizagem colaborativa com suporte computacional. (BRAGA; ULBRICHT, 2008;
FRANCO; BRAGA, 2010; FILATRO, 2007).

As interfaces gráficas que proporcionam a relação “computador-humano” são


formadas por ferramentas (chat, fóruns, tarefas, questionários, enquetes, wiki etc.) que,
organizadas pelo designer instrucional na etapa de desenvolvimento, podem possibilitar o
desenvolvimento da aprendizagem colaborativa. (BRAGA & ULBRICHT, 2008).
25

3 CURSO DE EXTENSÃO MOODLE 2.2: DESENVOLVENDO UM ESPAÇO DE


APRENDIZAGEM COLABORATIVA

O curso de extensão “Moodle 2.2: Desenvolvendo um espaço de aprendizagem


colaborativa” pretende capacitar profissionais para atuarem no Ambiente Virtual Moodle,
tendo como concepção cursos a distância que possam valorizar as relações sociais, a interação
e a colaboração.

3.1 Justificativa
Historicamente, a colaboração sempre exerceu papel fundamental no desenvolvimento
da humanidade, pois de maneira isolada os seres humanos provavelmente não seriam capazes
de sobreviver aos obstáculos históricos. Na atualidade, esse tema retorna em virtude das
inúmeras transformações sociais que comprometem os sistemas educacionais. No ensino
presencial, via de regra, enfatiza-se o ensino individualizado, a exemplo dos testes avaliativos
como o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), que enfoca a avaliação isolada do aluno.
Em oposição, é possível perceber que na Educação a Distância a ênfase em avaliações e
atividades individuais são praticamente irrisórias comparadas às discussões nos fóruns
temáticos coletivos.

Assim, salas de aula virtuais ou Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) são


espaços ricos de colaboração e interação, por meio dos quais o estudante pode se comunicar
em grupo, garantindo a independência de lugar e tempo e possibilitando o acesso à sala de
aula em qualquer lugar e momento. Dessa forma, a escolha das ferramentas a serem adotadas
em cursos a distância deve possibilitar a colaboração e o desenvolvimento de espaço de
equidade e respeito individual, pressupostos básicos para a qualidade de cursos a distância.

Dados de material publicado na revista Nova Escola (edição 227, 2009) mostram que
72% dos cursos de graduação não capacitam profissionais da área de educação para atuarem
com as tecnologias no ambiente educacional. Em contrapartida, cada vez mais profissionais
capacitados para o uso de tecnologias educacionais são requisitados para atuarem no âmbito
da Educação a Distância.

Em 2008, os cursos de Educação a Distância em nível de graduação promoveram o


acesso e a democratização do ensino a 70.068 discentes, sendo que durante o período de 2007
26

a 2008 houve o aumento de 58,6% no número de Instituições de Ensino Superior que ofertam
cursos de graduação a distância (INEP, 2008). Acrescenta-se, ainda, que 80% dos cursos a
distância são voltados para a capacitação ou o aperfeiçoamento dos profissionais docentes
(MORAN, 2005).

Diante desta perspectiva cada vez mais profissionais capazes de utilizar as novas
mídias e softwares em prol do bem social são requisitados. Assim, compreender as
tecnologias como meio de ensino e não finalidade é passo importante para que o profissional
da educação possa organizar o processo de ensino e aprendizagem. Em última instância,
podemos nos perguntar de que maneira o Ambiente Virtual Moodle, em sua versão 2.2,
poderá tornar-se um espaço aprendizagem colaborativo.

O Modular Object Oriented Distance Learning, mais conhecido como Moodle, foi
desenvolvido em 1999 pelo professor Martin Dougiamas e, atualmente, está disponível em
mais de 90 idiomas e em mais de 206 países. De acordo com o site Moodle.org, existem
6.079.667 cursos online que utilizam essa Plataforma, sendo que o número de usuários chega
a 58.192.076. No mês de Abril de 2012, 12.801 novos usuários foram cadastrados no Moodle.
No ranking mundial de países que mais utilizam o Moodle, o Brasil encontra-se em quarto
lugar, ainda de acordo com o site Moodle.org.

Por ser um Ambiente Virtual de Aprendizagem sem custos e com código fonte aberto,
de maneira que os usuários possam alterar as configurações de forma colaborativa, o Moodle
tornou-se uma das Plataformas de maior uso atualmente.

Diante do exposto, podemos concluir que o estudo da colaboração integrado ao uso de


Ambientes Virtuais de Aprendizagem, como o Moodle, poderá ser passo importante para
conceber nova concepção de Educação a Distância, pautada, especialmente, nas relações
interpessoais. O curso “Moodle 2.2: Desenvolvendo um espaço de aprendizagem
colaborativa”, além de abordar a prática da construção de sala de aula online, terá como foco
o ensino da colaboração. Por essa razão, é natural que o curso usufrua dos benefícios da
modalidade a distância para a sua oferta.
27

3.2 Público-alvo

O curso terá como público-alvo profissionais das diversas áreas do ensino, graduados
ou graduandos, que pretendem iniciar o estudo da aprendizagem colaborativa e das
ferramentas da Plataforma Moodle, versão 2.2.

3.3 Pré-requisitos

Para alcançar os objetivos propostos, os alunos matriculados no curso deverão atender


aos seguintes pré-requisitos:

 Disponibilidade de dedicação mínima de 10 horas semanais ao curso,

 Acesso à internet (recomendável banda larga).

 Possuir endereço eletrônico.

 Plug-in dos aplicativos Flash Player, Windows Media Player, Acrobat Reader.

 Browser de navegação (recomendável Mozilla Firefox).

3.4 Competências gerais

Espera-se que ao final do curso os alunos adquiram as seguintes competências gerais:

 Conceituar Aprendizagem Colaborativa.

 Identificar os elementos da Aprendizagem Colaborativa.

 Identificar os elementos dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem.

 Utilizar as ferramentas básicas do Ambiente Virtual Moodle, versão 2.2.

 Elaborar um projeto de curso a distância.


28

3.5 Objetivos

3.5.1 Objetivo geral

Capacitar profissionais para atuarem no Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle,


em sua versão 2.2, de forma colaborativa.

3.5.2 Objetivos específicos

 Promover o entendimento e a conceituação da Aprendizagem Colaborativa em


Ambientes Virtuais de Aprendizagem.

 Compreensão das principais ferramentas da Plataforma Moodle, versão 2.2.

3.6 Metas

Para alcançar tais objetivos e competências, estabeleceram-se as seguintes metas:

 Realizar uma oferta piloto com os funcionários da Universidade de Brasília (UnB).

 Ofertar duas turmas anuais de 100 alunos cada

 Estender o curso para outras Instituições de Ensino Superior

 Capacitar os concluintes do curso para atuarem como tutores das novas ofertas do
curso.

3.7 Carga Horária

O curso será ministrado em 12 semanas, totalizando 120 horas distribuídas da seguinte


maneira:
29

Quadro 3: Módulos, duração e carga horária

Módulo Duração Carga horária

Ambientação em EAD 1 semana 10 horas

O que é a Aprendizagem 1 semana 10 horas


Colaborativa?

Ambientes Virtuais de 1 semana 10 horas


Aprendizagem

Moodle (Modular Object 2 semanas 20 horas


Oriented Dynamic Learning)

Pensando o Meu Curso 2 semanas 20 horas


Colaborativo: Arquivo, Página,
Pasta, Rótulo e URL

Pensando o Meu curso 2 semanas 20 horas


Colaborativo: Fórum, Tarefa,
Wiki, Questionário e Glossário

Construindo o Meu Curso 3 semanas 30 horas


Colaborativo

Ao longo das 12 semanas, os alunos terão disponíveis dois espaços virtuais de acesso:
o primeiro trará os materiais didáticos e atividades do curso e o outro servirá como um espaço
de prática onde será solicitada em cada módulo atividade a ser configurada no “espaço
prática”.
30

3.8 Instituição responsável

Pretende-se que o curso “Moodle 2.2: Desenvolvendo um espaço de aprendizagem


colaborativa” seja ofertado pelo Centro de Educação a Distância da Universidade de Brasília
(CEAD-UnB).

O CEAD-UnB surgiu em 1979 com o objetivo de viabilizar, fomentar e desenvolver


ações educativas a distância em distintas áreas do conhecimento, valorizando a formação de
cidadãos conscientes, acesso à informação, democratização do conhecimento, redução das
desigualdades sociais e a publicização da Universidade de Brasília, de acordo com descrição
disponibilizada no próprio site da instituição (http://www.cead.unb.br).

Por meio de espaço de diálogo e colaboração, o CEAD-UnB possui apoio dos


Departamentos da UnB para ofertar cursos de extensão e especialização. Recentemente, em
parceria com a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) e o Instituto de
Psicologia (IP/UnB), por meio de seu Programa de Estudos e Atenção às Dependências
Químicas (PRODEQUI), o CEAD-UnB teve a oportunidade de ofertar o curso de extensão
“Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas Públicas” para cerca de "25.000
educadores, coordenadores, gestores de escolas públicas, além de profissionais de segurança
pública que atuam como educadores sociais e policiais comunitários por todo o Brasil" (Guia
do Cursista, PRODEQUI).

Outro exemplo relevante foi o curso de extensão “O Direito Achado na Rua -


Introdução Crítica ao Direito à Saúde”, que pertence à linha teórica O Direto Achado na Rua,
ofertado em parceria com a faculdade de Direito da UnB, que proporcionou a assessorias
jurídicas populares, lideranças de movimentos sociais e profissionais e estudantes de direito a
reflexão sobre o Direito a partir das ações de movimentos sociais (COSTA JÚNIOR et al,
2009).

Para ofertar cursos a distância, o CEAD-UnB conta com o suporte organizacional das
Coordenações Acadêmica e Executiva, das Unidades de Tecnologia, Pedagogia, Produção e
Apoio Acadêmico e com as áreas de Comunicação, Gestão de Pessoas, Logística e Setor
Financeiro. Para esta pesquisa, é necessário esclarecer, principalmente, o papel da Unidade de
Pedagogia do Centro.

A Unidade de Pedagogia atua em duas frentes de trabalho: organização de propostas


pedagógicas e execução dos cursos. A elaboração de propostas pedagógicas é fundamental
31

para a manutenção financeira do CEAD-UnB, tendo em vista que esses documentos trazem
informações necessárias para o fechamento de contratos entre o Centro e os parceiros que
demandam os cursos a distância. Após a oficialização do curso pelo parceiro demandante e o
CEAD-UnB, inicia-se a elaboração pedagógica do curso a distância.

A elaboração pedagógica fica a cargo do gestor pedagógico responsável pelo curso.


Esse profissional deve acompanhar e apresentar o suporte pedagógico, por meio da construção
do Ambiente Virtual de Aprendizagem - Moodle, a capacitação de tutores, o apoio aos
coordenadores e supervisores, e à gestão das Unidades de Produção, Apoio Acadêmico e
Tecnologia no que diz respeito a aspectos relacionados ao curso.

3.9 Matriz curricular

O curso “Moodle 2.2: Desenvolvendo um espaço de aprendizagem colaborativa” terá


carga horária de 120 horas distribuídas em 12 semanas de curso que contemplarão sete
unidades temáticas.
32

3.9.1 Mapa do curso

Centro de Educação a Distância da


Universidade de Brasília (CEAD-UnB)

Organização da equipe acadêmica do curso


(coordenador e equipe de tutorial)

Aprovação acadêmica do curso Ambientação em EAD

Elaboração do material didático


O que é a Aprendizagem Colaborativa?
Capacitação dos tutores

Ambientes Virtuais de Aprendizagem


Seleção dos discentes

Moodle (Modular Object Oriented Dynamic Learning)


Construção da Sala de Aula Online

Início do curso “Moodle 2.2: Desenvolvendo um espaço Pensando o Meu Curso Colaborativo: Arquivo, Página,
de aprendizagem colaborativo” Pasta, Rótulo e URL

Pensando o Meu Curso Colaborativo: Fórum, Tarefa,


Wiki, Questionário e Glossário

Avaliação Institucional

Construindo o Meu Curso Colaborativo

Encerramento do curso “Moodle 2.2: Desenvolvendo um


espaço de aprendizagem colaborativo”
33

3.9.2 Descrição da Matriz

Quadro 4: Descrição da matriz

Unidades Objetivos Papéis Atividades Duração Conteúdos Avaliação

1 Ambientação em EAD Familiarizar-se com o O tutor irá realizar as O aluno participará do 1 semana Vídeo: Perfil do Aluno Não haverá
Ambiente Virtual de primeiras orientações quanto Fórum de Ambientação, EaD. avaliação.
Aprendizagem. ao acesso, alteração do assistirá ao vídeo “Perfil
perfil e moderação no do aluno EaD”, alterá o
fórum. seu perfil e escreverá as
suas primeiras
experiências no diário de
bordo.

2 O que é a O conceito e O tutor irá moderar e avaliar O aluno participará do 1 semana Texto: A emergência da Participação no
Aprendizagem elementos da o fórum, conduzir a fórum, do wiki e do colaboração na educação fórum, wiki e
Colaborativa? Aprendizagem elaboração do wiki e diário de bordo. e as transformações na diário de bordo.
Colaborativa acompanhar o diário de sociedade pós- industrial:
bordo. em busca de compreensão
problematizadora.

3 Ambientes Virtuais de Identificar o conceito O tutor irá moderar e avaliar O aluno participará do 1 semana Texto: Ambientes virtuais Participação no
de Ambiente Virtual e o fórum e acompanhar o fórum temático e do de aprendizagem: por fórum, glossário e
Aprendizagem os seus elementos. diário de bordo. diário de bordo. autorias livres, plurais e diário de bordo.
gratuitas
(http://www.comunidades
virtuais.pro.br/hipertexto/
home/ava.pdf).
34

4 Moodle (Modular Identificar o conceito, O tutor irá moderar e avaliar O aluno participará do 2 semanas Textos:O Moodle e as Participação no
Object Oriented as caracteríticas do o fórum, avaliar o glossário, fórum temático, do comunidades virtuais de fórum,
Dynamic Learning) Moodle e ferramenta avaliar e acompanhar o Glossário e do diário de aprendizagem e
Box. diário de bordo. bordo e iniciará a diário de bordo e
construção do seu O Ambiente Moodle como inserção dos
Ambiente Virtual – Apoio a Educação a blocos no
Moodle, com a inserção Distância “Ambiente de
dos Boxes. Prática”.
(http://www.moodle.org.b
r/)
Tutorial sobre os Boxes.

5 Pensando o Meu Iniciar a discussão do O tutor irá moderar e avaliar O aluno participará do 2 semanas Texto: a designar Participação no
Curso Colaborativo: Curso Colaborativo. o fórum, acompanhar o fórum temático, diário de fórum, diário de
diário de bordo e conduzir a Bordo e iniciará a Tutorial sobre as bordo e inserção
Arquivo, Página,
Caracterizar e inserir inserção das ferramentas: construção do seu ferramentas: Arquivo, das ferramentas
Pasta, Rótulo e URL
as ferramentas: Arquivo, Página, Pasta, Ambiente Virtual – Página, Pasta, Rótulo e Arquivo, Página,
Arquivo, Página, Rótulo e URL. Moodle, inserindo as URL. Pasta, Rótulo e
Pasta, Rótulo e URL. ferramentas: Arquivo, URL no
Página, Pasta, Rótulo e “Ambiente de
URL. Prática”.

6 Pensando o Meu Discussão do Curso O tutor irá moderar e avaliar O aluno participará do 2 semanas Texto: Aprendizagem Participação no
Curso Colaborativo: Colaborativo. o fórum, acompanhar o fórum temático, diário de Colaborativa em rede fórum, diário de
Fórum, diário de bordo e conduzir a Bordo e iniciará a mediada pelo wiki do bordo e inserção
Caracterizar e inserir inserção das ferramentas: construção do seu Moodle. das ferramentas
Tarefa, Wiki, as ferramentas: Fórum, Ambiente Virtual – Fórum,
Questionário e Fórum, Moodle, inserindo as
Glossário. Tarefa, Wiki e Questionário. ferramentas: Fórum, Tarefa, Wiki e
Tarefa, Wiki e Tutorial sobre as Questionário no
Questionário. Tarefa, Wiki e ferramentas Fórum, “Ambiente de
Questionário. Tarefa, Wiki e Prática”.
Questionário.

7 Construindo o Meu Construção do Curso O tutor irá moderar e avaliar O aluno participará do 3 semanas Participação no
Curso Colaborativo Colaborativo. o fórum, acompanhar o fórum temático, diário de fórum, diário de
diário de bordo e avaliar a bordo e iniciará a bordo e
construção do curso online. construção do seu Curso construção do
Colaborativo. curso.
35

3.9.3 Cronograma do Curso

A previsão é de que a primeira oferta do curso siga o cronograma abaixo.

Quadro 5: Cronograma

Unidade Início

Ambientação em EAD 06/08/2012 a12/08/2012

O que é a Aprendizagem Colaborativa? 13/08/2012 a 19/08/2012

Ambientes Virtuais de Aprendizagem 20/08/2012 a 26/08/2012

Moodle (Modular Object Oriented 27/08/2012 a 09/09/2012


Dynamic Learning)

Pensando o Meu Curso Colaborativo: 10/09/2012 a 23/09/2012


Arquivo, Página, Pasta, Rótulo e URL

Pensando o Meu Curso Colaborativo: 24/09/2012 a 07/10/2012


Fórum, Tarefa, Wiki, Questionário e
Glossário

Construindo o Meu Curso Colaborativo 08/10/2012 a 28/10/2012

3.10 Metodologia

O curso “Moodle 2.2: Desenvolvendo um espaço de aprendizagem colaborativa” terá


como pressupostos metodológicos a colaboração e a aprendizagem em rede, entendendo a
aprendizagem colaborativa como

estratégia educativa em que dois ou mais sujeitos constroem o seu


conhecimento através da discussão, da reflexão e da tomada de decisões; e
na qual os recursos computacionais atuam (entre outros) como importantes e
eficazes mediadores do processo de ensino aprendizagem” (BENFATTI,
FRANCO E BRAGA; 2009, p. 01).
36

Nesse sentido, o curso será organizado em duas etapas complementares. A primeira


etapa, teórica, visa iniciar as discussões a respeito da aprendizagem colaborativa e das
principais ferramentas do Ambiente Virtual Moodle. Paralelamente a essas explanações,
estarão disponíveis aos alunos ambiente de prática para utilização da Plataforma Moodle. O
ambiente de prática será fundamental para a atividade final do curso.

Durante as 12 semanas de curso, estarão disponíveis no AVA textos, vídeos e tutoriais


a respeito dos temas propostos. As atividades serão desenvolvidas conforme o quadro a
seguir.

Quadro 6: Atividades avaliativas

Módulo Ambiente teórico Ambiente de prática

Ambientação em EAD Participação no Fórum Não possui

O que é a Aprendizagem Fórum, Chat e Diário de Não possui


Colaborativa? Bordo

Ambientes Virtuais de Fórum, Glossário e Diário de Não possui


Bordo
Aprendizagem

Moodle (Modular Object Fórum, Wiki e Diário de Inserção dos Boxes


Oriented Dynamic Bordo
Learning)

Pensando o Meu Curso Inserção das ferramentas


Colaborativo: Arquivo, Fórum e Diário de Bordo Arquivo, Página, Pasta,
Página, Pasta, Rótulo e Rótulo e URL no “Espaço
URL. Prática”

Pensando o Meu Curso


Colaborativo: Fórum, Fórum e Diário de Bordo Inserção das ferramentas
Tarefa, Wiki, Questionário Fórum, Tarefa, Wiki e
37

e Glossário Questionário

Construindo o Meu Curso Fórum e Diário de Bordo Elaboração do trabalho final


Colaborativo

Para auxiliar a execução e mediação do curso, os alunos contarão com o apoio de


quatro tutores especialistas em Educação a Distância capacitados pela equipe do Centro de
Educação a Distância da Universidade de Brasília.

Em entrevista ao programa web Conexão EaD3, o professor Athail Rangel Pulino,


diretor do CEAD-UnB, menciona que, nos cursos apoiados em uma proposta de
aprendizagem em rede ou comunidade de aprendizagem, os tutores devem evitar colocarem-
se na “posição de entrevistados”, ou seja, participar do curso apenas para solucionar as
dúvidas de cada estudante. Desta maneira, os tutores deverão exercer quatro funções
essenciais para o êxito do curso: função pedagógica, função social, função gerencial e função
técnica.

A função pedagógica consiste na mediação dos fóruns, chats e diário de bordo, no


estímulo e facilitação da participação e do pensamento crítico dos alunos, bem como no
auxílio na busca por novas informações etc. Essa função será desenvolvida em parceria com a
coordenação do curso.

Por sua vez, a função social versa sobre um espaço estimulante e que favoreça a
aprendizagem. Já a função gerencial possui intrínseca relação com as normas estabelecidas
pela coordenação do curso, ou seja, é a maneira como o tutor irá implementá-las. Por fim, a
função técnica é a familiaridade do tutor com o Ambiente Virtual e as demais mídias que
serão desenvolvidas no curso a fim de auxiliar os alunos no seu uso.

3.11 Avaliação de aprendizagem

A avaliação do ensino e da aprendizagem é entendida como processo contínuo e


sistemático para obtenção de informações, análise e interpretação da ação educativa, sendo
3
O Conexão EaD (http://conexao.cead.unb.br) é uma produção do Centro de Educação a Distância da
Universidade de Brasília (CEAD-UnB). A cada programa é apresentada uma entrevista com professores da
Universidade de Brasília (UnB) ligados à prática da Educação a Distância.
38

que deverá subsidiar as ações de todos os envolvidos nesse processo, visando à melhoria de
seu desempenho. Kenski, Pastre e Clementino (2006) mencionam que avaliações em cursos
colaborativos online devem considerar as impressões, os questionamentos e os debates que
surgem ao longo do processo, além de valorizar as participações individuais.

Nos cursos online, as formas de participação individuais podem ser variadas.


Elas aparecem relacionadas com o objetivo do curso ou relacionam-se às
vivências e experiências dos temas abordados nas aulas ou ainda podem falar
de experiências profissionais que contribuam com a discussão de um
determinado assunto. Mas não é um território de anarquia das idéias. Toda a
riqueza desse cenário de intervenções colabora para a não-automatização da
avaliação. Os elementos estão lá, disponíveis, mas precisam ser tomados,
analisados, debatidos. Cabe ao professor transformar esse repertório de
informações em subsídios para avaliações. E esse movimento é intencional,
as ferramentas da tecnologia digital não o realizam automaticamente (p. 06).
Além de trabalhar com a valorização da colaboração no processo avaliativo, o curso
“Moodle 2.2: Desenvolvendo um espaço de aprendizagem colaborativa” propõe outros dois
tipos de avaliação: formativa e somativa. A avaliação formativa possibilita o
acompanhamento dos alunos no processo de aprendizagem ao longo do curso. Já a avaliação
somativa, conforme material do curso do Senac, “permite conhecer o nível de aprendizagem
alcançado pelo aluno”.

Para nortear o processo de avaliação dos cursistas, serão utilizados os seguintes


critérios avaliativos:

a) A participação em fóruns de discussão e comunicação com seus tutores e colegas.

b) O controle de acesso dos cursistas na plataforma do curso, considerando as discussões


de conteúdo e a realização das atividades online propostas.

c) A realização das atividades propostas no curso.

d) A elaboração e apresentação de trabalho final do curso.

Para ser aprovado o cursista deverá obter, no mínimo, 50% de aproveitamento em


cada etapa e na construção e apresentação do curso online.
39

Quadro 7: Pontuação das atividades

Atividade Pontuação

Fóruns 4 15 pontos

Diário de Bordo 10 pontos (2 pontos por módulo)

Glossário 5 pontos

Wiki 5 pontos

Inserção das Ferramentas (Box, Arquivo, 15 pontos


Arquivo, Página, Pasta, Rótulo, URL,
Fórum, Tarefa, Wiki e Questionário)

Curso Online 50 pontos

3.12 Certificação

O Ensino Superior respalda-se em três pilares constituintes: ensino, pesquisa e


extensão. Severino (2009) destaca o papel da pesquisa como um dos pilares, porquanto, é por
intermédio desse pilar que o conhecimento pode ser ensinado e propagado, em outras
palavras, “só se aprende, só se ensina, pesquisando; só se presta serviços à comunidade, se
tais serviços nascerem e se nutrirem da pesquisa” (p. 24). A extensão universitária propõe a
divulgação e propagação do conhecimento adquirido por meio do ensino e da pesquisa
desenvolvidos na instituição para a comunidade externa. A união entre universidade e
comunidade propaga, ao mesmo tempo, os conhecimentos desenvolvidos e colhe informações
sobre as necessidades e exigências da sociedade, sendo assim, capaz de orientar as futuras
pesquisas e ensino. O ensino, por sua vez, possui relação com a aprendizagem, que só será
bem sucedida pela prática da pesquisa que obtiver alcance social. (SEVERINO, 2009).

Neste sentido, o curso “Moodle 2.2: Desenvolvendo um espaço de aprendizagem


colaborativa” enquadra-se na categoria de curso de extensão pelo seu envolvimento com a

4
Somente os fóruns das unidades 2,3,4, 5 e 6 serão avaliativos.
40

comunidade externa. Os certificados serão emitidos pela Diretoria de Administração


Acadêmica (DAA) e enviados pelo Correios aos participantes aprovados no curso.

3.13 Gestão e avaliação do curso

3.13.1 Recursos humanos

O Centro de Educação a Distância da Universidade de Brasília (CEAD-UnB) dispõe


de três tipos de funcionários capacitados para atuarem na área de Educação a Distância:
servidores da UnB, terceirizados e colaboradores contratados por projeto/curso.

Os servidores e terceirizados são profissionais que atuam na Universidade de Brasília


e estão à disposição para trabalharem em todos os cursos ofertados pelo CEAD-UnB. Já os
colaboradores contratados por projeto/curso atuam em uma única oferta, com exceção de
alguns profissionais como, por exemplo, os gestores pedagógicos, revisores de textos,
diagramadores, web designers, que são pagos por projeto e atuam em inúmeros cursos.

Os cursos ministrados pelo CEAD-UnB contam com os seguintes profissionais:

Coordenação Geral – Professor doutor responsável pela coordenação geral do curso.

Elaboração de material didático – Professores doutores de áreas específicas do curso, com


reconhecido saber e experiência, responsáveis pela elaboração e/ou adaptação de conteúdos
didáticos para a linguagem da educação a distância.

Tutoria em curso a distância – Profissional com nível de especialização que atua sob a
supervisão da coordenação técnica e pedagógica diretamente com os cursista, acompanhando
o desenvolvimento de seus estudos e desempenhos, envolvendo ações tais como o
esclarecimento de dúvidas relativas aos conteúdos e a correção das atividades avaliativas.
Cabe também à tutoria a elaboração de relatório final que inclui análise do desempenho
acadêmico de cada um dos seus alunos e o registro de notas.

Gestor Pedagógico – Profissional com especialização em Educação a Distância e graduação


na área de pedagogia que tem como atribuição elaborar o projeto pedagógico juntamente com
a coordenação do curso, selecionar/treinar os tutores, prestar orientações administrativas aos
coordenadores e supervisores, acompanhar o processo de aprovação do curso junto aos
Decanatos, selecionar as ferramentas pedagógicas que deverão ser utilizadas e acompanhar
diariamente o andamento do curso, considerando a qualidade das interações, o desempenho
41

dos tutores, as opções de avaliação, as contribuições dos cursistas, o lançamento de notas na


plataforma e, sobretudo, a efetividade do curso.

Gestor de Projetos – Profissional de nível superior ou médio responsável pelos relatórios


finais do curso juntamente com a coordenação, pela emissão de declarações /documentação
dos alunos e colaboradores envolvidos no projeto, bem como as solicitações de pagamento
desses colaboradores.

Apoio Administrativo – Profissionais que auxiliam no trabalho de logística do curso e


lançamento de notas no sistema.

Web designer – Responsável pela construção de objetos educacionais (telas em flash e


arquivos eletrônicos), criação de logomarcas, identidade visual, capas, banners, pop-
up, tratamento e criação imagens.

Suporte Tecnológico – Profissional responsável pela configuração da plataforma Moodle e


perfis de acesso, cadastro dos usuários no ambiente, envio de mala direta aos alunos do curso.
É também responsável pelo suporte aos usuários da plataforma Moodle do curso.

Diagramador – Profissional responsável pela organização e distribuição de texto, imagem e


objetos gráficos em materiais para impressão ou arquivo digital, faz o tratamento de imagens,
cria layouts e realiza o fechamento de arquivos para gráfica por meio de programas de edição.

3.13.2 Planilha de Custos/Orçamento

Para fins de esclarecimentos dos valores em escala nos programas em EaD,


informamos que quanto maior o número de cursistas em uma oferta, menor será o valor
individual do curso por aluno. Na primeira oferta do curso estão incluídos a elaboração e
revisão do material didático, bem como o design instrucional da sala de aula online. A partir
da segunda oferta do curso, esses profissionais não serão mais necessários tendo em vista que
é possível resgatar os arquivos antigos do curso (backup).

O planejamento orçamentário foi realizado tendo como base 100 alunos por oferta e
contempla apenas os funcionários que recebem por projeto.
42

Quadro 8: Planilha orçamentária da primeira oferta do curso

CURSO DE EXTENSÃO EM MOODLE 2.2: DESENVOLVENDO UM ESPAÇO DE APRENDIZAGEM


COLABORATIVA

Descrição do projeto: Número de alunos – 100 Carga horária - 120 horas/aula Duração do curso/projeto -
cinco meses

Planilha Orçamentária

PESSOA FÍSICA - COORDENAÇÃO

Descrição Quant. Unidade Valor Período Valor Total


Pessoas Unitário

Coordenador Pedagógico 1 mês 3.000,00 4 12.000,00

Elaboração de material didático 1 mês 2.500,00 2 5.000,00

Tutoria a distância 5 mês 1.100,00 3 16.500,00

Total de Pessoa Física(1) 33.500,00

PESSOA FÍSICA – COLABORADORES - ADMINISTRATIVO

Descrição Quant. Unidade Valor Período/mês Valor Total


Pessoas Unitário

Gestor Pedagógico 1 mês 2.800,00 5 14.000,00

Execução 1 mês 1.000,00 4 4.000,00

Total de Pessoa Física(2) 18.000,00

Total de Pessoa Física(1+2) 51.500,00

Encargos 20% Pessoa Física (INSS Patronal) 10.300,00

MATERIAL DE CONSUMO

Material de Consumo - 2.000,00

Total Geral de Consumo 2.000,00

PESSOA JURÍDICA
43

Descrição Quant. Unidade Valor Período/Mês Valor Total


Pessoas Unitário

Despesas Postais 100 2 3,00 600,00

Total de Pessoa Jurídica 600,00

TOTAL GERAL DO PROJETO: 64.400,00

TOTAL POR ALUNO: 644,00

TOTAL DE ALUNO/MÊS 128,80

Quadro 9: Planilha orçamentária para as versões seguintes do curso

CURSO DE EXTENSÃO EM MOODLE 2.2: DESENVOLVENDO UM ESPAÇO DE APRENDIZAGEM


COLABORATIVA

Descrição do Projeto: Número de alunos - 100 Carga horária - 120 horas/aula Duração do curso/projeto -
cinco meses

Planilha Orçamentária

PESSOA FÍSICA - COORDENAÇÃO

Descrição Quant. Unidade Valor Período Valor Total


Pessoas Unitário

Coordenador Pedagógico 1 mês 3.000,00 4 12.000,00

Tutoria a distância 5 mês 1.100,00 3 16.500,00

Total de Pessoa Física(1) 28.500,00

PESSOA FÍSICA - COLABORADORES - ADMINISTRATIVO

Descrição Quant. Unidade Valor Período/mês Valor Total


Pessoas Unitário

Gestor Pedagógico 1 mês 2.800,00 5 14.000,00

Execução 1 mês 1.000,00 4 4.000,00


44

Total de Pessoa Física(2) 18.000,00

Total de Pessoa Física(1+2) 46.500,00

Encargos 20% Pessoa Física (INSS Patronal) 9.300,00

MATERIAL DE CONSUMO

Material de Consumo - 2.000,00

Total Geral de Consumo 2.000,00

PESSOA JURÍDICA

Descrição Quant. Unidade Valor Período/Mês Valor Total


Pessoas Unitário

Despesas Postais 100 2 3,00 600,00

Total de Pessoa Jurídica 600,00

TOTAL GERAL DO PROJETO: 58.400,00

TOTAL POR ALUNO: 584,00

TOTAL DE ALUNO/MÊS 116,80

3.13.3 Cronograma de desenvolvimento e implementação

Quadro 10 – Cronograma de desenvolvimento e implementação

Etapas Períodos

Convite do Professor Coordenador Maio/2012

Elaboração do Projeto Político Maio-Junho/2012


Pedagógico e Material Didático

Seleção e Capacitação de Supervisores e Junho/2012


Tutores
45

Diagramação do Material Didático Junho/2012

Construção da Sala de Aula Online Julho/2012

Inscrições Julho/2012

Início do Curso Agosto/2012

Término do Curso Outubro/2012

Relatório do Curso Novembro/2012

3.13.4 Avaliação do curso

A avaliação dos cursos desenvolvidos pelo CEAD-UnB são organizados


considerando-se os atores envolvidos. A coordenação e os tutores realizam a avaliação do
curso presencialmente, durante as reuniões de tutoria e ao final do curso. Já a avaliação dos
discentes fica disponível no ambiente virtual ao final do curso. Nessa avaliação o discente
deve analisar o curso informando sobre os procedimentos didático-pedagógicos,
desempenho individual, material e conteúdo, o papel do tutor, ambiente virtual de
aprendizagem e avaliação final do curso.

Formulário de avaliação dos discentes5

Procedimentos didático-pedagógicos:

1 A linguagem empregada no material do curso foi clara.

2 O conteúdo foi adequado aos objetivos propostos.

3 Os exemplos constantes do material facilitaram a compreensão do assunto.

4 As orientações para a realização das atividades foram de fácil compreensão.

5 As orientações para a realização das avaliações foram suficientes.

5
Utilizou-se como base o formulário de avaliação de cursos do CEAD-UnB.
46

Desempenho Individual:

6 Entreguei as atividades nos prazos previstos.

7 Ao término do curso apresentei o desempenho esperado nos objetivos.

8 Busquei apoio com o tutor quando necessário.

9 Estabeleci um horário para realizar o curso.

10 Discuti com os colegas do programa o conteúdo do curso.

Material e Contéudo:

11 A linguagem usada nos textos foi motivadora.

12 A qualidade dos textos disponibilizados foi adequada.

13 A quantidade de conteúdo apresentada foi adequada.

14 O conteúdo do curso foi adequado às minhas necessidades de conhecimento sobre o


tema.

15 O conteúdo do curso forneceu elementos essenciais para a realização das avaliações.

O tutor (a):

16 Esclareceu as dúvidas sobre o conteúdo do curso.

17 Demonstrou domínio sobre o conteúdo do curso.

18 Estimulou a discussão de ideias relativas ao curso.

19 Manteve regularidade de acesso à plataforma do curso, retornando as solicitações dos


cursistas em prazo máximo de 48 horas.

20 Participou ativamente dos fóruns de discussão.

21 Foi cordial em suas orientações e intervenções.

22 Teve um papel fundamental no desenvolvimento do cursista durante o curso.

Ambiente Virtual de aprendizagem


47

23 O Ambiente Virtual de Aprendizagem possibilitou o acesso e a navegação ao longo


do curso.

24 A organização do Ambiente Virtual de Aprendizagem continha todas as informações


necessárias para o desenvolvimento do curso.

25 A disposição das tarefas, fóruns e textos no Ambiente Virtual do curso contribuíram


para o desenvolvimento do curso.

27 Outros comentários.

Avaliação Final do Curso:

25 Meu grau de conhecimento adquirido com o curso foi satisfatório.

26 A realização do curso possibilitou melhorar meu desempenho no trabalho.

27 Meu grau de satisfação com o curso foi adequado com os objetivos iniciais
propostos.

28 Outros comentários.
48

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No contexto da chamada “Era da Informação” é comum utilizarmos os termos


softwares, ambientes virtuais de aprendizagem, web colaborativa, groupware, entre outros.
Neste sentido, Tractenberg e Struchiner (2010) apontam que em 1988 existiam cerca de 50
artigos publicados em periódicos internacionais que enfatizavam o tema da aprendizagem
colaborativa, sendo que, em 2006, 18 anos depois, a mesma temática foi abordada em 450
artigos. No contexto educacional, esses autores ressaltam que a aprendizagem colaborativa
pode ser compreendida como a maneira de fundamentar os modelos pedagógicos de forma a
potencializar a interação e relação entre os estudantes e promover a aprendizagem de
determinado tema.

Assim, espera-se que o curso de extensão “Moodle 2.2: Desenvolvendo um espaço de


aprendizagem colaborativa” possa capacitar profissionais para utilizarem esse Ambiente
Virtual, a fim de colocar em prática os princípios da aprendizagem colaborativa. Ao longo
de 2012, em parceria com Centro de Educação a Distância da Universidade de Brasília
(CEAD-UnB) e a Coordenadoria de Capacitação (PROCAP/UnB), pretende-se atender a três
metas estabelecidas nesta pesquisa: realizar oferta piloto com os funcionários da UnB,
ofertar o curso para duas turmas compostas por 100 alunos cada e capacitar os discentes
concluintes do curso para atuarem como tutores.

No âmbito da Universidade de Brasília o curso aqui proposto fará parte das ações de
fomento à pesquisa e incentivo a cursos a distância voltados para a capacitação profissional
dos servidores. Posteriormente, almeja-se estender a oferta dos cursos para outras
Instituições de Ensino Superior e/ou entidades governamentais que tenham interesse em
capacitar seus profissionais para atuarem na área de Educação a Distância.

Por atuar como gestora pedagógica do CEAD-UnB, considerei a Especialização em


Educação a Distância ofertada pelo Senac fundamental e necessária para o meu
desenvolvimento profissional e acadêmico. Por meio desta especialização pude unir o
conhecimento teórico que adquiri à minha prática profissional.

Finalizar esta especialização com a construção desta pesquisa foi essencial para
sintetizar os conhecimentos adquiridos na Especialização em Educação a Distância oferta
pelo Senac-DF.
49

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53

ANEXO 1

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