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Aula 08

Auditoria p/ ISS Cuiabá


Professor: Claudenir Brito
Auditoria p/ISS-Cuiabá
Teoria e exercícios comentados
Prof Claudenir Brito Aula 08

AULA 08: Utilização de trabalhos da auditoria interna.


Uso de trabalhos técnicos de especialistas. Eventos ou
transações Subsequentes. Auditoria de estimativas
contábeis.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Auditoria de estimativas contábeis 2
2. Uso de trabalhos da auditoria interna e de especialistas 10
3. Eventos ou transações subsequentes 26
Lista das questões comentadas durante a aula 44
Referências bibliográficas 57

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(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida
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Olá, pessoal.

Os temas que trataremos na aula de hoje são pouco cobrados nas provas
de concursos, e as questões costumam ser de fácil resolução. Por isso,
vamos aproveitar para acertá-las.

Dúvidas, perguntem no fórum do curso. Se forem sobre outros temas


voltados aos concursos, que não sejam específicas do nosso conteúdo,
podem ainda me enviar uma mensagem:

Uma boa aula para todos nós.

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Teoria e exercícios comentados
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1. Auditoria de estimativas contábeis

Definições importantes para o tema:

Estimativa contábil é a aproximação de um valor monetário na


ausência de um meio de mensuração preciso. Este termo é usado para
um valor mensurado do valor justo quando existe incerteza de
estimativa, bem como para outros valores que requerem estimativas.

Estimativa pontual ou intervalo é o valor, ou intervalo de valores,


respectivamente, derivado de evidências de auditoria para uso na
avaliação da estimativa pontual da administração.

Incerteza de estimativa é a suscetibilidade da estimativa contábil e das


respectivas divulgações à falta de precisão inerente em sua
mensuração.

Tendenciosidade da administração é a falta de neutralidade da


administração na elaboração e apresentação de informações.

Estimativa pontual da administração é o valor selecionado pela


administração para registro ou divulgação nas demonstrações
contábeis como estimativa contábil.

Desfecho de estimativa contábil é o valor monetário real resultante da


resolução da transação, evento ou condição de que trata a estimativa
contábil.

A NBC TA 540 trata da responsabilidade do auditor independente em


relação a estimativas contábeis, incluindo estimativas contábeis do valor
justo e respectivas divulgações em auditoria de demonstrações
contábeis.

Mas o que é estimativa contábil?

Alguns itens das demonstrações contábeis não podem ser


mensurados com precisão pela administração, mas podem ser apenas
estimados. Para o CFC, essa forma de mensuração desses itens das
demonstrações contábeis é denominada estimativa contábil.

A natureza e a confiabilidade das informações disponíveis para a


administração para suportar a elaboração de estimativa contábil variam
significativamente, afetando o grau de incerteza associada às

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estimativas contábeis, o que, por sua vez, afeta os riscos de distorção
relevante de estimativas.

O objetivo da mensuração de estimativas contábeis pode variar


dependendo da estrutura de relatório financeiro aplicável e do item
financeiro que está sendo relatado. Em alguns casos, é prever o
desfecho de uma ou mais transações, eventos ou condições que dão
origem à necessidade de estimativas contábeis.

Para outras estimativas contábeis, o objetivo da mensuração é diferente,


e é expresso em termos do valor da transação corrente ou um item das
demonstrações baseado nas condições vigentes na data da mensuração,
como preço de mercado estimado para um tipo de ativo ou passivo
específico.

Mas atenção: uma diferença entre o desfecho da estimativa contábil


e o valor originalmente divulgado nas demonstrações contábeis não
representa necessariamente uma distorção nas demonstrações.

Este é especialmente o caso para estimativas contábeis ao valor justo,


pois qualquer desfecho observado é invariavelmente afetado por eventos
ou condições posteriores à data em que a mensuração é estimada para
fins das demonstrações contábeis.

O objetivo do auditor é obter evidência de auditoria apropriada e


suficiente sobre:

a) se as estimativas contábeis registradas ou divulgadas nas


demonstrações contábeis são razoáveis; e
b) se as respectivas divulgações são adequadas, no contexto da
estrutura de relatório financeiro aplicável - RFA.

Como vimos no quadro apresentado no começo do item, para a NBC TA


540, Estimativa contábil é a aproximação de um valor monetário na
ausência de um meio de mensuração preciso. Este termo é usado para
um valor mensurado do valor justo quando existe incerteza de
estimativa, bem como para outros valores que requerem estimativas.

Se, no julgamento do auditor, a administração não tratou


adequadamente os efeitos da incerteza de estimativa das estimativas
contábeis que geram riscos significativos, o auditor deve, se necessário,

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desenvolver um intervalo para avaliar a razoabilidade da estimativa
contábil.

O auditor deve avaliar, com base nas evidências de auditoria, se as


estimativas contábeis nas demonstrações são razoáveis no contexto
da estrutura de RFA ou se apresentam distorção.

Deve, ainda, obter evidência se as divulgações nas demonstrações,


relacionadas com estimativas contábeis, estão de acordo com as
exigências da estrutura de relatório financeiro aplicável.

Uma diferença entre o desfecho da estimativa contábil e o valor


originalmente divulgado nas demonstrações contábeis não representa
necessariamente uma distorção nas demonstrações, já que estamos
tratando de estimativas.

Indicadores de possível tendenciosidade da administração

O auditor deve revisar os julgamentos e decisões feitas pela


administração na elaboração de estimativas contábeis para identificar
se há indicadores de possível tendenciosidade da administração.

Devemos ressaltar que indicadores de possível tendenciosidade da


administração não constituem, por si só, distorções para concluir sobre a
razoabilidade de estimativas contábeis individuais. Alguns exemplos que
podemos citar desses tipos de indicadores de possível tendenciosidade
da administração com relação a estimativas contábeis são:

- Mudanças em estimativa contábil ou no método de elaboração, quando


a administração fez uma avaliação subjetiva de que houve mudança nas
circunstâncias.
- Utilização das premissas da própria entidade para estimativas
contábeis do valor justo quando eles são inconsistentes com premissas
do mercado observáveis.
- Seleção ou elaboração de premissas significativas que produzem uma
estimativa pontual favorável para os objetivos da administração.
- Seleção de estimativa pontual que pode indicar um padrão de
otimismo ou pessimismo.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. FGV/ISS-Cuiabá/2014) Sobre estimativas contábeis, de


acordo com a NBC TA 540 – Auditoria de Estimativas Contábeis,
assinale a afirmativa correta.
a) A diferença entre o desfecho da estimativa contábil e o valor
originalmente reconhecido ou divulgado nas demonstrações contábeis
representa uma distorção.
b) O auditor deve revisar o desfecho das estimativas contábeis incluídas
nas demonstrações contábeis do período anterior, de modo a questionar
os julgamentos feitos nesse período.
c) O potencial para tendenciosidade da administração intencional é
inerente em decisões subjetivas, que são, muitas vezes, necessárias na
elaboração de estimativa contábil.
d) As estimativas contábeis do valor justo, para as quais é usado modelo
especializado desenvolvido para a entidade, envolvem pequena
incerteza e podem gerar riscos mais baixos de distorção relevante.
e) O auditor deve revisar as estimativas contábeis para identificar se há
indicadores de possível tendenciosidade da administração, de modo a
concluir sobre a razoabilidade de estimativas contábeis individuais.
Comentários:
Vamos aos erros:
A – Distorção é a diferença entre o valor, a classificação, a
apresentação ou a divulgação de uma demonstração contábil relatada e
o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação que é exigida
para que o item esteja de acordo com a estrutura de relatório financeiro
aplicável.
B – O auditor deve revisar o desfecho das estimativas contábeis
incluídas nas demonstrações contábeis do período anterior ou, quando
aplicável, seus recálculos posteriores para o período corrente.
D – Nesse caso envolvem alta incerteza.
E – Indicadores de possível tendenciosidade da administração não
constituem, por si só, distorções para concluir sobre a razoabilidade de
estimativas contábeis individuais.
Gabarito: C

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

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2. (ESAF/RFB/2014) Em relação às estimativas contábeis
realizadas pela empresa auditada, o auditor independente deve:
a) sempre que constatar possível tendenciosidade da administração,
concluir que as estimativas contábeis estão inadequadas, ressalvando o
relatório.
b) periodicamente exigir da administração e de seus advogados carta de
responsabilidade pelas estimativas efetuadas, eximindo a auditoria de
avaliar os cálculos e premissas.
c) revisar os julgamentos e decisões feitos pela administração na
elaboração destas estimativas contábeis, para identificar se há
indicadores de possível tendenciosidade da administração.
d) reavaliar as premissas e cálculos e, quando discordar, determinar a
modificação dos valores contabilizados, sob pena de não emitir o
relatório de auditoria.
e) aceitar os valores apresentados, por serem subjetivos e de
responsabilidade da administração e de seus consultores jurídicos ou
áreas afins.
Comentários:
Questão direta, cobrando conhecimentos da NBC TA 540.
Segundo essa norma “o auditor deve revisar os julgamentos e
decisões feitas pela administração na elaboração de estimativas
contábeis para identificar se há indicadores de possível tendenciosidade
da administração.”
O erro da letra A está em dizer que o auditor irá ressalvar o seu
relatório caso constate uma possível tendenciosidade da administração,
pois indicadores de possível tendenciosidade não constituem, por si só,
distorções para concluir sobre a razoabilidade de estimativas contábeis
individuais.
A alternativa B está incorreta, já que o auditor deve sim avaliar os
cálculos e premissas utilizadas pela administração.
Quando o auditor discordar das premissas e dos cálculos ele deve
discutir o assunto com a administração, e isso pode gerar uma
modificação na opinião do auditor, caso ele não concorde com as
estimativas e a administração não as modifique, mas isso não fará com
que ele não emita seu relatório. Dessa forma, a letra D está errada.
Por fim, a letra E também está incorreta, pois o auditor não pode
simplesmente aceitar os valores de estimativas contábeis apresentados
pela administração. Deve avaliar sua razoabilidade.
Gabarito: C

3. (CETRO/ISS-SP/2014) Devido às incertezas inerentes nas


atividades de negócios, alguns itens das demonstrações contábeis
podem ser apenas estimados com maior ou menor grau de
dificuldade. Quanto às estimativas contábeis, é correto afirmar
que a responsabilidade, pela sua definição, é
a) do Auditor, que deve demonstrar à administração da empresa os
procedimentos adotados para o seu cálculo.

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b) dos advogados, que devem demonstrar à administração da empresa
os procedimentos adotados para o seu cálculo.
c) dos advogados, que devem demonstrar ao Auditor os procedimentos
adotados para o seu cálculo.
d) da administração, que deve demonstrar ao Auditor os procedimentos
adotados para o seu cálculo.
e) do Auditor, que deve demonstrar aos advogados os procedimentos
adotados para o seu cálculo.
Comentários:
A NBC TA 540, norma que trata de Estimativas Contábeis, é bem
clara em relação à responsabilidade pela definição dessas estimativas: é
da administração.
O auditor deverá avaliar a razoabilidade dessas estimativas, a
partir da demonstração, por parte da administração, do embasamento
para aqueles valores estimados.
Gabarito: D

4. (FUNDATEC/CAGE-RS/2014) Os requisitos relacionados com


a auditoria do processo de estimativas a que os auditores devem
atender, segundo a NBC TA 540 – Auditoria de estimativas
contábeis, inclusive do valor justo e divulgações relacionadas, são
as seguintes, com EXCEÇÃO de:
a) Avaliação da razoabilidade da estimativa contábil.
b) Documentação das conclusões relativas à estimativa contábil.
c) Entendimento dos procedimentos de avaliação de risco e atividade
relacionadas, desenvolvidos pela entidade.
d) Representações formais.
e) Aceitação e continuidade.
Comentários:
Segundo a NBC TA 540, são os seguintes requisitos:
 Procedimentos de avaliação de risco e atividades relacionadas.
 Identificação e avaliação de riscos de distorção relevante.
 Respostas aos riscos identificados de distorção relevante.
 Procedimentos substantivos adicionais para responder a riscos
significativos.
 Avaliação da razoabilidade da estimativa contábil e
determinação de distorção.
 Divulgações relacionadas com estimativa contábil.
 Indicadores de possível tendenciosidade da administração.
 Representações formais.
 Documentação.
Portanto, questão quase literal. Aceitação e continuidade não se
referem a requisitos relacionados às estimativas contábeis.
Gabarito: E

5. (FCC/TRT 15ª Região/2013) NÃO é um indicador de possível


tendenciosidade da Administração, com relação a estimativas
contábeis:

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a) mudanças em estimativa contábil ou no método de elaboração da
demonstração contábil, quando a Administração fez uma avaliação
subjetiva de que houve mudança nas circunstâncias.
b) utilização das premissas da própria entidade para estimativas
contábeis do valor justo, quando eles são inconsistentes com premissas
do mercado observáveis.
c) seleção ou elaboração de premissas significativas que produzem uma
estimativa pontual favorável para os objetivos da Administração.
d) dimensionamento da provisão para contingências tributárias
fundamentada na posição de probabilidade de sucesso dos processos
apresentada pelos advogados da empresa.
e) seleção de estimativa pontual, que pode indicar um padrão de
otimismo ou pessimismo.
Comentários:
Tendenciosidade da administração é a falta de neutralidade da
administração na elaboração e apresentação de informações.
Nesse sentido, nota-se que a FCC retirou as letras A, B, C e E de
forma literal da NBC TA 540, conforme vimos na parte teórica.
A letra D, gabarito da questão, não é um indicador de
tendenciosidade da Administração, pois a alternativa deixa claro que o
fundamento utilizado por ela foi baseado na posição de probabilidade de
sucesso dos processos, realizada pelos advogados.
Gabarito: D

6. (ESAF/SUSEP/2010) As estimativas contábeis reconhecidas


nas demonstrações contábeis da empresa são de
responsabilidade:
a) dos auditores externos.
b) dos advogados.
c) da auditoria interna.
d) do conselho de administração.
e) da administração da empresa.
Comentários:
Estimativa contábil, segundo a NBC TA 540, que trata do tema, é a
aproximação de um valor monetário na ausência de um meio de
mensuração preciso. Essas estimativas são de responsabilidade da
administração da entidade e se baseiam em fatores objetivos e
subjetivos, requerendo o seu julgamento na determinação do valor
adequado a ser registrado nas demonstrações contábeis. Portanto,
questão bastante direta, cuja resposta é a letra “e”.
Gabarito: E

7. (ESAF/RFB/2009) O auditor, ao avaliar as provisões para


processos trabalhistas elaboradas pela Empresa Projeções S.A.,
percebeu que nos últimos três anos, os valores provisionados
ficaram distantes dos valores reais. Dessa forma, deve o auditor:
a) estabelecer novos critérios para realização das estimativas pela
empresa, no período.

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b) determinar que a administração apresente novos procedimentos de
cálculos que garantam os valores registrados.
c) ressalvar o parecer, por inadequação dos procedimentos,
dimensionando os reflexos nas demonstrações contábeis.
d) exigir que seja feita uma média ponderada das perdas dos últimos
três anos, para estabelecer o valor da provisão.
e) avaliar se houve o ajuste dos procedimentos, para permitir
estimativas mais apropriadas no período.
Comentários:
Erros das alternativas:
A – os critérios devem ser estabelecidos pela administração, não
pelo auditor.
B – por tratarmos de estimativas, não há necessidade de garantia
dos valores registrados.
C – uma diferença entre o desfecho da estimativa e o valor
originalmente divulgado não representa necessariamente uma distorção.
D – não cabe ao auditor estabelecer os critérios para o
estabelecimento das estimativas.
E – alternativa correta, por ser a única possível ao auditor.
Gabarito: E

8. (ESAF/CGU/2006) Com relação às estimativas contábeis


praticadas pela empresa objeto da auditoria, podemos afirmar
que:
a) são de responsabilidade do auditor da entidade e se baseiam em
fatores objetivos e subjetivos requerendo o seu julgamento.
b) o auditor não tem responsabilidade de certificar-se dos procedimentos
e métodos utilizados pela entidade para determinação das estimativas.
c) o auditor não deve basear-se em posições de períodos anteriores da
empresa para não se influenciar por efeitos passados.
d) o auditor pode basear-se em conhecimentos básicos e incompletos
dos controles internos e procedimentos da entidade.
e) o auditor deve assegurar-se da razoabilidade das estimativas,
individualmente consideradas, quando estas forem relevantes.
Comentários:
Vamos aos erros.
As estimativas contábeis são de responsabilidade da empresa e
não do auditor. Entretanto, este deve sim certificar-se dos
procedimentos e métodos utilizados pela entidade para determinação
das estimativas. Portanto, as letras A e B estão incorretas.
Além disso, o auditor deve revisar o desfecho das estimativas
contábeis incluídas nas demonstrações contábeis do período anterior ou,
quando aplicável, seus recálculos posteriores para o período corrente.
Dessa forma, a alternativa C também está errada.
O auditor pode se basear em conhecimentos completos e não
incompletos do controle interno da entidade auditada, sendo a letra D
também incorreta.
Gabarito: E

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2. Uso do trabalho de outros profissionais

Definições importantes para o tema:

Função de auditoria interna, auditor interno ou auditoria interna se


referem à função ou pessoas de uma entidade que executem
atividades de asseguração e consultoria projetadas para avaliar e
melhorar a eficácia da governança, dos processos de controle interno e
gestão de risco da entidade.

Assistência direta é a utilização de auditores internos para executar


procedimentos de auditoria, sob a direção, supervisão e revisão do
auditor independente .

Na realização dos trabalhos de auditoria independente, o auditor poderá


utilizar trabalhos anteriores de outros profissionais, de acordo com
certas regras a serem seguidas, sempre com vista do objetivo principal
do auditor independente, que é o de emitir uma opinião sobre as
demonstrações contábeis da empresa auditada.

Os trabalhos que podem ser utilizados e que são mais cobrados em


prova são os da auditoria interna e o de especialistas. Vamos estudar
essa utilização nos tópicos a seguir.

Trabalho do Auditor Interno

A norma referente ao assunto é a NBC TA 610, aprovada pela Resolução


CFC nº. 1.229/09, mas cuja redação foi totalmente alterada em 24 de
janeiro de 2014. Dessa forma esse item da aula já abordará a nova
redação da supracitada norma, que trata da responsabilidade do auditor
externo (independente) em relação ao trabalho dos auditores internos,
quando o auditor independente observar que existe a probabilidade de
que a função de auditoria interna seja relevante para a auditoria
independente. Isso inclui:

a) utilizar o trabalho da função de auditoria interna na obtenção de


evidência de auditoria e

b) utilizar os auditores internos para prestar assistência direta ao auditor


independente, fazendo parte da equipe e trabalhando sob a direção,
supervisão e revisão do auditor independente.

Atenção! A letra b não era prevista na NBC TA 610 até a modificação


realizada em janeiro de 2014. Dessa forma as bancas podem querer
focar nesse ponto. Cuidado!

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A possibilidade de utilização de trabalho do auditor interno ocorre


quando a natureza das responsabilidades e atividades da função de
auditoria interna estiver relacionada com os relatórios contábeis
da entidade e se o auditor independente espera utilizar o trabalho
dos auditores internos para modificar a natureza, época ou reduzir a
extensão dos procedimentos de auditoria a serem executados.

A utilização do trabalho dos auditores internos pode levar o auditor


independente a rever a sua avaliação dos riscos de distorção
relevante.

A relação entre a função de auditoria interna e o auditor independente


possui as seguintes características:

- os objetivos da função de auditoria interna são determinados pela


administração e, quando aplicável, pelos responsáveis pela
governança. Embora os objetivos da função de auditoria interna e o do
auditor independente sejam diferentes, os meios utilizados pela
auditoria interna e pelo o auditor independente para alcançar seus
respectivos objetivos podem ser semelhantes.

- Independentemente do grau de autonomia e de objetividade da função


de auditoria interna, tal função não é independente da entidade,
como é exigido do auditor independente quando ele expressa uma
opinião sobre as demonstrações contábeis. O auditor independente tem
total responsabilidade pela opinião expressa em seu relatório de
auditoria e essa responsabilidade não é reduzida pela utilização de
trabalhos da função de auditoria interna ou pela obtenção de assistência
direta de auditores internos pelo auditor independente no seu trabalho.

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O auditor independente tem total responsabilidade pela opinião expressa


em seu relatório de auditoria e essa responsabilidade não é reduzida pela
utilização de trabalhos da função de auditoria interna ou pela obtenção
de assistência direta de auditores internos pelo auditor independente no
seu trabalho.

O auditor independente deve determinar se o trabalho da auditoria


interna pode ser utilizado para os fins da auditoria, considerando o
seguinte:

- a extensão na qual a posição hierárquica da auditoria interna na


organização e suas políticas e procedimentos propiciam objetividade dos
auditores internos;
- o nível de competência da função de auditoria interna; e
- se a função de auditoria interna aplica uma abordagem sistemática e
disciplinada, incluindo controle de qualidade.

Entretanto, o auditor independente não deve usar o trabalho da


auditoria interna se ele determinar que:

- a posição hierárquica da auditoria interna na organização e suas


políticas e procedimentos não propiciam adequada objetividade dos
auditores internos;
- a função da auditoria interna não tem suficiente competência; ou
- a função não aplica uma abordagem sistemática e disciplinada,
incluindo controle de qualidade.

Vamos relembrar que as funções de auditoria interna variam


amplamente e dependem do tamanho e da estrutura da entidade e dos
requerimentos da administração. Os objetivos e o alcance da função de
auditoria interna geralmente incluem as atividades de asseguração e
consultoria planejadas para avaliar e aprimorar a eficácia dos
processos de governança, gestão de risco e controle interno da
entidade.

Os objetivos do auditor independente, onde a entidade tenha a


função de auditoria interna e ele espera utilizar o trabalho dessa função
para modificar a natureza, a época ou para reduzir a extensão dos
procedimentos de auditoria a serem diretamente executados pelo
próprio auditor independente, inclusive quando ele pretende obter
assistência direta dos auditores internos são:

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- determinar se o trabalho da auditoria interna ou se a assistência direta


dos auditores internos pode ser utilizado e, em caso positivo, em quais
áreas e em que extensão;
- se utilizar o trabalho da auditoria interna, o auditor independente deve
determinar que esse trabalho é adequado para os fins da sua auditoria;
e
- se utilizar os auditores internos para prestar assistência direta, o
auditor independente deve dirigir, supervisionar e revisar o trabalho
executado pelos auditores internos de forma apropriada.

2.1 Utilização do trabalho da auditoria interna

Antes da utilização do trabalho dos auditores internos, o auditor


independente deve determinar o efeito planejado do trabalho dos
auditores internos na natureza, época ou extensão dos procedimentos
do auditor independente.

Caso o auditor independente planeje usar o trabalho da auditoria


interna, ele deve discutir com a auditoria interna o uso planejado
desse trabalho como base para coordenar as suas respectivas
atividades.

O auditor independente deve executar procedimentos de auditoria


suficientes sobre o conjunto do trabalho da auditoria interna que ele
planeja utilizar para determinar a sua adequação para fins da sua
auditoria, incluindo a avaliação se:

- o trabalho da auditoria interna foi planejado, executado,


supervisionado, revisado e documentado de modo apropriado;
- foi obtida evidência suficiente e apropriada que possibilite a auditoria
interna chegar a conclusões razoáveis; e
- as conclusões alcançadas são apropriadas nas circunstâncias e os
relatórios elaborados pela auditoria interna são consistentes com os
resultados do trabalho realizado.

A natureza e a extensão dos procedimentos de auditoria do auditor


independente devem estar em consonância com a sua avaliação sobre:

- o volume ou o grau de julgamento envolvido;


- o risco avaliado de distorção relevante;
- se a posição hierárquica da auditoria interna na organização e se suas
políticas e procedimentos relevantes propiciam apropriada objetividade
dos auditores internos;
- o nível de competência da auditoria interna e deve incluir a reexecução
de parte do trabalho.

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Utilização dos auditores internos para prestar assistência direta

Antes de utilizar os auditores internos para prestar assistência direta


para fins de auditoria, o auditor independente deve:

- obter concordância formal do representante autorizado da entidade de


que os auditores internos estão autorizados e seguirão as instruções do
auditor independente e que a administração da entidade não vai
interferir no trabalho que o auditor interno executar para o auditor
independente; e
- obter a concordância, também formal, dos auditores internos de que
eles vão manter confidencialidade sobre os assuntos específicos,
conforme instruído pelo auditor independente e que qualquer ameaça à
objetividade será prontamente informada aos auditores independentes.

O auditor independente deve dirigir, supervisionar e revisar o trabalho


executado pelos auditores internos de acordo com a NBC TA 220, que
trata do controle de qualidade em uma auditoria. Ao fazê-lo:

- a natureza, a época e a extensão da direção, supervisão e revisão


devem reconhecer que os auditores internos não são independentes em
relação à entidade; e
- os procedimentos de revisão devem incluir a verificação pelo auditor
independente da evidência de auditoria para alguns dos trabalhos
executados pelos auditores internos.

A direção, a supervisão e a revisão pelo auditor independente do


trabalho executado pelos auditores internos devem ser suficientes para
que o auditor independente esteja convencido de que os auditores
internos tenham obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente
para fundamentar as conclusões com base nesse trabalho.

Documentação

Em relação ao que deverá ser documentado (papéis de trabalho) pelo


auditor independente, se ele utilizou o trabalho de auditoria interna, ele
deve incluir na documentação de auditoria:

(a) a avaliação:
I - se a posição hierárquica da auditoria interna e suas
políticas e procedimentos dão adequado suporte para a
objetividade dos auditores internos;
II - do nível de competência da auditoria interna;
III - se a auditoria interna aplica uma abordagem
sistemática e disciplinada, incluindo controle de qualidade;
(b) a natureza e a extensão do trabalho utilizado e a base
para sua decisão; e

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(c) os procedimentos de auditoria executados pelo auditor
independente para avaliar a adequação dos trabalhos realizados.

Já se o auditor independente utiliza auditores internos para prestar


assistência direta na auditoria, ele deve incluir na documentação de
auditoria:

- a avaliação da existência e da importância das ameaças à objetividade


dos auditores internos e a avaliação do nível de competência dos
auditores internos utilizados para prestar assistência direta;
- a base para a decisão sobre a natureza e a extensão do trabalho
executado pelos auditores internos;
- quem revisou o trabalho executado, assim como a data e extensão
dessa revisão, de acordo com a NBC TA 230;
- os acordos formais firmados com o representante autorizado da
entidade e dos auditores internos; e
- os papéis de trabalho elaborados pelos auditores internos que
prestaram assistência direta sobre o trabalho de auditoria.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

9. (FGV/ISS-Recife/2014) Para determinar se o trabalho dos


auditores internos está adequado aos fins da auditoria, o auditor
independente deve avaliar as circunstâncias a seguir, à exceção
de uma. Assinale-a.
a) A competência técnica dos auditores internos.
b) A probabilidade de que o trabalho dos auditores internos seja
realizado com o devido zelo profissional.
c) O grau de materialidade envolvido na avaliação da evidência de
auditoria coletada pelos auditores internos.
d) A probabilidade de que haja comunicação eficaz entre os auditores
internos e o auditor independente.
e) A objetividade da função de auditoria interna.
Comentários:
Segundo a NBC TA 610, para determinar se é provável que o
trabalho dos auditores internos seja adequado para os fins da auditoria,
o auditor independente deve avaliar:
(a) a objetividade da função de auditoria interna;
(b) a competência técnica dos auditores internos;
(c) se é provável que o trabalho dos auditores internos seja
realizado com o devido zelo profissional; e

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(d) se é provável que haja comunicação eficaz entre os
auditores internos e o auditor independente.
Gabarito: C

10. (FGV/ACI-Recife/2014) Para determinar o efeito do trabalho


dos auditores internos na natureza, época ou extensão dos
procedimentos da auditoria independente, o auditor independente
deve considerar:
a) a natureza e o alcance do trabalho específico executado, ou a ser
executado, pelos auditores externos.
b) os riscos avaliados de distorção relevante no nível de afirmações para
classes específicas de transações, saldos contábeis e divulgações.
c) o grau de objetividade envolvido na avaliação da evidência de
auditoria coletada pelos auditores internos como suporte para as
afirmações irrelevantes.
d) a extensão e a utilização de um trabalho específico dos auditores
internos em outras empresas.
e) a probabilidade do trabalho dos auditores internos ser adequado para
os fins da auditoria de conformidade.
Comentários:
Segundo a NBC TA 610, para determinar o efeito planejado do
trabalho dos auditores internos na natureza, época ou extensão dos
procedimentos do auditor independente, o auditor independente deve
considerar:
(a) a natureza e o alcance do trabalho específico executado, ou
a ser executado, pelos auditores internos;
(b) os riscos avaliados de distorção relevante no nível de
afirmações para classes específicas de transações, saldos
contábeis e divulgações; e
(c) o grau de subjetividade envolvido na avaliação da
evidência de auditoria coletada pelos auditores internos como
suporte para as afirmações relevantes.
Gabarito: B

2.2 Trabalho de especialista de outra área

A Resolução CFC Nº. 1.230/09 aprovou a NBC TA 620, que trata da


responsabilidade do auditor em relação ao trabalho de pessoa ou
organização em área de especialização que não contabilidade ou
auditoria, quando esse trabalho é utilizado para ajudar o auditor a
obter evidência de auditoria suficiente e apropriada.

Atenção: especialista, neste caso, não inclui aquele que trabalho com
contabilidade ou auditoria. A NBC TA 620 não trata de situações em que
a equipe de trabalho inclui um membro, ou consulta uma pessoa ou
organização, com especialização em uma área específica de

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contabilidade ou auditoria. Esse caso é tradado pela NBC TA 220 –
Controle de Qualidade.

A NBC TA 620 também não trata da utilização, pelo auditor, do


trabalho de pessoa ou organização usado pela entidade para ajudá-la
na elaboração das demonstrações contábeis (especialista da
administração) – tratada pela NBC TA 500 – Evidência de Auditoria.

O auditor é o único responsável por expressar opinião de auditoria e


essa responsabilidade não é reduzida pela utilização do trabalho de
especialista contratado pelo auditor (chamado a partir de agora de
especialista do auditor ou simplesmente especialista).

O auditor é o único responsável por expressar opinião de


auditoria e essa responsabilidade não é reduzida pela utilização do
trabalho de especialista contratado pelo auditor.

No entanto, se o auditor concluir que o trabalho desse especialista é


adequado para fins da auditoria, o auditor pode aceitar que as
constatações ou conclusões desse especialista em sua área de
especialização constituem evidência de auditoria apropriada.

Ou seja: se o auditor considerar o trabalho adequado, poderá utilizar


seus resultados como evidência de auditoria, para o embasamento das
conclusões apresentadas no relatório.

Objetivos do auditor, em relação ao uso do trabalho de especialistas:

- determinar a necessidade de utilizar o trabalho de especialista; e


- no caso de utilização, determinar se o trabalho é adequado para fins
da auditoria.

“Especialista do auditor”, segundo a NBC TA 620, é uma pessoa ou


organização com especialização em área que não contabilidade ou
auditoria, contratado pelo auditor, cujo trabalho nessa área é
utilizado pelo auditor para ajudá-lo a obter evidência de auditoria
suficiente e apropriada.

Essa especialização pode incluir especialização relacionada a:

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- avaliação de instrumentos financeiros complexos, terrenos e edifícios,
instalações fabris e máquinas, joias, peças de arte, e ativos que
possivelmente apresentem problemas de perdas no valor recuperável;
- cálculo atuarial referente a contratos de seguro ou planos de benefícios
a empregados;
- estimativa de reservas de petróleo e gás;
- avaliação de responsabilidade ambiental, e custos de limpeza de
locais;
- interpretação de contratos, leis e regulamentos;
- análise de assuntos complexos ou não usais de natureza fiscal.

Em muitos casos, a diferenciação entre especialização em contabilidade


ou auditoria e especialização em outra área será direta.

Em outros casos, entretanto, especialmente os que envolvem


conhecimentos especializados em área contábil ou de auditoria
emergente, a diferenciação entre áreas especializadas de
contabilidade ou auditoria e especialização em outra área será questão
de julgamento profissional.

O especialista do auditor pode ser interno (um sócio, ou equivalente


no setor público, ou uma pessoa que faz parte da equipe), ou externo.

Já o “Especialista da administração” é uma pessoa ou organização


com especialização em área que não contabilidade ou auditoria,
contratado pela administração, em que o trabalho nessa área é
usado pela entidade para ajudá-la na elaboração das
demonstrações contábeis.

Um exemplo bastante comum no Brasil é a utilização de atuário pela


administração de uma seguradora ou de um fundo de pensão para
estimar certas provisões.

Se a especialização é necessária para obter evidência de auditoria


apropriada e suficiente, o especialista pode ser necessário para ajudar o
auditor em um ou mais dos assuntos a seguir:

- entendimento da entidade e de seu ambiente, incluindo seus controles


internos;
- identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante;
- determinação e implementação de respostas gerais aos riscos
avaliados no nível de demonstrações contábeis;
- definição e execução de procedimentos adicionais de auditoria para
responder aos riscos avaliados no nível de afirmação, que compreendem
testes de controle ou procedimentos substantivos;
- avaliação da suficiência e adequação da evidência de auditoria obtida
na formação de opinião sobre as demonstrações contábeis.

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Contudo, o auditor pode ser capaz de executar a auditoria sem um


especialista. Esse entendimento pode ser obtido, por exemplo, por
meio de:

- experiência em auditar entidades que exigem a especialização na


elaboração das demonstrações contábeis;
- educação ou desenvolvimento profissional na área específica;
- discussão com auditores que executaram trabalhos similares.

Nesses casos, podemos dizer que o auditor não entendeu como


essencial a utilização do especialista, tendo em vista sua experiência e
desenvolvimento profissional.

Em outros casos, entretanto, o auditor pode determinar que é


necessário utilizar especialista do auditor para ajudar a obter
evidência de auditoria suficiente e apropriada.

As considerações para decidir sobre utilizar o trabalho de especialista


do auditor podem incluir:
- se a administração já usou um especialista da administração na
elaboração das demonstrações;
- a natureza e importância do assunto, incluindo sua complexidade;
- os riscos de distorção relevante decorrente desse assunto;
- a natureza dos procedimentos que se espera sejam executados
para responder aos riscos identificados.

A natureza, época e extensão dos procedimentos do auditor podem


variar dependendo das circunstâncias. Ao determiná-los, o auditor
deve considerar determinados assuntos:

- a natureza do assunto a que se refere o trabalho desse especialista;


- os riscos de distorção relevante no assunto a que se refere o
trabalho desse especialista;
- a importância do trabalho do especialista no contexto da
auditoria;
- o conhecimento e a experiência do auditor em relação a trabalho
anterior executado por esse especialista; e
- se esse especialista está sujeito às políticas e procedimentos de
controle de qualidade da firma de auditoria.

O auditor deve estabelecer acordo, por escrito, com o especialista


por ele contratado, sobre os seguintes assuntos:

- a natureza, o alcance e os objetivos do trabalho desse especialista;


- as respectivas atribuições e responsabilidade do auditor e desse
especialista;

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- a natureza, a época e a extensão da comunicação entre o auditor e
esse especialista, incluindo o formato dos relatórios; e
- a necessidade de o especialista observar requisitos de confidencialidade.

Acordo, por escrito, com o especialista, sobre:


- a natureza, o alcance e os objetivos do trabalho;
- as respectivas atribuições e responsabilidade;
- comunicação entre o auditor e esse especialista; e
- necessidade de confidencialidade.

O auditor deve avaliar a adequação do trabalho do especialista do


auditor para fins da auditoria, incluindo:

- a relevância e razoabilidade das constatações ou conclusões desse


especialista, e sua consistência com outras evidências;
- se o trabalho do especialista envolve o uso de premissas e métodos
significativos; e
- se o trabalho do especialista envolve o uso de dados-fonte
significativos para o seu trabalho.

Se o auditor determina que o trabalho do especialista do auditor não


é adequado para fins da auditoria, deve:

- estabelecer acordo com esse especialista sobre a natureza e a


extensão do trabalho adicional a ser executado pelo especialista; ou
- executar procedimentos adicionais de auditoria.

O auditor não deve fazer referência ao trabalho do especialista do


auditor em seu relatório que contenha opinião não modificada.

Se o auditor fizer referência ao trabalho de especialista do auditor em


seu relatório porque essa referência é relevante para o entendimento de
ressalva ou outra modificação na sua opinião, o auditor deve
indicar no relatório que essa referência não reduz a sua
responsabilidade por essa opinião.

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O auditor não deve fazer referência ao trabalho do especialista do


auditor em seu relatório que contenha opinião não modificada.
Se o auditor fizer referência ao trabalho de especialista do auditor em
seu relatório porque essa referência é relevante para o entendimento de
ressalva ou outra modificação na sua opinião, o auditor deve
indicar no relatório que essa referência não reduz a sua
responsabilidade por essa opinião.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

11. (FGV/ACI-Recife/2014) De acordo com a NBC TA 620, o


especialista é necessário para ajudar o auditor nos assuntos
relacionados a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
a) No entendimento da entidade e de seu ambiente, incluindo seus
controles internos.
b) Na identificação e na avaliação dos riscos de distorção relevante.
c) Na definição e na execução de procedimentos adicionais de auditoria
para responder aos riscos avaliados no nível de afirmação, que
compreendem testes de controle ou procedimentos substantivos.
d) Na avaliação da suficiência e na adequação da evidência de auditoria
obtida na formação de opinião sobre as demonstrações contábeis.
e) Na determinação e na implementação de respostas gerais às
evidências avaliadas no nível dos relatórios.
Comentários:
Segundo a NBC TA 620, um especialista do auditor pode ser necessário
para ajudar o auditor em um ou mais dos assuntos a seguir:
 entendimento da entidade e de seu ambiente, incluindo
seus controles internos;
 identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante;
 determinação e implementação de respostas gerais aos
riscos avaliados no nível de demonstrações contábeis;
 definição e execução de procedimentos adicionais de
auditoria para responder aos riscos avaliados no nível de
afirmação, que compreendem testes de controle ou
procedimentos substantivos
 avaliação da suficiência e adequação da evidência de

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auditoria obtida na formação de opinião sobre as demonstrações
contábeis.
Gabarito: E

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

12. (FGV/SEFAZ/RJ/2010) O auditor independente, para


determinar se o trabalho dos auditores internos é adequado, deve
avaliar os aspectos relacionados nas alternativas a seguir, à
exceção de um. Assinale-o.
a) A objetividade da função de auditoria interna.
b) A competência técnica dos auditores internos.
c) A necessidade do uso do trabalho de especialistas para executar a
auditoria interna.
d) O zelo profissional demonstrado pelos auditores internos durante o
trabalho.
e) A comunicação eficaz entre os auditores internos e o auditor
independente.
Comentários:
A NBC TA 610 vigente à época, norma técnica que trata da
utilização do trabalho de auditoria interna estabelecia, em seu item 12,
que, para determinar a adequação de trabalhos específicos executados
pelos auditores internos para os seus objetivos como auditor
independente, este deveria avaliar se:
(a) o trabalho foi executado por auditores internos que
tenham competência e treinamento técnicos adequados;
(b) o trabalho foi adequadamente supervisionado,
revisado e documentado;
(c) foi obtida evidência de auditoria apropriada para
permitir que os auditores internos atinjam conclusões
razoáveis;
(d) as conclusões são apropriadas nas circunstâncias e
quaisquer relatórios elaborados pelos auditores internos são
consistentes com os resultados do trabalho executado; e
(e) quaisquer exceções ou assuntos não usuais
divulgados pelos auditores internos estão resolvidos
adequadamente.
Já o item A4 da mesma norma destacava que os fatores que
podem afetar a determinação do auditor independente quanto a se é
provável que o trabalho dos auditores internos seja adequado para
os fins da auditoria incluem: objetividade, competência técnica,
zelo profissional e comunicação.

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Dessa forma, a alternativa “c” é a resposta da questão, uma vez
que o auditor independente avaliará a necessidade do uso de
especialista para a execução de sua própria auditoria e não da interna.
Atualmente, após a revisão da NBC TA 610, conforme abordado
na parte teórica, o auditor independente deve determinar se o trabalho
da auditoria interna pode ser utilizado para os fins da auditoria,
considerando o seguinte:
(a) a extensão na qual a posição hierárquica da auditoria
interna na organização e suas políticas e procedimentos
propiciam objetividade dos auditores internos;
(b) o nível de competência da função de auditoria interna; e
(c) se a função de auditoria interna aplica uma abordagem
sistemática e disciplinada, incluindo controle de qualidade.
Gabarito: C

13. (FGV/SEAD-AP/2010) De acordo com a NBC TA 620,


aprovada pela Resolução CFC nº 1230/09, que trata do uso do
trabalho de especialistas, o auditor não deve assumir o seguinte
procedimento:
(A) determinar a natureza, o alcance e os objetivos do trabalho do
especialista para fins da auditoria, devendo para tanto obter
entendimento na área de especialização.
(B) estabelecer acordo, por escrito, com o especialista por ele
contratado, quando apropriado, sobre a natureza, o alcance e os
objetivos do seu trabalho.
(C) avaliar a adequação do trabalho do especialista, incluindo a
relevância e a razoabilidade das suas constatações ou conclusões e a
consistência com outras evidências de auditoria.
(D) avaliar se o especialista possui competência, habilidades e
objetividade necessárias na área de contabilidade e auditoria, condição
indispensável para sua contratação.
(E) determinar a necessidade de utilizar o trabalho do especialista para
obter evidências de auditoria apropriada e suficiente, em área que não
seja contabilidade e auditoria.
Comentários:
A norma supracitada trata da responsabilidade do auditor em
relação ao trabalho de pessoa ou organização em área de
especialização que não contabilidade ou auditoria, quando esse
trabalho é utilizado para ajudar o auditor a obter evidência de auditoria
suficiente e apropriada.
Dessa forma, o especialista contratado pelo auditor não precisa ter
conhecimento nessas duas áreas, pois subentende-se que o próprio
auditor já é especialista nesta área.
Todas as outras alternativas estão de acordo com a NBC TA 620.
Gabarito: D

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14. (FCC/TRE-CE/2012) Para que a auditoria externa possa
utilizar os trabalhos dos auditores internos é obrigatório que:
A) as reuniões sejam aleatórias e sem previsão dos assuntos a serem
tratados, mantendo assim a independência.
B) haja subordinação dos auditores internos aos auditores externos.
C) os trabalhos sejam desenvolvidos de acordo com as determinações
da administração da empresa e dos órgãos de governança.
D) a determinação da amostra, a seleção dos documentos e a revisão
sejam feitas pela auditoria externa.
E) avalie a objetividade da função da auditoria interna e a competência
técnica dos auditores internos.
Comentários:
Para que ele se utilize do trabalho do auditor interno, o auditor
externo deverá avaliar a competência técnica, a objetividade e a
independência da auditoria interna da empresa auditada, dentre outros
fatores. As outras alternativas estão incorretas e serão explicadas
oportunamente.
Gabarito: E

15. (CESPE/TJ-CE/2008) O trabalho dos auditores internos não


deve ser levado em conta pelos auditores independentes que
forem contratados, exceto a título de colaboração eventual,
quando for elaborado o planejamento dos trabalhos. Além da
inexistência de qualquer relação de subordinação, a auditoria
interna pode funcionar, seguidamente, com pouca autonomia e
até de forma preventiva em face de falhas ou irregularidades
passíveis de ocorrerem por ações ou omissões da administração.
Comentários:
De acordo com Crepaldi (2010), é importante que exista uma
compatibilização dos métodos de trabalho da auditoria interna e dos
auditores independentes, com consequente integração do trabalho.
Ressalta, ainda, que a utilização dos trabalhos dos auditores internos
pelos independentes deve seguir alguns critérios, tais como a situação
organizacional, o alcance da função, a competência técnica e o devido
cuidado profissional.
Como já vimos, a vinculação da auditoria interna à Diretoria, ao
Conselho de Administração, ou equivalente, não deve lhe retirar a
autonomia. Assim, a questão apresenta outro erro ao apontar uma
suposta pouca autonomia.
Gabarito: E

16. (ESAF/PMRJ/2010) A respeito do uso de especialista de


outra área em auditoria, é correto afirmar, exceto:
a) na avaliação do trabalho do especialista, não cabe ao auditor revisar
ou testar a fonte de dados utilizada.
b) na emissão de parecer sem ressalva, o auditor não pode fazer
referência ao trabalho de especialista no seu parecer.

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c) a certificação profissional, licença ou registro em órgão de classe é
um dos elementos de verificação da competência do especialista.
d) a responsabilidade, quanto à qualidade e propriedade das premissas e
métodos utilizados, é do especialista e não do auditor.
e) É atribuição do auditor obter evidência adequada de que o alcance do
trabalho do especialista é suficiente para os fins da auditoria.
Comentários:
Segundo a NBC TA 620, que trata da utilização do Trabalho de
Especialistas, em muitos casos, o auditor pode testar os dados-fonte.
Entretanto, em outros casos, quando a natureza dos dados-fonte usados
pelo especialista do auditor é altamente técnica em relação à área do
especialista, esse especialista pode testar os dados-fonte. Se o
especialista do auditor testou os dados-fonte, uma maneira apropriada
para o auditor avaliar a importância, integridade e precisão desses dados
pode ser a indagação a esse especialista, ou a supervisão ou revisão dos
testes aplicados por ele. Portanto, a letra A está errada, sendo o
gabarito da questão.
Todas as outras afirmativas estão corretas, segundo as normas
vigentes atualmente.
Gabarito: A

17. (CESPE/FUB-DF/2013) O auditor independente assume a


responsabilidade pela opinião de auditoria expressa, mas essa
responsabilidade é mitigada ou compartilhada sempre que há
utilização do trabalho feito pelos auditores internos.
Comentários:
Mesmo com a utilização de auditores internos a responsabilidade é
integral do auditor independente.
Gabarito: E

18. (CESPE/FUB-DF/2013) Com o objetivo de determinar se o


trabalho dos auditores internos pode estar adequado para os fins
da auditoria, o auditor independente deve avaliar a competência
desses auditores.
Comentários:
Exatamente. O auditor independente avalia a competência e a
posição hierárquica do auditor interno na empresa, para concluir sobre a
objetividade (imparcialidade) do auditor interno.
Gabarito: C

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3. Transações e eventos subsequentes

Definições importantes para o tema:

Data das demonstrações contábeis é a data de encerramento do último


período coberto pelas demonstrações contábeis.

Data de aprovação das demonstrações contábeis é a data em que


todos os quadros que compõem as demonstrações contábeis foram
elaborados e que aqueles com autoridade reconhecida afirmam que
assumem a responsabilidade por essas demonstrações contábeis.

Data do relatório do auditor independente é a data do relatório do


auditor independente sobre as demonstrações contábeis de acordo com
a NBC TA 700.

Data de divulgação das demonstrações contábeis é a data em que o


relatório do auditor independente e as demonstrações contábeis
auditadas são disponibilizados para terceiros.

Eventos subsequentes são eventos ocorridos entre a data das


demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente
e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a
data do seu relatório.

A Resolução CFC Nº. 1.225/09 aprovou a NBC TA 560 – Eventos


Subsequentes –, que trata da responsabilidade do auditor independente
em relação a eventos subsequentes na auditoria de demonstrações
contábeis.

De acordo com a norma, as demonstrações contábeis podem ser


afetadas por certos eventos que ocorrem após a data das
demonstrações contábeis.

No Brasil, a NBC TG 24 – Evento Subsequente – analisa o tratamento


nas demonstrações contábeis de eventos, favoráveis ou não, ocorridos
entre a data das demonstrações contábeis (mencionada como "data
do balanço" nesse pronunciamento) e a data na qual é autorizada a
conclusão da elaboração das demonstrações contábeis.

Essas estruturas costumam identificar dois tipos de eventos:

- os que fornecem evidência de condições existentes na data das


demonstrações contábeis; e
- os que fornecem evidência de condições que surgiram após a data
das demonstrações contábeis.

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Uma informação importante é que a NBC TA 700 – Formação da Opinião


e Emissão do Relatório –, explica que a data do Relatório do
Auditor Independente informa ao leitor que o auditor considerou o
efeito dos eventos e transações dos quais o auditor se tornou ciente e
que ocorreram até aquela data.

A data do Relatório do Auditor Independente informa ao leitor que o


auditor considerou o efeito dos eventos e transações dos quais o
auditor se tornou ciente e que ocorreram até aquela data.

Os objetivos do auditor em relação aos eventos subsequentes são:

(a) obter evidência sobre se os eventos ocorridos entre a data


das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor
independente que precisam ser ajustados ou divulgados nas
demonstrações contábeis, estão adequadamente refletidos; e
(b) responder adequadamente aos fatos que chegaram ao
conhecimento do auditor independente após a data de seu
relatório, que, se fossem do seu conhecimento naquela data (do
relatório), poderiam ter levado o auditor a alterá-lo.

Devem ser considerados três momentos de eventos subsequentes:

1 - Eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a


data do relatório do auditor independente;
2 - Eventos que chegaram ao conhecimento do auditor independente
após a data do seu relatório, mas antes da data de divulgação das
demonstrações contábeis; e
3 - Eventos que chegaram ao conhecimento do auditor independente
após a divulgação das demonstrações contábeis.

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Momento 1 - Eventos ocorridos entre a data das demonstrações


contábeis e a data do relatório do auditor independente

O auditor independente deve executar procedimentos de auditoria


desenhados para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente
de que todos os eventos ocorridos entre a data das demonstrações
contábeis e a data do relatório do auditor independente que precisam
ser ajustados ou divulgados nas demonstrações foram identificados.

Esses procedimentos devem cobrir o período entre a data das


demonstrações e a data do seu relatório, ou o mais próximo possível
dessa data.

Se, em decorrência desses procedimentos, o auditor identificar


eventos que requerem ajuste ou divulgação nas demonstrações, o
auditor independente deve determinar se cada um desses eventos está
refletido de maneira apropriada nas demonstrações, de acordo com a
estrutura conceitual aplicável.

Dependendo da avaliação de risco do auditor independente, os


procedimentos de auditoria requeridos podem incluir procedimentos
necessários para obter evidência que envolva a revisão ou o teste de
registros contábeis ou transações ocorridos entre a data das
demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente.

Além dos procedimentos de auditoria requeridos, o auditor


independente pode considerar necessário e apropriado:

 ler os últimos orçamentos disponíveis, previsões de fluxos de


caixa e outros relatórios da administração relacionados de
períodos posteriores à data das demonstrações contábeis;
 indagar, ou estender as indagações anteriores verbais ou por
escrito, aos consultores jurídicos sobre litígios e
reclamações; ou
 considerar a necessidade de representações formais que
cubram determinados eventos subsequentes para corroborar
outra evidência de auditoria e assim obter evidência de
auditoria apropriada e suficiente.

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Momento 2 - Fatos que chegaram ao conhecimento do auditor


independente após a data do seu relatório, mas antes da data de
divulgação das demonstrações contábeis

O auditor independente não tem obrigação de executar nenhum


procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis
após a data do seu relatório.

Entretanto, se, após a data do seu relatório, mas antes da data de


divulgação das demonstrações contábeis, o auditor tomar
conhecimento de fato que, se fosse do seu conhecimento na data do
relatório, poderia ter levado o auditor a alterá-lo, ele deve:

(a) discutir o assunto com a administração;


(b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser
alteradas e, caso afirmativo;
(c) indagar como a administração pretende tratar o assunto
nas demonstrações contábeis.

Em geral, pode ser que não haja exigência da legislação ou


regulamentação para que a administração reapresente demonstrações
contábeis. Esse é frequentemente o caso quando a emissão das
demonstrações contábeis para o período seguinte é iminente, desde que
sejam feitas as divulgações apropriadas nessas demonstrações.

Caso a administração altere as demonstrações contábeis, o auditor


independente deve:

1 - aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas


circunstâncias da alteração;
2 - estender os procedimentos de auditoria mencionados até
a data do novo relatório do auditor independente; e
3 - fornecer novo relatório de auditoria sobre as
demonstrações contábeis alteradas. O novo relatório do auditor
independente não deve ter data anterior à data de aprovação
das demonstrações alteradas.

Caso a administração altere as demonstrações, o auditor


deve:
1 - aplicar os procedimentos necessários;
2 - estender os procedimentos até a data do novo
relatório;
3 - fornecer novo relatório.
O novo relatório do auditor independente não deve ter data anterior à
data de aprovação das demonstrações alteradas.

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Se a administração puder restringir a alteração das demonstrações


contábeis aos efeitos do evento ou eventos subsequentes, o auditor
pode limitar os procedimentos de auditoria aos eventos
subsequentes.

Nesses casos, o auditor deve alterar o relatório para incluir data


adicional restrita a essa alteração que indique que os procedimentos do
auditor independente sobre os eventos subsequentes estão restritos
unicamente às alterações descritas na nota explicativa.

Quando, nessas circunstâncias, o auditor alterar seu relatório para


incluir data adicional, a data do relatório anterior à alteração
subsequente feita pela administração permanece inalterada, pois
essa data informa ao leitor quando o trabalho de auditoria para essas
demonstrações contábeis foi concluído.

Entretanto, é incluída data adicional no relatório do auditor


independente para informar os usuários que os procedimentos
posteriores àquela data restringiram-se à alteração subsequente das
demonstrações contábeis.

Segue exemplo desse tipo de data adicional:

(Data do relatório do auditor independente), exceto para a Nota Y, que é


de (data da conclusão dos procedimentos de auditoria restritos à
alteração descrita na Nota Y)

Momento 3 - Fatos que chegaram ao conhecimento do auditor


independente após a divulgação das demonstrações contábeis
Após a divulgação das demonstrações, o auditor independente não
tem obrigação de executar nenhum procedimento de auditoria em
relação às demonstrações.

Entretanto, se, após a divulgação das demonstrações contábeis, o


auditor independente tomar conhecimento de fato que, se fosse do seu
conhecimento na data do relatório, poderia tê-lo levado a alterar seu
relatório, o auditor independente deve:

(a) discutir o assunto com a administração e,


quando apropriado, com os responsáveis pela governança;
(b) determinar se as demonstrações contábeis precisam
ser alteradas e, caso afirmativo;
(c) indagar como a administração pretende tratar do
assunto nas demonstrações contábeis.

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Caso a administração altere as demonstrações contábeis, o auditor


independente deve:

- aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas


circunstâncias das alterações;
- revisar as providências tomadas pela administração para
garantir que todos os que receberam as demonstrações contábeis
juntamente com o respectivo relatório do auditor independente sejam
informados da situação;
- alterar o relatório do auditor independente.

Caso o relatório seja alterado, o auditor deve incluir no seu relatório,


novo ou reemitido, Parágrafo de Ênfase com referência à nota
explicativa que esclarece mais detalhadamente a razão da alteração das
demonstrações contábeis emitidas anteriormente e do relatório anterior
fornecido pelo auditor independente.

Caso a administração não tome as providências necessárias para


garantir que todos os que receberam as demonstrações emitidas
anteriormente sejam informados da situação e não altere as
demonstrações nas circunstâncias em que o auditor considere
necessário, o auditor independente deve tomar as medidas apropriadas
para tentar evitar o uso por terceiros daquele relatório de auditoria.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

19. (FGV/TCM-SP/2015) Em uma determinada entidade, as


demonstrações contábeis do exercício findo em 31 de dezembro
de 2014 foram aprovadas em 27 de fevereiro de 2015; o
relatório do auditor independente foi emitido em 09 de março de
2015; as demonstrações contábeis foram divulgadas em 22 de
março de 2015 e aprovadas pelos acionistas em 04 de abril de
2015. De acordo com a NBC TA 560, a data até quando o auditor
independente deve executar procedimentos de auditoria
desenhados para obter evidência de auditoria apropriada e
suficiente sobre os eventos que afetaram as demonstrações
contábeis é:
a) 31 de dezembro de 2014;
b) 27 de fevereiro de 2015;
c) 09 de março de 2015;
d) 22 de março de 2015;
e) 04 de abril de 2015.

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Comentários:
O auditor deve executar procedimentos de auditoria até a data da
emissão do seu relatório, ou tão próximo quanto aplicável, segundo a
NBC TA 560.
Gabarito: C

20. (FGV/TCE-BA/2013) Quanto às transações e eventos


subsequentes, analise as afirmativas a seguir.
I - A decisão ou pagamento em processo judicial após o final do
período contábil a que se referem as demonstrações contábeis,
confirmando que a entidade já tinha a obrigação presente ao
final daquele período contábil, é um exemplo de evento
subsequente que origina ajuste.
II - A falência do cliente ocorrida após o período contábil a que
se referem as demonstrações contábeis, confirmando que já
existia uma inadimplência na conta a receber ao final daquele
período, não habilita o ajuste no valor contábil da conta a
receber.
III - O evento subsequente à redução do valor de mercado de
investimentos ocorrida no período entre a data do balanço e a
data de autorização de conclusão da elaboração das
demonstrações contábeis, não é passível de ajuste.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas
Comentários:
O item I está correto, pois traz um exemplo de evento
subsequente e, como se refere a uma obrigação já existente antes do
final do exercício, levará a um ajuste.
O item II está errado, já que esse evento também deverá levar a
um ajuste, ao contrário do que afirma o item.
Por fim, o item III está certo, uma vez que essa alteração no
valor de mercado de um investimento pode ser considerada normal
(tanto pra cima quanto para baixo), não gerando ajustes nas
demonstrações contábeis do ano anterior ao evento.
Gabarito: D

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

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21. (FCC/ICMS-PI/2015) Suponha que a Organização XYZ S.A.
teve a data das demonstrações contábeis em 31/12/2013, a data
da aprovação dessas demonstrações em 25/01/2014, a data de
relatório do auditor em 25/02/2014 e a data programada para a
divulgação das demonstrações em 25/03/2014 e que, no segundo
período de eventos subsequentes, uma ocorrência que se tivesse
chegado a conhecimento dos auditores após a data do relatório
poderia levar o auditor a modificar seu parecer e que, diante da
relevância do evento, os membros da governança decidissem
alterar as Demonstrações Contábeis. Neste caso:
a) não se espera que o auditor execute procedimentos adicionais de
auditoria para assuntos para os quais os procedimentos de auditoria
anteriormente aplicados tenham fornecido conclusões insatisfatórias;
b) o auditor pode limitar os procedimentos de auditoria aos eventos
subsequentes do primeiro período, caso a legislação não proíba a
administração de restringir a alteração das demonstrações contábeis aos
efeitos do evento ou eventos subsequentes que causaram essa alteração
e que os responsáveis pela aprovação das demonstrações contábeis não
estejam proibidos de restringir a aprovação a essa alteração;
c) o auditor deve aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas
circunstâncias da alteração, estender os procedimentos até a data do
novo relatório e fornecer novo relatório sobre as demonstrações contábeis
alteradas;
d) o auditor deve solicitar à administração ou membros da governança,
uma representação formal de que todos os eventos subsequentes à data
das demonstrações contábeis que requerem ajuste ou divulgação sejam
ajustados e divulgados, intempestivamente;
e) o auditor independente não tem obrigação de executar nenhum
procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis após a
data do seu relatório.
Comentários:
Segundo a NBC TA 560, que trata de Eventos Subsequentes, no
segundo momento desses eventos, isto é, entre a data do relatório do
auditor independente e a data da publicação das demonstrações
contábeis, caso a administração altere as demonstrações contábeis, o
auditor independente deve aplicar os procedimentos de auditoria
necessários nas circunstâncias da alteração e fornecer novo relatório de
auditoria sobre as demonstrações contábeis alteradas.
Dessa forma, mais uma questão com transcrição praticamente
literal.
Gabarito: C

22. (FGV/ACI-RJ/2011) O período compreendido entre o


término do exercício social e a emissão do parecer é denominado
período subsequente, e o auditor deve considerá-lo parte normal
da auditoria. Isso ocorre porque, dependendo da natureza e da
materialidade dos eventos, ajustes contábeis nas demonstrações
contábeis podem ser requeridos. Como exemplo disso, é possível

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citar perdas significativas em contas a receber e sentenças
judiciais. Especificamente em relação aos eventos e transações
ocorridos após a divulgação das demonstrações contábeis, é
correto afirmar que:
(a) O auditor não tem responsabilidade e deve fazer indagações sobre
as demonstrações contábeis.
(b) O parecer a ser emitido deverá obrigatoriamente estar enquadrado
na modalidade “com ressalvas”.
(c) O auditor ficará impedido de emitir um parecer “sem ressalvas”.
(d) Ao tomar conhecimento, após a divulgação das demonstrações
contábeis, de fato anterior à data de seu parecer que, se fosse
conhecido, poderia tê-lo levado a emitir documento com conteúdo
diverso do que foi, deverá decidir se as demonstrações contábeis
precisarão de revisão.
(e) Quando a administração alterar significativamente as
demonstrações contábeis divulgadas, o auditor não deverá ignorar essas
alterações, mesmo já tendo emitido seu parecer sobre elas.
Comentários:
Após a divulgação das demonstrações contábeis, o auditor
independente não tem obrigação de executar nenhum procedimento de
auditoria em relação às demonstrações contábeis. Entretanto, se, após
a divulgação das demonstrações contábeis, o auditor independente
tomar conhecimento de fato que, se fosse do seu conhecimento na data
do relatório do auditor independente, poderia tê-lo levado a alterar seu
relatório, o auditor independente deve:
- discutir o assunto com a administração e, quando apropriado,
com os responsáveis pela governança;
- determinar se as demonstrações contábeis precisam ser
alteradas e, caso afirmativo;
- indagar como a administração pretende tratar do assunto nas
demonstrações contábeis.
Caso a administração altere as demonstrações contábeis, o auditor
independente deve: (a) aplicar os procedimentos de auditoria
necessários nas circunstâncias das alterações; e (b) revisar as
providências tomadas pela administração para garantir que todos os que
receberam as demonstrações contábeis juntamente com o respectivo
relatório do auditor independente sejam informados da situação.
Pelo exposto, a alternativa mais completa é a letra E pois, caso a
administração altere as demonstrações o auditor passa a ter
responsabilidade novamente na aplicação de procedimentos de
auditoria.
Gabarito: E

23. (FGV/SEAD-AP/2010) De acordo com a NBC TA 610 –


Utilização do Trabalho de Auditoria Interna, aprovado pela
Resolução 1229/09, o auditor, se após a data do seu relatório,
mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis,

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tomar conhecimento de fato que, se fosse do seu conhecimento
na data do relatório, poderia ter levado a sua alteração, deve:
(A) manter o relatório sem qualquer alteração e comunicar o fato a
administração para que, a seu critério, adote as medidas corretivas
necessárias.
(B) revisar as providências tomadas pela administração divulgando-as
no âmbito interno da empresa juntamente com o seu relatório para que
todos sejam informados da situação.
(C) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas
e, caso afirmativo, indagar como a administração pretende tratar do
assunto nas demonstrações contábeis.
(D) aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas
circunstâncias das alterações, ainda que a administração não altere as
demonstrações contábeis.
(E) deixar de executar qualquer procedimento de auditoria em relação
às demonstrações contábeis após a data do seu relatório, mesmo que
tome conhecimento de eventos subsequentes.
Comentários:
Embora o caput da questão trate da NBC TA 610, houve um erro,
pois a questão aborda o tema Eventos Subsequentes (NBC TA 560).
O auditor independente não tem obrigação de executar nenhum
procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis após
a data do seu relatório. Entretanto, se, após a data do seu relatório, mas
antes da data de divulgação das demonstrações contábeis, o auditor
tomar conhecimento de fato que, se fosse do seu conhecimento na data
do relatório, poderia ter levado o auditor a alterar seu relatório, ele
deve:
a) discutir o assunto com a administração e, quando
apropriado, com os responsáveis pela governança;
b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser
alteradas e, caso afirmativo;
c) indagar como a administração pretende tratar o
assunto nas demonstrações contábeis.
Gabarito: C

24. (FEPESE/ISS-FLORIANÓPOLIS/2014) No processo de


auditoria podem ocorrer situações de novos fatos chegarem ao
conhecimento do auditor independente, mesmo após a data do
seu relatório, porém antes da data de divulgação das
demonstrações contábeis.
Analise as afirmativas abaixo em relação ao assunto:
1 - O auditor independente não tem nenhuma obrigação em
relação às demonstrações contábeis após a data do seu relatório.
2 O auditor independente tem a obrigação de determinar se as
demonstrações contábeis precisam ser alteradas e, caso
afirmativo, deve indagar como a administração pretende tratar o
assunto nas demonstrações contábeis.

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3 - Caso a administração altere as demonstrações contábeis, em
função da determinação do auditor independente, este deve
fornecer novo relatório de auditoria sobre as demonstrações
contábeis alteradas. O novo relatório do auditor independente
não deve ter data anterior à data de aprovação das
demonstrações contábeis alteradas.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
A) É correta apenas a afirmativa 1.
B) É correta apenas a afirmativa 2.
C) É correta apenas a afirmativa 3.
D) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
E) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
Comentários:
Praticamente literal da NBC TA 560, que trata de eventos
subsequentes. O auditor independente tem sim obrigação em relação às
demonstrações contábeis após a data do seu relatório, caso elas sejam
modificadas.
Gabarito: E

25. (FUNDATEC/CAGE-RS/2014) De acordo com o que


estabelece a NBC TA 560 – Eventos Subsequentes, qual das
situações abaixo melhor representa a data da autorização para
conclusão das demonstrações financeiras?
A) Quando o departamento contábil conclui a minuta das
demonstrações contábeis.
B) Quando a Administração examina as demonstrações e autoriza a sua
emissão em forma final.
C) Quando os membros do conselho de administração se reúnem com
os auditores independentes e aprovam as demonstrações financeiras a
serem publicadas.
D) Quando os auditores independentes emitem seu relatório sobre as
demonstrações contábeis.
E) Quando as demonstrações contábeis são formalmente aprovadas
pelos acionistas na sua reunião anual.
Comentários:
Segundo a NBC TA 560 – Eventos Subsequentes, item A2, “A data
de aprovação das demonstrações contábeis para fins das normas de
auditoria é a primeira data em que as pessoas com autoridade
reconhecida determinam que todos os quadros que compõem as
demonstrações contábeis, incluindo as notas explicativas, foram
elaborados e que as pessoas com autoridade reconhecida assumiram
responsabilidade por essas demonstrações contábeis”. Assim, a
alternativa que melhor se coaduna com o disposto na norma é a de letra
B.
Gabarito: B

26. (ESAF/RFB/2014) A administração da empresa Elevação


S.A. restringiu a alteração das demonstrações contábeis aos

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efeitos do evento subsequente que causou a alteração. A
legislação vigente, à qual a empresa está subordinada, não proíbe
a empresa de proceder desta forma. Nesta situação, o auditor
deve alterar o relatório de auditoria para:
A) retificar a data definitiva em que a empresa deverá fazer a
publicação, ressalvando essa alteração nas demonstrações contábeis,
sem emitir posição sobre o evento subsequente.
B) incluir data adicional restrita a essa alteração que indique que os
procedimentos do auditor independente, sobre os eventos subsequentes,
estão restritos unicamente às alterações das demonstrações contábeis
descritas na respectiva nota explicativa.
C) substituir a data do término dos trabalhos, ressalvando o evento
subsequente, mencionando a impossibilidade de avaliação dos impactos.
D) adicionar parágrafo de outros assuntos, evidenciando o evento
subsequente, mencionando a responsabilidade dos administradores
sobre os efeitos desse novo evento.
E) determinar a data de término dos trabalhos, evidenciando a
reavaliação das demonstrações contábeis de forma completa e
evidenciando que não há impactos nas demonstrações anteriormente
apresentadas.
Comentários:
Segundo a NBC TA 560, se a administração puder restringir a
alteração das demonstrações contábeis aos efeitos do evento ou eventos
subsequentes, o auditor pode limitar os procedimentos de auditoria aos
eventos subsequentes.
Nesses casos, o auditor deve alterar o relatório para incluir data
adicional restrita a essa alteração que indique que os procedimentos do
auditor independente sobre os eventos subsequentes estão restritos
unicamente às alterações descritas na nota explicativa.
Gabarito: B

27. (ESAF/RECEITA FEDERAL/2009) A empresa Grandes


Negócios S.A. adquiriu a principal concorrente, após o
encerramento do balanço e a emissão do parecer pelos auditores.
No entanto, a empresa ainda não havia publicado suas
demonstrações com o parecer. Nessa situação, a firma de
auditoria deve:
A) manter o parecer com data anterior ao evento, dando encerramento
aos trabalhos.
B) obrigatoriamente, rever o parecer considerando o fato relevante.
C) estabelecer que a empresa inclua o evento relevante nas notas
explicativas.
D) refazer o parecer considerando as novas informações, determinando
nova data para publicação das demonstrações contábeis.
E) decidir se as demonstrações devem ser ajustadas, discutir o assunto
com a administração e tomar as medidas apropriadas às circunstâncias.
Comentários:

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Segundo o item 11.16.3.2 da NBC T 11.16, que tratava de
transações e eventos subsequentes, “quando, após a data do Parecer
do auditor, mas antes da divulgação das Demonstrações
Contábeis o auditor tomar conhecimento de fato que possa afetar de
maneira relevante as Demonstrações Contábeis, ele deve decidir se
elas devem ser ajustadas, discutir o assunto com a administração
e tomar as medidas apropriadas às circunstâncias.” (grifos
nossos). Portanto, a letra “e” foi retirada de maneira literal da norma
supra, sendo a resposta da questão.
Ressalta-se que, atualmente, a norma vigente para que trata de
eventos subsequentes é a NBC TA 560, que define esse tipo de evento
como sendo aqueles ocorridos entre a data das demonstrações contábeis
e a data do relatório do auditor independente e fatos que chegaram ao
conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório.
Em relação ao disposto na questão, atualmente a norma vigente
determina que auditor deve:
(a) discutir o assunto com a administração e, quando
apropriado, com os responsáveis pela governança;
(b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser
alteradas e, caso afirmativo;
(c) indagar como a administração pretende tratar o assunto
nas demonstrações contábeis.
Gabarito: E

28. (ESAF/SEFAZ-SP/2009) As seguintes opções constituem


exemplos de transações e eventos subsequentes, exceto:
A) perda em contas a receber decorrente de falência do devedor.
B) alteração do controle societário.
C) aporte de recursos, inclusive como aumento de capital.
D) destruição de estoques em decorrência de sinistro.
E) variação sazonal dos custos com insumos.
Comentários:
De acordo com a NBC TA 560, as demonstrações contábeis podem
ser afetadas por certos eventos que ocorrem após a data das
demonstrações contábeis, e antes da emissão do relatório do auditor
independente. De modo geral, são eventos favoráveis ou não à
administração, mas imprevisíveis.
Nesse sentido, a alternativa E apresenta um fato que poderia ter
sido previsto, por ser constante – variação sazonal dos custos.
As demais alternativas apresentam fatos que atendem à definição.
Gabarito: E

29. (ESAF/Pref. Natal/ATM/2008) - Não corresponde a um


evento subsequente que gera ajuste nas demonstrações
financeiras:
A) decisão definitiva de processo judicial, dando ganho ou perda da
causa que represente valor relevante.
B) perda de valor de investimentos, em decorrência do declínio do

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valor de mercado das ações.
C) descoberta de erros ou fraudes posteriores, que afetam o resultado
da empresa.
D) determinação de valores referentes a pagamento de participação
nos lucros ou referente a gratificações assumidas legalmente e não
formalizadas.
E) ativos deteriorados, que constavam com valor significativo e que
não foram ajustados.
Comentários:
A alternativa B é a única que apresenta um fato esperado –
variação positiva ou negativa dos preços das ações.
As demais alternativas correspondem a eventos subsequentes que
geram ajustes nas demonstrações financeiras.
Gabarito: B

30. (ESAF/CGU/2006) Consideram-se exemplos de transações e


eventos subsequentes, havidos entre a data de término do
exercício social e até após a data da divulgação das
demonstrações contábeis, exceto:
A) as operações rotineiras de compra e venda.
B) a compra de nova subsidiária ou de participação adicional relevante
em investimento anterior.
C) a destruição de estoques ou estabelecimento em decorrência de
sinistro.
D) a alteração do controle societário.
E) o aporte de novos recursos, inclusive como aumento de capital.
Comentários:
Para responder questões desse tipo, temos que identificar qual
das operações são relevantes e específicas apenas daquela empresa
auditada. Dessa forma, verificamos que a letra A apresenta uma
situação típica, rotineira, não sendo, portanto, caracterizada como
evento subsequente. Todas as outras afirmativas exibem eventos
relevantes e/ou atípicos que aconteceram na empresa auditada.
Gabarito: A

31. (ESAF/SEFAZ-RN/2005) Quando o auditor externo constata


eventos ocorridos, entre as datas do balanço e a do seu parecer e
a entidade não realiza os ajustes recomendados adequadamente,
deve o auditor:
A) expedir parecer adverso ou mencionar os fatos em parágrafo de
ênfase.
B) elaborar parecer de auditoria com abstenção de opinião ou sem
ressalva.
C) emitir parecer com ressalva ou mencionar os fatos em parágrafo de
ênfase.
D) somente exigir a menção em notas explicativas evidenciando os
respectivos cálculos.
E) recomendar menção em nota explicativa e emitir parecer sem

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ressalva.
Comentários:
Segundo a NBC T 11, vigente à época, 11.16.1.2, o auditor deve
considerar em seu parecer os efeitos decorrentes de transações e
eventos subsequentes relevantes ao exame das Demonstrações
Contábeis, mencionando-os como ressalva ou em parágrafo de ênfase,
quando não- ajustadas ou reveladas adequadamente. Portanto, letra C.
Atualmente, segundo a NBC TA 560, se o auditor identificar
eventos que requerem ajuste ou divulgação nas demonstrações
contábeis, o auditor independente deve determinar se cada um desses
eventos está refletido de maneira apropriada nas referidas
demonstrações contábeis de acordo com a estrutura conceitual aplicável.
Além disso, o auditor independente deve solicitar à administração
e, quando apropriado, aos responsáveis pela governança, uma
representação formal de que todos os eventos subsequentes à data das
demonstrações contábeis e que, segundo a estrutura de relatório
financeiro aplicável, requerem ajuste ou divulgação, foram ajustados ou
divulgados.
Gabarito: C

32. (ESAF/CGU/2006) São consideradas situações de eventos


subsequentes para a auditoria, exceto fatos ocorridos:
A) após a publicação do balanço e do parecer de auditoria.
B) durante o exercício contábil objeto da auditoria.
C) da data de fechamento do balanço até a data de emissão do parecer.
D) durante a publicação do balanço e do parecer de auditoria.
E) depois do término dos trabalhos de campo e emissão do parecer e
antes da data de publicação.
Comentários:
Conforme já vimos, segundo a NBC TA 560, Eventos Subsequentes
são eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a
data do relatório do auditor independente e fatos que chegaram ao
conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório.
Dessa forma, a única opção que não se enquadra nessa definição é
a letra B, já que fatos ocorridos durante o exercício contábil objeto da
auditoria não podem ser considerados subsequentes pois estão dentro
do escopo da auditoria.
Para relembrar, seguem algumas definições importantes trazidas
pela norma supracitada:
Data das demonstrações contábeis é a data de encerramento do
último período coberto pelas demonstrações contábeis.
Data de aprovação das demonstrações contábeis é a data em que
todos os quadros que compõem as demonstrações contábeis foram
elaborados e que aqueles com autoridade reconhecida afirmam que
assumem a responsabilidade por essas demonstrações contábeis.
Data do relatório do auditor independente é a data do relatório do
auditor independente sobre as demonstrações contábeis de acordo com
a NBC TA 700.

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Data de divulgação das demonstrações contábeis é a data em que
o relatório do auditor independente e as demonstrações contábeis
auditadas são disponibilizados para terceiros.
Resposta: B

33. (FCC/TRT 15ª Região/2013) - A empresa Union S.A. após ter


publicado suas demonstrações contábeis e o relatório de auditoria
externa percebeu que o inventário físico de bens patrimoniais,
encerrado após a publicação das demonstrações, constatou a
necessidade de contabilizar a baixa de R$ 4.500.000,00 de bens
que já não tinham mais utilidade ou condições de uso e estavam
registrados no Ativo Imobilizado. A direção determinou a abertura
das demonstrações e a contabilização dos ajustes. O ajuste,
representa do lucro líquido 50%. Nestas condições, deve o auditor
externo:
A) divulgar ao mercado que seus trabalhos foram realizados até data
anterior aos novos fatos e as demonstrações contábeis, juntamente com
o respectivo relatório foram emitidos com os fatos apresentados até esta
data.
B) executar os procedimentos de auditoria necessários nas
circunstâncias das alterações e emitir relatório restrito à Administração
sobre potenciais reflexos, cabendo a Administração decidir se deve
republicar as demonstrações e o novo relatório de auditoria.
C) aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias
das alterações, revisar as providências tomadas pela Administração para
garantir que todos os que receberam as demonstrações contábeis
juntamente com o respectivo relatório foram informados da situação e,
se necessário, apresentar novo relatório de auditoria.
D) restringir-se aos trabalhos executados no período entre o início dos
trabalhos e a divulgação das demonstrações contábeis, sendo de
responsabilidade da Administração da Empresa o não reconhecimento
dos fatos tempestivamente.
E) emitir comunicado ao mercado que os trabalhos foram executados
conforme informações apresentadas pela empresa e que não foi possível
refazer os trabalhos em função da empresa não ter concordado com a
complementação de honorários para execução do trabalho
complementar.
Comentários:
Na nossa linha do tempo o momento apresentado pelo caput da
questão é o 3, já que as demonstrações contábeis, juntamente com o
relatório de auditoria, já foram divulgadas.
Como a administração alterou as DCs, o auditor deve aplicar os
procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias das
alterações, revisar as providências tomadas pela Administração para
garantir que todos os que receberam as demonstrações contábeis
juntamente com o respectivo relatório foram informados da situação e,
se necessário, apresentar novo relatório de auditoria.

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Gabarito: C

34. (FCC/TCE-SE/2011) Segundo a NBC TA 560, evento


subsequente é aquele ocorrido entre a data:
A) de elaboração das demonstrações contábeis e a data de sua
aprovação e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor
independente após a data do seu relatório.
B) das demonstrações contábeis e a data de sua aprovação e fatos que
chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data de
divulgação das demonstrações contábeis.
C) das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor
independente e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor
independente após a data do seu relatório.
D) de aprovação das demonstrações contábeis e a data do relatório do
auditor independente e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor
independente após a data de aprovação das demonstrações contábeis.
E) de aprovação das demonstrações contábeis e a data da de sua
divulgação e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor
independente após a data de aprovação das demonstrações contábeis.
Comentários:
A NBC TA 560 define evento subsequente como “eventos ocorridos
entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do
auditor independente e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor
independente após a data do seu relatório”.
Portanto, questão literal da FCC retirada das novas normas
técnicas de auditoria.
Gabarito: C

35. (FCC/TCM-CE/2010) A utilização dos eventos subsequentes


aplicados às contas de contas a pagar tem como objetivo:
A) verificar se os valores pagos após a data de encerramento das
demonstrações contábeis foram corretamente provisionados.
B) avaliar as alterações significativas no fluxo dos procedimentos
contábeis após o fechamento das demonstrações contábeis.
C) complementar ou subsidiar os procedimentos de auditoria aplicados
durante a avaliação dos saldos das demonstrações contábeis, a fim de
concluir sobre a adequação do saldo da conta.
D) certificar se os valores pagos foram efetivamente debitados em
conta- corrente da empresa auditada.
E) certificar se a contabilização dessas contas são corretas.
Comentários:
De acordo com a Resolução CFC Nº. 1.225/09, que aprovou a NBC
TA 560 – Eventos Subsequentes –, as demonstrações contábeis podem
ser afetadas por certos eventos que ocorrem após a data das
demonstrações contábeis.
Em relação às contas a pagar, o objetivo da apresentação de
eventos subsequentes seria concluir sobre a adequação do saldo da
conta. Assim, a única alternativa que completa o enunciado da questão é

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a de letra C, complementar ou subsidiar os procedimentos de auditoria
aplicados durante a avaliação dos saldos das demonstrações, a fim de
concluir sobre a adequação do saldo da conta.
Lembrem-se de que um dos objetivos do auditor em relação aos
eventos subsequentes é obter evidência sobre se os eventos ocorridos
entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório, que
precisam ser ajustados ou divulgados nas demonstrações, estão
adequadamente refletidos.
Gabarito: C

36. (FCC/Pref. São Paulo/AFTM/2007) Considere as afirmações


a seguir, relativas a transações e eventos subsequentes ao
término do exercício social a que se referem as demonstrações
contábeis auditadas:
I. A emissão de debêntures e ações não é considerada evento
subseqüente relevante.
II. Eventos subsequentes, após a divulgação das
demonstrações contábeis, não devem ser considerados pelo
auditor, uma vez que ele não pode emitir um novo parecer.
III. Caso os eventos subsequentes não sejam revelados
adequadamente pela companhia, o auditor deve mencioná-los,
como ressalva ou em parágrafo de ênfase, em seu parecer
(relatório).
IV. A desapropriação de bens da companhia pelo Poder Público
é considerada um evento subsequente relevante.
Está correto o que se afirma APENAS em
A) I e II.
B) I e III.
C) II e III.
D) II e IV.
E) III e IV.
Comentários:
O item I está incorreto, pois a emissão de debêntures e ações
deve ser considerada como relevante evento subsequente, se realizada
após a data das demonstrações contábeis, por alterar o número
disponível desses ativos no mercado.
O item II está incorreto, por contrariar a definição de evento
subsequente, em relação a eventos ocorridos após a data das
demonstrações.
O item III foi considerado correto pela banca, embora
discordemos. Acontece que, se os eventos subsequentes não foram
revelados nas demonstrações contábeis, não caberia mencioná-los em
parágrafo de ênfase, pois esse parágrafo, segundo a NBC TA 706, é o
parágrafo incluído no relatório de auditoria, referente a assunto
“apropriadamente apresentado ou divulgado nas demonstrações
contábeis”, que assumem grande importância para o entendimento das
demonstrações pelo usuário, no julgamento do auditor.

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Assim, caberia ao auditor mencionar esses eventos como ressalva.
De qualquer forma, o item foi considerado como correto.
O item IV está correto, por alterar a quantidade de ativos da
Companhia, o que vai influenciar as demonstrações contábeis como um
todo.
Gabarito: E

Pessoal, chegamos ao final de nossa Aula 8. Seguem as questões que


comentamos no decorrer da aula.

Abraços e bons estudos.

CLAUDENIR

QUESTÕES COMENTADAS DURANTE A AULA

1. (FGV/ISS-Cuiabá/2014) Sobre estimativas contábeis, de


acordo com a NBC TA 540 – Auditoria de Estimativas Contábeis,
assinale a afirmativa correta.
a) A diferença entre o desfecho da estimativa contábil e o valor
originalmente reconhecido ou divulgado nas demonstrações contábeis
representa uma distorção.
b) O auditor deve revisar o desfecho das estimativas contábeis incluídas
nas demonstrações contábeis do período anterior, de modo a questionar
os julgamentos feitos nesse período.
c) O potencial para tendenciosidade da administração intencional é
inerente em decisões subjetivas, que são, muitas vezes, necessárias na
elaboração de estimativa contábil.
d) As estimativas contábeis do valor justo, para as quais é usado modelo
especializado desenvolvido para a entidade, envolvem pequena incerteza
e podem gerar riscos mais baixos de distorção relevante.
e) O auditor deve revisar as estimativas contábeis para identificar se há
indicadores de possível tendenciosidade da administração, de modo a
concluir sobre a razoabilidade de estimativas contábeis individuais.

2. (ESAF/RFB/2014) Em relação às estimativas contábeis


realizadas pela empresa auditada, o auditor independente deve:

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a) sempre que constatar possível tendenciosidade da administração,
concluir que as estimativas contábeis estão inadequadas, ressalvando o
relatório.
b) periodicamente exigir da administração e de seus advogados carta de
responsabilidade pelas estimativas efetuadas, eximindo a auditoria de
avaliar os cálculos e premissas.
c) revisar os julgamentos e decisões feitos pela administração na
elaboração destas estimativas contábeis, para identificar se há
indicadores de possível tendenciosidade da administração.
d) reavaliar as premissas e cálculos e, quando discordar, determinar a
modificação dos valores contabilizados, sob pena de não emitir o
relatório de auditoria.
e) aceitar os valores apresentados, por serem subjetivos e de
responsabilidade da administração e de seus consultores jurídicos ou
áreas afins.

3. (CETRO/ISS-SP/2014) Devido às incertezas inerentes nas


atividades de negócios, alguns itens das demonstrações contábeis
podem ser apenas estimados com maior ou menor grau de
dificuldade. Quanto às estimativas contábeis, é correto afirmar
que a responsabilidade, pela sua definição, é
a) do Auditor, que deve demonstrar à administração da empresa os
procedimentos adotados para o seu cálculo.
b) dos advogados, que devem demonstrar à administração da empresa
os procedimentos adotados para o seu cálculo.
c) dos advogados, que devem demonstrar ao Auditor os procedimentos
adotados para o seu cálculo.
d) da administração, que deve demonstrar ao Auditor os procedimentos
adotados para o seu cálculo.
e) do Auditor, que deve demonstrar aos advogados os procedimentos
adotados para o seu cálculo.

4. (FUNDATEC/CAGE-RS/2014) Os requisitos relacionados com


a auditoria do processo de estimativas a que os auditores devem
atender, segundo a NBC TA 540 – Auditoria de estimativas
contábeis, inclusive do valor justo e divulgações relacionadas, são
as seguintes, com EXCEÇÃO de:
a) Avaliação da razoabilidade da estimativa contábil.
b) Documentação das conclusões relativas à estimativa contábil.
c) Entendimento dos procedimentos de avaliação de risco e atividade
relacionadas, desenvolvidos pela entidade.
d) Representações formais.
e) Aceitação e continuidade.

5. (FCC/TRT 15ª Região/2013) NÃO é um indicador de possível


tendenciosidade da Administração, com relação a estimativas
contábeis:

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a) mudanças em estimativa contábil ou no método de elaboração da
demonstração contábil, quando a Administração fez uma avaliação
subjetiva de que houve mudança nas circunstâncias.
b) utilização das premissas da própria entidade para estimativas
contábeis do valor justo, quando eles são inconsistentes com premissas
do mercado observáveis.
c) seleção ou elaboração de premissas significativas que produzem uma
estimativa pontual favorável para os objetivos da Administração.
d) dimensionamento da provisão para contingências tributárias
fundamentada na posição de probabilidade de sucesso dos processos
apresentada pelos advogados da empresa.
e) seleção de estimativa pontual, que pode indicar um padrão de
otimismo ou pessimismo.

6. (ESAF/SUSEP/2010) As estimativas contábeis reconhecidas


nas demonstrações contábeis da empresa são de
responsabilidade:
a) dos auditores externos.
b) dos advogados.
c) da auditoria interna.
d) do conselho de administração.
e) da administração da empresa.

7. (ESAF/RFB/2009) O auditor, ao avaliar as provisões para


processos trabalhistas elaboradas pela Empresa Projeções S.A.,
percebeu que nos últimos três anos, os valores provisionados
ficaram distantes dos valores reais. Dessa forma, deve o auditor:
a) estabelecer novos critérios para realização das estimativas pela
empresa, no período.
b) determinar que a administração apresente novos procedimentos de
cálculos que garantam os valores registrados.
c) ressalvar o parecer, por inadequação dos procedimentos,
dimensionando os reflexos nas demonstrações contábeis.
d) exigir que seja feita uma média ponderada das perdas dos últimos
três anos, para estabelecer o valor da provisão.
e) avaliar se houve o ajuste dos procedimentos, para permitir
estimativas mais apropriadas no período.

8. (ESAF/CGU/2006) Com relação às estimativas contábeis


praticadas pela empresa objeto da auditoria, podemos afirmar
que:
a) são de responsabilidade do auditor da entidade e se baseiam em
fatores objetivos e subjetivos requerendo o seu julgamento.
b) o auditor não tem responsabilidade de certificar-se dos procedimentos
e métodos utilizados pela entidade para determinação das estimativas.
c) o auditor não deve basear-se em posições de períodos anteriores da
empresa para não se influenciar por efeitos passados.

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d) o auditor pode basear-se em conhecimentos básicos e incompletos
dos controles internos e procedimentos da entidade.
e) o auditor deve assegurar-se da razoabilidade das estimativas,
individualmente consideradas, quando estas forem relevantes.

9. (FGV/ISS-Recife/2014) Para determinar se o trabalho dos


auditores internos está adequado aos fins da auditoria, o auditor
independente deve avaliar as circunstâncias a seguir, à exceção
de uma. Assinale-a.
a) A competência técnica dos auditores internos.
b) A probabilidade de que o trabalho dos auditores internos seja
realizado com o devido zelo profissional.
c) O grau de materialidade envolvido na avaliação da evidência de
auditoria coletada pelos auditores internos.
d) A probabilidade de que haja comunicação eficaz entre os auditores
internos e o auditor independente.
e) A objetividade da função de auditoria interna.

10. (FGV/ACI-Recife/2014) Para determinar o efeito do trabalho


dos auditores internos na natureza, época ou extensão dos
procedimentos da auditoria independente, o auditor independente
deve considerar:
a) a natureza e o alcance do trabalho específico executado, ou a ser
executado, pelos auditores externos.
b) os riscos avaliados de distorção relevante no nível de afirmações para
classes específicas de transações, saldos contábeis e divulgações.
c) o grau de objetividade envolvido na avaliação da evidência de
auditoria coletada pelos auditores internos como suporte para as
afirmações irrelevantes.
d) a extensão e a utilização de um trabalho específico dos auditores
internos em outras empresas.
e) a probabilidade do trabalho dos auditores internos ser adequado para
os fins da auditoria de conformidade.

11. (FGV/ACI-Recife/2014) De acordo com a NBC TA 620, o


especialista é necessário para ajudar o auditor nos assuntos
relacionados a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
a) No entendimento da entidade e de seu ambiente, incluindo seus
controles internos.
b) Na identificação e na avaliação dos riscos de distorção relevante.
c) Na definição e na execução de procedimentos adicionais de auditoria
para responder aos riscos avaliados no nível de afirmação, que
compreendem testes de controle ou procedimentos substantivos.
d) Na avaliação da suficiência e na adequação da evidência de auditoria
obtida na formação de opinião sobre as demonstrações contábeis.
e) Na determinação e na implementação de respostas gerais às
evidências avaliadas no nível dos relatórios.

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12. (FGV/SEFAZ/RJ/2010) O auditor independente, para
determinar se o trabalho dos auditores internos é adequado, deve
avaliar os aspectos relacionados nas alternativas a seguir, à
exceção de um. Assinale-o.
a) A objetividade da função de auditoria interna.
b) A competência técnica dos auditores internos.
c) A necessidade do uso do trabalho de especialistas para executar a
auditoria interna.
d) O zelo profissional demonstrado pelos auditores internos durante o
trabalho.
e) A comunicação eficaz entre os auditores internos e o auditor
independente.

13. (FGV/SEAD-AP/2010) De acordo com a NBC TA 620,


aprovada pela Resolução CFC nº 1230/09, que trata do uso do
trabalho de especialistas, o auditor não deve assumir o seguinte
procedimento:
(A) determinar a natureza, o alcance e os objetivos do trabalho do
especialista para fins da auditoria, devendo para tanto obter
entendimento na área de especialização.
(B) estabelecer acordo, por escrito, com o especialista por ele
contratado, quando apropriado, sobre a natureza, o alcance e os
objetivos do seu trabalho.
(C) avaliar a adequação do trabalho do especialista, incluindo a
relevância e a razoabilidade das suas constatações ou conclusões e a
consistência com outras evidências de auditoria.
(D) avaliar se o especialista possui competência, habilidades e
objetividade necessárias na área de contabilidade e auditoria, condição
indispensável para sua contratação.
(E) determinar a necessidade de utilizar o trabalho do especialista para
obter evidências de auditoria apropriada e suficiente, em área que não
seja contabilidade e auditoria.

14. (FCC/TRE-CE/2012) Para que a auditoria externa possa


utilizar os trabalhos dos auditores internos é obrigatório que:
A) as reuniões sejam aleatórias e sem previsão dos assuntos a serem
tratados, mantendo assim a independência.
B) haja subordinação dos auditores internos aos auditores externos.
C) os trabalhos sejam desenvolvidos de acordo com as determinações
da administração da empresa e dos órgãos de governança.
D) a determinação da amostra, a seleção dos documentos e a revisão
sejam feitas pela auditoria externa.
E) avalie a objetividade da função da auditoria interna e a competência
técnica dos auditores internos.

15. (CESPE/TJ-CE/2008) O trabalho dos auditores internos não


deve ser levado em conta pelos auditores independentes que

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forem contratados, exceto a título de colaboração eventual,
quando for elaborado o planejamento dos trabalhos. Além da
inexistência de qualquer relação de subordinação, a auditoria
interna pode funcionar, seguidamente, com pouca autonomia e
até de forma preventiva em face de falhas ou irregularidades
passíveis de ocorrerem por ações ou omissões da administração.

16. (ESAF/PMRJ/2010) A respeito do uso de especialista de


outra área em auditoria, é correto afirmar, exceto:
a) na avaliação do trabalho do especialista, não cabe ao auditor revisar
ou testar a fonte de dados utilizada.
b) na emissão de parecer sem ressalva, o auditor não pode fazer
referência ao trabalho de especialista no seu parecer.
c) a certificação profissional, licença ou registro em órgão de classe é
um dos elementos de verificação da competência do especialista.
d) a responsabilidade, quanto à qualidade e propriedade das premissas e
métodos utilizados, é do especialista e não do auditor.
e) É atribuição do auditor obter evidência adequada de que o alcance do
trabalho do especialista é suficiente para os fins da auditoria.

17. (CESPE/FUB-DF/2013) O auditor independente assume a


responsabilidade pela opinião de auditoria expressa, mas essa
responsabilidade é mitigada ou compartilhada sempre que há
utilização do trabalho feito pelos auditores internos.

18. (CESPE/FUB-DF/2013) Com o objetivo de determinar se o


trabalho dos auditores internos pode estar adequado para os fins
da auditoria, o auditor independente deve avaliar a competência
desses auditores.

19. (FGV/TCM-SP/2015) Em uma determinada entidade, as


demonstrações contábeis do exercício findo em 31 de dezembro
de 2014 foram aprovadas em 27 de fevereiro de 2015; o relatório
do auditor independente foi emitido em 09 de março de 2015; as
demonstrações contábeis foram divulgadas em 22 de março de
2015 e aprovadas pelos acionistas em 04 de abril de 2015. De
acordo com a NBC TA 560, a data até quando o auditor
independente deve executar procedimentos de auditoria
desenhados para obter evidência de auditoria apropriada e
suficiente sobre os eventos que afetaram as demonstrações
contábeis é:
a) 31 de dezembro de 2014;
b) 27 de fevereiro de 2015;
c) 09 de março de 2015;
d) 22 de março de 2015;
e) 04 de abril de 2015.

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20. (FGV/TCE-BA/2013) Quanto às transações e eventos
subsequentes, analise as afirmativas a seguir.
I - A decisão ou pagamento em processo judicial após o final do
período contábil a que se referem as demonstrações contábeis,
confirmando que a entidade já tinha a obrigação presente ao
final daquele período contábil, é um exemplo de evento
subsequente que origina ajuste.
II - A falência do cliente ocorrida após o período contábil a que
se referem as demonstrações contábeis, confirmando que já
existia uma inadimplência na conta a receber ao final daquele
período, não habilita o ajuste no valor contábil da conta a
receber.
III - O evento subsequente à redução do valor de mercado de
investimentos ocorrida no período entre a data do balanço e a
data de autorização de conclusão da elaboração das
demonstrações contábeis, não é passível de ajuste.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas

21. (FCC/ICMS-PI/2015) Suponha que a Organização XYZ S.A.


teve a data das demonstrações contábeis em 31/12/2013, a data
da aprovação dessas demonstrações em 25/01/2014, a data de
relatório do auditor em 25/02/2014 e a data programada para a
divulgação das demonstrações em 25/03/2014 e que, no segundo
período de eventos subsequentes, uma ocorrência que se tivesse
chegado a conhecimento dos auditores após a data do relatório
poderia levar o auditor a modificar seu parecer e que, diante da
relevância do evento, os membros da governança decidissem
alterar as Demonstrações Contábeis. Neste caso:
a) não se espera que o auditor execute procedimentos adicionais de
auditoria para assuntos para os quais os procedimentos de auditoria
anteriormente aplicados tenham fornecido conclusões insatisfatórias;
b) o auditor pode limitar os procedimentos de auditoria aos eventos
subsequentes do primeiro período, caso a legislação não proíba a
administração de restringir a alteração das demonstrações contábeis aos
efeitos do evento ou eventos subsequentes que causaram essa alteração
e que os responsáveis pela aprovação das demonstrações contábeis não
estejam proibidos de restringir a aprovação a essa alteração;
c) o auditor deve aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas
circunstâncias da alteração, estender os procedimentos até a data do
novo relatório e fornecer novo relatório sobre as demonstrações contábeis
alteradas;
d) o auditor deve solicitar à administração ou membros da governança,
uma representação formal de que todos os eventos subsequentes à data

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das demonstrações contábeis que requerem ajuste ou divulgação sejam
ajustados e divulgados, intempestivamente;
e) o auditor independente não tem obrigação de executar nenhum
procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis após a
data do seu relatório.

22. (FGV/ACI-RJ/2011) O período compreendido entre o


término do exercício social e a emissão do parecer é denominado
período subsequente, e o auditor deve considerá-lo parte normal
da auditoria. Isso ocorre porque, dependendo da natureza e da
materialidade dos eventos, ajustes contábeis nas demonstrações
contábeis podem ser requeridos. Como exemplo disso, é possível
citar perdas significativas em contas a receber e sentenças
judiciais. Especificamente em relação aos eventos e transações
ocorridos após a divulgação das demonstrações contábeis, é
correto afirmar que:
(a) O auditor não tem responsabilidade e deve fazer indagações sobre
as demonstrações contábeis.
(b) O parecer a ser emitido deverá obrigatoriamente estar enquadrado
na modalidade “com ressalvas”.
(c) O auditor ficará impedido de emitir um parecer “sem ressalvas”.
(d) Ao tomar conhecimento, após a divulgação das demonstrações
contábeis, de fato anterior à data de seu parecer que, se fosse
conhecido, poderia tê-lo levado a emitir documento com conteúdo
diverso do que foi, deverá decidir se as demonstrações contábeis
precisarão de revisão.
(e) Quando a administração alterar significativamente as
demonstrações contábeis divulgadas, o auditor não deverá ignorar essas
alterações, mesmo já tendo emitido seu parecer sobre elas.

23. (FGV/SEAD-AP/2010) De acordo com a NBC TA 610 –


Utilização do Trabalho de Auditoria Interna, aprovado pela
Resolução 1229/09, o auditor, se após a data do seu relatório,
mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis,
tomar conhecimento de fato que, se fosse do seu conhecimento na
data do relatório, poderia ter levado a sua alteração, deve:
(A) manter o relatório sem qualquer alteração e comunicar o fato a
administração para que, a seu critério, adote as medidas corretivas
necessárias.
(B) revisar as providências tomadas pela administração divulgando-as
no âmbito interno da empresa juntamente com o seu relatório para que
todos sejam informados da situação.
(C) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas
e, caso afirmativo, indagar como a administração pretende tratar do
assunto nas demonstrações contábeis.
(D) aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas
circunstâncias das alterações, ainda que a administração não altere as

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demonstrações contábeis.
(E) deixar de executar qualquer procedimento de auditoria em relação
às demonstrações contábeis após a data do seu relatório, mesmo que
tome conhecimento de eventos subsequentes.

24. (FEPESE/ISS-FLORIANÓPOLIS/2014) No processo de


auditoria podem ocorrer situações de novos fatos chegarem ao
conhecimento do auditor independente, mesmo após a data do
seu relatório, porém antes da data de divulgação das
demonstrações contábeis.
Analise as afirmativas abaixo em relação ao assunto:
1 - O auditor independente não tem nenhuma obrigação em
relação às demonstrações contábeis após a data do seu relatório.
2 O auditor independente tem a obrigação de determinar se as
demonstrações contábeis precisam ser alteradas e, caso
afirmativo, deve indagar como a administração pretende tratar o
assunto nas demonstrações contábeis.
3 - Caso a administração altere as demonstrações contábeis, em
função da determinação do auditor independente, este deve
fornecer novo relatório de auditoria sobre as demonstrações
contábeis alteradas. O novo relatório do auditor independente
não deve ter data anterior à data de aprovação das
demonstrações contábeis alteradas.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
A) É correta apenas a afirmativa 1.
B) É correta apenas a afirmativa 2.
C) É correta apenas a afirmativa 3.
D) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
E) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.

25. (FUNDATEC/CAGE-RS/2014) – De acordo com o que


estabelece a NBC TA 560 – Eventos Subsequentes, qual das
situações abaixo melhor representa a data da autorização para
conclusão das demonstrações financeiras?
A) Quando o departamento contábil conclui a minuta das
demonstrações contábeis.
B) Quando a Administração examina as demonstrações e autoriza a sua
emissão em forma final.
C) Quando os membros do conselho de administração se reúnem com
os auditores independentes e aprovam as demonstrações financeiras a
serem publicadas.
D) Quando os auditores independentes emitem seu relatório sobre as
demonstrações contábeis.
E) Quando as demonstrações contábeis são formalmente aprovadas
pelos acionistas na sua reunião anual.

26. (ESAF/RFB/2014) A administração da empresa Elevação


S.A. restringiu a alteração das demonstrações contábeis aos

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efeitos do evento subsequente que causou a alteração. A
legislação vigente, à qual a empresa está subordinada, não proíbe
a empresa de proceder desta forma. Nesta situação, o auditor
deve alterar o relatório de auditoria para:
A) retificar a data definitiva em que a empresa deverá fazer a
publicação, ressalvando essa alteração nas demonstrações contábeis,
sem emitir posição sobre o evento subsequente.
B) incluir data adicional restrita a essa alteração que indique que os
procedimentos do auditor independente, sobre os eventos subsequentes,
estão restritos unicamente às alterações das demonstrações contábeis
descritas na respectiva nota explicativa.
C) substituir a data do término dos trabalhos, ressalvando o evento
subsequente, mencionando a impossibilidade de avaliação dos impactos.
D) adicionar parágrafo de outros assuntos, evidenciando o evento
subsequente, mencionando a responsabilidade dos administradores
sobre os efeitos desse novo evento.
E) determinar a data de término dos trabalhos, evidenciando a
reavaliação das demonstrações contábeis de forma completa e
evidenciando que não há impactos nas demonstrações anteriormente
apresentadas.

27. (ESAF/RECEITA FEDERAL/2009) A empresa Grandes


Negócios S.A. adquiriu a principal concorrente, após o
encerramento do balanço e a emissão do parecer pelos auditores.
No entanto, a empresa ainda não havia publicado suas
demonstrações com o parecer. Nessa situação, a firma de
auditoria deve:
A) manter o parecer com data anterior ao evento, dando encerramento
aos trabalhos.
B) obrigatoriamente, rever o parecer considerando o fato relevante.
C) estabelecer que a empresa inclua o evento relevante nas notas
explicativas.
D) refazer o parecer considerando as novas informações, determinando
nova data para publicação das demonstrações contábeis.
E) decidir se as demonstrações devem ser ajustadas, discutir o assunto
com a administração e tomar as medidas apropriadas às circunstâncias.

28. (ESAF/SEFAZ-SP/2009) As seguintes opções constituem


exemplos de transações e eventos subsequentes, exceto:
A) perda em contas a receber decorrente de falência do devedor.
B) alteração do controle societário.
C) aporte de recursos, inclusive como aumento de capital.
D) destruição de estoques em decorrência de sinistro.
E) variação sazonal dos custos com insumos.

29. (ESAF/Pref. Natal/ATM/2008) - Não corresponde a um


evento subsequente que gera ajuste nas demonstrações
financeiras:

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A) decisão definitiva de processo judicial, dando ganho ou perda da
causa que represente valor relevante.
B) perda de valor de investimentos, em decorrência do declínio do
valor de mercado das ações.
C) descoberta de erros ou fraudes posteriores, que afetam o resultado
da empresa.
D) determinação de valores referentes a pagamento de participação
nos lucros ou referente a gratificações assumidas legalmente e não
formalizadas.
E) ativos deteriorados, que constavam com valor significativo e que
não foram ajustados.

30. (ESAF/CGU/2006) Consideram-se exemplos de transações e


eventos subsequentes, havidos entre a data de término do
exercício social e até após a data da divulgação das
demonstrações contábeis, exceto:
A) as operações rotineiras de compra e venda.
B) a compra de nova subsidiária ou de participação adicional relevante
em investimento anterior.
C) a destruição de estoques ou estabelecimento em decorrência de
sinistro.
D) a alteração do controle societário.
E) o aporte de novos recursos, inclusive como aumento de capital.

31. (ESAF/SEFAZ-RN/2005) Quando o auditor externo constata


eventos ocorridos, entre as datas do balanço e a do seu parecer e
a entidade não realiza os ajustes recomendados adequadamente,
deve o auditor:
A) expedir parecer adverso ou mencionar os fatos em parágrafo de
ênfase.
B) elaborar parecer de auditoria com abstenção de opinião ou sem
ressalva.
C) emitir parecer com ressalva ou mencionar os fatos em parágrafo de
ênfase.
D) somente exigir a menção em notas explicativas evidenciando os
respectivos cálculos.
E) recomendar menção em nota explicativa e emitir parecer sem
ressalva.

32. (ESAF/CGU/2006) São consideradas situações de eventos


subsequentes para a auditoria, exceto fatos ocorridos:
A) após a publicação do balanço e do parecer de auditoria.
B) durante o exercício contábil objeto da auditoria.
C) da data de fechamento do balanço até a data de emissão do parecer.
D) durante a publicação do balanço e do parecer de auditoria.
E) depois do término dos trabalhos de campo e emissão do parecer e
antes da data de publicação.

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33. (FCC/TRT 15ª Região/2013) - A empresa Union S.A. após ter
publicado suas demonstrações contábeis e o relatório de auditoria
externa percebeu que o inventário físico de bens patrimoniais,
encerrado após a publicação das demonstrações, constatou a
necessidade de contabilizar a baixa de R$ 4.500.000,00 de bens
que já não tinham mais utilidade ou condições de uso e estavam
registrados no Ativo Imobilizado. A direção determinou a abertura
das demonstrações e a contabilização dos ajustes. O ajuste,
representa do lucro líquido 50%. Nestas condições, deve o auditor
externo:
A) divulgar ao mercado que seus trabalhos foram realizados até data
anterior aos novos fatos e as demonstrações contábeis, juntamente
com o respectivo relatório foram emitidos com os fatos apresentados
até esta data.
B) executar os procedimentos de auditoria necessários nas
circunstâncias das alterações e emitir relatório restrito à Administração
sobre potenciais reflexos, cabendo a Administração decidir se deve
republicar as demonstrações e o novo relatório de auditoria.
C) aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias
das alterações, revisar as providências tomadas pela Administração para
garantir que todos os que receberam as demonstrações contábeis
juntamente com o respectivo relatório foram informados da situação e,
se necessário, apresentar novo relatório de auditoria.
D) restringir-se aos trabalhos executados no período entre o início dos
trabalhos e a divulgação das demonstrações contábeis, sendo de
responsabilidade da Administração da Empresa o não reconhecimento
dos fatos tempestivamente.
E) emitir comunicado ao mercado que os trabalhos foram executados
conforme informações apresentadas pela empresa e que não foi possível
refazer os trabalhos em função da empresa não ter concordado com a
complementação de honorários para execução do trabalho
complementar.

34. (FCC/TCE-SE/2011) Segundo a NBC TA 560, evento


subsequente é aquele ocorrido entre a data:
A) de elaboração das demonstrações contábeis e a data de sua
aprovação e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor
independente após a data do seu relatório.
B) das demonstrações contábeis e a data de sua aprovação e fatos que
chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data de
divulgação das demonstrações contábeis.
C) das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor
independente e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor
independente após a data do seu relatório.
D) de aprovação das demonstrações contábeis e a data do relatório do
auditor independente e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor
independente após a data de aprovação das demonstrações contábeis.
E) de aprovação das demonstrações contábeis e a data da de sua

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divulgação e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor
independente após a data de aprovação das demonstrações contábeis.

35. (FCC/TCM-CE/2010) A utilização dos eventos subsequentes


aplicados às contas de contas a pagar tem como objetivo:
A) verificar se os valores pagos após a data de encerramento das
demonstrações contábeis foram corretamente provisionados.
B) avaliar as alterações significativas no fluxo dos procedimentos
contábeis após o fechamento das demonstrações contábeis.
C) complementar ou subsidiar os procedimentos de auditoria aplicados
durante a avaliação dos saldos das demonstrações contábeis, a fim de
concluir sobre a adequação do saldo da conta.
D) certificar se os valores pagos foram efetivamente debitados em
conta- corrente da empresa auditada.
E) certificar se a contabilização dessas contas são corretas.

36. (FCC/Pref. São Paulo/AFTM/2007) Considere as afirmações


a seguir, relativas a transações e eventos subsequentes ao
término do exercício social a que se referem as demonstrações
contábeis auditadas:
I. A emissão de debêntures e ações não é considerada evento
subseqüente relevante.
II. Eventos subsequentes, após a divulgação das
demonstrações contábeis, não devem ser considerados pelo
auditor, uma vez que ele não pode emitir um novo parecer.
III. Caso os eventos subsequentes não sejam revelados
adequadamente pela companhia, o auditor deve mencioná-los,
como ressalva ou em parágrafo de ênfase, em seu parecer
(relatório).
IV. A desapropriação de bens da companhia pelo Poder Público
é considerada um evento subsequente relevante.
Está correto o que se afirma APENAS em
A) I e II.
B) I e III.
C) II e III.
D) II e IV.
E) III e IV.

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Gabarito:

1–C 13 – D 25 – B
2–C 14 – E 26 – B
3–D 15 – E 27 – E
4–E 16 – A 28 – E
5–D 17 – E 29 – B
6–E 18 – C 30 – A
7–E 19 – C 31 – C
8–E 20 – D 32 – B
9–C 21 – C 33 – C
10 – B 22 – E 34 – C
11 – E 23 – C 35 – C
12 – C 24 – E 36 – E

Referências utilizadas na elaboração das aulas

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo.


7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo: Atlas,


2010.

BRITO, Claudenir e FONTENELLE, Rodrigo. Auditoria privada e


governamental: teoria de forma objetiva e mais de 400 questões
comentadas. 2. ed. Niterói: Impetus, 2015.

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO. Instrução Normativa 01, de 06 de


abril de 2001. Brasília, 2001.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TA 200 e NBC TI 01.

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. ed.


São Paulo: Atlas, 2010.

FRANCO, Hilário e MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. 4. ed. São Paulo:


Atlas, 2011.

MACHADO, Marcus Vinícius Veras e PETER, Maria da Glória Arrais. Manual


de auditoria governamental. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

S , Antônio Lopes de. Curso de Auditoria. São Paulo: Atlas, 2000.

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