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11705384790 - Miguel Martins

RAIO X ESTRATÉGICO

Profa. Mariana Moronari

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ANÁLISE DE EDITAIS

Engenharia Elétrica
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ANÁLISE DE PROVAS
9 Grandes Áreas Raio X das Questoes
Instrumentação; 3%

Normas, Circuitos
Gerenciamento e Elétricos; 17%
Softwares; 12%

Sistemas de Top 3:
Controle; 5% Eletrônica
Analógica e
Digital; 6% ෍ Prova ≅ 58%

SEP; 9%

Máquinas
Elétricas; 20%
Acionamentos
Elétricos e
Automação; 7%

Instalações
Elétricas; 21%
Engenharia Elétrica
Profa. Mariana Moronari 11705384790 - Miguel Martins Média de 28 questões por prova.
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
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LEI DE COULOMB

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CARGA ELÉTRICA
✓ Partículas elementares: Prótons, Elétrons e Nêutrons;
✓ Nêutron não possui carga elétrica!
✓ Dois tipos de cargas: efeitos tendem a cancelar.
Número de prótons = Número de elétrons: corpo
eletricamente neutro!
✓ Conservação da carga: carga elétrica não pode ser criada nem
destruída.
Se tivermos +𝑞 e −𝑞 no mesmo ponto, eletricamente
será como se ali não houvesse carga nenhuma.

✓ Unidade de carga elétrica: Coulomb [C]

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TIPOS DE FORÇA
✓ Forças fundamentais: forte, fraca, gravitacional e eletromagnética.

FORTE
FRACA
➢ Estabilidade nuclear;
➢ Decaimentos
➢ Prótons e nêutrons
radioativos;
unidos;
➢ Alcance curto.
➢ Alcance curto.

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TIPOS DE FORÇA
✓ Forças fundamentais: forte, fraca, gravitacional e eletromagnética.

ELETROMAGNÉTICA
➢ Dominante no dia a dia;
GRAVITACIONAL
➢ Força atuante entre partículas
➢ Lei de Newton da
carregadas (prótons e elétrons);
gravitação universal;
➢ Longo alcance;
➢ Mais fraca;
➢ Descrevem os fenômenos elétricos e
➢ Alcance mais longo;
magnéticos;
➢ Comparação com a
➢ Força eletrostática : cargas em repouso;
força elétrica;
➢ Força eletromagnética: Carga em
movimento.

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TIPOS DE FORÇA
✓ Forças fundamentais: forte, fraca, gravitacional e eletromagnética.

INTENSIDADE
Forte>Eletromagnética>Fraca>
Gravitacional

Engenharia Elétrica
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LEI DE COULOMB
✓ Um campo eletrostático é gerado por uma distribuição de cargas
estáticas. Ou seja, sua posição no espaço e valor da carga é
constante no tempo;

Campo elétrico no vácuo, mesmo que o possamos


considerá-lo em um meio material posteriormente.

✓ Lei de Coulomb: lei geral aplicada a qualquer tipo de distribuição


de cargas;
✓ Lei de Gauss: utilizada para distribuição de cargas simétricas.

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LEI DE COULOMB
✓ A lei de Coulomb descreve a interação eletrostática entre partículas
carregadas!
✓ Pode ser resumida em três afirmações:
➔ Existem duas, e somente duas, espécies de cargas
elétricas: a positiva e negativa.

➔ A força de interação entre duas cargas pontuais


atua ao longo da linha que as une e é inversamente
proporcional ao quadrado da distância entre elas.

➔ Essa força também é proporcional ao produto das


cargas. É repulsiva para cargas de mesmo sinal e
atrativa para cargas de sinais opostos.
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LEI DE COULOMB
✓ A lei de Coulomb descreve a interação eletrostática entre partículas
carregadas!

➢ Formulação escalar;

𝐾 𝑞1 𝑞2 ➢ q1 e q 2 são os módulos das cargas;


𝐹= ➢ 𝑟 é distâncias entre as cargas;
𝑟2
➢ 𝐾 é uma constante de proporcionalidade.

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LEI DE COULOMB

✓ Formulação do problema: atribuição do sentido


e da direção;
✓ Cargas de sinais iguais: a força é repulsiva;
✓ Cargas de sinais contrários: a força é atrativa.

Figura 1- Representação da linha de ação


da força eletrostática entre partículas.

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LEI DE COULOMB
Considerando 𝐹1 a força que age sobre a carga q1 (em virtude da presença da carga
q 2) e 𝑟Ԧ1,2 é o vetor que parte de q 2 a q1 cujo módulo é 𝑟1,2 , temos:

𝐾𝑞1 𝑞2 𝑟Ԧ1,2 𝐾𝑞1 𝑞2


𝐹Ԧ1 = 2 = 2 𝑟Ƹ ✓ Formulação vetorial;
𝑟1,2 𝑟1,2 𝑟1,2
✓ Força atua ao longo da linha que une as cargas;
✓ q1 e q 2 são quantidades positivas e negativas das
cargas;
✓ Força positiva se tiverem mesmo sinal e negativa se
tiverem sinais opostos;
✓ 𝑟Ƹ = 𝑟Ԧ1,2/ 𝑟 1,2 é o vetor unitário na direção de 𝑟Ԧ1,2 =
𝑟1 − 𝑟2 ;
✓ Para obter a força elétrica sobre a carga q 2 , é preciso
apenas permutar os índices 1 e 2;
✓ Resultado é o vetor força eletrostática: módulo,
direção e sentido da interação.
Figura 2- Aplicação vetorial
da Lei de Coulomb.
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LEI DE COULOMB

Constante de proporcionalidade:
✓ Constante eletrostática;
1 𝑁𝑚2
𝐾= = 9 ∙ 109 ✓ SI: Força em newtons [N], as
4𝜋𝜖0 𝐶2 cargas elétricas em coulombs
(C) e a distância em metros
[m];
Permissividade elétrica no vácuo ✓ Ajustar valores e dimensões.
𝜖0 = 8,854 × 10−12 𝐶 2 /𝑁𝑚2

1 𝑞1 𝑞2
𝐹Ԧ1 = 2 𝑟Ƹ
4𝜋𝜖0 𝑟1,2
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QUESTÃO DE FIXAÇÃO

Considere portadores de cargas localizados fixamente. A carga 𝐪𝟏 = + 𝟐𝟓 𝐧𝐂 está sobre a origem


do plano cartesiano, a carga 𝐪𝟐 = −𝟏𝟓 𝐧𝐂 está sobre o eixo 𝒙 em 𝒙 = 𝟐, 𝟎 𝐦 e a carga 𝐪𝟎 =
+𝟐𝟎 𝐧𝐂 está no ponto 𝒙 = 𝟐, 𝟎𝐦 e 𝒚 = 𝟐, 𝟎𝐦 como mostra (figura). Determine a intensidade, a
direção e o sentido da força elétrica resultante sobre a carga 𝐪𝟎 .

Resolução e comentários:
Determinar o módulo das forças elétricas 𝐹Ԧ1,0 e 𝐹Ԧ2,0 , que
agem sobre a carga 𝑞0 :

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QUESTÃO DE FIXAÇÃO

Resolução e comentários: Analisar o diagrama de corpo livre sobre 𝑞0 !

O vetor 𝐹Ԧ1,0 faz um ângulo de 𝜃 = 45∘:

Força resultante sobre 𝑞0 :

Intensidade da força resultante:

Direção 𝜃 de 𝐹𝑅 :

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CAMPO ELÉTRICO

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CAMPO ELÉTRICO
✓ Entidade abstrata criada por distribuições de cargas;
✓ Existe em todos os pontos do espaço;
✓ Carga pode revelar a sua existência devido a força elétrica atuante nela;
A carga teste é uma carga elétrica de valor desprezível, ou seja, a
perturbação causada por ela também será desprezível.

✓ Distribuição do campo elétrico no espaço: linhas de campo!


✓ Cargas pontuais afastadas: linhas de campo radiais.

Convenção
(+) afastamento
(−) aproximação

Engenharia Elétrica Figura 3-Campo elétrico de uma carga pontual.


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INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

O vetor intensidade de campo elétrico E é dado pela


força por unidade de carga imersa nesse campo elétrico:

Considerações:
𝐹Ԧ ✓ Apesar da definição operacional ser dada em função
𝐸= da carga de teste, o campo elétrico é uma
𝑞
propriedade da carga fonte;

➢ q é carga teste; ✓ Em medidas experimentais, a carga teste deve ter o


➢ 𝐹Ԧ é a força elétrica gerada menor valor possível, para que o campo gerado por
pela carga fonte; ela não perturbe significativamente a distribuição da
➢ Unidade (SI): [N/C]. carga fonte (cujo campo se quer mensurar);

✓ O vetor intensidade de campo elétrico está na mesma


direção que a força elétrica.

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CARGA PUNTIFORME
Se colocarmos uma carga teste q0 em B a uma distância 𝑟 da carga fonte, o
módulo da força elétrica é dado pela Lei de Coulomb:

1 Q𝑞0 Expressão vetorial:


𝐹=
4𝜋𝜖0 𝑟 2 1 Q
𝐸= 𝑟Ƹ
Módulo do campo elétrico 𝐸 no ponto B:
4𝜋𝜖0 𝑟 2
Módulo, direção e sentido!
𝐹 1 Q
𝐸= = A expressão acima determina o
𝑞0 4𝜋𝜖0 𝑟 2 ✓
vetor campo elétrico em
determinado ponto;
✓ O campo elétrico no ponto B depende da
distribuição da carga fonte Q. O campo elétrico 𝑬 é um exemplo de um
campo vetorial!
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SENTIDO DO CAMPO ELÉTRICO

✓ Linha de força para carga positiva: sentido de


"sair" da carga;
✓ Linha de força para carga negativa: sentido de
“entrar” na carga;

✓ Campo elétrico 𝐸 é conhecido em um dado


Figura 4- Vetor campo elétrico de ponto do espaço, a força elétrica 𝐹Ԧ que atua
uma carga fonte positiva e negativa. sobre a carga teste 𝑞0 é:

𝐹Ԧ0 = 𝑞0 𝐸

Qual o sentido dessa força?


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SENTIDO DA FORÇA ELÉTRICA

Respondendo: Isso dependerá da


Q
~
relação de atração ou repulsão entre a
q0 E
carga fonte e a carga teste!
F~0

Q ➢ Quando 𝑞0 for positiva: 𝐹Ԧ0 (força de


F~0
q0 ~
E repulsão) que age sobre a carga terá o
mesmo sentido de 𝐸;
➢ Quando 𝑞0 negativa: 𝐹Ԧ0 (força de atração) e
Figura 5- Força e campo elétrico 𝐸 terão sentidos contrários!
sobre uma carga teste.
O sentido será determinado pela carga teste:
Se a carga teste for positiva, o campo elétrico e a força elétrica terão o
mesmo sentido!
Se a carga teste for negativa, o campo elétrico e a força elétrica terão
sentidos contrários!
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DISTRIBUIÇÃO CONTÍNUA DE CARGAS
✓ Corpos carregados eletricamente com uma distribuição de cargas;
✓ Carga como uma grandeza distribuída de forma contínua;

1 𝑑𝑞
𝑑𝐸 =
4𝜋𝜖0 𝑟 2
𝑄 = 𝑑𝑞1 + 𝑑𝑞2 + 𝑑𝑞3 + ⋯ + 𝑑𝑞𝑛

A carga total é dada pela superposição de todos os


elementos de cargas que compõe o sistema!

1 𝑑𝑞1 1 𝑑𝑞2 1 𝑑𝑞𝑛


𝑑𝐸 = 4𝜋𝜖 2 + 4𝜋𝜖 2 + ⋯ + 4𝜋𝜖 2
0 𝑟1 0 𝑟2 0 𝑟𝑛

1 𝜌𝑉
Figura 6-Campo elétrico de uma 𝐸 = ‫׬‬ 𝑑𝑉
4𝜋𝜖0 𝑉 𝑟2
distribuição contínua de cargas.

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DISTRIBUIÇÃO CONTÍNUA DE CARGAS
✓ Corpos carregados eletricamente com uma distribuição de cargas;
✓ Carga como uma grandeza distribuída de forma contínua;

➢ Diferentes distribuições de carga:


linha, superfície e volume de carga;
➢ Considerar o sistema de coordenadas
que melhor descreverá a geometria do
problema!

Figura 6-Campo elétrico de uma


distribuição contínua de cargas.

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FLUXO ELÉTRICO
✓ Densidade de fluxo elétrico:

𝐷 = 𝜖0 𝐸 ➢ Densidade de fluxo em [C/m2];

✓ Fluxo elétrico:

➢ Fluxo do campo elétrico E através de uma


𝜓 = න 𝐷 ∙ 𝑑𝑆 superfície orientada dS é calculado como a
𝑆 integral do produto escalar entre estes dois
vetores;
➢ Fluxo elétrico ψ é dado em [C];

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FLUXO ELÉTRICO

As linhas de campo elétrico “nascem” nas cargas pontuais positivas e


“morrem” nas cargas pontuais negativas.
Linhas de Campo Elétrico

As linhas de campo elétrico são direcionais. Ou seja, são orientadas no


sentido de sair das cargas positivas e entrar nas cargas negativas. Em cada
ponto do espaço, as linhas têm a mesma direção e sentido do campo
elétrico resultante naquele ponto. Por causa disso, as linhas de campo
elétrico não podem se cruzar; As linhas de campo saem da
carga positiva e entram na
O número de linhas de campo que saem (ou entram) é proporcional ao carga negativa!
valor 𝑄 da carga. Assim de uma carga 𝑞 , saem (ou entram) mais linhas do
que uma carga 𝑄 , se 𝑞 > 𝑄 (e vice-versa);

O número de linhas que atravessam uma superfície 𝑆 normal às linhas num


dado ponto do espaço é proporcional à intensidade do campo nesse
ponto.

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FLUXO ELÉTRICO

Como o campo elétrico de uma carga pontual


tem simetria esférica radial, o campo 𝐸 tem
módulo constante em cada ponto da superfície
e está na direção normal à superfície!

Figura 7-Carga puntiforme envolvida por uma


superfície esférica fechada. Fonte: YOUNG, HUGH

𝜓 = න 𝐷 ∙ 𝑑𝑆 = න 𝜖0 𝐸 𝑑𝑆 = 𝜖0 𝐸 න 𝑑𝑆
𝑆 𝑆 𝑆

𝜓 = 𝜖0 𝐸 (4𝜋𝑟 2 )

1 Q
𝜓 = 𝜖0 4𝜋𝜖0 𝑟 2
4𝜋𝑟 2 = 𝑄

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FLUXO ELÉTRICO

CONCLUSÕES:
✓ O fluxo elétrico depende apenas da carga
𝑄 dentro da superfície;
✓ Nem raio e nem a forma da superfície
importam;
✓ A forma da superfície 𝑆 não importa, por
Figura 7-Carga puntiforme envolvida por uma que o número de linhas de campo
superfície esférica fechada. Fonte: YOUNG, HUGH
atravessará a superfície 𝑆 de qualquer
𝜓 = න 𝐷 ∙ 𝑑𝑆 = න 𝜖0 𝐸 𝑑𝑆 = 𝜖0 𝐸 න 𝑑𝑆 formato que seja colocado em volta da
𝑆 𝑆 𝑆 carga;
✓ Fluxo por qualquer uma dessas superfícies
𝜓 = 𝜖0 𝐸 (4𝜋𝑟 2 )
fechadas é o mesmo!
1 Q
✓ É mais fácil calculá-lo para o caso da
𝜓 = 𝜖0 4𝜋𝜖0 𝑟 2
4𝜋𝑟 2 = 𝑄 superfície fechada esférica, porque ela
acompanha a simetria do campo elétrico.
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FLUXO ELÉTRICO

A superfície, que facilita o cálculo do


Figura 7-Carga puntiforme envolvida por uma
fluxo elétrico e explora a simetria da
superfície esférica fechada. Fonte: YOUNG, HUGH distribuição de cargas, é conhecida como
𝜓 = න 𝐷 ∙ 𝑑𝑆 = න 𝜖0 𝐸 𝑑𝑆 = 𝜖0 𝐸 න 𝑑𝑆
superfície gaussiana.
𝑆 𝑆 𝑆

𝜓 = 𝜖0 𝐸 (4𝜋𝑟 2 )

1 Q
𝜓 = 𝜖0 4𝜋𝜖0 𝑟 2
4𝜋𝑟 2 = 𝑄

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LEI DE GAUSS

O fluxo total 𝜓 através de qualquer superfície fechada é igual à


carga total envolvida por essa superfície!

𝜓 = න 𝐷 ∙ 𝑑𝑆 = 𝑄𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑆

𝑄𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = න 𝜌𝑉 𝑑𝑉
𝑉

A Lei de Gauss pode ser reescrita:

➔ Esta é a primeira Lei de Maxwell da


න 𝐷 ∙ 𝑑𝑆 = න 𝜌𝑉 𝑑𝑉
𝑆 𝑉
Eletrostática na forma integral!

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LEI DE GAUSS

Aplicando o teorema da divergência à lei de Gauss para campos


elétricos:
➔ O teorema da divergência basicamente
න 𝐷 ∙ 𝑑𝑆 = න ∇ ∙ 𝐷 𝑑𝑣 relaciona uma integral de volume com
𝑆 𝑉 uma integral de superfície.

Comparando as integrais de volume:

➔ Esta é a primeira Lei de Maxwell da


∇ ∙ 𝐷 = 𝜌𝑉 Eletrostática na forma diferencial!

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LEI DE GAUSS
CONCLUSÕES:

✓ É uma maneira mais fácil de se determinar o vetor intensidade de campo elétrico 𝐸


(ou 𝐷) para distribuições simétricas de carga:
➢ uma carga pontual;
➢ uma linha infinita de cargas;
➢ uma superfície cilíndrica infinita de cargas;
➢ uma distribuição esférica de cargas.

✓ A lei de Gauss é uma forma alternativa de expressar a lei de Coulomb!


✓ Para aplicar a lei de Gauss, devemos verificar a existência de simetria;
✓ Construir a superfície gaussiana de modo que o vetor intensidade de campo elétrico
𝐸 seja normal à superfície;
✓ Retirar o produto escalar da integral.

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DIFERENÇA DE POTENCIAL

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ENERGIA POTENCIAL ELÉTRICA
✓ Quando uma partícula carregada se desloca em um campo elétrico, o campo exerce
uma força que realiza um trabalho sobre a partícula. Esse trabalho pode ser expresso
em termos de energia potencial elétrica;

✓ A energia potencial elétrica 𝑈 associada a uma carga teste 𝑞0 em um campo elétrico:

1 𝑞𝑞0
𝑈=
4𝜋𝜖0 𝑟
Figura 8-Carga teste q0 movendo-se na presença de
campo elétrico. Fonte: YOUNG, HUGH.

✓ Considerando o trabalho realizado pela força elétrica durante o deslocamento de 𝑎


até 𝑏, a variação de energia potencial elétrica é dada por:
𝑞𝑞0 1 1
∆𝑈 = −𝑊 = −
4𝜋𝜖0 𝑟𝑏 𝑟𝑎
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POTENCIAL ELÉTRICO
O potencial elétrico pode ser definido como a energia potencial por unidade de
carga!
𝑈 ➢ A unidade do potencial elétrico é o
𝑉= (J/C ) que recebeu o nome de Volt (V);
𝑞0

A diferença de potencial elétrico entre os Em circuitos, a diferença de


pontos a e b equivale a: potencial entre dois pontos é
chamada de voltagem.
∆𝑈 𝑞 1 1
𝑉𝑎𝑏 = = −
𝑞0 4𝜋𝜖0 𝑟𝑏 𝑟𝑎
➢ 𝑉𝑏 e 𝑉𝑎 são potenciais absolutos nos
pontos b e a, respectivamente.
𝑉𝑎𝑏 = 𝑉𝑏 − 𝑉𝑎

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POTENCIAL ELÉTRICO
O potencial elétrico pode ser definido como a energia potencial por unidade de
carga!
𝑈 ✓ Em alguns problemas, é mais fácil calcular 𝑉
𝑉= a partir de 𝐸!
𝑞0

𝑏 𝑏
𝑊𝑎→𝑏 = ‫𝐹 𝑎׬‬Ԧ ∙ 𝑑𝑟Ԧ = ‫𝑞 𝑎׬‬0 𝐸 ∙ 𝑑 𝑟Ԧ Essa equação pode ser utilizada para calcular a
diferença de potencial entre dois pontos
Dividindo por 𝑞0 , encontramos: quaisquer por meio do campo elétrico!

𝑏
𝑉𝑏 − 𝑉𝑎 = − ‫𝑟𝑑 ∙ 𝐸 𝑎׬‬Ԧ

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CAPACITORES
Um capacitor é um dispositivo que armazena energia potencial
elétrica e carga elétrica.
Princípio de funcionamento
Objetivo:
➢ Armazenar energia nesse dispositivo;
Metodologia:
Aplicação: ➢ 2 condutores carregados com cargas
➢ unidade de flash das máquinas iguais e de sinais contrários;
fotográficas; ➢ Condutores separados por espaço livre
➢ laser pulsante;
ou dielétrico (isolante);
➢ sensores de air bags automotivas;
➢ receptores de rádio e televisão. ➢ É necessário realizar um trabalho para
deslocar essas cargas até que se
estabeleça uma diferença de potencial;
➢ O trabalho realizado é armazenado sob
forma de energia potencial elétrica.
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CAPACITORES
Um capacitor é um dispositivo que armazena energia potencial
elétrica e carga elétrica.
✓ Capacitor constituído por um par de
condutores a e b;
✓ Transferência de elétrons de um condutor
para o outro (carregando);
✓ Energia armazenada devido à transferência
de carga de um condutor pro outro;
✓ Campo elétrico em qualquer ponto na
região entre condutores é proporcional ao
módulo Q;
Figura 9 -Capacitor constituído por
✓ Podemos relacionar o valor de Q com a
qualquer par de condutores a e b. diferença de potencial entre os elementos
condutores!

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CAPACITÂNCIA

Quando as placas do capacitor estão carregadas com cargas iguais e de sinais


diferentes, estabelece-se entre as placas uma diferença de potencial V que é
proporcional à carga...

✓ Unidade da capacitância no SI: 𝐶/𝑉 e


𝑄 recebe o nome especial de Farads [𝐹].
𝐶= ✓ A capacitância só pode ser alterada
∆𝑉 mediante a mudança da geometria dos
condutores ou do meio entre eles;
✓ Os capacitores são classificados por sua
capacitância 𝐶;
✓ Quando submetidos a uma certa diferença
de potencial, adquirem uma carga 𝑄.
A capacitância é uma propriedade física
do capacitor! É uma medida da
capacidade de armazenar energia.
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CAPACITOR DE PLACAS PARALELAS
O capacitor construído por duas placas condutores paralelas, cada uma delas
com área 𝐴, separadas por uma distância 𝑑 pequena em comparação às suas
dimensões.
Como calcular a capacitância?
1. Determinar o módulo do campo
𝑄
elétrico pela lei de Gauss: 𝐸 = 𝜖 𝐴
0

𝐴 2. Determinar a diferença de potencial


𝐶 = 𝜖0 em função do campo: 𝑉𝑎𝑏 =
𝑑 𝑏
− ‫𝑟 𝑑 ∙ 𝐸 𝑎׬‬Ԧ = 𝐸 𝑑
3. Substituir esse valor na expressão da
𝑄 𝑄
capacitância: 𝐶 = = 𝑄𝑑
𝑉𝑎𝑏
𝜖0 𝐴

Figura 10-Capacitor
de placas paralelas.
Depende das características
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construtivas do capacitor!
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DIELÉTRICO ENTRE AS PLACAS

Colocar um dielétrico sólido entre as placas de um capacitor possui


três objetivos que são:

➢ resolver o problema mecânico de manter Aumentar a diferença de


duas grandes placas metálicas separadas potencial e a capacitância?
por uma pequena distância, sem que
entrem em contato;
➢ aumentar a diferença de potencial
máxima entre as placas, quando
submetido a um campo elétrico
suficientemente elevado;
➢ aumentar a capacitância mantendo as
dimensões do capacitor.

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DIELÉTRICO ENTRE AS PLACAS

Devemos também considerar a


permissividade elétrica do material quando
utilizamos um dielétrico!
Quando consideramos o material dielétrico:
𝜖 devemos considerar a permissividade do
𝜖𝑟 = material dielétrico e não a permissividade do
𝜖0
espaço livre!

A capacitância C de um capacitor de placas


paralelas preenchido com um dielétrico de
constante dielétrica 𝜖𝑟 :

𝐴
𝐶 = 𝜖𝑟 𝐶0 = 𝜖
𝑑

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QUESTÃO DE FIXAÇÃO
Um capacitor de placas paralelas com dielétrico de poliestireno possui intensidade de campo elétrico
de 𝟏𝟎 𝒌𝑽/𝒎, sendo que a distância entre as placas é de 𝟏, 𝟓 𝒎𝒎. Assinale a alternativa que apresenta
o valor da densidade superficial de cargas livres nas placas do capacitor em questão. Considerar 𝝐𝒓 =
𝟐, 𝟓𝟓 para o poliestireno.

Resolução e comentários:
(A) 113,2 𝑛𝐶/𝑚2
A questão solicita que você determine o valor da densidade superficial
(B) 225,4 𝑛𝐶/𝑚2 de cargas nas placas do capacitor.
(C) 2,5 𝑛𝐶/𝑚2
𝑄 𝑄 𝜎
𝐸 = 𝜎= 𝐸 =
(D) 1000 𝑛𝐶/𝑚2 𝜖𝐴 𝐴 𝜖

(E) 254 𝑛𝐶/𝑚2 Determinando 𝜖:

A alternativa (B) é o gabarito da


questão!

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MATERIAIS ELÉTRICOS

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MATERIAIS CONDUTORES
✓ Os materiais que são classificados conforme suas propriedades elétricas;
✓ A condutividade elétrica é usada para caracterizar o comportamento elétrico de
um determinado material;
A condutividade elétrica de um material representa a
capacidade que um material tem de conduzir
corrente elétrica!

✓ Os metais sólidos possuem uma grande faixa de condutividade elétrica;


✓ Maneira mais simples de se classificar os materiais condutores é de acordo com
sua condutividade elétrica;
✓ Os metais são bons condutores de eletricidade, no entanto alguns apresentam
uma condutividade intermediária ou muito baixa.

Engenharia Elétrica
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MATERIAIS CONDUTORES

✓ No geral, metais são bons condutores de


eletricidade à temperatura ambiente: prata,
o cobre, o ouro e o alumínio;

A condutividade elétrica depende ✓ A maioria dos metais é forte, dúctil e


fortemente do número de elétrons maleável que são fundamentais
disponíveis para participar do características para a produção de
processo de condução! componentes elétricos.
✓ A escolha do material mais adequado nem
sempre é o que possui maior condutividade
elétrica, mas sim em materiais que satisfaz
outros requisitos de utilização!

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MATERIAIS CONDUTORES
Elementos Características Aplicações
Destaque entre os materiais condutores.
Baixa resistividade, características Fios telefônicos, enrolamentos,
Cobre
mecânicas favoráveis, baixa oxidação, fácil barramentos.
deformação.
Baixo custo, fragilidade mecânica, rápida
Instalações elétricas em aviões,
Alumínio oxidação, leve, segundo material mais
cabos isolados, capacitores
usado depois do cobre.
Resistência a água potável, permite Blindagem de cabos, elos fusíveis,
Chumbo
soldagem. materiais de solda
Prata Alta condutividade, baixa oxidação. Pastilhas de contato, uso industrial
Alta dilatação térmica, maleável a certa
Zinco Pilhas galvânicas e fios
temperatura.
Propriedades ferromagnéticas, resistente Fios de eletrodos, anodos, grades,
Níquel a sais, gases e matéria orgânica, parafusos, alimentadores de
estabilidade mecânica. filamentos de tungstênio
Abundante, bom condutor de calor e
Resistências para aquecimento
eletricidade, dúctil, maleável,
Ferro elétrico, reostatos, condutores em
magnetizável, boas propriedades
linhas aéreas.
mecânicas.
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MATERIAIS ISOLANTES
✓ Os materiais isolantes são o outro extremo quando comparados aos condutores;
✓ Possuem resistividade muito alta. Ou seja, eles se opõem o máximo possível à
passagem de corrente elétrica;

A principal diferença entre condutores e


dielétricos é a disponibilidade de elétrons
livres nas camadas atômicas mais externas!

✓ A ausência de elétrons livres é o motivo pelo qual um material é denominado


isolante!
✓ É possível classificar os materiais isolantes segundo seu estado;

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MATERIAIS ISOLANTES

RUPTURA DA RIGIDEZ DIELÉTRICA


➢ Os materiais isolantes impedem a passagem de corrente elétrica
enquanto o campo elétrico estabelecido não ultrapassar um
valor específico que depende do material;
➢ Assim que o nível de tensão ultrapassa este valor, o material
torna-se condutor de eletricidade;
➢ Esse fenômeno é denominado ruptura dielétrica do material!
➢ Todos os tipos de dielétricos estão sujeitos à ruptura, que
depende da natureza do material, temperatura e do tempo em
que o campo é aplicado;
➢ A rigidez dielétrica é o campo elétrico máximo que o dielétrico
pode ser submetido sem que ocorra a ruptura dielétrica.

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MATERIAIS ISOLANTES

Isolantes Classificação Aplicações


Condutores sem isolamento em redes elétricas
Ar O mais comum isolante gasoso.
de transmissão.
Óleo Líquido, devem ser estáveis e Transformadores, cabos, capacitores e chaves
mineral ter baixa viscosidade a óleo.
Isolante sólido, resistência a
Isoladores de redes elétricas, dispositivos de
altas temperaturas, baixo
Cerâmica comandos, transformadores, capacitores e
preço, simples processo de
resistores de fornos elétricos.
fabricação.

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QUESTÃO DE FIXAÇÃO
O cobre e o alumínio são os dois metais mais usados na fabricação dos condutores elétricos. Ao longo
dos anos, o cobre tem sido o mais utilizado, sobretudo em condutores isolados, devido,
principalmente, a suas propriedades elétricas e mecânicas. Já o alumínio, normalmente utilizado em
linhas aéreas de transmissão e distribuição, tem seu uso vinculado ao aço cuja função é:

A) assegurar melhor condutividade. Resolução e comentários:

B) constituir uma liga.


O alumínio é largamente utilizado na
C) aumentar a resistividade do alumínio, que é produção de condutores de energia elétrica
menor do que a do cobre. devido ao seu baixo custo, boa condutividade
térmica e baixo peso específico.
D) aumentar a resistência mecânica do alumínio.
E) diminuir a resistividade do alumínio, que é No entanto, este material possui uma
menor do que a do cobre. considerável fragilidade mecânica, que pode ser
minimizada com o a fabricação de ligas de
alumínio associadas ao aço para elevar sua
resistência mecânica!

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CIRCUITOS ELÉTRICOS
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CORRENTE ELÉTRICA CC

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DIREÇÃO DA CORRENTE
✓ Em condutores metálicos, as cargas livres que existem são elétrons
(cargas negativas);

✓ Se conectarmos os terminais do fio a uma bateria, formamos um circuito


elétrico fechado;

✓ Os elétrons são atraídos para a direção do terminal positivo da bateria e


são repelidos do terminal negativo.

Por convenção, o sentido da corrente é


oposto ao movimento dos elétrons!

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DIREÇÃO DA CORRENTE

➢ Os elétrons movem-se sempre do terminal


negativo para o terminal positivo, sendo esse o
caminho do fluxo de elétrons;
➢ Fluxo de corrente: a direção é do terminal positivo
para o negativo;
➢ Fluxo de elétrons: a direção é do terminal negativo
para o positivo.

Figura 11- Bateria ligada aos terminais de Definimos como fluxo de corrente
um condutor de seção transversal A. o movimento de cargas do terminal
positivo para o negativo.
Esse sentido é denominado sentido
convencional de corrente!
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CORRENTE CONTÍNUA
✓ Sempre que o sentido do campo elétrico for mantido, a corrente também
manterá seu sentido;
Ela será denominada corrente
contínua (CC ou DC)!
✓ Quando o sentido do campo se inverte periodicamente, o sentido da
circulação de cargas também se inverte;
Ela será denominada corrente
CONCLUSÃO alternada (CA ou AC)!
Corrente contínua é aquela que
permanece constante e corrente
alternada é aquela que varia
senoidalmente com o tempo!

Engenharia Elétrica Figura 12- Corrente contínua e alternada.


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CORRENTE ELÉTRICA

A corrente elétrica em um fio é a quantidade de cargas que passam


através de uma seção transversal desse fio por unidade de tempo!
➢ O elemento de carga 𝑑𝑞 corresponde à
𝑑𝑞 carga total que atravessa a mesma superfície
𝐼= no intervalo de tempo 𝑑𝑡;
𝑑𝑡 ➢ A unidade de corrente elétrica no SI: é C/s
que recebe o nome de Ampère [A];

A densidade de corrente 𝐽 é conhecida como a corrente que flui por unidade de área
da seção reta:
𝐼 ➢ A unidades de densidade de corrente é
𝐽=
𝐴 ampères por metro quadrado [𝐴/𝑚2 ].

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RESISTIVIDADE
A resistividade 𝝆 de um material é definida como a razão entre o módulo
do campo elétrico e o módulo da densidade de corrente.

𝐸 ➢ A unidade de resistividade é dada em [Ω ∙ 𝑚];


𝜌= 𝐽 Quanto maior for o valor da resistividade, maior será
o campo elétrico necessário para produzir uma dada
densidade de corrente!

Quanto mais baixa for ➢ É uma medida da oposição de um material


a resistividade, mais facilmente ao fluxo de corrente elétrica;
o material permite a passagem ➢ O inverso da resistividade é a
de corrente elétrica! condutividade. Sua unidade é [ Ω. 𝑚 ];
−1

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RESISTIVIDADE

Substância 𝛒(𝛀. 𝐦)
Prata 1,47 × 10−8
Cobre 1,72 × 10−8
Ouro 2,44 × 10−8
Alumínio 2,75 × 10−8
Tungstênio 5,25 × 10−8
Aço 20 × 10−8
Chumbo 22 × 10−8
Mercúrio 95 × 10−8

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LEI DE OHM
✓ Resistor: elemento de um circuito elétrico utilizado para modelar o
comportamento de resistência à passagem de corrente elétrica;
✓ Objetivo: dissipar energia por meio do efeito Joule;
✓ Sua resistência elétrica é determinada no momento de sua fabricação e depende
de fatores geométricos e do material utilizado.

A lei de Ohm
A tensão 𝑉 em um resistor 𝑅 é
diretamente proporcional à corrente
𝐼 que flui através do resistor:

Figura 13-Comportamento de um resistor ôhmico.


𝑉 = 𝑅𝐼 ➢ A resistência é
medida em Ohm [Ω]; Esse comportamento constante é
denominado resistência ôhmica!
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LEI DE OHM
✓ A resistência R representa a capacidade para resistir ao fluxo de corrente elétrica;
✓ Quanto maior sua resistência, menor a corrente que passará por este elemento;
✓ A resistência de um fio condutor também pode ser escrita em função da
geométrica e do tipo de material compõe o componente resistivo:

𝐿 CONCLUSÃO
𝑅=𝜌 A resistência de um fio ou de um condutor
𝐴
com seção reta uniforme é:
➢ 𝜌 é a resistividade do material; ➔ diretamente proporcional ao comprimento
➢ 𝐿 é o comprimento;
do fio e à resistividade do material;
➔ inversamente proporcional à área de sua
➢ 𝐴 a seção transversal do fio. seção reta.

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FORÇA ELETROMOTRIZ
✓ Tensão é a energia requerida para mover uma carga através de um elemento,
medida em volts (V);
✓ Essa "energia" pode ser chamada de: força eletromotriz (fem), tensão ou diferença
de potencial;
✓ Responsável por fornecer a energia necessária para que a carga elétrica se mova
de um ponto para outro;
✓ As tensões podem ser classificadas como contínuas ou alternadas segundo sua
variação no tempo.

Tensão contínua pode ser produzida por uma


bateria automotiva.
Tensão alternada pode ser produzida por um
gerador elétrico em uma usina hidroelétrica.

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POTÊNCIA DISSIPADA
✓ O atrito oferecido pelo fio ao movimento do elétron impede que ele acumule o
trabalho feito pela bateria em forma de energia cinética. Desse modo, o trabalho é
dissipado em forma de calor.

A potência dissipada em um resistor é dada por:

𝑃 = 𝑉𝐼 ➢ unidade de potência é Joule/segundo ou watt [W];

𝑉2 A dissipação de energia em materiais que


𝑃= 𝑅𝐼2 ou 𝑃 = estão transportando corrente elétrica,
𝑅
decorrente da resistência elétrica, é
denominada efeito Joule!

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POTÊNCIA DISSIPADA
✓ A potência consumida ou fornecida por um elemento de um circuito elétrico pode
ser mensurada por meio da tensão entre seus extremos e a corrente que passa por
ele.

Convenção passiva de sinais


➔ Quando a corrente elétrica entra
pelo terminal positivo de um
elemento do circuito, ele absorve
potência.
➔ Quando a corrente entra pelo
terminal negativo, o elemento
fornece potência.
Figura 14-Polaridades usando
a convenção passiva de sinais.

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ELEMENTOS DE CIRCUITO

✓ Existem dois tipos de elementos encontrados nos circuitos elétricos: elementos


passivos e elementos ativos;
✓ Elemento ativo é capaz de gerar energia enquanto um elemento passivo não é;

Exemplos de elementos ativos: Exemplos de elementos passivos:


Geradores, baterias e Amp. Op! Resistores, capacitores e indutores!

✓ Os elementos ativos mais importantes são fontes de tensão ou corrente que


geralmente liberam potência para o circuito conectado a eles;
✓ Há dois tipos de fontes: as dependentes e as independentes!

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TIPOS DE FONTES

Fonte independente ideal é um elemento ativo


que fornece uma tensão especificada ou corrente
que é completamente independente de outros
elementos do circuito.

➔ Fonte de tensão independente ideal: libera, para o


Figura 15- Símbolos para fontes circuito, a corrente que for necessária para manter a
independentes.
tensão em seus terminais!
➔ Fonte de corrente: libera para o circuito a tensão que
for necessária para manter a corrente designada!

Fonte dependente (ou controlada) ideal é um


elemento ativo no qual a quantidade de energia é
controlada por outra tensão ou corrente.

Figura 16 -Símbolos para


Engenharia Elétrica fontes dependentes.
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QUESTÃO DE FIXAÇÃO
Das afirmativas abaixo identifique qual ou quais são VERDADEIRAS.
I. A resistência elétrica de qualquer material depende da natureza do material, da área de seção transversal, do
comprimento e da temperatura. A resistência de um material aumenta com o aumento da área de sua seção
transversal. O valor indicado pela resistividade (de um determinado material) informa quanto mais baixa ou alta
é a facilidade da passagem de uma carga elétrica.

II. Há dois tipos de corrente elétrica: a corrente contínua e a corrente alternada. A corrente elétrica tem a
mesma natureza da fonte que a gerou. A corrente contínua se caracteriza por manter seu valor constante no
decorrer do tempo saindo sempre do mesmo terminal fonte. Na corrente alternada, seu valor e sentido variam
periodicamente no decorrer do tempo.

III. Ao fluxo orientado de elétrons livres, sob a ação de um campo elétrico, dá-se o nome de corrente elétrica. A
intensidade da corrente elétrica é a quantidade de carga que atravessa a seção transversal de um condutor por
unidade de tempo. Segundo a lei de Ohm, a intensidade da corrente elétrica é diretamente proporcional à
diferença de potencial a que está submetido o condutor e inversamente proporcional à resistência elétrica desse
condutor.
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QUESTÃO DE FIXAÇÃO
Das afirmativas abaixo identifique qual ou quais são VERDADEIRAS.

IV. Potência é a rapidez com que se gasta energia ou a rapidez com que se produz trabalho e tem como
unidade no Sistema Internacional o Watt (W) que é igual a 01 Joule a cada segundo. O efeito Joule pode ser
explicado pelo choque entre os elétrons, quando se movimentam para originar uma corrente elétrica. O efeito
Joule pode ser desejável ou indesejável dependendo de onde ocorra, por exemplo, em condutores,
aquecedores, lâmpadas, fusíveis.

V. Para se obter ou manter a corrente elétrica fluindo em um condutor, é necessário ligar o condutor entre dois
pontos capazes de transferir energia para os elétrons. Assim, sob a ação de um campo elétrico, os elétrons se
movimentam entre os dois pontos. Quando dois pontos têm essa capacidade, diz-se que entre eles há uma
d.d.p (diferença de potencial). Quando um equipamento é capaz de realizar trabalho para causar o movimento
de elétrons diz-se que ele dispõe de f.e.m (força eletromotriz).

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RESUMO

➔ Carga elétrica; ➔ Materiais elétricos


➔ Lei de Coulomb; condutores e isolantes;
➔ Campo elétrico; ➔ Corrente elétrica;
➔ Lei de Gauss; ➔ Resistividade;
➔ Energia potencial elétrica; ➔ Lei de Ohm;
➔ Diferença de potencial; ➔ Potência dissipada;
➔ Capacitores de placas ➔ Tipos de fontes;
paralelas; ➔ Questões de fixação.
➔ Capacitância;

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OBRIGADA!

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ANÁLISE DE CIRCUITOS CC

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RESISTORES EM SÉRIE

A resistência equivalente 𝑹𝒆𝒒 da combinação


dos resistores 𝑅1 e 𝑅2 é dada pela lei Ohm:

𝑉 = 𝑅𝑒𝑞 𝐼
I

A tensão 𝑽 dessa combinação é a soma das


tensões aplicadas sobre cada um dos resistores:
I

𝑉 = 𝑉1 + 𝑉2
A lei de Ohm pode ser aplicada para cada um Figura 17-Resistores em série
dos resistores: compartilhando a mesma corrente.

𝑉1 = 𝑅1 𝐼 𝑒 𝑉2 = 𝑅2 𝐼

𝑉 = 𝑅1 + 𝑅2 𝐼 𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑅2
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RESISTORES EM SÉRIE

A resistência equivalente para um número qualquer de resistores em série é


dada por:

𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑅2 + ⋯ + 𝑅𝑛

A resistência equivalente de qualquer


número de resistores conectados em
série é igual à soma das resistências
individuais!

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RESISTORES EM PARALELO

A resistência equivalente 𝑹𝒆𝒒 da combinação


dos resistores 𝑅1 e 𝑅2 é dada pela lei Ohm: I1
a b
𝐼 = 𝑉/𝑅𝑒𝑞 I2

I
A corrente 𝑰 deve ser igual à soma das I

correntes 𝐼1 e 𝐼 2 que passam nos resistores :

𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2 Figura 18-Resistores em paralelo


compartilhando os nós a e b.
A lei de Ohm pode ser aplicada para cada uma
das correntes:
𝑉 𝑉 Produto pela soma!
𝐼1 = 𝑒 𝐼2 =
𝑅1 𝑅2

1 1 1 1 1 𝑅1 𝑅2
𝐼=𝑉 + = + 𝑅𝑒𝑞 =
𝑅1 𝑅2 𝑅𝑒𝑞 𝑅1 𝑅2 𝑅1 + 𝑅2
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RESISTORES EM PARALELO

A resistência equivalente para um número qualquer de resistores em paralelo


é dada por:

1 1 1 1
= + + ⋯+
𝑅𝑒𝑞 𝑅1 𝑅2 𝑅𝑛

Para qualquer número de resistores


conectados em paralelo, o inverso da
resistência equivalente é igual à soma
dos inversos das resistências individuais!

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DIVISOR DE TENSÃO

➔ Para encontrar a corrente do circuito 𝑖 ,


podemos utilizar a lei de Ohm juntamente
com a resistência equivalente da associação:
𝑉 𝑉
𝑖= =
𝑅𝑒𝑞 𝑅1 +𝑅2

➔ Quando calculamos a queda de tensão


sobre o resistor 𝑅1 e 𝑅2, devemos lembrar
que a corrente 𝑖 que passa pelos dois
Figura 19-Circuito divisor de tensão.
resistores é a mesma!

𝑉 Os elementos resistivos 𝑅1 e 𝑅2 dividem a


𝑉1 = 𝑅1 𝑖 = 𝑅1 tensão da fonte. Ao somar a tensão 𝑉1 e 𝑉2
𝑅1 +𝑅2
𝑉 teremos novamente a tensão total 𝑉 fornecida
𝑉2 = 𝑅2 𝑖 = 𝑅2 pela fonte!
𝑅1 +𝑅2
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DIVISOR DE CORRENTE

➔ A tensão 𝑉 do circuito é determinada,


novamente, pela lei de Ohm, juntamente
com resistência equivalente da associação:
𝑅1 𝑅2
V = 𝑖𝑅𝑒𝑞 = 𝑖
𝑅1 +𝑅2
➔ Quando calculamos a corrente que passa
pelo resistor 𝑅1 e 𝑅2, devemos lembrar que
as tensões de cada resistor são iguais!
𝑉 𝑖 𝑅1 𝑅2 Figura 20-Circuito divisor de corrente.
𝑖1 = =
𝑅1 𝑅1 𝑅1 +𝑅2

Os elementos resistivos 𝑅1 e 𝑅2 dividem a


𝑅2
𝑖1 = 𝑖 corrente. Ao somar a corrente 𝑖1 e 𝑖2 teremos
𝑅1 +𝑅2
𝑅1 novamente a corrente total 𝑖 fornecida pela
𝑖2 = 𝑖 fonte!
𝑅1 +𝑅2
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LEIS DE KIRCHHOFF
✓ Por mais que ainda seja simples esse
circuito, não podemos resolver usando
resistências equivalentes;
✓ Os resistores não compartilham corrente
elétrica, pois os resistores 𝑅1 e 𝑅2 não estão
ligados nem em série e nem em paralelo.
✓ Todos os circuitos podem ser analisados
com a aplicação de duas regras
denominadas de leis de Kirchhoff!
Figura 21-Circuito em que os conceitos de ligação
em série e paralelo não são suficientes para a análise.

Lei de Kirchhoff dos nós (ou das correntes): LKC


Lei de Kirchhoff das malhas (ou das tensões): LKT
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LEIS DE KIRCHHOFF DAS CORRENTES

A soma algébrica de todas as correntes que entram ou saem de um nó


é igual a zero:

➔ As correntes que entram em um


෍𝐼 = 0 nó são positivas, enquanto as que
saem são negativas;
➔ A soma algébrica das correntes
que passam por aquele nó deve
ser igual a zero.

A lei de Kirchhoff dos nós (ou das correntes)


estabelece que a soma das correntes que entram em
um nó é igual a soma das correntes que saem deste
mesmo nó!

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LEIS DE KIRCHHOFF DAS TENSÕES

A soma algébrica de todas as diferenças de potenciais através de uma


malha, incluindo os elementos resistivos e a fem de todas as fontes, deve
ser igual a zero:
➔ A soma das quedas de tensão é
෍V = 0 igual à soma das elevações de
tensão;
➔ A soma algébrica das tensões que
estão em uma malha deve ser
igual a zero.

A lei de Kirchhoff das tensões estabelece que a soma


das quedas de tensão em um caminho fechado deve
ser igual a soma das elevações de tensão!

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APLICAÇÃO DAS LEIS DE KIRCHHOFF

Lei de Kirchhoff das correntes Lei de Kirchhoff das tensões

Figura 22- Aplicação da LKC Figura 23- Aplicação da LKT

𝑖1 + −𝑖2 + 𝑖3 + 𝑖4 + −𝑖5 = 0 −𝑉𝑎𝑏 + 𝑉1 + 𝑉2 − 𝑉3 = 0


𝑖1 + 𝑖3 + 𝑖4 = 𝑖2 + 𝑖5 𝑉𝑎𝑏 = 𝑉1 + 𝑉2 − 𝑉3

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TRANSFORMAÇÃO Δ-Y
✓ Situações em que a determinação da
resistência equivalente não é possível;
✓ Circuitos não é possível encontrar resistores
associados nem em série e nem em
paralelo;
✓ Transformação Δ − 𝑌 permite encontrar
uma configuração alternativa ao circuito Figura 24- Circuito do tipo ponte.
original;
✓ Possibilita a aplicação das técnicas de
simplificação já estudadas (série/paralelo)!

Figura 25-Transformação Y-Δ.


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PONTE DE WHEATSTONE
✓ Esquema de montagem de elementos elétricos
que permite a medição do valor de uma
resistência elétrica desconhecida;
✓ Ponte equilibrada: os resistores estão ajustados
de maneira que o amperímetro mede corrente
igual a zero;
✓ Conhecendo-se 3 resistências é possível
descobrir uma desconhecida!
Figura 26- Ponte de Wheatstone.

Sempre que uma ponte de Wheatstone


𝑅1 𝑅3 = 𝑅2 𝑅𝑥
estiver em equilíbrio podemos garantir que:

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TRANSFORMAÇÃO Y-Δ
Supondo que tenhamos uma configuração Y inicial, mas
que seja mais fácil trabalhar com a configuração Δ:

𝑅1 𝑅2 +𝑅1 𝑅3+𝑅2 𝑅3 ➔ Numeradores: sempre os


𝑅12(∆) =
𝑅3 mesmos!
𝑅1 𝑅2 +𝑅1 𝑅3+𝑅2 𝑅3
➔ Denominadores: sempre
𝑅13(∆) = os resistores que não se
𝑅2
ligam ao par de nós
𝑅1 𝑅2 +𝑅1𝑅3 +𝑅2𝑅3 analisados!
𝑅23(∆) =
𝑅1

Figura 27- Relação entre as configurações Y-Δ


Cada resistor da rede em Δ é a soma de todos
os produtos possíveis dos resistores em
estrela tomados de dois em dois, dividido
entre o resistor oposto em Y!
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TRANSFORMAÇÃO Δ – Y
Supondo que tenhamos uma configuração Δ inicial, mas
que seja mais fácil trabalhar com a configuração Y :

𝑅12 𝑅13 ➔ Numeradores: sempre o


𝑅1(Y) = produto dos resistores
𝑅12 +𝑅13+𝑅32
(em triângulo) comum ao
𝑅12 𝑅23
𝑅2(Y) = nó analisado!
𝑅12 +𝑅13 +𝑅32 ➔ Denominadores: sempre
𝑅13 𝑅23 os mesmos!
𝑅3(Y) =
𝑅12 +𝑅13 +𝑅32

Figura 28- Relação entre as configurações Y-Δ


Cada resistor da rede em Y é o produto dos
resistores dos ramos em Δ adjacentes divido
pela soma dos três resistores em Δ!

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QUESTÃO DE FIXAÇÃO
Calcule a corrente que passa em cada resistor do circuito com fonte de tensão de 𝑽 = 𝟏𝟖𝑽.

Resolução e comentários:
A questão solicita que você calcule a corrente
que passa em cada resistor do circuito.

Determinar a resistência equivalente em


pararalelo (𝑅2 // 𝑅3 ):
𝑅 𝑅 6∙3
𝑅𝑒𝑞1 = 𝑅 1+𝑅2 = 6+3 = 2Ω
1 2

Determinar a resistência equivalente total (𝑅1


em série com 𝑅𝑒𝑞1 ):
𝑅𝑒𝑞2 = 4 + 2 = 6Ω

Determinar a corrente total do circuito:


𝑉 18
𝑖= = = 3𝐴
𝑅𝑒𝑞2 6
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QUESTÃO DE FIXAÇÃO
Calcule a corrente que passa em cada resistor do circuito com fonte de tensão de 𝑽 = 𝟏𝟖𝑽.

Resolução e comentários:
Determinar a tensão entre os pontos c e d:
𝑉𝑐𝑑 = 𝑅𝑒𝑞1 ∙ 𝑖 = 2 ∙ 3 = 6𝑉

Determinar a corrente i2 :
𝑉𝑐𝑑 6
𝑖2 = = 6 = 1𝐴
𝑅2

Determinar a corrente i3 :
𝑉𝑐𝑑 6
𝑖3 = 𝑅3
= 3 = 2𝐴

𝑖 = 𝑖2 + 𝑖3 = 1 + 2 = 3𝐴

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MÉTODOS DE ANÁLISE

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MÉTODO DOS NÓS
✓ Aplicação de lei de Kirchhoff das correntes (LKC)!
✓ Fornece um procedimento para análise de circuitos usando tensões
nodais como variáveis de circuitos;
✓ Reduz o número de equações para resolver;
✓ Simplificação: circuitos sem fontes de tensão!

No método dos nós, nos interessa achar


as tensões de um determinado nó.

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MÉTODO DOS NÓS

Aplicação do método dos nós:


I. Selecione um nó como referência e atribua as tensões aos nós restantes do
circuito. As tensões são atribuídas com relação ao nó de referência;
II. Aplique a LKC a cada um dos nós restantes (sem ser o de referência). Use a
lei de Ohm para expressar as correntes de cada ramo em função das
tensões do nó;
III. Resolva o sistema de equações gerados para obter as tensões do nó
desconhecido.

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MÉTODO DOS NÓS

✓ Nó de referência: nó indicado pelo número


0;
✓ Os outros nós serão utilizados para montar o
sistema de equações;
✓ Tensões V1 e V2 foram atribuídas aos
restantes dos nós;
✓ Vamos aplicar a LKC para os nós 1 e 2:

Nó 1: Nó 2:
𝐼1 = 𝐼2 + 𝑖1 + 𝑖2 𝐼2 = 𝑖3 − 𝑖2

Figura 29- Método dos nós (a) circuito


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original e (b) circuito com os nós definidos.
MÉTODO DOS NÓS

✓ Vamos utilizar a lei de Ohm para escrever as


correntes em função das tensões e das
resistências:

𝑣1 − 0
𝑖1 = 𝑜𝑢 𝑖1 = 𝐺1 𝑣1
𝑅1
𝑣1 −𝑣2
𝑖2 = 𝑜𝑢 𝑖2 = 𝐺2 (𝑣1 − 𝑣2 )
𝑅2

𝑣1 −0
𝑖3 = 𝑜𝑢 𝑖3 = 𝐺3 (𝑣2 )
𝑅3

Figura 29- Método dos nós (a) circuito


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original e (b) circuito com os nós definidos.
MÉTODO DOS NÓS

✓ Reescrevendo as equações para o nó 1 e o


nó 2:

𝐼1 − 𝐼2 = 𝐺1 𝑣1 + 𝐺2 𝑣1 − 𝑣2
𝐼2 = 𝐺3 𝑣2 − 𝐺2 (𝑣1 − 𝑣2 )

𝐺1 + 𝐺2 −𝐺2 𝑣1 𝐼1 − 𝐼2
=
−𝐺2 𝐺2 + 𝐺3 𝑣2 𝐼2

Resolvendo este sistema de equações,


podemos obter as tensões em cada nó e,
consequentemente, as correntes que fluem
por cada ramo do circuito!
Figura 29- Método dos nós (a) circuito
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original e (b) circuito com os nós definidos.
MÉTODO DAS MALHAS
✓ Aplicação de lei de Kirchhoff das tensões (LKT)!
✓ Fornece um procedimento para análise de circuitos usando as
correntes de malha como variáveis de circuitos;
✓ Reduz o número de equações para resolver;
✓ Simplificação: circuitos sem fontes de corrente!

A análise nodal aplica a LKC para encontrar


tensões desconhecidas em dado circuito.
Enquanto a análise de malhas aplica a LKT
para determinar correntes desconhecidas.

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MÉTODO DAS MALHAS

Aplicação do método das malhas:


I. Atribua as correntes de malha para cada malha do sistema;
II. Aplique a LKT a cada uma das malhas. Use a lei de ohm para expressar as
tenções em função das correntes das malhas;
III. Resolva as n equações resultantes para obter a corrente da malha. Prefira o
sistema matricial para facilitar esta resolução.

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MÉTODO DAS MALHAS

✓ Atribuímos as correntes de malha i1 e i2 nas


malhas 1 e 2;
✓ Aplicamos a LKT em cada malha;
✓ Utilizamos a lei de Ohm para expressar as
tensões em função das correntes das
malhas:
Malha 1:
−𝑉1 + 𝑅1 𝑖1 + 𝑅3 𝑖1 − 𝑖2 = 0
𝑅1 + 𝑅3 𝑖1 − 𝑅3 𝑖2 = 𝑉1
Figura 30-Aplicação do método das
malhas.
Malha 2:
𝑅2 𝑖2 + 𝑉2 + 𝑅3 𝑖2 − 𝑖1 = 0
−𝑅3 𝑖1 + 𝑅2 + 𝑅3 𝑖2 = −𝑉2
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MÉTODO DAS MALHAS

𝑅1 + 𝑅3 −𝑅3 𝑖1 𝑉1
=
−𝑅3 𝑅2 + 𝑅3 𝑖2 −𝑉2

Resolvendo este sistema de equações,


podemos obter as correntes que circulam
cada malha!

➔ As correntes de malha não necessariamente Figura 30-Aplicação do método das


malhas.
são as mesmas correntes de cada ramo.
Neste exemplo, fica evidente que:
𝐼1 = 𝑖1 , 𝐼2 = 𝑖2 𝑒 𝐼3 = 𝑖1 − 𝑖2 .

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INSPEÇÃO DOS CICUITOS
✓ Procedimento para facilitar a aplicação do método dos nós e das malhas, baseado
apenas na observação do circuito;
✓ Quando todas as fontes de um circuito resistivo são fontes de corrente de
independentes, não é necessário aplicar a lei de Kirchhoff das correntes a cada nó
para obter as equações;
✓ Da mesma forma, não é necessário aplicar a lei de Kirchhoff das tensões, quando
o circuito resistivo tem apenas fontes de tensão independentes;
✓ Podemos obter as equações para ambos os métodos por mera inspeção do
circuito!
✓ Só podemos utilizar a inspeção do circuito:

➔ Método dos nós: quando todas as ➔ Método das malhas: quando todas as
fontes forem fontes de corrente fontes forem fontes de tensão
independentes. Ou seja, não possuir independentes. Ou seja, não possuir
fontes de tensão. fontes de corrente.

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INSPEÇÃO DO CIRCUITO
Por inspeção, verifica-se que na matriz gerada
pelo método dos nós:
➔ os termos diagonais são a soma das
condutâncias conectadas diretamente a cada
nó analisado;
➔ os termos não diagonais são os valores
negativos das condutâncias conectadas entre
estes nós.

𝐺1 + 𝐺2 −𝐺2 𝑣1 𝐼1 − 𝐼2
=
−𝐺2 𝐺2 + 𝐺3 𝑣2 𝐼2

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INSPEÇÃO DO CIRCUITO
Por inspeção, verifica-se que na matriz gerada
pelo método das malhas:
➔ os termos diagonais da matriz são a soma das
resistências de cada malha correspondente;
➔ os termos não diagonais são os valores
negativos das resistências comuns às malhas.

𝑅1 + 𝑅3 −𝑅3 𝑖1 𝑉1
=
−𝑅3 𝑅2 + 𝑅3 𝑖2 −𝑉2

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COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS
✓ No método dos nós: aplicamos a LKC para encontrar as tensões desconhecidas em
um dado circuito. No método das malhas: aplicamos a LKT para determinar as
correntes desconhecidas;
✓ Tanto o método das malhas quanto o método dos nós são eficientes para analisar um
circuito complexo!
✓ Um circuito com menor número de nós do que de malhas, vai te gerar menos
equações. Ou seja, menos procedimentos de operações;
✓ Já em um circuito que tiver menos malhas do que nós, vai compensar utilizar método
das malhas.
✓ O ideal é selecionar aquele método que vai te gerar um menor número de equações!

Tudo depende do que a questão exige! Se


exigir as tensões nodais, é mais conveniente o
método dos nós. Se exigir as correntes em
cada ramo ou malha do circuito, é melhor usar
o método das malhas.
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QUESTÃO DE FIXAÇÃO
Pode-se empregar o método de análise nodal para a determinação das tensões nos nós indicados no
circuito apresentado. Assinale a alternativa que mostra, corretamente, as equações de análise nodal,
na forma matricial, considerando esse circuito:

Resolução e comentários:
A questão solicita que você monte as equações da análise nodal da forma
matricial considerando o circuito da figura.
O procedimento mais rápido para resolver essa questão consiste em
aplicar o método de inspeção para a análise nodal.

➔ Sabemos que os elementos diagonais correspondem à soma das


condutâncias conectadas ao nó. E os elementos não diagonais
correspondem ao negativo das condutâncias entre os nós.

Para o circuito da questão, temos o seguinte sistema de equações:

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QUESTÃO DE FIXAÇÃO
Pode-se empregar o método de análise nodal para a determinação das tensões nos nós indicados no
circuito apresentado. Assinale a alternativa que mostra, corretamente, as equações de análise nodal,
na forma matricial, considerando esse circuito:

Resolução e comentários:
1 1
− 0
0,1 0,1
𝑒1 10
1 1 1 1 1
− + + − 𝑒2 = 0
0,1 0,1 0,2 0,025 0,025 𝑒3 0
1 1 1
0 − +
0,025 0,025 0,2

Simplificando os termos, temos que:

10 −10 0 𝑒1 10
𝑒
−10 55 −40 2 = 0
0 −40 45 𝑒3 0
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TEOREMAS DE CIRCUITOS

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TEOREMA DE THÉVENIN
✓ Os teoremas de Thévenin e Norton: técnicas de simplificação de circuitos;
✓ Estudam o comportamento de terminais e, por isso, são uma ajuda extremamente
valiosa em análise de circuitos;
✓ Aplicação em elemento de circuito variável (carga). Exemplo: tomada de uma
residência onde se pode conectar diferentes aparelhos, constituindo em uma carga
variável;
✓ Cada vez que o elemento variável for alterado, todo o circuito tem de ser analisado
por completo novamente;
✓ Para evitar esse problema, o teorema de Thévenin fornece uma técnica pela qual a
parte fixa do circuito é substituída por um circuito equivalente!

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TEOREMA DE THÉVENIN
✓ Circuito equivalente de Thévenin: representa um
circuito qualquer composto por fontes (tanto
independentes como dependentes) e resistores;
✓ Os extremos 𝑎 e 𝑏 representam os terminais de
interesse;
✓ Pode ser representado como uma fonte de
tensão independente 𝑉𝑇ℎ em série com um
resistor 𝑅𝑇ℎ ;
✓ Se ligarmos a mesma carga aos terminais 𝑎 e 𝑏 de Figura 31-: (A) circuito original; (B)
Circuito equivalente de Thévenin.
cada circuito, obteremos as mesmas tensões e
corrente nos terminais da carga!

Um circuito linear com dois terminais pode ser substituído por um


circuito equivalente que é composto por uma fonte de tensão VTH
em série com um resistor RTH, onde VTH é a tensão de circuito
aberto nos terminais e RTH é a resistência equivalente nos terminais
quando as fontes são desligadas.
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TEOREMA DE THÉVENIN
✓ Para representar o circuito original por seu equivalente de Thévenin, temos que
determinar a tensão de Thévenin 𝑉𝑇ℎ e a resistência de Thévenin 𝑅𝑇ℎ ;
✓ A tensão de circuito aberto entre os terminais a-b é a própria VTH;
✓ Para calcular a tensão de Thévenin 𝑉𝑇ℎ , simplesmente calculamos a tensão de
circuito aberto do circuito original!
✓ Para calcular a resistência de Thévinin, vamos curto-circuitar fontes independentes
de tensão e abrir fontes independentes de corrente;
✓ A RTH é a resistência equivalente vista dos terminais de entrada quando as fontes
independentes se apagam!

De forma prática, você irá apenas


desconsiderar as fontes e calcular uma
resistência equivalente vista dos
terminais!

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Figura 32- Tensão e resistência de Thévenin.
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TEOREMA DE THÉVENIN

Para aplicar o circuito equivalente de Thévenin, devemos fazer duas


considerações:

➔ VTh é a tensão entre os terminais da carga quando


o resistor de carga for aberto;
➔ RTh é definida como a resistência equivalente entre
os terminais da carga, quando as fontes de tensão
e de correntes são reduzidas a zero e o resistor de
carga for aberto;

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TEOREMA DE THÉVENIN

Considerando uma carga (RL) ligada aos terminais do circuito, podemos obter:

➔ a corrente (IL) na carga;


➔ a tensão na carga (VL).

𝑉𝑇𝐻
𝐼𝐿 =
𝑅𝑇𝐻 +𝑅𝐿
𝑉𝐿 = 𝑅𝐿 𝐼𝐿

Figura 33- Circuito equivalente de Thévenin


com carga.

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TRASFORMAÇÃO DE FONTES
✓ Em um circuito elétrico, podemos substituir um arranjo de fonte por outro sem alterar
o comportamento percebido nos terminais daquele arranjo;
✓ Transformação de fontes é o processo de substituir uma fonte de tensão (Vs) em série
com um resistor R por uma fonte de corrente (IS) em paralelo com um resistor R, ou
vice-versa.
✓ Os dois circuitos são equivalentes, desde que tenham a mesma relação tensão-
corrente nos terminais a-b.
✓ Se as fontes forem desativadas, a resistência equivalente nos terminais a-b em ambos
os circuitos será R.
✓ Quando os terminais a-b forem curto-circuitados, a corrente de curto-circuito fluindo
de a para b é iCC = vS/R no circuito do lado esquerdo e iCC = iS para o circuito da
direita. Logo:

𝑣S = 𝑖𝑆 𝑅 𝑜𝑢 𝑖𝑆 = 𝑣S /𝑅

Engenharia Elétrica Figura 34- Transformação de fontes.


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TEOREMA DE NORTON
✓ Um circuito equivalente de Norton consiste em uma fonte de corrente dependente e
paralelo com a resistência de Norton 𝑅𝑁 .
✓ Podemos obtê-lo de um circuito equivalente de Thévinin por uma simples
transformação de fonte!
✓ A resistência de Norton 𝑅𝑁 é igual a resistência Thévinin 𝑅𝑇ℎ ;
✓ A corrente de Norton é igual a corrente de curto-circuito 𝐼𝑐𝑐 nos terminais de
interesse;
✓ Relação entre os dois teoremas (transformação de fontes):

𝑉𝑇𝐻
𝑅𝑁 = 𝑅𝑇𝐻 𝑒 𝐼𝑁 = 𝑅𝑇𝐻

Figura 35-(A) circuito original; (B) Circuito


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equivalente de Norton.
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TEOREMA DE NORTON

Um circuito linear de dois terminais pode ser substituído por um


circuito equivalente que é composto por uma fonte de corrente
𝑰𝑵 em paralelo com um resistor 𝑹𝑵 , onde 𝐼𝑁 é a corrente de
curto-circuito e 𝑅𝑁 é a resistência equivalente nos terminais
quando as fontes independentes estão desligadas.

Para aplicar o circuito equivalente de Norton, devemos fazer duas considerações:

➔ ITH é a corrente de curto-circuito entre os terminais


da carga;
➔ RN é definida como a resistência equivalente entre
os terminais da carga, quando as fontes de tensão
e de correntes forem desligadas ( da mesma forma
que achamos RTH);
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TEOREMA DE NORTON

Uma vez que os termos VTH, IN e RTH estão relacionados, determinar o circuito
equivalente de Thévenin e de Norton requer que encontremos:

➔ A tensão de circuito aberto, VOP, entre os terminais a e b;


➔ A corrente de curto-circuito, ICC, nos terminais a e b;
➔ A resistência de entrada ou equivalente (RN ou RTH) nos terminais a e b quando
todas as fontes estiverem desligadas;

Podemos calcular quaisquer dois desses três itens


usando o método mais fácil e então usá-los para obter o
terceiro item por meio da lei de Ohm!

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QUESTÃO DE FIXAÇÃO
Na figura abaixo, é mostrado um circuito e o seu equivalente de Thevenin entre os pontos a e b.
Calcule a tensão e a resistência de Thévenin.

Resolução e comentários:
A questão solicita que você calcule a tensão e a resistência equivalente de
Thévenin.
O procedimento para resolver essa questão consiste em primeiramente
calcular a tensão e, em seguida, a resistência de Thévenin levando em
consideração as duas regras básicas:

➔ A tensão de Thévenin (VTH) é a tensão entre os terminais da carga


quando o resistor de carga for aberto.
➔ A resistência de Thévenin (RTH) é definida como a resistência
equivalente entre os terminas da carga, quando as fontes de tensão e
de correntes são reduzidas a zero e o resistor de carga for aberto.

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QUESTÃO DE FIXAÇÃO
Cálculo da tensão de Thévenin

Para calcularmos a tensão de Thévenin


primeiramente abrimos o resistor de carga RL, o
circuito resultante e mostrado na figura (a).

O resistor equivalente do bloco I é dado por:

𝑅𝑒𝑞𝐼 = 1𝑘Ω + 2𝑘Ω ∥ 2𝑘Ω ⇒ 𝑅𝑒𝑞𝐼 = 2𝑘Ω

O circuito se resume agora ao circuito da figura


(c). Como os terminais A e B estão abertos a
corrente fornecida pela fonte circula apenas
através dos resistores do bloco II (figura (d).

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QUESTÃO DE FIXAÇÃO
Cálculo da tensão de Thévenin

Calculando o resistor equivalente do bloco II e


aplicando a lei de ohm ao circuito da figura (d),
encontramos a corrente i que percorre o
circuito:

Aplicando novamente a lei de ohm para o


resistor de 2kΩ assinalado na figura (e),
podemos determinar a tensão entre os terminais
A e B:

𝑉𝑇ℎ = 𝑉𝐴𝐵 = 2𝑘Ω ∙ 2,5mA ⇒ 𝑉𝑇ℎ = 5𝑉

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QUESTÃO DE FIXAÇÃO
Cálculo da Resistência de Thévenin
Para calcularmos a resistência de Thévenin, zeramos a fonte
de tensão do circuito, abrimos o resistor de carga e
calculamos o resistor equivalente entre os pontos A e B.

O resistor equivalente do bloco I está em paralelo com o


resistor de 2kΩ (bloco II), cujo resistor equivalente
resultante está em série com o resistor de 1kΩ (bloco III).

Aplicando a lei de ohm para essa associação de resistores,


podemos determinar a resistência equivalente entre os
pontos A e B:

𝑅𝑇ℎ = 1𝑘Ω + 2𝑘Ω ∥ 2𝑘Ω ⇒ 𝑅𝑇ℎ = 2𝑘Ω

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RESUMO

➔ Associação de resistores; ➔ Método das malhas;


➔ Divisor de tensão e corrente; ➔ Teorema de Thévenin;
➔ Leis de Kirchhoff; ➔ Teorema de Norton;
➔ Transformação Y-Δ; ➔ Transformação de fontes;
➔ Método dos nós; ➔ Questões de fixação.

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OBRIGADA!

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