Você está na página 1de 12

UNIDADE PARCEIRA DO INSTITUTO GRADUARTE

JULIA GABRIELA WEIL CARDOSO DE CARVALHO

A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE COMO ELEMENTO FACILITADOR DA


APRENDIZAGEM: UM OLHAR PSICOPEDAGÓGICO

Trabalho de Conclusão de Curso – Artigo


Científico, apresentado ao Núcleo de Trabalhos de
Conclusão de Curso do Curso de Pós Graduação
Lato Sensu do curso de Especialização em
Psicopedagogia Cínica e Institucional como
requisito obrigatório para a obtenção do grau de
especialista.

ITAÚNA - MG
2018
A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE COMO ELEMENTO FACILITADOR DA
APRENDIZAGEM: UM OLHAR PSICOPEDAGÓGICO
Júlia Gabriela Weil Cardoso de Carvalho1

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo apresentar as contribuições da relação afetiva para o processo de
aprendizagem, entendendo como acontece a afetividade entre professor e aluno. Aponta-se ainda as
principais obras educativas e pedagógicas referência sobre afetividade no processo de
aprendizagem, listando pesquisas contemporâneas, refletindo sobre as contribuições da relação
professor-aluno para o processo de aprendizado. No decorrer do período escolar, supõe-se que
existirão várias interações, em que a afetividade está presente. O psicopedagogo deverá aprovisionar
um espaço para reflexões sobre a vida do aluno como um todo, colaborando para que se desenvolva
uma consciência crítica e transformadora, em que o processo não se dissocie da afetividade. A
afetividade concebe um importante aspecto da aprendizagem, que se fundamenta no respeito
recíproco, no diálogo e na afeição recíproca.

Palavras-chave: Aprendizagem; Afetividade; Psicopedagogia.

1. INTRODUÇÃO

1
Graduada em Pedagogia pela Universidade Candido Mendes RJ. Aluna do curso de Pós-graduação. E-
mail:julia_weil@yahoo.com.br
O presente estudo analisa a importância da afetividade como elemento
facilitador da aprendizagem, através de um olhar psicopedagógico.
Ao se conjecturar sobre a afetividade no processo de aprendizagem constata-
se o quanto essa temática às vezes passa despercebida ou até mesmo é ignorada
por alguns docentes. As implicações negativas dessa prática podem ser abrangidas
durante todo o decurso escolar (BRUST, 2018).
A afetividade corresponde a um composto essencial das relações
interpessoais. Por meio dela, o trabalho psicopedagógico pode ser mais bem
direcionado. E ainda serve como meio para a edificação do conhecimento discente e
também para o processo da aprendizagem (SANTOS et al, 2016).
Para Piaget (1986) o desenvolvimento cognitivo decorrência da interação
entre a criança e as pessoas com quem ela no caso da escola, o educando e os
docentes. Ele destaca as construções pelo sujeito, isto é, essas construções tornam-
se admissíveis por meio da interação do aluno com seu ambiente, transformando,
assim, o papel do professor, que se torna um facilitador, enquanto o estudante toma
posse do ideias.
Contudo, ao debater sobre a afetividade nas relações psicopedagógicas, é
imprescindível ter bem deliberadas as habilidades que se pretende desenvolver com
os educandos durante o processo de ensino e aprendizagem. Diante disso alguns
questionamentos surgiram: Qual o papel da psicopedagogia clínica para o
desenvolvimento da afetividade como elemento facilitador da aprendizagem?
O estudo teve como objetivo: Evidenciar o papel do psicopedagogo no
processo de ensino e aprendizagem.
Segundo Scoz (1994), psicopedagogia é uma área de estudos preocupada
com o processo de aprendizagem e suas dificuldades. E em uma atuação
profissional deve conglomerar múltiplos campos do conhecimento, agregando-os e
sintetizando-os, e como tal, carece superar a visão que classifica que separa o
objetivo de seu meio, separam o biológico do humano, o físico do biológico, as
características, as disciplinas e etc. Onde é caracterizada a necessidade de
enquadramento que abrange a todos os elos que faz ligação de ancoramento do ser
humano em questão.
O psicopedagogo irá desenvolver técnicas eficazes de avaliação das aptidões
e progresso dos aprendentes. Dentro em outras palavras, a psicologia educacional é
o estudo do comportamento, social, ético e desenvolvimento cognitivo dos alunos
durante o crescimento de crianças para alunos adultos
A relevância do estudo deve-se à importância do apoio psicopedagógico aos
estudantes, o que evitaria dificuldades nas atividades de aprendizagem e
aumentaria a capacidade adaptativa por meio do desenvolvimento de traços
pessoais relevantes. Segundo Santos et al (2016), a afetividade é uma etapa do
desenvolvimento humano, a mais antiga. O ser humano tão logo saiu de sua vida
genuinamente orgânica, um ser afetivo. Da afetividade foi direcionado, lentamente, a
vida racional, no começo da vida, afetividade e inteligência estão sincronicamente
misturadas, com o preponderância da primeira.
Trata-se de um estudo bibliográfico, com natureza quantitativa e qualitativa.
Segundo Gil (2010), a pesquisa bibliográfica analisa as investigações de diferentes
autores sobre determinado assunto.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 O QUE É APRENDIZAGEM?

Para o aprendiz o ensino só tem sentindo se o conteúdo que está


conhecendo tiver relação com uma informação já armazenada no seu cognitivo e
não for inserido de forma arbitrária e sem relação com sua realidade, desta maneira
estará se concretizando uma aprendizagem mecânica usando a prática da
memorização e assim fica cada vez mais distante de um ensino com significado para
o aprendiz.
A aprendizagem acontece com evolução cognitiva da criança tem que ter
relação com seu cotidiano, suas experiências, seus conhecimentos prévios são
muito importantes na construção do aprendizado, pois na educação infantil é a fase
que a criança começa a compreender a relação dela com o mundo que está
inserido, portanto é fundamental que o aprendizado seja realmente significativo.
Segundo Ausubel (1992), a aprendizagem com significado acontece quando
o indivíduo recebe uma informação que faça integração com o conhecimento prévio.
Assim a informação se processara e terá o aprendizado com verdadeiro significado,
não passando por um processo de memorização do conteúdo. Esse processo de
memorização é considerado um método falho onde a criança decora apenas um
conteúdo para uma “prova” e não conceituou esse aprendizado fazendo, desta
maneira esse conteúdo apresentado será esquecido em questão de tempo. Esse
aprendizado não teve significado para essa criança ela não entendeu o papel deste
conteúdo em sua realidade.
A aprendizagem em uma definição geral começa muito antes da criança
iniciar o período de escolarização. Existem situações de aprendizado a partir de uma
história anterior, entre pessoas no ambiente em que se vive pela convivência social,
acumulando experiências e formando novas convicções, essa é a aprendizagem
natural.
Para Vygotsky, (1991 p.95), “a aprendizagem e o desenvolvimento estão
interacionados desde o primeiro dia de vida da criança.” Para ele, precisamos ter
certeza de que o desenvolvimento da criança não precisa ou não tem de coincidir
com a aprendizagem ou com o seu potencial de aprendizagem.
Já aprendizagem organizada ocorre em vários lugares, mas é nas
instituições de ensino que é realizada intencionalmente, planejada pelos educadores
de ensino e equipe pedagógica e o Projeto Político-Pedagógico. Assim, por não ser
espontânea, torna-se um elo para as influências de fatores afetivos, físico, sociais,
cognitivos, que são essenciais para o desenvolvimento adequado da criança.
A compreensão de ensino e aprendizagem de Ausubel adota uma linha
oposta aos dos behavioristas. Segundo ele, aprender significativamente constitui
aumentar e reorganizar ideias já existentes na composição mental e desta forma,
ser capaz de relacionar e ainda acessar novos conteúdos (FERNANDES, 2018).
Segundo Pelizzari et al (2018), a aprendizagem passa a ser muito mais
significativa à medida que o conteúdo novo é agrupado às estruturas de
conhecimento de um aluno e comece a adquirir significado para ele e este tenha
relação com seu conhecimento prévio..
Ainda segundo os supracitados autores, para que a aprendizagem
significativa aconteça é necessário perceber um processo de alteração do
conhecimento, ao invés do comportamento em um significado externo e observável,
e conhecer a importância que os processos mentais apresentam nesse
desenvolvimento.

2.2 QUAIS AS DIFICULDADES DA APRENDIZAGEM?


Bossa (2000) ratifica que a crença de que as dificuldades de aprendizagem
foram associados com fatores orgânicos, persistiu por um longo tempo, justificando
o atraso na escola.

O quadro abaixo apresenta as principais dificuldades/transtornos de


aprendizagem:
PRINCIPAIS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM
DIFICULDADE/TRANSTORNO CARACTERÍSTICAS
Dislexia Atraso na habilidade de leitura ou comprometimento
da fala.
Disgrafia. Dificuldade de fluência na escrita.
Discalculia Referir a não habilidade de execução de operações.
TDAH É fator determinante para uma série de problemas,
como autoestima baixa, problemas em
relacionamentos e dificuldades no ambiente de
trabalho ou na escola. Comportamento agressivo,
hiperatividade, inquietação, impulsividade, irritação.
Autismo É um transtorno do desenvolvimento marcado por
inabilidade para interagir socialmente, dificuldade no
domínio da linguagem para se comunicar e
comportamento restritivo e repetitivo.
Fonte: Adaptado Figueiredo (2018)

Para Figueiredo (2018) a realidade é que muitos professores se deparam


com novas situações, anos de experiência, ainda estão assustados e precisam de
ajuda quando encontram crianças com problemas de aprendizagem. Com isso, a
relevância da ajuda e o apoio psicopedagógico. Em breve, as dúvidas começam a
aparecer como lidar com a situação, e o psicopedagogo entra com apoio para apoiar
e ajudar o professor e a família. Existem várias dificuldades / distúrbios de
aprendizagem que impossibilitam o aluno de aprender com os colegas e até impedir
o desenvolvimento da socialização.

3. DESAFIOS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIAGEM

O processo de atuação do psicopedagogo, solicita um diálogo com a escola,


uma vez que a escola, como instituição, práticas com tendências tradicionais,
tornando difícil educação voltada para a transformação do sujeito e sua percepção
do ser como parte constituinte de um contexto social (VISCA, 1988).
Segundo Visca (1988) destaca a necessidade da escola pela sistematização
da aprendizagem, isto é, o que opera dentro da instituição de ensino, que medeia a
sociedade, especializada em transmitir os conhecimentos, atitudes e diretrizes que o
sociedade estima a necessidade de sobrevivência, capaz de conservar entre
identidade e mudança. Estas instituições também fornecem sujeito à aprendizagem
instrumental que permitirá o acesso a mais pensamentos.
O argentino Jorge Visca (1991) é reconhecido como um dos principais
autores contribuintes do Psicopedagogia argentina, que influenciou nosso Brasil.
Visca (1992) foi quem criou o Epistemologia Convergente, sendo este um
pensamento teórico que visa realizar uma três linhas de aprendizado. Psicologia:
Escola de Genebra - Psicogenética de Jean Piaget, (desde que aprendemos ao
nosso limite de estrutura cognitiva) – Escola Psicanálise - Freud, (já que dois
indivíduos que possuem o mesmo nível cognitivo, podem aprender de forma
diferente, se investirem afetivamente de maneiras diferentes), e Escola de Psicologia
Social de Enrique Pichon Rivière, (já que os sujeitos da cultura diferente e com o
mesmo nível cognitivo pode aprender coisas diferentes sobre o mesmo objeto,
desde que cada um sofreu sua própria influência do ambiente cultural onde viveu).
De acordo com Bossa (2000), o psicopedagogo também pesquisa as
condições para que se produza a aprendizagem, identificando os obstáculos e os
elementos facilitadores, se tratando de uma abordagem preventiva.
Através da lição de Gentile (2004), o desenvolvimento social, físico e
emocional das crianças e adolescentes depende do sucesso acadêmico e esse
sucesso acadêmico só é realizado com a colaboração escolar e familiar. O contato
diário entre a escola e a família detecta com mais facilidade algumas situações
capazes de ajudar o professor / psicopedagogo compreender melhor o aluno.
Nessa perspectiva, cabe ao psicopedagogo entrelaçado no processo de ensino
e aprendizagem averiguar os processos experimentados pelos escolares, tendo em
vista tanto as dificuldades e disfunções dos escolares quanto aos desajustamentos
do ensino que provocam os atrasos escolares, e um novo olhar para que todos
continuem na escola e alcancem o aprendizado possível dentro de suas reais
condições. O psicopedagogo apresenta-se como um elemento que valoriza,
intrinsecamente, os potenciais humanos e as práticas inclusivas. Com isso, ele
apresenta importantes contribuições a oferecer às instituições de ensino e aos
professores diante de várias situações de exclusão vividas nas escolas.

4. AFETIVIDADE

A afetividade é a finalidade basilar para a edificação das informações


cognitivo-afetivo nas crianças e por conseguinte, nas relações que devem ser
constituídas entre docentes e educandos.
Para Chalita (2004) “a relação de afeto entre aluno e professor deve se
estabelecer no momento da aprendizagem”. De fato o afeto sendo desenvolvido em
sala de aula para alcançar a atenção do aluno, certamente pode provocar por parte
do aluno uma boa receptiva do mesmo em querer aprender e ao mesmo tempo
torna-se participativo.
Para Freire (1996), saber ensinar não é transferir conhecimento, contudo,
criar as probabilidades para sua própria produção ou a sua construção.
Segundo Maldonado (1994, p. 42), o docente pode reconhecer quando um
processo de edificação do conhecimento está sendo efetivo, quando o mesmo é
permitido sentir o processo. De tal modo quando há aprendizagem, é possível sentir
o clima de sala de aula construtivo e agradável.
Para corroborar essa afirmação, Vygotsky (1994) destaca importância das
interações sociais, enfatizando a ideia de mediação e internalização como aspectos
fundamentais para a aprendizagem e, que a construção do conhecimento ocorre a
partir de um intenso processo de interação entre as pessoas. Deste modo, é a partir
de sua inserção na cultura que o através da interação social com as pessoas ao
redor se desenvolvendo na constituição de si mesmo.
Em suas pesquisas, Wallon entende as emoções como aparições precoces
presentes na criança. O movimento e as expressões que surgem do movimento são
os primeiros sinais da vida psíquica do indivíduo. Para ele, afetividade e inteligência
são campos dissociáveis, desde as expressões, gestos e linguagem, que são
elementos indispensáveis do afeto, constituem inteligência. Tanto Vygotsky quanto
Wallon ratificam que não pode ser separado afetividade e cognição. Esses autores
foram a base da pesquisa, a Bossa (2000), quando ele nomeia que existem
inúmeras intervenções que o psicopedagogo pode auxiliar os alunos quando eles
carecem, e fatores que previnem uma criança na escola, sem que o docente
alcance, e é o que acontece com grande parte das crianças com dificuldades de
aprendizagem, e vezes por razões tão simples de resolver. Problemas familiares,
carência de vínculos com professores, com colegas, dificuldades com o conteúdo
escolar, e outros que acabam tendo o prazer e curiosidade, que representam razões
significativas para a aprendizagem.

5. INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

Um educador não é um ser humano perfeito, contudo, alguém que tem


quietude para se esvaziar e melindre para aprender. (CURY, 2003).
A psicopedagogia vem trabalhando com muito sucesso nas diversas
instituições. Seu papel é analisar e apontar os fatores que interferem ou dificultam a
boa aprendizagem em uma instituição. Propõe e ajuda o desenvolvimento de
projetos que são propícios para a mudança. Silva e Costa (2014) chamam a atenção
para a questão da aprendizagem ser vista como a atividade de indivíduos ou grupos
de pessoas, que através da incorporação de informações e do desenvolvimento de
experiências, causam mudanças estáveis na personalidade e na dinâmica de grupo,
o que reverte para a gestão instrumental da realidade.
A Psicopedagogia é um campo de conhecimento que busca contribuir para a
superação da aprendizagem dificuldades, seja em atividades clínicas ou
institucionais. Juntamente com a prática docente, ambos desenvolvem o seu
trabalho de forma a contribuir para o processo de ensino e aprendizagem do aluno,
direcionando uma metodologia específica, buscando despertar o potencial dos
alunos (BOSSA, 2007).
Segundo Bossa (2007), a psicopedagogia estuda o ato de aprender e
ensinar, sempre levando em conta a realidade interna e externa da aprendizagem,
em conjunto. E mais buscando estudar a construção do conhecimento em toda a
sua complexidade, qualidade do cognitivo, afetivo e social estão implícitos.
Em linhas gerais, destaca-se que a Psicopedagogia Clínica procura entender
as dificuldades de aprender fazendo diagnósticos, desenvolvendo técnicas que
remediam a situação, orientando parentes e professores, estabelecendo uma rede
de apoio, junto com alguns profissionais de saúde - psicólogos, psiquiatras,
fonoaudiólogos e neurologistas - que são necessários, pois muitas vezes exigem
uma abordagem multidisciplinar em Saúde e Educação.
O ato de educar é essencial para que essa transmissão aconteça, pois é
através dele que este novo ser vai adquirir conhecimentos e crescer culturalmente.

A psicopedagogia é o trabalho dentro da escola, com a finalidade de


ajudar crianças e adolescentes a resolverem seus problemas na vida
escolar. Além de orientar a criança o psicopedagogo institucional poderá
orientar os pais que passam por problemas familiares. Os
psicopedagogos são, portanto, profissionais preparados para a
prevenção, diagnósticos e tratamento dos problemas de aprendizagem
escolar (PIVA, 2010, p. 3)

O atendimento psicopedagógico, ampara no processo de inclusão escolar


de alunos com aprendizagem dificuldades de como apoio eficaz, propondo por meio
de atividades lúdicas de sensibilização e inventividade que instigam a autoestima, o
auto conhecimento, a superação de desafios, em procura do saber próprio.

O campo de trabalho do Psicopedagogo é caracterizado pelo processo de


aprendizagem e de desenvolvimento das pessoas, como aprendem e se
desenvolvem, as dificuldades, os problemas, como também, as
intervenções educativas que devem ocorrer nessa relação pedagógica.
Essa intervenção psicopedagógica é um mecanismo educativo que visa à
articulação adequada das atividades escolares de ensino e de
aprendizagem, às necessidades de formação integral e de desenvolvimento
dos alunos (PIVA, 2010, p. 5).

Assim, a psicopedagogia implica, igualmente, em um método específico de


trabalho. Leva-se em consideração necessariamente, o contexto em que é
desenvolvida a ação pedagógica: família, escola, comunidade. Na escola, é
importante que sejam favorecidas as experiências que complementem e enriqueçam
o que as crianças também tenham fora da escola; pode-se ter r isso ao fazer uma
análise adequada da situação do contexto familiar e social das crianças em relação
ao conteúdo e atividades que o docente propos.

6. CONCLUSÃO

Os resultados da pesquisa sugerem que a prática educacional é muito séria.


Responsabilidade, preparação científica e anseio pelo ensino, com seriedade, deve
colaborar para que os educandos se tornem pessoas de destaque no contexto
social. Tal pressuposto é alcançado, quando o professor lança um olhar permeado
de afetos, de modo que as diferentes manifestações existentes no vínculo
estabelecido, atingir o aluno criando um espaço para que o aluno seja ativo e autor
do conhecimento próprio. Então há um despertar, uma vontade de se apropriar do
conhecimento. Há então aprendizado real e o encontro efetivo de quem ensina com
quem ele aprende. Esse envolvimento dá a oportunidade do movimento para o
florescimento de cada indivíduo.
Em relação ao psicopedagogo, constatou-se que ele será o orientador da
criança, bem como dos pais, com ênfase na prevenção, tratamento dos problemas
de aprendizagem, bem como um diagnóstico eficaz, que podem ser vislumbrados
com aplicação de testes, atividades pedagógicas, jogos, brincadeiras, dentre outros.
Assim, quando o psicopedagogo atua junto com os docentes, há melhora das
condições do processo de ensino e aprendizagem.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOSSA, Nadia A. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática.


RS, Artmed, 2007.

BRUST, Josiane Regina. A influência da afetividade no processo de


aprendizagem de crianças nos anos iniciais do ensino fundamental. Disponível
em:< http://www.uel.br/ceca/pedagogia/pages/arquivos.pdf> Acesso em: 20 de set.
2018.

CHALITA, G. Educação: a solução está no afeto. 19 ed. São Paulo: Gente , 2004.

CHALITA, G: Pedagogia do amor: A contribuição das histórias universais para a


formação de valores das novas gerações. 31 ed. São Paulo: Gente , 2003.

FARIAS, Fabíola da Costa. Pode entrar a casa é sua! o acolhimento na educação


infantil e a relação família- escola. Disponível em:<
http://educere.bruc.com.br/arquivo/.pdf> Acesso em: 09 de set. 2018.

FIGUEIREDO, Carla Katiane da Silva. As contribuições da Psicopedagogia nos


espaços escolares. Universidade Federal da Paraíba/PB .João Pessoa, 2018.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1996.

GENTILE, Paola. NOVA ESCOLA. Parceiros na aprendizagem. São Paulo: Abril,


julho/2006. HELLER, Agnes. O cotidiano e a história. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 2004.
MALDONADO, Maria Tereza. Aprendizagem e afetividade. Revista de Educação
AEC, v.23, n.91, p.37-44, 1994.

PIAGET, Jean. O nascimento da inteligência da criança. São Paulo: Crítica, 1986.

PIVA, Janete Elisa de Matos. Psicopedagogia e a influência da afetividade no


proceso ensino-aprendizagem. REI. Revista de Educaçao do IDEAU. v.5 - n.10 -
Janeiro - Junho 2010.Semestral.

SANTOS, Anderson Oramisio; JUNQUEIRA, Adriana mariano Rodrigues; SILVA,


Graciela Nunes da. A afetividade no processo de ensino e aprendizagem: diálogos
em Wallon e Vygotsky. Perspectivas em Psicologia, Uberlândia, vol. 20, n. 1, pp.
86 - 101, Jan/Jun, 2016.

SCOZ, B. Psicopedagogia, Contextualização, Formação e atuação Profissional.


Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.
SILVA, Adalgisa Conceição Ferreira da; COSTA, Alice Maria Figueira Reis da. O
papel do psicopedagogo em relação ao bullying. Rev. psicopedag.,  São Paulo ,  v.
31, n. 94, p. 56-62,   2014 

VYGOSTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes,


1994.

VISCA, Jorge. Psicopedagogia: novas contribuições. Organização e tradução,


Andréa Morais, Maria Isabel Guimarães, – Rio de Janeiro, 1991.

VISCA, Jorge. Clínica Psicopedagógica. Epistemologia Convergente. Porto Alegre,


Artes Médicas, 1988.

Você também pode gostar