Você está na página 1de 75

AGENTES

M. E CYBER

MISSÃO FAKEOUT

ARON A. RESENDE
Dedicado para meu professor
Saito

[2]
Meu chefe me chama no meio de uma missã

Meu chefe me chama no meio da missão....................6

A última perseguição.........................................................14

Meu parceiro consegue tirar um pacote.....................20

Oeste está em nossa mira...............................................26

Título N...................................................................................35

[3]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

Tenha uma boa leitura.

Meu chefe me chama


no meio de uma missão
Horário: 20:00
Data: 20/04/2022
Agente: Michael Airstrike
Local: Mansão Wallchester
Cidade: Orlando
Missão: Recuperar a safira “olho de Zeus”

[5]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

Mais uma vez eu estava naquele avião, Falcon 7, usado


para operações especiais e infiltrações pelo ar, era bem
espaçoso, tinha alguns lugares para sentar, paraquedas
para emergências, uma sala para cargas e mais diversos
lugares, esse avião é tão grande que existem salas que
eu não visitei ainda. Ser agente do governo é bem legal
nesses pontos. O avião sobrevoava pela região da cidade
de Orlando, onde continha exatamente o nosso objetivo.
Dave Wallchester, um criminoso procurado por grandes
agências mundiais como FBI e CIA foi acusado de roubar
a maior safira do mundo, conhecida como olho de Zeus,
provavelmente em um laboratório subterrâneo que
somente agentes do governo tinham acesso (além dos
cientistas que trabalham lá), esse laboratório fica 8 metros
abaixo da superfície. Sendo bem sincero não será tão ruim
ter um encontro com ele depois de tanto tempo, faz um
tempo dês da minha última missão nesse laboratório.
—Agente M.! Estou vendo o nosso alvo. —Disse William
em um tom bem alto.
Esse é William, também chamado de Will, piloto da
Falcon 7 a mais de 15 anos, cabelo castanho com um
topete, olhos marrons e profundos, as vezes ele parece
assustador, mas ele é bem gente boa. Devo grande
respeito a ele, afinal, foi ele quem me salvou em muitas
ocasiões quando eu estava a pouco de ser capturado, e
provavelmente morto, como na missão de 2018 em
Washington, mas essa é outra história para outro dia.
— Falarei para você quando for pular, ok?—
Esse sou eu, agente M. Ou Mike, cabelo castanho com
topete para o lado e bem arrumado, olhos castanhos
escuros, um belo sorriso, e um terno preto com mais

[6]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

bolsos que 100 pessoas. Sou um dos maiores agentes do


governo, estou nesse trabalho dês dos 13 anos, bem
jovem, mas vai por mim, vale a pena. Atualmente eu
tenho 46 anos, eu já prestei muitos serviços a minha
agência U.C.S.A. (United Countries Secret Agence), uma
agência mundial com sua sede em Orlando. Mas esse
trabalho está começando a ser difícil, então eu vou me
aposentar desse emprego e começar outro, os 46 anos de
carreira começam a ficar muito difíceis quando se chega a
essa idade.
-Certo Agente. -Disse Will.
Faltava alguns quilômetros para chegar ao destino, era
consideravelmente simples, pegar um paraquedas, pular
do avião, aterrissar no telhado, entrar na ventilação,
pegar a safira e voltar pra agência e pedir aposentadoria,
vapt vupt.
-Quando eu pular já pode mandar o carro para me
buscar, 30 minutos é o suficiente.
-Gostaria da Veneno novamente? -Perguntou Will.
Nem precisava perguntar, afinal a veneno era meu carro
favorito, uma Lamborghini veneno melhorada para essas
missões.
—Já enviarei o carro Agente. —
— Não precisa de tanta formalidade. Pode me chamar de
Mike mesmo. —
— Ok então Mike. —
Olhei uma última vez para o avião, ao terminar essa
missão tirarei minha aposentadoria e aproveitarei um
tempo com a família, tanto tempo ocupado nisso, nem dá
para acreditar que eu estava prestes a ter uma liberdade
eterna de tantas responsabilidades.

[7]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

-Sentiremos sua falta. -Disse Will, olhando pelo


retrovisor com seus olhos profundos, ele sabia que eu ia
me aposentar, era triste ter que abandonar um amigo,
pelo menos no trabalho, fora isso continuamos amigos.
-Digo o mesmo a você, e sentirei falta você também
Falcon. -Dei uma batidinha em uma barra em que eu
segurava.
Ouvi um estalo não muito longe, quem sabe ela não
estava dando adeus? Ninguém sabe.
-Estamos chegando senhor.
-Beleza. -Aguardei um tempo, estava quase acima da
mansão. -Vamos botar pra quebrar.
Pulei da Falcon e ia em direção a aposentadoria.

Pousei no terraço, andei alguns metros e me esconde


atrás do tubo de ventilação, peguei o relógio para contar
meu timer de 30 minutos antes do fim da missão.
-Certo, só marcar 30 minutos contando... AGORA.
Meu timer já estava contando, em exatos 30 minutos eu
já devia dar no pé com a safira e despistar qualquer
pessoa caso seja visto, fácil como pegar doce de criança.
Fiquei de frente para a entrada de ventilação e peguei
uns dos meus aparelhos favoritos, era um projeto de
sabre de luz pequenininho para parecer um chaveiro, eu
achava estiloso e me sentia o Luke Skywalker.
Abri a entrada da tubulação e adentrei nela, era bem
espaçosa, bem ventilada, mas bem suja, eu imaginava
que estaria bem limpo por causa do tanto de gente que
passa por aqui, mas eu estava errado. Desci alguns

[8]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

metros e segui em frente, não posso ir muito rápido para


não chamar atenção, mas nem muito devagar para ter
tempo suficiente, passando mais alguns metros, estava
muito escuro, então decidi pegar uma pequena lanterna
de emergência, e desci mais ainda, virei a direita e olhei
para baixo, tinha um corredor dourado com um carpete
vermelho (bem bonito por sinal), devia ser o primeiro
andar, para os lados aparentava ter quadros, mas eu não
conseguia ver de quem era, o buraco era pequeno e
limitava a visão, acredito ser dos familiares do Dave, mas
felizmente eu já estava quase no laboratório.
Alguns metros percorridos e já faltavam 24 minutos
para acabar o tempo, acho que aquele era o level 2 do
laboratório, se não me falha a memória, o cofre fica
exatamente entre o 3 e o 4 por ser um lugar mais seguro
e de difícil acesso.
Sai da tubulação e entrei em um corredor branco com
lambadas de LED azul claro, estava completamente vazio,
era um ótimo lugar para começar definitivamente. Entrei
novamente na tubulação e esperei as pessoas passarem.
Felizmente depois de uns minutos apareceu um homem
sozinho de jaleco branco, óculos e um cabelo bagunçado,
devia ser um dos cientistas, não podia perder essa
oportunidade sai correndo da tubulação e peguei ele.
-O que é isso?!- Disse o cientista fazendo força para sair,
mas eu era mais forte.
Tampei a boca dele com um pano com sonífero, em
alguns segundos ele começou a ficar sonolento e
finalmente dormiu.
Coloquei ele dentro de um armário de limpeza, levaria
um tempo até notarem sua falta, pequei o jaleco, os

[9]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

óculos e o crachá. Estava pronto, com um aparelho


consigo captar a retina dele e uma cópia de sua
impressão digital. Perfeito.
Caminhei até o elevador onde para entrar precisava usar
o crachá para identificação. Coloquei o crachá, esperei e
entrei no elevador e desci para o level 3 e meio onde
estava o cofre, por sorte o cara que eu desmaiei tinha
acesso ao cofre.
E que coincidência, dentro do andar tinha fileiras e mais
fileiras de guardas vigiando o cofre, eles eram bem
burrinhos para não perceberem que eu era um agente, ou
eu sou esperto de mais?
Andei pela sala onde era composta de um carpete
vermelho vinho, tetos e paredes cinza com uma
iluminação forte.
E lá estava o cofre, era só alguns metros até eu pegar a
safira, mas, tinha que ter um bloqueio, e esse bloqueio
era um homem de mais ou menos um metro e noventa,
vestido com um terno preto e com uma arma em seu
bolso.
-Espere aí senhor. -Disse o homem começando a me
analisar por completo, passou um detector de metais que
apitou loucamente com o mini laser, ele me olhou com
uma cara de desconfiado e ao olhar o que era aquilo,
olhou para mim e disse:
— Chaveiro bonito, mas infelizmente não é
permitido chaves dentro do cofre. —
Eu estava arrepiado de nervoso de descobrirem minha
identidade, mas felizmente foi só isso, cheguei no scanner
de retina e no identificador de digital, e entrei no cofre.

[ 10 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

Era imenso, com várias fileiras de ouro, joias, tinha até


uma cópia de um sarcófago lá no canto do cofre, a não
ser que seja mesmo um sarcófago.
E lá estava no centro de tudo, a safira, protegida por um
vidro e vários sensores de movimento que com um leve
descuido podem te mandar para uma sela dentro de um
laboratório e ser usado para experiencias bizarras, alguns
nunca voltaram, e outros, mas não estavam normais.
Andei até a safira que estava protegida de uma forma
bem estranha e fácil demais para ser verdade, devia ser
falsa, olhei para os lados, mas não tinha nada até que
meu celular começou a tocar, era meu chefe ligando,
COMO EU PUDE ESQUECER O TOQUE DO CELUALR
LIGADO?
Nesse meio tempo lembrei que minha esposa tinha
pedido para eu deixar o celular com toque ligado para
caso ela precisasse me ligar. Serio que eu esqueci disso
quando comecei?
-Ei não é permitido celulares no cofre. -Disse o mesmo
homem que me parou na entrada. E que sem falar nada
já vinha a mil por hora em minha direção, ó disfarce
estava acabado.
Corri pelos vários corredores e atendi meu chefe que já
estava me ligando pela quinta vez.
-O que você quer? Eu estou ocupado agora. -Disse a
meu chefe.
-Preciso que você venha para a agência, tenho algo para
contar a você.
-Não me diga. Olha se puder eu estou em uma pequena
confusão então tchau. -Disse enquanto corria pelos
corredores.

[ 11 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

-Não se atrase ou vai ter sérios problemas no futuro.


-Disse meu chefe com um tom bravo, acho que ele não
ficou feliz com minha resposta.
-Certo? -Eu não entendi esses “problemas no futuro”,
mas OK.
Faltavam 15 minutos para a veneno chegar, estava
atrasando isso tudo, subi pelas prateleiras cheias de joias
e cheguei ao topo, e não é que eu estava certo, a alguns
metros de distância estava uma safira bem protegida por
simples lasers, algumas fileiras cheias de metralhadoras
bem carregadas, alguns sensores de movimento, câmeras
e provavelmente muito mais coisas, mas eu não tinha
tempo para analisar tudo.
Corri por cima das prateleiras em direção a safira, usei
um talquinho para ver onde estava os sensores de
movimento, passei por eles com um pouco de dificuldade
por causa do espaço ser bem estreito, tampei os lasers
com pequenas pedras que não permitiam a passagem dos
lasers, passei disparado pelas metralhadoras que só não
me atingiram por causa do meu uniforme aprova de balas,
agentes tem que estar preparados para tudo. E finalmente
estava lá a safira, era brilhante e bonita, peguei-a e me
arrependi após isso.

[ 12 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

A última perseguição

Não durou muito tempo dês de que eu toquei na safira e


já tinha uma legião de balas vindo em minha direção, eu
agradeço esse uniforme até hoje que me protegeu de
todas as balas. Fugi com a safira pulando pelas
prateleiras, ao olhar pra trás tinha alguns drones vindo em
minha direção, eu não estava surpreso ao ver que tinha
armas acopladas nesses drones, era de se esperar de um
cara rico, eu fugi o mais rápido possível, tinha uma
abertura para a ventilação ali perto, eu estava salvo.
Entrei rápido e comecei a subir o mais rápido possível,
provavelmente tem mais que um drone me buscando na
ventilação, mas eu não podia esperar por eles então eu
simplesmente corri com a safira o mais rápido possível,
estava difícil respirar, talvez tenham desligado o sistema
de ventilação para me prejudicar, mas eu sei que consigo
fugir mesmo com essas dificuldades.
Cheguei no teto, faltava apenas 3 minutos até acabar a
missão e a veneno vir me buscar. Mas a minha felicidade
não durou muito até que vários guardas surgiram com
armas apontadas em minha direção. Eu podia perder meu
tempo com isso então eu simplesmente pulei de cima da
mansão e abri um tipo de planador acoplado a minha
roupa e planei até o portão onde eu teria que esperar
alguns minutos até a veneno chegar.
Quanto mais eu esperava mais perto os guardas
chegavam com carros e motos. Mas bem a tempo a

[ 13 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

veneno chegou, eu entrei nela e acelerei o mais rápido


que pude.

Após passar pelo túnel eu achei que estava seguro, e


que nenhum dos guardas teria me seguido, até eu sair
dele e ver um helicóptero com um holofote mirado
diretamente para mim, por que rico pode ter tanta coisa?
E em questão de segundos várias motos e carros
surgiram, todos pintados de preto e blindados, dá para
ver por causa do metal usado. Devia ser uns 5 carros e 6
motos.
Eu despistei alguns entrando em um beco, infelizmente
3 dos carros e todas as motos entraram. Seria difícil
despistar de todos eles. Principalmente as motos.
Algumas das motos ficaram do lado do carro e miraram
suas armas em minha direção, então eu como qualquer
ser vivo normalmente faria nessa situação, simplesmente
bati com o carro nas motos, agora faltavam 4 motos e 3
carros.
Em algum lugar longe tinha uma rua em reforma, eu
atravessei as placas e corri pela rua esburacada. Uma
moto acabou caindo em um dos buracos, agora são 3 de
cada. Um pouco mais a frente tinha um buraco grande,
devia ter 10 metros de profundidade, provavelmente um
cano estourou ou algo do tipo, o buraco era tão grande
que qualquer um que tentasse passar por cima com um
impulso cairia, e tinha uma rampa lá perto, então eu
testei a teoria e aumentei a velocidade para o máximo e
passei na rampa, o carro voou por cima do buraco, e por
pouco eu quase caia dentro. Atrás de mim estavam as

[ 14 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

motos que conseguiram passar pelo buraco passando pelo


redor dele, e aumentaram a velocidade atrás de mim.
Eles puxaram as armas e começaram um tiroteio atrás
de mim, infelizmente o carro não era blindado e acabou
que o primeiro tiro quebrou a janela traseira, o segundo
quebrou o farol traseiro esquerdo, eu me abaixei e usei a
câmera instalada na frente do carro para dirigir.
Eu me sentia nos velozes e furiosos, sai da rua ainda
com vários tiros tentando me acertar mas não
conseguiam, entrei em uma rua muito movimentada todos
os carros começara a buzinar para mim, acho que
arranhei uns 4 carros somente tentando sair de lá, , eu
estava a mil no meu carro passando por outros motoristas
e tentando despista-los, passando por um Camaro de
alguém, que aparentemente não teve um bom dia, afinal
eu acidentalmente encostei no carro dele e ele virou pra
esquerda que era onde eu estava com o objetivo de bater
no meu carro, eu acelerei e passei por ele antes que me
acertasse, e ele acabou acertando uma das motos que
acabou caindo. No final foi ele que me ajudou
Corremos por vários quilômetros e chegamos na região
de Holden Heights, o bairro mais perigoso de Orlando, eu
ainda estava com as duas motos atrás de mim, resolvi
para o carro e abrir a porta, o que fez com que os dois
caíssem da moto, foi uma pancada em tanto e
infelizmente o carro ficou todo quebrado e sem as duas
únicas portas, um deles desmaiou mas o outro ficou
apenas um pouco tonto. Sai de dentro do carro e agarrei
ele.
-Diga ao seu chefe que ele vai ter que suportar uma joia
a menos. -Disse a ele com frieza nos olhos.

[ 15 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

- S-sim senhor. -Disse ele gaguejando enquanto soltava


ele.
Ele pegou o companheiro e foi embora. Decidi pegar
meu rumo também, afinal eu vi um beco bem suspeito ali
perto na qual eu não tinha interesse de entrar, aqueles
caras que ficavam estavam lá me davam calafrios.

Algumas horas depois eu já estava novamente na minha


agencia que está localizada no bairro Dr. Philips, ela fica
no subterrâneo da cidade, e com um prédio em cima para
disfarçar, com apenas uma entrada por um elevador
dentro desse mesmo prédio. Era bem espaçoso, coloquei
meu dedo sobre o scanner de digital e desci nele
escutando uma música clássica que me deixou mais bravo
do que eu já estava, só pelo fato de meu carro ter sido
reduzido a quase sucata e ter que fica no concerto por 3
meses já era estressante, agora uma música clássica piora
tudo.
Ao chegar na agencia eu dei uma provável última olhada
no meu lugar onde passei 24 anos da minha vida
trabalhando, era bonito, se você olhasse por cima ele
parecia um Y só que meio deformado., um hall gigante
com vista para o andar de baixo, o andar de baixo tinha
uma grande fonte que jorrava agua e em cima tinha um
holograma com informações da empresa e outros
hologramas que especificam missões, agentes andando
pelos corredores conversando e discutindo quem era
melhor nas missões, outros iam a lojinha para pegar um

[ 16 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

armamento especial para missões. Tinha outros que


comiam coisas no restaurante e na lanchonete, ou
comprando algo na maquininha de salgadinhos e vendo
que aquilo sempre ficava preso, eu tenho sérios casos de
problemas com aquela máquina de salgadinhos. Vou
sentir saudade desse lugar.
Eu desci pela escada rolante que levava para o primeiro
andar, os elevadores são exclusivos para cadeirantes, mas
não se enganem, esses cadeirantes são melhores nesse
trabalho do que você pensa.
Andei até uma sala, e era lá onde todos os itens
recuperados eram deixados até que fosse decidido o que
seria feito com o item.
Lá eu encontrei uma garota, ela usava terno e óculos,
tinha os cabelos encaracolados e marrons, e tinha uma
pele mais escura.
-Por favor, coloque isso no setor A-13.
-Já é a segunda vez na semana, daqui a pouco seu
armazém particular vai ficar lotado. -Ela sorriu.
-O chefe gosta de enrolar para decidir essas coisas, fica
complicado. -Disse e em seguida, sai da sala.
Subi por outra escada rolante, subindo eu encontrei
minha esposa, Marcy, ela era morena, com lindos cabelos
lisos pretos, e olhos azuis, usava uma saia preta e terno.
-Por que não me atendeu?
-Eu estava ocupado no momento, a safira não podia se
recuperar sozinha afinal de contas.
-Eu estava com saudades, e decidi ligar para você.
-Tenho que admitir que sem você eu teria pegado uma
joia falsa.

[ 17 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

-Viu só, por mais que isso possa ter colocado você em
uma furada, eu ainda te ajudei.
-Verdade, obrigado.
Ela me beijou e saiu andado para o elevador.
-Vejo você mais tarde. -Ela gritou
-Com certeza. -Gritei de volta.
Caminhei alguns metros e entrei na sala do chefe onde
era uma sala de vidro onde os agentes mais importantes
recebiam missões, por fora não era possível ver por
dentro, mas do lado de dentro tudo era tão fácil de ver do
lado de fora que nem parecia ter vidro naquele lugar.
-Olá agente M. -Disse meu chefe.
-Olá chefe. -Notei que tinha outro garoto sentado na
cadeira do lado, eu estranhei aquilo, isso nunca aconteceu
comigo. -Quem é ele? —
-Esse senhor M., é seu novo parceiro para a missão final.

[ 18 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

Meu parceiro consegue


retirar um pacote

-Calma, essa era para ser a minha última missão, não


vou ter que fazer mais uma!!E ainda com esse menino
que acabou com prováveis 0% de conhecimento de
espionagem -Perguntei a ele com uma raiva imensa
-Sim - Ele parecia estar mais nervoso do que eu
pensava, ele ficou muito sério.
-Desculpa, mas eu tenho que recusar, eu já te disse que
eu estou aposentando e...
-Te pagamos em dobro por essa missão, e ainda
financiamos o conserto do seu carro.
-Qual a missão, onde começar, quando começar e como
começar? -Disse sem pensar duas vezes.
-Enfim, o que eu queria falar primeiramente é que nessa
sua missão você vai precisar de um parceiro, como você
sabe, duas mentes trabalham melhor que uma. -Disse
apontando para o menino que aparentava ter 21 anos,
tinha cabelo escuro bagunçado e curto, usava óculos, era
pálido, usava uma camisa preta, uma calça jeans, uma
jaqueta vermelha vinho e não aparentava ter um bom
porte físico. Tinha serias olheiras em seus olhos e marcas

[ 19 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

que aparentavam ser de headsets em volta de seus


ouvidos.
-Garoto poderia sair daqui rapidinho, eu quero ter uma
palavrinha rápida com meu chefe. -Disse pacientemente.
-Ah sim claro senhor. -Disse enquanto se levantava da
cadeira e saia da sala.
Após o menino sair da sala eu encarei meu chefe e
disse:
-Você está de brincadeira que chamou um moleque
como esses para ser meu parceiro?
-Não, isso é sério, eu o chamei por ser um dos mais
inteligentes da Agência, se não fosse ele vários hackers
poderiam ter invadido nossos servidores e roubado dados
sobre nossa localização e informações pessoais dos
agentes. -Pensando por esse lado eu não gostaria que
vários inimigos meus não soubessem onde eu estou,
então ele pode ser útil.
-Certo, mas antes preciso testar ele para ver se ele está
pronto. -Disse olhando para o setor de treino.
-Pode tentar, afinal, precisamos do máximo possível que
podemos exercer a ele.
-Ok -Disse enquanto saia da sala e ia em direção ao
garoto.
Cheguei nele, ele estava sentado em um banco lá perto,
estava olhando coisas em seu caderno, não sei o que era,
mas também não queria saber.
-Olá, pelo visto agora eu e você seremos parceiros de
trabalho, enfim qual seu nome? -Perguntei a ele vendo se
ele já tinha capacidade de passar do primeiro teste.
-Eeeeh oi, meu nome é Zack. -Disse estendendo a mão
para mim.

[ 20 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

-Um agente nunca revela seu nome para alguém. -Disse


enquanto apertava sua mão.
-Olhe essa carta. -Disse soltando minha mão.
Ele deixou uma carta em minha mão e nela estava
escrito: “Meu verdadeiro nome é Peter”. E percebi que cai
em uma tática de mestre, agora não sabia se esse nome
era verdadeiro ou não.
-Certo passou do teste de identidade, hora do próximo
teste. -Disse com um sorriso. Talvez ele seja melhor do
que eu pensei.

Na sala de treinamento eu o levei até a seção de treino


de mira:
-Vamos lá, me mostre o quão bom é sua mira.
-Certo. -Ele gaguejou.
Olhei ele mirando, apontando exatamente para o alvo e
atirou. Crash, ele acertou exatamente no meio.
-Eu treinei isso por meio de jogos de battle royale de
tiro no geral.
-Certo, agora a escalada. -Apontei para uma parede
com pedrinhas suporte para ele escalar.
-Aí droga. -Ele levantava a cabeça até o final da parede.
Uma meia hora depois ele só conseguiu escalar
algumas pedras, mas em geral muita pouca coisa, ele
nem tinha chegado à metade. Muito mal.
-Teste de resistência. -Disse pegando uma mangueira
com um jato mais potente que um gêiser e atirei nele.

[ 21 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

Em questão de apenas bater nele ele já estava voando


até o outro lado da sala.
Depois dele se secar e se acalmar da experiencia eu o
levei ao teste de agilidade. Que continha algumas barras e
elevações do piso. Após ele pegar uma espécie de
elevador ele subiu até o começo do percurso.
-No já você vai. -Coloquei o dedo no começo do timer.
-Já.
Ele saiu em disparada e pulou para agarrar a barra,
pegou impulso e deu um mortal no ar e agarrou na outra
barra e pulou para a próxima elevação correu por outro
lado, pulou sobre a barra e agarrou em uma barra presa
no teto e chega no final. Isso teria acontecido se ele não
tivesse ficado preso na primeira barra e ter que esperar
alguns minutos para a equipe de segurança chegar e
finalmente ajudar ele a descer.
-E você falhou no teste de agilidade e flexibilidade. -Disse
enquanto ele se recuperava do que aconteceu. -Até agora
você só passou de um único teste que era o de mira.
Receio que você não tenha capacidade para participar da
missão. -Continuei falando.
-Espera eu posso tentar alguma coisa, eu sei que tenho
capacidade para isso, eu preciso conseguir. -Ele disse em
uma velocidade tão rápida que eu até me assustei de tão
rápido que foi.
Eu comecei a pensar no que ele podia ser bom para a
missão, então eu lembrei que preciso de alguém com
conhecimento hacker para me ajudar a obter informações
Em espionagens, isso além de ser útil vai dar um grande
avanço em investigações.

[ 22 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

Só existia uma forma dele se mostrar realmente capaz.


Ele teria que consegui tirar um salgadinho da máquina de
salgadinhos, algo impossível até para os mais experientes
daqui.
-Certo, acho que existe algo em que você possa fazer
para passar do teste. -Disse olhando diretamente para a
máquina de salgadinhos.
-SÉRIO? Muito obrigado, muito obrigado mesmo! -Disse
enquanto me abraçava.
Ao chegar lá vimos que tinha uma pessoa arriscando a
sorte para pegar um salgadinho, ele acabou fracassando
miseravelmente tendo um pacote de dioritos preso na
mola a centímetros de cair.
-A cara foi quase dessa vez – Ele falou socando a
máquina.
-Sério que é isso que eu tenho que fazer? -Disse
olhando com um olhar determinado para a máquina -Vai
ser moleza.
-é o que veremos. -Disse rindo da sorte de quem
tentava.
-Agora é a sua vez.
Ele chegou na máquina e deu uma olhada, deus uns
murmúrios de contas e debates entre ele mesmo, eu não
estava entendendo nada. Tudo que eu escutei foi: “sendo
que todos acabam ficando presos na mola talvez algo
relacionado ao dinheiro que você usa para pagar possa
completar a volta, ou talvez o tempo que é agora.”
Ele deu uma olhada em volta, olhou pro relógio, olhou
pra maquina e digitou um dos salgadinhos, colocou uma
moeda e deixou o resto acontecer.

[ 23 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

Uma multidão tinha se formado em volta do menino,


todos em um silencio mortal para ver no que ia dar, cada
um mais tenso que o outro.
A mola girou, todos olharam atentamente para o
produto. A mola deu uma volta, deu duas, deu três,
ESTAVA QUASE SAINDO, mas ela parou novamente a
alguns centímetros. Um grande suspiro de decepção
rodou todos.
-Esperem um pouco -Disse o garoto olhando
diretamente para seu relógio de pulso.
Todos começaram a olhar atentamente para seus
relógios, então as exatos 24 horas, 25 minutos e 35
segundos um barulho surgiu de dentro da máquina, ela
fez um barulho como o de um robô fazendo um pequeno
movimento.
Um pequeno pedaço de plástico surgiu atrás do
salgadinho que ele escolheu, dando um pequeno
empurrão nele, fazendo aquele mesmo salgadinho cair
suavemente no chão da máquina, e aquele mesmo garoto
pegou aquele salgadinho, abriu ele e voltou-se para mim,
comeu um dos salgadinhos e disse:
-Que horas nos começamos o caso?

[ 24 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

Oeste está em nossa mira

Após entrarmos na sala de nosso chefe com uma legião


de pessoas gritando pelo Menino. Tinha até uma briga lá
no fundo sobre qual era seu verdadeiro nome, isso eu
fiquei intrigado, mas em geral eu não tinha nenhum lado
em especifico, afinal, eu também não sabia.
-Eu acho que ele se provou útil, não é mesmo? -Disse
meu chefe rindo da minha cara.
-Sim ele passou... -Disse com muito desconforto.
-Foi fácil como hackear um PC. -Disse o menino
cruzando os braços de orgulho.
-Vai, não vai ser tão ruim, você também já foi assim.
-Ele falou com muito esforço para não rir de minha cara.
-Foi simples, era tudo uma questão do espaço. -Disse
dando uma volta com seu dedo- Se você compara a nossa
agencia, ela se assemelha com um Y meio deformado,
isso porque seus traços representam uma parte do
relógio, a parte menor é as horas, a maior é os segundos
e a media são os minutos. Comparando o tempo
programado na máquina, ela estava 5 minutos adiantado
em relação ao de nossos relógios de pulso. -Então
comparando o formato do Y dava exatamente meia noite
e vinte e cinco, no relógio da máquina nesse exato
momento você devia fazer a compra, ao fazer essa
compra, ela vai estar programada a mexer uma barrinha
de plástico empurra ela nas exatas meia noite e vinte e
cinco do relógio de pulso.

[ 25 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

-Certo. -Disse surpreso com o jeito dele ter pensado


nessa forma- enfim vamos desenvolver isso, o que
aconteceu em geral?
-Enfim. -Ele parou de segurar a risada e começou a falar
seriamente- Recentemente nossa equipe encontrou um
caminhão tombado.
-Grande coisa isso sempre acontece.
-Porem esse caminhão era um caminhão forte, que
possuía o equivalente a um bilhão de dólares, estava em
direção ao Texas, e foi encontrado no novo México. Ele
continha diversas notas. Mas após uma análise, foi
descoberto que essas notas eram falsas. Vejam aqui. -Ele
apontou para duas notas de um dólar na mesa.
-Como pode ver são duas notas iguaizinhas, mesmo
material, mesma forma, mesmo basicamente tudo. Porem
se você pegar a nota da direita e colocar em frente a uma
luz. -Ele pegou uma lanterna que estava em sua mesa e
acendeu ela na nota. -Você consegue perceber que você
consegue ver um reflexo do outro lado da nota quase
perfeitamente. -Ele colocou a nota de volta na mesa e
pegou a outra e fez a mesma coisa. -Como pode ver,
diferente da nota original, essa não conseguia ter um
efeito comparado ao da outra nota, ficando muito claro e
difícil de se ver.
-Então você quer que nós investiguemos esse caso de
notas de banco falsificadas? -Disse achando isso meio
estranho e fácil demais.
-Sim, infelizmente não conseguimos encontrar muitas
informações, o caminhão estava altamente danificado, seu
GPS embutido trincado com sua placa quebrada, além de

[ 26 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

que a placa da frente e de trás ficaram manchadas,


amassadas e quebradas.
-Ok, sabe sobre mais algum caminhão que caiu dessa
mesma forma? -Disse o garoto enquanto mordia seu
dedo.
-Sim, foram encontrados outros nesses locais. -Ele
clicou em sua mesa e criou um holograma dos estados
unidos.
-Eles estão aqui e aqui e aqui. -Ele disse clicando nos
estados de: Oregon, California, Novo México e Montana.
-Certo. -Disse eu e meu “parceiro”.
-Conto com vocês detetives.

Passou-se um dia, estávamos pegando um jatinho para


o Novo México, o lugar onde teve o caso mais recente.
Todos os casos ocorreram na região Oeste dos Estados
Unidos, sendo assim, temos já a região onde pode estar
essa fábrica de dinheiro falso.
Antes de entrar no avião, eu tinha explicado a Marcy
que vou ficar um tempo fora para fazer essa missão.
O jatinho era bem confortável, era de teto branco, com
paredes de couro bege e detalhes brancos. Além de que
contem cadeiras de couro vermelho com porta copos. E a
cada cadeira, tinha uma mesa branca com vidro azul em
cima, com uma conexão USB para conectar notebook,
celular, jogos, tudo, ao colocar, além de carregar o
dispositivo, também cria um holograma que você pode
tocar e interagir com o aparelho por lá.

[ 27 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

-Bom, vamos ficar umas 5 horas aqui né?


-Receio que sim.
Ajeitei meu terno que sempre uso para missões, meu
parceiro usava um jeans com uma camisa amarela um
casaco vermelho e carregava também, uma mochila na
qual ele levava um mini laboratório de acordo com ele.
-Bem, vou começar a criar um dispositivo, eu acho que
ele pode ser bem útil nessa nossa missão.
-E eu poderia saber o que é? -Olhei para ele dá outra
fileira de cadeiras.
-Não quero falar, é uma surpresa para quando tudo
estiver se acabando ao nosso redor.
Ele tirou um objeto circular da mochila, cabia na palma
da mão, ele tirou um óculo, um alicate e começou a
mexer em um sistema de fiações. Eu ainda estava
inconformado em relação ao nome dele, então eu
perguntei.
-Afinal, qual seu nome?
-A identidade de um agente é muito importante para o
sigilo de uma missão.
Essa resposta foi como tomar uma facada, de um garoto
20 anos mais novo que você.
-Mas pode me chamar de Cyber, meu codinome. -Ele
disse olhando para mim. -Agora fique mais quieto, uma
alteração em falso pode causar algo horrível.
-E o que exatamente seria esse algo horrível?
-Nada de mais, apenas uma explosão sônica quebrando
até vidros considerados indestrutíveis, e se auto explodir,
criando uma cratera no raio de 500 metros.
Eu olhei para ele e sem falar eu já transmiti a
mensagem. Não ouse fazer isso.

[ 28 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

-Mas, eu já fiz isso tudo antes de começar a missão.


Essa máquina agora só causa uma explosão pequena.
Caso eu erre.
-Ufa. -Respirei aliviado.

O avião decolou, ele funcionava de forma automática,


sendo assim não precisava de piloto.
Quando o avião se estabilizou no ar, eu conectei meu
celular a mesa, e em seguida, subiu um grande
holograma na minha frente, e eu comecei a abrir alguns
arquivos, ler relatórios, e outras coisas.
Eu olhei pro lado, e Cyber estava usando seu alicate, e
mexeu em um fio, e a maquina apitou, ela começou a
fazer um barulho de alarme.
-Aconselho você a se esconder. -Ele pulou para a cadeira
atrás da dele.
Eu fiz o mesmo, primeiro peguei meu celular, e pulei
para a cadeira de trás. E eu escutei um Bip, Bip, Bip. E
bum, a maquina se auto destruiu, o banco inteiro, a mesa,
o chão, parede e teto do avião naquela parte, mudaram
de cor para preto, e o avião balançou todo, mas
rapidamente se estabilizou novamente no ar.
-Ufa, ainda bem que eu tenho um reserva.
Eu simplesmente olhei para ele e disse.
-Não ouse testar essa máquina de novo!

Horário: 12:25
Data: 21/04/2022
Agente: Michael Airstrike e Cyber
Local: Barranco na estrada

[ 29 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

Cidade: Santa Fé
Missão: Investigar carro forte falso.

Finalmente tínhamos chegado ao aeroporto internacional


Sunport, e dentro do jatinho, tinha um Fiat 500, na qual
usamos para não chamar muita atenção, andamos com o
carro dentro da cidade, até finalmente chegarmos onde
ocorreu o possível acidente.
Era uma ladeira, para a direita uma ladeira, e pra
esquerda um morro, que tinha um espaço onde seria
possível colocar o carro. Estacionamos o carro no espaço
que tinha entre o morro e a pista. E fomos para a ladeira,
onde estava o carro forte.
Descemos a ladeira com cuidado, porem Cyber tropeçou
e caiu de cara no chão, depois dele levantar começamos a
investigar, o carro estava em um vão entre uma floresta e
a ladeira, ele estava tombado para a esquerda, e pelo
visto ia em direção a cidade, mas caiu, ainda tinha
algumas notas presas ao carro forte. Olhei para Cyber e
disse.
-Você olha o lado de fora, e eu olho o lado de dentro,
Ok.
-Ok
Subi no carro-forte e entrei pela porta do passageiro,
estava tudo quebrado, o vidro estava estourado e as
cadeiras quebradas, abri o porta luvas com esperança de
encontrar alguma coisa, encontrei coisas básicas, como
papel higiênico, lenços humedecidos e alguns salgadinhos.
Continuei procurando, olhei em todos os locais onde pode
se colocar coisas, e felizmente eu achei uma carteira, e lá
tinha informações do motorista, Jack Williams, tinha 32

[ 30 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

anos, e nasceu na floria, Los Angeles. Já teve algumas


passagens na polícia.
Ao longe, Cyber gritou para chamar minha atenção.
-Ei.
-O que?
-Vem cá, você tem que ver isso.
Sai da parte do motorista e pulei do carro-forte. Ele
estava quase dentro da floreta, encarando o chão.
-O que foi?
-Olha isso. -Ele apontou pro chão. -São marcas de pneu,
isso indica que algo entrou aqui, além de que essas
marcas são recentes, e não tem um caminho que faz
parte da estrada, o que indica que alguém entrou aqui.
-Verdade, temos que investigar isso.
-Vamos.
Entramos na floresta, ela não era muito densa, e tinha
uma fácil passagem que seguia reto com os rastros de
pneu, porém, era muito fechado na parte superior, era
quase impossível ver o céu. Seguimos retos por um longo
trajeto, até os rastros pararem de repente.
-Como assim?
-Espere, me deixe pensar...
Ele ficou parado por um curto tempo, e pegou uma
pedra, e jogou em direção em que estava os rastros, mas
ao invés de continuar indo, a pedra bateu em algo e caiu.
-Temos que sair desse lugar, me segue.
Segui ele, entramos na floresta e nos escondemos nas
moitas, e ele ficou parado olhando para onde os rastros
terminavam, e ficou ali por um tempo, então de lá se
abriu uma porta, onde dois guardas com roupa aprova de
balas saiu, eles olharam em volta, e saíram.

[ 31 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

-Como eu pensei. -Cochichou Cyber. -Isso é uma doma,


por fora ela é pintada de forma que ninguém perceba que
tem algo lá dentro. Temos que descobrir a entrada.
-Tenho que admitir, eu subestimei você, talvez você não
seja tão ruim como eu pensava.
Ele olhou com cara de garoto quando a mãe da o
presente que ele sempre desejou, eu realmente comecei a
pensar no porque eu fiz isso, e tive que arcar com as
consequências de ter um garoto de 21 me olhando com a
cara mais feliz do mundo, o que é bem desconfortável, vai
por mim.
Ele estava olhando para cima, então pegou de dentro da
roupa um pequeno disco, e da mochila um óculo de
realidade virtual e um manete de PlayStation. Colocou os
óculos e ligou o disco, que saiu quatro garrinhas e uma
luzinha vermelha.
-Esse é meu pequeno drone, eu posso controlar ele até
mesmo a dois quilômetros de distância por esse controle
de PlayStation que eu modifiquei e esse óculos de
realidade virtual que eu também modifiquei.
Ele tirou outros óculos e me entregou, eu o coloquei em
minha cabeça e de lá eu consegui ver a visão do drone.
O Cyber pegou o drone e ativou a habilidade de voar, as
quatro garrinhas se viraram para cima e começaram a
girar, e começou a voar.
-Vamos lá.
Ele fez o drone voar para cima, subindo para cima do
domo, ao voar, nós achamos uma abertura no topo do
domo, o drone entrou por ele e desceu, dentro do domo,
tinha uma grande casa dentro, ela era branca, moderna,
com vidros pretos, e ao redor estava alguns guardas

[ 32 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

monitorando o local, eu não olhei mas senti que ele


estava engolindo o seco, por algum motivo.
O rastro continuava dentro do domo, e seguia até uma
garagem que felizmente estava aberta, mas para entrar
teríamos que tomar muito cuidado.
Tinha algumas caixas do lado de fora, elas tinham algo
escrito, mas daquela distancia não dava para ler.
-Ei, aumenta minha imagem naquela caixa por favor,
acho que eu vi algo estranho lá.
Ele aumentou a imagem, estava vendo claramente
agora, estava caixa escrito: “LvM, Las Vegas Moneys” Isso
indicava tudo, esse suposto banco ficava em Las Vegas.
-Eu vou fazer uma coisa arriscada. -Ele acessou as
configurações de funções. -Você confia em mim?
-Confio.
Ele ativou uma função de áudio super alto, que fez um
som de alarme de incêndio. Rapidamente várias pessoas
com jalecos brancos começaram a sair. Deviam ser
cientistas, mas o que faziam naquele lugar.
Eles corriam desesperadamente para fora achando que
realmente estava pegando fogo naquele lugar,
aproveitamos a chance e entramos com o drone dentro
daquela garagem.

[ 33 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

Uma situação complicada.

Entramos dentro da garagem, e ela descia até um


subsolo da casa, descemos com o drone sem ser
percebido pelos cientistas que corriam em alta velocidade,
trombando uns nos outros e tropeçando a cada segundo.
Se eu não estivesse sério naquela situação eu
provavelmente estaria rindo daquilo.
Após um curto tempo descendo, nós chegamos a um
laboratório subterrâneo, ele era todo branco, na parede
com partes elevadas com Led azul claro dentro.
Continuamos seguindo pelo corredor, até chegarmos em
uma sala circular que dava passagem para outros
corredores, e lá dentro tinha um grande monitor.
-Deve ser o monitor principal, onde colocam
informações do que eles fazem.
-Uma boa hipótese, esse drone tem uma forma de
pegar informações?
-Claro, ele consegue criar uma copia das informações,
vamos lá.
Ele guiou o drone até a entrada, USB, em seguida ele
ativou a opção de conector, e se conectou ao
computador. E rapidamente, o drone pegou todas as
informações daquele lugar.
-Certo, agora temos que tirar o drone daquele lugar.

[ 34 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

Ele virou o drone e começou a sair pelo mesmo lugar por


onde entramos, mas infelizmente escutamos algo não
muito agradável.
-O que é aquilo ali?
Alguém tinha encontrado o drone, Cyber acelerou o mais
rápido possível com o drone, enquanto eu fiscalizava o
que acontecia, estávamos sendo atacados, os guardas e
cientistas tentavam pegar o drone como pegam
mosquitos. E eles não estavam longe de acertar, a cada
batida de palma perto do drone, um impulso ele tomava.
E quando estávamos quase saindo, alguém consegui
acertar a assa do drone. E ele começou a cair.
-Não. -Cyber rapidamente ativou a opção de enviar, e
enviou todos os dados para o celular dele em um piscar
de olhos.
Quando o drone finalmente caiu, ele ainda funcionava
um pouco, então Cyber ligou o microfone do drone e
disse.
-Ativar auto destruição do sono.
O drone começou a apitar, e então ele se explodiu, e a
câmera desligou.
Eu tirei o Óculos e olhei pra cima, uma fumaça saia de
dentro do domo, e era verde, a auto destruição tinha
soltado uma quantidade gigantesca de fumaça, que
infestou todo o domo, fazendo todos que estavam dentro
dormissem.
-Certo, nós temos as informações, vamos fugir agora.
-Cyber começou a correr mais rápido do que no dia do
teste.
Eu fui junto, corremos bem rápido de volta para o carro,
seguimos a pequena trilha formada pelas marcas, e nem

[ 35 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

notamos os animais a nossa volta. O soro era de curto


tempo, e em menos de 10 minutos ia acabar o efeito,
fazendo todos acordarem.
Estávamos quase chegando no carro, quando escutamos
algo estranho, era o barulho de um helicóptero,
aceleramos o passo.
Ao sair da floresta, vimos que o carro-forte estava sendo
levado por um helicóptero, era um helicóptero azul com
detalhes cinza, e tinha quatro hélices, e o carro realmente
seria levado se ele não tivesse percebido eu e Cyber.
Ele levantou para cima, e virou para nossa direção, e de
baixo do avião, saiu duas metralhadoras de dentro dela. A
primeira coisa que eu e Cyber fizemos foi olhar um pro
outro e dizer a mesma coisa.
-Corre!!!
Sem pensar duas vezes nos corremos em direção a
floresta, enquanto um helicóptero passava, nós corríamos
tão rápido que eu achei que estava andando na
velocidade da luz, estava passando por moitas, pedras,
arvores, tudo, a adrenalina tinha tomado conta de mim e
eu já estava sem controle de onde estava indo.
Eu só ia desviando do máximo possível de balas, até que
uma passou raspando pela minha perna, eu cai e agora
estava muito exposto, então eu corri para a pedra mais
próxima e me protegi ali, estava tampando o ferimento
para não sair muito sangue, por mais pequeno que fosse
o ferimento.
Eu olhei pro lado, e lá estava Cyber, escondido em outra
pedra lá perto, estava apavorado, todo cheio de
arranhões e com as roupas rasgadas, talvez o caminho

[ 36 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

que ele pegou tivesse muitas coisas que pudessem


arranhar ele.
Quando ele notou que eu estava lá, ele me olhou com a
maior cara de pavor do mundo e fez sinais com a mão
para ir até ele.
-Não olha para trás. -Cochichou enquanto fazia sinais
para eu chegar perto dele.
Eu olhei para trás, e lá estava, um urso andando atrás
de mim. Eu entrei em desespero e comecei a correr
ignorando o ferimento da perna. O urso notou nossa
presença e começou a vir em nossa direção com muita
raiva e agressividade, estávamos em desvantagem, em
uma completa mistura de desespero e adrenalina.
A situação não estava nada boa, tínhamos um urso
vindo atrás da gente, e um helicóptero atirando na gente
também.
-Temos que entrar no carro. -Ele disse correndo pela
mata.
-Por que?
-Lembra daquela maquina, ela um dispositivo de PEM
(Pulso Eletro Magnético), mas tenho que fazer isso dentro
do carro para ele não se desligar com o pulso.
-Certo, eu distraio e você liga a máquina.
-Ok
Ele foi para a direção do carro, agora era só sobreviver.
Continuei correndo por um tempo, eu escutava o urso
gritando muito, as hélices do helicóptero e também a
metralhadora. A situação estava muito tranquila.
Continuei correndo pela floresta, até eu sair dela, indo
parar diretamente no vão entre a floresta e o barranco. E

[ 37 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

lá estava o Cyber tentando abrir a porta, mas estava


trancada.
Eu tirei a chaves do bolso e gritei com a maior força
possível.
-Pega!!!
Joguei a chave, na direção de Cyber, ele olhou para a
chave e quando chegou perto o suficiente dele, ele
agarrou a chave. Abriu a porta e se sentou no banco.
Eu me virei para a floresta, e eu vi o urso em pé, com os
braços aberto, indo me dar um abraço, com 0% de
chance de eu ter uma fratura na coluna. E o Helicóptero,
que tinha parado de atirar para esfriar a metralhadora.
Aquele era possivelmente meu fim, estava com duas
formas fáceis de morrer, agora só esperar o pior
acontecer.
Até que eu escutei um pequeno barulho de explosão, e
em seguida algo passando por mim, mas eu não
conseguia ver, era invisível, mas possível de sentir, e em
seguida o Helicóptero desligou e caiu causando uma
explosão e fazendo a floresta começar a pegar fogo, o
urso se assustou com a queda do helicóptero e fugiu. Eu
olhei para cima do barranco e vi Cyber saindo do carro
muito feliz e gritando.
-Funcionou, não acredito que realmente funcionou.
Entramos dentro do carro que não foi afetado pelo PEM,
e começamos a rir de nervoso, aquela situação foi muito
estranha, ele me entregou o celular para investigarmos,
ligamos para o corpo de bombeiros para resolverem a
situação em relação ao fogo, e voltamos para o Jatinho.

[ 38 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

Velhos inimigos
No jatinho, antes de decolar, conectamos o celular na
mesa, projetando um holograma interativo na nossa
frente, passamos pelos aplicativos dele, e acessamos
arquivos, fomos em recentes e tinha a pasta com todas as
informações do suposto banco.
-Ele já é programado para separa em categorias todas
as informações, o que nos dá uma acessibilidade maior.
Dentro da pasta existia outras diferentes, uma de
informações de trabalhadores, outra de arquivos pessoais,
dados do banco, relatórios, entre outros.
-Ali. -Cliquei em um que falava sobre o laboratório.
“Relatório de tutorial, laboratório do novo México, usado
para pesquisas de como deixar o dinheiro naquele tom,
usado também como moradia da chefe e seu filho, na
qual o nome dos dois não pode ser apresentado.”
Cyber olhou meio desanimado para aquilo, achei
estranho, mas tinha coisas mais importantes para fazer.
Sai da pasta e entrei em outra de relatórios recente.
-Aqui, relatório dia 17 de março de 2022.
Cliquei no relatório. “Relatório de 17 de março de 2022,
local, novo México casa da chefe, horário 10 horas e 50
minutos. Nosso caminho de Las Vegas até aqui foi

[ 39 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

interrompido por um pedido de última hora pedindo para


nós abandonarmos o carro, fizemos o que foi pedido,
deixando o carro tombado em uma ladeira, e um carrinho
do domo veio buscar a gente. Levando direto ao domo.”
Então foi de última hora aquilo, mas por quê?
-Vamos abrir a pasta de agentes.
Fechei a pasta e abri os agentes.
Eram muitos nomes e pessoas diferentes, Henry, Calvin,
Samantha, entre vários outros, mas um em especial me
chamou a atenção, Dave Wallchester. E isso podia nós dar
uma grande vantagem na investigação. Continuamos
procurando por mais pistas, mas nos deparamos com uma
diferente, não tinha imagem e o nome era chefe.
-Deve ser a pessoa por trás disso tudo. Vamos ver
quem é e essa investigação já pode quase ser declarada
encerrada. -Cliquei na pessoa, com esperança de
conseguir alguma coisa.
Grande erro, aquilo era um programa de auto
destruição de arquivos, e todos os arquivos começaram a
se corromper e se excluírem.
-Não, não, não. -Gritei.
Mas já era tarde, todos os arquivos do banco foram
apagados, não sobrou nada.
-Bom, só nos resta uma coisa a fazer. -Ativei o jatinho
que começou a voar. -Temos que fazer uma visitinha a
um conhecido.

[ 40 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

De volta a Orlando, estávamos no aeroporto, tudo era


normal lá, turistas passando, trabalhadores correndo pelo
estabelecimento.
-Por que temos que ficar aqui? Eu não gosto muito de
estar em lugares com muita gente. -Ele estava nervoso
com a situação.
-Relaxa, pode ficar tranquilo, apenas me siga.
-Continuei andando pelas fileiras de cadeira, já era tarde e
todos estavam cansados, dava para ver na cara.
Andamos até chegarmos no banheiro, entrei com Cyber
atrás, estava surpreendentemente vazio, o que era algo
difícil. Mas era disso que precisávamos.
-Por aqui. -Continuei no banheiro, até chegar em um
espelho um pouco danificado no lado.
O espelho estava quebrado, mas quebrado
especialmente de forma estratégica, coloquei meu dedo
por cima do pedaço quebrado, e uma luz azul saiu dos
cacos, após passar por todo meu dedo, ela ficou verde, e
os cacos cresceram e se abriram, revelando uma
passagem para dento da parede.
-Quer ir primeiro? -Preguntei.
-Que legal. -Ele entrou para o corredor.
Após entrarmos a parede voltou ao lugar, até parecia a
parede para o beco diagonal em Harry Potter, mas isso
era tudo nanotecnologia. O corredor era inteiramente
branco com Led verde do lado, um design futurista e
bonito.
Seguindo o corredor chegamos a outra parte do
aeroporto, uma parte especial para agentes em missões
aéreas, estava rodeado de pessoas, ele tinha dois
andares, as escadas ficavam na parede da direita, que

[ 41 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

levava a outro compartimento especializado nos


experimentos de resistência de pilotos e aviões. O andar
de baixo era especializado em pilotos para ajudar agentes
em missões.
E no meio das escadas estava um grande brasão de um
globo azul com um U.C.S.A. estampado.
Andando um pouco encontrei William.
-Olá sumido, achei que tinha se aposentado. -Ele disse.
-Esse era o plano principal, mas tivemos um pequeno
imprevisto.
-Oi. -Disse Cyber.
-Olha, você não é o garoto que conseguiu pegar um
salgadinho daquela máquina? -Ele apontou para o Cyber.
-Bem, foi eu sim. -Gaguejou Cyber
-Parabéns garoto. -Disse William. -Pode me chamar de
Will.
-Ei, nos temos um problema, e precisamos de sua ajuda.
-Falei antes que algo atrapalhasse ainda mais.
-Claro, do que precisa?
-Precisamos que você nos leve até a mansão
Wallchester. -Respondi
-Certo, mas não vai dar para ser com a Falcon dessa
vez.
-O que aconteceu com ela?
-Ela está em concerto. -Respondeu triste.
-Mas tem outro na qual podemos usar?
-Claro, tem o helicóptero novo caso queiram.
-Perfeito.

Horário: 03:0p
Data: 22/04/2022

[ 42 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

Agente: Michael Airstrike


Local: Mansão Wallchester
Cidade: Orlando
Missão: Pegar informações com Dave Wallchester

No meio da madrugada, nós pegamos o Helicóptero e


retornamos a mansão Wallchester. A grande construção
de três andares na superfície e cinco no subterrâneo. Era
elegante até, mas não era nem um pouco boa.
Estávamos a 300 metros acima da mansão, tínhamos
que pular rápido para não terem muitas suspeitas.
Estávamos usando uma roupa preta com planadores
embutidos para quando chegarmos.
-Está pronto Cyber? -Perguntei.
-Aí, é que eu nunca pulei de uma altura tão alta.
Ele olhava nervoso para baixo.
-Qual carro vai querer dessa vez Mike?
-Dessa vez eu vou querer o Hennesey Venon F5, e
dessa vez sem quebrar ele inteiro, deixe ele a uma quadra
da mansão.
-Certo. -Ele começou a digitar as coordenadas no tablet
embutido com o helicóptero.
-Eu ganho carro também? -Perguntou Cyber.
-Não. -Respondi.
-Ah...
-Vamos lá Mike, deixa o garoto curtir.
-Está bem. -Resmunguei um pouco.
-Vamos lá garoto o que você tem em mente.
-Perguntou
-Uma Kawasaki J3 Wheeler. -Disse empolgado.

[ 43 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

-Olha temos uma em estoque. -Ele clicou no tablet para


enviar a moto. -Só, não a quebre como o Mike fez com a
Lamborghini Veneno.
-Pode deixar.
-Estamos chegando, pulem agora e abram o planador.
Fizemos isso, pulamos do helicóptero a uma altura de
aproximadamente 300 metros. Na metade do caminho
abrimos os planadores que estavam inclusos no nosso
traje, e planamos sobre a mansão.
-Cyber, vamos aterrizar no quintal, lá está mais vazio, e
eles reforçaram a segurança no telhado. -Falei por um
rádio dentro da roupa.
-Ei está vendo os guardas? Eles estão na porta, vamos
descer com tudo para cima deles.
-Uma boa ideia. Vamos tentar.
Quando já estávamos no equivalente ao terceiro andar
da casa, nos descemos com tudo em direção aos guardas
no quintal, e demos um chutão tão forte neles que eles
desmaiaram, aproveitamos e pegamos as armas que eles
usavam, mesmo sendo de bala de borracha.
-Tenham bons sonhos. -Disse abrindo a porta para a
cozinha e entrando adentro da mansão.
O quintal levava direto para a cozinha, era muito
espaçosa, era branca, tinha um grande lustre no topo,
com uma grande mesa preta com acentos de couro
branco, e uma grande área para fazer a comida.
-Por aqui. -Caminhei até a porta.
Abri a porta, o corredor estava vazio, ele era vermelho
com piso de madeira dessa vez, lustres no teto e quadros
de família.

[ 44 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

A escada para o segundo andar estava ali perto,


continuamos o caminho, a tenção deixava o lugar
abafado, era desconfortável, eu sempre entrava pelos
dutos, e até era mais confortável do que lá, aqui eu
estava muito exposto.
Chegamos na escada, ela era amarela com um carpete
vermelho felpudo. Subimos ela, mas dessa vez tínhamos
alguns guardas de olho no local, e usavam armas com
balas de borracha.
-É o seguinte, mira no pescoço para desmaiar eles.
-Cochichei para Cyber.
-Certo. -Cochichou de volta.
-No três. -Olhei para os guardas de costas. -Um, dois.
-Corri para cima dos guardas. -TRÊS.
Eles não tiveram tempo para reagir, começamos a atirar
freneticamente para os pescoços deles, porém não
contávamos com o fato dás balas não saírem de forma
silenciosa, fazendo barulhos que todo o corredor poderia
ouvir, e de longe já conseguíamos ouvir.
-Está certo, plano B. -Corri para a entrada de ventilação
mais próxima possível e a abri. -Entra rápido.
Ele veio correndo e entrou na ventilação, eu fui junto, e
fechei a tampa, e do lado de fora era possível ver todo um
batalhão de guardas passando pelo corredor na direção
dos tiros.
-Me diga que você tem decorado todo o sistema de
tubulação dessa mansão. -Ele perguntou baixinho.
-Infelizmente não garoto, Infelizmente.
-Ok, mas eu acho que tenho uma solução. -Ele tirou um
pequeno disco de dentro da roupa preta. -Esse é um robô

[ 45 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

que eu estou testando, ele envia frequências sonoras de


forma que ele consiga identificar todo o espaço.
-O que? -Eu não entendi absolutamente nada daquilo.
-Apenas observe.
Ele soltou o disco, que soltou um pequeno ruído que
percorreu todo o duto. Então ele olhou no mini tablet
embutido no disco e olhou para ele.
-Por aqui. -Ele começou a andar pela tubulação.
Andamos um pouco, subimos pela tubulação e
chegamos ao terceiro andar, mas esse porem já tinha um
nível de proteção bem maior que os outros, tendo seus
soldados com armas de verdades e com proteção ante
balas por praticamente todo o corpo.
-O escritório do Dave deve ser por aqui, eu sinto isso.
-Cochichei.
Ele checou o disco de novo e andou pela tubulação.
-Aqui.
Era um caminho sem saída, mas tinha um duto para o
corredor, que dava para uma porta de madeira carvalho
com os lados folheados a ouro, com dois guardas
fortemente armados, estávamos no teto do corredor.
-Algum plano? -Ele perguntou.
-Sim. -Peguei da minha roupa um pequeno frasco de
vidro com uma fumaça dentro.
Abri o frasco e rapidamente o joguei no corredor,
soltando uma fumaça verde, que ao entrar em contato
direto com os soldados, fez eles adormecerem facilmente.
Descemos a tubulação com cuidado, para não fazer
barulho, trocamos as armas de borracha pelas de
verdade.
-Está na hora. -Fiquei de frente para a porta.

[ 46 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

Abri ela, e eu e Cyber entramos já mirando para um


carinha no lugar onde devia estar Dave.
-Cadê o Dave. -Gritei.
-Nunca vou falar.
Ele ficou prestes a apertar um botão vermelho de
emergência. Mas Cyber foi mais rápido, ficando agachado
e atirando no botão de lado, quebrando-o inteiro.
-Agora você vai falar, por bem ou por mal. -Apontei a
arma.
-Jamais. -Ele se escondeu atrás da cadeira.
-Vejo que terei que apelar. -Peguei um outro frasco na
minha roupa. -Soro da verdade. -Joguei o frasco no chão.
Ele respirou a fumaça que saiu do frasco.
-Agora nos diga, onde está o Dave. -Berrou Cyber.
-Ele está no hotel de Marina Bay Sands, em Singapura.
-Ele respondeu relutantemente.
-Agora me responda foi difícil responder? -Perguntei
para provocar.
-Não -Ele gaguejou.
-Beleza, próxima parada Singapura, vem Cyber. -Andei
até a janela e dei um chutão, a quebrando inteiramente.
-Obrigado pela sua atenção.
Pulamos pela janela e abrimos nossos planadores, e
fomos planando pela mansão, aproveitamos o fato de que
a mansão fica em um pequeno morro, e planamos com
mais facilidade até chegarmos ao local combinado de
deixar os carros e fomos em bora.

[ 47 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

Fazendo o impossível
Estávamos exaustos, não dormíamos a muito tempo,
então nós decidimos dormir aquele dia e continuar a
investigação no próximo.
De manhã, nós nos encontramos no aeroporto para
agentes de novo, e dessa vez pegamos um jato especial,
um jato que ia a três mil quilômetros por hora, de forma
que em menos de 5 horas já estaríamos em Singapura.

[ 48 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

O jato tinha piloto automático e um dispositivo que


permite você mudar o tipo de controle, podendo ser o de
avião típico, ou até por um teclado e mouse
No jato, eu estava organizando algumas ideias, para o
que fazer nesse momento.
-olha eu vou dormir, eu passei a noite inteira fazendo
protótipos de o que fazer e eu tô muito cansado.
-Pode dormir, daqui quatro horas eu te acordo.
Ele se deitou no banco e desmaiou, ele estava realmente
cansado.
Eu acabei dormindo, era um grande silêncio é um
grande sono, eu estava destruído, e cedei adormecendo
também.
Seria uma longa viajem

Horário: 15:30
Data: 2022/04/2022
Agente: Michael Airstrike e Cyber
Local: Hotel Marina Bay Sands
Cidade: Singapura
Missão: Conseguir informações com Dave Wallchester

Faltando meia hora para chegar, eu acordei, estava bem


descansado, é bem disposto para pular a uma altura de
dois quilômetros de altura.
- Cyber, acorda aí. -cutuquei ele.
-Já chegamos? -ele levantou e se espreguiçou.
-Estamos quase, e para isso eu vou precisar de sua
ajuda.
Ele instantaneamente parou de ficar com cara de sono e
olho para nossa direção empolgado.

[ 49 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

-Você vai ter que pilotar o jato e fazer um mergulho


arriscado para me pegar enquanto eu estiver caindo.
-Sim Mike
Ele rapidamente tirou da mochila que trouxe, um
teclado é um mouse.
Olhei no GPS e vi que estávamos quase no hotel. Eu
teria que pular daquela altura e pegar algumas
informações com ele.
-Você tem algum binóculo para eu conferir se ele está
lá?
-Felizmente eu tenho
Ele tirou da mochila um binóculo com algum tipo de
máquina embutida.
-Me diga como ele é- Perguntou.
-bem, ele é um pouco gordo, é calvo, tem umas
tatuagens no braço direito e usa um dente de ouro.
Ele começou a digitar na telinha.
-Pronto, ele está entre o terceiro prédio de o segundo,
no barco.
-então esse dispositivo é um identificador?
-pode se dizer que sim.
-Interessante.
Peguei um para quedas e fui para o final do jato, e de lá
eu gritei para Cyber.
-Quando eu pular do hotel, você mergulha e me salva.
-Gritei.
-Espera ai, o que? -Ele gritou de volta.
-Hora do show!!!
Eu pulei do jato, estava em pleno céu aberto, e descia a
uma velocidade incrível até o barco que ficava em cima
dos três prédios.

[ 50 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

Direcionei meu corpo na direção em que Cyber me disse


estar Dave, e felizmente eu o encontrei tomando banho
de sol ao lado da piscina, mergulhei em direção a borda
do barco e abri o para quedas, direcionei meu corpo para
ficar em pé, fui levado para frente, caindo em pé na borda
do barco.
Todos os turistas e visitantes olhavam esquisito para
mim, e o que devia ser um lugar agitado, passou a ser um
silêncio assustador. Ignorei todos e fui em direção a Dave,
quem continuou parado.
Caminhei como se tudo estivesse normal, ignorando
todos os turistas me encarando. Cheguei ao lado de Dave
e sentei na cadeira ao lado dele.
-Vamos lá Mike, o que você quer dessa vez?
-Olha só, parece que virou um vidente.
-Olha aqui Mike, eu já tive muitos problemas na
semana, e principalmente depois de você ter pegado a
esmeralda, meus problemas só cresceram, então eu
recomendo você sair daqui antes que algo de ruim
aconteça.
Olhei ao redor e percebi que tinham algumas pessoas
de terno e óculos escuros, possivelmente seguranças
particulares do Dave.
-Olha, eu não quero ter que apelar para formas mais
difíceis de pegar informações.
-Já até consigo saber sobre o que. Você quer saber
sobre o banco de alas Vegas?
-E ainda não admitiu ser vidente.
-Olha, eu não irei te dizer exatamente nada sobre o
banco.

[ 51 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

-Bom você pediu. -peguei um frasco de soro da


verdade- Cheira isso aqui.
Ele tentou segurar a respiração, mas não conseguiu, e
cheirou o soro.
-Agora me diga exatamente onde e como eu chego ao
banco falso em alas Vegas.
-Ele fica em baixo do Bellagio de Las Vegas. Para
acessar, você precisa entrar no elevador e digitar um
código.
-E você poderia me dizer exatamente o código.
Ele se levantou e colocou a cabeça dentro da piscina e
disse o código, ele foi bem inteligente, mas eu sou muito
persistente.
-Poderia repetir o código?
Ele novamente afundou a cabeça na piscina, mas eu
também coloquei minha cabeça na piscina, e eu consigo
ler lábios, e ele disse o código: 1619
Levantamos de dentro da piscina.
-Obrigado pelas informações.
-Mas eu não contaria tanto com a sorte.
Ele ficou quieto, e eu olhei ao redor, tinham inúmeros
quadras ao meu redor, todos os turistas tinham sumido, e
todos eles me encaravam de forma assustadora.
-Bom, você tirou umas informações muito preciosas de
mim, e eu não posso deixar isso barato.
Ele estalou os dedos e todos os seguranças tiraram
armas de seus bolsos e miraram em mim.
-Foi bom enquanto durou Mike, mas isso terá que
acabar.
Eu estava sem reação, ele tinha me encurralado e estava
sem saídas, talvez esse seja realmente meu fim. Estava

[ 52 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

perdendo as esperanças, até que eu ouvi um barulho do


céu, que se aproximava mais e mais rápido de mim, todos
os guardas começaram a correr, até Dave ficou assustado,
eu olhei para o céu e vi o jato que estávamos usando
descendo com tudo na minha direção.
Talvez Cyber fosse um pouco suicida, mas a ideia não
foi nada mal, eu corri até a beirada do hotel, e pulei dele.
O jato começava a chegar perto, estava descendo muito
rápido, abri os braços para descer mais devagar, quando
o jato já estava abaixo de mim, ele parou de descer e
seguiu reto em minha direção, virando 90 graus para a
direita, abrindo a porta.
E nós conseguimos fazer algo que seria impossível,
quando ele chegou perto de mim, eu desci diretamente
diretamente pela porta, caindo em um confortável colchão
amenizando todo o dano da queda, aquilo foi muito
assustador.

[ 53 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

Que os preparativos comecem


-Então, alguma boa notícia boa? -Perguntou.
-Melhor impossível. -Disse me recuperando da ocasião.
-Como você sabia que eu precisava de sua ajuda?
-Eu vi pelo binóculo e agi por impulso. -Ele parou de
falar por um momento. -Eu simplesmente sentei no piloto
e fui o mais rápido possível.
-Bom, dessa vez eu realmente tenho que te agradecer.
Mas temos uma coisa muito importante a fazer.
-Conseguiu descobrir algo?
-O suficiente para chegarmos até o banco. -olhei para o
lado de fora, o céu azul e o hotel ficando pequeno. -Mude
a rota para o Bellagio de Las Vegas. Temos uma visitinha
a fazer no maior cassino de Las Vegas.

Horário: 22:00
Data: 22/04/2022
Agente: Michael Airstrike e Cyber
Local: Paris Las Vegas
Cidade: Las Vegas
Missão: Buscar armamento

Já tinha se passado quatro horas e meia, já estávamos


sobre Las Vegas, durante a tarde.

[ 54 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

-O Cyber. -chamei a atenção dele. -Antes vamos ter que


fazer uma paradinha.
-Para o que exatamente?
-Você quer que eles estejam totalmente armados e nós
sem nem sequer uma defesa.
-Parando para pensar. -Ele olhou para o lado de fora do
avião por um tempo. -Não.
-Então, vamos ter que fazer uma visita a agência que
fica aqui em Las Vegas.
-Nos somos permitidos?
-Todos são da mesma empresa, sendo assim nós temos
permissão.
-É acho justo.
-Enfim, nós temos que buscar algumas armas para essa
situação.
-O recomendado seria usar armas de pequeno porte,
como pistolas.
-Bem observado. Vamos resolver isso lá.

Estávamos em Paris Las Vegas, para entrar na agência


tínhamos que subir até o topo da torre Eiffel e descer por
um elevador secreto. Começamos a subir as escadas, era
uma longa subida, mas Valéria a pena no final.
Chegando lá, encontramos a cúpula, ela estava vazia,
andei até o centro olhei para o Cyber e disse.
-Olha não ache isso engraçado ok.
-Como assim?
Olhei de novo ao meu redor, e disse a palavra mágica.
-Abriticesamo.
Tudo ficou em silêncio por um tempo.
-Tá de brincadeira né? -Ele olhou seriamente para mim.

[ 55 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

Então do chão uma luz azul saiu, dividindo a sala em


dois, e ela começou a se abrir, revelando um elevador
secreto. Cyber me olhou com a cara mas duvidosa do
mundo.
-O que, só porque nós somos agentes secretos não
quer dizer que nós não podemos ter senso de humor.
-Fiquei em cima do Elevador. -Sobe ai.
Ele pulou ainda tentando admitir a si mesmo que aquilo
era real. E o elevador desceu por toda a torre Eiffel de Las
Vegas, entrando em um Subterrâneo novamente. Tenho
que admitir que para subterrâneo, todos esses
engenheiros que construíram esses lugares merecem um
prêmio.
Quando o elevador parou, estávamos em frente a um
grande domo, com alguns agentes passando, no chão
tinha um grande símbolo da agência, ao redor tinha
lugares onde você podia comprar comida, pegar
armamento, quadra coisas, era parecido com o de
Orlando, porém menor e de menor variedade e itens.
Andamos pelo domo e chegamos ao local onde você
podia pegar armas, ela era espaçosa e tinha uma mesa no
centro para o agente e o dono, e eu conhecia o dono, era
um antigo agente que se mudou para Las Vegas. Se
chamava Andy, era alto, usava barba preta, careca e
usava óculos.
-Olá Andy. -Abri os braços para um abraço.
-Mike, caraca quanto tempo. -Ele abriu os braços
também.
Nós abraçamos e ele encarou o Cyber.
-Quem é o novato? -Ele apontou para o Cyber.
-Ele é meu parceiro em uma missão.

[ 56 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

-Agente Cyber, prazer. -Ele estendeu a mão.


Andy apertou a mão dele.
-Enfim, Andy precisamos de sua ajuda. Tem algo
pequeno e silencioso mas com alta destruição?
-Algo pequeno, silencioso e destrutivo? -Ele pegou um
tablet e digitou nele. -Vai querer os clássicos ou não?
-Obviamente o clássico.
-Como nos velhos tempos? -Ele perguntou.
-Como nos velhos tempos. -Afirmei.
Ele soltou uma risada e clicou em um botão azul, e
prateleiras de armas surgiram, submetralhadoras, rifles de
assalto, várias. Ele pegou uma arma na estante da direita
e colocou em cima da mesa a nossa frente.
-Essa é uma Desert Eagle com silenciador, pequena
mas letal, ela faz um grande barulho, mas esse silenciador
reduz 58% dele.
-Eu quero essa. -Cyber colocou a mão na mesa e
apontou para a arma com a outra.
-Certo, e para você Mike. -Ele virou de volta para a
estante e pegou outra arma. -Uma glock-18, muito boa
para quem não tem uma boa mira, com um silenciador
que reduz 98% dos ruídos.
-Vai dar pro gasto. Tem alguma coisa ante balas para o
Cyber?
-Bom, nos temos alguns ternos, mas podemos fazer
uniformes personalizados, mas eles duram meia hora para
serem feitos. -Ele olhou o tablet. -Vão querer?
-Sim. -Ele bateu na mesa e apontou para Andy.
-Esse é meu garoto. -Ele digitou algumas coisas no
tablet. -Foi bom fazer negócio.
-Digo o mesmo Andy. -Apertei a mão dele.

[ 57 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

-Aqui, que tal qualquer dia a gente marcar um


churrasco lá em casa? -Ele apertou no botão, fazendo
todas as armas sumirem.
-Não vejo porque não.

Uma cilada
Era madrugada, eu estava usando meu clássico terno
aprova de balas. Cyber usava uma calça jeans, um casaco
vermelho aprova de balas e uma camisa amarela.
Estávamos prontos para a operação.
Pegamos um táxi e fomos até o cassino, por mais tarde
que fosse a cidade estava muito barulhenta, eu gostaria
de entender como alguém consegue dormir nessa
situação.
-O Mike. -Cyber me chamou. -Nos não demos um nome
para a missão.
-Verdade, mas isso não é algo na qual devemos nos
preocupar no momento.
-A vai, nós precisamos de um nome para a missão.
-Ok, Ok, mas você vai dar a primeira ideia.
-Bom, eu estive pensando em algo como, dois agentes
e um mistério.
-Achei esse nome um pouco brega, que tal: Missão Fake
Out?
-Bom, mas o outro é melhor.
-Não é não.
-Vamos lá, admite que é melhor. -Cyber insistiu.
-Do que vocês estão falando? -Perguntou o taxista.

[ 58 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

-Bem eh. -Eu fiz sinais para Cyber para ele dar alguma
ideia.
-Estamos falando... De um livro!!! -Cyber gritou.
-Hum livro. -ele parou para pensar. -Eu acho que a
segunda ideia fica melhor.
Eu olhei sorridente para Cyber.
-Obrigado senhor... Qual seu nome? -Perguntou Cyber.
-Aron -O taxista olhou pelo canto do olho para eu e
Cyber. -Meu nome é Aron.
-Enfim, obrigado senhor Aron, espera, aqui já é nossa
parada, pode parar por favor. -Falei.
Ele parou o Carro, e eu e Cyber saímos do táxi. Agora
estávamos em frente ao cassino. Não poderíamos parar a
missão agora, não é.
Horário: 23:36
Data: 22/04/2022
Agente: Michael Airstrike e Cyber
Local: Hotel Bellagio
Cidade: Las Vegas
Missão: Descobrir quem está por trás do banco falso

Estávamos em frente ao cassino, ele era gigantesco, é


bonito, tinha uma grande fonte de água. Mas não era
para isso que tínhamos que fazer.
-Cyber, minha ideia é absurda, mas vamos ter que
entrar pela porta da frente. -Apontei para a recepção.
-Bem, não vejo outra alternativa. -Ele disse.
Eu estava bem empolgado para completar a missão, mas
o Cyber não demonstrava a mesma expressão, o sorriso
dele era forçado e com preocupação.

[ 59 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

Andamos pelo prédio, estávamos em meio a uma


multidão de turistas e jogadores. Mas não éramos muito
diferentes das outras pessoas.
Estávamos no salão de check-in, ele bem elegante. Mas
não tínhamos tempo para analisar a sala, simplesmente
seguimos até o elevador. E entramos, sem mais ninguém.
-Bom, acho que já podemos dizer isso como um adeus.
-Ele falou.
-É, tenho que admitir que foi bem legal esse tempo
nosso. -Digitei o código nos botões do elevador. -Mas,
tudo que é bom acaba cedo.
O elevador fez um pequeno barulho, depois ele desceu,
como de esperado aquilo seria no subterrâneo.
Cyber começou a sair frio, ele estava encarando a porta
de forma assustadora, e quando finalmente chegamos ao
andar principal ele disse.
-Me desculpa.
As portas se abriram, revelando uma dúzia de quadras,
apontado diretamente para minha cabeça, eles sabiam
que eu estaria lá, mas como.
De trás deles, apareceu uma mulher, tinha cabelos loiros
e longos, olhos azuis que olhavam de forma psicopata
para mim.
-Olá Michael. -Ela levantou a mão, fazendo todos os
outros segurança abaixarem as armas. -Receio que já
conheça meu filho.
Eu olhei para Cyber, tinha vontade de chorar, meu
parceiro apenas me levou para uma armadilha, mas
porque?
-Cyber... por que? Eu confiei em você!!!
Ele começou a chorar um pouco.

[ 60 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

Iremos resolver tudo mais tarde, mas antes, levem no


daqui.

Uma luz no fim da tubulação


Eu estava preso em uma sala pequena, era escura com
um pequeno Led vermelho no chão, bem fraco, eu estava
totalmente imóvel por conta das correntes que me
prendiam, não podia fazer nada, estava sem esperanças.
Da porta, saiu a mesma mulher loira. Que veio
acompanhada com dois guardas.
-Nossa quem diria, o grande agente Michael está
acorrentado na minha prisão, isso sim que é servido de
qualidade. -Ela riu.
-O que você quer? -Falei com dificuldade.
-A que bom que perguntou, eu estive afim de comprar
um vestido recentemente sabe. -Ela deu um tapa na
própria cara. -É claro que eu fiz isso por um motivo
obscuro de meu passado que me motivou por meio do

[ 61 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

ódio para manipular meu filho a conseguir a confiança de


um dos maiores agentes de sua organização fajuta. -Ela
parou para respirar. -Para no final te trair e fazer tudo que
você ama desmoronar.
-Resumindo, você tá com raiva de algo que eu fiz,
manipulou seu filho para ser meu parceiro de missão,
para no final fazer tudo que eu amo desmoronar. -Falei.
-Você é mais inteligente do que eu pensei. Mas como
você pode perceber, eu já fiz até uma certa parte do meu
plano.
-E eu posso saber exatamente o que eu fiz para você?
-Ah claro, foi a 17 anos atrás, em uma operação em
Nova York, um grupo de assaltantes fizeram turistas de
refém, e vocês ao invés de negociar para todos sairem
bem, atacaram a sangue frio, levando meu marido e meu
irmão para o outro lado...
-Bom, não posso fazer nada em relação a isso agora.
-Eu estava lá!!! Eu vi você pegando a sua arma e
atirando nos dois. Você tirou tudo o que eu tinha. Mas
agora, eu vou tirar tudo o que você tem.
Ela tirou um controle do bolso, e clicou, fazendo uma
televisão descer do teto. Ela clicou de novo e a televisão
ligou, mostrando minha casa, era branca com dois
andares, um design moderno, tinha duas palmeiras na
frente dela, um quintal bonito é uma garagem espaçosa.
-O que você vai fazer?
-O mesmo que você fez comigo. -Ela riu de forma
psicopata. -Diga tchau tchau para sua casa.
-Não, não não não não!!! -eu comecei a me agitar de
forma desesperada, mas não adiantou nada.

[ 62 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

Ela clicou o botão, e a última coisa que eu vi na


televisão, foi a explosão, a casa inteira se explodiu,
jogando destroços para todos os lados, era um verdadeiro
horror de se ver. A câmera desligou depois que a palmeira
voou em direção a ela.
-Aí ai, foi um ótimo começo, tem mais alguma dúvida,
tipo o por que de eu usar um banco de dinheiro falso?
-Por que você tem um banco de dinheiro falso?
-Bom, esse cassino é bem agitado, e atualmente eu
gerencio ele, de forma que eu troquei todo o dinheiro que
usavam nas apostas, por dinheiro falso. Assim eu ficava
com todo o dinheiro real. Para assim, fazer essa armadilha
especial para você.
-Foi um plano interessante, mas não acho muito
interessante. Acho que poderia ser bem mais interessante
vai por mim.
-Eu não quero saber o que você acha do plano. Eu quero
mesmo é a desgraça para você.
-Olha a boca. -Falei. -Acho que isso esteve te deixando
meio louca, esse ódio misturado com vingança intensa
sobre minha pessoa. Eu conheço um psiquiatra caso
queira.
-Apenas cale a boca, pois o último que sairá rindo aqui
sou eu. Afinal. -ela clicou de novo no botão. -Nossa seção
de tortura psicológica ainda não acabou.
Dessa vez desceu mais de uma televisão, revelando a
agência de Orlando, a agência de Las Vegas e o aeroporto
secreto para agentes em Orlando. Isso não é nada bom.
-Eu tenho que te agradecer por mostrar esses lugares.
-Ela riu. -Tão tolo, tão fácil de enganar. -Ela clicou de
novo é um timer de 20 minutos apareceu. -Eu adoraria

[ 63 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

assistir a destruição agora, mas tenho coisas a fazer,


então tchau.
-Antes, poderia só me dizer seu nome? -Eu não queria
chamá-la de mãe do Cyber, era muito comprido.
Ela olhou pelo canto do olho e disse.
-Érika Morthon, e o Cyber se chama Hendrick Morthon
Ela saiu da sala com os guardas atrás. E o timer
começou a descer, cada vez mais perto de tudo se
destruir. Seria algo muito triste, eu não queria isso, eu só
queria proteger o mundo. Eu só queria...
Ouvi um barulho na minha direita. Tinha um tubulação
ali, e dentro dela está saindo uma luz, que cresceu e
cresceu. E saiu um barulho lá de dentro, e a tubulação se
abriu, e lá dentro estava Cyber. Com uma lanterna, a
mochila dele e seu clássico de espião, uma calça jeans,
camisa amarela e casaco vermelho.
-Ainda tem como pedir desculpa? -Ele perguntou.
-Não.
Ele desceu da tubulação, mas tinha mais alguém na
tubulação.
-E agora? -Ele apontou para a tubulação.
De lá desceu ninguém mais ninguém menos que minha
esposa Marcy, por mais feliz que eu estava naquele
momento, ela me deu um tapa.
-Isso foi pela casa.
-Tá bom, talvez eu merecesse isso.
-Eu tinha ligado para ela antes de chegarmos, eu sabia
dos planos da minha mãe, então eu chamei ela para
impedir de te matarem ela com a explosão e para nos
ajudar.

[ 64 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

-Vamos lá, temos alguns lugares para salvar. -Ela pegou


um grampo do capelo e abriu as tranças das correntes.
Cyber abriu a mochila e pegou a Desert Eagle. Ele pegou
a minha glock e entregou duas Berettas para Marcy.
Mas dessa vez as balas eram de borracha. Eu me senti
melhor, pois é melhor não deixar alguém morrer e causar
tantos problemas para a agência de novo.
-Olha Mike, desculpa por isso. Eu era forçado pela minha
mãe para fazer algo que eu não queria, mas eu me
arrependo por isso.
-Ei, pode ficar tranquilo, afinal nós somos parceiros, não
somo?
Os olhos dele pareceram brilhar.
-Sim, parceiros.
Olhei para os dois.
-Todos prontos? -perguntei.
-Sim. -Eles responderam ao mesmo tempo.
-Então está na hora do Show.

[ 65 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

Uma conclusão.
-Cyber, vamos precisar que você nos guie. -Disse
apontando minha glock para frente.
Nós andávamos devagar, os corredores eram dourados,
com luzes elegantes. É interessante pensar o quanto que
as pessoas apostavam nesse lugar para gerar tanto
dinheiro.
Passávamos por corredores, aquele lugar era um
verdadeiro labirinto, estávamos seguindo Cyber, até ele
de repente parar.
-Façam silêncio. -Ele cochichou.
Estávamos quietos, e começamos a escutar alguém ao
longe, eram guardas rondando o local. Eles diziam
alguma, coisa, e quando se aproximaram, começamos a
escutar.

[ 66 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

-Cara, esse trabalho está me matando. -Disse primeiro


-Tenho que concordar. -Disse o segundo. -Saudade do
tempo que eu tinha que apenas ficar em casa.
-Cara, isso foi a literalmente um ano atrás.
-Ah vai, era bom ficar em casa, as responsabilidades
simplesmente se reduziam para praticamente zero, era
tão fácil.

Fiz um sinal para os dois, eles apontaram as armas com


bala de borracha para o corredor à frente, onde os dois
guardas iam aparecer.
-Mas de qualquer forma eu ainda gosto daqui, ninguém
aparece com uma arma apontada diretamente para a
cabeça da gente. -Eles chegaram a nossa frente. -Mas o
que?!
Nós atiramos nos pescoços deles, fazendo os dois
desmaiarem, eles caíram no chão como simples sacos de
batatas largados. Passamos por eles.
Seguindo os corredores, estava tudo muito calmo, todos
os corredores mostravam máquinas imprimindo notas de
dinheiro falso, passamos por muitos guardas, mas eles
não nos percebiam. Cyber era mais sorrateiro do que eu
pensava, ele só fingiu no teste para não cair a ficha de
que ele era filho da chefe.
Ele parou, virou para gente e tirou a mochila do ombro.
Estávamos no corredor para a sala do Chefe.
-Olha, eu sempre quis fazer isso, então apenas confiem
em mim. -Ele chegou a cabeça perto da mochila. -Modo
de combate 14:25.
Da mochila quatro garras saíram, fazendo alguns
buracos. Eu achei ter visto uma lágrima saindo do olho

[ 67 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

dele, acho que aquela era a mochila favorita dele, ou era


uma forma de demonstrar orgulho da obra.
Ele colocou a mochila no chão. Dela saiu um controle
com uma telinha embutida. Cyber pegou o controle e
entregou a Marcy.
-Quer fazer as honras?
Ela pegou o controle como criança pega um brinquedo
novo. Uma câmera rasgou outro buraco na mochila, e a
tela ligou, revelando a visão da mochila.
Ela começou a mexer nos Joystick controles, fazendo a
mochila de movimentar, como se fosse uma aranha.
Ela subiu na parede, e começou a andar na direção dos
guardas. Pela telinha, estávamos vendo a visão da
mochila, ela não tinha sido percebida pelos quadras, e já
tinha chegado em cima de um, e ela simplesmente pulou,
caindo na cabeça de um guarda, e ela começou a andar
pelo guarda.
Acho que aquele guarda tinha Aracnofobia, ele desmaiou
na hora. O outro quadra entrou em pânico e mirou para a
mochila, ela mexeu a mochila para assustar, o guarda deu
um pulinho. Ela avançou pra cima do guarda que saiu
correndo do corredor. Quando passou por nos, Cyber com
sua incrível mira atirou nele, fazendo ele desmaiar.
Nós puxamos o corpo até o canto da parede de forma
que quem passa-se pelo corredor não visse eles.
-Agora está na hora. -Falei
-Eu tenho algumas coisas para acertar com ela. -Marcy
estalou os dedos.
-Lembrem que ela é minha mãe, não peguem muito
pesado com ela. -Ele respirou profundamente. -Mas eu
sou o último que da soco.

[ 68 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

-Então, está na hora do show. -Chutei a porta.

Bom, talvez eu me arrependa disso depois. Dentro da


sala tinha uma dúzia de guardas, armados, mirando
exatamente para a gente. A Mãe de Cyber estava atrás de
todos eles, sentada na mesa.
-Tenho que dizer que estou surpreso, meu próprio filho
conta a mãe... que decepção. -Ela olhou para mim. -E
soltou o amiguinho, que fofo. -Ela olhou para Marcy. -E
trouxe uma amiguinha para brincar também.
Eu olhei para os guardas, eram doze no total.
-É o seguinte gente, temos doze guardas, sendo assim
quatro para cada um, o grandão é meu, o de cabelo
raspado também, e eu quero os outros dois da direita.
-Falei.
-Então aquele de óculos escuros é meu, aquele grandão
ali também, o barbudo e o pequeno. -Continuou Marcy.
-Então o resto é comigo, fechou? -Terminou Cyber.
-A vamos logo com isso, prenda-os. -Ela apontou para a
gente.
Marcy ainda estava com o controle da mochila aranha,
ela mexeu o Joystick, fazendo a mochila entrar pelo
cômodo, todos entraram em desespero e começaram a
atirar na direção da mochila.
Aproveitamos a distração e fomos para nossos alvos, os
dois da direita estavam distraídos com a mochila, eu corri
para trás deles e dei uma rasteira nos dois, e quando
caíram, eu dei um tiro com a glock nos pescoços deles,
aquilo machucava um pouco, mas não matava.

[ 69 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

Fui para o outro grande e comecei a atirar nele, ele


chegou a se virar para atirar em mim, mas eu acertei o
pescoço dele antes. Agora só faltava um. Corri na direção
do de cabelo raspado, ele se virou antes e atirou em mim,
mas meu terno impediu os danos, fazendo a bala apenas
incomodar um pouco na minha barriga. Dei um chutão na
mão dele, fazendo ele largar a arma, e pulei em cima
dele. Peguei a glock e atirei no pescoço dele. Ele
desmaiou.
Marcy foi para a direção do que tinha óculos escuros e
deu um soco na cara dele. O óculos quebrou. Ela pulou
muito alto, e usou o cara de óculos como impulso, e caiu
em cima do maior deles. Ela caiu para trás levando o
grandão junto, e antes de cair, ela pulou do grandão fez
uma acrobacia para trás e ficou de pé novamente.
Ela agachou e deu uma rasteira no baixinho, fazendo ele
cair de cabeça e desmaiando. E pegou as Berettas e
atirou na direção do barbudo, fazendo ele desmaiar. Ela
ficou de pé e mechei a cabeça para tirar o cabelo do olho.
Cyber usou a Desert Eagle e mirou exatamente na
direção dos outros. Como se estivesse prevendo o futuro,
atirou nos locais onde os quatro dele iam aparecer,
fazendo eles desmaiarem instantaneamente. Ele chegou a
Desert Eagle perto da boca e assoprou ela.
A sala agora tinha uma grande seleção de corpos
desmaiados no chão, com armas largadas pela sala. Nós
olhamos para a Erika. Ela estava sentada em uma cadeira
com as pernas cruzadas em cima da mesa. Ela começou a
bater palmas lentamente de forma assustados.

[ 70 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

-Parabéns, foi uma luta incrível. Mas chegaram muito


tarde. -Ela clicou em um botão da mesa, e a tela abaixou,
o timer estava com apenas 1 minuto. -Receio que tenham
demorado muito.
Estávamos muito tensos, mas Cyber estava tranquilo por
algum motivo, toda nossa missão não valeira a pena sem
nem ter onde trabalhar.
-Bom, eu gostaria muito de tentar lutar com vocês, mas
eu quero muito ver a destruição desses lugares. Esse será
apenas o começo, eu vou destruís cada uma das
agências, até todas estiverem destruídas e não sobrar
mais nenhum agente.
Marcy e eu começamos a olhar muito atentamente para
o timer, ele estava faltando 10 segundos. Mas Cyber,
estava tranquilo, apenas cruzou os braços e ficou olhando.
E Érika olhava com os olhos psicopatas dela mais animada
que uma pessoa ganhando no Uno.
E contou.
Três.
Dois.
Um.
E nada aconteceu. Érika começou a olhar estranhamente
para a tela. E começou a clicar no botão, mas tudo estava
intacto.
Cyber começou a rir e olhou para a mãe.
-Acho que você esqueceu quem supostamente armou as
bombas. -Ele olhou para a câmera preta que era a da
minha casa. -E o que achou da minha animação, bem
realista não acha?

[ 71 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

Ela começou a suar frio, e começou a lacrimejar


também. Eu e Marcy soltamos um suspiro de alívio. E
olhamos para Érika que estava chorando.
-Ah mas eu usei as bombas. -Cyber foi até a porta. -Olha
aqui elas.
O Corredor estava vermelho, mas não era por conta da
luz, e sim porque todos os lugares que tinham a máquina
de dinheiro tinham explodido. Aquela era a gota d’água
para Érika.
Ela ajoelhou, estava chorando, mas com uma cara
neutra. Ela começou a rir, esteve uma crise de riso, ela ria
e ria-se forma psicopata.
-Eu falhei. -Ela gritou.
-Bom, dessa vez ela realmente foi a última a rir. -Falei
brincando.
Marcy e Cyber olharam de cara feia para mim, eu fiquei
em silêncio depois dessa.

[ 72 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

Aposentar ou não aposentar?


Eis a questão
Os agentes tinham chegado no Cassino, eles estavam
disfarçados de policial para a polícia não desconfiar. Os
turistas olhavam esquisito para a ocasião, mas nós
ignorávamos.
Cyber, Marcy e eu estávamos juntos conversando,
enquanto víamos os guardas, cientistas que trabalhavam
nas máquinas e a Érika, serem presos.
De longe pude ver meu chefe chegando, ele estava
disfarçado de policial, mas eu conseguia reconhecê-lo. Ele
andou até nos.
-Vejo que conseguiram, a missão foi um sucesso. -Ele
disse. -E como pedido, aqui está a sua aposentadoria. -Ele
tirou um papel do bolso e me ofereceu.
Eu olhei para o lado, Cyber estava forçando o sorriso, ele
devia ter gostado da nossa experiência juntos, e tenho

[ 73 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

que admitir que também gostei. Eu olhei novamente para


o documento, eu estava a exatamente um papel para uma
vida sem missões, sem adrenalina.
Eu peguei o documento. A expressão de Cyber ficou
triste. Mas eu ao invés de me declarar aposentado,
rasguei o documento.
-Ainda tenho muitas coisas para vivenciar, talvez quando
eu estiver na casa dos 58.
A expressão de Cyber mudou totalmente, ele tinha
ficado alegre de novo.Ele até me deu um abraço, eu não
era muito chegado a fazer isso, mas eu devolvi o abraço.
Marcy estava feliz pela minha atitude. O meu chefe ficou
surpreso, mas concordou com minha ação e foi embora.
-Aí, a gente arrasou nessa missão. -Cyber disse. -Porque
não fazemos uma missão em trio agora.
Marcy e eu nos olhamos por um tempo. E decidimos que
não era uma boa opção. Seria muita gente para nosso
gosto, dois era o máximo, o terceiro só surgia em caso de
emergencia.

Nós tínhamos pegado um avião de voltar para Orlando,


tínhamos pegado um voo particular da própria agência.
Seria uma longa viagem.
Marcy já tinha dormido, Cyber estava mexendo em um
experimento. E eu estava apenas sentado na cadeira
olhando as nuvens.
-O Cyber. -Falei. -Você lembra daquele taxista de Las
Vegas?
-Lembro sim. Por que?

[ 74 ]
AGENTES M. E CYBER. por Aron A. Resende

-Não é que a ideia dele de fazer um livro era


interessante? Essa missão seria bem interessante de se
contar para o mundo.
-Bem, a ideia dele foi realmente interessante, mas é se a
agência descobrir? -Ele olhou para mim.
-Isso eu não posso garantir, mas é só não deixar eles
verem. -Eu olhei para ele.
-A vida é feita de riscos, e nós fazemos coisas a risca.
-Ele voltou a atenção ao projeto dele.
-O que é esse projeto agora? -Perguntei.
-Dessa vez é algo mais pessoal. Isso vai permitir que eu
possa jogar qualquer jogo de qualquer plataforma nesse
console que eu mesmo estou criando. -Ele tocou em um
fio, que fez a máquina criar fumaças.
-Pula para a cadeira de trás!!! -Cyber gritou.
-Hum? -Marcy acordou.
Eu pulei para a cadeira de trás, e Cyber fez o mesmo,
mas Marcy não consegui, ela estava tonta, então quando
a máquina explodiu, ela ainda estava lá.
Quando olhamos pela cadeira de trás, Marcy estava com
a cara totalmente suja por causa da explosão.
Isso ,e daria nostalgia se eu não tivesse um ser vivo
mais irritado que pessoa que perde no uno por causa de
um +4.
Seria uma longa viajem.

[ 75 ]

Você também pode gostar