Você está na página 1de 18

O BRINQUEDO E O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO NAS CRIANÇAS DA

PRÉ-ESCOLA NA VISÃO DA PSICOPEDAGOGIA


 

Laurinete de Souza1

RESUMO
 
O presente trabalho tem como objetivo ser uma contribuição para o debate acerca da
importância do brinquedo no desenvolvimento cognitivo das crianças da primeira
infância. Nessa intenção o trabalho busca explorar as posições mais correntes que dizem
respeito as atividades lúdicas. Para ampliar a discussão, buscou-se embasamento teórico à luz
da etimologia da palavra JOGO, além de pesquisas e abordagens de educadores como
Kishimoto, Félix e Ferreira sobre a promoção das brincadeiras. Em seguida, mostrou-se
sedimentar um posicionamento, explorando as origens e o significado do jogo, do brinquedo,
suas possibilidades como veículo motivador, sua importância e validade para o
desenvolvimento do aprendiz. Discorreu-se também sobre como o jogo interfere no
desenvolvimento humano. Abarcou-se esse trabalho apontando o desenvolvimento cognitivo
segundo os educadores Lev Vygotsky e Jean Piaget. Utilizamos a pesquisa bibliográfica,
fundamentada na reflexão de leitura de livros, artigos, revistas e sites, bem como pesquisa de
grandes autores referente a este tema. Além disso, como proposta também teve esse trabalho o
objetivo de compreender o jogo na pré-escola como possibilidade de desenvolvimento da
autonomia, da coordenação motora, da criatividade e da aprendizagem significativa, através
da mediação docente. Desta forma, a leitura desse material terá como intenção buscar
proporcionar uma postura consciente sobre a importância do brinquedo na vida da criança.

Palavras-chave: brinquedo; desenvolvimento cognitivo; autonomia; crianças.


 

1
Pedagoga, Especialista em Planejamento, Implementação e Gestão da Educação à Distância pela Universidade
Federal Fluminense (UFF). E-mail: laurinetinha@hotmail.com.
INTRODUÇÃO 

Antes de mais nada, interagir e brincar são os eixos fundamentais de trabalho com as
crianças da pré-escola. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo tratar o tema
BRINQUEDO como eixo central de propostas de habilidades cognitivas na pré-escola. Isso
requer discussões sobre sua importância e papel, valorizando o lúdico como instrumento de
desenvolvimento humano.   
É notório afirmar que o jogo é um recurso indispensável à saúde física e emocional do
ser humano, canalizando situações de aprendizagem. Através dele desenvolve-se a linguagem,
o pensamento, a dedução lógica, a socialização. 
A escolha sobre o tema surgiu a partir da necessidade de promover discussões sobre a
importância dos instrumentos lúdicos, uma vez que a criança de hoje não faz uso dos
brinquedos infantis, pois a sociedade desconhece o verdadeiro papel do brincar. 
Não pretende o presente trabalho ser um manual com fórmulas que possam vir a
resolver problemas da infância. Pretende-se sim, buscar discussões e reflexões sobre as
oportunidades que se deve proporcionar à uma criança de desenvolver suas habilidades
cognitivas através de jogos, promovendo assim aprendizagem e socialização. 
O brincar permite à criança a oportunidade de construir uma identidade autônoma e
criativa. A criança que experimenta o brinquedo, mergulha no mundo da cultura.
O problema abordado nessa pesquisa será: É possível o brinquedo desenvolver o
cognitivo de crianças da pré-escola, fomentando as relações interpessoais através do ambiente
físico e a construção do conhecimento? Ao brincar, a criança aprende e se desenvolve e isso
se dá principalmente porque ela vai vivenciando suas experiências. 
O objetivo dessa pesquisa é explorar o assunto a fim de propor um trabalho que
valorize o lúdico e suas formas, visando sempre a aprendizagem das crianças, seu
desenvolvimento cognitivo e seu papel no espaço pré-escolar.
O texto está estruturado em três capítulos: o primeiro trata do conceito da palavra
jogo, sua etimologia e conceito conforme alguns educadores, o que ele pode proporcionar,
além da concepção de brinquedo e brincadeira para Piaget e Vygotsky e sua importância para
o desenvolvimento de uma criança. O segundo faz uma abordagem sobre o desenvolvimento
cognitivo da criança segundo alguns educadores que valorizam o movimento, as relações
interpessoais, inteligência, e as ações através dos jogos e brincadeiras presentes na pré-escola,
território frequentado por crianças da primeira infância. O terceiro e último capítulo aponta o
espaço da pré-escola na atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, assim como na
Base Nacional Comum Curricular.

Objetivo Geral: 
. Analisar a influência dos jogos no desenvolvimento cognitivo nas crianças da pré-
escola, contribuindo para o processo de aprendizagem e socialização do sujeito. 

Objetivos Específicos:  
. Reconhecer a importância dos jogos no desenvolvimento cognitivo, considerando o
trabalho educativo da Psicopedagogia. 
. Admitir os jogos como recursos que colaboram na educação, promovendo uma
aprendizagem rica e prazerosa.

PROBLEMA 

É possível o brinquedo desenvolver o cognitivo de crianças da pré-escola, fomentando


as relações interpessoais através do ambiente físico e a construção do conhecimento? 
 
HIPÓTESE 

O lúdico atua como facilitador no desenvolvimento cognitivo, em crianças


de zero a cinco anos de idade, idade pré-escolar, através de experiências vivenciadas por elas. 

JUSTIFICATIVA 

O intuito dessa pesquisa é desenvolver um estudo sobre a influência dos jogos no


processo do desenvolvimento cognitivo, visto que esse assunto é de suma importância para
que educadores e a sociedade em geral entendam o valor do lúdico no processo de construção
do conhecimento das crianças em idade pré-escolar. 
Se faz necessário dar a devida importância ao tema, visto que a infância é a fase do ser
humano onde a imaginação é frequente, onde a criança começa a entender o mundo ao seu
redor. Pela sua devida relevância, o lúdico também permite que os indivíduos expressem, por
meio das mais variadas linguagens, suas ideias e seus pensamentos.
Enquanto suporte de brincadeiras, o jogo torna-se responsável pela construção da
representação mental e da realidade dos seres humanos, explorando assim o tempo e o espaço
disponíveis, promovendo também liberdade e ação voluntária de quem joga. 
Brincando, a criança se desenvolve, se socializa, utiliza a sua criatividade e se
comunica, explorando o mundo à sua volta. O brincar promove interação, aprendizagem,
criatividade, diálogo, desenvolvimento.

METODOLOGIA 

A metodologia utilizada se dará através de pesquisa bibliográfica, de caráter


qualitativo, utilizando livros, dissertações e teses disponibilizadas de forma física e digital. As
buscas serão feitas na plataforma Google. Serão selecionados estudos utilizando como
descritores os termos de busca: jogos e brincadeiras, desenvolvimento cognitivo,
aprendizagem, desenvolvimento, trabalho psicopedagógico.  

DESENVOLVIMENTO

O JOGO

A palavra jogo vem do latim – jacus - e significa divertimento, brincadeira. O jogo é


lúdico e estimulante. Envolve prazer, interação social, aprendizagem, desenvolvimento
cognitivo, situações desafiadoras, imaginação. 
Kishimoto, (2002, p. 10) afirma que “Povos distintos e antigos como os da Grécia e
Oriente brincavam de amarelinha, de empinar papagaio, jogar pedrinhas, e até hoje crianças o
fazem da mesma forma”. 
No Brasil pré-colonial nossos nativos já se utilizavam de brincadeiras em competições
e festividades. Segundo Kishimoto (op cit, p.12) “Seus jogos estavam ligados a seu contato
com a natureza: brincadeiras nos rios, nas canoas, imitação de animais”. 
O ato de jogar pode proporcionar prazer ou desprazer, dependendo do resultado de
quem usa o objeto – jogo – que promove a brincadeira. Segundo Ferreira, (2000, p. 408), a
definição de jogo é “[...] uma atividade física ou mental fundada em um sistema de regras que
definem a perda ou o ganho”.
A Declaração Universal dos Direitos da Criança, aprovada na Assembleia Geral das
Nações Unidas em 1959, em seu artigo 7°, ao lado do direito à educação, enfatiza o direito ao
brincar. Assim, “A criança deverá desfrutar plenamente de jogos e brincadeiras as quais
deverão ser dirigidos para a educação; a sociedade e as autoridades públicas se esforçarão
para promover o exercício deste direito” (UNICEF, 1959).
Pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), a criança é considerada como
sujeito de direitos. E esses direitos incluem o direito de brincar.
Enquanto atividade rotineira presente nas escolas, o brinquedo deve estimular a
criança em cada fase do desenvolvimento, tornando-a participativa e protagonista ativa do
processo educativo. A proposta pedagógica das pré-escolas deve ser desenvolvida
eminentemente através de concepções voltadas para o brincar e cuidar. 

O brinquedo propõe o mundo imaginário da criança e do adulto, criador do objeto


lúdico. No caso da criança, o imaginário varia conforme a idade: para o pré-escolar
de 3 anos, está carregado de animismo, de 5 a 6 anos, integra predominantemente
elementos da realidade (KISHIMOTO, op cit., p.19)
 
O lúdico é inerente ao ser humano, pois através das brincadeiras simbolizamos,
imaginamos e criamos. Brincar, em especial, é um direito da infância. Os brinquedos e os
jogos têm várias funções, pois fazem parte do desenvolvimento global da criança, dando
suporte a várias aprendizagens. Enquanto brinca, a criança reproduz situações reais as quais
ela vivencia.
Segundo Piaget, "a criança que brinca de boneca refaz sua própria vida, corrigindo-a à
sua maneira, e revive todos os prazeres e conflitos, resolvendo-os, ou seja, completando a
realidade através da ficção". (1969, p. 29).  
Para isso, deve-se fornecer tempo, espaço e condições favoráveis, além de materiais,
para que a criança brinque e possa representar sua realidade.
Jogos de estratégia contribuem para que a criança avance no seu desenvolvimento,
fazendo com que ela explore o seu aprendizado através do lúdico, indo além de brincadeiras
cotidianas. Uma criança que brinca, que mantém contatos afetivos com outras crianças através
dos jogos, provavelmente tornar-se-á um adulto seguro, autoconfiante, equilibrado, propício a
entender melhor as regras e normas estabelecidas por uma brincadeira. 
“Toda brincadeira é imitação transformada, no plano das emoções e das ideias, e uma
realidade anteriormente vivenciada.” (REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA
A EDUCAÇÃO INFANTIL, 1998b, p.27). 
Enquanto jogam, as crianças assumem papéis mais variados possíveis. Mexem e
remexem, ressignificam a realidade, dando-lhe outras facetas. “As crianças agem frente à
realidade de maneira não-literal, transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações
e características do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos.” (REFERENCIAL
CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL, 1998b, p. 27). 
 E ainda,
Através da atividade lúdica a criança desenvolve a imaginação, o processo e o
resultado final. E atividades que envolvem regras, auxiliam a subordinar-se a uma
regra, dominar regras significa dominar seus próprios comportamentos, controlando-
se e submetendo-se a um proposito (LEONTIEV, 1998, p.139).

DEFINIÇÕES DE BRINQUEDO E BRINCADEIRA

Pesquisando a história dos brinquedos, passeamos por culturas, modos de vida e regras
sociais diferenciados. Os brinquedos são muito antigos e sua origem vai de encontro à história
do próprio homem. Com a intenção de retratar crenças e costumes, brinquedos e brincadeiras
habitam o mundo do faz-de-conta da humanidade. 
De acordo com KISHIMOTO (op cit, p. 33) “o brinquedo é representado como um
objeto suporte da brincadeira", ou seja, brinquedo aqui estará concebido por objetos que
adquirimos para proporcionar lazer e aprendizagem à criança. Além disso, o brinquedo pode
promover o desenvolvimento das habilidades físicas e mentais.  
Ao brincar, o ser humano interage, constrói sua identidade, estabelecendo a diferença
entre si mesmo e o outro. Conforme afirma Pereira, (2002, p.7), “O ser humano brinca desde
tenra idade. De maneira geral, a criança pequena traz consigo o impulso da descoberta, da
curiosidade e do querer apreender as coisas.”
Brinquedos realizam desejos, sonhos, e na pré-escola, o brinquedo é a peça chave das
atividades da criança. O brinquedo carrega em si uma história pessoal recheada de
significado, sentimento, afeto, ação. Quem brinca, o sente intensamente.
Para Bassan, 1997, p. 40, "a estruturação de um jogo se constrói dos recortes feitos
pela criança no que ela percebe em sua cultura, elaborados criteriosamente de uma seleção
que tem como referência as suas possibilidades de verossimilhança com o real."
Através da brincadeira, a criança se sente mais segura e estimulada a desenvolver sua
autonomia e sua identidade. Por ser a ação do brincar, provoca diversão e entretenimento,
abusando da criatividade e da imaginação.
É a partir da brincadeira e da interação que a criança desenvolve as estruturas,
habilidades e competências que serão importantes ao longo de toda a vida. Na pré-escola,
enquanto brinca, a criança convive com regras, contribuindo na sua integração no grupo.
Zanluchi (2005, p. 89) reafirma que “Quando brinca, a criança prepara-se para a vida,
pois é através de sua atividade lúdica que ela vai tendo contato com o mundo físico e social,
bem como vai compreendendo como são e como funcionam as coisas”. Brincadeiras nada
mais são do que jogos realizados livremente pelo ser humano, ora vivenciando, ora se
distanciando da realidade. As brincadeiras provocam espaços para que se expressar medos e
desejos, pois brincar é rico, porém complexo, proporcionando a quem brinca, oportunidades
de resolução de problemas. O brincar e a brincadeira na pré-escola devem ser consideradas
formas comunicativas e expressivas, através das quais a criança experimenta e vive ações
coletivas.

A IMPORTÂNCIA DO BRINQUEDO NO DESENVOLVIMENTO HUMANO

Vamos entender o que vem a ser desenvolvimento humano: este se refere,


inicialmente, à formação da identidade do indivíduo, ou seja, o seu comportamento, os
valores, capacidades. Assim, o desenvolvimento humano leva em consideração vários fatores
como características genéticas, padrões intelectuais, emocionais, de convívio da pessoa, o
desenvolvimento físico. O brincar surge através da relação entre a cultura e o indivíduo. Está
diretamente ligado ao pensamento infantil por ser um ato consciente. Através da ação do
brincar, a criança toma suas ações com liberdade e autonomia.  A criança, enquanto brinca,
reproduz a realidade, onde faz uso sempre do faz-de-conta para libertar suas emoções. Porém,
para dar significado a um objeto de suas brincadeiras, ela necessita experimentar o brinquedo
para atingir seu objetivo. Com efeito, segundo Vygotsky, 1991, p. 111, “No brinquedo, o
pensamento está separado dos objetos e a ação surge das ideias e não das coisas: um pedaço de
madeira torna-se um boneco e um cabo de vassoura torna-se um cavalo.” O brincar na educação
infantil é essencial e necessário, pois ajuda na construção da identidade, na formação de
indivíduos e na capacidade de se comunicar com o outro, reproduzindo seu cotidiano e
caracterizando o processo de aprendizagem. As brincadeiras permitem à criança imaginar e
criar. De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998,
p. 27, v.01): “O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem
enquanto brincam.” Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças agem frente à
realidade de maneira não-literal, transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações
e características do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos. Ao brincar, o ser
humano adquire diferentes papéis, respeitando-se normas e regras de convivência. Aprendemos a lidar
com o mundo e a interferir sobre ele, através dos brinquedos. Estes estimulam a memória, o
pensamento, a capacidade de inferência, construindo a personalidade e identidade de cada um,
contribuindo na formação humana.

Carvalho (1992, p.28) diz: “(...) o ensino absorvido de maneira lúdica, passa a adquirir
um aspecto significativo e afetivo no curso do desenvolvimento da inteligência da criança, já
que ela se modifica de ato puramente transmissor a ato transformador em ludicidade,
denotando-se, portanto, em jogo.” As trocas entre a criança e outras crianças, o contato direto
com as variadas formas de brincar, assim como as capacidades de atenção, memória,
imaginação e criatividade, são alguns exemplos da importância das brincadeiras na construção
do ser humano e seu desenvolvimento. Levando-se em conta esse estudo, podemos perceber
que a criança em idade pré-escolar, encontra-se na fase onde o desenvolvimento da linguagem
torna-se marcante, necessitando do concreto para suas atividades e apresentando-se ainda
egocêntrica, tendo como suporte para superar essa fase os jogos e as brincadeiras infantis.
Para Ferrari, (2004, p. 58), “Lev Vygotsky, em sua corrente pedagógica denominada
sociointeracionismo sustenta que, a aprendizagem acontece em contato com a sociedade, pois
na ausência do outro, o homem não se constrói.” Por promover interações, o jogo destaca-se
como elemento constitutivo da aprendizagem. Se ignoramos as necessidades da criança e os
incentivos que são eficazes para colocá-la em ação, nunca seremos capazes de entender seu
avanço de um estágio de desenvolvimento para outro, porque todo avanço está conectado com
uma mudança mais acentuada nas motivações, tendências e incentivos.

BRINQUEDO NA VISÃO DE PIAGET E VYGOTSKY 

Para Piaget (2011, p. 46), “o jogo é fator de grande importância no desenvolvimento


cognitivo. O conhecimento não deriva da representação de fenômenos externos, mas sim, da
interação da criança com o meio ambiente”. O processo de acomodação e assimilação é meio
pelo qual a realidade é transformada em conhecimento.
No brincar, a assimilação predomina e a criança incorpora o mundo à sua maneira sem
nenhum compromisso com a realidade. Neste sentido, brincar é parte ativa, agradável e
interativa do desenvolvimento intelectual. Para Vygotsky (1979, p. 23), “há dois aspectos
importantes no brincar: a situação imaginária e as regras. A situação imaginária criada pela
criança, preenche necessidades que mudam de acordo com a idade. Um brinquedo que
interessa a um bebê não interessa a uma criança mais velha”.
Piaget defende que para a criança a brincadeira é uma forma de exercitar sua
imaginação, manifestando suas necessidades diante do mundo que ela interage e vive,
interferindo, construindo e reconstruindo sua realidade.
Em Vygotsky, tem-se que o brinquedo para a criança em idade pré-escolar é utilizado
para atender aos anseios que não podem de pronto serem atendidos. Como exemplo, podemos
citar o fato de uma criança observar um adulto conduzir uma motocicleta e não poder fazê-lo.
“Para resolver essa tensão, a criança em idade pré-escolar envolve-se num mundo ilusório e
imaginário onde os desejos não realizáveis podem ser realizados, e esse mundo é o que chamamos
de brinquedo.” (Vygotsky, op. cit., p. 122).
A zona de desenvolvimento proximal, conceito criado por Vygotsky, também se
justifica através das brincadeiras, que é a distância entre o que uma criança ainda não sabe
realizar de maneira autônoma, necessitando da ajuda de colegas de sua idade ou até de um
adulto.

O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO

De acordo com Vygotsky (op. cit., p. 4), o aprendizado humano é de natureza social,
ou seja, a “característica essencial do aprendizado é que ele desperta vários processos de
desenvolvimento internamente, os quais funcionam, apenas, quando a criança interage em seu
ambiente de convívio.”
Ao brincar, a criança aguça sua capacidade cognitiva, aprendendo e se socializando.
Ela precisa do outro para se sentir segura e diferenciar-se. Por ser sócio e historicamente
construído, o ser humano convive e inter-relaciona-se, desenvolve sua fala e seu pensamento
reflexivo.
A brincadeira fornece, pois, ampla estrutura básica para mudanças da necessidade e
da consciência, criando um novo tipo de atitude em relação ao real. Nela aparecem a
ação na esfera imaginativa numa situação de faz-de-conta, a criação das intenções
voluntárias e a formação dos planos da vida real e das motivações volitivas,
constituindo-se, assim, no mais alto nível de desenvolvimento pré-escolar.
(VYGOTSKY, op. cit., p. 89)

A criança é um ser único, com toda as suas particularidades pessoais. Ela possui
capacidade de pensar, organizando suas experiências vivenciadas incluindo, em suas
interações, adultos e crianças. Suas atividades adquirem um significado próprio, através de
um sistema de comportamento social. “Toda criança é sujeito ativo e nas suas interações está
o tempo todo significando e criando o mundo ao seu redor. A aprendizagem é a possibilidade
de atribuir sentido às suas experiências.” (Corsino, 2009, p. 117).

De Maranhão (199-, p. 30-31), se depreende que Vygotsky estudou as etapas do


crescimento da criança porque este seria o meio teórico necessário para entender os processos
humanos superiores. Assim,

a criança se inicia no mundo adulto por meios da brincadeira e pode antever os seus
papéis e os valores futuros. Por meio da brincadeira a criança vai se desenvolver
socialmente, conhecerá as atitudes e as habilidades necessárias para viver em seu
grupo social; usando a brincadeira ela estará estimulando o seu desenvolvimento,
aprendendo as regras dos mais velhos. (MARANHÃO, op. cit., p. 31).

A criança, ao ingressar na pré-escola, traz junto de si várias situações vivenciadas de


aprendizagem, e isso se dá porque convive desde cedo com vários adultos e crianças,
aprendendo com elas, aprimorando seus conhecimentos.

o aprendizado das crianças começa muito antes delas frequentarem a escola.


Qualquer situação de aprendizado com a qual a criança se defronta na escola tem
sempre uma história prévia. Por exemplo, as crianças começam a estudar aritmética
na escola, mas muito antes elas tiveram alguma experiência com quantidades – elas
tiveram que lidar com operações de divisão, adição, subtração, e determinação de
tamanho. (VYGOTSKY, op. cit., p. 94).

Dentre as habilidades cognitivas estão, por exemplo, a imaginação, a atenção,


o raciocínio, a memória, a linguagem, o pensamento simbólico, a percepção e a associação.
Para que ocorra, de fato, a cognição, são fundamentais os seguintes componentes: conteúdo -
que refere-se a o que a criança já tem internalizado por comportamentos observados, função -
que determina os fatores de assimilação e acomodação, referindo-se ao conhecimento do
intelecto, e estrutura - que designa o esquema que a criança insere para concluir o
conhecimento construído.
Piaget, em sua teoria genética do conhecimento, aprofundou seus estudos acerca do
desenvolvimento da criança, dividindo o desenvolvimento cognitivo em quatro fases
associadas ao desenvolvimento biológico, atingindo o seu auge no início da adolescência. As
fases do desenvolvimento humano para Jean Piaget são as seguintes:

Período sensório-motor (0 a 2 anos)


Estágio anterior à linguagem. Neste período o indivíduo começa a adquirir controle
motor, criar laços afetivos e desenvolver os primeiros reflexos e movimentos.

Período Pré-Operatório (2 a 7 anos)


Desenvolvimento da linguagem, da fala e das habilidades físicas. No entanto, nesta
fase as crianças ainda não são capazes de realizar operações concretas. Durante este período a
pessoa ainda não é capaz de ter empatia, por este motivo o egocentrismo ainda é marcante.

Período das Operações Concretas (7 a 12)


Desenvolvimento da capacidade de raciocinar. Aprimoramento do pensamento,
quando as crianças começam a pensar de forma mais lógica e solucionar alguns problemas
menos complexos.

Período das Operações Formais (12 anos em diante)


Todas as capacidades e competências estão desenvolvidas. Domínio do pensamento
lógico. Indivíduos passam a agregar valores morais à sua conduta e a pensar de modo a tomar
decisões mais complexas. Assim,

A transição de um estágio para o outro é gradual, contudo, as novas realizações são


adquiridas, em uma sequência e em um ritmo padrão amplo. Lembramos ainda que
as idades cronológicas, durante as quais espera-se que as crianças desenvolvam
comportamentos que representam cada período, não são fixas. Todavia, uma coisa é
fixa: toda criança deve passar pelos estágios do desenvolvimento cognitivo na
mesma ordem (DELGADO, 2005, p. 52).

A CRIANÇA DA PRÉ-ESCOLA

A pré-escola do passado era um lugar para onde as crianças iam para que os pais,
especialmente as mães, pudessem trabalhar. Os responsáveis procuravam as instituições de
Educação Infantil para que estas pudessem substituir o carinho, os cuidados e a atenção
voltadas para seus filhos enquanto aqueles estivessem ausentes. De um passado que
considerava a criança como um adulto em miniatura aos dias atuais, outros modos de olhar e
tratar a criança e novas concepções acerca da infância surgiram. Outrora, desde cedo a criança
era introduzida no mundo dos adultos, não havia uma concepção de infância definida. Assim
segundo Kramer, 1996, p. 54,

(...) a criança é concebida na sua condição de sujeito histórico que verte e subverte a
ordem e a vida social. Analiso, então a importância de uma antropologia filosófica
(nos termos que dela falava Walter Benjamin), perspectiva que, efetuando uma
ruptura conceitual e paradigmática, toma a infância na sua dimensão não-
infantilizada, desnaturalizando-a e destacando a centralidade da linguagem no
interior de uma concepção que encara as crianças como produzidas na e produtoras
de cultura.

A criança da pré-escola brinca, desenha, representa, canta, convive. Em todas essas


atividades citadas, a criança joga, e desenvolve, aprende. O lúdico torna-se evidente e
necessário, visto que a espontaneidade da criança pode ser vista através da relação que ela
estabelece entre objetos e outras crianças. O conceito de pré-escola modificou-se um pouco ao
longo do tempo. De um espaço que antes servia para abrigar crianças cujos pais ocupados
necessitavam realizar alguma atividade sem seus filhos, concebemos hoje local que tem como
preocupação cuidar e educar.

O brinquedo é a essência da infância. Brincar não constitui perda de tempo. O


brinquedo possibilita o desenvolvimento e aprendizado infantil, já que a criança se
envolve afetivamente, convive socialmente e opera mentalmente, tudo isso de uma
maneira envolvente, em que despende energia, imagina, constrói normas e cria
alternativas para resolver os imprevistos e desafios que surgem no ato de brincar.
(ECA, 1990)

A PRÉ-ESCOLA E A LDB 9394/96

A primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional do Brasil - Lei 4024/61,


promulgada no dia 20 de dezembro de 1962, tratava a educação infantil no título VI - Da
educação pré-primária -, em apenas dois artigos:

. Art. 23 A educação pré-primária destina-se aos menores até sete anos, e será
ministrada em escolas maternais ou jardins de infância.

. Art. 24 As empresas que tenham a seu serviço mães de menores de sete anos serão
estimuladas a organizar e manter, por iniciativa própria ou em cooperação com os poderes
públicos, instituições de educação pré-primária.

Já a Lei 5692/71, promulgada no dia 11de agosto de 1971, recomendava, através de


seu artigo:

. Art. 19 “Os sistemas de ensino velarão para que as crianças de idade inferior a sete
anos recebam conveniente educação em escolas maternais, jardins de infância e instituições
equivalentes”.

A Constituição Federal de 1988 resgatou o direito pela criança à Educação Infantil,


destinando maior atenção a esse nível de ensino determinando, através da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional – 9394/96, promulgada em 20 de dezembro de 1996:
. Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como objetivo o
desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico,
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.
(Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

. Art. 30. A educação infantil será oferecida em:

I – creches ou entidades equivalentes, para crianças de até 3 anos de idade;

II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade.  (Redação dada pela
Lei nº 12.796, de 2013)

. Art. 31.  A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes regras


comuns: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

I - avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o


objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº
12.796, de 2013)

II - carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um mínimo de 200
(duzentos) dias de trabalho educacional;  (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o turno parcial e de 7
(sete) horas para a jornada integral;  (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

IV - controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a frequência


mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

V - expedição de documentação que permita atestar os processos de desenvolvimento e


aprendizagem da criança.  (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013).

Percebe-se, assim, mudanças consideráveis, ao longo dos anos, para a criança da pré-
escola, respeitando-a como um sujeito de direitos. Com efeito,

É incontestável que, na última década do século XX, a sociedade brasileira avançou


no que diz respeito a assegurar, pelo menos no papel, os direitos das crianças. Com a
promulgação da Constituição Federal e de leis e com o estabelecimento de normas e
diretrizes, passou-se, pela primeira vez na história, a ter na letra da lei e no espírito
da mesma assegurados direitos para a infância. (GARCIA, 2001, p. 30).

A PRÉ-ESCOLA NA BNCC
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter
normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que
todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica. A
partir do ano letivo de 2019, algumas mudanças propostas pela Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) devem começar a aparecer nas escolas de todo o país, com suas diretrizes
a serem implantadas no ano de 2020. A Base Nacional Comum Curricular não invalida os
documentos e leis que já estão postos, portanto, as diretrizes educacionais anteriores a Base
continuam valendo. Assim, a BNCC propõe um conjunto de orientações às equipes
pedagógicas para a elaboração dos currículos. Os eixos estruturais da Educação Infantil
continuam os mesmos, conforme propõem as Diretrizes Curriculares Nacionais de 2009, e os
documentos relativos ao segmento. Portanto, interagir e brincar continuam sendo o foco do
trabalho com as crianças desse nível de ensino. Os eixos estruturais, direitos de aprendizagem
da criança e campos de experiência na Educação Infantil já existiam, mas com a Base
Nacional Comum Curricular ganham um enfoque maior na prática pedagógica e na rotina
escolar, promovendo a consolidação de sua aprendizagem.
É a partir da brincadeira e da interação que ela desenvolve, nesta etapa, as
estruturas, habilidades e competências que serão importantes ao longo de toda a vida. A
grande mudança proposta pela BNCC na Educação Infantil está na definição de seis direitos
fundamentais para as crianças de 0 a 5 anos: conviver, brincar, participar, explorar, expressar
e conhecer-se. São eles que asseguram as condições para que as crianças aprendam em
situações nas quais possam desempenhar um papel ativo em ambientes que as convidem a
vivenciar desafios e a sentirem-se provocadas a resolvê-los, nas quais possam construir
significados sobre si, os outros e o mundo social e natural. Vejamos os seis direitos citados
acima:

conviver com crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes


linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às
diferenças entre as pessoas;

brincar; cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes


parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais,
seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais,
corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais;
participar; ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da
escola e das atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida
cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo
diferentes linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando;

explorar; movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções,


transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora
dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita,
a ciência e a tecnologia;

expressar; como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções,


sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de
diferentes linguagens;

conhecer-se; e construir sua identidade pessoal, social e cultural, construindo uma imagem
positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados,
interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto
familiar e comunitário.

CONCLUSÃO
Através das brincadeiras e do brinquedo, a criança convive com seu contexto,
significando experiências, usando criatividade e imaginação. Através das brincadeiras, a
criança expressa pensamentos, emoções, fantasias, realizando desejos que às vezes a realidade
não permite realizar.

Enquanto joga, a criança convive com regras, interage, percebe o mundo. E os


momentos prazerosos que o brinquedo proporciona reforçam as relações que são
estabelecidas.

Os jogos facilitam o enfrentamento dos desafios. Além disso, estimulam a


aprendizagem, o desenvolvimento, facilitando assim um adulto no conhecimento de uma
criança, pois ao brincar ela vai apresentando suas características pessoais.

Percebe-se, atualmente, um descaso muito grande pela valorização, principalmente por


parte do adulto, quanto ao fato de uma criança ter o hábito de brincar. Nas ruas, nas casas, nos
quintais, nas escolas, falta espaço e material que proporcione brincadeiras a serem
experimentadas pelas crianças.
Uma pré-escola que estimule o desenvolvimento global das crianças através dos jogos
e brincadeiras, que valorize a expressão livre da criança, onde ela se comporte como
protagonista de suas ações, possibilitará oportunidades de interações, de estímulos à
curiosidade, de valorização do movimento, de construção de cidadãos seguros e autônomos.
Faz-se urgente encarar-se os jogos como grandes estimuladores da criatividade e curiosidade
de nossas crianças, desprezando a passividade imposta pela sociedade que não valoriza o
lúdico.

REFERÊNCIAS

BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR. Brasília, DF, 2018. Disponível em


http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em 24 de out. de 2019.

BASSAN, Silvana. A constituição social do brincar: um estudo sobre o jogo de papéis.


Dissertação de Mestrado em Educação na Área de Psicologia Educacional - Faculdade de
Educação - Unicamp, 1997.

BEDIN, Eliomar Inês; FADINI, Lia Fernanda César Glória. O brincar e o pensar:
organizando ambientes adequados às crianças de zero a três anos. Revista do professor,
Porto Alegre, n 21, p. 11-15, jan-mar. 2005.

CARVALHO, Rebeca. Henry Wallon e o pensamento pedagógico. Jornal Educar – Série


Pedagogos. Rio de Janeiro: APPAI, 2004, Ano 7, n. 37.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. Brasília, DF, 1988.


Disponível em https://www2.camara.leg.br/legin/fed/consti/1988/constituicao-1988-5-
outubro-1988-322142-publicacaooriginal-1-pl.html. Acesso em 23 out. 2019.

CORSINO, Patrícia (Org). Educação Infantil: cotidiano e políticas. 6 ed. Campinas, São
Paulo: Autores Associados, 2009.

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA. Disponível em:


<www.dhnet.org.br\direitos\siplonu\c_lex41.htm. Acesso em 05 de agosto de 2019.

DELGADO, Elaine Regina Rufato. O desenvolvimento cognitivo. In: CAMARGO, J. S.;


ROSIN, S. M. (Org.). Psicologia e educação compartilhando saberes. Maringá: EDUEM,
2005. p. 51-62

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. MJ. Brasília, DF, 1990. Disponível em


www.planalto.gov.br\ccivil-03\leis\18069.htm. Acesso em 05 de agosto de 2019.
FERRARI, Marcio. Henri Wallon, o educador integral. Revista Nova Escola. São Paulo:
Fundação Vitor Civita, edição especial, p. 40-42, 2004.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Mini Aurélio século XXI escolar. 4 ed. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 2000.

GARCIA, Regina Leite; FILHO, Aristeo Leite (Orgs). Em defesa da educação infantil. 1 ed.
Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
________. (Org). Revisitando a pré-escola. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2001.

KISHIMOTO, Tisuko. O brinquedo na educação: considerações históricas. Ideias, o


cotidiano da pré-escola. 7 ed. São Paulo: Fundação para o Desenvolvimento da Educação,
1990.

KRAMER, Sônia. Com a pré-escola nas mãos: uma alternativa curricular para a educação
infantil. 14 ed. São Paulo: Ática, 2003.

________. LEITE, Maria Isabel. Infância: Fios e Desafios da Pesquisa. 12 ed. São Paulo:
Papirus, 1996.

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL. Brasília, DF, 1961.


Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4024.htm. Acesso em: 08 set.2019.

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL. Brasília, DF, 1971.


Disponível em https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/128525/lei-de-diretrizes-e-
base-de-1971-lei-5692-71. Acesso em 29 de set. 2019.

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL. Brasília, DF, 1996.


Disponível em https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/109224/lei-de-diretrizes-e-
bases-lei-9394-96. Acesso em 23 out. 2019.

LEONTIEV, A.N. Uma contribuição à teoria do desenvolvimento da psique infantil. In:


VYGOTSKY, L.S. et al. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 3 ed. São Paulo:
Ícone, 1998.

MARANHÃO, Diva. Aprender Brincando – ensinar brincando. 2 ed. São Paulo: WAK,
199-).

PEREIRA, Eugênio Tadeu. Brinquedos e infância. Revista Criança do Professor de


Educação Infantil, Brasília: MEC, n. 37, 2002.

PENTEADO, Fernanda (2018). BNCC na Educação Infantil: saiba quais são os novos
enfoques. Disponível em: https://sae.digital/bncc-na-educacao-infantil/ Acesso em 20
set.2019

PIAGET, J. Seis estudos em psicologia. 25 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2011. 

Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. MEC. Brasília, DF, v.1, 1998a
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. MEC. Brasília, DF, v. 2, 1998b

VYGOTSKY, Lev Semyonovich. Pensamento e linguagem. 1 ed. Lisboa: Antídoto, 1979.


________. A formação social da mente. 4 ed. São Paulo: Livraria Martins Fontes,
1991.

ZANLUCHI, Fernando Barroco. O brincar e o criar: as relações entre atividade lúdica,


desenvolvimento da criatividade e Educação. 1 ed. Londrina: O autor, 2005.

WINNICOTT, Donald Woods. A criança e seu mundo. 3 ed. Rio de Janeiro: Editora
Guanabara Koogan S. A, 1982.

Você também pode gostar